Cábulas nº 8

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Edição n.º 8 | Novembro 2011

Mestrados na ESTGV

Atribuição de mais um título de Mestre A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) atribuiu, no dia 19 de outubro de 2011, mais dois títulos de Mestre. O candidato João Paulo de Melo Guedes apresentou o tema “Performance das empresas certificadas do distrito de Viseu”. O júri das provas foi composto pelos seguintes elementos: Presidente, Prof. Dr. Pedro Soares Pinto, docente da ESTGV; arguente, Prof.ª Doutora Zélia Maria da Silva Serrasqueiro Teixeira, Professora Associada da Universidade da Beira Interior e orientador Prof. Doutor Luís Fernandes Rodrigues, docente da ESTGV. Seguiu-se o candidato Sérgio Dias Pinto com o tema “Uma análise ao incumprimento dos prazos de pagamento”. O júri das provas foi composto pelos seguintes elementos: Presidente, Prof. Dr. Pedro Soares Pinto, docente da ESTGV; arguente, Prof.ª Doutora Zélia Maria da Silva Serrasqueiro Teixeira, Professora Associada da Universidade da Beira Interior e orientadores Prof. Doutor Luís Fernandes Rodrigues e Prof. Dr. João Andrade Nunes, docentes da ESTGV. Novos Orgãos Sociais da AAAdGest

Primeira atribuição de título de Mestre na ESTGV

Entrevista: Dr. José Alberto

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EDITORIAL António Santos Presidente da AAAdGest

Ao escrever pela primeira vez no editorial do “Cábulas”, na qualidade de Presidente da Direção da AAAdGest – Associação dos Antigos Alunos do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, as minhas primeiras palavras são para cumprimentar todos os Antigos Alunos da nossa Escola, independentemente do Curso que frequentaram, e transmitir-lhes que é para mim uma grande honra presidir aos destinos da AAAdGest durante os próximos três anos, integrado numa equipa de muito valor que, estou certo, conduzirá este barco a “bom porto”. Cumprimento, também, muito especialmente, a restante comunidade educativa, nomeadamente os Funcionários e Docentes. Gostaria também de agradecer, em nome de todos os Antigos Alunos do dGest, a todos aqueles que nos antecederam nos órgãos sociais da nossa Associação. É justo dar-lhes um público louvor, pelo seu esforço em prol do desenvolvimento e prestígio da AAAdGest. Nos tempos atuais, assumir a Direção de uma Associação com as características da nossa não é tarefa fácil. Aliás, diria mesmo, que nenhuma tarefa de gestão, no contexto em que vivemos, se enconEdição n.º 8 | Novembro 2011

tra facilitada. A constante imprevisibilidade em tudo o que nos rodeia obriga a mudanças permanentes de adaptação, não excluindo deste processo a nossa própria Associação. Tudo faremos para manter a “chama viva”, mesmo que isso exija alguns sacrifícios pessoais, já que, todos nós, exercemos uma atividade profissional, enquadrados em organizações que, cada vez mais, necessitam da nossa disponibilidade e ajuda. Queremos, com a Vossa ajuda, atingir os objetivos que nos propusemos no início do nosso mandato; Queremos que todos Vós sejam uma voz ativa na vida da nossa Associação; Queremos ser parceiros ativos no contexto da comunidade educativa da nossa Escola; Queremos contribuir para o prestígio da nossa Escola, revelando-nos profissionais de excelência em qualquer equipa onde estejamos inseridos. É nosso propósito criar uma grande interatividade entre a nossa Associação, representada pelos seus órgãos sociais, e todos os associados que a compõem. Com essa finalidade, utilizaremos todos os modernos meios de comunicação à nossa disposição. Vamos manter-vos, permanentemente, informados sobre a vida da AAAdGest, mas também gostaríamos muito de saber notícias Vossas. Para isso iremos incrementar o uso de ferramentas que facilitam esta comunicação, permi-


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tindo manter todos informados simultaneamente. Estou a referir-me, concretamente, ao uso da rede social Facebook, onde a AAAdGest tem já uma página ativa com um perfil de adesão bastante facilitado, bastando um simples Clik na palavra “Gosto”. Esta página foi criada especificamente para este efeito, sendo, em muitos casos, o melhor meio de divulgação de notícias relacionadas com a vida da Associação, entenda-se, com a vida de todos nós, naquilo que quisermos partilhar com os antigos colegas.

