Recordar Desfiles e Histรณrias Carnaval de Ovar 1967#2017
No decurso deste Carnaval passam 50 anos desde a data em que, felizmente, surgiu um grupo diferente que veio marcar profunda e alegremente, o maior Corso Carnavalesco do País. Boa disposição, piada e uma forma muito especial, de tornar pequenas e grandes coisas da vida em folia com conceito próprio, enorme engenho e arte. Eis um pouco do muito que são os “Pinguins”. Recordar, em poucas palavras, tudo quanto de bom tem feito este Grupo seria imperdoável, pese embora as lágrimas que teimam correr neste rosto cansado, não focar esse enorme, generoso, conselheiro e grande amigo Pinguim Rochinha. Descansa em paz que tudo corre de forma excelente no teu Grupo e podes continuar a sentir o mesmo orgulho que sempre tiveste por ser um dos seus participantes. A todos e são muitos os Pinguins que o fizeram, fazem e continuarão a fazê-lo, o preito sincero da minha admiração. Ao Grupo e a todos os que de alguma forma, contribuem ano após ano para os êxitos provocando a ansiedade de todos os que nos visitam e aguardam novas coisas dos Pinguins o nosso Bem Hajam.
Valdemar Resende Janeiro 2017
Prefácio
É impossível descrever os 50 anos do nosso
existiam algumas caixas de eletrodomésti-
grupo num só texto. Seria sempre injusto
cos com a figura de um pinguim, pelo que
aglomerar tantos momentos em tão poucas
decidimos batizar o nosso grupo com o
palavras. Por esse motivo, vamos deixar que
nome do animal. Estava dado o passo para o
as próximas páginas falem por si, mas não
nascimento dos primeiros exemplares da
queríamos deixar escapar esta oportunida-
espécie em Ovar.
de para contar um pouquinho do início da nossa história.
Desde então, carregamos orgulhosamente o nome Pinguins, e com muita dedicação,
Em 1967, oito jovens empenhados em viver
alegria e rigor procuramos apresentar
o Carnaval de uma forma diferente lança-
qualidade em tudo o que fazemos. É com
ram-se na aventura de criar um grupo
base nestes valores que celebramos meio
carnavalesco, numa altura em que a festa
século de vida, marca que não podíamos
popular começava a ganhar maior relevância
deixar de partilhar com todos os outros
na cidade de Ovar.
grupos e escolas de samba que, tal como nós, muito contribuem para engrandecer o
Sob os lemas Criar, Inovar e Divertir, os oito
Carnaval de Ovar.
fundadores, residentes na zona do “Bairro dos Campos”, não se pouparam a esforços e
Resta-nos assim desejar uma boa leitura,
conseguiram levar o “Carnaval para a rua” no
esperando que desfrutem do livro, tal como
ano seguinte.
nós gostámos de vos dar a conhecer a nossa história.
Alcançámos logo um primeiro lugar, mas apesar da entrada com o pé direito, havia ainda uma questão por resolver: escolher um nome para o grupo. Tomar a decisão não foi fácil, mas em 1969 lá surgiu o nome de guerra: Pinguins. Pinguins? Mas Pinguins porquê?, perguntam vocês. A escolha é fácil de justificar. No local onde o grupo costumava reunir-se,
Introdução
1968#Signos do Zodíaco#1º Lugar
Ano de arranque daquela que é a nossa maratona carnavalesca. Consultámos grandes tarólogos internacionais, bruxos em Vilar de Perdizes, videntes, astrólogos, o professor Alexandrino e até a Pomba Gira. Todos eles foram unânimes em perspectivar para o grupo uma caminhada de sucesso. Éramos oito “meninos”, bem comportados, sem vícios e com vontade de fazer História na grande festa da cidade. Decidimos intervir na astrologia e por isso o nosso tema foi os Signos do Zodíaco. Por incrível que pareça, apesar destes serem doze, todos nós éramos “virgem”. Este e os outros onze signos decoravam um majestoso manto, que cobria os ainda esbeltos corpinhos, por tantas meninas invejados e até pela Rosa, a dos Ventos, que não quis deixar de nos acompanhar. Para que não nos atrasássemos no percurso, neste ano de estreia, até uma ampulheta fazia parte do traje. Muita falta nos faria, anos mais tarde...
Inspirados em Imperadores que marcaram a história da Humanidade Nero, Marcus António, Cunnilingus e Julius Cæsar aparecemos em mais uma batalha protegidos pelo deus Baco. Aquela apresentava-se difícil, pelo que a estratégia passou por uma apresentação devidamente cuidada. Um elmo na puberdade, com pouca penugem, um escudo banhado a ouro mais forte que o euro, cravejado de pedras preciosas e diamantes, e ainda uma espada laminada de puro aço e com cerca de uma arroba de peso, não faltando de novo… um majestoso manto. Segundo a critica, íamos tão bem, tão bem fantasiados que há quem diga que a nova versão do filme Sparta… cus foi inspirada nesta figura.
1969#Imperadores#5º Lugar
1970#Jardim Brincalhão#4º Lugar
Num ano em que começaram a surgir preocupações com os jardins públicos, decidimos também nós homenageá-los. Nos intervalos dos jogos de lerpa e das supostas rusgas policiais, fomos estudando a flor. Pedúnculo, receptáculo, cálice, corola, androceu e gineceu passaram a fazer parte do nosso vocabulário carnavalesco. Achámos que por ser constituída por todas estas partes, uma flor deveria ser pesada. Vai daí que no momento da sua elaboração… 2 arrobas e meia de peso. Posto isto, poucas chegaram ao fim e as outras molharam-se nas ainda límpidas águas do Cáster. Da roupinha, há que salientar o palhinhas e os vistosos entrefolhos que faziam a delícia de qualquer um.
