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cia pelo STF. A Funai é o órgão criado para defender os índios. PÁGINA
Indígenas são recebidos com bombas na Funai
Vídeo divulgado mostra a Polícia Militar disparando artefatos contra grupo de índios em frente à Fundação, em Brasília
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Um grupo de indígenas foi recebido com bombas na tarde de ontem, em frente à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília.
Em vídeo divulgado pela liderança indígena feminista Sonia Guajajara, policiais aparecem disparando bombas de efeito moral para dispersar os indígenas, que estão na capital federal para pedir que o julgamento do caso de repercussão geral sobre demarcação de terras indígenas seja remarcado com urgência pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Funai é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil.
CONSELHO
Em carta destinada ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, diversos povos indígenas pedem que o julgamento do caso de repercussão geral sobre demarcação de terras indígenas seja remarcado com urgência. O documento foi protocolado durante o ato realizado na tarde desta segunda (14) em frente ao Supremo e reuniu mais de 450 indígenas de vários povos de todas as regiões do país.
Na última sexta (11) o julgamento que deve definir o futuro dos povos indígenas foi interrompido logo após o início do período de manifestação dos ministros ser aberto e que deveria durar até o dia 18 de junho. O ministro Alexandre de Moraes pediu destaque do processo que agora deve ser inserido novamente na pauta de votação pelo presidente da Suprema Corte.
O processo trata de uma ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à Terra Indígena (TI) Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem indígenas Guarani e Kaingang.
O status de “repercussão geral” dado pelo STF ao caso significa que a decisão tomada nele servirá de diretriz para o governo federal e todas as instâncias do Judiciário no que diz respeito à demarcação de terras indígenas, além de servir para balizar propostas legislativas que tratem dos direitos territoriais dos povos originários.
LULA
O Padre Julio Lancellotti foi surpreendido ontem com a informação de quem uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família em um processo por danos morais contra a atriz Regina Duarte poderia lhe render uma soma de R$ 130 mil reais a serem utilizados em um de seus projetos sociais. Ele explicou onde pretende usar o dinheiro, caso Lula seja vença a ação:
“Para atendimento da população de rua: vestuário, alimentação, calçados e material de higiene pessoal”, disse.
A ação movida por Lula e sua família diz respeito a um post feito nas redes sociais por Regina Duarte, então no cargo de secretaria Especial da Cultura do governo federal, em que ela divulgou uma informação falsa. Feita em abril de 2020, a publicação afirmava que Marisa Letícia, morta em 2017, havia deixado aos herdeiros R$ 255.646.800,00 em títulos de Certificados de Depósitos Bancários. Na realidade, ela tinha cerca de R$ 25 mil investidos.
DIVULGAÇÃO
Funai é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro e que deveria atuar na proteção dos índios
JUROS BC sobe juros para 4,25% ao ano, maior patamar desde 2020
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,75 ponto percentual, passando de 3,5% para 4,25% ao ano — o maior patamar registrado desde o início de fevereiro do ano passado, quando a Selic estava em 4,50% ao ano. Para a tomada de decisão, o BC considerou que a pressão inflacionária “revela-se maior que o esperado”, principalmente entre os bens industriais. Paralelamente, a piora do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribui para manter os preços em alta no curto prazo, apesar da recente valorização do real frente ao dólar. O BC também deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento da mesma magnitude na próxima reunião, marcada para daqui 45 dias. Se a previsão se cumprir, os juros saltarão para 5% ao ano, mesmo percentual vigente em dezembro de 2019. “Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. (...) Essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação”, ponderou o Copom, sugerindo que o próximo reajuste pode ser ainda maior se a alta nos preços persistir.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar, no próximo dia 25, a ação apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) que pede o reconhecimento da omissão do Congresso Nacional em regulamentar o imposto sobre grandes fortunas .
O caso foi pautado após a liberação do caso, ontem, pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação proposta pelo partido. O decano, que se aposenta do Supremo em 5 de julho, será o primeiro a votar. O julgamento, porém, só terminará em 2 de agosto, em razão do recesso do Judiciário.
No plenário virtual, os ministros depositam seus votos sem que haja debate em tempo real sobre as teses. Caso algum outro ministro peça vista ou destaque do processo, o julgamento será suspenso ou levado para a sessão do plenário telepresencial, em que os ministros proferem seus votos oralmente.
Segundo o PSOL, “como é fartamente sabido, o Brasil é um dos países com os maiores índices de desigualdade socioeconômica do mundo, notadamente em matéria tributária”.
