UFPB Em Revista 17

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UFPB Ano III . Número 17 - Agosto 2016

“Fora Temer”

Marca lançamento de livro “Resistência ao Golpe de 2016”, no auditório do CCJ

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Equipe UFPB em Revista

Derval Golzio Editor

Sumário 4• Editora não imprime livros e professores protestam 5• Projetos são os pioneiros na produção de e-Books

Diego Fontes Redator/Estagiário

7• Aluno de História promove o Repasse Literatura 8• Aruandando no Campus estreia exibição de curtas 10• Leishmaniose é tema de Ciclo de Debates do Nesc

Darlinton Andrade Redator/Estagiário

12• Apoio Matricial à Saúde da Família é tema de curso 14• Estrutura deficitária compromete acessibilidade 16 • RESISTÊNCIA AO GOLPE Lançamento do livro Lota auditório do CCJ

Emilia Cavalcante Redator/Estagiário

Kamilly Lourdes Projeto Gráfico e Diagramação

CONTATO ufpbemrevista@gmail.com facebook.com/ufpbemrevista João Pessoa - PB Agosto- 2016

18• Alunos da UFPB são premiados no Intercom


Editorial A publicação UFPB em Revista passa, a partir deste número, a adotar parceria com o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc) da UFPB e destinará espaço para informar as suas ações. Não que antes não pudesse nem devesse registrar as importantes atividades do Nesc, mas por entender que o reforço em termos comunicacionais às suas ações significa um aporte importante na melhoria da saúde pública brasileira. Os esforços para estreitar a relação entre parcela significativa dos que fazem e pesquisam a saúde pública e os usuários do Sistema Único de Saúde, sem sombra de dúvidas, poderão ampliar a sua eficácia se mediados por uma comunicação que atenda aos requisitos. Neste sentido, a aproximação de duas áreas tão importantes – saúde e comunicação – contribuirá ainda mais com as melhorias necessárias ao atendimento da população brasileira. Na atualidade, a saúde pública a tem recebido uma série de ameaças de representantes governamentais. O fim do Sistema Único de Saúde chegou a ser pautado pelo ministro da saúde, Ricardo Barros. Em recente entrevista à Folha de São Paulo o ministro foi taxativo: “não vamos conseguir atender sustentar o nível de direitos que a Constituição determina. Em determinado momento, vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou aposentadorias e outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las.” Outras ameaças à saúde pública, feitas pelo ministro Ricardo Barros, dizem respeito aos Programas Mais Médicos, Farmácia Popular e SAMU. A modificação orçamentária em vários programas, como o Farmácia Popular, retirou R$ 315 milhões dos R$ 2,7 bilhões previstos para este ano. Na mesma direção, Barros informou que o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), só dispõe de verba até o mês de agosto. O estreitamento das relações entre Comunicação e Saúde não tem o poder de barrar tais iniciativas por parte do governo interino. Mas a aproximação pode e deve resultar em uma melhor acolhida aos usuários e, sobretudo, mais e melhores cuidados à população.


Editora não imprime livros e professores protestam Reportagem: Emília Cavalcante

Professores do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA) com livros a serem impressos pela Editora Universitária há mais de dois anos admitem que responsável confeccione as publicações em forma de e-books, mas exigem que a direção do órgão também os imprima, mesmo em quantidade inferior a acertada inicialmente, para diminuir o prejuízo causado. Os livros submetidos desde o início de 2014, provenientes dos diversos Programas Pós Graduação, cujos objetivos de fomentar a produção acadêmica e melhorar os conceitos dos Programas de Pós Graduação na Universidade, tem sido comprometidos pela defasagem no processo de publicação. Um total de 240.000 R$ (duzentos e quarenta mil reais) em recursos, foram empenhados para a produção, parte deles do CCHLA e também da PROAP/ PRPG (Programa de Apoio à Pós-graduação/ Pró-Reitoria de Pós 4