Diz o povo na sua sabedoria popular: “Chuva em Novembro, Natal em Dezembro” e “Reis em Janeiro, neve em Fevereiro”. Decidimos ir por este último e fizemos da neve o nosso tema deste ano. Nunca um traje Pinguim foi de tão fácil execução; bastou deixarmos ao relento as câmaras de ar e um ovo feito em rede de capoeira - e eis que na manhã seguinte, tal foi a noite de geada, os flocos de neve cobriram na totalidade estes adereços. O traje estava completo. Com três anos decorridos já as ideias começavam a escassear. É que o que era suposto ser tema de neve, mais parecia um folar da Páscoa, tal era a semelhança com aquele tradicional bolo a que nem os ovos faltaram.
1971#Ninfas de Neve#4º Lugar
1972#Joaninhas em Carnaval#1º Lugar
Nunca mais nada foi como dantes. Criámos o conceito do carnavalesco. Iniciaram-se os desfiles com brincadeira associada. De um insecto pouco mais que insignificante, criámos uma figura pitoresca com a qual fizemos um desfile alegre, animado, divertido, colorido, portentoso, musicado, bailado, esplendoroso, estereotipado, magnifico, fabuloso, bombástico, ritmado, espectacular, atrevido, enfim, algo nunca visto nem pelo Stevie Wonder. Este também não viu os melhores tecidos do mercado - cetins, flanelas e lã, bem como uma utilização exemplar do celofane, que com a nossa habitual habilidade se transformou em lindas asas, assentes na Teoria de Ícaro “ao sol nunca encolhem, só entesam”. Criámos por isso, e desde este ano, uma empatia especial com “estas” insectos.
Continuámos a sair da casca e voltámos a inovar. Aparecem pela primeira vez os postiços. Numa marcha lenta, progredimos rapidamente para um desfile pleno de êxito. Um duende fumando cachimbo montado em cima de um caracol seria a figura central desta animação. Salientou-se também o pormenor de o caracol ter rédeas, e de apesar de estarem dois esplendorosos dias de sol, os únicos ranhosos vistos não foram os caracóis. Isto há coisas do “arco-da-velha”. Os nossos agradecimentos aos corticeiros pela ajuda dada na concepção de um par de sapatos de tacão alto para que o pequeno jockey chegasse ao chão
1973#Caracolitos Foliões#1º Lugar
1974#Os Azelhas do Pedal#1º Lugar
Se um elefante diverte muita gente, 14 elefantes divertem muito mais. E foi precisamente o que aconteceu nesta etapa. É que o jeito para andar de bicicleta naquela altura não era muito. Hoje as coisas seriam diferentes. No entanto, não foi por isso que não se viram elefantes de tromba levantada em sinal de auto confiança. E motivos não faltaram: raras foram as quedas, tal era a perícia demonstrada na condução das engenhosas bicicletas atricicli-cadas. O que não havia mesmo era a campainha, mas acabou por não fazer falta porque como os elefantes não têm polegar, não conseguiriam tocar. Optámos por isso por umas sinetas e desta forma tivemos o trabalho de sinalização da nossa presença facilitado.
1976 Retrospectiva Por dificuldades na organização do Carnaval deste ano, a Comissão propôs que se fizesse uma retrospectiva da nossa festa vareira. Por isso o grupo fez-se representar com os fatos que alcançaram os três mais recentes primeiros lugares Joaninhas, Caracóis e Elefantes. Estivemos por isso na presença de um autêntico Jardim Zoológico carnavalesco. Apesar de estarmos a repetir trajes, surgiram alguns imponderáveis. As bicicletas dos elefantes… nem vê-las. As cabeleiras (e foram muitas!) de um certo duende, eram inflamáveis. As asas das Joaninhas de acordo com a Teoria de Ícaro e porque não havia sol, não entesaram... Mas murcharam.
1977#Cangurus Pinchinhas#4º Lugar
Após o interregno de dois anos em que o Carnaval adormeceu, a sombra da Austrália serviu de inspiração para a ideia deste ano: o canguru. O único capaz de saltitar transpondo as barreiras e obstáculos que o Carnaval desta época exigia. Ainda meio adormecidos, dado o estado de laxismo geral provocado por uma noite de invernia extrema, fomos surpreendidos pelo súbito aparecimento de um sol radioso. Quem não ficou em bom estado foi o dito bicho, que em virtude do resfriado e de uma noite atribulada, apareceu sem cor, mais parecendo sofrer de icterícia. Houve até quem se referisse a lepra, pois assistimos a um perder de patas ainda durante a fase de aquecimento.
Já nesta altura os fenómenos não existiam só no Entroncamento. Também em Ovar por vezes ocorrem. Foi o que aconteceu: palhaços de três pernas com talento para ventríloquos. Aliás, continua a existir no grupo uma certa tendência para esta arte. Só que o pato, neste caso - e ao contrário do que desfilou, não tem penas. Bem... pensando melhor, o outro também não tinha, pois de acordo com um parecer obtido junto da Sociedade Protectora de Animais, não foram aprovadas as penas naturais, mas sim penachos da beira-Ria. Esta referência a penas e à sociedade Protectora de Animais haveria de repetir-se anos mais tarde a propósito de um canário que se agiganta e abre as asas, mais parecendo um falcão.
