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Novidades Nacionais

por_Kamille Viola | do_Rio

LARISSA CONFORTO: ANCESTRALIDADE, CALMA E CORAGEM

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Depois do fim da banda Ventre, a vocalista criou o projeto ÀIYÉ, com o qual lança o disco “Gratitrevas”. No trabalho, ela passa por temas como espiritualidade, rituais, ritmos de resistência, saudade da avó, David Lynch e confissões, usando colagens de tambores, texturas e vivências. Com oito faixas assinadas pela artista (sendo “O Mito e a Caverna” parceria com Vitor Brauer), o disco foi feito entre Rio, São Paulo, Lisboa e Paris e produzido pela própria Larrisa e por Diogo Poloni. Coincidência ou não, o trabalho foi lançado em meio à epidemia mundial de coronavírus, que exigiu que pessoas de cidades inteiras pelo país (e pelo mundo) tivessem que ficar em isolamento em suas casas. “‘Gratitrevas’ é sobre resiliência. Sobre voltar-se para si em tempos difíceis. Evoca nossa ancestralidade, pede calma e coragem para a luta diária. Estamos mais ‘juntes’ do que nunca, afinal”, ela comenta.

OUÇA MAIS // As oito faixas do álbum // ubc.vc/Grati

LÔ BORGES E MAKELY KA, JUNTOS E À DISTÂNCIA

O cantor e compositor mineiro Lô Borges lançou “Dínamo”, álbum que é todo em parceria com o piauiense radicado em Belo Horizonte Makely Ka, que fez as letras. O processo de composição começou de uma forma nova para Lô: pelo celular. “Eu estava fazendo o show de estreia do ‘Rio da Lua’, aqui em Belo Horizonte, quando recebi, via WhatsApp, a primeira letra do Makely Ka. Falei com ele que tinha gostado da composição, que faria a música, e o processo começou assim”, contou ele no texto de divulgação do álbum. “Acho que o dínamo dá a ideia de retroalimentação, de energia eletromecânica gerando luz, de um ajudando o outro. Precisamos disso neste momento, talvez mais do que nunca”, analisa Makely à Revista UBC. “É curioso como esse disco foi premonitório em vários sentidos. Fala de autoisolamento em ‘Refúgio’, fala de superação da depressão em ‘Altajuda’, fala da necessidade de praticar a solidariedade e o companheirismo na própria canção-título”, pontua.

OUÇA MAIS // As 10 faixas de “Dínamo” // ubc.vc/LoMakely

LAÇOS ESTREITOS: JOSYARA E GIOVANI CIDREIRA

Terceiro lançamento do projeto Joia ao Vivo, “Estreite” reúne duas potências da atual cena musical baiana: Josyara e Giovani Cidreira. O álbum foi registrado no Labsonica, espaço de experimentação sonora do Oi Futuro, e traz três composições dela e cinco dele, interpretadas pelos dois. Produzido por Junix 11, mistura elementos eletrônicos e experimentais, ritmos percussivos, guitarra e o marcante violão de Josyara, canções intimistas e explosivas.“Estar com Giovani sempre desperta a sensibilidade. Tenho dificuldade de chorar, mas, quando estou ouvindo sua voz, sua música me faz chover. E foi assim no decorrer da gravação”, ela disse à Revista. “Foi impressionante como, em pouco tempo, conseguimos construir algo tão forte. Acho que tem a ver com a intimidade musical que eu e Josy construímos”, completou Giovani.

OUÇA MAIS // O disco na íntegra // ubc.vc/Josyovani

TODOS OS LADOS DE GIULIA BE

Sucesso na internet — o clipe de “Menina Solta”, sozinho, tem mais de 88 milhões de visualizações no YouTube —, a cantora e compositora Giulia Be se prepara para lançar o primeiro EP, previsto para sair ainda este semestre, e soltou o terceiro single e clipe do trabalho, “Se Essa Vida Fosse Um Filme”. “Encarei esse EP como uma oportunidade para destacar meus diferentes lados enquanto compositora, então cada música tem um sabor diferente, ainda que de uma maneira coesa”, contou. Ela define seu processo de composição como aleatório. “Poderia idealizar um mundo onde, a partir do momento em que entro no estúdio, escrevo apenas hits, mas a realidade é que as melhores canções tendem a aparecer em momentos inconvenientes, e em lugares bem longe de qualquer microfone. Compor, para mim é acordar de um sonho com uma melodia e, imediatamente, pegar o celular para gravar antes que esqueça”, descreve.

