Brexit não atrapalha aposta no mercado britânico

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ID: 83420917

30-11-2019

Meio: Imprensa

Pág: 18

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Mensal

Área: 21,00 x 28,40 cm²

Âmbito: Viagens e Turismo

Corte: 1 de 3

World Trav el M ark e t 2019

bREXIT NÃO ATRAPALHA

APOSTA No mercado britânico O ano de 2019 foi um período atribulado para o mercado britânico, em particular no sector do turismo. A contínua incerteza do Brexit e a falência da Thomas Cook abalaram a indústria, mas Portugal mostra confiança em que o Reino Unido permanecerá a ser um dos mais importantes mercados emissores para o destino.

“É

claro que estamos preocupados com o mercado britânico. Mas mais do que preocupados estamos já a pensar em soluções”. A afirmação, que se prende com as vicissitudes do Brexit, é de Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, que acompanhou a delegação portuguesa à edição de 2019 do World Travel Market. Com um pin que ostentava o mote #Brelcome ao peito, a secretária de Estado elucidava que esta campanha de promoção do país “teve um impacto muito interessante ao nível dos média”, mas que mais do que isso o país está a preparar medidas de contingência para que os turistas britânicos se sintam bem-vindos em Portugal e sejam recebidos da mesma forma que foram até hoje. O Reino Unido continua a ser o maior emissor de turistas para Portugal, responsável por dois milhões de hóspedes, nove milhões de dormidas e 2,8 milhões de euros em receitas no passado ano de 2018. Em 2019, este mercado continua a demonstrar um comportamento positivo, com um crescimento de 6% em número de hóspedes e de 8,1% em termos de receitas, desde o início do ano. O objectivo do Governo tem sido minimizar as consequências de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia, independentemente do tipo de acordo que vier a vigorar. “Há um conjunto de medidas que estão a ser trabalhadas, algumas das quais pron|

tas a ser implementadas, assim que o processo do Brexit tenha um desfecho”, elucidava Rita Marques, mencionando o plano de contingência adoptado pelo Governo. As medidas de contingência que pretendem manter as condições de viagem de turistas do Reino Unido para Portugal incluem a isenção de vistos, a criação de corredores dedicados nos aeroportos, protocolos para reconhecimento das cartas de condução e a nível de serviços de apoio médico, com a utilização de seguros de saúde. A promoção de Portugal na maior feira britânica de turismo foi coordenada pela Associação Turismo de Lisboa e feita num stand de 812m², que integrou 93 empresas e as sete Agências Regionais de Promoção Turística, nomeadamente Porto e Norte, Centro de Portugal, Lisboa, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.

Um Algarve optimista “O Algarve representa dois terços das dormidas turísticas de britânicos em Portugal e, portanto, é um excelente barómetro para tomar o pulso ao mercado”, avança João Fernandes, presidente da Associação Turismo do Algarve e da RTA. E o que diz este barómetro é que “estamos a crescer acima dos 2% em dormidas de britânicos no Algarve”, fruto do trabalho desenvolvido pela região e “por uma afinidade que o mercado tem pelo Algarve e por Portugal no geral”.

Rita Marques

João Fernandes

secretária de Estado

presidente da Associação

do Turismo

Turismo do Algarve e da RTA

“É claro que estamos preocupados com o mercado britânico. Mas mais do que preocupados estamos já a pensar em soluções”.

“falando [na WTM] com operadores turísticos, OTAs e companhias aéreas, nota-se que a expectativa para o futuro é positiva”.

As previsões para 2020 são optimistas, com João Fernandes a elucidar que “falando [na WTM] com operadores turísticos, OTAs e companhias aéreas, nota-se que a expectativa para o futuro é positiva”, uma expectativa que passa por “consolidar a procura existente”. O senão que aponta é a possibilidade de um atraso nos early bookings, relacionado com as eleições marcadas para Dezembro e um adiamento do Brexit até final de Janeiro de 2020. “Temos bons indicadores de que vamos

consolidar estes bons resultados que estamos a ter”, que se prendem com a potencial aposta da easyJet, em particular da easyJet Holidays, na região, sendo que “das reuniões que tivemos é essa informação que resulta, como um destino onde querem crescer a sua ocupação”. Bons indicadores também da actividade de players que agarraram a operação da Thomas Cook, como a Jet2, como parceira preferencial da Hays Travel, que ficou com as agências da Thomas Cook.

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