Olho por Olho

Page 1

T U N G A O L H O

P O R

T U N G A

O H L O R O P O H L O L H O

O




OL HO

P OR

OL HO


OL HO

P OR

OL HO

Todos nos lembramos, bem ou mal de uma dor de dente. A nevralgia parece nos remeter a uma regra básica na existência dentária: que eles, quando doloridos, somos nós. É de se notar a parca presença dos dentes na mitografia atual. Se existe grande atenção aos sucedâneos ou, na profilaxia relativa ao tema, pouco se pode apreciar naquilo que evocativo ou de simbólico os humanos dentes suscitam. Prosaicas visitas ao dentista não se fazem cercar por ritos especiais, além do pânico à dor, aludindo-se assim a forte carga simbólica que podem representar. As poucas referências que ainda subsistem quanto aos sonhos ou experiências infantis de perda são tratadas como cândidas crendices, superstições ou contos pueris dos quais o lastro de matrizes simbólicas importantes foi olvidado. Um certo mal-estar contudo, mesmo que semiconsciente, pode advir de uma presa sob nosso olhar, em nossas mãos a lembrar-nos que ali está parte de um cadáver. Nem sempre foi assim. Esta lembrança já foi um tanto mais significativa e esses ossos exógenos suscitaram senti­ mentos míticos poderosos. Fora de mandíbulas e gengivas, dentes podiam tornar-se verda­ deiros troféus. Ritos e tabus incidiam sobre eles fazendo-os outra coisa que pedaços de ossos órfãos. Submetidos a outro estatuto, são portanto o que chamamos de Originários. Uma dentição originária a diferença da láctea ou da dita permanente. Esta é perene, indolor, incorruptível. Só atingirá a decrepitude na falência do lugar onde se incrusta, a poesia. Só temos a crer na sua verdadeira permanência, enquanto nós humanos sigamos sendo algo além de sorrisos e mastigações. Originários, permanentes, definitivo é o conjunto de tais objetos que parecem formar uma dentição coletiva de onde podemos mesmo deduzir algo como uma ontodontologia. Muitos povos, verdadeiramente cultivados, celebraram os dentes da boca. Nela e fora dela, celebravam-se chegada e perdas, extrações coletivas de molares e outras práticas eram motivo de ritos preciosos. Adivinhações e agouros, associados a fatos odontológicos, feitos de heróis, todo um calendário, festivais e mesmo orgias cercavam o tempo dos dentes. Foi neste espírito que em mim surgiu o desejo de oferecer uma prática ao restauro de tais fatos. Um fortuito porém, e não das investigações, literatura ou pesquisa, embalou meu ingresso nas novas experiências em tais direções... Foi em uma recente arrumação de gavetas que encontrei, metida em um papelote, uma caixinha. Sacudida curiosamente soou um ruído seco como de pedrinhas. Ao abri-la revelou uma coleção de diminutos dentinhos. Como poderia tê-los ali? Eram dentes-de leite, sete deles iluminando no esquecimento da caixinha, minha memória. Uma querida amiga, ainda criança, os havia confiado a mim, decerto na expectativa de alguma maravilhosa transmutação que eu fantasiara e com a qual a iludira. Ocorreu-me a gentileza de restituir as prendas, mas sendo um homem de palavra preocupava-me quanto as desilusões implicadas.