Esperamos corresponder a todas as Vossas expectativas. Tudo faremos para que sintam que vale a pena estar ligado a esta Associação que é Vossa e Vos representa. Contamos muito com a Vossa contribuição. Aproximamo-nos do Natal. Os tempos que correm retiram-nos alguns motivos de alegria, mas vamos continuar a pensar positivo. Deixo uma palavra de estímulo e esperança no futuro a todos, desejandovos, a Vós e às Vossas Famílias, um Santo Natal e um Ano Novo muito próspero. -

Tomada de posse

Novos Órgãos Sociais da AAAdGest Foi no passado dia 3 de março que decorreu, na sala para atos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, a tomada de posse dos novos órgãos sociais da AAAdGest. Em ambiente descontraído, a antiga direção, presidida pelo Dr. Paulo Coelho, deu posse aos novos órgãos, cuja presidência pertence agora ao Dr. António Santos, um dos primeiros diplomados do curso de Gestão de Empresas deste Instituto. Estiveram também presentes outros membros da nova direção: Dra. Nanja Kroon, Dr. Álvaro Gomes, Dr. Carlos Lázaro e Dra. Natália Figueiredo, o presidente da ESTGV, Dr. José Alberto Ferreira e ainda, o

Paulo Coelho (direita), ex-presidente da Direção passando testemunho ao novo presidente, António Santos (esquerda)

Dr. Rogério Matias, a Dra. Isabel Martins e o Dr. Joaquim Antunes. Os novos órgãos, ao longo dos três anos de mandato, pretendem dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos anteriores membros da AAAdGest e estabelecer uma relação de maior proximidade entre os antigos alunos, escola e a comunidade empresarial da região. Edição n.º 8 | Novembro 2011


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Composição dos Órgãos Sociais (2011-2014) MESA - ASSEMBLEIA GERAL

Direção

CONSELHO FISCAL

Presidente Fernanda Cruz

Presidente António Santos

Presidente Isabel Martins

Vice-Presidente Natália Figueiredo

Vice-Presidente Álvaro Gomes

Vice-Presidente Carlos Lázaro

Secretário João Moita

Secretário Paulo Coelho

Secretário Nanja Kroon

Atividades da AAAdGest

Balanço do ano 2011 Foi no passado dia 3 de fevereiro de 2011 que os novos órgãos sociais da AAAdGest tomaram posse para um mandato de 3 anos. Como é normal no início dos mandatos, o entusiasmo entre os membros, então empossados nas suas novas funções, é grande. Os projetos idealizados eram (e continuam a ser) muitos, mas alguns condicionalismos impunham alguma

contenção. Desde logo a disponibilidade de tempo, bastante reduzida nos tempos atuais para quem trabalha, seguindo-se as disponibilidades financeiras de uma Associação que vive, exclusivamente, da quotização dos seus Associados. Neste contexto, elaborou-se um plano de ação que contemplava as grandes linhas de orientação para o triénio 20112014, destacando-se: 1- Ser uma mais-valia para os Associados, através do desenvolvimento de ações que fossem valorizadas por estes;

Cerimónia de tomada de posse dos novos Orgãos Sociais da AAAdGest Edição n.º 8 | Novembro 2011


www.aaadgest.org | 5 2- Reforço da nossa colaboração com a Escola e o IPV, de modo a promover a imagem da instituição no exterior; 3- Reforço da nossa colaboração com a sociedade em geral, nomeadamente com as “Forças Vivas” e o meio Empresarial, de modo a facilitar a integração dos novos alunos no mundo do trabalho Estas linhas orientadoras estão em vigor, mas foi necessário priorizar as ações a desenvolver, tendo em conta que só era possível avançar se fossem reunidas as condições mínimas de suporte às mesmas. Desde logo ter informação atualizada sobre todos os Ex-alunos do Departamento de Gestão, estivessem ou não inscritos na nossa Associação, tendo sido criada uma Base de Dados. Mas isto, por si só, não bastava pois era necessário também desenvolver ferramentas de comunicação que facilitassem o contacto biunívoco entre os Associados e a sua Associação. Colocou-se as “mãos à obra” e, contando com a colaboração preciosa de um estagiário da escola, decidiu-se avançar para a criação de um novo site da AAAdGest (www.aaadgest.org) e a criação de uma nova página no Facebook com o perfil de “Fãs”. Quem visitar estes dois veículos de comunicação, pode agora ver a nova imagem da Associação, com informação atualizada e envolvendo todos os cursos que fazem parte do Departamento de Gestão. Estas ações permitiram um grande salto qualitativo a nível de facilidade de contacto com todos os Associados. Por isso apelamos a todos os Ex-alunos do Departamento de Gestão da ESTGV para que se inscrevam na AAAdGest, pois só assim podem acompanhar em permanência a

