ID: 53558401
22-04-2014
Tiragem: 12000
Pág: 24
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,68 x 30,85 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1 DR
Dirigentes da Associação Nacional de Turismo apresentaram objetivos a Cavaco Silva
ANT quer ser parceiro ativo no planeamento para o setor 111 A Associação Nacional de Turismo (ANT) foi recebida ontem pelo Presidente da República que se mostrou “sensível aos objetivos e preocupações” apontadas. No final, Pedro Machado, presidente da ANT, – que se fez acompanhar pelos representantes dos diversos órgãos sociais – adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que “esta audiência representa o reconhecimento da entidade pelo Presidente da República” a quem foram apresentadas três áreas sobre as quais a associação se quer pronunciar a nível nacional. Desde logo, tratando-se de uma associação que inclui parceiros públicos e privados, “ela quer ser um parceiro ativo, quer dos órgãos nacionais, quer regionais, em matéria de planeamento e de políticas públicas para o turismo”. “No território está consagrado uma das nossas vertentes mais preocupantes, que são as assimetrias regionais; no território dão-se as principais conexões no setor do turismo, e nele se desenvolve verdadeiramente a atividade turística”, sublinhou Pedro Machado, adiantando que por tudo isto, a ANT “quer ser porta voz desta componente estratégica do país que é o território e que não está consagrada em mais nenhuma das organizações nacionais”. Em segundo lugar, a associação quis transmitir a Cavaco Silva a dimensão das várias organizações que integram a ANT e que vão do público ao privado. “Queremos ser verdadeiramente uma associação que tem preocupações fundamentadas com a componente pública do setor do turismo, mas também, ter uma intervenção que de alguma forma, amplifica aquilo que são dossiês que hoje são da esfera do privado”, adiantou, dando como exemplos o caso da AHRESPque tem importantíssimos dossiês como o IVA na restauração ou a lei do arrendamento, ligados à
atividade empresarial do setor. Uma voz ativa no que é o futuro Finalmente, a associação quer ter uma voz ativa em matéria daquilo que é o futuro. Um futuro, que para Pedro Machado, “passa por dossiês como o Portugal 2020”. “Queremos que as políticas públicas que vão ser consagradas pelo co-financiamento europeu possam ser também dinamizadoras de criação de competitividade e coesão territorial, de coesão nacional”, reforçou Durante a reunião, que durou cerca de 50 minutos, Cavaco Silva disse esperar, um bom trabalho e bons resultados da ANT, admitindo “estar atento às políticas a desenvolver na esperança de que esta venha a contribuir para ajudar o país a posicionar-se, em particular na captação de turistas”. Desafiado a pronunciar-se quanto à sobreposição da ANT com o Instituto do Turismo de Portugal, Pedro Machado adiantou que tal não será possível, uma vez que “o Turismo de Portugal é um braço armado que o Governo tem à sua disposição na perseguição de estratégias de promoção e implementação das orientações políticas, interna e externamente ou até, de financiamento”. Ora a ANT não tem capacidade de financiar projetos, “mas está preocupada com as questões da promoção, seja interna ou externa”. Após a audiência de ontem com o Chefe do Estado, a ANT reuniu na sede do PSD, com Marco António Costa, vice-presidente da Comissão Política Nacional. Cumprindo o plano de ação, a ANT está a apresentar cumprimentos aos órgãos de soberania tendo sido já recebida pelos grupos parlamentares e pela presidente da Assembleia da República. Segue-se no próximo dia 28 de abril, uma reunião com a CIP e com o secretário de Estado do Turismo. | Eduarda Macário