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Graduação). De quase 80 livros submetidos em 2014, 70 foram aprovados para serem editados pela Editora UFPB. Passados quase três anos da publicação do “edital de Pró-publicação”, lançado no final de 2013, pela PRPG (Pró-Reitoria de Pós Graduação), 53 foram impressos e os demais ainda aguardam conclusão. Segundo a Professora Izabel França, Diretora da Editora Universitária, a demora no processo não se concentra no editorial, que hoje trabalha com uma equipe de 10 diagramadores, mas consiste no Conselho Editorial por qual passam os livros a serem publicados. “O livro deve atender aos critérios próprios de um texto acadêmico. Para isso, existe uma banca de avaliadores de acordo com as áreas de conhecimento que incluem as ciências (Humanas, Sociais Aplicadas, Agrárias, Multidisciplinar, Letras, Linguís-

tica, Exatas e Biológicas), explica Izabel ”. Os livros são encaminhados sem indicação de autoria, para o Conselho e avaliados por no mínimo, dois professores doutores da área que o livro pertence. Em caso de divergências de votos entres dois avaliadores, o livro é submetido a um terceiro avaliador a fim de ser aprovado. A F & A gráfica de João Pessoa, empresa que ganhou a licitação em 2014 é a atual responsável pela produção gráfica dos escritos, que até o final de agosto de 2016 estarão nas mãos dos autores, garante a responsável pela Editora Universitária. Em uma reunião recente com a direção do CCHLA, Izabel França informou a indisponibilidade em fazer a impressão do empenho dadas dificuldades em decorrência da revisão de valores contratuais com a Gráfica. Ela sugeriu ainda que os livros fossem publicados numa versão e-book, para posteriormente ser entregues os livros impressos.


Projetos são os pioneiros na produção de e-Books Reportagem: Darlinton Andrade

pessoas que gostam de um determinado tema em comum), quadrinhos e livros teóricos sobre quadrinhos e artes visuais. Henrique destaca que o projeto é algo continuo e de grande importância para a comunidade acadêmica, pelo fato de divulgar trabalhos de autores que não abrangem espaço no mercado, além de fazer publicações de livros e trabalhos acadêmicos que servirão de base para novos estudos que enfatizam o tema.

Henrique Magalhães (idealizador do projeto Marca de Fantasia)

Os livros eletrônicos/digitais (e-Books) tem se tornado uma das alternativas mais importantes em termos de divulgação da produção científica para muitos professores. Na instituição, existem dois projetos pioneiros na criação de e-Books, o Marca de Fantasia e o e-Livre, desenvolvidos pelos professores Henrique Magalhães e Marcos Nicolau,

respectivamente. O projeto de extensão Marca de Fantasia, que hoje faz parte de um mestrado e do Curso de Comunicação em Mídias Digitais, é uma criação do professor Henrique Magalhães. Na verdade, trata-se de uma Editora que visa a formatação e edição de revistas, livros, fanzines (publicações feitas por pessoas e para

Os trabalhos divulgados pela Marca de Fantasia, em sua maioria, possuem teor voltado para o público adulto, desenvolvidos com humor e aventura. Para Magalhães, as publicações seguem uma linha de reflexão capaz de fazer com que o leitor seja capaz de formar opinar através de críticas. O projeto da Editora foi formatado no ano de 1995 e ultrapassa uma marca de mais de trezentas publicações, incluindo os títulos originais e as reedições que vão sendo aperfeiçoadas ao longo do tempo. Henrique Magalhães lembra que os projetos desenvolvidos na instituição possuem um papel fundamental já que “possuem a finalidade de UFPB em revista

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fazer uma ponte entre a construção da ciência com a comunidade acadêmica” o que gera uma grande troca de conhecimentos. Diante do crescente interesse de mercado por e-books, e já com experiência em editoração e publicação de livros impressos, o professor Marcos Nicolau elaborou, em 2012, o projeto de extensão “Para Ler o Digital” que objetiva a pesquisa e a produção de livros digitais.

por alunos PIBIC, estagiários e voluntários. Para Marcos “a Universidade tem um compromisso muito grande com a produção e a democratização de conhecimentos. Sustenta-se no tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão. Essa última

é responsável por estender suas produções e pesquisas às comunidades com a quais convive, beneficiando-as. Como atividade didática, prepara melhor os alunos com atividades extra sala de aula, proporcionando-lhes oportunidade de aprendizagem em situações reais e até inovadoras.