1978#Zéquinha e Dódó#4º Lugar
1979#Kan-Kans#6º Lugar
De fazer inveja às originais dançarinas do famoso cabaret parisiense Moulin Rouge, surgiram estas belas e sensuais Kan Kans. Pese embora o adiantado estado de envelheci-mento dos seus seios de fabrico artesanal, que deram água pela barba aos estudiosos do grupo, que noite após noite iam tentando encontrar a fórmula para o tão famoso lifting, hoje sobejamente conhecido. Com as suas oito saias de folhos (que batiam as nazarenas, que só têm sete) e a sua dança caracterís-tica, entusiasmavam os especta-dores que rapidamente desani-mavam ao verificarem que as partes baixas também se encontravam demasiadamente enrugadas. Lili Caneças não faria melhor.
Longe vão os tempos em que as empregadas domésticas eram denominadas sopeiras. Vieram das mais longínquas aldeias do interior para assistirem à passagem dos vaidosos magalas. Estes, trajados a rigor com a sua farda de cotim, bivaque bem colocado, os amarelos bem polidos e brilhantes à custa da polirine, plainitos, botas compradas na Feira da Ladra a cheirar a morto e engraxadas pelo saudoso Manel Fadista, sem arma mas com a baioneta rija e hirta como uma barra de ferro, olharam para elas e …..zás. Foi uma peluda. Elas não se fizeram rogadas e olhavam embevecidas para os seus magalas parecendo mais bonitas que nunca. A alegria foi tão grande que se hastearam as bandeiras e se dançou afincadamente até tocar a recolher.
1980#Lá Vai 31#1º Lugar
1981#Os Polvos#2º Lugar
Magnífico molusco gigante de 8 tentáculos, capazes de abraçar este mundo e a cabeça ao outro. Ao preço actual a que está o kilo, valeria hoje uma fortuna. Também não ficou nada barato, pois o lamé de salmão fumado já na época custava os olhos da cara. Mas não só. Ano de sacrifício. Muito. Que hoje ainda são visíveis as sequelas provocadas pelos tentáculos. Eu explico. Inspira, prende e aperta. Ok, está no sítio. O pior veio depois. Sangue a jorros e peladas no lombo. Daí o provérbio “Em terra pisada nunca nasceu erva”. Mas nem tudo foi mau. Pelo menos para os polvos. Estes iam bem mais alegres, sorridentes e protegendo-se do sol com a sua cartolinha.
Vindos das Caraíbas e percorrendo a costa Africana, Ovar viu-se confrontado com a invasão de um grupo de saqueadores. Sem caravela à vista e apeados, os piratas de perna de pau, olho de vidro e cara de mau tornaram-se escravos deste magnífico cortejo. Da Índia trouxeram a mais requintada seda para se vestirem. De África, o ouro que transbordava das bordas dos baús. Do Brasil, um colorido mas mudo papagaio que ostentavam no ombro. A perna de pau feito de madeira de puro pinho Flandres, vinda da Suécia, à qual um pelicano gay se abicou, não mais a largando. Contrariando a natureza, desta vez as gaivotas trouxeram bons ventos.
1982#Piratas#1º Lugar
1983#Cozinheiros#3º Lugar
Os elementos do grupo sempre fizeram jus à boa gastronomia portuguesa. Éramos 15 chefs com dotes reconhecidos na melhor hotelaria portuguesa e com especialidades diferenciadas. Desde o linguado ao natural, ao chouriço com grelo, passando pelo berbigão com cabelo aberto à cacetada e como sobremesa maminhas de freira, de tudo se encontrava no nosso menu. Munidos de alfaias de respeito e de um enorme tacho bem recheado - onde não faltaram os melhores condimentos - e um imponente rolo da massa que foi utilizado como cassetete pelo “mãozinhas” para pôr na ordem os elementos da comissão que nos andaram a chatear durante todo o desfile... Mas que grande caldeirada!... Até aqui se viu a capacidade de improviso dos nossos chefs.
Homenagem ao povo. Como este gosta de festas e romarias, comes e bebes, vinho não faltou no pipo a canteiro transportado num carrinho de mão. Recriámos a imagem do Zé-povinho de uma forma fidedigna, fazendo o gesto que o caracteriza. “Queres fiado? Toma!”. Até no pormenor dos tamancos nos mantivemos fiéis ao original. O que era para ser um desfile animado descambou para um andar sem jeito, tal era a dificuldade em nos mantermos em cima de uns tamancos à lavrador. Um verdadeiro tormento. Algumas bolhas à mistura e uma artrite reumatóide no braço direito pela repetição do gesto atrás mencionado, foram as sequelas registadas. E não levámos a caneca. A tal, a das Caldas.
1984#Zé Povinho#4º Lugar
1985#Country-Folia#1º Lugar
A mistura dos garimpeiros com umas atrevidas e avantajadas saloias vindas de Caneças, resultou numa divertida country folia. Nos intervalos entre a descoberta do ouro e a lavagem da roupa, assistia-se a um fabuloso bailarico improvisado entre aquelas duas personagens. Ele no seu aspecto lingras e atarracado, agarrava-se à matracona de mamas grandes e traseiro XXXL de uma forma arrebanhadora. Entusiasmados, nunca mais os garimpeiros se preocuparam com as pepitas de ouro para se deliciarem com as “pepitas sem pe” das suas saloias. É caso para dizer que foram à conquista de ouro e acabaram conquistados.