VEJA MAIS // O clipe de “Menina Solta” // ubc.vc/menina

JEZA DA PEDRA, MAIS ACELERADO

O rapper carioca Jeza da Pedra soltou o clipe de “FDC (Fortalece dos Contatinho)”. Produzida por Akadindo, a faixa é a segunda do álbum solo que o artista lança no segundo semestre deste ano, “Átomo de Verão”. “É uma mistura de funk 170BPM, ainda mais acelerado que o 150, com releitura de drum’n’bass”, conceitua. “É sobre essa coisa de as pessoas manterem os ‘contatinhos’ da internet para poder acionar em uma situação de carência”, diverte-se. O vídeo é uma animação, assinada por Byula, inspirada na estética japonesa lo-fi, atualizada para o contexto brasileiro. Paralelamente, segue o projeto Jeza Kassin, ao lado do produtor Kassin, que já lançou seis músicas. “Já temos mais seis prontas, e muita coisa ainda em processo”, adianta.

VEJA MAIS // O clipe de “FDC” // ubc.vc/FDC

SAMANTHA MAININE: COMPOR, INTERPRETAR, RECOMPOR

Formada em Composição e Regência pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), e com passagens por corais e pela sonoridade erudita, Samantha Mainine passeia por rock, MPB e samba no EP “Pela Paz”. De autoria própria, a faixa “Sigo em Paz” fala sobre uma ruptura de amizade, mas também cabe para um relacionamento amoroso. As outras são “Viva” (de Kledir Ramil), “Pela Paz” (Paulo Miklos, Sérgio Britto, Branco Mello, Charles Gavin e Nando Reis, do repertório dos Titãs), “Ela Desatinou” (Chico Buarque) e a única parceria de Caetano Veloso e Maria Bethania, “Trampolim”. “A interpretação, na minha opinião, é também um processo composicional, onde eu preciso ler e reler uma obra já existente, conhecida do público ou não, e contar aquela história da minha forma”, ela descreve.

OUÇA MAIS // As cinco faixas de “Pela Paz” // ubc.vc/paz

CÍCERO EXPANDE SEU UNIVERSO

O cantor e compositor carioca Cícero chega ao seu quinto álbum, “Cosmo”. Composto, arranjado e produzido por ele, foi gravado entre Brasil e Portugal, em estúdios e com diversos músicos dos dois países. O trabalho foi permeado por reflexões sobre a existência e o universo. “É um trabalho bastante contemplativo. A maior parte foi feita em Portugal, e o dia a dia de lá influenciou muito a maneira como encaro a vida hoje, com mais calma. Convidei muitos músicos portugueses e tive que me adequar ao modo como eles trabalham, mais técnico e matemático, o que acabou enriquecendo o disco”, disse ele ao jornal “Estado de Minas”. O álbum saiu em meio à pandemia de coronavírus, e o artista teve que cancelar dez shows: “Se, no primeiro (disco), estava tratando de questões minuciosas, do apartamento, da vida a dois, agora parto para a expansão máxima desse universo, abordando assuntos sobre o planeta. Acredito que um disco carrega uma força premonitória. Quando iria imaginar que ele sairia justamente no meio de uma crise mundial?”

VEJA MAIS // O clipe da faixa “Falso Azul” // ubc.vc/FalsoAzul

TIGANÁ SANTANA, DOIS DISCOS EM 2020

Celebrando dez anos de seu primeiro álbum, o cantor, compositor e instrumentista Tiganá Santana lança dois discos em 2020. O primeiro é “Vida-Código”, quarto trabalho de sua carreira, que sai pelo selo sueco Ajabu!, com distribuição da Tratore no Brasil. São nove canções, quase todas compostas por ele, sendo uma em parceria com Alzira E (“Palavra de Honra”) e duas com Leonardo Mendes (“Flor Destinada” e a faixa-título). “Escolhi esse nome para o álbum porque me parece que estamos, necessariamente, nesse lugar de lidar com as cifras que a vida, maior das forças geratrizes, coloca diante das nossas experiências. É a assunção de que existir é, fundamentalmente, misterioso”, diz. O outro álbum é “Milagres”. Feito a pedido do selo alemão Martin Hossbach, é uma releitura de “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento, censurado em 1973: “É uma tentativa de diálogo e tributo à grandeza e à importância de Milton para um Brasil e um mundo que se elevam com a existência de poéticas como a dele.”

VEJA MAIS // O clipe da canção “Vida Código” // ubc.vc/VC

HOMENAGEM DE DIOGO NOGUEIRA A PORTO ALEGRE

Gravado em agosto de 2019, no Auditório Araujo Viana, “Diogo Nogueira Ao Vivo em Porto Alegre” traz o artista cantando sucessos de nomes como Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Clara Nunes e Gonzaguinha, entre outros, além de “Tá Faltando o Quê?” (de Xande de Pilares, Marcelo Batista e Diney). “Esse show foi gravado com casa lotada, todo mundo cantando junto, e foi uma noite histórica para mim. Desde o início da minha carreira, o público gaúcho me prestigia, e essa foi a minha forma de retribuir o carinho. Quis fazer uma homenagem a essa terra que me acolheu tão bem, quando lá morei. Lembro com carinho dessa época em que joguei (no Cruzeiro do RS), de toda a minha luta para me tornar jogador, minha mudança de cidade, do dia a dia puxado. Mas também trago a lembrança da lesão do joelho que me tirou dos gramados e me colocou nos palcos”, lembra Diogo à Revista.