Assembleia Geral da AAAdGest A AAAdGest reuniu em assembleia geral extraordinária no passado dia 29 de janeiro de 2011, para aprovação das contas relativas ao ano de 2010. Nesta reunião, compareceram apenas membros dos órgãos de gestão cessantes e dos novos orgãos, que aprovaram por unanimidade o relatório de contas. Publicamos, abaixo, o quadro resumo das contas de 2010.

CONTAS DO ANO DE 2010 RECEITAS Descrição das Receitas

Valor

Saldo de 2009

292,28 €

Quotas

161,00 €

Inscrições no Jantar do VIII Encontro da AAAdGest

674,00 €

TOTAL DE RECEITAS 835,00 € DESPESAS Descrição das Despesas

Valor

Jantar do VIII Encontro da AAAdGest

700,00 €

Requisição de cheques

5,97 €

Despesas com transferência bancária

7,28 €

TOTAL DE DESPESAS 713,25 € TOTAL DE RECEITAS + Saldo Inicial

1.127,28 €

TOTAL DE DESPESAS

713,25 €

SALDO DAS ATIVIDADES DE 2010

414,03 €

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João Oliveira, estagiário do curso de Engª Informática da ESTGV

vida da sua Escola e manterem vivos os contactos com todos os ex-colegas. Só assim, conseguiremos todos juntos, contribuir para a projeção da nossa escola, melhorando a sua reputação no contexto empresarial e facilitando a integração nas empresas e outras organizações, dos diplomados por esta instituição de ensino superior. Mas não chega inscreverem-se na Associação. É necessário participarem ativamente, através dos vossos comentários e sugestões e nas ações desenvolvidas por esta direção. Vamos fazer da nossa Associação aquilo que quisermos que ela seja.

Passada que foi a fase das “Tecnologias de Informação”, os órgãos socias da nossa Associação começaram então a voltar-se para as ações concretas no terreno. Reuniram-se com a direção da nossa escola, numa abordagem de colaboração futura, tendo havido total abertura de ambas as partes para que tal aconteça. Propôs-se, entre outras colaborações possíveis, a utilização das instalações desportivas, por parte dos Antigos Alunos, em horários que não perturbassem as atividades escolares, ficando este pedido a aguardar uma autorização do IPV. A intenção passa por se manterem ligados em permanência à escola, querendo assim, que essa ligação seja também física. Outras atividades estão a ser analisadas, sempre com o objetivo de criar ligações, cada vez mais fortes, entre os Ex-alunos e a ESTGV, com vantagens reciprocas. Na linha de orientação da ligação ao meio exterior, lançaram já a realização de uma grande conferência ligada ao desenvolvimento da nossa região, estando em curso os convites aos oradores que, por causa da sua disponibilidade, condicio-

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Direção da AAAdGest Edição n.º 8 | Novembro 2011


www.aaadgest.org | 7 nam a data da realização, pensando ter presentes as “Forças Vivas” da região e membros do atual Governo. Para este ano ainda, a realização do nosso IX Encontro Anual deverá mobilizar grande parte dos esforços. O objetivo é dar a este encontro um simbolismo muito forte, pelo que se decidiu promover outras iniciativas neste dia, para além do já tradicional Jantar de Confraternização. O programa já divulgado contempla as realizações que se irão levar a cabo. De referir também o lançamento da presente edição do “Cábulas”, que deverá também constituir um momento importante na

vida da nossa Associação. Estão aprovadas as grandes diretrizes estratégicas para a Associação. As iniciativas estratégicas, medidas e ações seguirse-ão, não podendo fazer muito porque não têm todo o tempo que gostariam, mas o que for feito querem fazê-lo bem. Terminando o relato das atividades de 2011, a Associação agradece o esforço e a dedicação de todos os elementos que compõem os orgãos sociais da mesma. Sem esta contribuição estimulante, muitas vezes com sacrifícios pessoais e familiares, não seria possível continuar a reforçar a chama viva da AAAdGest. -