Visto que estas são produções de atividades midiáticas para os alunos Departamento de Mídias Digitais - DEMID, o projeto foi transformado em Pesquisa PIBIC, o que ocasionou a elaboração de diversos artigos para congressos e, consecutivamente a premiação na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação - Expocom. Diante de grandes resultados foi criado o site e-Livre - livros eletrônicos livres, que possuí mais de 70 obras editadas. Para Nicolau, os benefícios do projeto para a comunidade acadêmica se dá através da contribuição e troca de conhecimento provenientes de dissertações e estudos, feitos na instituição. Todo este conteúdo é disponibilizado gratuitamente e como se trata de produções digitais, eles ficam acessíveis a qualquer pessoa. Todo trabalho de editoração dos livros e revistas digitais é feito pelos alunos do DEMID, participantes do projeto. É válido ressaltar que o eLivre é formado 6

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Marcos Nicolau (idealizador do projeto eLivre)


Livros doados para criação de uma biblioteca comunitária no bairro São José

Aluno de História promove o Repasse Literatura Reportagem: Darlinton Andrade

O estudante do curso de Licenciatura em História, da Universidade Federal da Paraíba, Emílio Figueiredo, está desenvolvendo o Projeto Repasse Literatura,que visa o recolhimento de diversos tipos de livros, com o intuito de fazer doações para instituições que carecem de um acervo capaz de suprir as suas necessidades. O projeto, segundo Emilio, surgiu a partir de uma reunião entre amigos e, inicialmente com o intuito de facilitar o acesso a leitura. Posteriormente, após manter alguns vínculos com professores e núcleos da instituição, o Repasse Literatura vem tomando grande proporção no meio acadêmico.

A iniciativa vem ultrapassando os muros da comunidade acadêmica. Além de possuir vínculo com a Universidade Federal da Paraíba, a ideia está ligada à outras instituições. Figueiredo afirma, que o projeto cooperou bastante na construção de uma biblioteca infantil no bairro do Padre Zé. Na instituição, o projeto já contribuiu em bibliotecas setoriais, na brinquedoteca do Hospital Lauro Wanderley e no LaborHis UFPB (Laboratório de História). O Repasse Literatura se mantem de doações de livros que não estão sendo utilizados e, logo após o recolhimento, acontece um processo de triagem onde acontece a seleção e repasse. É

válido ressaltar que qualquer pessoa pode fazer essa doação. Os pontos de entrega acontecem a partir do contato com um dos integrantes do projeto onde, os mesmos, vão até o doador para adquirir o material. Para manter o controle de doações e repasses, foi criado um termo de compromisso. Este documento deve ser assinado, tanto por quem doa como para quem recebe, mostrando que o doador cedeu seus livros para a instituição. Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o Repasse Literatura basta acessar a página do projeto no Facebook e pesquisar por “Repasse Literatura”. UFPB em revista

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Aruandando no Campus estreia exibição de curtas Reportagem: Emília Cavalcante

O Projeto Aruandando no Campus apresentou sua primeira edição na noite de 02 de junho, no Cine Aruanda do Centro de Comunicação Turismo e Artes (CCTA). A exibição incluiu os curtas-metragens: O Sinaleiro, de 8

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Daniel Augusto, O Diário de uma terra chamuscada, de Vinícius Angelus, Terceiro Prato, de Pablo Maia e o documentário Praça de Guerra, de Edi Junior, todos premiados na última edição do Festival Aruanda do Audiovisual Brasi-

leiro. Um rico debate encerrou a noite com personalidades do cinema nacional e local. Dentre os convidados, Fernando Teixeira, ator paraibano que esteve representando O Sinaleiro, curta-metragem,


Aruandando no Campus acontecem uma vez a cada mês durante o ano de 2016. O Projeto tem os objetivos de promover a diversidade cultural através de eventos que antecedem o XI Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, evento nascido na UFPB em 2005, e democratizar temáticas com estímulo às discussões da produção cinematográfica paraibana e regional. Para saber mais basta acessar www.festaruanda.com.br ou www.facebook. com/festaruanda.