Supremo forma maioria para proteger ianomâmis e mundurukus
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria ontem em um julgamento de plenário virtual para determinar que o governo federal adote imediatamente medidas para garantir a proteção da vida, da saúde e da segurança nas terras indígenas tradicionais ianomâmi e munduruku.
A decisão está sendo tomada em julgamento que começou na sexta-feira passada e vai até esta sexta de ação movida por partidos políticos e entidades indígenas.
Os propositores da ação citam o fato de que os indígenas estarem sendo alvo de ataques a tiros, mortes, desnutrição, anemia, contágio por mercúrio, desmatamento e garimpo ilegal, bem como a prática de ilícitos de toda ordem decorrentes da presença de invasores das terras em meio à pandemia. Destacam que essa presença é responsável ainda pelo contágio de tais comunidades com a Covid-19.
Até o momento prevaleceu o voto do relator, ministro Roberto Barroso, que ordenou o Executivo a tomar providências “diante da ameaça de ataques violentos e da presença de invasores, devendo destacar todo o efetivo necessário para tal fim e permanecer no local enquanto presente tal risco”.
Entre outras medidas, Barroso decidiu proibir a União de dar publicidade às medidas protetivas a serem adotadas para não comprometer o sigilo da operação; a operação precisará contar com o acompanhamento de representante da Procuradoria-Geral da República; apresentar um relatório da situação; e evitar a “reiteração do ilícito”.
Acompanharam o relator até o momento os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
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CIDADES MACEIÓ - ALAGOAS QUINTA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2021
Médico infectologista destaca que vacinação em massa é a única arma para conter a pandemia do novo coronavírus
ANA PAULA OMENA
REPÓRTER
Depois da chegada da vacina contra o coronavírus, grupos negacionistas que já deturpavam as notícias verdadeiras sobre a eficácia das vacinas durante anos, agora voltaram a atacar com força total. Na pandemia, as teorias conspiratórias de movimento antivacina, que nunca confiaram em comprovação científica, estão em alta. Mas, afinal, o que leva tantas pessoas a duvidarem da ciência?
A última pesquisa do Datafolha realizada em dezembro do ano passado mostrou que mais de 20% dos entrevistados disseram que não tomariam a vacina de combate a Covid-19, e a maioria descartaria o imunizante da China.
De acordo com o infectologista Fernando Maia, movimentos como estes prejudicam e muito a imunização contra a Covid-19 no estado e no país. “A única arma eficiente para conter a epidemia é a vacinação em massa. E as pessoas já tomam vacinas produzidas na China há muito tempo, então não há justificativa plausível para escolher a vacina”, destaca o médico.
Gustavo Pagotto, doutor em Química pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), salienta que para evitar a perda de mais vidas, a comunidade científica do mundo trabalhou incansavelmente nos últimos meses e desenvolveu, em tempo recorde, vacinas que já começaram a ser aplicadas em diversos países.
“Anualmente, estima-se que cerca de três milhões de pessoas são salvas graças à imunização, ou seja, cinco pessoas a cada minuto. No entanto, com a pandemia, as teorias conspiratórias
FERNANDO MAIA
Infectologista de grupos negacionistas antivacinas - que, nos quase dois séculos desde que a primeira vacina moderna foi aplicada, nunca confiaram em nenhuma comprovação científica - voltaram a atacar com força”, destaca.
REDES SOCIAIS
Para Pagotto, com as redes sociais como fortes aceleradoras na disseminação de desinformação, esses grupos prejudicam as já frágeis políticas públicas de combate à pandemia seguindo sua agenda para descredibilizar avanços científicos.
Para o químico, se há bem pouco tempo o negacionismo científico motivava boas risadas na mesa do bar, especialmente quando representado pelos terraplanistas, desde a chegada da Covid-19, este movimento se tornou alarmante, pois agora vidas estão em jogo e pelas mãos de um agente ainda mais poderoso.
Nas redes sociais não é difícil encontrar opiniões contra a vacina. Carlos Alberto, por exemplo, publicou no Instagram que não se trata de negacionismo por parte de quem não queira tomar o fármaco. “A vacina não é obrigatória, toma quem quer e isso se chama livre arbítrio”, avalia.
SANDRO LIMA
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Para Maia, não faz sentido escolher imunizante: “as pessoas já tomavam vacinas produzidas na China antes”
ASCOM SESAU
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COVID-19 Alagoas registra 1.083 novos casos e 18 óbitos em 24 horas
O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou 1.083 novos casos de Covid-19 e 18 mortes em Alagoas. Dessa forma, o estado tem um total de 205.921 casos confirmados do novo coronavírus e 5.056 óbitos.