Olé!!! Olé!!! O campo era pequeno. Os toureiros na arena e alguns toiros na bancada, ladeados pelas suas belas chocas, produzidas a rigor para um dia de festa, em que nem as “farpas” faltaram. A festa brava. Com um traje de luzes, um chapéu bibroche leia-se de dois bicos e um capote de um vermelho vivo, o toureiro, ao som do famoso pasodoble “té té té té tereteteeeeee, e viva a Espanha”, lidava o toiro em movimentos harmoniosos - as chicuelinas que faziam levantar a aficción. Estava consumada a faena. Era hora de receber o reconhecimento do público, que nos presenteava com tudo o que tinha à mão chapéus, casacos, garrafas de cerveja e até umas calcinhas de senhora virgem. Este presente foi, como é óbvio, o mais disputado por todos os toureiros. Por este motivo o director da corrida concedeu uma bandarilha especial à dona e um par ao seu acompanhante.
1986#Toureiros#6º Lugar
1987#Boxeurs#4º Lugar
Qual Santa Camarão, qual Mike Tyson? Qualquer um deles teria sido dizimado por estes boxeurs. Desde os Pesos plumas aos Pesos pesados todos eles passaram pelo ringue móvel, no qual se iam sucedendo os combates. Estes, aliás, também sucediam fora dele, porque era tal o jeito demonstrado, que alguns dos golpes não acertavam nas bolas de aquecimento, mas em alguns dos outros lutadores. Estava lançada a confusão. A resposta não se fazia esperar e era um suceder de golpes de direita, directos a qualquer sítio e esquerdas quase sempre falhadas, à qual nem a intervenção pronta da “árbitra” conseguia colocar um ponto final. Tirando uns olhos negros e uns dentes partidos cuja consequência é visível nos dias de hoje, dada a grande percentagem de elementos com placa, não há registos de entradas no hospital. Isso ficaria para mais tarde em outras cenas de porrada, mas com bastão.
“Carros em movimento, não atravessem a pista por favor” - anunciavam os donos do carrossel de dentro da sua imponente cabine de som, apelando a que o público tivesse muito cuidado à passagem desta notável maqueta. Uns carrinhos muito simpáticos e coloridos, onde os condutores, imitando os saloios festeiros, iam executando manobras arriscadas, provocando alguns choques. Valeu que as forças policiais, distraídas pelas muitas solicitações a que eram sujeitas, não fizeram ninguém soprar o balão. Teria sido uma catástrofe e há quem diga que talvez não se tivesse chegado ao fim do corso, dado a constante transgressão verificada, quase sempre provocada por distracções que tinham a ver com apalpões que o saloio ia dando à senhora do lado. Esta situação era provocada pela confusão lançada da cabine, em que se dizia ”introduza a ficha na ranhura”, o que era interpretado de uma forma maliciosa pelo casal.Um ano de intenso trabalho, que se prolongou até quase à hora do almoço mas que foi devidamente reconhecido com a “pole position” no Carnaval.
1988#Auto Pista#1º Lugar
1989#Banho Higiénico#6º Lugar
H2Xo/ ½ e ¾ XTRs2y foram as fórmulas mágicas que permitiram encontrar génios da engenharia neste grupo. Noites e noites de estudos, pestanas queimadas e centenas de folhas A4 rabiscadas, não foram suficientes para encontrar a solução pretendida. Mas eis senão quando... EUREKA! a solução estava mesmo ali ao lado, no supermercado: espuma da barba! Era vê-los dentro de uma celha a lavar as partes baixas de uma boneca insuflável, da qual a própria Marilyn Monroe sentiria inveja. Então e onde entra a espuma neste traje? Ainda hoje temos dificuldade em encontrar a resposta.
Enólogos de renome internacional referiram este ano como uma das melhores colheitas do século foi a primeira vez que uma ramada, neste grupo, atacou pelas costas. Aliás, houve até quem saísse com duas ramadas. Umas produzidas entre muros e outras envolvendo mesmo freguesias vizinhas. A este propósito ficou famosa a saída em viagem de trabalho de alguns elementos do grupo que, para comprovarem a extraordinária colheita vareira, tiveram de deslocar-se a outras vinhas para que não restassem dúvidas. Tal foi a canseira, que a solução foi mesmo a de ir sentado em cima de um cesto, assistindo à degradante figura proporcionada por um sulfatador, que nas bancadas e em resultado de umas bombadas mal dadas, armou grande confusão.
1990#À Sombra da Ramada#6º Lugar
1991#Marcha de S. Pinguim#2º Lugar
Zézinho 27 e Manuel Amaro “o ataca Boby”. Padrinhos da nossa marcha deste ano. Lembramo-nos deles com saudade pelo contributo inesgotável dado ao desfile. A sua pose séria e profissional foram a evidência de um desfile estudado e trabalhado ao pormenor, apesar das precárias condições em que o preparámos. Flores e mais flores e uma electrificação exemplar dos arcos, que levantou alguns problemas de visão aos foliões, e ao público que nos viam passar. Apesar disso foi ver o Serafim Saudade e a Maximiana, vinda directamente da Merdaleja, alegremente transportando o arco ao som do “Cheira bem, cheira a Lisboa.”