Notícias do dGest

9ª edição do Curso de Preparação para Exame de Avaliação Profissional de Acesso à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, OTOC O Departamento de Gestão da ESTGV (dGest) vai levar a cabo a 9ª edição do Curso de Preparação para o Exame de Avaliação Profissional de Acesso à OTOC. Nesta edição, as sessões terão lugar ao sábado (09:00/13:00h e 14:00/18:00h), com início no dia 4 de fevereiro e término no dia 19 de maio de 2012. O exame da Ordem está marcado para o dia 2 de junho de 2012. Como a própria designação do curso sugere, pretende-se com o mesmo essencialmente a preparação dos candidatos para o Exame de Avaliação Profissional de Acesso à OTOC (com vista à eventual inscrição como TOC), nomeadamente através da revisão, integração e atualização dos conhecimentos adquiridos por aqueles ao longo dos respetivos percursos académi-

cos e profissionais, designadamente os relativos a matérias de Contabilidade Geral ou Financeira, Contabilidade Analítica, de Custos ou de Gestão, e Fiscalidade Portuguesa ou Direito Fiscal. O preço do curso é de 390 euros, sendo que os participantes que sejam, ou tenham sido, alunos da ESTV, gozam de uma redução de 10%. O dGest encontra-se já a aceitar préinscrições. Alguns dias antes do início do curso os interessados serão contactados para que, confirmem ou não, em definitivo, a sua inscrição. Para obter mais informações, consulte o site: http://www.estv.ipv.pt/dep/dgest/ ou contacte o Departamento de Gestão através do telefone 232 480 597. Edição n.º 8 | Novembro 2011


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Recibos verdes eletrónicos Carlos Lázaro Antigo aluno e Docente IPV/ESTGV

Em Portugal, a crescente utilização da Internet pelos cidadãos sustenta a linha de orientação da estratégia de Lisboa, que definiu o Governo Eletrónico (e-Gov) como um vetor estratégico de intervenção do Estado, dinamizador da relação com os cidadãos. O papel do e-Gov não se restringe apenas à disponibilização de informação, mas potenciar também o surgimento de novos paradigmas de funcionamento das instituições baseado na oferta on-line de serviços, anteriormente apenas disponibilizados de forma presencial. É nesta linha que a DGCI deu mais um passo no sentido de desmaterializar a relação com o cidadão ao implementar um sistema de “recibos verdes” em formato eletrónico. No dia 1 de julho de 2011, passou a ser obrigatória a emissão eletrónica de recibos verdes para os profissionais liberais que já se encontrassem obrigados ao envio da declaração periódica de IVA ou da declaração de IRS, por via eletrónica, depois de uma fase experimental e opcional iniciada em 1 de dezembro de 2010. Existem 3 modelos de recibo verde eletrónico: • Modelo de recibo emitido (o modelo “normal” preenchido com os dados do Edição n.º 8 | Novembro 2011

prestador do serviço e os dados do cliente e respetivos valores e impostos) • Modelo de recibo sem preenchimento (utilizado em situações excecionais, por impossibilidade de emissão por via eletrónica) • Modelo de recibo emitido para ato isolado (para prestações de serviços isoladas) Para o preenchimento e emissão no Portal das Finanças, é necessário que o utilizador se identifique com o seu NIF e senha de acesso, ficando disponível, para consulta e impressão, quer pelo prestador, quer pelo adquirente do serviço, durante um período de cinco anos. Podem os recibos emitidos no Portal ser impressos, devendo o prestador de serviço assiná-lo antes de o entregar ao adquirente. Para simplificar os procedimentos de emissão dos recibos, foram disponibilizadas as seguintes aplicações informáticas: • Sistema de emissão off-line, para obter lotes de recibos eletrónicos a emitir em computadores não ligados à Internet, procedendo-se à sua submissão posterior • Sistema que permite aos prestadores de serviços habilitarem terceiros, nomeadamente pessoas que exercem funções