Minha pequena amiga já não era tão pequena. Seu imaginário deveria revestir-se de outras fantasias ainda que correlatas a tais objetos. Poderia portanto, na restituição, cobrar prometidas ilusões fantasiando os dentes. Compro­ varia com o presente a inocência em minhas intenções, além da grande afeição que guardara por ela e aqueles tempos felizes. Um velho costume, ainda uma prática persistente (embora cada vez mais remoto), é a con­ versão de dentinhos infantis em brincos ou pingentes de ouro, espécie de jóia criso-elefantina. O hábito é banal mas não destituído de arcaico sentido. Reintegrar ao corpo, alegoricamente aquilo que fora parte dele, dar vida em forma de enfeite a partes mortas, denota no mínimo um legítimo sentido de humor. Um delicado bibelô com dentes incrustados, pareceu-me mais astuto e perspicaz que uma simples caixa ou rico bauzinho, pois deixaria a mostra as presas numa assim divertida jóia... queria que fosse uma jóia! De ouro, de dentes e de legítimas fantasias. Intumescência, erupções, gengiva, língua, amolecimentos, coisas soltas na boca, a cavidade bucal... são alguns dos componentes das tais legítimas fantasias, ou melhor, as sensações por trás destes componentes ou por eles evocadas. Tendo tais diretrizes dei forma à peça que foi executada por um habilidoso ourives. Devo confessar a minha curiosidade em testemunhar a restituição dos dentes. É sabido o encanto quase perverso dos artistas na revelação de uma obra inédita a um incauto observador, poder ler nas suas expressões, reações insuspeitas... Embora não fosse nenhuma obra de arte, o sentimento que guardava era daquela natureza. Para que tal se desse, algumas precauções deveriam tomar. Embalar cuidadosamente a obra, evitando arranhões nas partes polidas ou a maceração dos delicados dentes restaurados, mas sobretudo dispor a coisa de modo a se revelar tatilmente, antecedendo a visão. Consegui um bonito pacote que enchi até a borda com um fino pó inerte e branco. Nele imergi a densa peça. O leite desidratado que usei como pó de proteção acondicionava e ocul­ tava a peça proporcionando um sedoso toque, quase fluido às mãos. Rever minha amiga foi só alegria, bem como a receptividade ao presente e a abertura do pa­cote. Um esfumaçado se fez espalhando poeira em seu colo, ao que se seguiu de uma inves­tigação táctil que iria revelar o conteúdo do surpreendente presente. O objeto ia sendo achado em partes e um tanto sintomática foi a atitude da minha amiga. Soprando, limpando e polindo os componentes das peças com alegria infantil, mesmo antes de admirá-las, levou-as a boca uma e outra, como se tratassem de saborosas guloseimas. Chupando, lambendo, mordiscando mesmo, devo confessar que a cena me pareceu um tanto surpreendente. Por fim, com minha ajuda, recuperamos a peça que se mostrou inteira e devo confessar, um bibelô grotesco. Não era essa a impressão de minha amiga que, guardando um silencioso sorriso, revirou um livro de onde tirou um escrito. Levou-me à porta, entregou-me e se despediu alegremente.

Cada qual desses grãozinhos de areia


Que na praia procurando encontrava

10

Jรก foi um dia um dente ou uma conchinha

11


Do mar de seda que na beira me molhava

12

De boca fechada e num calor danado,

13


Os dias se passaram, me chegaram ressonâncias do sucesso daquele bibelô dentário junto a conhecidos. Os comentários eram dúbios pois pareciam trazer um quê de ciúmes. Compreendi, no entanto, a natureza dúbia daquele sentimento e felizmente percebi que o ciúme não me era reservado. Provinham estes dos admiradores da pecinha que não tiveram a sorte de minha amiga, não tiveram seus dentes de volta por não serem colecionados ou o foram e se extraviaram, desprezados ou esquecidos, em algum papelote ou caixinha em esquecidas gavetas. Pensei nisso, com um misto de tristeza e carinho. Me dispus a retificar o acaso, melhorar o destino mesmo que artificialmente. Se a protética de dentes permanentes é lícita e comum, perguntei-me por que não seria a de dentes-de-leite já em estado mnêmico. Decidi realizar outras peças idênticas àquela originária prevendo todavia modificações em aspectos necessários. Trabalharia a partir de uma arcada infantil completa e não apenas das sete relíquias encontradas. Realizei destes uma série, prevendo a demanda. Haveria antes de testar o resultado, pois além do mais utilizara réplicas em porcelana e algumas alterações foram feitas dado o maior número de presas a dispor. Embrulhei a peça e a ocasião se apresentou. Levei-a como presente de aniversário a um dos que se ressentiram pela falta de seus primeiros dentes. Recebeu-nos a mim e ao presente cordialmente, mas foi com nítido entusiasmo que passou a desfilar o bibelô entre os convivas. A natureza bizarra do objeto parecia não causar maiores regozijos, causando mesmo certa repulsa em seus convidados. Em resposta, como que não percebendo tais sentimentos, o aniversariante comentava a dádiva como se tratasse de uma relíquia pessoal. Narrava reminiscências, lembranças infantis supostamente comprovadas pela existência do bibelô. Apresentava por ele grande intimidade, manipulando uma e outra parte com destreza, que se ia estendendo aos argumentos e sentimentos narrados. Fatos de toda espécie encaixavam-se nos casos dos agora seus dentes-de-leite emergentes de uma remota infância.

