EDITORIAL
ESPECIAIS GLOBAL ONLINE: LOGÍSTICA NA PAUTA DO DIA Uma das propostas editoriais do Global Online é discutir cada modal de transporte de cargas e evidenciar sua eficiência na composição das melhores soluções logísticas. Este Especial – o primeiro de quatro que oferecemos – detalha o setor de transporte aéreo de cargas, sua recuperação do pior momento da crise econômica dos últimos dois anos e as principais tendências definidas por algumas empresas deste mercado. Algumas das informações reveladas pelas reportagens deste Especial ratificam a necessidade de investimentos em infraestrutura aeroportuária e alertam para a iminência de um colapso logístico, mesmo considerando que a intensidade da retomada da atividade não seja tão intensa como a registrada no início do ano. Nos próximos meses, o site Global Online publicará Especiais sobre os setores rodoviário, ferroviário e marítimo. Acompanhem o site e não percam a oportunidade de estar atualizados sobre logística e comércio exterior. Boa leitura!
EXPEDIENTE
SUMÁRIO SETEMBRO 2010
www.globalonline.net.br DIRETOR Joris Van Wijk
MANAGER Barbara Nogueira
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EXECUTIVA DE CONTAS Kelly Lima
MARKETING Eliane Nunes REDAÇÃO Editora Valeria Bursztein (MTB – 39.287)
CÉU DE BRIGADEIRO Setor aéreo de cargas recupera-se do solavanco provocado pela crise econômica de 2008/2009 e volta a registrar crescimento. A única nuvem mais escura no ar é a questão da eficiência da infraestrutura aeroportuária disponível no País.
Jornalista Sonia Moraes Revisão Adriana Pepe DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Miguel Angelo
As opiniões expressas nos artigos e pelos entrevistados não são necessariamente as mesmas da UBM Brazil. Redação, Administração, Publicidade e Correspondência: Alameda Tocantins, 75 Alphaville – São Paulo / SP Tel.: (11) 4686-1935 – Fax: (11) 4686-1926 info@ubmbrazil.com.br www.ubmbrazil.com.br
VENTO DE CAUDA Setor aéreo de cargas ganha fôlego com a retomada da economia mundial. Com demanda aquecida e volumes em expansão, as companhias aéreas reestruturam serviços e tentam driblar os gargalos causados pela infraestrutura aeroportuária.
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CARGA AÉREA Volumes em ascensão exigem agilidade das empresas de logística.
ESPECIAL
CÉU
DE BRIGADEIRO
Setor aéreo de cargas recupera-se do solavanco provocado pela crise econômica de 2008/2009 e volta a registrar crescimento. A única nuvem mais escura no ar é a questão da eficiência da infraestrutura aeroportuária disponível no País. Sonia Moraes
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epois do impacto expressivo na movimentação internacional de carga aérea causado pela crise econômica mundial – de 727.222 toneladas transportadas em 2008 o volume caiu 21,35%, para 583.745 toneladas em 2009, segundo dados divulgados pela Infraero (Empresa de Infraestrutura Aeroportuária) –, o setor retoma o vigor e tenta se reestruturar para acompanhar a demanda, que cresce vertiginosamente, puxada em especial pelas importações provenientes da Europa e da Ásia. Segundo a IATA (International Air Transport Association), a intensidade da força da atual demanda pelo modal aéreo continuará, mas o ganho de altitude será um pouco mais lento, uma vez que, embora o final do ano funcione como uma mola propulsora para o transporte de cargas aéreas, a necessidade da indústria já não é mesma do momento pós-crise, quando os estoques estavam em níveis baixos. Por conta dessa surpreendente recuperação, as companhias aéreas de carga e as operadoras logísticas mudaram seus planos e estratégias. Com a grande demanda, muitas empresas que haviam retirado seus aviões de circulação durante a crise começam a sair da inércia e a ampliar a capacidade de transporte, aumentando a frequência de voos e disponibilizando mais aeronaves para atender seus clientes. Apenas para citar alguns exemplos, a Lufthansa Cargo, que aumentou a frequência