Cidade universitaria 2014.2

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Cidade Universitária Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão | Ano VII | Nº 12 | junho/JULHO de 2014

Impresso Especial 9912290201-DR/MA UFMA CORREIOS

Foto: Sansão Hortegal

ufma.br

UNIVERSIDADE

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA

De endereço novo, os moradores das casas estudantis são beneficiados com mais acessibilidade, segurança e conforto dentro do Campus Página 7

PÓS-GRADUAÇÃO

NOVAS PÓS-GRADUAÇÕES

Mestrados em Letras e Artes são ofertados na UFMA este ano Páginas 5

Ministro da Educação inaugura novos espaços na UFMA Centro de Convenções e Centro Pedagógico Paulo Freire tiveram suas placas de inauguração descerradas em uma solenidade que contabilizou os avanços na infraestrutura da Universidade

SAÚDE

Novos funcionários do Hospital Universitário começam a ser convocados Ao todo foram aprovados 1.876 candidatos, e os primeiros convocados já iniciaram suas atividades no complexo hospitalar Página 3

Foto: Fabiana França

Páginas 8-9 PERFIL

ELAS QUEREM FAZER A DIFERENÇA NA UNIVERSIDADE Projeto está estimulando o ingresso de mulheres em cursos das áreas de ciências exatas e tecnológicas Página 6

INFRAESTRUTURA

NÚCLEO DE ARTES

O novo prédio será construído em um espaço com cerca de nove mil metros quadrados, e servirá para o desenvolvimento de práticas e vivências artísticas e pedagógicas Página 16

UNIVERSIDADE

Cumprindo o dever de casa

Ações e projetos oferecem oportunidade de cidadania à população, aproximando a Universidade da Sociedade Civil, por meio de atividades que beneficiam cerca de 300 mil pessoas por ano Página 12

NO CAMPUS

SANTO DE CASA FAZ MILAGRE SIM

Programa da Universidade FM firma-se como a mais sólida proposta de difusão cultural nas ondas do rádio maranhense Páginas 14-15


Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

OPINIÃO Sugestões para o jornal podem ser enviadas pelo e-mail: nip.ascom@ufma.br

UM PONTO DE CONVERSA Democratizar o ensino superior significa mediar e qualificar cada vez mais as relações entre a Universidade, espaço público por excelência de produção do conhecimento, e a Sociedade Civil de onde as demandas sociais emergem, proporcionando a todos as mesmas condições de acesso aos programas, projetos, atividades e espaços adequados e capazes de atender às expectativas mais exigentes. Por isso, neste momen-

to em que concretizamos uma série de investimentos de longo prazo, esta edição do Cidade Universitária apresenta importantes espaços como o Núcleo de Artes e a Residência Universitária, assim como o Centro de Convenções, o Complexo Pedagógico Paulo Freire, e a Concha Acústica que tiveram seus espaços recém inaugurados recentemente. Apresentamos também estratégias e políticas que estão sendo implanta-

das na Instituição como uma forma de melhorar o acompanhamento, mensurar a qualidade das ações e a forma como a comunidade acadêmica e a Sociedade Civil percebem e vivenciam a UFMA. E, finalmente na editoria Em Campus, realizamos uma recuperação inédita da proposta mais sólida de difusão da cultura musical maranhense, por meio das ondas do rádio, o programa Santo de Casa.

Uma boa leitura!

EM CENA

Universidade criará mecanismos de conscientização sobre o Enade Ações coordenadas por diversos setores da Universidade têm contribuído para que os alunos encarem a avaliação como uma forma de contribuir com o seu próprio curso

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Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) é uma avaliação, a partir da qual os alunos de Graduação matriculados em instituições de ensino superior de todo o país submetem-se a uma bateria de testes sobre os seus conhecimentos e habilidades. Atualmente, é o mecanismo por meio do qual o Ministério da Educação (MEC) identifica falhas no sistema de ensino de universidades e faculdades, sejam estas públicas ou particulares. Subscrito na Lei Nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, o Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), e possui caráter obrigatório para os alunos selecionados dos primeiros e últimos períodos da Graduação. Entretanto, apesar da jurisdição conferida à avaliação, o pouco comprometimento que os alunos 2

têm para responder ao Exame vem preocupando os dirigentes das IES e o próprio Ministério da Educação. “Muitos estudantes apenas comparecem às provas, mas não as respondem da forma que deveriam, de forma séria, comprometida e com dedicação. A falta de participação afeta, diretamente, os estudantes e Instituições de Educação Superior, e os graduandos precisam descobrir que o Enade é a forma que o Ministério da Educação possui para definir como se encontra a formação naquele curso específico”, destacou o procurador institucional do Enade na UFMA, Romildo Sampaio.

Políticas de incentivo ao aluno Na última edição do Exame, correspondente ao ano de 2012, um total de 7.228 cursos foram avaliados em todo o Brasil. Na UFMA, quatro dos onze cursos selecionados para a prova obtiveram a nota quatro, seis cursos receberam nota três e dois cursos foram classificados como sem conceito. Os cursos da UFMA contam com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino (Proen) para que os estudantes sejam incentivados não apenas a comparecer, mas também para responder a avaliação de forma qualificada. “Estamos estudando algumas políticas e vamos pô-las em prática para incentivar os alunos a se sentirem responsáveis pelo reconhecimento de suas respectivas graduações”, disse Sampaio.

No resultado do Enade, em 2012, o curso de Design – antigo curso de Desenho Industrial - obteve a nota três. Uma nota que, segundo o coordenador do curso, André Leonardo Maia, influencia a forma como o curso é enxergado, principalmente pelos empregadores lá fora. “Além disso, o Enade também é de extrema importância para nós, professores, pois, a avaliação serve como ‘termômetro’ para avaliarmos a nossa metodologia de ensino. Por meio do Enade temos um espécie de retorno do nosso trabalho”, completou o coordenador. A recém-graduada em Economia, e que participou da avaliação do Enade em 2013, Petra Fernanda Cruz, descreve a prova como uma bateria de testes cansativa, apesar de bem elaborada. “A prova equipara-se a de um concurso, entretanto acredito que o Enade é muito importante, pois, a partir dele, podemos colaborar para uma maior visibilidade futura do curso. Quando

os alunos deixam de responder a prova, é uma perda tanto para ele quanto para o curso, uma vez que os resultados obtidos por meio da avaliação servem para o mercado saber onde estão os profissionais mais preparados”, diz.

Mercado de trabalho busca profissionais graduados em cursos bem avaliados pelo MEC O procurador institucional do Enade na UFMA, Romildo Sampaio, confirma a análise realizada por Petra Fernanda Cruz ao afirmar que o mercado de trabalho está atento às notas obtidas no Enade, que utilizam o Exame como critério durante processos seletivos. “Muitas empresas utilizam o Exame para avaliar o grau de profissionalismo do candidato a uma vaga de emprego. O Enade se tornou umas das formas de selecionar os melhores profissionais para determinadas vagas”, explicou o procurador.

estrutura organizacional

expediente

Presidente da República

Assessora de Comunicação

Ministro da Educação

Edição

Dilma Vana Rousseff

José Henrique Paim Fernandes

Reitor

Natalino Salgado Filho

Vice-reitor

Antônio José Silva Oliveira

Pró-reitor de Gestão e Finanças José Américo da Costa Barroqueiro

Pró-reitora de Recursos Humanos Maria Elisa Lago Braga Borges

Francisca Ester de Sá Marques

Francisca Ester de Sá Marques, Roberth Meireles

Textos

Arlan Azevedo, Daryanne Caldas, Fabiana França, Letícia Mourão, Luís Felix Rocha, Marcele Costa, Maria Nascimento, Roberth Meireles, Sansão Hortegal

Produção

Pró-reitora de Ensino

Marcelo Oliveira, Nelciane Dias, Roberth Meireles, Rosana Oliveira

Pró-reitor de Pós-Graduação

Patrícia Santos, Charles Martins

Isabel Ibarra Cabrera

Fernando Carvalho Silva

Pró-reitora de Extensão Marize Barros Aranha

Pró-reitora de Assistência Estudantil Cenidalva Miranda Teixeira

Revisão de Texto

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Kleyton Kerlison

Arte Gráfica

Kleyton Kerlison

VENDA PROIBIDA

Foto: Luís Félix Rocha

>> MARCELE COSTA


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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

SAÚDE

Hospital Universitário recepciona novos funcionários aprovados em concurso Inicialmente foram convocados 220 novos funcionários que vão atuar em todas as áreas do HUUFMA

Foto: Luís Félix Rocha

>> roberth meireles

SERH – empresa pública de administração hospitalar, veiculada ao Ministério da Educação (MEC). Ao todo, foram aprovados no concurso 1.876 candidatos. Até o momento, o Hospital convocou 500 candidatos aprovados deste total. O restante vai aguardar a convocação que deve ocorrer gradativamente em intervalos de dois em dois meses. Os novos funcionários do HUUFMA foram recepcionados pela Administração Superior da Universidade e da EBSERH no auditório central da UFMA durante três dias. Na ocasião, receberam treinamento, co-

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Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) realizou no mês de março a integração de seus novos funcionários. Os profissionais que passam a compor o quadro do complexo hospitalar foram aprovados por meio de concurso público, e suas contratações são fruto de investimentos conjuntos que têm chegado ao Hospital por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a EB-

nheceram mais a respeito de suas obrigações e direitos, informações sobre a natureza da contratação e das rotinas da Instituição Hospitalar, além da assinatura dos contratos, o que aconteceu no último dia da recepção. Segundo a superintendente do HUUFMA, Joyce Lages, a chegada dos novos funcionários vai dinamizar as atividades já desempenhadas pelo Hospital Universitário, tanto no que diz respeito ao atendimento à comunidade, quanto no que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão. “Queremos, na ver-

dade, desenvolver as competências dos nossos servidores fomentando uma nova mentalidade que os provoquem a ser mais proativos e comprometidos com o serviço público independente da sua área de atuação”, diz. Atualmente no Brasil, 39 hospitais já funcionam sob administração direta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. “Um novo capítulo da histó-

ria do HUUFMA será escrito por esses profissionais. Nossa intenção é que com a ajuda deles seja possível crescer cada vez mais e, com qualidade”, reforçou o coordenador de desenvolvimento pessoal da EBSERH, Ilson Gomes.

