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Índice
Nota Abertura
Paccar MX aprovado nos “States” DAF e MX galardoados na Ásia Abate de veículos esgota orçamento
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Claes Nilsson ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Volvo ataca liderança do segmento de estaleiro Auto Sueco é parceira em Portugal e em Angola
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Volvo FMX confirma-se como um duro
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Civiparts prevê facturar 55 milhões Renault Trucks comemora 30 anos em Portugal… … e estreia-se a ganhar no “Europeu”
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MAN inaugura centro de desenvolvimento de motores Cabotagem com novas regras
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O futuro do transporte rodoviário
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Transit celebra 45 anos e seis milhões de unidades
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Matrículas de pesados caem 11% na Europa… … e recuam 7% em Abril em Portugal
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TGX e TGS produzidos no Brasil MAN vende 4 000 autocarros escolares
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Scania e MAN mais próximas da aliança Volvo fornece sistemas BRT do “Mundial”
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Daimler e Uzavtosanoat constroem autocarros no Uzbequistão Joal-Transdev estreia Mercedes Tourismo RH Belgacom encomenda 600 furgões Sprinter
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Iveco estuda fábrica em Angola Produção nacional cresce 68% até Abril
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Continental e Volvo juntas até 2012 Cepsa Star Eurotrafic para profissionais Marangoni lidera recauchutados na Rússia Motorbus lança campanha de foles de suspensão
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Grupo D. Costa aposta na fidelização dos clientes
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FERNANDO GONÇALVES
FICHA TÉCNICA
Carlos Gomes lidera Grupo PSA na América Latina Iveco lança EcoDaily de 7 toneladas VW Crafter brilhou em Aveiro
O Seminário de Transporte Rodoviário que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS promoveu no passado dia 27, no Porto, tornou evidente, se dúvidas houvessem, que o futuro do sector não passa pela disputa em torno dos preços do gasóleo ou das portagens, só para referir dois exemplos ali citados. Definitivamente, o amanhã do transporte rodoviário, e das empresas que nele operam, será ganho com uma clara aposta na formação dos quadros e com um investimento continuado – e não necessariamente elevado – em tecnologia e em ferramentas de apoio à gestão e ao planeamento das operações. (Será aí que os operadores poderão gerar ganhos e vantagens competitivas face à concorrência interna e dos outros modos. E não na fixação administrativa de alguns custos operacionais, que por ser fixa e administrativa será igual para todos - além de existir o risco de os seus beneficiários não serem, afinal, os transportadores mas os clientes.) Os construtores de veículos comerciais há muito perceberam isso. E vêm fazendo a sua parte. Melhorando o hardware, os veículos em si, inovando no software disponibilizado aos transportadores e investindo na oferta de formação dos motoristas. Um esforço que, infelizmente, não é devidamente reconhecido, nem valorizado, pela sociedade ou sequer pelos transportadores.
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Abate de veículos esgota orçamento
Paccar MX aprovado nos “States” Combina tecnologias SCR e EGR Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA) certificou o motor Paccar MX de 12,9 litros segundo os padrões de emissões para os motores 2010. Face a esta conformidade com as normas ambientais de emissões EPA 2010, o bloco MX de 12,9 litros passa a poder ser instalado, a partir de agora, também nos camiões das marcas Kenworth e Peterbilt, à semelhança do que já acontece na Europa, há vários anos, nos camiões das gamas pesadas da DAF. Jim Cardillo, presidente da Paccar, afirmou a propósito que “já foram encomendados mais de 1 500 camiões Kenworth e Peterbilt com motores MX. O seu desempenho garantirá excelente fiabilidade e durabilidade, bem como elevados níveis de eficiência de combustível, permitindo assim reduzir os custos
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operacionais dos nossos clientes”. A norma de emissões EPA 2010 já se encontra muito próxima dos valores limite impostos pela futura norma europeia Euro 6. Para poder satisfazer tão rigorosas exigências legais, a Paccar desenvolveu uma solução tecnológica que combina o sistema de redução catalítica (SCR), com o recurso a aditivo, com o sistema de recirculação de gases de escape (EGR), associados a um filtro de partículas diesel. O bloco foi testado exaustivamente em condições extremas de temperaturas quentes e frias, em montanha e nas mais difíceis aplicações profissionais, passando com distinção em todas elas. A sua instalação nos camiões das duas marcas americanas da Paccar terá início já este Verão, na fábrica de Colombus, no Mississipi.
À segunda foi de vez. O IMTT concedeu mais 2,5 milhões de euros de incentivo ao abate de pesados de mercadorias com mais de dez anos, com isso esgotando a verba disponível este ano para aquele efeito, e que era de dez milhões de euros. Tal como tinha acontecido na primeira “fase”, os pedidos de financiamento foram muito para além das verbas disponíveis, praticamente duplicando os 2,5 milhões de euros orçamentados, que foram assim totalmente gastos. Os incentivos variavam entre os 4 500 euros – para um camião de até 7 500kg – e os 12 500 euros, para um tractor com um peso bruto máximo do conjunto superior a 32 toneladas. Este processo, que agora chega ao fim, foi lançado em Setembro de 2009. O objectivo é favorecer o abate de veículos antigos e reduzir a oferta de transporte, considerada excedentária.
DAF e MX galardoados na Ásia A DAF foi distinguida com o “Award for the Alternative Plaza 2010”, graças à fiabilidade, durabilidade e economia de combustível dos motores Paccar MX de 12,9 litros e PR de 9,2 litros, e também por ter sido o primeiro fabricante a comercializar na Ásia motores EEV para autocarros urbanos e de turismo. O prémio foi entregue no decurso do “Bus World Asia Exibition”, um dos mais prestigiados salões de autocarros de todo o mundo, que decorreu este mês em Shangai, Nas três anteriores edições a DAF já tinha sido galardoada com o troféu “Melhor Fabricante de Motores do Ano”, destinado a distinguir os fornecedores de componentes e sistemas para a construção de autocarros. Desde 2001 que a DAF fornece motores a importantes fabricantes de autocarros chineses, como a Zhontong, a Youngman e a Higer.