Eu mexia minha língua e adivinhava Um gosto de sangue doce ou salgadinho Para sentir se ele ainda ou já estava.

Deixei a festa satisfeito pelo efeito do presente, satisfeito quanto a eficácia do dispositivo que inventara. Era uma espécie de profilático simbólico, face a perda irremediável da­ queles pedacinhos de nós. Certo porém ficara que mesmo substituídos por outros, poderosos e enraizados, a tal perda irreparável deixa-nos buracos. A afloração da segunda dentição parece velar, condenando a um esquecimento pe­ remptório, não só os dentes-de-leite, mas sobretudo o universo de aflições e afeições dúbias que a idade ambígua parece aquiescer. Entre medos e alegrias, um espírito em franca e constante transformação são os fenômenos dentais depositários. O intenso afeto

14

15


com que cercamos do nascimento à perda dos dentinhos os transformam em preciosos troféus que a emergência de novas raízes vem apagar... um território nebuloso, como de gavetas e caixinhas para sempre fechadas ou perdidas. Eventos descritos nas práticas com bibelôs operaram um curioso resgate da flor dos sentidos, do frescor daquele período já à luz experimentada de sujeitos maduros. Como gemas preciosas no esplendor de suas águas, a luz dos dentes pode irradiar metá­ foras, se aproximando mesmo a suntuosas esculturas. Se, a verdadeiras obras incorporadas agregam os dentes vigoroso valor estético. Mórbida e sorridente, produzem sentidos além da imagem obtida. E ainda, se refletirmos sobre uma peça moldada na forma de um dente, sua fundição, em resina ou metal, remeterá de imediato a precipitações de calcário nos moldes gengivais. A desmoldagem de uma tal peça nos enviará súbito a queda ou extração na boca onde o gosto morno de sangue aflorado se fará presente. Há, sem sombra de dúvidas, uma relação de parentesco a estabelecer-se entre tão singulares processos. Curiosamente, ao inverso dos processos escultóricos, na perda de dentes, preservamos e cuidamos das partes do processo (genviva, maxilar, nós mesmos) desprezando a parte que gerou maior esforço de criação, a saber, os dentes, estes as verdadeiras esculturas. Não é portanto absurdo o resgate deste tema enquanto esculturas.

A f i n i da de s

E l e t i va s

Tomando destas observações empreendi uma estrutura que implicava aquilo que havia experimentado com o bibelô, dando-lhe outra dimensão. Não se tratava de repetir experiências em escala e público maiores, mas uma operação de “razões e proporções”. Assim, sabedor das revelações emotivas causadas pelos primeiros dentes sob aquelas circunstâncias em condições equivalentes, que atitudes teríamos à visão de dentes exógenos maduros? Testemunhar os dentes permanentes na categoria de transitórios era como introjetar uma terceira dentição. Apreciar a nostálgica segunda. Que sentimentos afluiriam? Quais sensações causariam a presença desta expandida realidade? Qual seria o vigor da nova vivência? Foi assim que construi, em grande escala, a versão “adulta” para sujeitos no decurso de uma hipotética terceira dentição. Eles recordariam com nostalgia as implicações simbólicas da dentição definitiva, à luz dos dentes originários, verdadeiros dentes que povoam nosso espírito.