semanal de sete para oito voos entre Frankfurt e o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), vai reforçar sua malha com o retorno de um avião (de um total de quatro) que ficou parado durante a crise mundial. A Absa Cargo colocou em operação no final de agosto o terceiro cargueiro – um Boeing com as mesmas características e capacidade de dois aviões que utiliza atualmente, do modelo B767-300F, com capacidade para 57 toneladas de carga. Por seu lado, a Azul Cargo, que atende ao mercado doméstico transportando 1.200 quilos de itens comercializados, também começa a se preparar para expandir sua atuação. A empresa informou que vai ampliar sua capacidade em até 30 toneladas com a aquisição de três novos cargueiros a partir de 2011. No aspecto da logística, o aquecimento das operações no modal aéreo aumenta a agilidade das operadoras. A UPS, empresa que atende ao mercado mundial, já reforçou sua frota com a substituição do
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Boeing 757 pelo modelo 767. Com essa decisão, a companhia amplia sua capacidade, acrescentando 36 toneladas de espaço em suas aeronaves.
RECLAMOS Mesmo com todo o esforço das empresas, os executivos do setor aéreo pedem melhora na infraestrutura aeroportuária. Além da adequação dos espaços nos principais aeroportos do País, solicitam ao governo a aplicação de mais recursos em outras localidades para atrair investimentos de novos setores industriais. A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) informou que apresentará ao TCU (Tribunal de Contas da União) soluções para as irregularidades que paralisaram de obras de infraestrutura em aeroportos do País. A grande questão que paira no ar é se as intervenções programadas para ampliar a capacidade estrutural e a qualidade dos serviços oferecidos nos aeroportos se concretizarão no mesmo ritmo da retomada das atividades. Especial Carga Aérea – Global ONLINE - 5
ESPECIAL
VENTO
DE CAUDA
Setor aéreo de cargas ganha fôlego com a retomada da economia mundial. Com demanda aquecida e volumes em expansão, as companhias aéreas reestruturam serviços e tentam driblar os gargalos causados pela infraestrutura aeroportuária Sonia Moraes
epois do forte impacto da crise econômica mundial, que derrubou os volumes de cargas transportadas em aviões em uma das piores crises experimentadas pelo modal, as companhias aéreas tentam agora administrar o vertiginoso crescimento dos volumes que se acumulam nos aeroportos brasileiros e superar a falta de infraestrutura para embarcar, desembarcar e liberar as mercadorias movimentadas no País. Para dar conta do aumento de volume, as empresas TAM, Absa, Lufthansa e Azul estão reforçando sua frota com novos aviões cargueiros. "Para atender à forte demanda, colocaremos em operação, no final de agosto, o terceiro cargueiro Boeing com as mesmas características e capacidade de dois aviões que utilizamos atualmente, do modelo B767-300F, para 57 toneladas de carga", informou o gerente de Vendas Internacionais da Absa Cargo, Alexandre Silva. A Lufthansa Cargo, que opera atualmente com 19 jatos MD 11, aumentou a frequência semanal de sete para oito voos entre Frankfurt e o aeroporto de Viracopos em Campinas (SP) e ainda reforçará sua malha com o retorno de um avião (de um total de quatro) que ficou parado durante a crise mun-
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dial. "A aeronave que entrará em operação regular será destinada ao atendimento da demanda do Brasil, da Índia e dos Estados Unidos", disse o analista regional de Vendas e Marketing da Lufthansa Cargo na América do Sul, Caribe e Flórida, Eduardo Nascimento Faria. A companhia aérea alemã também pretende lançar um novo destino para a China.
PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO Por causa da perspectiva de crescimento do mercado aéreo de carga no Brasil, a Azul Cargo, unidade de logística da Azul Linhas Aéreas, planeja acrescentar à sua frota no próximo ano três aviões cargueiros.