Dos casos confirmados, 4.225 estão em isolamento domiciliar. Outros 195.814 pacientes já finalizaram o período de isolamento, não apresentam mais sintomas e, portanto, estão recuperados da doença. Há 14.706 casos em investigação laboratorial.
Os casos confirmados de pessoas com a Covid-19 estão distribuídos nos 102 municípios alagoanos. Em relação ao quadro total de óbitos em Alagoas, dos 5.056 confirmados, oito deles eram de pessoas residentes em Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Bahia, tendo como vítimas seis homens e duas mulheres.
Dos 5.048 óbitos de pessoas residentes em Alagoas, 2.804 eram do sexo masculino e 2.244 do sexo feminino. Eram 2.261 pessoas que residiam em Maceió e as outras 2.787 moravam no interior do Estado, segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), da Sesau.
ÓBITOS
Das 18 mortes confirmadas, laboratorialmente, por causa do novo coronavírus, ontem, três vítimas eram da capital alagoana e 15 do interior do Estado. As vítimas de Maceió eram três homens de 35, 47 e 49 anos.
Em relação às 15 vítimas que residiam no interior do Estado, eram nove homens 36, 47, 52, 54, 56, 58, 77, 81 e 91 anos, além de seis mulheres, sendo uma de 46, uma de 54, uma de 59, duas de 71 e uma de 81 anos.
Negação compromete medidas contra a pandemia
“O processo de institucionalização do negacionismo na figura de líderes políticos vem comprometendo a eficácia das medidas de combate à pandemia. Este fenômeno pode ser explicado através da agnotologia, que é o estudo da propagação intencional da desinformação para fins políticos e comerciais para dar legitimidade a uma determinada agenda de poder ou tirar o foco de algo. Ou seja, quando o líder de um país faz declarações sem embasamento científico a respeito da pandemia e da vacinação e seus efeitos, sua estratégia política fica evidente e, naturalmente, parte da população se sente confusa e não sabe como agir”, apontou Gustavo Pagotto.
Um estudo da União Pró-Vacina (UPVacina) apontou que falsos casos de mortes e teorias sem evidência científica protagonizam uma elevação de 131,5% no volume de desinformação publicada no Facebook por grupos antivacina no início da imunização contra a Covid-19 no Brasil.
257 POSTS FALSOS
Para se ter uma ideia da dimensão do assunto, somente em janeiro deste ano, dois grupos disseminaram no Facebook 257 posts com dados falsos, diante de 111 em dezembro de 2020.
Ormides Riba, de 67 anos, teve Covid em fevereiro deste ano e até o momento não pôde se vacinar por conta do exame de DDimero ainda não ter voltado ao normal. “Tomei durante todo o tratamento seis injeções anticoagulantes (aplicação perto do umbigo) a partir do 13° dia após minha ida ao hospital”, contou.
Ela disse que já fez o exame três vezes e que está confiante para a sua vez de tomar a dose do imunizante. “Vai chegar na hora certa, eu tenho interesse em tomar a da CoronaVac, porque dá menos efeitos colaterais, uma irmã minha foi parar no hospital e meu marido ficou ruim por uma semana com a dose da AstraZeneca”, revela.
(A.P.O.)
Psicologia: profissionais desmistificam boatos
A psicóloga Niely Barros explicou que o papel do profissional terapêutico é importante no sentido de desmistificar boatos. Ela explicou que os profissionais da Psicologia atuam com os procedimentos de psicoeducação, desmistificando os boatos e explicando a eficácia da ciência com as pesquisas onde ocorreram vários testes.
“Exatamente há um ano que a sociedade em geral sofre com o impacto da invasão do novo coronavírus (Covid 19). E a cada dia aceleram os números de pessoas infectadas e falecidos. Por ser algo novo, as pessoas desenvolveram doenças psicológicas, como a mais comum que é a depressão, que se desencadearam pelo distanciamento social, pelas orientações sanitárias e o medo”, menciona a psicóloga.
A ansiedade também foi outro fator experimentado por várias idades, onde surgiu o forte desejo de uma vacina imunizante. No entanto por ainda ser algo novo, as opiniões se dividem
ARTHUR MELO
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Niely Barros diz que psicólogos têm feito um trabalho de psicoeducação, em que explicam a eficácia da ciência
relacionadas à eficácia das vacinas.
“É preciso motivar para um novo recomeço, transmitindo segurança, e que é necessário acreditar que tudo vai passar, e que cada pessoa é responsável pelo seu próprio bem-estar e dos seus próximos”, salienta.
Para a psicóloga, outro ponto a ser observado é no sentido de se fazer retrospectiva dos vírus de épocas passadas, que hoje se convive de forma tranquila devido à colaboração das vacinas. (A.P.O.)