***

16

17


19





26

27


28

29


30

31


32

33









56

57


M e du l a um filme de Tu n g a e E r i k R o c h a

Me dirigia por extenso caminho ao encontro de amigos. Nos juntaríamos ali para a gala àquela noite. Requinte e elegância eram requisitos da festa e para tal me preparara. Um toque na porta entreaberta revela meus amigos. O casal não estava ainda pronto, vejo-o em seu smoking abotoando o luxuoso vestido de sua dama em seu longo traje. Em um murmúrio o reconforto propondo a espera. Me aproximo e observo a operação de abotoar o suntuoso vestido às nuas costas por toda sua extensão até a bela nuca de minha coadjuvante. Algo naqueles botões me parece familiar... aproximando, vejo tratar-se de humanos dentes podendo completar em quantidade até duas arcadas! Inspeciono um pouco aqui e ali os detalhes do elegante quarto seus cristais e lustres. Já um tanto inquieto, faço observar o avançado da hora aos convivas. Estes miram de mormaço, elegantes, através do espelho e me fazem enfim um signo positivo acompanhado de um breve sorriso. Percebo horrorizado que em suas bocas não há um único dente, convertidos que foram em botões do luxuriante vestido. Uma horrível impressão de gargalhada insana e surda ressoa ante àquela visão.


60

61


62

63


64

65


66

67




A C a d a D o ze D i a s e U m a C a rta


8 de fevereiro de 2006


8 de fevereiro de 2006


20 de fevereiro de 2006


20 de fevereiro de 2006


4 de marรงo de 2006


4 de marรงo de 2006


16 de marรงo de 2006


16 de marรงo de 2006


AVA , O C O e a Família da Família

Ela não nasceu só ela A Ava é a Ava também O nome dela é Ava e é Ava Que vive com Oco Que é Oco também Ava e Oco Oco e Ava Se costuram no corpo dos outros Ava e Oco que pariram dois filhos Anna e Otto Oco grudado em Ava grudada em Anna grudada em Otto Todo mundo costurado num bordado que se multiplica Anna ligada à Ava pelo cordão umbilical que ninguém cortou Anna que não é só Anna E que engoliu dente-de-leite por dente-de-leite

Sua primeira ossada libertina Olho por olho na gruta da garganta Os dentes-de-leite de Anna são aqueles que trafegaram Até o corpo da mãe Ava pelo ininterrupto cordão umbilical mantido Os dentinhos da filha chegaram à boca da mãe Que beijou a boca do pai Oco que ingeriu os pequenos branquelos da filha Oco não digeriu os leitosos de Anna E por força da natureza estranha não os expeliu do corpo Os dentes se dissolveram no esperma do pai Que acabou inserido no útero de sua filha Anna Após o coito familiar Anna costurada ao corpo da mãe pelo consistente cordão umbilical Engravidou do pai Oco E gerou a filha Ivi