ATUALIDADES

Curso de Química a distância e Agronomia recebem nota quatro do MEC Os fatores analisados pela comissão do Ministério da Educação buscam assegurar a qualidade dos cursos de Graduação no país

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), responsável por avaliar as instituições de ensino, cursos e o desempenho dos seus estudantes matriculados em universidades, institutos e centros de ensino superior de todo o Brasil. Em recente visita de avaliação, a comissão do Ministério avaliou in locu dois cursos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e emitiram nota quatro como referencial de qualidade para as graduações de Química a distância e Agronomia. O projeto pedagógico dos cursos, a titulação do corpo docente, até a forma como as frentes de pesquisa e extensão tem sido desenvolvidas nestes cursos foram avaliadas pelos representantes do MEC.

Agronomia Iniciado em 2006 no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade em Chapadinha, o curso faz parte do projeto de interiorização do ensino superior que a Instituição promoveu nos últimos

anos. Hoje, a Graduação conta com quase 300 estudantes matriculados, e já formou mais de cem agrônomos na cidade. Já possui nota quatro no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) - mecanismo que avalia principalmente alunos dos últimos períodos que estão saindo das instituições de ensino. Agora, com a nota quatro, emitida desta vez pelo Sinaes, o curso se destaca com uma experiência de sucesso de uma formação que contempla o ensino, a pesquisa e a extensão. O curso conta com projetos e ações que recebem fomento de agências de incentivo, e possui estudantes que participam de programas de intercâmbio, como o de Ciências Sem Fronteiras.

Química a distância A Graduação em Química a distância da UFMA acontece por intermédio do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), e tem duração de quatro anos. Possui alunos de diferentes cidades do Maranhão, principalmente de Grajaú, Bom Jesus das Selvas, Colinas e Porto Franco, sendo esta última, o polo

Foto: Fabiana França

>> ARLAN AZEVEDO

sede do curso - onde os discentes recebem atendimento tutorial, e aulas presenciais são desenvolvidas nos finais de semana. Segundo o INEP, a modalidade a distância ainda é muito questionada quanto à sua qualidade, comparada à modalidade presencial. Neste sentido, o curso de Química a distância na Universidade quebra essa barreira, e está próximo à nota de excelência do INEP - a nota cinco.

De acordo com o coordenador do curso de Química a distância, Gilvan Oliveira, a avaliação dos professores e do projeto pedagógico do curso certifica a qualidade do corpo docente, e das suas bases curriculares. “Esta conquista é resultado de um trabalho intenso que o NEaD vem realizando em prol da qualidade dos seus cursos. Agora vamos trabalhar mais para atingir a nota máxima”, declara o coordenador do curso. 3


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EXTENSÃO

Maranhão Vídeo de Bolso Em sua quarta edição, o festival cinematográfico reuniu cerca de 250 pessoas em mostras de curtas metragens e oficinas

Foto: Divulgação

>> fabiana frança

país, e premiou as três melhores produções inscritas. Desenvolvido por meio do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA, a quarta edição do Maranhão Vídeo de Bolso aconteceu no Espaço Impar, localizado na sede do jornal O Imparcial em São Luís, e ofereceu duas oficinas: Introdução à Linguagem Audiovisual – uma abordagem as noções básicas para a produção de um filme, como produção, direção, roteiro, edição e pós-produção, ministrada pelo historiador e pesquisador de O festival exibiu mais de 40 curtas metragens durante dois dias na capital

Na busca por estimular a produção cinematográfica e de jovens talentos na área, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em parceria com a Fundação Sousândrade realizou entre os dias 15 e 16 de maio o IV Maranhão Vídeo de Bolso. O festival cinematográfico contou com oficinas audiovisuais, exibição de curtas metragens de várias partes do

Estudantes, profissionais e admiradores do universo cinematográfico participaram do IV Maranhão Vídeo de Bolso

cinema, Davi Coelho; e Roteiro para Web Série, oficina onde o jornalista e coordenador do Cineclube Crioula, Alexandre Bruno, apresentou ao público as possibilidades e estratégias de roteiros, nas produções de uma web série. Cerca de 250 pessoas participaram dos dois dias de evento. Ao todo, foram exibidos 43 curtas previamente selecionados pela comissão local da mostra, sendo 18 produções de outros Estados. Durante o encerramento do IV Maranhão Vídeo de Bolso, o público conheceu os três premiados do festival: A Escada, do pernambucano André Luis Arouche, que ficou com o terceiro lugar e o prêmio de R$ 2 mil reais; Sebá, do Paulista Felipe Daniel Ferro que levou a premiação de segundo lugar e o valor de R$ 3 mil reais; e o grande vencedor, o cineasta maranhense Arturo Sabóia, com o seu curta-metragem de ficção Passagem, premiado com R$ 4 mil reais; além da menção honrosa que condecorou o maranhense, Jayron dos Santos Sousa, pelo documentário Dia de Visita.

EDUCARE

UFMA passa a integrar a Rede Nacional de Instituições de Formação em Libras Graduação vai preparar profissionais para atuar na inclusão educacional de pessoas com deficiência auditiva

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Universidade Federal do Maranhão é a Instituição pioneira no Estado a oferecer cursos de licenciatura e bacharelado em Letras com habilitação na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Por meio da ação do programa Viver sem Limites do Ministério da Educação, MEC e, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, a implantação desta nova Graduação torna a UFMA uma das integrantes da Rede Nacional de Instituições de Formação em Libras, permitindo a inclusão de pessoas com deficiência, uma vez que formará professores, bacharéis, tradutores/ intérpretes que vão atuar, entre outras áreas, na rede básica de ensino. A seleção dos estudantes para a primeira turma do curso aconteceu em maio, durante a qual os candidatos se submeteram a uma prova com questões objetivas. Fo-

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>> LUÍS FELIX ROCHA

ram ofertadas 60 vagas, sendo 30 para a licenciatura e 30 para o bacharelado. As aulas estão previstas para iniciar em junho, sendo que a parte presencial da Graduação será ministrada quinzenalmente no Centro Pedagógico Paulo Freire, na Cidade Universitária e, as demais aulas serão a distância, contando com o suporte do Núcleo de Educação a Distância (NEaD/ UFMA). “Conseguimos implantar este curso graças ao incentivo da comunidade surda, que foi muito importante para o processo de instalação no Maranhão. Produzimos várias matérias de sensibilização sobre a necessidade de uma formação destas porque sabemos que é uma luta árdua, mas, acredito que promovendo a formação de indivíduos, rompemos barreiras em prol da inclusão das pessoas com deficiência”, finalizou a coordenadora do polo da Graduação em Libras na UFMA, Maria Nilza Silva Oliveira.

Falando Nisso O Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) divulgou o plano de ação e de atividades que devem ser realizadas durante o ano vigente na Instituição. A equipe envolvida no projeto busca sensibilizar a comunidade acadêmica para as questões, temas e interesses que envolvem as pessoas com deficiência. Atualmente, a UFMA conta com cerca de 300 alunos que apresentam alguma deficiência física. O cuidado e a atenção que o Núcleo pretende prestar tem como foco a cidadania, a igualdade e a vivência propiciada por uma Universidade que abraça a ideia da acessibilidade. Estão inclusos no plano de ação do Núcleo de Acessibilidade os fóruns, as palestras, o desenvolvimento

de peças publicitárias como cartazes que serão distribuídos por toda a Instituição, assim como o fomento para as iniciativas artísticas que contribuem para o debate dos direitos sociais da pessoa com deficiência. Aliado a isso, O Núcleo tem a intenção de ampliar os atendimentos sócio assistenciais aos alunos com deficiência, e estão previstos também mostras de filmes sobre a temática da pessoa com deficiência, documentários, exposição de obras de arte, fóruns com representantes do poder público e com conselhos municipais e estaduais, assim como o oferecimento de cursos de libras e braile que devem ter início, assim como toda a programação planejada pelo Núcleo de Acessibilidade a partir de julho.


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PÓS-GRADUAÇÃO

Novos mestrados em Letras e Artes Visuais são ofertados na UFMA Os cursos abrangem áreas que ainda não haviam sido contempladas pela Pós-Graduação na Universidade

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Graduação não é o fim da vida acadêmica. Pelo contrário, é cada vez maior o número de pessoas que, após a formação inicial, procuram por um curso de formação continuada. Entretanto, antes de entrar em um curso, seja este de especialização, mestrado ou doutorado, é preciso enfrentar a concorrência por uma vaga e estudar as possibilidades de mobilidade para outra cidade ou região do país, já que a maior parte das universidades brasileiras não oferece cursos de Pós-Graduação em linhas de pesquisa específicas, e que contemplem todas as áreas do conhecimento. No Maranhão, as oportunidades de integrar um curso em qualquer nível de Pós-Graduação têm aumentado devido o crescimento do setor. Em 2014, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) vai implantar mais dois novos cursos, totalizando 28 mestrados ofertados pela Instituição. Trata-se do mestrado acadêmico em Letras, e o profissional em Artes Visuais.