Claes Nilsson ao Transportes & Negócios
Volvo ataca liderança do segmento de estaleiro om o novo FMX, a Volvo propõe-se conquistar uma quota de 15% no mercado europeu de veículos de construção e estaleiro, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o presidente da Divisão Europeia da Volvo Trucks Corporation. Claes Nilsson esteve na pedreira da Sand & Grus AB Jehander, para um encontro exclusivo com a imprensa especializada portuguesa. Com o TRANSPORTES & NEGÓCIOS a conversa não se resumiu aos objectivos para o FMX. Começou por aí, mas passou também pela crise e pelos planos de expansão internacional da marca, para acabar na relação com a portuguesa Auto Sueco. “Actualmente vendemos cerca de três mil camiões/ano no segmento da construção e estaleiro nos mercados da Europa Ocidental. Trata-se dum mercado que ronda as 50 mil unidades/ano, onde também queremos conquistar uma posição de liderança com a ajuda do novo Volvo FMX, à semelhança do que já acontece no segmento do longo curso”, afirmou.
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“No segmento da construção a nossa ambição é atingir cerca de 15% de quota de mercado”. Em relação à crise que se abateu com enorme violência sobre o mercado de camiões em 2009, Nilsson referiu que “foi necessário ajustar a produção à queda na procura. Agora estamos a assistir de novo a um incremento da procura; o volume de vendas no primeiro trimestre e as encomendas que já temos em carteira perspectivam um ano melhor do que 2009, mas não tão bom como 2008”. “Temos uma nova fábrica na Rússia” – afirmou Claes Nilsson referindo-se à estratégia de expansão internacional. “No ano passado a Rússia implementou uma legislação que aplica um imposto de 25% sobre as importações de veículos provenientes da Europa Ocidental”, justificou. “Quanto ao mercado brasileiro está sofrer um enorme boom, gerando boas oportunidades para a Volvo. Temos também parcerias na Índia e na R.P. China que estão a dar bons frutos”, disse.
Auto Sueco é parceira em Portugal e em Angola Numa altura em que vários construtores optaram por criar as suas próprias redes de distribuição e serviço em Portugal, tendo posteriormente centralizado boa parte das operações a partir de Espanha, impunha-se questionar Claes Nilsson sobre as perspectivas de continuidade da relação com a Auto Sueco. A resposta foi clara quanto baste: “A Volvo tem uma posição muito forte no mercado português com a Auto Sueco. Não temos planos para juntar os mercados ibéricos. Não posso garantir que a representação da Auto Sueco seja eterna mas estamos muito satisfeitos e não planeamos mudar”. Claes Nilsson lembrou ainda que a parceria com o grupo português se estende também a Angola, “um mercado muito importante para nós. As vendas no mercado angolano tiveram um comportamento muito positivo durante a crise, conquistámos quota de mercado. A Auto Sueco está a construir novas instalações muito grandes nas imediações de Luanda, e penso que o FMX também é um excelente produto para aquele mercado”. MAIO 5 |
Volvo FMX confirma-se como um “duro” O TRANSPORTES & NEGÓCIOS testou o novo Volvo FMX em ambiente real de trabalho, nas pedreiras da Sand & Grus AB Jehander, nas imediações de Gotemburgo. novo modelo foi desenvolvido pelo construtor sueco para o segmento da construção pesada em parceria com a Volvo Construction Equipment, baseando-se na plataforma da gama FM. Entre as especificações mecânicas desenvolvidas exclusivamente para a gama FMX, surpreendeu-nos a extraordinária eficácia da caixa de velocidades I-Shift de 12 velocidades dianteiras e 4 atrás (disponível agora
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com vários pacotes de software) e um conjunto de funcionalidades específicas para o segmento dos camiões de construção, tais como o programa de travões, várias funções que actuam conjuntamente com o EBS, a função de roda livre I-roll e Smart-cruise (que efectua o engate e desengate automático com o objectivo de reduzir o consumo de combustível), operando conjuntamente com o travão motor VEB e VEB+.
O TRANSPORTES & NEGÓCIOS comprovou a sua enorme eficácia em situações como subidas de acentuado grau de inclinação e piso de fraca aderência, onde pode ainda ser ajudada pelos múltiplos sistemas de tracção disponíveis que o ajudam a ultrapassar situações de patinagem em terra ou pedras soltas, lamas profundas, e pelo sistema de auxílio ao arranque em subida, quando se imobiliza em face dum obstáculo mais complicado, impedin-
Design exclusivo para construção e estaleiro
do-o deste modo de descair quando volta a arrancar. O sensor de carga é outra das novidades introduzidas no FMX. Trata-se de um dispositivo electrónico que fornece informação exacta sobre o peso da carga ao I-shift, assegurando deste modo uma sequência perfeita do engrenamento de mudanças e proporcionando arranques extremamente suaves. Nas descidas acentuadas, o sistema
auxiliar Volvo Engine Brake Plus, cuja potência ascende aos 375 KW às 2.300 rpm, demonstrou igualmente uma eficácia fora do comum, e permitiu-nos rolar em segurança mesmo com uma relação de caixa mais elevada do que num camião comum em situação de carga completa, e sem necessidade de recurso ao travão de pé (como se sabe, o abuso pode diminuir a eficiência da travagem e o tempo de vida útil deste sistema).