Carta enviada por B O T I K A



28 de marรงo de 2006


28 de marรงo de 2006


9 de abril de 2006


9 de abril de 2006


21 de abril de 2006


21 de abril de 2006


3 de maio de 2006


3 de maio de 2006


S

o l s t í c i o

d e

I

n v e r n o

Em 1990 fui convidado a expor na cidade de Glasgow. Resolvi desenvolver numa sala uma peça, espécie de escultura cuja estrutura fosse um TORO. Este toro teria ligações invisíveis, três nós onde forças fariam a ligação de três partes de moto-contínuo. Tal continum incorporaria a força gravitacional num pêndulo, a força magnética em ímãs e uma migração de átomos numa eletrólise. A peça que daí se materializou representava uma arcada dentária e seus nervos. Era cons­ truída com fragmentos de ímãs alnico, ferro fundido, reluzentes fios de cobre e de ferro negro, além do aparato destinado a eletrólise, imersão e um conversor de corrente. No chão, os dentes de uma grande arcada se tocavam por limalhas de ferro, desenhando campos magnéticos nas coroas dentárias. Um molar desta arcada escapava, criando um leito para outro de ferro fundido. Este, pendular, suspenso sobre aquele. Dele, os nervos negros,

Gl a s g ow

1 9 9 0

um tufo de fios, atravessavam a sala suspensos em balanços e ia de encontro a seu par. Era outro molar de ferro que pendia até imergir num imenso tanque de vidro. Cheio de ácido sulfúrico e sulfito de cobre em água, via-se num profundo azul o pesado negro dente. Ali ocorria uma eletrólise, feixe de cobre de fios provenientes da arcada também mergulhava no líquido azul e eletrificado. Pouco a pouco átomos de cobre migravam para a superfície negra do ferro cobrindo o dente de matéria cuprogengívica. Tinha assim uma escultura única e contínua que integrava forças de três naturezas que embora invisíveis se faziam manifestar fisicamente. Visível e invisível formavam um toro, fechado. Parece que assim não se deveria fazer... Glasgow era então a capital cultural da Europa, sendo Mayfest, ou seja, a abertura a festejar o evento. O lugar, o prestigioso Third Eye Center, havia criado expectativa à afluência do público ao evento. Cálculos feitos, engenheiros químicos, técnicos e segurança ativados, a peça estava pronta para a noite de inauguração.


Um detalhe porém escapara. Os artesãos que construíram o tanque estavam desavisados quanto aos deletéreis produtos que deveriam conter, supuseram apenas água e peixes... No momento dos festejos, ao cortar a fita inaugural, o ácido cumpriu sua vocação dissolvendo a cola ainda em cura lenta, desfazendo o aquário. Hecatombe, fumegava o ácido vertido corroendo ferro e cobre, a continuidade se rompera não havendo mais toro. A fumaça causava um perigoso odor da deletéril reação. Agentes de segurança química de plantão foram ativados. Vestindo verde gafanhoto, luvas, capacetes e máscaras, alertavam o público em vozes tonitroantes: “GET OUT OF HERE !”... THIS IS POISONOUS!!!! - Difícil foi a tarefa, não queria o público evacuar a sala e perder o que acreditava ser uma surpreendente performance. Li os jornais da manhã seguinte noticiando o ocorrido, felizmente sem vítimas: “Glasgow MayFest passes the ACID TEST...” Intrigava-me porém o rompimento daquele anel, a descontinuidade do Toro, mais do que as manifestações subseqüentes à desastrada inauguração. Meu toro, produto de três energias no contínuo de uma dentada, visível e invisível anel em unidade discreta, nós sem bordos... fracassara por que? Continuei folheando o jornal inconformado e intrigado com a coluna de fumaça da vés­ pera e o que seria o acid test? Ainda no jornal consultei a meteorologia da véspera, verificando que atravessáramos o solstício de inverno. Compreendi assim... o papel da fumaça dos dentes nos arcaicos rituais da possível aliança, solstício de inverno.