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de secretariado e apoio administrativo, a emitir recibos em seu nome e por sua conta. Em situações excecionais , em caso de impossibilidade de emissão por via eletrónica, podem ser impressos recibos sem preenchimento, que conterão a data de impressão e numeração sequencial, devendo ser recolhidos no Portal até ao 5º dia útil seguinte ao da data de prestação do serviço. O sistema anula automaticamente todos os recibos emitidos sem preenchimento que não tenham sido recolhidos até ao final do prazo para entrega da declaração de IRS. Os emitentes de recibos verdes eletrónicos podem anulá-los até ao final do prazo de entrega da Modelo 3 de IRS, sendo esta anulação comunicada por carta ou e-mail

ao adquirente do serviço. Este recibo anulado, em posse do adquirente, deixa de poder ser utilizado como comprovativo dos gastos suportados. Os sujeitos passivos não obrigados ao envio de declarações por via eletrónica, podem adquirir nos Serviços de Finanças, no máximo 50 recibos, em suporte de papel, sem preenchimento, ao custo unitário de € 0,10. Estes recibos não podem ser recolhidos no Portal das Finanças, não sendo permitido, durante o mesmo ano a que respeitam os rendimentos, utilizar os dois regimes (o recibo em papel e o eletrónico). O sistema foi desenvolvido com vista a simplificar e reduzir o custo de cumprimento das obrigações fiscais pelos contribuintes, maximizando as vantagens da utilização das tecnologias da informação. -

Mestrados

O júri das provas foi composto pelos seguintes elementos: Presidente, Prof. Dr. Pedro Soares Pinto, docente da ESTGV; arguente, Prof. Doutora Rute Maria Abreu Teixeira de Matos, docente do Instituto Politécnico da Guarda e orientador, o Prof. Doutor Luís Fernandes Rodrigues, docente da ESTGV. -

Primeiro título de Mestre no ESTGV A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) atribuiu, no dia 10 de fevereiro de 2011, o primeiro título de Mestre. O título foi atribuído ao candidato Filipe Alexandre Pereira Duarte, no âmbito do Mestrado em Finanças Empresariais, depois de apresentar provas públicas com o tema “O impacto das garantias mútuas no financiamento do setor da construção”, tendo obtido a classificação de dezasseis valores.

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ENTREVISTA

Dr. José Alberto Ex-presidente da ESTGV Por Natália Figueiredo

1 – Agora que acabou o seu mandato como Presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, que balanço é que faz? Quais as maiores dificuldades com que se deparou? Creio que dentro dos vários condicionalismos em que os mandatos que fiz como Presidente, primeiro do então Conselho Diretivo e depois como Presidente da Escola, posso afirmar que, o balanço é deveras positivo. A adaptação dos cursos a Bolonha decorreu dentro da normalidade e dos prazos inicialmente previstos/estabelecidos, bem como a reformulação dos Estatutos da ESTGV de acordo com o RJIES. Por outro lado, foram sendo criadas novas formações, sempre de acordo com o mercado e a envolvente, bem como o contrato de confiança que foi assinado entre o MCTES e CSISP – Mestrados e CET’s. Quero ainda salientar o bom ritmo a que têm seguido a formação de docentes ao nível dos doutoramentos, salientando o esforço financeiro do IPV na ajuda aos mesmos – PROTEC e PRFAD. As maiores dificuldades sentidas foram aquelas que derivaram do emagrecimento financeiro do financiamento dos orçamentos, da diminuição do número de alunos, apesar do aumento da oferta formativa. Edição n.º 8 | Novembro 2011

2 - O que ficou por fazer? Que sonhos foram concretizados? Fica sempre algo por fazer, mas no essencial os objetivos definidos foram atingidos. Obviamente que gostaríamos de ter tido mais meios que permitissem apetrechar melhor os nossos laboratórios, ter feito mais interação com a envolvente, etc. Apesar de tudo conseguimos levar a cabo a adequação a Bolonha, com a normalidade já acima referida, conseguimos os Mestrados, os CET’s (Cursos de Especialização Tecnológica) e também conseguimos uma forte visibilidade externa junto das empresas e das instituições que reconhecem nos nossos serviços e, sobretudo, nos nossos alunos elevada competência. 3 – Na atual conjuntura económica desfavorável, como vê o futuro do ensino superior em Portugal? De que forma está/ vai ser afetado por esta crise? Evidentemente, que na atual conjuntura económica em que vivemos, que vai durar mais do que de início seria pensa-