Coordenador, Lucio Vilar ao lado dos convidados durante debate

adaptado do conto de Charles Dickens que o ator protagonizou. Teixeira ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelo Fest Aruanda, e parabenizou a equipe pela representatividade nacional que o festival tem conquistado.

Aruandando no Campus Circuito Audiovisual na UFPB, estreia como projeto de extensão que visa democratizar o acesso à produção audiovisual brasileira com a expansão do Festival Aruanda. As atividades de extensão do

Também marcaram presença no evento os demais diretores dos filmes apresentados, Lúcio Vilar, coordenador do projeto Aruandando no Campus e Produtor Executivo do Fest Aruanda e também o professor do Curso de Cinema, Fernando Trevas. Foi um momento oportuno para se discutir cinema e agregar demandas importantes como a relação ator- diretor, e direção de elenco. UFPB em revista

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Ronilson Paz (analista ambiental), Francisco de Assis (médico veterinário), Dra Laura Passerat e Antônia Lucia (Bioquímica)

Leishmaniose é tema de Ciclo de Debates do Nesc Reportagem: Darlinton Andrade

O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc), da Universidade Federal da Paraíba, em parceria com a Secretaria de Saúde promove o 1° de quatro ciclos de debates que tem como foco principal a discussão sobre a Incidência e Controle da Leishmaniose na Paraíba. A Leishmaniose é uma doença infecciosa que é causada por um parasita do gênero Leishmania. Segundo Anna Estella, organizadora, o que mais lhe motivou a montar este evento foi a sua participação em uma discus10

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são sobre um caso de raiva humana, que aconteceu no Estado de Pernambuco. Segundo dados, a doença possui uma grande incidência no Estado com 113 casos registrados. Além deste primeiro encontro haverá mais três ciclos de debates com grandes relevâncias para a Paraíba. É válido ressaltar que este evento é fruto de uma ideia que veio sendo trabalhada há mais de um ano e que, segundo Lenilma Bento (vice coordenadora do Nesc), tomou força devido ao projeto de extensão

Educação permanente: fortalecendo a vigilância em saúde no estado da Paraíba, da instituição. O evento, que reforça a ideia de prevenção da Leishmaniose, contou com a presença de veterinários, biólogos, bioquímicos e especialistas em saúde publica. Um dos palestrantes, o Médico Veterinário Assis Azevedo destacou os cuidados da doença quando encontrada em cães, já que a maioria dos casos são destacadas nesses animais. Azevedo ressalta que os donos devem manter um certo contro-


le diante dessa situação e saber a hora de tomar as providências cabíveis. Visando a saúde pública, foi apresentada a questão da eutanásia em animais infectados com o parasita Leishmania. Já que o procedimento implica no sacrifício do cão para se obter o controle da transmissão. Lenilma Bento afirma que este evento é um grande feito para o projeto junto à Secretaria do Estado por produzir algo que ultrapassa os muros da instituição. A mesma ressalta que o próximo Ciclo de Debates já está sendo organizado e acontecerá três meses após o °1.

Quadro de curiosidade Pesquisa aponta que estudos feitos na Universidade Federal de Minas Gerais pode evitar que cães com Leishmaniose sejam sacrificados. Segundo Rodolfo Cordeiro Guinchetti, coordenador da pesquisa “ a leishmaniose é uma doença que precisa do inseto para se espalhar, a ideia é bloquear o mosquito transmissor. Uma vez que o cão infectado recebe a vacina, o protozoário causador da doença não consegue infectar o inseto. Dessa forma, quebrase o ciclo da infecção. Assim, mesmo doente, o cão com leishmaniose visceral não teria importância na transmissão desse protozoário e poderia ser submetido ao tratamento, sem causar impacto para a saúde pública. A ideia é utilizar a vacina, inicialmente, em animais que já estejam infectados”.