>> fabiana frança

Discurso, Literatura e Oportunidade O mestrado em Letras foi aprovado, no início deste ano, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e vai contemplar as seguintes linhas de pesquisa: Discurso, Literatura e Memória; e Descrição e Análise do Português Brasileiro. Segundo a coordenadora do mestrado, Veraluce da Silva Lima, toda a matriz curricular, estrutura física e o corpo docente do programa já estão preparados para receber os novos mestrandos. “Nem todos os graduados têm condições de sair de sua cidade e encarar o ambiente de uma outra universidade para estudar. Com esse mestrado na UFMA, permitiremos que um número maior de maranhenses tenham acesso à educação de qualidade”, diz a coordenadora sobre o novo curso de mestrado. Na comunidade acadêmica, a expectativa para o início do pri-

meiro mestrado focado na área de Letras é visto com bastante expectativa, principalmente pelos estudantes de Graduação envolvidos em atividades de pesquisa e extensão. O aluno do curso de Letras com habilitação em espanhol, que participa do grupo de pesquisa Atlas Linguístico Maranhense (ALiMA), Marcelo Fábio Andrade da Silva, vê a implantação do curso de Pós-Graduação como a oportunidade para dar continuidade aos seus estudos monográficos. “Sem o mestrado, eu provavelmente me formaria, e partiria para uma especialização. Com a chance de fazer o mestrado na UFMA, o sonho da qualificação por meio de um mestrado está mais próximo. É um curso muito esperado por todos”, expõe o estudante universitário.

Integração e Conquista Os cursos de Artes – visuais, Teatro e Música – também esperavam

por uma Pós-Graduação em sua área há algum tempo. A partir deste ano, integrada a mais 11 universidades de todo o Brasil, a Universidade Federal do Maranhão passa a ofertar o mestrado profissional em Artes. A iniciativa visa proporcionar formação continuada aos docentes de Artes ( Cênicas, Visuais e Música) que atuam na rede pública de educação básica, propondo discussões sobre o papel do ensino da arte na escola e na comunidade. O mestrado, reconhecido pela Capes, será desenvolvido na modalidade semipresencial sob as linhas de pesquisa; Processos de fundamentação: reflexão sobre a pratica, atualização de conhecimento; e Processos metodológicos de ensino de artes. “Este mestrado profissional em Artes vai preparar o pesquisador para o processo de trabalho, concentrado no ensino de Artes para a educação básica, infantil e média”, explica o coordenador do mestrado, Arão Paranaguá.

INOVAÇÃO

Ações em prol do incentivo a inovação e transferência tecnológica Cerca de 150 pessoas participaram do III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia na Universidade Federal do Maranhão

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destaque conferido a uma dinâmica de trabalho ou a um produto criado por uma ou por um grupo de pessoas advém na maior parte das vezes do seu caráter inovador. Isto, por que em uma sociedade competitiva, o diferencial torna-se o ponto estruturante para o início de qualquer projeto, onde reproduzir antigos modelos não são suficientes, e tão pouco se encaixam à atual lógica de produção científica. Para pensar essas questões relacionadas com a área de inovação, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com outras instituições de ensino e pesquisa, realizou em maio, o III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia. No evento, que contou com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), inventores e empresas compartilharam junto há cerca de 150 pessoas, as

>> fabiana frança

diferentes estratégias que tem sido desenvolvidas por eles na área da inovação, e conheceram mais sobre um segmento de desenvolvimento científico que está se consolidando na UFMA : o da Biotecnologia. A coordenadora do III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia, Gilvanda Nunes, explica que a inovação, especialmente no Estado ainda é trabalhada como uma novidade, mas na Universidade já existe um ambiente propício para o desenvolvimento da ideia no cotidiano acadêmico. “A inovação só acontece quando a invenção se torna uma realidade de mercado. Enquanto ela está nas gavetas das bibliotecas ela não é inovação. Nossa principal carência hoje é referente ao apoio. A lei estadual de inovação está desatualizada, e, por isso, precisamos acompanhar o que está sendo desenvolvido em todo o país”, afirmou sobre a importância do intercâmbio de ideias que um evento como um workshop é capaz de promover.

O III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia na UFMA serviu também como uma oportunidade para apresentar o Departamento de Inovação e Patente (Dapi) – setor da Instituição que busca garantir a propriedade intelectual de projetos e produtos desenvolvidos, e possibilitar a transferência dessa tecnologia para as empresas. Segundo a coordenadora do Workshop, os resultados de tais transferências, debatidas durante o evento, podem ajudar a formar universidades auto sustentáveis, capazes de valorizar e aumentar o número de trabalhos do gênero, e destacá-las quanto ao nível de excelência, além de trazer para o carente mercado soluções para os problemas sociais. “Antes do departamento, quando algo novo era desenvolvido, isto ficava restrito apenas as páginas de artigos e monografias. A criação ficava estagnada, sem incentivo para tornar-se um produto resolutivo para o mercado. Precisamos produzir uma integração entre departamentos, grupos e núcleos. O Dapi produz publicações, catálogos e transferências de tecnologia, para que a sociedade, empresas e desenvolvedores possam conhecer o trabalho que está sendo feito”, finalizou a coordenadora. 5


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PERFIL

Elas querem fazer a diferença na Universidade Iniciativa de projeto da UFMA visa a popularização das ciências exatas e tecnológicas para estimular o ingresso de mulheres em cursos da área

Foto: Marileide Lima

>> daryanne caldas

“Espero adquirir conhecimento suficiente para repassar aos meus colegas. O que eu quero é compartilhar tudo que eu aprendi aqui No laboratório da Ilha da Ciência, estudantes selecionadas para participar de projeto descobrem o lado lúdico por de trás da ciência

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onsiderado por muitos como o sexo frágil, os traços de personalidade, como organização, paciência e fragilidade, foram socialmente instituídos como inatos à personalidade feminina. Esta visão estreita demarca limites à participação de pessoas do gênero feminino em muitos espaços sociais, e as marcas destas limitações impostas às mulheres, por exemplo, refletem até mesmo no tipo de formação escolhida por estas. Segundo dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2007, no Brasil, apenas 23 por cento dos estudantes de Graduação de Física eram mulheres. No Maranhão, de acordo com a Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMA), nos últimos dez anos, 1 mil e 475 projetos desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, somente 175 foram liderados por mulheres ligadas as áreas das ciências exatas e tecnológicas, e, no que diz respeito ao universo discente, esta proporção é ainda maior. Dos 219 alunos atualmente matriculados no curso de Física da UFMA, apenas 47 destes são mulheres. O cenário exposto demonstra como os cursos de ciências da computação, física, matemática e engenharias são configurados como territórios eminentemente mascu-

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linos. Entretanto, uma iniciativa, em forma de projeto, desenvolvida na Universidade, em relação à popularização da ciência, está incentivando a presença cada vez maior de mulheres no meio acadêmico, especialmente nestes cursos de ciências exatas e tecnológicas. O projeto, intitulado Meninas e Jovens fazendo Ciência, busca amenizar a disparidade que ainda existe, no meio acadêmico, entre homens e mulheres, incentivando o interesse de alunas do ensino médio pelas áreas de ciências exatas e tecnológicas. O projeto terá a duração de um ano, vai contar com um público -alvo e é composto por um grupo de alunas, com idade entre 15 e 16 anos, do Centro Educacional Gonçalves Dias – escola pública da capital maranhense –, além de uma professora deste centro de ensino, docentes e estudantes do curso de Física da UFMA, e pela equipe integrante do laboratório Ilha da Ciência. As quatro alunas do Centro Educacional Gonçalves Dias, participantes do Meninas e Jovens fazendo Ciência, estão no primeiro ano do ensino médio e foram selecionadas de acordo com as suas notas nas disciplinas de matemática e física, em sua escola. As atividades do projeto estão sendo desenvolvidas, três vezes por semana, no Laboratório Ilha, e as secundaristas selecionadas rece-

Lays Thaynara Ferreira, estudante secundarista que resolveu participar do projeto como voluntária

Na primeira atividade do projeto, meninas conheceram as possibilidades de formação na área de exatas e tecnológicas

bem bolsas de Iniciação Cientifica Júnior. O projeto Meninas e Jovens fazendo Ciência prevê que estas estudantes realizem a socialização do conhecimento adquiridos para outros jovens, na sua própria escola, por meio da realização da feira de ciências que já acontece, anualmente, na Instituição de Educação Básica. A estudante do Centro Educacional Gonçalves Dias, Lays Thaynara Ferreira, apesar de não ter sido selecionada, resolveu participar do projeto como voluntária. “Espero adquirir conhecimento suficiente para repassar aos meus colegas. O que eu quero é compartilhar tudo

que eu aprendi aqui”, diz. A professora da UFMA, Ivone Lopes Lima, faz parte do projeto, relembra que foi a primeira aluna de física e a primeira professora do Departamento de Física da UFMA. “Eu escolhi o curso por aptidão. Não tive a oportunidade que elas estão tendo hoje, de conhecer melhor a área da física, da matemática e das engenharias quando ainda estão no ensino médio. Então, eu espero que elas aproveitem bastante a oportunidade, e obtenham conhecimento para seguir as carreiras das áreas das ciências exatas como eu fiz”, finaliza.