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ENTREVISTA do, o ensino superior não vai deixar de ser afetado. Já há indícios da crise que afecta o sistema de financiamento com orçamentos menos adequados e os alunos também já indiciam dificuldades para suprir as suas obrigações no cumprimento dos prazos das prestações. A forma de financiamento das instituições terá que ser repensada, as receitas próprias terão que ir além das tradicionais propinas e, todos terão que dar mais um pouco de si para que as instituições sejam sustentáveis no futuro. 4 – Qual o caminho que gostaria que a AAAdGest seguisse? Do meu ponto de vista a AAAdGest está no bom caminho e penso que tem dado um contributo decisivo à ESTGV e, sobretudo, ao dGest. No entanto, e tendo as pessoas que teve e tem nos órgãos sociais poderá dar testemunhos de vida aos atuais alunos do departamento e da Escola que serão, extremamente, importantes para as suas vidas futuras. Poderá dar outro tipo de contributos, aliás já falados numa reunião em que tive oportunidade de os receber, ainda como Presidente da ESTGV. Creio ser importante contagiar os colegas de outros cursos a criarem as suas próprias associações de antigos alunos, ou o que seria, do meu ponto de vista, melhor criar a associação dos antigos alunos da ESTGV.

turo e que venham mais à escola e ao departamento já que a esta instituição eles muito devem, mas a instituição também muito lhes deve. Desta interação recíproca todos ficaremos a ganhar. 6 – Como vai ser voltar a ser professor a tempo inteiro? Professor nunca deixei de o ser. Fui mantendo sempre atividade docente, embora com carga horária muito reduzida. Agora volto a fazer, de forma mais exclusiva, o que sempre gostei de fazer, partilhar com os alunos vivências de enriquecimento mútuo. -

5 – Que mensagem gostaria de transmitir aos Antigos Alunos do dGest ? A mensagem de esperança no fuEdição n.º 8 | Novembro 2011


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juro aplicada ao produto aumenta com o decorrer do prazo), normalmente de médio prazo (entre 1 a 5 anos). Se bem que estes produtos de taxa crescente também possam assumir a forma de obrigações ou de fundos especiais de investimento, os mais comuns são os depósitos a prazo.

“não se deixe iludir pela publicidade…”

Dadas as atuais dificuldades dos bancos portugueses em obter financiamento externo, estes viram-se cada vez mais para a captação de poupanças dos aforradores portugueses, publicitando, de entre outros produtos financeiros, depósitos de taxa crescente. Contudo, não se deixe iludir pela publicidade…

Porquê estar alerta? Normalmente, na publicidade deste tipo de depósitos, é destacada exatamente a palavra “crescente”, com o intuito de fazer ver aos aforradores que a taxa de juro do depósito cresce ao longo do prazo. É também dado grande destaque à taxa de juro que vigora no último período do prazo do depósito (normalmente, a taxa mais elevada). Todavia, o investidor deverá saber que apenas terá direito a usufruir dessa taxa de juro se mantiver o montante aplicado no depósito até esse mesmo período. Além disso, a análise da rendibilidade deste tipo de depósitos deverá ter também em conta as taxas de juro que vigoram nos períodos anteriores.

O que são os depósitos de taxa crescente? Como alternativa aos “tradicionais” depósitos a prazo (que apresentam uma taxa de juro garantida para a totalidade do prazo, com prazos que habitualmente vão de 1 mês a 3, 6 e 12 meses), nos últimos tempos os bancos têm apresentado produtos de taxa crescente (ou seja, a taxa de

O que fazer perante um produto financeiro deste tipo? O melhor será recolher toda a informação relevante sobre o produto em relação a critérios como sejam a rendibilidade, o risco e a respetiva liquidez. Para isso, antes de subscrevermos um produto deste tipo, deveremos consultar a sua Ficha de Informação Normalizada (FIN).

Depósitos de taxa crescente Ilídio Cunha Docente IPV/ESTGV

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Como podemos ter acesso à FIN? De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº4/2009, antes da abertura de conta de depósito à ordem ou da celebração de outros contratos de depósito, as instituições de crédito deverão disponibilizar aos clientes a respetiva FIN. Inclusive, quando as instituições de crédito divulgam depósitos no seu sítio da Internet, deverão igualmente disponibilizar as respetivas FIN em local bem visível e de acesso direto a partir das páginas em que esses depósitos são divulgados. O que deve constar numa FIN? No caso de uma FIN para depósitos simples, não à ordem (onde se incluem os depósitos a prazo de taxa crescente), de entre outras informações, deverão constar: as condições de mobilização antecipada dos fundos, a indicação da possibilidade ou não de renovação do produto no seu vencimento, os montantes máximos e/ou mínimos de constituição e manutenção do depósito, a possibilidade ou obrigatoriedade da realização de reforços