Com um ano de operação completado em agosto, a companhia utiliza os porões dos aviões de passageiros para transportar carga no território nacional. Com os novos cargueiros, a Azul Cargo tem expectativa de que o volume de carga transportada no território brasileiro – hoje de 1.200 quilos por aeronave – apresente um crescimento que pode variar de 7 a 30 toneladas, a depender do avião escolhido e da demanda do mercado nacional. "Estamos fazendo um profundo estudo do mercado e analisando qual é a aeronave mais adequada ao perfil da empresa. Pode ser um A 180 ou uma aeronave turboélice", disse o vice-presidente técnico operacional da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Miguel Dau.
DEMANDA SURPREENDENTE Para dar conta de atender a essa solicitação do mercado, a TAM Cargo também aumentou o número de aeronaves, que passou de 132 em 2009 para 140 neste ano. "A companhia tem uma forte operação no exterior por causa da ampliação de contratos com as GSAS (General Sales Agents), empresas especializadas na comercialização de cargas aéreas. Com essa parceria, a TAM Cargo consegue atender hoje a 36 países", afirma o diretor de Cargas da empresa, Carlos Amodeo. Ele ressalta ainda que a TAM Cargo mantém parcerias com as companhias aéreas internacionais por meio de contratos com a SPA (Special Pro-rate Agreement), o que lhe permite enviar e receber encomendas de forma integrada, com processos ágeis e simples.
AERONAVES DEDICADAS Na Azul Linhas Aéreas, as operações de carga contribuem hoje com 3% da receita total da companhia. "Essa margem, porém, tende a crescer à medida que tivermos mais aviões e aeronave dedicados ao transporte de carga", destacou o presidente da Azul Cargo, Pedro Janot. Segundo as expectativas de Janot, a companhia encerrará 2010 com uma frota de 25 aviões – cinco a mais do que havia planejado. "Vamos conectar as cidades menores com hubs maiores", disse o presidente. Hoje, a divisão de carga da Azul atinge 2.200 municípios, que devem totalizar 3.500, conforme a meta estabelecida pela empresa, com foco no setor que concentra 90% das riquezas geradas no País.
Para crescer nesse mercado, a Azul Cargo expandirá o número de lojas: atualmente a empresa tem no Brasil 32 pontos de atendimento, que devem somar 50 até o final do ano. Com o transporte de carga, a Azul Cargo ocupa hoje a posição de maior transportadora doméstica em Campinas, onde tem 40% de participação em toda a operação de carga do aeroporto de Viracopos. "Vamos aumentar ainda nossa participação com a conquista de novos clientes", disse o presidente da empresa. "Por isso, estamos alertando a Infraero para que não haja gargalos nas operações de carga em Viracopos, como já estamos sentindo nas operações de passageiros". Janot disse que "a Infraero vem se movimentando com a estrutura que tem para garantir o bom atendimento dos aeroportos, mas as respostas têm sido muito lentas". Para o vice-presidente técnico operacional da Azul, o aeroporto não deve funcionar como um armazém de carga, mas "tem de ser um local que ofereça facilidade para o embarque e o desembarque de mercadorias. É possível aumentar em 40% a eficiência nos aeroportos brasileiros só com a melhoria de gestão", comentou Dau.
RECOMPOSIÇÃO DE ESTOQUES O crescimento repentino da demanda de carga no setor aéreo, segundo o gerente de Vendas Internacionais da Absa Cargo, Alexandre Silva, não se caracteriza pela migração das mercadorias do navio para o avião. "Observamos um aumento importante no volume de produtos que naturalmente são movimentados pelo modal marítimo, mas acreditamos que o principal motivo seja a necessidade de rápida recomposição
dos estoques estratégicos pela indústria nacional", comenta. O executivo da Absa Cargo destaca, no entanto, que a grande preocupação está no segmento internacional, onde há enorme desequilíbrio entre os volumes de importação e exportação no modal aéreo, gerando intensa ociosidade no retorno das aeronaves e, consequentemente, forte guerra tarifária. De janeiro a julho, a Absa Cargo exportou 25.500 toneladas de carga e importou 57.500 no mesmo período. O movimento para o mercado internacional continua bastante diversificado, com aumento importante nos embarques de peças e componentes para a indústria automobilística para os Estados Unidos e ao México e de perecíveis para a Venezuela.