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UNIVERSIDADE

Estudantes das Residências Estudantis se mudam para a Cidade Universitária O novo imóvel dentro do Campus sede da UFMA abriga hoje 58 estudantes vindos de diversas cidades do Maranhão e de outros Estados

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primeiro semestre de 2014 começou bem para os estudantes das residências estudantis da UFMA. No mês de abril, os moradores do Lar Universitário Rosa Amélia Gomes Bogéa (LURAGB), da Casa do Estudante Universitário do Maranhão (Ceuma) e do Centro Guaxenduba se mudaram para um novo imóvel localizado na Cidade Universitária, Campus do Bacanga. Para eles, esse é um momento que vai ficar para a história, mesmo sabendo que esta é uma residência provisória, e que a definitiva será construída também dentro da Cidade Universitária. O coordenador da casa do Ceuma, José Uilian, estudante do 7º período de Ciências Biológicas e oriundo de Goiás, demonstra sua satisfação em morar na Cidade Universitária, o que facilitará bastante a acessibilidade, principalmente para ele e para os que estudam em cursos integrais e, precisam sair da Universidade às 22 horas, por exemplo. “Estamos felizes com a mudança, que só tem a melhorar o nosso desempenho quanto aos estudos, e felizes também com a criação da Pró-Reitoria de assistência estudantil, que tem dado todo o apoio a nós, estudantes, durante esse percurso de mudança de uma residência para outra”, disse. Essa é uma ideia que todos os moradores da residência compartilham como é o caso de Nicole Pinheiro, natural de São Paulo e que cursa o segundo período de Ciências Sociais. Para ela, a segurança é uma das melhorias que os estudantes terão a partir de agora. Nicole destaca também a facilidade em relação ao acesso à biblioteca, já que agora poderá passar mais tempo estudando, sem se preocupar com a hora de voltar para sua residência. Assim, também enfatiza a baiana Maíris Fernandes, que cursa o terceiro período do curso de Teatro. “Esta nova estrutura vai nos permitir ter um desempenho melhor em nossas atividades acadêmicas, e isso vai facilitar a nossa participação em projetos de extensão. Estamos atualizando também, o regimento interno da casa, de forma que possa atender às demandas e integração dos moradores”, relata.

A mudança Durante o período da mudança dos moradores, a Universidade Federal do Maranhão concedeu todo o apoio, infraestrutura e logística para que tudo acontecesse de forma

Foto: Luís Félix Rocha

>> sansão hortegal

Alunas comemoram a mudança para a nova residência dentro da Cidade Universitária, Campus do Bacanga

Regimento Por enquanto, os moradores irão utilizar um regimento datado de 1994, até que o novo documento seja atualizado e aprovado por todos. Este Regimento Geral será válido para todas as casas estudantis o que deverá incluir a casa na Cidade Universitária, a REUFMA e as casas dos demais campus. Além do regimento geral, cada casa terá o seu regimento interno que será específico e deverá atender às necessidades de cada local, mas sempre obedecendo ao Regimento Geral que, sempre será atualizado pela pró-reitoria de assistência estudantil e pelos residentes, em seguida passando por aprovação nas estâncias superiores da Universidade.

Pró-reitora de assistência estudantil entregou uma chave para cada morador da nova casa após a mudança

tranquila e rápida. À proporção que o caminhão chegava à nova residência estudantil, os moradores organizavam os seus pertences nos seus novos quartos. “Nós desenhamos um croqui da casa, para fazer o mapeamento e a divisão das alas, uma vez que a residência agrupará tanto as meninas do LURAGB quanto os meninos da Ceuma e do Centro Guaxenduba. Toda a divisão dos quartos e compartimentos foram feitos na

presença dos moradores”, disse a pró -reitora de assistência estudantil, Cenidalva Teixeira, que acompanhou todo o processo de mudança dos estudantes. Para garantir mais segurança e conforto para os moradores, a Instituição adquiriu equipamentos e utensílios domésticos. O prédio conta com sistema anti-incêndio, salas de apoio, cozinha com fogão industrial e, 28 quartos para comportar de

dois a cinco moradores, conforme o tamanho de cada espaço.“Tivemos um trabalho árduo para que a vinda de cada morador para cá acontecesse de forma tranquila. Nosso lema é manter o diálogo. Entendemos que para resolvermos as questões é necessária uma conversa entre todos”, afirmou a pró- reitora de assistência estudantil. No total, 58 estudantes moram na residência estudantil da Cidade Universitária, sendo 33 mulheres e 25 homens, vindos de diversas cidades do Maranhão e de outros Estados. Futuramente, serão abertas mais vagas para suprir as necessidades daqueles que vêm de outras regiões, e ainda não possuem moradia, mas que estão inscritos no edital de fluxo contínuo e possuem auxilio moradia. O objetivo é abrigar cerca de 80 estudantes na residência estudantil. Os moradores da REUFMA permanecerão no seu local de residência atual, já que o prédio é de propriedade da UFMA e, com isso, tem toda a autonomia para realizar obras e melhorias em sua estrutura. Para o reitor Natalino Salgado, a UFMA tem hoje uma forte política de assistência estudantil que não se resume somente à moradia, mas sim a auxílios como a bolsa alimentação, de assistência, e para a pesquisa. “Não havia, na UFMA, um instrumento legal capaz de assegurar uma moradia estudantil dentro do Campus, e quando vi essa questão, tomei a iniciativa de alterar o estatuto, fazendo com que, pela primeira vez na história da Universidade, exista um artigo que cria um órgão suplementar que trata da política de moradia estudantil e, a partir deste instrumento legal, será possível remanejar recursos para atender a política de moradia”, explica o reitor que adiante enfatizou que esse artigo não entrará em vigor somente para o Campus de São Luís, mas para os oito campus do continente, no qual também será construída uma moradia estudantil, a fim de que haja uma isonomia na Instituição de Ensino Superior. “Esta moradia dos estudantes será provisória, uma vez que o prédio está destinado para ser um Centro de Atenção Multidisciplinar. A construção da casa permanente dentro do Campus, está prevista para ficar concluída entre seis e 12 meses, assim como acontecerá também nos demais campus. Assim, que a nova morada ficar concluída e os estudantes se mudarem para o novo prédio, iremos reativar e colocar em funcionamento o Centro De Atenção Multidisciplinar”, finaliza o reitor da UFMA. 7


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DESTAQUE - CAPA

Centro de Convenções e Centro Pedagógico Paulo Freire são inaugurados com a presença do ministro da educação As novas dependências físicas atendem as exigências de acessibilidade, e garantem espaço adequado para práticas e vivências acadêmicas de toda a comunidade acadêmica

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Foto: Sansão Hortegal

m maio deste ano foram inaugurados oficialmente duas das maiores obras empreendidas nos últimos anos pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA): o Centro Pedagógico Paulo Freire (CPPF), e o Centro de Convenções, ambos localizados na Cidade Universitária do Bacanga. A solenidade de descerramento das placas de inauguração dos espaços contou com a presença do ministro da educação, José Henrique Paim Fernandes que, em visita à capital maranhense, conferiu de perto os avanços da Instituição no que tange à expansão de sua infraestrutura, e que levaram, também, recursos oriundos da pasta ministerial que atualmente ocupa. Tanto o Centro de Convenções da UFMA quanto o Centro Pedagógico Paulo Freire são ambientes que já estão servindo desde 2013 para a prática acadêmica e de vivência universitária. Enquanto o CPPF é o maior complexo educacional da UFMA, o Centro de Convenções tem sido palco de eventos e das cerimônias de colação de grau de estudantes da Universidade.

>> daryanne caldas

Ministro da Educação, reitor e representantes do poder público em cerimônia de descerramento de placas dos novos espaço da UFMA

Centro Pedagógico Paulo Freire

Entrada principal do Complexo Pedagógico Paulo Freire na Cidade Universitária, Campus do Bacanga

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Novos espaços da UFMA estão servindo à comunidade acadêmica desde 2013

O Centro Pedagógico Paulo Freire é o mais moderno complexo acadêmico da Universidade Federal do Maranhão. Ocupa uma área de 14 mil e 550 metros quadrados, que começou a ser construído em junho de 2009. Dividido em três pavimentos, o CPPF possui 60 salas de aula climatizadas, um auditório central com capacidade para 500 pessoas, três mini auditórios para cem pessoas cada; um salão de exposição; um restaurante; uma cantina; estacionamento; salas para coordenações de curso, tutoria e de administração patrimonial. Atualmente, o prédio abriga cursos de Graduação e Pós-Graduação. Assim como o Centro de Convenções, o Centro Pedagógico Paulo Freire também serve de espaço para eventos e exposições, a exemplo da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho de 2012, e que teve a maior parte de suas atividades e ciclos de debates realizados nas estruturas do Centro Pedagógico, especificamente nas suas instalações arquitetônicas que já se encontravam concluídas a época.


