informa Pesquisa mapeia fundo marinho capixaba
Fotos: Ivan Costa Santos
INFORMATIVO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO • 20/jun a 03/jul de 2016 | nº 511
O trabalho conta com a participação de professores e estudantes da Ufes ma pesquisa inédita está mapeando os tipos de fundo marinho existentes na plataforma continental do Espírito Santo e os tipos de animais que habitam esses locais. Sob a coordenação do professor do Departamento de Oceanografia Alex Bastos, uma equipe de 17 pesquisadores (sendo 13 da Ufes) delimitou uma das maiores áreas de biodiversidade de algas calcáreas do mundo, com 5.800 km² de extensão. Também conhecido como banco de rodolitos – nódulos formados por essas algas calcáreas –, ele sustenta uma alta biodiversidade de organismos invertebrados, fundamentais para a manutenção da vida marinha, ao longo dos 411 km do litoral capixaba. A pesquisa foi contemplada pelo edital 14/2013 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e teve início em 2014. O trabalho já concluiu as fases de mapeamento, fotografia e amostragem. Foram coletadas 370 amostras de sedimentos e bentos (organismos vivos), que se desdobram em 1.110 análises e 370 imagens do fundo marinho, em profundidades que
U
Termo de Referência Pesquisadores da Ufes, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e representantes de órgãos ambientais elaboraram um Termo de Referência de monitoramento do Rio Doce e área marinha afetada pelos rejeitos da Samarco. A proposta será encaminhada ao Comitê Interfederativo para Acompanhamento dos Programas de Recuperação da Bacia do Rio Doce, órgão res-
variam de 10 a 50 metros. Segundo Bastos, a pesquisa será finalizada até dezembro deste ano. “Ao final dos trabalhos, entregaremos muito mais do que foi pedido no edital. A análise geoquímica das amostras – presença de metais – é um exemplo. O edital também pedia um mapeamento de até 22 km da praia e nós chegamos a 50 km”, enfatizou. O professor também destacou que as amostras foram coletadas antes do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), e isso servirá como base única de comparação para as análises que estão sendo feitas após a tragédia.
ponsável por indicar onde os investimentos deverão ser realizados. O reitor Reinaldo Centoducatte destaca as ações que vêm sendo realizadas pela Ufes ao longo dos últimos sete meses: “A comunidade acadêmica de diferentes áreas trabalha para entender essa que foi a maior tragédia ambiental ocorrida no Brasil e, assim, apontar soluções que sejam favoráveis à sociedade. Este documento é outro marco nessa busca de caminhos que visam também construir respostas emergenciais para eventos como esse”.