Alexandre Silva – gerente de Vendas Internacionais da Absa Cargo
O maior volume de importação no primeiro semestre foi proveniente dos países asiáticos e dos Estados Unidos, como resultado da grande demanda por produtos eletrônicos. No mercado interno, a movimentação de carga da Absa Cargo concentra-se em Manaus, com aproximadamente 530 toneladas por semana em dez voos cargueiros. A TAM Cargo conseguiu reverter o desempenho de 2009, quando Especial Carga Aérea – Global ONLINE - 7
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Pedro e da Azul Carg edro Janot Janot – president presidente Carg o: O aeropor aeroportto não deve deve funcionar como um armazém armazém de carg carg a
sua movimentação se reduziu em 2,1%, com o transporte de 182.700 toneladas de carga, ante 186.600 no ano anterior. Neste ano, a empresa registrou aumento de 32,5% nas receitas das unidades de cargas, para R$ 284,8 milhões no segundo trimestre de 2010 em relação a igual período do ano passado. Segundo a companhia, esse resultado deve-se ao crescimento de 15,6% na receita doméstica e de 50,3% na internacional, apesar da apreciação do real em 13,6% quando comparadas as médias dos períodos. Já a Lufthansa Cargo registrou, de janeiro a julho, aumento de 42% em suas exportações, com 11.800 toneladas. As importações cresceram 56% de janeiro a agosto, com 19.300 toneladas. Desse total, 98.400 toneladas vieram da Europa (68,4%) e da Ásia (30%). Segundo o analista regional da Lufthansa Cargo, os produtos brasileiros que predominam nas exportações são os das indústrias automobilística, farmacêutica, de maquinário, componentes eletrônicos, autopeças e calçados, bem como de ovos férteis. Entre os vários setores industriais, além do automotivo, que tem demandado mais volume, o farmacêutico tem sido promissor para o Brasil.
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Com o reforço em suas operações, a Lufthansa Cargo terá dois voos partindo do Brasil para a Alemanha às segundas-feiras e um nos demais dias, com mais de 500 toneladas de capacidade por semana. Para o transporte de mercadorias, a companhia alemã utiliza o porão dos aviões de passageiros, o Boeing 747-400, nos sete voos semanais entre São Paulo e Frankfurt e o Airbus A 340-300 nos cinco voos entre São Paulo e Munique. "Planejamos um crescimento de 20% em peso taxado para 2010 em relação ao budget de 2009 para o Brasil", disse o analista de Vendas da Lufthansa Cargo. Segundo ele, o budget de peso taxado do Brasil representa aproximada-
Empresa ou aumento Empresa registr registrou aumento de 32,5% na receita receita das unidades de carg carg a
mente 40% das operações na América do Sul. A Lufthansa Cargo prevê para este ano um aumento de 10% nas cargas transportadas em relação ao ano passado. Segundo Farias, na primeira quinzena de agosto a empresa já registrou alta de 50% sobre o mesmo período de 2009. Na América do Sul, a companhia aérea transporta cerca de 1.000 toneladas de mercadorias por semana, o que lhe assegura 10% de participação na região. No Brasil, registrase média semanal de 420 toneladas, com um total de sete voos por semana e 12% de fatia nesse setor. Em outras localidades do continente, como Argentina, Chile e Uruguai, a companhia movimenta cerca de 140 toneladas de carga por semana. Já na costa oeste, que inclui a Colômbia, Peru, Equador e Venezuela, o volume chega a 275 toneladas semanais. Com a estabilidade econômica do Brasil e a retomada do mercado internacional, as companhias aéreas estimam que o mercado de carga mantenha a trajetória de crescimento nos próximos anos. O consenso entre os executivos é que a demanda deve continuar forte porque o mercado mundial se recuperou e a economia brasileira está estável.