94



C

r é d i t o s

d e

f o t o s

d a s

O

b r a s

Páginas 1 à 4 “Afinidades Eletivas” alumínio fundido, ferro galvanizado, seda, lã e talco dimensões: 9 x 5 x 2,8 m Galeria Millan São Paulo, Brasil / 2004 Foto: Ivana Monteiro Páginas 9 à 14 “Afinidades Eletivas” alumínio fundido, ferro galvanizado, seda, lã e talco dimensões: 9 x 5 x 2,8 m Pensatorium Rio de Janeiro, Brasil / 2004 Foto: Wilton Montenegro Páginas 18-19 “Bibelô” prata, prata fundida e dente protético dimensões: 0,25 x 0,25 x 0,18m Christopher Grimes Gallery Santa Mônica, Califórnia, EUA / 2004 Foto: Joshua White (cortesia Christopher Grimes Gallery) Páginas 20 à 27: “Afinidades Eletivas” alumínio fundido, ferro galvanizado, seda, lã e talco dimensões: 9 x 5 x 2,8 m Christopher Grimes Gallery Santa Mônica, Califórnia, EUA / 2004 Foto: Joshua White (cortesia Christopher Grimes Gallery) Páginas 28 à 31: “Afinidades Eletivas” alumínio fundido, ferro galvanizado, seda, lã e talco dimensões: 9 x 5 x 2,8 m Galeria Daniel Templon Paris, França / 2005 Foto: cortesia Galerie Daniel Templon Páginas 32 à 57: “Afinidades Eletivas” alumínio fundido, ferro galvanizado, seda, lã e talco dimensões: 9 x 5 x 2,8 m Pensatorium Rio de Janeiro, Brasil / 2004 Foto: Wilton Montenegro

Páginas 59 à 71 “Medula” Fotogramas do curta-metragem em 35mm dirigido por Tunga e Eryk Rocha. Rio de Janeiro, Brasil / 2005 Foto do vestido: Lucia Helena Zaremba Páginas 73 à 91: “A Cada Doze Dias” pastel seco dimensões: 0,57 x 0,69m Foto: Liu Lage Páginas 95 à 97 “Solstício de Inverno” tanque de vidro com sulfito de cobre + ácido sulfúrico em solução aquosa (eletrólise), limalha de ferro, ímas, fios de cobre, fios de ferro e ferro fundido. dimensões dos Dentes: 1,60 x 0,60m aproximadamente. Third Eye Centre, Glasgow, Grã-Bretanha / 1990. Foto da página 95: Kevin Low Foto das páginas 96-97: Heidi Kosaniuk Páginas 103 à 113: “Olho Por Olho” apresentado em “Art Unlimited”, Art Fair Basel, Suíça / 2005. poliuretano expandido, resina epóxi, alumínio, plástico e borracha. dimensões: 7 x 7 x 1,60m Pensatorium Rio de Janeiro, Brasil / 2005, Foto: Liu Lage Páginas 114-115: “Eye by Eye” bronze fundido patinado, madeira e aço. dimensões: 1,40 x 0,75 x 0,23m Foto: Liu Lage Encarte Ações sobre “Afinidades Eletivas” realizadas em: _Pensatorium Rio de Janeiro, Brasil / 2004, _Christopher Grimes Gallery Santa Mônica, California, EUA / 2004, _Galeria Millan São Paulo, Brasil / 2004, _Galerie Daniel Templon Paris, França / 2005.

C  P - Marieta Dantas em detalhe de “Afinidades Eletivas”


© Cosac Naify, 2007 concepcão Tunga direção de arte Lilian Zaremba projeto gráfico nucleo i design Irene Peixoto Bernardo Aragão revisão Camila Saraiva produção gráfica Signorini

cosac naify Rua General Jardim, 770, 2º. andar 01223-010 São Paulo sp Tel [55 11] 3218 1444 Fax [55 11] 3257 9164 www.cosacnaify.com.br Atendimento ao professor [55 11] 3823 1473


O

l h o

p o r

O

l h o








fonte Adobe Garamond papel Couché fosco 170 g/m2, Color plus marfim 120 g/m2 e Vegetal impressão Atrativa tiragem 500 Este livro faz parte das comemorações de 10 anos da editora Cosac Naify. Ele compõe a Caixa Tunga, junto com outros cinco livros e um cartaz.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.