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Apoio Matricial à Saúde da Família é tema de curso Reportagem: Emília Cavalcante

A abertura da 2ª edição do curso de apoio matricial dos NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família) foi realizada no auditório da Escola Técnica da UFPB, nos dias 14, 15 e 16 de julho de 2016. Oferecido em todo o país, o curso tem apoio 12

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do NESC (Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva) CCS/UFPB, FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz), Ministério da Saúde e SUS (Sistema Único de Saúde). O curso tem como um dos objetivos a qualificação dos profissionais da saúde básica para melho-

rar o cuidado e atenção prestados a população. O apoio matricial - uma estrategia criada para auxiliar o Programa Saúde da Família, por meio de profissionais que dão suporte as unidades básicas, integradas por médico, enfermeiro,


Apoio Matricial e de suas ferramentas junto à comunidade, ressaltando pontos de acesso à rede de serviços na Paraíba e ainda a apresentação do curso NASF e orientações gerais sobre o mesmo. Rejane Vieira, apoiadora da rede de atenção no ministerio da saúde, ressaltou a importância do evento para a educação permanente. “O que está sendo transmitido nos seis meses de curso refletirá no trabalho de todos os profissionais envolvidos”. O evento sobre Apoio Matricial também aconteceu nos municípios de Campina Grande (13/07/2016) e Patos- PB (18/07/2016). Já Morgana Kétsia, da Gerência de Atenção à Saúde enfatiza que as equipes do Saúde da

Família estão distribuídas em todo o território paraibano de modo que contemplam 199 dos 223 municípios do estado, com todas as modalidades NASF (I,II e III) presentes e conseguiram o 4º (quarto) lugar no ranking nacional do Ministério da Saúde em 2015. Na solenidade de abertura, compuseram a mesa o Prof. Dr. José da Paz Alvarenga (Coordenador do NESC), Rejane Vieira - Apoiadora Institucional do MS, Morgana Kétsia - Gerência de Atenção à Saúde, Dr. Edson Hilan Lucena - Departamento de Atenção Básica/Ministério da Saúde, Dr. José Gilliard Abrantes ( Coordenador de Atenção Básica/NASF- JP), Josenilma Assis - Coordenadora NASF em Cabedelo-PB e também alguns tutores do curso.

técnico de enfermagem e agente de saúde. Para equipes o apoio matricial disponibiliza especialistas da saúde e funciona como uma espécie de rodizio na atenção aos serviços básicos de saúde. Durante a programação, foi apresentado o funcionamento do

À esquerda Rejane Vieira, apoiadora institucional e Morgana Kétsia, gerencia de atenção à saúde, à direita

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Estrutura deficitária compromete acessibilidade Reportagem: Diego Fontes

Uma série de problemas que dizem respeito à acessibilidade na UFPB são registrados todos os dias. A ausência de estruturas, como rampas de acesso, ou problemas como calçadas intransitáveis e motoristas que ocupam, irregularmente, esses lugares são os problemas mais percebidos e os que geram maiores queixas. Como já foi mostrado na 15º edição de UFPB Em Revista, é rotina presenciar automóveis estacionados irregularmente em calçadas, nas lombadas adaptadas e em espaços destinadas a idosos e deficientes. 14

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Muitas dessas queixas são encaminhadas para o Comitê de Inclusão e Acessibilidade da universidade, núcleo criado para dar suporte as pessoas com deficiência na UFPB, dos estudantes aos servidores. De acordo com a professora Andreza Polia, coordenadora do comitê, eles recebem muitas reclamações e o principal é o de falta de estrutura. “O problema de estrutura é um problema real. Tem questões que são causados por erros em projetos, as vezes, mas o grande problema é execução de obras. As vezes você contrata uma empre-

sa terceirizada e ela não cumpre o que ela foi contratada para fazer, apesar da fiscalização. Prova disso, é o único trecho de piso tátil, que liga a Biblioteca Central ao Restaurante Universitário, que são 200 metros de rota. Esta rota foi feita pelo Laboratório de Acessibilidade, com dinheiro do Incluir (projeto de extensão), que foi uma verba específica para isso.” revela. Sobre essa obra, ela conta que o primeiro problema foi o interesse de alguma empresa querer fazer a obra. “Vários pregões não deram certo, porque