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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

DESTAQUE - CAPA

O Centro de Convenções

Fachada do Centro de Convenções, localizado na Cidade Universitária, Campus do Bacanga

O Centro de Convenções é considerado o maior espaço para realização de eventos no Maranhão. Sua obra teve início em janeiro de 2011 e término em novembro de 2013. Possui uma área de 8 mil e 802 metros quadrados, com capacidade para mais de 5 mil pessoas. Suas dependências físicas são compostas por quatro mini auditórios com capacidade para cem pessoas cada um; além de uma cozinha industrial; cantina; salas de administração; almoxarifado; uma sala de som e o setor administrativo. Em 2013, o Centro recebeu em seu espaço a cerimônia de colação de grau dos estudantes dos cursos da Cidade Universitária do Bacanga, que antes eram realizadas no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana. Ao todo, as duas obras custaram R$ 31 milhões, 815 mil e 400 reais, e tiveram como fontes financiadoras o Ministério da Educação e emendas parlamentares individuais do senador Lobão Filho, no valor de

Ter uma Universidade de referência em um Estado com indicadores baixos é fundamental para que haja uma reversão da realidade existente. As bases que foram estabelecidas aqui jamais irão retroceder. Eu espero que a UFMA continue avançando, e que possa sempre ser um exemplo no país ao contribuir para a melhoria da qualidade da educação no Maranhão. Ministro da educação, José Henrique Paim, durante a inauguração do Centro de Convenções e do Complexo Pedagógico Paulo Freire.

R$ 100 mil reais; do deputado federal Domingos Dutra, de R$ 600 mil reais; além de emenda parlamentar de bancada no valor de R$ 9 milhões e 668 mil. Segundo o reitor da UFMA, o Centro de Convenções e o Complexo Pedagógico Paulo Freire fazem parte do maior processo de transformação pelo qual a Universidade já passou ao longo dos seus 47 anos. “A UFMA possuía problemas graves de infraestrutura, e precisava se expandir, acompanhando o crescimento exponencial gerado pelas novas ofertas de cursos e o aumento de vagas, isso, claro, de maneira sustentável”. O dirigente da Instituição ressaltou também que estas transformações só foram possíveis devido ao vigor e a competência empregada pela equipe que compõe a atual Administração Superior e a comunidade acadêmica, hoje com a autoestima elevada. Já o ministro da educação, José Henrique Paim Fernandes, afirmou durante a solenidade que a Universidade Federal do Maranhão é hoje uma referência no Ministério da Educação, servindo de exemplo para outras instituições públicas. “Queria dizer que eu não poderia deixar de estar aqui hoje para testemunhar aquilo que, de longe, eu venho acompanhando há muito tempo, que é a grande transformação que esta Universidade vem passando. Eu assumi recentemente o ministério, e estas são uma das primeiras placas que tenho a oportunidade de descerrar, então vou guardá-la em minha mente. Como o educador Paulo Freire dizia, a educação sozinha não muda a sociedade, mas sem educação nós também não mudamos a sociedade, e o que estamos vivendo aqui é exatamente isso. Estamos mudando a sociedade do Maranhão a partir da educação, disse o ministro.

Falando Nisso Assim como o Complexo Pedagógico Paulo Freire e o Centro de Convenções, outros espaços dentro da UFMA também tiveram suas placas de inauguração recentemente descerradas na Cidade Universitária, Campus do Bacanga. A concha acústica, a quadra poliesportiva (2), e a sede do Núcleo de Esportes foram inauguradas no dia três de junho, em solenidade que contou com a presença do ex. deputado federal, Flávio Dino, o deputado federal Domingos Dutra, que aplicaram emendas parlamentares individuais e de bancada, totalizando o valor R$ 950.125,37, para construção das novas infraestruturas que servem a comunidade acadêmica. O Núcleo de Esportes da Universidade levou a maior parte do investimento parlamentar. A sede do

Núcleo foi ampliado, ganhou laboratórios e auditório utilizados não apenas para o ensino, mas também para o desenvolvimento dos projetos que beneficiam a sociedade civil, sobretudo, à comunidade do entorno da UFMA. O ginásio poliesportivo (2) possui quadra coberta, e está apto a receber a prática de futsal, handebol, basquetebol e voleibol, auxiliando a prática esportiva nas dependências da Cidade Universitária. Já a concha acústica é o maior espaço cultural da UFMA, e tem capacidade de abrigar apresentações para um público de quatro mil pessoas. “Esses obras ampliam as possibilidades da prática universitária e do atendimento a comunidade”, finaliza o diretor do Núcleo de Esportes, Francisco Navarro. 9


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PELO MUNDO

Ciência Sem Fronteiras: do Brasil para o mundo O Programa vai enviar mais de 69 estudantes para diversos países até o mês de setembro deste ano >> ARLAN AZEVEDO

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O estudante de Ciências da Computação, Nigel da Silva Lima aguarda ansioso o início do seu intercâmbio que vai realizar por meio do Ciências Sem Fronteiras

Ciência Sem Fronteiras (CSF) é um programa de intercâmbio e de mobilidade internacional que incentiva os estudantes das Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, da Graduação e da Pós-Graduação, a ingressarem em universidades de outros países para complementação dos seus estudos. Os estudantes de diversas áreas, como os da saúde, das engenharias e das ciências em geral, mais voltadas para o campo das tecnologias, podem estudar em universidades de países da América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) participa do CSF desde 2011, e já promoveu o intercâmbio de 322 estudantes para o exterior. Agora, se prepara para enviar até setembro deste ano 69 novos estudantes para universidades dos quatro continentes, por meio deste programa. O aluno do quarto período do curso de Ciências da Computação, Nigel da Silva Lima, nasceu na cidade de Barra do Corda, a 445 Km de São Luís. Para desenvolver seus estudos precisou sair de casa em 2012, e transformou a capital maranhense em seu novo lar. Entretanto, nos próximos dois anos seu endereço deve mudar mais uma vez porque ele foi contemplado na chamada do último edital do programa Ciências Sem Fronteiras para estudar em uma universidade

da República da Irlanda, na Europa. “Após ser selecionado pelo programa, recebi uma lista de universidades, e manifestei interesse pela National University Of Ireland-Galway que me aceitou como aluno durante meu período de intercâmbio. Pretendo aproveitar ao máximo a experiência, inclusive desenvolvendo contatos profissionais, já que a Instituição que eu escolhi mantém vínculos com empresas de todo o mundo, como o Facebook, Intel, dentre outras, facilitando o contato dos estudantes com o mercado de trabalho”, diz.

Como posso participar das próximas chamadas doCSF? As inscrições para o programa acontecem por meio de editais disponibilizados no site do programa, e variam conforme os destinos. Os primeiros passos para a participação no programa são a realização de um teste de proficiência em inglês, e uma nota mínima de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), além de ter que cumprir entre 20 a 90 por cento de integralização no seu curso. Por fim, com todos os requisitos do edital preenchidos, um conjunto de professores forma um comitê para a avaliação e o acompanhamento dos candidatos para selecionar os mais empenhados para o ingresso no programa.

NOTAS RÁPIDAS

Universidade vai construir Núcleo de Arqueologia Localizado no Centro Histórico, o Núcleo vai abrigar um acervo com cerca de 70 mil peças encontradas em escavações da refinaria no município de Bacabeira

Em breve, mais um prédio do centro histórico servirá como espaço para as atividades da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Trata-se do prédio da antiga Fábrica Progresso, localizado próximo ao Mercado Central, no centro de São Luís, onde as instalações, atualmente em completo abandono, vão abrigar o Núcleo de Arqueologia da Universidade. O prédio da Fábrica Progresso, cedido à UFMA pelo Governo do Estado, possui 400 mil e 400 metros quadrados, e será totalmente restaurado por meio de recursos 10

da multinacional Petrobrás, que vai aplicar R$ 11 milhões neste projeto, e que serão repassados à Instituição de Ensino Superior, via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Após a requalificação, o Museu de Arqueologia, que será aberto à visitação, abrigará mais de 70 mil peças encontradas nas escavações feitas durante a terraplanagem da refinaria Premium, no município de Bacabeira, e servirá como local para investigação científica, onde pesquisadores desenvolverão estudos sobre a Arqueologia maranhense.

Representante do Ministério do Esporte realiza visita técnica a Pista de Atletismo da UFMA No final de maio, o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, realizou visita técnica à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde conferiu o andamento da instalação da Pista de Atletismo da Instituição, que leva investimentos do ministério que Leyser representa. Com a primeira fase de montagem já finalizada, a pista de Atletismo teve sua estrutura principal importada da Noruega, e foi trazida de contêiner diretamente do Canadá até o porto do Itaqui. Quando concluída, terá capacidade para 48 modalidades de atletismo, tais

como salto em distância, salto com vara e lançamento de discos, dentre outras. O secretário Ricardo Leyser, que é o responsável no Ministério do Esporte pela preparação dos atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, disse que essa pista de atletismo corresponde ao legado que os Jogos Olímpicos de 2016 pretendem deixar na infraestrutura do esporte brasileiro, e assegurou a alta qualidade do empreendimento que será capaz de abrigar qualquer competição nacional e internacional, impulsionando o esporte maranhense e a descoberta de novos talentos.