O novo modelo, o segundo (a seguir ao Kerax) a surgir no mercado com um design totalmente exclusivo para o sector da construção, obras públicas e estaleiro, apresenta uma distância maior ao solo e uma dianteira baixa agressiva que proporcionam maior ângulo de ataque, uma nova grelha superior, pára-choques de três peças em aço e com reforço de cantos também em aço de 3 mm de espessura, placa antiderrapante robusta e barra de protecção, uma cavilha para reboque central com capacidade para 25 toneladas, novo design de faróis com rede de protecção, novos degraus antiderrapantes, novos faróis de nevoeiro, protecção de motor, novos depósitos de combustível, novos kits de preparação e opções de montagem para luzes de trabalho e marcha-atrás. Os interiores contam também com três níveis distintos de acabamentos. Com provas dadas nas gamas FM e FH, a Volvo apostou nos motores Euro 5 de 11 e de 13 litros, o primeiro com níveis de potência de 330 a 450 cv, e o segundo de 380 a 500 cv. Numa primeira fase, o FMX estará disponível nas versões 500 8x4, 460 8x6, 460 8x4, 450 8x4, 420 8x4, 410 6x4, e uma versão tractor 4x4. O novo modelo chega a Portugal já no próximo mês de Setembro. MAIO 7 |
Civiparts prevê facturar 55 milhões
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Civiparts prevê atingir este ano um volume de negócios de 55 milhões de euros. O reforço da internacionalização é outra das apostas da empresa, participada do Grupo Auto Sueco. Os objectivos foram traçados por João Jervell, director executivo da empresa, no decurso da Convenção de Vendas 2010, que reuniu em Viseu cerca de meia centena de quadros da Civiparts e de empresas parceiras de negócios. “Com um volume de vendas diárias na ordem dos 175 mil euros, 2010 será na sua essência um ano de consolidação, em que prevemos um volume de negócios de 55 milhões de euros”, afirmou João Jeervell. Nos últimos seis anos a Civiparts conseguiu triplicar o seu número de lojas, passando de apenas seis para um total de 18, nos cinco mercados onde se encontra presente (Portugal, Espanha, Angola, Marrocos e Cabo Verde). Jervell garante que “o processo de internacionalização vai expandir-se. Neste momento estamos a analisar potenciais oportunidades em mercados emergentes”. A Civiparts é líder no mercado nacional de aftermarketing, mas não é cá que regista os maiores índices de crescimento. “ Em Portugal situam-se abai-
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xo dos dois dígitos”, avançou João Jervell, até porque “o custo marginal para obtenção de quotas de mercado superiores é muito elevado”, explicou. Contrariamente, nos mercados onde a empresa está há menos tempo “os crescimentos são muito mais interessantes” também porque aí “o sector dos transportes tem revelado crescimentos importantes, como nos casos de Marrocos e de Angola”. João Madeira, um dos oradores convidados para esta Convenção de Vendas, responsável da área do consumo da Cepsa Portugal Petróleos, referiu que a companhia detém uma quota de cerca de 33% do mercado nacional dos asfaltos, pelo que “somos líderes em Portugal”. No cômputo geral, com a fusão Cepsa/Total a quota global de mercado em Portugal aumentou de 5% para 11%. “Comercializamos cerca de 500 mil milhões de litros em Portugal e já somos a terceira empresa do ramo em termos absolutos”. Os produtos da marca são recomendados por construtores de veículos pesados como a MAN, Scania, Volvo e Renault Trucks. A Convenção de Vendas 2010 assinalou também as comemorações do 27º aniversário da Civiparts.
Renault Trucks comemora 30 anos em Portugal Durante o ano de 2010 a marca Renault Trucks comemora o 30.º aniversário de presença no mercado português. Foi a 1 de Abril de 1980 que a Renault Trucks, então sob a denominação de Renault Veículos Comerciais, iniciou a sua actividade no nosso país. Ao longo destes anos existiram diversas alterações, a começar pela estrutura accionista. Constituída inicialmente pelas empresas Entreposto, Salvador Caetano e Renault V.I., mais tarde deu origem a uma empresa de capital 100% Renault V.I. e passou a assumir a designação comercial de Renault V.I. (Veículos Industriais) Portugal. Essa denominação manteve-se até a entrada da Renault Trucks no grupo AB Volvo, após o que a empresa assumiu a denominação social de Renault Trucks Portugal, actualmente distribuidor exclusivo para o território nacional.
…e estreia-se a ganhar no “Europeu” O suíço Markus Bosinger, da Renault Trucks/MKR Technology, obteve uma vitória contundente na prova inaugural do Campeonato Europeus de Camiões 2010, no circuito de Misano, em Itália. Bosinger obteve 44 pontos, mais seis do que o segundo classificado. O seu companheiro de equipa, Markis Ostereich, totalizou 27 pontos, e obteve o quinto lugar. A Renault Trucks regressou este ano à principal competição europeia de camiões, com duas unidades Premium Course de feição futurista, da lavra das equipas criativas de designers da própria marca francesa, equipados com o motor DXi13, produzido em Lyon.
MAN inaugura centro de desenvolvimento de motores A MAN Nutzfahrzeuge abriu um novo centro de desenvolvimento de motores em Nuremberga. O fabricante de veículos comerciais investiu 35 milhões de euros no novo edifício e nos equipamentos de alta tecnologia. O novo centro tem uma área total de dez mil metros quadrados, com 16 bancos de ensaio para motores e um para veículos, laboratórios de desenvolvimento e salas de trabalho para 150 colaboradore. Deste modo, a MAN expande a capacidade dos seus bancos de ensaio em Nuremberga em cerca de 30%. “Com o novo centro de desenvolvimen-
to de motores, conseguiremos dominar os futuros desafios a nível do desenvolvimento ainda melhor e de forma mais eficiente. Isto envolve, em primeira linha, os valores limite de emissões poluentes mais exigentes, como por exemplo a norma Euro 6, mas também as crescentes exigências colocadas aos motores destinados aos diferentes mercados em todo o mundo“, explica Bernd Maierhofer, presidente da área de Research & Development and Purchasing da marca. Nuremberga é o principal centro de desenvolvimento de motores para veículos comerciais e industriais da MAN.