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CARGA AÉREA Volumes em ascensão exigem agilidade das empresas de logística Sonia Moraes
trechos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. "Às vezes é preciso recorrer ao caminhão para enviar carga rumo ao Rio de Janeiro, porque não dá tempo de o produto chegar até o cliente antes da 7 horas da manhã se for embarcado no voo que sai de São Paulo às 6", explica Airton. Para garantir a entrega no prazo, a Aerosoft trabalha com representantes em todas as capitais e nas principais cidades para retirar as mercadorias nos aeroportos. "Além de aumentar o número de voos para suportar a demanda, é preciso que os agentes de carga tenham seu terminal nos aeroportos para facilitar a movimentação dos produtos".
CARÊNCIA DE ESPAÇO
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forte recuperação no setor aéreo exigiu das operadoras logísticas flexibilidade para atender à demanda. Percebe-se, entretanto, certo descompasso entre o volume de carga e os espaços ofertados para armazenagem e transporte. Além disso, a alteração da malha aérea e a falta de infraestrutura aumentam a dor de cabeça dos operadores. "No aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e de Cumbica, em Guarulhos (SP), por exemplo, a situação melhorou um pouco, mas ainda é lenta a liberação de carga, com tempo de espera variando de oito horas até dois dias", afirma o diretor de Carga Aérea da operadora logística Kuehne-Nagel, Alberto de Mathia Neto. O executivo comenta que o momento é difícil porque o mercado se encontra muito aquecido e a demanda por serviços está maior do que a oferta de voos. "Para ter êxito nas entregas, triplicamos os esforços com os fornecedores e com os nossos parceiros", disse. A KN atende às indústrias farmacêutica, automobilística e eletroeletrônica, com o transporte para a Europa, a Ásia e os Estados Unidos. Na visão do diretor do operador logístico Aerosoft Cargas, Airton Dumas, o problema experimentado hoje consiste na modificação constante da malha aérea nos
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É constante entre as empresas logísticas que operam no cenário dos aeroportos brasileiros a queixa pela falta de estrutura adequada para acomodar as mercadorias e a solicitação por uma gestão mais ágil para a conferência e a liberação das cargas. Armazéns alfandegados próximos dos aeroportos vêm sendo usados como alternativa para fugir do congestionamento dos principais complexos aeroportuários nacionais. Neto, da Kuehne-Nagel, sugere investimentos em infraestrutura em outras regiões do País. "É uma forma de incentivar novos setores industriais e facilitar o escoamento de mercadorias em outras localidades do Brasil".
AVALIAÇÃO CASO A CASO Atenta ao crescimento do mercado, a UPS, uma das maiores operadoras logísticas do mundo, além de investir em tecnologia e na capacitação de seus funcionários, avalia a estrutura de cada aeroporto do País antes de embarcar o produto. "Analisamos a estratégia antecipadamente. Quando é necessário despachar carga refrigerada, por exemplo, escolhemos um aeroporto específico para embarcar a mercadoria sem problemas", explica o gerente de Operações da Divisão de Supply Chain Solutions da UPS do Brasil, Fabio Acerbi. Assim como as demais operadoras logísticas, o gerente da UPS credita o crescimento do setor aéreo de carga à necessidade de reabastecimento da indústria, que teve de suspender a produção por causa da crise mundial. Por conta desse aumento de demanda, a UPS passou a utilizar uma aeronave maior, um Boeing 767, em substituição ao modelo 757, elevando assim a capacidade para 36 toneladas nos serviços de exportação e importação para os Estados Unidos, a Colômbia e a Argentina.