(entregas adicionais) e respetivas condições, a indicação da Taxa Anual Nominal Bruta (TANB), da Taxa Anual Nominal Líquida (TANL) e das TANB e das TANL médias quando ocorrem duas ou mais taxas de juro ao longo do prazo do depósito (caso dos depósitos de taxa crescente), a Taxa Anual Efetiva Líquida (TAEL) quando exista capitalização dos juros e a referência à aplicação do Fundo de Garantia de Depósitos. Serão os depósitos de taxa crescente uma boa opção de investimento? Naturalmente que a resposta depende do depósito específico que estivermos a falar e, além disso, depende do perfil do próprio investidor, nomeadamente da forma como este se posiciona perante os critérios de rendibilidade, risco e liquidez. Todavia, tratando-se de uma aplicação a médio/longo prazo, será sempre aconselhável analisar a rendibilidade de produtos como as Obrigações do Tesouro ou os Certificados do Tesouro. -

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Recordar é … “Recordar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração.” (William Shakespeare) Sábias palavras de Shakespeare! Quão adequadas a este momento de encontro e partilha! É fácil recordar para quem tem memória e coração. Relembramos colegas, professores, funcionários e até as exíguas instalações por onde fomos passando. Claro que, a memória destas últimas, apenas está presente nos primeiros alunos que fizeram nascer esta Escola. Os ex-alunos mais recentes têm apenas as nossas memórias registadas nalgumas fotografias do passado, realidades longínquas e até inacreditáveis, face às instalações atuais. Para alguns, foi ontem, para outros, aquela realidade é longínqua e irreal. Mudanças, mudanças e mais mudanças. Não havia telemóveis, computadores portáteis, internet ou qualquer das outras modernices começadas por ‘i’: iphone, ipod, ipad, e sem as quais hoje não sobrevivíamos. Os computadores fixos existentes, para além de enormes, não estavam ao alcance de qualquer bolso, muitos menos à maioria dos estudantes. Alguns dos colegas mais recentes estarão a questionar-se como é que se faziam os trabalhos, como era partilhada a informação. Não havia emails, plata-

Isabel Martins 2.º Curso de Gestão e docente do dGest Edição n.º 8 | Novembro 2011

“Faz bem ao coração recordar as pessoas! Razão de sobra para mais um encontro!” formas de e-learning, como é o caso do Moodle, pen drive ou até mesmo CD. Estávamos em plena era do papel! Pastas e pastas de papel. Lembramos bem quem nos ajudava na partilha dessa informação (a Cristina!). Éramos solidários e partilhávamos a informação que nos ia chegando. Era melhor que hoje? Não sei! O que sei é que era claramente diferente. Faz bem ao coração recordar as pessoas! Razão de sobra para mais um encontro! A AAAdGest tem de continuar a registar a marca de cada um dos que vai passando pela Escola. Caro colega, não te esqueças da tua Escola. Foi a tua Escola ontem, pode ser hoje, no complemento da tua formação, e tem de o ser amanhã! O que podes fazer pela tua Escola? O que podes fazer pela tua AAAdGest? Precisamos de ti! Faz-nos chegar a tua opinião! Tu fazes a diferença! Tu és importante! -


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Criação de Valor e Marketing Pessoal António Santos1 Presidente da AAAdGest

Os tempos que vivemos são muito conturbados. A imprevisibilidade é total e ninguém pode dizer, em boa verdade, o que vai acontecer amanhã. A nível das empresas, os estrategas têm muita dificuldade em prever o que acontecerá daqui por 2, 3 ou 5 anos. Apenas podem afirmar que, depois destes tempos difíceis que atravessamos, que exigem de todos grande capacidade de sacrifício e adaptação, nada mais será como antes. Neste contexto, os gestores das empresas e outro tipo de organizações, estão introduzindo alterações estruturais significativas nas unidades que gerem, tornando-as mais ágeis e flexíveis, com evidente impacto na redução de custos. Mas este cenário, como é compreensível, implica a eliminação de todas as “gorduras” existentes, entendendo-se como tal, tudo aquilo que não cria valor para a organização. Para criar valor, é necessário ter um impacto positivo na conta de resultados, compatível com o montante de recursos utilizados. Na maioria das organizações, os custos diretamente ligados aos recursos humanos (salários, segurança social, seguros, viaturas, computadores, espaço físico utilizado, etc.) têm um peso muito grande na estrutura de custos das mesmas. Fre-