Cabotagem com novas regras As novas regras comunitárias relativas à cabotagem, previstas nos artigos 8.º e 9.º do Regulamento (CE) 1072/2009, entraram em vigor a 14 de Maio. Agora, apenas é permitida a realização de três operações de cabotagem no prazo de sete dias, após e sempre na sequência de um transporte internacional e desde que o veículo entre com carga no território onde pretende fazer cabotagem. Quanto aos veículos que entram no território de outro estado-membro em vazio, apenas poderão executar uma operação de cabotagem, no espaço de três dias e desde que respeitado o prazo de sete dias após a realização do transporte internacional que o precedeu.
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Carlos Gomes lidera Grupo PSA na América Latina O português Carlos Gomes, até aqui Presidente Director Geral da Fiat França e da Fiat Espanha e coordenador da região França, Espanha e Portugal, acaba de ser nomeado Director América Latina do grupo PSA Peugeot Citroën. A integração nos quadros do grupo PSA Peugeot Citroën far-se-á a partir do próximo dia 1 de Julho. Carlos
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Iveco lança EcoDaily de 7 toneladas
A Iveco lançou uma versão autocaravana da EcoDaily com 7 toneladas de peso bruto, alargando assim uma gama de produto que, apenas um ano após o seu lançamento, já vendeu mais de 43 mil unidades. A EcoDaily oferece cerca de sete mil versões configuráveis de carroçamento e dez versões de motorização entre os 96 e os 176 cv de potência. No segmento específico das autocaravanas, a EcoDaily passa assim a cobrir o segmento das 3,5 t. às 7 t., dispondo a partir de agora do maior “peso-pesado” do mercado nesta categoria. A versão de 7 toneladas também pode ser carroçada para fins profissionais. | 10 MAIO
Gomes substituirá Vincent Rambaud, que assumirá as funções de Director Geral da Peugeot. Enquanto director para a América Latina, Carlos Gomes irá dirigir todas as actividades comerciais e industriais da PSA na região, dando corpo a uma nova estratégia definida pelo grupo, que considera aquele um os mercados prioritários para o crescimento das marcas Peu-
geot e Citröen. Carlos Gomes, licenciado em Comércio e Gestão pelo ISCTE, tem 45 anos de idade, e é um dos portugueses de maior sucesso a nível internacional na indústria automóvel. Ocupou vários lugares de direcção na Renault e na Fiat e também já foi Director Geral da Alfa Romeo em França.
VW Crafter brilhou em Aveiro
Wolkswagen Veículos Comerciais apresentou no salão Automobilia, realizado no Parque de Exposições de Aveiro, nos dias 22 e 23 de Maio, a sua nova gama de reboques e semi-reboques até 7,5 toneladas, destinados ao mercado nacional. Estiveram patentes ao público a versão Crafter CargoBlitz, com três eixos, três toneladas de capacidade de carga útil, e chassis basculante que permite uma rampa de 8 graus para o acesso de viaturas desportivas; a Crafter Roader com dois eixos e chassis em alumínio (que constitui, segundo a marca, “uma solução mais ro-
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busta e económica perfeitamente adaptada às características das estradas e auto-estradas portuguesas”); e a Crafter Space-Trans, equipada com um semi-reboque que pode ser adaptado a qualquer tipo de transporte: desde vidros de grandes dimensões até viaturas. Em exposição esteve também a versão Transporter Roader de piso rebaixado, comercializada em Portugal há já algum tempo. Na Automobilia, uma iniciativa do Clube Aveirense de Automóveis Antigos, puderam sobretudo ser admirados carros de coleccionismo e históricos.
Transit celebra 45 anos e seis milhões de unidades A carismática Ford Transit celebra no próximo mês de Agosto o 45.º aniversário do seu lançamento, sendo o modelo comercial há mais tempo em produção na Europa. Desde Agosto de 1965, data em que viu a luz do dia, a marca norte-americana já produziu seis milhões de unidades Transit, proeza que justificou as cerimónias que decorreram nas fábricas deste construtor em Southampton (Inglaterra), Kocaeli (Turquia), Nanchang (China) e Hai Duong (Vietname). O veículo n.º 6.000.000 saiu da fábrica de Southampton no dia 1 de Maio, sendo também o primeiro de uma edição limitada comemorativa denominada Transit Sapphire (o nome da pedra preciosa Safira associa-se também à tradição britânica utilizada nas come-
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morações de aniversários de casamento). Só no Reino Unido, o mercado europeu de maior popularidade da Ford Transit, já foram vendidas mais de 2,1 milhões de unidades. A edição limitada é oferecida em três versões distintas, todas elas com nível Premium de equipamento: 550 unidades da versão 280 curta, tecto baixo; 350 unidades da 280 média, tecto médio, ambas com tracção dianteira e motor diesel TDCi 2,2 de 115 cv; e 250 unidades da 350 longa, tecto médio, tracção traseira, equipada com o bloco TDCi de 2,4 litros. Concebida como o primeiro produto pan-europeu da Ford, a Transit substituiu em meados da década de sessenta dois modelos de furgão diferentes na Grã-Bretanha e na Alemanha. Antece-