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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

EMPREENDER

Estratégias de visibilidade para atrair jovens empreendedores Para propor a experiência do mercado de trabalho, Departamento de Empreendedorismo aposta em incentivos e em novas formas de se comunicar com o público universitário

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o término da Graduação, os estudantes universitários se deparam com dois caminhos possíveis. Podem optar por seguir uma carreira acadêmica ou voltar-se para o mercado de trabalho. Neste último caso, ser empreendedor é um imperativo para quem busca colocações no mercado de trabalho e, assim, cabe às instituições de ensino superior a função de desenvolver também esta competência. Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), fomentar a criação de projetos e a prática da negociação dentro de uma cultura empreendedora tem sido a função do Departamento de Empreendedorismo (Demi), que agora busca atrair a comunidade acadêmica para as vivências que a prática empreendedora e de inovação dentro da ambiente universitário podem trazer. “Não faz parte da cultura universitária, da maioria do país, envolver as duas atividades (formação para o mercado de trabalho e formação para a carreira acadêmica). A proposta para a criação de um departamento que lidasse com o empreendedorismo surgiu na década de 90, mas não houve consolidação da ideia. Em 2010, o projeto voltou a ganhar força e o Departamento foi criado na UFMA”, conta o coordenador do Demi, Areolino Neto, sobre a atividade que tem permitido com que estudantes, durante a Graduação, compreendam as especificidades que a formação superior lhes garante no mercado de trabalho.

Comunicação: o público e o acesso ao Demi As dificuldades em apresentar à comunidade acadêmica o empreendedorismo e seus conceitos focados no intercâmbio entre a academia e o mercado de trabalho têm sido superadas com a utilização dos meios de comunicação. O Demi possui uma fanpage na rede social Facebook, está desenvolvendo um site próprio e, agora, conta com um programa radiofônico, em veiculação desde maio deste ano. O programa conta com a apresentação das atividades realizadas pelas empresas juniores e empresas incubadas, além da divulgação dos editais, proporcionando um maior conhecimento do departamento. “As empresas vinculadas ao Demi realizam muitas atividades, como apresentações de seminários, organização de oficinas e mini-cursos objetivando aumentar o conhecimento sobre as inovações e opor-

>> ARLAN AZEVEDO

tunidades dos alunos no mercado de trabalho. Com o programa de rádio, transmitido no site da UFMA e na Rádio Universidade, as ações e o departamento ganharão maior visibilidade”, explica a responsável por toda a produção e a divulgação de conteúdo do Demi, Amy Loren.

Um novo prédio para uso exclusivo da Incubadora e das empresas juniores Em março deste ano, o Demi completou quatro anos de criação. Em comemoração, pode-se destacar a construção do seu novo prédio onde passará a funcionar, também, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Estado do Maranhão. Segundo o coordenador do Departamento, Areolino Neto, há seis empresas incubadas e três na fila para a incubação. “Algumas empresas juniores conseguiram espaço para atuar, mas, com a dispersão delas, é difícil dá o apoio necessário. As empresas incubadas, como não servem somente à Universidade, e têm contato com o mercado de trabalho, quando forem instaladas no novo prédio, amplificarão e consolidarão essa troca entre a academia e o mercado”, destaca Areolino.

Incentivo por meio de apoio financeiro e intelectual A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Estado do Maranhão atende a um público maior que as empresas juniores e auxilia os estudantes da Graduação a estruturar, a consolidar sua imagem no mercado, além de fomentar a pesquisa dentro de uma empresa, contemplando outros empreendedores – mesmo os que nunca passaram pela Universidade. Anualmente, o Demi lança um edital com informações sobre o que é necessário para se inscrever no programa da Incubadora e quais os pré-requisitos para isso. Após a inscrição realizada e toda a documentação entregue ao Departamento de Empreendedorismo, uma série de critérios são avaliados até que a empresa seja escolhida. Os principais critérios são o conteúdo tecnológico e inovador dos produtos, processos ou serviços a serem ofertados, o plano econômico e financeiro, e o plano de negócios. A empresa assistida pela INCUBEM conta com o apoio financeiro e intelectual, visto que os estudantes e os professores dos cursos que

mais se aproximam da proposta da empresa, auxiliarão na formação desta. Os serviços, incluindo instalações físicas, assessoria de comunicação, orientações jurídicas terão duração de dois anos, podendo ter a prorrogação de mais um ano. As Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação são outra ação implementada na Universidade, e que tem como objetivo financiar projetos com ênfase em inovação tecnológica aplicáveis ao mercado de trabalho e que promovam a interação entre a academia e a comunidade. Os editais que ofertam bolsas também são anuais e contêm especificidades. Para se inscrever no

edital, o projeto deve conter uma proposta apresentando o docente proponente, a quantidade de bolsas requisitadas, além de descrever como o projeto se enquadra na ideia do PIBITI. Os critérios para a seleção dos projetos inscritos levam em consideração a capacitação e a participação dos professores proponentes em outros projetos relacionados à área tecnológica, além do nível de inovação da proposta. A bolsa tem duração de um ano e cada proposta deve conter apenas um bolsista. Todos os editais dos processos seletivos para o incentivo do Departamento de Empreendedorismo são divulgados no portal da Universidade.

Saiba quais cursos da UFMA possuem uma Empresa Junior LABOTUR • Turismo

EJECON • Economia

CONNECTION • Computação

MARISMA • Oceanografia

EJEL • Engenharia Elétrica

ECOJAGRO • Agronomia

QUARQI JR. • Química Industrial

ESTALO • Design

NOVAMENTE • Psicologia

CONTABILITAD • Contabilidade

ACQUA JR. • Ciências Aquáticas

ACTIO • Ciências Sociais

GEOTEC • Geografia

CONNECTIVA • Comunicação Social

MUTUAL • Ciências Biológicas

Cinco passos para a criação de uma Empresa Junior

É importante saber que cada curso de graduação da Universidade pode contar com apenas uma Empresa Junior. Caso o seu curso ainda não tenha sua incubadora, aí vão os passos

É necessário reunir um grupo de estudantes com o mesmo objetivo, tendo uma quantidade suficiente para ocupar os cargos que serão criados na empresa Apresente a ideia da empresa a um professor do curso, a fim de que ele possa ser o coordenador deste projeto, que é caracterizado como de extensão universitária Os estudantes, juntamente ao professor, devem formular uma proposta, especificando o objetivo, as diretrizes, e os serviços, além de um prévio orçamento necessário para a criação da empresa Apresentar a proposta formulada ao Departamento de Empreendedorismo, localizado no prédio da Biblioteca Central, na Cidade Universitária da UFMA Com a proposta em mãos, uma comissão do DEMI, após avaliação, irá indicar melhorias no projeto de criação da empresa, caso seja necessário, ou iniciar o trabalho para a criação da Empresa Júnior

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

UNIVERSIDADE

Extensão universitária: uma lição que a UFMA está cumprindo A Universidade se aproxima da comunidade e alcança milhares de pessoas por meio de seus projetos e ações

Foto: Arquivo pessoal do projeto

Por meio de eventos nacionais e internacionais que acontecem durante todo o ano, a Universidade socializa conhecimento junto a Sociedade Civil Foto: Luís Felix Rocha

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Crianças do projeto Jovens com a Bola Toda realizam plantação simbólica de mudas na Cidade Universitária

serviços oferecidos, com uma média de 139 mil atendimentos realizados, tudo dentro das instalações da Universidade Federal do Maranhão, que mobilizou também os seus profissionais, discentes e docentes promovendo a cultura do voluntariado dentro da Instituição, e permitindo com que benefícios nas áreas da saúde, da educação, do meio ambiente e da cidadania chegassem, sobretudo, a população das imediações da Cidade Universitária do Bacanga.

Línguas e Cultura do Maranhão Outro exemplo de ação pelo qual a Universidade se aproxima da comunidade está no projeto Línguas e Cultura do Maranhão, que oferece aulas de inglês gratuitamente à comunidade desde 2013. Este projeto que é atualmente o maior da UFMA beneficia 1.500 alunos da rede pública de ensino, e conta com uma metodologia com foco comunicacional, abrangendo as quatro habilidades linguísticas: compreensão auditiva, fala, escrita e leitura.

Foto: Sansão Hortegal

mpliar fronteiras e beneficiar um número cada vez maior de pessoas significa dar condições para que histórias possam ser modificadas, e para que padrões culturais arcaicos possam deixar de ser reproduzidos, com base na troca entre o saber sistematizado - aquele que é aprendido na sala de aula; e o saber coloquial das relações cotidianas. Em instituições de ensino como nas universidades públicas, cujo financiamento público é que mantém a sua existência, esta forma de comunicar-se deve intervir na realidade social começa a ser discutida com mais frequência na década de 60, em meio às mudanças políticas e sociais da época. Cinco décadas depois, as instituições brasileiras debatem a efetiva indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão - tríade prevista constitucionalmente desde 1988 como alicerce da dimensão acadêmica do ensino superior. Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), eventos, cursos de curta duração, seminários, conferências e projetos nas mais diferentes áreas do conhecimento permitem o encontro entre a comunidade acadêmica e a sociedade civil, provocando o intercâmbio de ideias e de experiências. Somente em 2013, as ações da UFMA na área de extensão alcançaram um público de quase 300 mil pessoas, envolveram 2.525 estudantes universitários extensionistas, e tem buscado a cada dia, a consolidação de novas parcerias com outras organizações públicas, privadas e com o terceiro setor para efetivar o alcance de projetos e ações da Universidade. Uma das maiores provas disso tem sido a sua notória participação e o apoio dado ao maior evento social e cidadão do Estado: a Ação Global. Em 2014, a UFMA sediou pela terceira vez a Ação Global. Foram mais de dois mil voluntários e 200

>> ROBERTH MEIRELES

A UFMA é uma das principais parceiras da maior ação social do Estado - A Ação Global, que mobiliza a comunidade acadêmica em prol da cultura do voluntariado

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O curso tem duração de três anos, e conta com uma demanda crescente por novas vagas, sendo que em menos de um ano e meio, dobrou o número de vagas inicialmente ofertadas. As aulas do projeto são ministradas na UFMA pelos próprios acadêmicos do curso de Letras da Universidade e por voluntários, aos dias de sábado. Atividade permite com que acadêmicos também possam desenvolver competências na área da educação e didática da língua estrangeira.