OUÇA MAIS // O álbum na íntegra // ubc.vc/Diogo

PABLLO VITTAR: LANÇAMENTO ANTECIPADO

Pabllo Vittar já havia soltado a primeira parte do álbum “111” em 31 de outubro de 2019, em comemoração a seu aniversário, 11 de novembro. As faixas que permaneciam inéditas ainda não tinham data de divulgação definida, mas vazaram na internet, e o lançamento acabou antecipado para março passado. “Tímida”, em parceria com Thalía, “Clima Quente”, com Jerry Smith, “Lovezinho”, com Ivete Sangalo, “Rajadão” e “Salvaje” somaram-se às quatro músicas que a cantora já havia divulgado anteriormente (“Amor de Que”, “Parabéns”, “Ponte Perra” e “Flash Pose”, com Charli XCX). As composições ficaram, mais uma vez, a cargo do Brabo Music Team. “Já passei por tantas coisas, não vai ser um vazamento que vai me abalar”, escreveu ela no Twitter. “Eu só quero dizer obrigada a todos os vittarlovers que me mandaram mensagem de carinho ontem e hoje! Não era assim que tínhamos planejado, mas vamos curtir muito e tacar stream”, brincou.

VEJA MAIS // O clipe de “Tímida”, com Thalía // ubc.vc/Timida

ZEEBA, AGORA EM PORTUGUÊS

Conhecido por cantar megahits da música eletrônica, como “Hear me Now” e “Never Let me Go”, Zeeba investe em um som mais acústico em seu primeiro álbum, “Reset”. Nascido em San Diego, na Califórnia, ele veio com os pais brasileiros ao país e voltou aos Estados Unidos para estudar música. Rafael Baptista (que toca violão no disco), Pedro Montagnana (piano) e Thomaz Ayres (percussão) produziram o trabalho, com arranjos de Hermes Reis (violão). O disco tem nove faixas, uma delas a primeira composição de Zeeba em português, “Tudo Que Importa”. “Foi diferente, claro, do que eu faço em inglês. Para as músicas em inglês, eu já tenho uma praticidade, em português eu fui um pouco mais criterioso”, disse. “As minhas músicas sempre têm mensagens reflexivas, sobre aonde você quer chegar e como tudo fica mais legal e mais bonito quando se tem alguém ao lado.”

OUÇA MAIS // O álbum na íntegra // ubc.vc/Zeeba

ERÓTICA. DUDA

Enquanto prepara seu segundo álbum, previsto para este ano, a cantora Duda Brack soltou a primeira amostra do trabalho: o single e clipe “Pedalada”, parceria dela com Chico Chico. A sensualidade dá a tônica do vídeo. “A carga erótica é algo que permeia o meu trabalho. Falo despudoradamente sobre isso, mesmo que eu não mencione diretamente numa letra. Acho que sempre vai estar em mim, na forma como eu canto, enxergo o mundo”, analisa. Produzido pela própria Duda Brack e pelo guitarrista Gabriel Ventura, o disco terá as participações de Ney Matogrosso, Lúcio Maia (guitarrista da Nação Zumbi) e o grupo Os Capoeira. “Digamos que vai ser um pop experimental. Sigo eu, aqui, tentando achar o meu jeito de fazer o meu som, sem querer me apoiar em nada que já é tangenciado, em nenhum estilo, em nenhum estereótipo musical: tem folk, pagodão baiano com jongo de ouro, funk com trap…”

VEJA MAIS // O clipe de “Pedalada” // ubc.vc/DBrack

BACO: PARA NÃO FICAR PARADO

Em meio à pandemia, Baco Exu do Blues lançou “Não Tem Bacanal na Quarentena”. A ideia era fazer agora o disco “Bacanal”, que encerraria a trilogia que começou com “Esú” e conta ainda com “Bluesman”. Mas, no meio do caminho, tinha o isolamento por conta da Covid-19, e tudo mudou. “Não foi bem uma decisão, foi mais uma necessidade de trabalhar durante a quarentena”, afirmou ao jornal “O Globo”. Músicas como “Amo Cardi B e Odeio Bozo”, “Preso Em Casa Cheio de Tesão” (com Lellê) e “O Sol Mais Quente” (com Aisha) fazem referência ao período da epidemia.

LEIA MAIS // As nove faixas do novo trabalho de Baco // ubc.vc/Baco

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