deu mesmo a criação da Ford Europe enquanto organização, tendo sido a precursora da fusão das divisões europeias da Ford, sendo actualmente extremamente importante no processo global de desenvolvimento e produção ONE Ford. A Transit é hoje comercializada em mais de 85 mercados, nos cinco continentes. Na Grã-Bretanha foi sempre líder no seu segmento, desde a já longínqua data de lançamento. Este ano, a Ford Transit Connect, o modelo do segmento de furgões intermédios, foi premiada em Inglaterra pelo segundo ano consecutivo com os Fleet World Honours, um título atribuído aos melhores carros de frota, com o troféu da categoria Van Fleet Best Small World. MAIO 11 |
Matrículas de pesados caem 11% na Europa… s vendas de pesados de mercadorias (+16 toneladas) na Europa caíram 11% em Abril, significativamente menos que os 26% de perdas acumuladas desde o início do ano. Os números são da ACEA e estão longe de ser positivos. Em Abril, matricularam-se na União Europeia 13 421 pesados de mercadorias de +16t. Há um ano haviam sido 15 073. Uma quebra de 11%. Com isto, e desde o início de 2010, as matrículas de camiões (+16 t) na UE totalizam 48 096 veículos, menos 26% que os 64 749 dos primeiros quatro meses de 2009. Em Abril quase todos os principais mercados permaneceram no vermelho, com destaque para a Holanda (menos 29%), Itália (menos 16%), França (menos 11%), Alemanha e Reino Unido (me-
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Crise dá sinais de abandamento em Abril nos 6% em ambos). A excepção foi a Espanha, onde se verificou uma subida de 12%, para um total de 659 matrículas. Apenas. Em Portugal, de acordo com os dados da ACEA, em Abril matricularam-se 125 pesados de mercadorias de +16t, menos 18, ou 13%, que há um ano. Apesar de tudo, Abril foi melhor do que a média do primeiro trimestre, o que pode prenunciar que a crise já terá batido no fundo e que a recuperação poderá começar a notar-se. A quebra de 11% nas matrículas em Abril compara, com vantagem, com a perda de
26% acumulada desde o arranque do ano. No cômputo dos quatro meses, e entre os 27, apenas a Espanha e a Polónia pisam terreno positivo, na casa do 1%. Sendo que os resultados polacos reportam a vendas e não propriamente a matrículas, e que Espanha parte de um patamar muito baixo para o histórico do país. A Alemanha, o maior mercado europeu, recua 19%, com 13 164 matrículas; a França, número dois, “afunda” 33% para as 8 124 unidades; e o Reino Unido, número três, cai 27% para os 4 907 registos. A Holanda perde 43%, a Itália 28%, a Bélgica 33%… Em Portugal matricularam-se entre Janeiro e Abril 584 camiões de +16t, menos 32% que os 857 verificados no período homólogo de 2009.
…e recuam 7% em Abril em Portugal Em Abril matricularam-se em Portugal 187 pesados de mercadorias, apenas 6,5% menos do que há um ano. Mas o mercado ainda perde 30% no final do quadrimestre, quando comparado com o ano passado. Em Abril, apenas a DAF e a Mercedes, entre as principais marcas, estiveram no vermelho. A DAF caiu 62%, para as 19 matrículas, ao passo que a Mercedes cedeu quase 74% para a dezena de veículos matriculados. Ao invés, praticamente todas as demais marcas apuraram ganhos significativos, com destaque para a MAN, que quintuplicou as matrículas até às 30 unidades. A Renault igualou-a no
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DAF mantém liderança nacional ranking de Abril, com 30 matrículas, mais 30% que há um ano. Em alta estiveram também a Scania (mais 40%), a Volvo (mais 33%), a Iveco (mais 17%) e a Mitsubishi (mais 16%). Apesar da melhoria relativa experimentada em Abril, o mercado acumula perdas de 30%, com 799 veículos pesados de mercadorias matriculados, con-
tra os 1 148 de há um ano. Na liderança mantém-se a DAF, com 131 matrículas (a perder 29% em termos homólogos), seguida pela Renault Trucks, agora mais perto, com 115 veículos registados (mais 22%) e da Volvo, com 109 matrículas (menos 49%). Pior que a Volvo estão a Mercedes e a Toyota, com perdas de 52% e 56%, respectivamente, e com 73 e 71 matrículas. Em perda, de 19%, está também a MAN, agora com 76 matrículas. A Scania (91 matrículas) e a Mitsubishi (88) chegaram ao final de Abril a zeros, em termos de evolução homóloga.
TGX e TGS produzidos no Brasil A MAN inaugurou uma nova linha para a produção de camiões das gamas pesadas TGX e TGS, na fábrica brasileira de Resende, MAN Latin America. O investimento global, o qual integra também um parque de fornecedores, rondará os 100 milhões de euros. A capacidade de produção anual ascende aos cinco mil veículos, prevendo-se que as primeiras unidades sejam entregues no próximo ano a três grandes transportadores brasileiros. No total serão criados cerca de 800 novos postos de trabalho locais. As gamas TGX e TGS iniciam assim a sua comercialização em território brasileiro. Numa primeira fase os componentes serão importados da Alemanha, mas prevê-se que a médio prazo a incorporação da produção lo-
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cal ascenda, no mínimo, a 60%. Para o efeito, será construído até 2011 um parque de fornecedores nas imediações da fábrica, onde irão laborar parceiros industriais da MAN Latin America como a ArvinMeritor (eixos), a Maxion (montagem de chassis) e a Suspensys (sistemas de suspensão).
Com o aumento da procura de veículos comerciais no Brasil, a MAN introduziu, no passado mês de Março, um terceiro turno na fábrica de Resende, incrementando para 72 mil unidades a capacidade de produção anual de camiões e chassis de autocarro.