Jovens com a bola toda E, se a capacitação na área do ensino de línguas é o foco de estudantes e professores do curso de Letras, o esporte visando o desenvolvimento de múltiplas inteligências e capacidades humanas é a bola da vez em um projeto da equipe do curso de Educação Física. Baseado na oferta de atividades diárias no Núcleo de Esportes da UFMA, o Jovens com a Bola toda atende a 180 crianças e jovens adolescentes, moradores da Vila Embratel e do Sá Viana. Compreendendo que todas as pessoas possuem potenciais e precisam de oportunidades para desenvolvê-los, o projeto Jovens com a Bola toda investe nas futuras gerações como potenciais sujeitos de efetiva participação social. Sãos jovens de oito a quinze anos que participam de atividades multidisciplinares, onde o objetivo é aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. A professora Naiara Sales que é coordenadora do projeto Línguas e Cultura do Maranhão opina sobre a lição de casa que a UFMA tem realizado na área da extensão:

Acho que a extensão da UFMA tem evoluído bastante. Com o projeto Línguas e Cultura, o Maranhão que era o único Estado do nordeste que não contava com um núcleo de ensino de línguas para a comunidade, hoje possui uma proposta que abraça todos os interesses da população. Eu sou fruto da extensão na minha formação, e posso dizer que a extensão está de cara nova. Considero que as possibilidades de explorar esta dimensão na busca por aproximar a Universidade da Comunidade tem sido cada vez mais alargadas na Instituição

Como a comunidade enxerga a UFMA? Durante a última edição da Ação Global, a Comissão Própria de Avaliação da UFMA – a CPA, aplicou um questionário a fim de avaliar a atuação da Instituição e a respectiva forma como ela enxerga a oferta de serviços da Universidade junto à comunidade externa. Mil participantes da ação social, na sua grande maioria moradores das comunidades do entorno da UFMA responderam ao questionário. Os dados colhidos serão tabulados e o resultado apresentará o nível de satisfação das pessoas com a Universidade. “Ao percebermos como a comunidade do entorno enxerga a Instituição poderemos pensar a melhor forma promover aproximação cada vez maior com as comunidades”, finaliza o presidente da CPA, Francisco Gilvan Lima Moreira.


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PESQUISA

Copa do Mundo 2014 movimentará o mercado turístico maranhense A realização do evento internacional no país atrairá novos fluxos turísticos, que podem transformar-se em oportunidades para micro e pequenos empreendedores

os turistas internacionais têm dois grandes desejos, conhecer a Foz do Iguaçu e os Lençóis Maranhenses. O Estado e a Secretaria de Turismo do Município estão desenvolvendo várias atividades como a capacitação da Sociedade Civil em cursos de idiomas para os taxistas e para os empreendedores da rede hoteleira receberem os turistas que desejam conhecer os Lençóis Maranhenses e o Centro Histórico de São Luís que possui a maior concentração de azulejos da América Latina; uma variada culinária típica, além da diversidade da cultura local. “São Luís possui muitas manifestações culturais já que, no mês da copa, acontecem os festejos juninos e a capital maranhense tem muitas atrações interessantes como o Tambor de Crioula, o Cacuriá e o Bumba meu boi para atrair os turistas”, disse Marcelino Soares. De acordo com Soares, na busca da compreensão do empreendedorismo comunitário, a copa do mundo de futebol da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) é um evento que vai muito além dos quatro cantos do campo, devido às grandes atrações tais como as diversas manifestações culturais, shows, sorteios e promoções - o que é para o comércio sinônimo de oportunidades. O

Apesar de não ter São Luís entre as capitais que vão sediar os jogos da Copa do Mundo 2014, o Maranhão deverá sentir os impactos do evento mundial no seu turismo

São Luís possui muitas manifestações culturais já que, no mês da copa, acontecem os festejos juninos e a capital maranhense tem muitas atrações interessantes como o Tambor de Crioula, o Cacuriá e o Bumba meu boi para atrair os turistas

Foto: Reprodução

Empreendedorismo Comunitário e a copa do mundo de 2014 no Brasil: Reflexões da Copa do Mundo de 2014 no mercado turístico de São Luís originou o tema da monografia do estudante da Guiné-Bissau do curso de Turismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Marcelino Mendes Soares. Segundo o turismólogo e participante do Programa de Estudante do Convênio de Graduação da UFMA, PEC-G, a sua monografia teve como objetivo analisar as possibilidades do alcance de ganhos com o evento internacional no Brasil, principalmente em relação aos negócios que podem ser realizados pelos micros e pequenos empreendedores de São Luís. Apesar da capital maranhense não sediar o evento, o setor empresarial pode prever muitas oportunidades de empreender negócios nas redes hoteleiras e aumentar a apresentação dos possíveis destinos turísticos que serão procurados durante o período de junho. “Desenvolvemos também uma pesquisa para conhecer os produtos turísticos e as estruturas mercadológicas que a cidade possui para atender às exigências do mercado, através da realização de entrevistas, junto às autoridades municipais e cooperativas comunitárias”, explicou. Ele explica que, ao longo da pesquisa constatou o potencial da cidade - trabalhando com as comunidades e associações comunitárias - na perspectiva de enfrentar o desafio de preparar o mercado de São Luís para a demanda da copa que, apesar de não ser uma cidade sede, será contemplada por estar na rota das cidades sedes, tais como, Fortaleza e Manaus. Segundo o Ministério do Turismo,

Foto: Luís Felix Rocha

>> MARIA NASCIMENTO

Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, os Lençóis Maranhenses estão entre os destinos mais desejados pelos turistas internacionais

Marcelino Soares, Bacharel em Turismo

importante nesse processo de entretenimento é o lazer e a inclusão social que passam a ser um mix da comunicação nas informações e na conscientização da sociedade que pode vir a lucrar com o evento internacional. Ele explicou também que trabalhou essa temática com a perspectiva de oferecer um retorno à sociedade local, mas, também porque considerou que existem outros fatores que o motivaram considerando o potencial do Estado e a cidade de São Luís que tem uma singularidade marcada por mais de 400 anos de história. Marcelino

Mendes Soares justifica que escolheu o tema devido a boa recepção e hospitalidade que teve no Brasil e em São Luís, em especial pela comunidade universitária, ou seja, pelos alunos, professores e amigos. “Foi um modo que encontrei de agradecer a essa sociedade que me acolheu bem. Vou sair daqui com uma formação que vai ficar pra toda a minha vida. Nada mais justo do que deixar um legado como este trabalho para as novas gerações, e espero que seja bem entendido como a lembrança de um relacionamento sociocultural entre guineenses e brasileiros” explicou. 13


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NO CAMPUS

Santo de casa faz milagre sim O programa da rádio Universidade FM projeta artistas e grupos culturais do Maranhão por meio da veiculação diária

Quase vinte mil minutos transmitidos de programação radiofônica inteiramente voltada à cultura maranhense. Essa foi a marca alcançada no último ano pelo Santo de Casa. No ar ha 26 anos, o programa se transformou no cartão de visita da rádio Universidade FM, e mais que isso, firmou-se como a mais sólida proposta de difusão cultural nas ondas do rádio maranhense. Criado em 1988, o programa nasce dois anos após a criação da Rádio. A sua ideia inicial de transmissão surgiu a partir da percepção, por parte da equipe do veículo de comunicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), da necessidade de divulgação de trabalhos, eventos, agenda cultural, assim como dos principais shows, exposições e lançamentos literários; entrevistas e musicas populares do Estado. A comunicadora Rosa Santos, primeira locutora responsável por comandar o Santo de Casa, mantém um acervo em sua casa, onde coleciona lembranças da época em que recebia em estúdio e mantinha contato direto com os novos, e já consagrados artistas, assim como com representantes de grupos populares do Estado. Ela relembra a timidez da proposta do programa no seu início. “Era um programa de apenas 30 minutos. Transmitíamos uma vez por semana no horário do meio dia. As pessoas dizem que o maranhense não gosta de música local, mas não é bem assim. Quando iniciamos o projeto do Santo de Casa, as pessoas começaram a pedir muitas músicas. Sinal de que

Foto: Fabiana França

>> Letícia Mourão

No comado do programa há 20 anos, a locutora Gisa Franco sente-se realizada por ter sua imagem profissional atrelada a uma proposta de programa cultural tão sólida que é o Santo de Casa.