turais, ela conta que dentro do comitê, há um grupo de trabalho de acessibilidade arquitetônica, que é composto pelo Laboratório de Acessibilidade do Departamento de Arquitetura, pela equipe da prefeitura universitária, na divisão de obras, que é à parte do comitê. A professora conta que “a prefeitura costuma receber um ou outro processo enviado por mim, sobre alguma demanda específica de infraestrutura. Tem um projeto arquitetônico pronto de sete quilômetros de rota acessível, mas estamos esperando a verba para poder implantar.”

Único trecho com adaptação para deficientes visuais

ninguém queria fazer um trecho tão pequeno, achando que não compensava. Após conseguirem uma empresa, os materiais que foram usados não eram os que estavam especificados no projeto. Então seria isso ou nada, já que nenhuma outra empresa havia concorrido, mesmo existindo a fiscalização. São alguns dos problemas que a gente enfrenta, mas a principal questão de acessibilidade arquitetônica é de responsabilidade da Prefeitura.” conta a coordenadora. De acordo com Andreza, ações de conscientização serão

feitas em relação aos problemas com estacionamentos irregulares. Uma panfletagem está marcada para acontecer em setembro, nas entradas dos estacionamentos e nas entradas da universidade, em todos os Campi, para tentar sensibilizar as pessoas a não parar em vagas de deficiente, em cima das rampas e não atrapalhar o acesso nas passarelas, como ocorrem em problemas que ainda estão acontecendo. Sobre isso, a Universidade criou um outro comitê para gerenciar as questões de trânsito, mas ainda sem ações definidas. Já sobre os problemas estru-

O Comitê de Inclusão e Acessibilidade existe desde julho de 2011, mas se tornou uma divisão oficial após uma resolução de novembro de 2013. De acordo com a coordenação, são atendidos mais de 500 estudantes e há diversas ações de apoio, como o “Empoderar para Crescer”, para a inclusão de pessoas com dificuldade intelectual dentro da universidade e no mercado de trabalho, o “Programa de Apoio ao Estudante com Deficiência”, onde o aluno com deficiência que precisa de um apoio mais próximo participa de um processo de seleção para apoio dentro e fora de sala, como locomoção dentro do campus, produção de material adaptado, pré-mediação pedagógica (intérpretes e apoiadores ), dentre outras ações. UFPB em revista

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RESISTÊNCIA AO GOLPE

Lançamento do livro lota auditório do CCJ Reportagem: Derval Gólzio

Há muito tempo a UFPB não registrava evento de lançamento de livro tão prestigiado como aconteceu com “A Resistência ao Golpe de 2016”, no último dia 22 de julho, no auditório e o hall de entrada, do Centro de Ciências Jurídicas. Os dois 16

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ambientes estiveram lotados com interessados em ouvir o ex-presidente da OAB seccional Rio de Janeiro e deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, Wadir Damous e o sub-Procurador da República e ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rou-

ssef, Eugênio Aragão. Damous lembrou para a plateia que o impeachment da presidente Dilma Roussef foi pronunciado pela primeira vez um dia após a confirmação de sua vitória pela contagem dos votos. Como num roteiro os passos do


Golpe parlamentar-midiático, segundo o deputado foram sendo articulados por setores como da grande mídia e pelo capital, ajudados pelo que considera “a pior legislatura de toda a história do parlamento brasileiro”. Já o sub-Procurador da República, Eugênio Aragão, usando um discurso mais didático, discorreu sobre as estruturas do Ministério Público e da Supremo Tribunal Federal. Na sua exposição, Aragão observou que tanto o STF quanto o MP são estruturas que precisam ser modernizadas e

lembrou que o Supremo Tribunal foi o único órgão da Justiça em que não houve qualquer solavanco, mesmo com o Golpe Militar de 1964 e a com a transição para a democracia.

Aragão, estiveram representados à mesa de abertura do evento as Diretoras do Centro de Ciências Jurídicas, Maria Luiza Alencar e do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Mônica Nóbrega.