Noivos de Santo António numa cumplicidade amorosa invulgar, que começava com um desfile ao som da Marcha Nupcial e que acabava com os pares dançando de tal forma, que em alguns casos a obscenidade esteve presente. E não faltou nada neste desfile. Desde a trinca, que era atirada pelo público à passagem dos noivos, à mala para a lua de mel que inadvertidamente se abria, revelando um sem-número de peças de lingerie, até ao bolo, onde um par de enamorados nele empoleirado se ia desfazendo em carícias, parecendo mesmo que se beijava na boca, nada faltou. Pena mesmo foi o facto de ter estado muito calor, o que levou a que a cobertura do bolo se fosse derretendo ao longo do percurso, o que dificultando o trabalho de condução da alegoria, já que os resíduos líquidos iam caindo em cima do condutor. Um senão foi o facto de o perfume distribuído por algumas noivas não ser de boa qualidade, verificou-se, no baile de 3ª feira à noite, que era impossível estar junto delas, dado o odor insuportável.
1992#Casais de Noivos#1º Lugar
1993#Contraste#4º Lugar
Palhaço rico e palhaço pobre. Como em tudo na vida, os ricos por cima e os pobres por baixo, e ainda por cima a bater pratos. Talvez tenha sido o deslocamento de ar provocado por esse bater de pratos a explicação para o aparecimento de uma nortada de sul, que originou que algumas estruturas se tenham danificado, não tendo chegado ao fim do desfile. Por causa das dores provocadas pela tábua nas costas, disseram... Os palhaços ricos foram vistos durante esse ano nas imediações da escola de condução, enquanto que os palhaços pobres ainda vão sendo vistos por aí, principalmente nas noites frias de Carnaval com os seus inconfundíveis casacos. Como um azar nunca vem só, na hora do acerto de contas, num jantar no Carregal as dores continuaram, agora provocadas pelo facto de os cheques que tivemos de passar terem muitos zeros. .
“1…2…..3…..Frades de um lado e freiras do outro!” gritava a Madre Superiora com o seu vozeirão carregado de ódio por ninguém obedecer às suas ordens. Se, com as freiras, a madre tinha noção de quem sistematicamente desobedecia às suas indicações, com os frades a coisa era mais complicada, já que eram todos iguais na sua calvície e nos seus óculos redondinhos. Tornou-se, por isso, árdua a tarefa de fazer desfilar ordenadamente este pelotão clerical armado até aos dentes com um cacete comprido - que fez a delícia das freiras, de tão saboroso que era. Há até quem diga que uma das razões de tamanha irritação da Madre Superiora, mais do que a desordem verificada na formação do pelotão, foi o facto de não lhe terem dado com o cacete.
1994#Frades e Fradocas#3º Lugar
1995#Danças de salão#8º Lugar
Não fosse uma famosa travessa voadora no almoço de domingo e talvez nesse ano nos tivese sido marcada falta de comparência. E mesmo assim, esteve quase. Aliás, há quem afirme que este era mesmo um traje de difícil execução, dada a dificuldade sentida no momento de vesti-lo. É que ninguém sabia como o fazer... e como a hora de saída se aproximava, foi um ver- se-te-avias. Pernas colocadas nos braços e vice-versa, cola quente para remediar as im-perfeições, tesouras cortando as sobras, enfim... Mas lá fomos, atrasados, claro. Uns correndo - os responsáveis; outros alegres, do almoço. Os orgulhosos, mostrando a excelência do seu fato, um tramelo. E também tivemos um emocionado, que não parou de chorar agarrado à sua colega bailarina. E dançámos, dançámos, dançámos, cada vez mais rápido, porque pensámos ser possível que com a velocidade dos movimentos ninguém nos conheceria. E até o júri da prova de dança não gostou de nós. Esqueceu-se de levar a pontuação. Isto há anos!!!!
Se houve fato em que o orgulho Pinguim marcou de forma indiscutível o
1996#Eu e Mais Um#1º Lugar
Carnaval, foi este. Desde o momento da
o público, dado que houve quem desaparecesse no meio
chegada ao parque de estacionamento
dele como se de uma queda se tratasse, e ainda dos que,
para a organização do cortejo de
muito direitinhos e com passos pouco arriscados, como se
domingo que a inovação de sairmos
tivessem medo, mas que não era mais do que o propósito de
com metade do grupo em cima de
dar a ideia de perfeito controle do equilíbrio que se exigia...
andas fez a diferença. Foi um impacto
Tudo correu bem, tendo-se registado, no cômputo final, mais
brutal, que levou os mais cépticos a
quedas para o “mais um”, o pequeno duende que, não tendo
dizer que os Pinguins não chegariam ao
problemas de equilíbrio, se desequilibrava com o néctar dos
fim do cortejo. Puro engano. Não
garrafões da lixívia.
sabiam eles dos árduos treinos a que tínhamos sido sujeitos, com lesões graves, desde logo um nariz partido, e algumas quedas, propositadas digo eu, para habituação ao chão duro do sambódromo. E resultou... oh!!! se resultou! Quem não se lembra de elementos do grupo a subir e a descer as bancadas com perfeito à-vontade, de outros a dar passos gigantescos como se fossem desequilibrados - o que não era verdade, da interactividade que se criou com
1997#Tudo Sobre Rodas#3º Lugar
Continuámos neste ano com o equilíbrio instável. Depois das andas no ano transacto pas-sámos ás rodas, mais concretamente aos patins em linha. Treinos atrás de treinos, quedas sobre quedas com gel ou sem gel, foi a nossa sina nos meses que antecederam o Carnaval. Por fim, caindo um pouco menos do que no início dos referidos treinos, lá colocámos a cabeça do Simpson ao contrário e deslizando pelas ainda esburacadas ruas da cidade, lá passeámos este desenho animado.