Vejo o Santo de Casa como o primeiro programa a conseguir efetivamente estreitar a relação entre os ouvintes, RadiUn e artistas maranhenses Rosa Santos, primeira locutora do programa Santo de Casa

Representantes do grupo de cultura popular Bumba meu boi da Maioba participam ao vivo do programa na rádio

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gostavam sim de ouvir a produção local. Faltava um programa que oferecesse este tipo de variedade”, conta. Ao recordar dos momentos marcantes de sua atuação no Santo de Casa, ela destaca quando Leci Brandão concedeu uma entrevista à rádio Universidade FM. “No momento de entrevista estava tocando a música “Rosa Maria”, de Josias Silva Sobrinho, e a cantora Leci Brandão gostou muito. Nós fizemos ‘a ponte’ ao vivo, o que resultou na gravação da música pela cantora. Deste modo, vejo o Santo de Casa como o primeiro programa a conseguir efetivamente estreitar a relação entre os ouvintes, RadiUn e artistas maranhenses”, ressalta. A receita do sucesso do programa Santo de Casa, os profissionais da Rádio não escondem. A locutora que está à frente da atração há 20 anos, Gisa Franco, atribui os méritos do programa, em grande parte, à equipe de produção. “O Santo é o único, entre as emissoras FM, que se dedica a tocar a musica maranhense. Eu tenho um carinho muito grande por ele, e orgulho por ter minha imagem profissional atrelada ao programa. Quando se fala Gisa Franco se pensa em Santo de Casa. Respeito muito esse programa, e os profissionais que são responsáveis por levá-lo ao ar”, declara. Até chegar aos ouvidos do público, o programa percorre um trajeto


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NO CAMPUS

que tem início na seleção e aprovação das músicas por parte do coordenador geral da rádio, Paulo Peregrine, e pela equipe de programação – que analisa a qualidade dos áudios. Logo após, é enviada uma lista das músicas selecionadas para o setor de produção da rádio. Nesta frente de trabalho específico, o Santo de Casa ganha forma por meio da criação do script - documento que orienta a locutora durante a transmissão; e de uma segunda seleção das músicas que vão fazer parte da edição diária do programa radiofônico. Atualmente, a produção do Santo de Casa é realizada por sete estagiários sob a coordenação da jornalista Paula Brito. Os setor produz por ano uma média de 317 programas Santo de Casa e seis acústicos – modalidade bimestral do Santo de Casa, dedicado a homenagear um determinado artista maranhense, em que ele conta um pouco da sua carreira e os projetos em voga. “Nós somos

Setor de produção da RadiUn, local onde o Santo de Casa recebe a forma que vai ao ar todo os dias

Os profissionais responsáveis pela transmissão diária da atração atribuem grande parte do sucesso a equipe de produção que é coordenada pela jornalista Paula Brito

muito procurados. Recebemos material por email e pelas redes sociais. Os grupos pequenos que estão começando procuram o programa para divulgarem os seus trabalhos. Na produção, se o ouvinte requisita uma canção, e se esta não consta no cadastro, isso não é problema, pois nós vamos atrás”, garante a coordenadora de produção da Rádio. Dos desafios de produção, quem também entende bastante sobre o assunto é o cinegrafista, Jurandir Serra, profissional da comunicação há mais de vinte anos. Ele trabalhou na rádio Universidade FM nos primeiros anos de sua criação, período em que o processo de captura e gravação de músicas na emissora eram desafiadores devido à falta de tecno-

Ao recordar sobre a época em que era locutora do Santo de Casa, a comunicadora Rosa Reis, revela lembranças e reafirma a importância que o programa tem até hoje para a cultura maranhense

logia que dispunham. “Eu e os demais colegas da Rádio realizávamos a gravação das músicas para o programa por meio de gravação de voz em shows da capital e do continente. Analisávamos o som e escolhíamos a música desejada pelo ouvinte. Logo depois, era feita a edição do áudio e aquela canção passou a fazer parte do nosso acervo musical”, explica. Para aumentar tal acervo, que na época era pequeno, eram feitas viagens como forma de expandi-lo. Os eventos que aconteciam pelo Estado eram acompanhados pela equipe e o material trazido para a rádio. Jurandir Serra recorda o prazer que ele tinha na execução do seu trabalho e das viagens em equipe no Fusquinha de Rosa Santos. “Não tínhamos

tantos recursos. Naquela época não tinha essa tecnologia que temos hoje. Era gostoso o trabalho de rua. Viajávamos para assistir as apresentações de cacuriá, Bumba meu boi, festa do divino, por exemplo. Depois das gravações emendávamos as fitas de rolo. Um trabalho complicado, porem tínhamos satisfação em executá-lo”, completa, Jurandir Serra. Com uma reputação construída por meio da abertura e acessibilidade que o público tem de chegar até a equipe de produção do programa, pelo Santo de Casa desfilam personalidades dos mais variados nichos culturais. O representante do grupo de bumba meu boi da Maioba, Osvaldo Sousa, por exemplo, diz não saber, ao certo, quantas vezes

já compareceu ao programa para divulgar os eventos relacionados ao grupo. “Fico feliz quando vejo pessoas interessadas no fazer cultural maranhense. É um programa que ajuda a mostrar o que os grupos e artistas locais estão produzindo. Uma bela iniciativa, e que dá bastante repercussão. É uma das principais formas do grupo se comunicar com o seu público”, diz, reforçando a afirmação de que o Santo de Casa - programa genuinamente maranhense - faz milagre sim. O acústico Santo de Casa é transmitido no primeiro domingo a cada dois meses, no horário das 20h. Diariamente pode ser sintonizado na 106,9 FM ou no site da emissora no horário das 11h às 12h. 15


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INFRAESTRUTURA

UFMA torna realidade a construção do seu Núcleo de Artes O espaço, que é uma reivindicação antiga de três cursos, será construído em uma área de nove mil metros quadrados, e deve ser entregue no segundo semestre de 2015 >> Luís Félix Rocha

Para estimular o ensino, a pesquisa e a extensão desenvolvidos por professores e alunos dos cursos de Artes Visuais, Teatro e Música, um prédio, a ser construído ao lado do Centro de Convenções, abrigará o futuro Núcleo de Artes. O prédio de dois pavimentos atenderá os três cursos em um espaço de nove mil metros quadrados e o projeto arquitetônico encontra-se em processo de licitação, já que as obras deverão ter início ainda este ano, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2015.

O Núcleo de Artes será um espaço para o desenvolvimento de vivências artísticas e pedagógicas e, deste modo, contará com uma galeria de arte, uma sala de cinema e laboratórios para a realização de diferentes matrizes artísticas, como a pintura, o desenho, a fotografia, a escultura e a cerâmica, além de salas de aula e de multimídia. O curso de Teatro, por exemplo, passará a contar com uma sala para a caracterização cenotécnica, expressão vocal, corporal, sala de dança e um auditório com dois ca-

Ana Valéria Lucena Lima

marins e um palco. Já o curso de Música ganhará uma infraestrutura especialmente pensada para abrigar livros, partituras e acervo sonoro. Somado a isso, o prédio contará também com uma sala de gravação, laboratório de musicalização e regência para piano e violão, além de salas de aula, de estudo e informática para uso dos alunos e professores. Para o reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho, “o Núcleo de Artes é o cumprimento de uma antiga

Ricieri Carlini Zorzal

Estudante do curso de Educação Artística

Chefe do Departamento de Música

O Núcleo representa um avanço para o curso de Educação Artística, que se renovou recentemente sob uma nova nomenclatura que é a de Artes Visuais. Como temos muitas disciplinas em que precisamos realizar a prática, o novo espaço que será construído vai permitir com que elas aconteçam de forma plena. Nós estamos muito felizes em saber que a UFMA está investindo nas Artes.

Com uma estrutura física condizente com suas necessidades, abrem-se perspectivas de criação também dos bacharelados em teatro, música e da criação do curso de Dança, assim como uma Pós-Graduação em artes. Mais do que ser um Núcleo, espero que este espaço seja um Centro polivalente de expressões, e sirva a toda comunidade acadêmica e também do entorno.

João Vitor Vieira Pinto

Vinicius Viana

Com a construção do Núcleo de Artes, creio que o curso ganhe maior visibilidade. Espero que a nova infraestrutura realmente possa mobilizar todo o Departamento de Artes e que os estudantes possam produzir mais e melhor por meio deste investimento que reforça como a Universidade vem apoiando as nossas produções.

Este Núcleo reflete o que está aconte-

Estudante do curso de Teatro

Estudante do curso de Música

cendo de melhor no nosso curso. É uma iniciativa que faz os alunos se empolgarem, e, assim, produzirem mais eventos e trabalhos acadêmicos. Com um espaço como este, poderemos sediar eventos, como o Encontro Nacional de Estudantes de Artes e o Encontro Nacional de Estudantes pela Diversidade Sexual.

João Luz Cosmo da Silva

José João Santos Lobato

Com a construção do novo prédio, teremos espaços e materiais para as nossas atividades artísticas. Estamos muito contentes com esse ganho que não é só nosso, mas de toda a UFMA.

O curso de Artes teve já como sede o Instituto de Letras e Artes, e agora ganhará uma nova morada. Eu fui da segunda turma do curso, e voltei à UFMA como professor. Assim, avalio que o Núcleo representa um novo momento para as graduações (artes visuais, teatro e música) que compartilham o mesmo objetivo que é formar recurso humanos para atuar na educação básica.

Estudante do curso de Artes Visuais

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reivindicação da área acadêmica, e que deverá ser atendida. Isto, por que o curso de Artes que foi criado em 1970 já ocupou diferentes estruturas como o Instituto de Letras e Artes, e atualmente o Centro de Ciências Humanas, sendo que agora terá pela primeira vez na sua história terá um espaço próprio, e com instalações adequadas às necessidades do mundo contemporâneo, permitindo a prática e o estudo de todas as linguagens artísticas, assim como o trabalho de extensão com a sociedade civil”, diz.

Coordenador do curso de Artes Visuais


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