quentemente, diria quase sempre, quando se introduzem programas de redução de custos, o ajustamento de pessoal (entenda-se despedimentos) é a primeira opção a considerar. Quem consideram que são os primeiros a fazer parte da lista de disponíveis? Os que criam valor ou aqueles que, embora possa não corresponder à realidade, são vistos nas organizações como, e apenas, “centro de custos”?

“E eu sempre ouvi dizer, e acredito, que os primeiros responsáveis pelo nosso sucesso profissional somos nós próprios.” Ao longo dos últimos anos tenho vindo a alertar muitos trabalhadores, pessoas amigas ou outras que participam em conferências para as quais sou convidado, para a importância da sua concentração permanente na criação de valor a nível da atividade que desempenham. É necessário encontrar respostas para algumas questões que, permanentemente, devemos colocar a nós próprios: Qual o meu papel na organização? Para que serve o meu trabalho? O que estou a fazer tem algum valor, ou seja, se o deixar de fazer os resultados da empresa diminuem? Não há forma de o fazer melhor e com muito menos custos? Como posso contribuir para melhorar os resultados da

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minha empresa e torna-la mais competitiva, assegurando o seu e o meu futuro? Quem não conseguir responder a estas questões, provavelmente está a mais na organização. Prepara-te porque poderás ser um dos próximos a fazer parte da lista de disponíveis. Levantar o problema, por si só, já é relevante, mas não chega. Temos que dar resposta a todos aqueles que, face ao que até aqui leram, estão agora a questionar o que fazer. A resposta é simples mas de complexa implementação. Se não queres fazer parte da lista de disponíveis, muda de atitude rapidamente e faz uma análise profunda sobre o teu papel na organização. Possivelmente, vais ter que alterar muita coisa, e, quase de certeza, vais ter que reforçar rapidamente as tuas competências pessoais, no qual não investiste nenhum tempo nos últimos anos. As escolas do ensino superior oferecem-te muitas opções de escolha, de acordo com as necessidades de cada um. É apenas necessário alguma disponibilidade da tua parte e algum espirito de sacrifício para saíres da tua “zona de conforto” (família, lareira, video, internet, facebook, tv, computador, cigarrilha, chinelos, ….). Mas vais ver que vale a pena, não só em termos

profissionais mas também em termos de realização pessoal. Por último, do ponto de vista de desenvolvimento de carreira, entenda-se sucesso individual dentro da organização, a criação de valor tem que ser acompanhada com um “Plano de Marketing Pessoal”. Afirmamos, com bastante regularidade, que no ambiente profissional de cada um temos que “saber saber”, “saber fazer” e “saber estar”. Eu diria mais uma condição: “Saber comunicar”. Não se trata de ser ou não ser vaidosos, trata-se apenas de defender o nosso valor enquanto elementos ativos de uma organização. Pensar que os outros têm obrigação de nos avaliar e realçar o nosso contributo positivo para os resultados, é deixar toda a decisão em relação ao nosso futuro na mão de terceiros. E eu sempre ouvi dizer, e acredito, que os primeiros responsáveis pelo nosso sucesso profissional somos nós próprios. Se assim é, porque esperas? 1

Licenciado em Gestão pela ESTGV e MBA pelo ISCTE. É partner da STRATEG – Consultoria de Alta Direção; É Assessor do Presidente do Conselho de Administração da MRG – Engenharia e Construção e responsável pelo Departamento de Estratégia da mesma Empresa.

FICHA TÉCNICA

Boletim Informativo da AAAdGest Associação de Antigos Alunos do Departamento de Gestão Edição n.º 8 | Novembro 2011

www.aaadgest.org | www.facebook.com/aaadgest info@aaadgest.org Escola Sup. de Tecnologia e Gestão de Viseu Campus Politécnico, Pavilhão de Mecânica, Sala M4 Repeses 3504-510 VISEU Diretor: António Santos | Paginação: Nitah® Redação: AAAdGest Impressão: Reprografias da ESTGV


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