MAN vende 4 000 autocarros escolares A MAN América Latina ganhou um concurso do governo federal brasileiro para fornecer quatro mil autocarros escolares do modelo “Volksbus”. Esta é a maior encomenda na história da empresa. Desde Junho do ano passado, o construtor já entregou cerca de 1 600 viaturas em diversas localidades brasileiras, estando prevista até finais de 2011 a entrega de mais quatro mil “Volksbus” em todo o país. A especificação dos veículos corresponde a um novo padrão obrigatório para os autocarros nos transportes escolares rurais a circular em todo o Brasil. “Esta padronização - que foi
colocada a um elevado nível de qualidade - foi um objectivo expressamente declarado do programa do governo”, explica a empresa. O modelo Volksbus foi precisamente desenvolvido para circular em terreno difícil e estradas em mau estado. “O Volksbus é muito procurado em todo o Brasil. Distingue-se tanto pela sua robustez em condições de condução extremas como pela extensiva rede de serviços”, revelou no mesmo comunicado Roberto Cortes, gerente da MAN América Latina. O concurso foi lançado no âmbito do programa “Caminho da Escola”, criado pelo Fundo Nacional de Desenvol-
vimento da Educação, e tem por objectivo renovar a frota e expandir a rede de transportes públicos para o transporte de crianças em idade escolar nas cidades e regiões rurais do Brasil. O programa pretende ainda uniformizar os autocarros escolares utilizados, reduzir os preços das viagens e aumentar a transparência das aquisições dos autocarros. Os chassis serão construídos na fábrica da MAN brasileira em Resende, que acaba de inauguras uma nova linha de produção (ver noutro local), enquanto os parceiros Marcopolo e Caio Induscar produzirão as carroçarias dos veículos. MAIO 13 |
Scania e MAN mais próximas da aliança erdinand Piech, chairman da VW e da MAN, e Martin Winterkorn, presidente da Volkswagen e chairman da Scania, concordam que uma cooperação mais estreita entre as companhias é de interesse comum. “Volkswagen, MAN e Scania concordaram que a cooperação mais próxima entre as companhias é de interesse comum para todas”, afirmou Winterkorn, citado pela Reuters, durante o encontro anual de accionistas na Suécia. “Oportunidades concretas de cooperação estão sendo analisadas e serão conduzidas em conjunto”, acrescentou. “Obviamente que qualquer acordo precisará ser feito e aprovado pelo conselho de administração de cada
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empresa”, esclareceu Martin Winterkorn. Em qualquer dos casos, o líder da Scania garantiu que a companhia sueca continuará independente. A companhia – uma das mais rendíveis do sector a nível mundial – deverá continuar cotada em Bolsa e manter a sede em Sodertalje, ao sul de Estocolmo. Em 2006, as relações entre Scania e MAN foram congeladas após a oferta de aquisição da empresa alemã sobre a rival sueca. Um processo que fracassou, mas que deixou a MAN com 17,4% do capital da Scania. A VW controla 71% dos direitos de
voto da Scania e é a maior accionista da MAN, com uma posição de 29,9%. A MAN, por seu turno, detém 17,4% dos direitos de voto na Scania. A Volkswagen insiste em que os dois fabricantes cooperem no negócio de camiões, na tentativa de competir com as líderes neste mercado, a Daimler e a Volvo. Em Novembro do ano passado os analistas já previam que a demissão de Hakan Samuelsson de CEO da MAN vinha abrir caminho à desejada aliança entre a companhia alemã e a Scania, sob a égide da Volkswagen.
Volvo fornece sistemas BRT do “Mundial” Duas cidades da África do Sul encomendaram 68 autocarros Volvo, equipados com motores Euro 4, para o Campeonato Mundial de Futebol. Port Elisabeth recebeu 24 autocarros articulados Volvo B9SLA, carroçados pela Marcopolo, com capacidade para 115 passageiros e quatro portas do lado direito e três do lado esquerdo, e também um protótipo Volvo B7RLE de 12 metros. | 14 MAIO
Os restantes 43 autocarros tiveram como destino a Cidade do Cabo, sendo 35 unidades Volvo B7M de 12 metros e oito articulados B12M, todos igualmente carroçados pela Marcopolo, com especificações de piso para plataformas elevadas nas paragens. Estas encomendas inserem-se nas melhorias que várias cidades sul-africanas estão a introduzir nos seus sistemas de transportes, preparando o
“Mundial” de futebol. A opção passa pelo investimento em vias dedicadas para autocarros – Bus Rapid Transit (BRT), um sistema de transporte inteligente assente em faixas separadas e que possui elevada capacidade de transporte de passageiros, com paragens eficientes e sistemas informáticos de gestão do tráfego e de informação aos passageiros.
Daimler e Uzavtosanoat constroem autocarros no Uzbequistão Daimler AG e o fabricante Uzavtonasoat JSC, do Uzbequistão, subscreveram um acordo para a criação de uma empresa de autocarros comum. A joint-venture irá produzir e vender autocarros urbanos, intermunicipais e midbuses para o mercado do Uzbequistão e para os países vizinhos. O contrato definitivo será firmado no terceiro trimestre deste ano, e conta com o apoio do governo uzebeque. A filial da Daimler Mercedes-Benz Bus na Ásia Central terá uma participação maioritária de 51% na nova joint-venture, ficando os restantes 49% na posse da holding Uzavtonasoat Automotive. A nova companhia será dotada com 80 milhões de dólares de capitais próprios. A Uzavtonasoat providenciará as instala-
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ções fabris e a Daimler Buses os chassis Mercebes-Benz, enquanto as carroçarias serão desenvolvidas em parceria (MCV). A capacidade prevista de produção ascende às 600 unidades por ano, com a possibilidade de aumentar gradualmente os volumes. O primeiro lote de autocarros deverá ser entregue já no início do próximo mês de Setembro. Os veículos serão vendidos sob a marca Mercedes-Benz. Até à data, a Daimler Buses vendeu cerca de mil autocarros para clientes da capital do Uzbequistão (Tashkent). Todos os autocarros da capital com mais de 8 toneladas são Mercedes-Benz Conecto, dando à marca uma quota de 100% do mercado local de autocarros urbanos com mais de 12 metros.