Estranhamente, o Supremo Tribunal manteve a mesma estrutura e os mesmos ministros nas duas ocasiões, o que comprova a adaptabilidade do órgão, independente de vivenciar ou estar inserido em momentos de ruptura da ordem democrática. Tal fato leva a reflexão que o STF é um órgão do poder e para o poder.

Fora Temer

Além do ex-presidente da OAB seccional do Rio de Janeiro e do subprocurador Geral da República e ex-ministro Eugênio

As centenas de pessoas presentes ao ato de lançamento do livro no hall de entrada e auditório do CCJ fizeram do momento um ato em prol da democracia. Elas aproveitaram o lançamento de um livro de caráter científico, que analisa sob vários aspectos o Golpe paramentar/midiático, para demonstrar sua insatisfação com o momento político nacional portando cartazes e entoando palavras de ordem pelo “Fora Temer”. UFPB em revista

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Cena da websérie O Mundo Podia Ser Nosso

Alunos da UFPB são premiados no Intercom Reportagem: Diego Fontes

Alunos dos cursos de Comunicação em Mídias Digitais, Cinema e Audiovisual e de Jornalismo, da UFPB, foram premiados na edição regional do EXPOCOM 2016, que faz parte do Intercom (Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação), realizado na UNIFAVIP, em Caruaru - PE. Após vencerem 18

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no Nordeste, os trabalhos vão concorrer na versão nacional do evento, com trabalhos de todo o Brasil. Beatriz Meireles e Rafael Luna, estudantes de Comunicação em Mídias Digitais, venceram na categorias Fotografia em movimento e Produção Audio-

visual para Novas Mídias, com a websérie “O Mundo Podia Ser Nosso”. De acordo com Beatriz, “trata-se de três alunos do terceiro ano do ensino médio de uma escola privada da cidade que decidem sair em uma grande aventura antes de entrarem na universidade.” Segundo ela, “o grande diferencial desse projeto é a pro-


Outros vencedores da UFPB que nesta edição do EXPOCOM foram: Trabalho: Habitat Representante: Raphael A. de Carvalho Cavalcante Categoria: Filme de Ficção Trabalho: Cela 15 - Ventres Encarcerados Representante: Ana Daniella Fechine Leite Categoria: Reportagem em Jornalismo Impresso Trabalho: Ser jovem, Ser terra Representante: Polyanna Gomes Categoria: Livro-reportagem

Beatriz Meireles e Rafael Luna recebendo a premiação (Foto/Divulgação)

posta de um formato e estética para narrativas seriadas próprios para as novas mídias levando em consideração os novos hábitos de consumo de vídeos online. Ainda, a narrativa é estruturada de maneira não-linear como forma de provocar estranheza e surpresa no espectador ao fazê-lo desvendar progressivamente a verdade sobre a aventura e a relação entre os meninos.” Além Beatriz e Rafael, a produção teve a participação da estudante Minna Miná e foi produzida na disciplina “Áudio e Ví-

deo para Web”, sendo composta por três episódios, disponíveis no Youtube no canal “Websérie OMPSN”. “Fizemos três apresentações para o prêmio EXPOCOM entre os cinco melhores do Nordeste: roteiro de ficção, fotografia em movimento e produção audiovisual para mídias digitais. Das três categorias, ganhamos fotografia e produção audiovisual. Agora, iremos apresentar o trabalho no congresso nacional como representantes do Nordeste nas duas categorias.” conta Beatriz. Segundo ela, a premiação traz visibilidade tanto para os

produtores quanto para o curso e universidade, além de reconhecer estimular a produção em âmbito acadêmico. O Evento: A Expocom (Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação) é um prêmio destinado aos melhores trabalhos produzidos por alunos de graduação. Os estudantes podem inscrever seus trabalhos em diversas categorias, dentre elas: Cinema e Audiovisual; Relações Públicas; Publicidade e Propaganda e Jornalismo. UFPB em revista

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UFPB

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Ano II . Número 9 - Outubro 2014


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