Um marco histórico. Homenageámos o nosso próprio símbolo criando figuras de pinguins dançarinos ao som do “Pisca-pisca”. Aliás, pensamos que esta nossa coreografia serviu de base ao famoso filme da Disney “Happy feet”, que tanto sucesso tem feito. Os nossos advogados estão a trabalhar no sentido de interpor uma acção judicial que nos permita ser ressarcidos de danos que queremos materiais e que nos ajudarão a pagar a coima à Sociedade Protectora dos Animais por termos desfilado com um exemplar vivo desta espécie maravilhosa.
1998#Pinguins 30 Anos#6º Lugar
1999#Cagatacos#1º Lugar
Ao contrário do que o tema poderia pressupor, íamos sentados, em esforço, mas não a satisfazer uma necessidade fisiológica. Aliás, neste ano dedicámo-nos ao estudo, tendo feito um curso intensivo de espanhol com o “professor” Cortilla. Frase aprendida e que se tornou um lema até aos dias de hoje “a mi me gusta las chicas”. Foi esta faceta poliglota que o grupo adquiriu que nos permitiu sermos convidados para a nossa 1ª internacio-nalização. Pegámos nas malas, umas em casa, outras no lixo e rumamos à Bulgária. Aí, tal como cá, fomos reconhecidos pela gra-ciosidade de um palhaço peque-nino, com uma irrepreensível combinação de cores e que fez a delícia de todos excepção para a D. Xepa. Acabo de levar uma cotovelada… tem a ver com a viagem à Bulgária. Não posso nem devo alongar-me mais……….
2000#Dançando Cantando Pulando e Rindo#3º Lugar
Ano de reconhecimento de uma figura do nosso imaginário e de uma famosa casa vareira que em contraponto, é realidade a Bruxa. Enquanto o Carnaval virava para a maquinaria e para as grandes estruturas, nós mantínhamo-nos fiéis à nossa forma de desfilar. Movimentos naturais, ajudados por uma bola pinchona que nos permitia desfilar de uma forma inovadora. Também houve quem não inovasse. Cansados e com falta de ar, era vê-los arrastando a bola e suplicando, imagine-se por... água! Um chapéu de dimensões anormais, uma cabeleira que incomodava e uma vassoura que faria as delícias de qualquer dona de casa, foram os pormenores decisivos de um traje que acompanhado de uns urros fantasmagóricos, nos levaram a pensar que estavamos dentro de um filme de terror hihihihihihi!!!
Abajo… Arriba... com alegria, mas devia ser Arriba… Abajo... com alegria. Arriba, porque no domingo de Carnaval desfilámos lá em cima, sim, na Sá Carneiro. Abajo, porque na 3ª feira - e porque ameaçava chuva e o desfile não saiu por inteiro, viemos cá para baixo, para a Ferreira de Castro. Com Alegria, porque é a nossa forma de estar no Carnaval, onde quer que ele se realize. Ah, e tínhamos uns bonecos lindos, grandes, mas que se tornavam pequenos com movimentos sexy, sempre com a mão na cabeça ou na cintura. Ainda hoje se vêem por aí alguns pequenos exemplares destes bonecos. Normalmente aparecem em dias de festa Pinguim e tornam-se facilmente identificáveis pela sua indumentária às riscas. O do boné é um falso exemplar.
2001#Abajo...Arriba...com Alegria! #4º Lugar
2002#Emterra#1º Lugar
Quando jovens marinheiros deixam o barco e têm 3 dias de folga, só pode resultar nisto. Alegria a rodos, bebida a todo o instante e a indispensável presença de uns strips para fazer a delícia de quem passa muitos dias em mar alto. Só que há sempre imprevistos e esta vez não foi excepção. A bebida apresentava-se com elevados teores de álcool, o que levou a um anormal estado de euforia; anormal e as strippers eram umas matulonas nunca vistas antes, que de cada vez que dançavam agarradas ao varão o iam entortando cada vez mais, pondo em risco a segurança dos clientes que, sentados em seu redor, dificilmente se continham sem lhes pôr a mão. Azar, azar, tiveram aqueles a quem saiu um loiro, mas que mesmo assim e bem vistas as coisas, era o que se apresentava como o mais feminino de “todas” e, que pelo que se sabe, agradou a alguns dos marinheiros.
Não, não se tratou de corridas de carros ou de motas… e muito menos de
2003#Pneus à Mostra#3º Lugar
bicicletas. Eram mesmo os pneus de cada um. Sim, aqueles pequenos (ou
acontecia na hora de entrar ou sair da
nem por isso) aglomerados de massa
mala. Aliás, com a chuva que caiu, sair
gorda que ao longo dos anos se vão
da mala foi sempre um grande sacrifí-
acumulando na zona abdominal e que
cio. “Só foi bom para o camelo, porque
nestas alturas de Carnaval se tornam
não passou sede pois ficou a dormir no
maiores devido às tainadas. Como
tapete, sem ter saído da sede.”?
temos orgulho no que é nosso, decidimos partilhar com todos. Enquanto uns, mais enver-gonhados dos seus pneus, tocavam flauta, outras, as menos envergonhadas, saíam de dentro de uma mala contorcendo-se como odaliscas da forma que podiam e sabiam ao som de uma música que até serpentes encantava. Obviamente depen-dendo da densidade pneumática, maior ou menor era a capacidade contorcionista de cada uma. O mesmo
2004#Senta-te Aqui Que Vais de Carrinho#5º Lugar
“Alô, Alô, táxi 69 a estrada da mata”. Este era a comunicação a todos os amarelos em movimento nas ruas da cidade. Provamos a nossa faceta anti-racista. Onde é qalguma vez se viu no Carnaval quatro brancos a carregar um preto? Só neste carro cabriolet com ténis de liga leve, pintura metalizada (só a do preto), ar não forçado, sem direção, rádio não tinha mas buzinava e o único fumo que saia era do charuto do condutor. Quanto ao combustivel, o de sempre. Receita da Adega Social dissimulada em jerri cans substituindo os tradicionais garrafões de lixívia.