Joalto-Transdev estreia Mercedes Tourismo RH O Grupo Joalto-Transdev tornou-se o primeiro transportador nacional a operar os novos autocarros Marcedes-Benz Tourismo RH. Os novos Tourismo RH distinguem-se da versão RHD pela menor altura exterior: apenas 3,35 metros contra 3,62 metros. No mais, o veículo está disponível nas versões de 2 eixos com 12 e 13 metros e de 3 eixos com 13 ou 14 metros de comprimento. Os veículos vendidos à Joalto-Transdev estão equipados com motor Euro5 de BlueTec® OM457hLA, de 260 kW (354 cv) e caixa de 6 velocidades Mercedes-Benz GO190, servo-assistida. Em termos de equipamento, merecem ainda referência os sistemas de controlo de estabilidade (ESP),
de controlo electrónico do sistema de travagem (EBA), de limitador automático de velocidade em descidas (DBL) e de controlo permanente de tracção (ASR). A encomenda comporta autocarros de fabrico integral da marca alemã e chassis para a construção de carroçarias nacionais. O Tourismo RH de 12 metros está homologado em Portugal para 51 lugares sentados e 22 lugares de pé, e o Tourismo RM M12, de 13 metros, está homologado para 55 lugares sentados e 24 lugares de pé, além do condutor e tripulante. A Evobus admite ainda proceder à homologação da versão com porta central dupla, com elevador e lugar para a cadeira de rodas, assim o mercado o pretenda.
Belgacom encomenda 600 furgões Sprinter A Belgacom, o gigante belga líder na área de serviços de telecomunicações, encomendou 600 furgões Mercedes-Benz Sprinter 519 CDI de 5 toneladas de peso bruto, os quais serão entregues nos próximos dois anos a uma cadência de 25 veículos por mês. O contrato inclui também o pacote de serviços após-venda MercedesBenz CharterWay. O carroçamento destes novos furgões permite a criação de três compartimentos distintos: cabina, uma estação de trabalho móvel equipada com as mais recentes tecnologias de informação e telecomunicações e um espaço de carga destinado a cabos e ferramentas. A Sprinter também pode puxar um reboque de três toneladas. Todos os veículos são equipados com a última versão do Programa Electrónico de Estabilidade (ESP), que determina o peso e a posição da carga e ajusta automaticamente as operações de controlo de travagem. A Belgacom detém uma frota de mais de oito mil veículos e emprega cerca de 17 mil funcionários. MAIO 15 |
Iveco estuda fábrica em Angola entro de três anos, os comerciais Iveco destinados ao mercado angolano serão produzidos localmente. Esse é pelo menos o objectivo da Vecauto, a empresa que desde 2008 representa a marca italiana naquele país. A intenção foi avançada à “Angop” pelo director-geral da Vecauto, Filipe Mendes de Almeida, para quem Angola está a evoluir positivamente, o que motiva a aposta na montagem local dos Iveco Trakker H, Daily e Eurocargo. “A montagem de veículos envolve vários factores ou conjuntos de situações complexas. Mas eu penso que Angola está a evoluir muito positivamente, e que em breve nos proporcionará condições para montarmos veículos cá”, prognosticou. Segundo referiu Filipe Mendes de Almeida, a Vecauto já tem alguma experiência
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Objectivo é produzir Daily Eurocargo e Trakker em montagem de viaturas de outros modelos em vários países e almeja também montar em Angola, por ser um mercado credível para a Iveco. Por outro lado, o director-geral da Vecauto disse ser pretensão da sua empresa abrir igualmente novas oficinas especializadas para assistência de veículos da marca Iveco, nas demais províncias do país. “Já temos experiências com as províncias da Huíla e Benguela, onde prestamos assistência à distância, com o envio de técnicos e peças, pontualmente. Mas queremos expandir às províncias com redes próprias e de terceiros”, disse. Fundada em Janeiro de 2008, a Vecauto é a única
empresa de direito angolano que representa a marca Iveco no país. Possui uma oficina central em Viana, com uma área total de trinta mil metros quadrados, para assistência técnica. Este mês,
procedeu ao lançamento oficial, no mercado angolano, de vários veículos pesados do modelo Trakker H 2010, fabricados em 2009, exclusivamente para o continente africano.
Produção nacional cresce 68% até Abril A produção nacional de veículos comerciais cresceu 62% em Abril e acumula um aumento de 68% desde o início do ano. E com isso o sector está cada vez mais próximo dos números de 2008. Nos pesados, os fabricantes estabelecidos em Portugal produziram em Abril 418 veículos (mais 88%), sendo 407 camiões (mais 89%) e 11 autocarros (mais 57%). Desde o início do ano, a produção ascende a 1 525 unidades (uma subida de 64%), sendo 1 482 camiões (mais 64%) e 43 autocarros (mais 65%). | 16 MAIO
A Mitsubishi Fuso produziu 419 veículos em Abril e praticamente duplicou os números desde Janeiro, com 1 072 pesados saídos do Tramagal. A Toyota Caetano construiu em Abril 21 camiões e soma 83 desde o início de 2010 (mais 19%). A Isuzu (VN Automóveis) produziu 78, elevando para 370 unidades a produção do ano (mais 19%). No que toca aos comerciais ligeiros, em Abril a produção lusa ascendeu a 3 082 veículos, ou seja, mais 59% que há um ano. Nos quatro primeiros meses do ano, o saldo homólogo é já positivo em 69%,
com 13 396 unidades produzidas. A Peugeot-Citroën é de longe o principal construtor, com 2 577 unidades em Abril, 11 468 no ano, a crescer 70% em termos acumulados. Mas em termos relativos a Mitsubishi leva vantagem, mais do que duplicando a produção para os 1 024 veículos desde Janeiro, com 282 construídos só em Abril. A Toyota Caetano cresce 26%, em termos acumulados, para os 766 veículos (dos quais 181 fabricados em Abril) e a VN Automóveis soma 46% com 136 unidades construídas (42 no último mês).