2005#Desfilar é...no Carnaval #4º Lugar Estilista, costureiros, fotógrafos, técnicos de som e de luz, agências de modelos, manequins…enfim! Um sem número de pessoas contactadas e postas à prova em prol de uma ideia que queríamos levar à prática: uma
manequins não eram visíveis. Um fato
passagem de modelos. Todos aqueles
masculino lindo de morrer, invejado
contactos se mostraram infrutíferos
pela comunidade gay de Londres.
pelo que tivemos de ser nós a criar tudo
Finalmente, a cereja no topo do bolo. O
desde o zero. Uma passerelle a pedir
estilista com o seu leque comprado em
meças aos grandes palcos internacio-
saldos na loja china, acompanhado de
nais. Uma assistência mais que VIP, em
uma noiva com um vestido feito de
que até o facto de a bebida oficial ser a
garrafas de um líquido que não é
receita do João Gomes foi motivo de
permitido vender no bar da sede,
inveja no Portugal Fashion. Dois extra-
debaixo do qual uma lingerie provocan-
ordinários fatos femininos, em que
te deve ter feito a delícia da assistência
mesmo as varizes de alguns dos
masculina.
2006#Aí Vem o Arastão#1º Lugar
Um mar revolto e com vagas de perigo avassalador, não foram factores que lançassem o pânico nos corajosos pescadores da aldeia Pinguim, que mesmo nestas condições se lançaram á água para a árdua labuta da pesca. Era ver aquele arrastão rompendo a fúria do mar, vencendo todos os perigos que iam surgindo. Como resultado desta coragem inigualável, a faina teria de ser proveitosa. Aparecia então a rede com carapaus e sardinhas que ao contrário do que é habitual, pareciam estar satisfeitos por terem sido pescados por aqueles valorosos pescadores e com eles festejavam a sorte de tão proveitosa pescaria. Enquanto boinas subiam e desciam em sinal de festa, carapaus e sardinhas confraternizavam entre si dançando ao som do Quim Barreiros.
Pois é!!!!! Aproveitámos dois sucessos televisivos para trazer em desfile para a estrada. Um tema de sedução sexual, em que o apresentador João Kuleba relatava para uma plateia de Floribelas o que se passava num sofá, no qual uma espampanante sedutora e um lingrinhas envergonhado se iam enroscando em cenas mais ou menos eróticas, debaixo do olhar e dos comentários reprovadores de uma esposa traída. Depois de tantas emoções fortes, impunha-se o aparecimento de um intervalo neste programa. Era então que uma das Floribelas se apoderava do palco para com a sua música fazer saltar para a rua a referida assistência, que em passos mais ou menos coordenados desenhava uma esplendorosa coreografia.
2007# www.nempodenemsaidecima.come #1º Lugar
2008#Em Qualquer Ocasião #1º Lugar
Como acreditamos que para “tocar no instrumento” é preciso muita perícia, complicámos a situação. Vai daí era vê-las trepar para cima deles com o instrumento na mão e sempre pronto a metê-lo na boca, superiormente dirigidas por dois “pimos da Marinha”. O prazer era tanto, que em êxtase total e imitando a Patrícia Mamona, pulavam de contentamento. Uma delas, não tivessem sido as aulas de judo, para além do instrumento, teria ela própria ficado encarquilhada. Eles coitados, apesar de aguentarem com elas, perderam algumas vezes a cabeça. Quem esteve bem da cabeça foi o júri que reconheceu a excelência de mais um grande traje Pinguim.
2009#Já Vai Das Sortes#2º Lugar
E a sorte (e mais alguém ) não quis nada connosco. Contratámos Zés Pereiras de fazer inveja, que brilhariam em qualquer arraial minhoto enquanto as bolhas não rebentaram as mãos. Lindas bonecas espanholas vestidas ás bolas e nenucos a rir e a chorar. Os Zés Nandos bem se esforçaram por fazer negócio, mas apenas apareceram compradores para as máquinas de lavar. Gajas a dançar com gajas e a família Malhoa, abrilhantaram o espetáculo. Pena foi que a filha não tenha estado à altura, apresentando-se numa forma física demasiado desleixada e escarrachada, talvez porque na altura ainda não tivesse aderido aos batidos.
De cinco em cinco minutos renascia o mito. Vinha ele com os bofes de fora a correr saído do tumulo para dirigir os mortos vivos, que pareciam mais mortos dadas as noites acumuladas. Tal era o cansaço que morríamos mesmo, reencarnando numa esbelta moçoila que à falta de melhor dava azo aos seus fetiches, dançando um “Je t´aime” à moda dos Irmãos Unidos, onde até não faltava a mãozinha marota. Mas nem tudo são rosas....... o esforço paga-se caro. Não fossem as próteses em titânio e talvez hoje tivéssemos no grupo um elemento em cadeira de rodas.
2010#Da Noite Para o Dia#3º Lugar
Ano difícil. Homenageámos um amigo dando corpo a uma ideia sua. Para além disso lembrámo-nos do outro.......o do titânio. Por isso de vez em quando descansávamos um pouco. Sim porque isto de dar às pernas, cansa. Mas não nos negámos a este esforço. O nosso companheiro e amigo Rochinha assim o merecia. Fizemos uma festa à moda do leste. Impecavelmente vestidos de cossacos de S. Petersburgo e caracterizados com bigodes longos e farfalhudos, dançávamos a tão característica musica cossaca Kalinka com uma técnica muitoooooooo secreta. Não faltaram também os indispensáveis instrumentos nomeadamente a Balalaica. Estamos certos que o Rochinha se terá sentido orgulhoso da nossa performance.
2011#Rochinha Ao Teu Ritmo #3º Lugar
2012#O Mundo A Seus Pés #5º Lugar Duas inquipas de jigadoras que estiverem ao nível do espetáculo. Ambas as duas inquipas com o mesmo modelo de jogo, baseado num triângulo formado pelos quatro defesas e os outros. O guarda redes de uma das inquipas
sobressaiu pelas espantosas estiradas, espalhando magia pelo asfalto. Apesar disso, responsabilizaram-no pelo resultado final (5º lugar) fazendo dele o bode respiratório. Questionado sobre esta questão, o referido guarda redes disse não fazer comentários por ser um assunto do forno interno do clube. Foram pinners para os outros grupos. Extenuadas as meninas recolhiam aos baldeários onde desnudadas tomavam o seu banho retemperador. Tudo isto sobre o olhar atento dos relatadores que descreviam pormenorizadamente os acontecimentos. Acrescentar que o faziam de forma tendenciosa, já que desculpavam as falhas das jigadoras com os erros dos árbitros. Referir por ultimo que o jogo terminou empatado, havendo apenas penaltis de Cutty Sark na bancada da comunicação social.
foto de#JosĂŠ Fangueiro
2013#Puseram-nosde Rastos #4º Lugar
Linha de montagem, de fazer inveja as melhores empresas multinacionais. Foram dias e noites seguidas quase sem tempo para respirar, quanto mais para beber uns copos (até um jantar de sábado foi desmarcado). E não, desta vez não foi por começar tarde, pois ainda uns davam uns mergulhos na praia e outros já faziam experiências na sede. Colas de contacto, esferovite, madeira, uhu, etc, etc, e nada resultava. Para que conste, apenas o poliuretano cola as placas de roofmate. Mas valeu a pena. No fim tudo resultou em pleno. Uns homens máquina que se transformavam nuns pequenos e engraçados carrinhos que...só não andavam (desta vez foi este o defeito) talvez por os comandos serem material do chinês, já que os miúdos bem se esforçaram...irra, só para carregar aquelas botas!
2014#Simples não....Com Gelo#2º Lugar
Foi mesmo um balde de água fria..........um gelo. Foi da cor, foi da uniformidade dos vestidos, foi do iceberg,.....foi.......foi.......foi MUITO BOM. Leonardo di Caprio telefonou e confirmou a excelência da reprodução daquele que foi o acidente naval mais famoso do mundo. Não faltou nada; o barco partido onde Di Caprio e a sua namorada se enrolavam em mimos amorosos no intervalo das suas
próprias quedas; o comandante no seu posto dando ordens à tripulação e passageiros orientando-os nas tarefas a desempenhar durante o naufrágio; banda de musica onde sobressaía o pianista, que tocava para os passageiros da primeira classe no salão VIP do barco; escaleres para onde se dirigiram os passageiros e que se faziam ao mar tumultuoso. Enfim, uma perfeita recreação pormenorizadamente teatralizada.
2015#Rescaldo#2º Lugar
Abrimos o baú e rebuscamos ideias. Escolhemos uma que nos internacionalizou. Trabalhámos a partir daí com base na máxima de que 3 pontos definem um plano, segundo o engenheiro Charles. Pequenos soldados da paz, bidons-carros com as chefias exibindo as respetivas mangueiras, compridas e trabalhadoras, conseguimos controlar o incêndio nas habitações cujas chamas teimosamente demoraram a desaparecer.
2016#O Bicho Que Virou Bicha #1º Lugar Surpresa????? Não.......hoje em dia até está na moda. Uma legião de belos exemplares masculinos de músculos bem pronunciados e que às ordens do Imperador, quando este não estava
“ocupado” com a Imperatriz que, entretanto, distribuía uvas, executavam com mestria uma marcha às vezes ordenada, que se desordenava apenas e só devido às condições climatéricas. Do conjunto sobressaía um destemido gladiador que enfrentava com valentia dois reis da selva, contra os quais procurava salvar a pele. Mas eis que, para espanto de todos, um dos felinos, qual gayzola oferecido, se colocou a jeito do seu companheiro de luta e, para espanto desta brava legião romana, o bicho virou bicha. À frente um imponente cavalo, abria as hostilidades puxando o comandante no seu carro de guerra. Ah.....já agora. Os capacetes não eram assim tão pesados, nem os escudos, nem as lanças, e as sandálias muito menos.......e nem sequer rebentaram.
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Ficha Técnica: Titulo: Recordar Desfiles e Histórias _ Carnaval de Ovar 1967#2017 Textos Artur Piroca (Pinguim) Carlos Pinto (Pinguim) Rui Oliveira (Pinguim) Nuno Leite (Pinguim) Fotografia: Arquivo CMO # Pinguins Coordenação: Pinguins Coordenação da edição: Pinguins Design Gráfico: Túlio Tomaz (Pinguim) Ilustração: Túlio Tomaz (Pinguim) Edição e Propriedade: Pinguins Tiragem: 2500 exemplares Depósito Legal: ISBN Impressão lusoimpress - Vila Nova de Gaia Copyright© Grupo de Carnaval Pinguins 2017