Motorbus lança campanha de foles de suspensão A Motorbus lança este mês de Junho uma campanha de foles de suspensão da Hasen para camiões a preços de mercado altamente atrativos. A gama em promoção integra o fole de suspensão para o DAF XF, duas referências
para o MAN TGA Completo, o fole de suspensão Hendrickson, o BPW 36K Completo e o BPW 30K Completo. A Motorbus Bus & Truck tem vindo a afirmar-se progressivamente no mercado nacional de peças e acessórios para veículos pesados. O ano
passado registou um volume de negócios recorde na ordem dos 2,5 milhões de euros. A empresa encontra-se sediada em Canelas (Vila Nova de Gaia), onde tem uma loja aberta ao público e armazém de peças. Opera praticamen-
te em todo o país através de vendedores de zona. Dispõe também duma parceria para assistência na estrada. A Motorbus Bus & Truck comercializa peças e acessórios multimarca, tanto originais como do mercado de concorrência.
Marangoni lidera recauchutados na Rússia Continental e Volvo juntas até 2012 A Continental Truck e a Volvo Group Europe prolongaram até ao final de 2012 o acordo para o fornecimento de pneus de primeiro equipamento para os veículos comerciais de todas as marcas do grupo Volvo. O fabricante alemão de pneumáticos continua assim associado ao maior construtor europeu de camiões e autocarros, ganhando com isso em termos de marketing, para além das vantagens comerciais e económicas que decorrem do fornecimento de pneus em grandes volumes. Em termos de mercado de reposição, este contrato também tem um impacto importante, ajudando a marca germânica a consolidar e mesmo reforçar a sua quota de mercado na Europa.
Os italianos da Marangoni Retrading Systems já lideram o mercado russo de pneumáticos recauchutados para camiões. O anúncio foi feito por Christian Asmuth, director de vendas da Ellerbrock, sociedade russa do Grupo Marangoni, no decurso do salão Tyres & Rubber 2010, que decorreu na cidade de Moscovo. O mercado russo de camiões já conseguiu sair da grave crise em que mergulhou nos últimos dois anos. O sector dos pneumáticos recauchutados para camião absorve cerca de 200 mil unidades por ano, metade realizada localmente e a outra metade importada, preferentemente da Europa Central e Ocidental. A Marangoni chegou àquele mercado há pouco mais de uma década, investindo progressivamente nalgumas oficinas de recauchutagem locais e associando-se também a importantes distribuidores russos de pneumáticos para camiões, junto dos quais comercializa sobretudo bandas de rodagem com tecnologia avançada Ringtread e tradicional de anel PRL.
Cepsa Star Eurotrafic para profissionais A Cepsa Portugal acaba de lançar um novo cartão para empresas de transportes e transportadores autónomos, denominado Cepsa Star Eurotrafic. O novo cartão permite o pagamento de combustível, lubrificantes e outros artigos nos postos de abastecimento das redes Cepsa e Eurotrafic com descontos, e oferece ainda um serviço 24 horas de assistência técnica em viagem, na Europa e em Marrocos. Segundo a Cepsa Portugal, “cada titular recebe uma facturação detalhada por país, um extracto do consumo por cartão e ainda um serviço opcional de recuperação de IVA e de outros impostos sobre o combustível. Ao tratar-se de um cartão personalizado, com limite por operação e código PIN, evita o uso indevido e proporciona segurança nas transacções realizadas na Europa”. MAIO 17 |
Grupo D. Costa aposta na fidelização dos clientes om o objectivo de captar e fidelizar clientes, o Grupo D. Costa, que reúne as empresas Coperol e Servipesados, acaba de lançar o “Cartão Cliente Preferente”. Em declarações ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, José Domingos da Costa, administrador do grupo, referiu que o novo cartão “serve para tentar fidelizar os clientes, à semelhança de outros cartões que existem no mercado e oferecem brindes através do sistema de acumulação de pontos”. “A ideia – justificou - é que os clientes nos dêem a sua preferência sempre que necessitarem de peças ou da reparação dos seus veículos”. Até porque, reforçou, “numa altura em que a situação económica do país não está fácil, e o sector da construção civil e das obras públicas, que é o motor da economia, se encontra mui-
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to debilitado, qualquer fatia de mercado que consigamos conquistar, por muito pequena que seja, é importante”. No ano passado, a Coperol, empresa de comércio de peças de grande rotação para veículos pesados, facturou cerca de 8,6 milhões de euros, enquanto a Servipesados, na área da assistência oficinal, ultrapassou o milhão de euros. A Coperol tem lojas na Maia, Lourosa, Coimbra, Leiria, Entroncamento, Car-
regado, Montemor-o-Novo e Quarteira. “Estamos também presentes em Angola”, esclareceu José Domingos da Costa. “Neste momento temos uma loja em Luanda, e um terreno na zona industrial de Viana, onde estamos a iniciar a construção de um armazém que será a sede da empresa. A partir daí veremos quais as possibilidades de expansão em Angola”. Por sua vez, a Servipesados tem oficinas para viaturas pesadas na Maia, Alenquer e Montemor-o-Novo.
A sede do Grupo D. Costa encontra-se instalada no concelho de Loures. Fora de causa está, pelo menos por enquanto, a expansão da rede nacional. Ou, como o disse José Domingos da Costa, questionado pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS, “por vontade dos clientes estaríamos em cada esquina; simplesmente neste momento não é possível fazer o alargamento com novas sucursais porque o mercado, nas actuais condições, não o permite”.
A apresentação do “Cartão Cliente Preferente” foi feita no decurso de duas acções “Convenção Cliente Preferente”, promovidas pelo Grupo D. Costa no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures, e na Casa do Povo de Vermoim, na Maia, que juntaram cerca de duas centenas de clientes. José Domingos da Costa apresentou ainda a nova imagem do grupo e deu conta da nova dinâmica comercial. | 18 MAIO
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