CRIANÇA INTERIOR CENSURA 21 ANOS
Texto e ilustrações Fatima Maia 2020
M217l Maia, M.Fátima Madureira Livro Infantil, censura 21 anos, M.Fátima M.Maia, Amsterdam,edição da autor, 2020, 16p. ISBN: 978-65-00-00487-8 1.149 Filosofia 2. Natureza da filosofia I. Título II. Autor CDD: 149 CDU: 101
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Dedico este relato aos meus filhos e netos por me tirar cotidiana-mente da zona de conforto, provocando assim a descoberta do eu inocente, livre de convenções.
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Pretexto A infância não necessariamente é a melhor época da vida de uma pessoa, mesmo a mais feliz das crianças experimenta a angústia e a dor que o crescimento provoca enquanto aprende a andar, falar, pensar, entender conceitos e regras socioambiental, por limitação da linguagem da criança e a ignorância dos adultos em volta dessa criança, muitas emoções ficam ali esperando uma oportunidade para alfinetar suas decisões e sentimentos até receberem a devida atenção.. Então, este livro ilustrado para adultos é fruto da busca consciente com muitos tropeções pelo bem estar, uma longa busca, por mais de 40 anos, inicialmente aos 16 anos o foco era quase totalmente físico, alimentação naturalista, yoga, contato com a natureza, que me levou a "metafísica” espiritualidades e artes, durante anos de maternidade e profissão, psicologia, pedagogia, filosofia, homeopatia, naturopatia, estudo sobre cristais de quartzo e medicinas alternativas e profilaxia preencheram meu dia a dia, sem realmente estar de posse do bem estar, a busca seguiu rumo cada vez mais para mim, até encontrar comigo, passei pela antroposofia, pedagogia livre, aconselhamento biográfico, eft, ho’oponopono, imigração e minimalismo, durante o processo, o desapego da expectativa se tornou natural, não almejava mais nada, aconteceu de instalar o bem estar assim sem meio nem gim. Catei partes as mais evidentes do processo e teci uma história e ilustrar tornou-se imperativo, pois é um livro infantil.
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Era um dia de inverno em Kraljevec, na fronteira da Áustria com a Hungria, 2 de fevereiro de 1861,nascia o Rudolf Steiner e morreu no início da primavera de 1925, em Dornach, Suíça, no dia 30 de março. Criança, seu pai trabalhava com telégrafo numa estação ferroviária, tecnologia de ponta para a época, morando distante da vila onde ficava a estação e a escola onde estudava, percorria a pé pela floresta, tendo contato com a natureza tanto quanto com a tecnologia, permitindo desenvolver um sentido aguçado para as coisas do mundo humano e da natureza em estado bruto. Adulto, aprofundando os estudos com o objetivo de partilhar a percepção que a adquiriu, desenvolveu um sistema de pensar o mundo em diversas linguagens; geoconhecimento, educação, medicina, agricultura, arquitetura, política social, a complexa formação do mundo e das coisas e o desenvolvimento humano. Antroposofia: Antropo = humano, sofia = sabedoria: saberes da humanidade, pois todo o conhecimento produzido por Steiner foi compartilhado em grupos de estudo e palestras.
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A Antroposofia divide em etapas de 7anos, a vida do ser humano, um feixe de características, causas e consequências.
0 a 7 anos, a criança pensa que o mundo é bom, confiar nas pessoas, nas plantas, nos animais, nos fenômenos como os vê; chuva, raio, trovão, é natural até relatos com o super natural, também chamado sobrenatural, o que não é normal é o medo na criança pequena que admira o mundo pela primeira vez, havendo pessoas medrosas ou portadoras de fobias vai aprender imitando o que vê e o que sente, quando a criança sofre de maus tratos ou excesso de críticas, perderá a confiança em si. 07 a 14 anos, a impressão da criança que recebe o respeito devido na fase anterior, ou seja, na medida do possível que houve preservação da “bondade do mundo” na percepção da criança, nesta fase vai sentir o mundo como belo, sente prazer em aprender artes, fazer letra bonita, cadernos cuidadosos, aprender a usar as possibilidades físicas, motoras e intelectuais.
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Dos 14 aos 21 anos, anseiam por liberdade e enfrentam limites, a energia excessiva pode desajustar o ser adolescente e precisar de intervenção - salvo se tenha vivido bem os ciclos anteriores, bom mesmo é ter sido construído laços afetivos de segurança, pois os adolescentes terão a crise amenizada com a referência de uma “autoridade amada”, pode ser os pais, padrinhos ou mais provável um professor(a) que tenha afinidades. A partir dos 21 anos, o eu pode querer usar o livre arbítrio ou melhor o termo ganha significado com o “nascimento” do EU. A responsabilidade por si e por toda bagagem adquirida desde o seu nascimento vai gradativamente passando para administração de percepção e busca de curas para as possíveis lacunas durante o desenvolvimento. Só por isso este livro tem censura...
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Descobri com mais de cinco décadas na terra, já dentro do nono setênio, que explorava uma criança e por décadas havia mantido-a em cárcere privado e escuro.
Todo e qualquer sentimento ou pensamentos negativos eu dividia, muitos só com ela, depositava ou transferia a minha dor para ela muitas das vezes a dor insuportável para mim. E sequer foi perguntado se para ela tudo bem, inconformada com a escura e triste situação, segundo o conhecimento da etnia 9
Kahuna do Hawaii, confirmada pela teoria quântica do o macro no micro, a realidade que se manifesta a mim começa no pensamento, a liberdade do pensamento termina na emoção adquirida na experiência de vida, naquelas emoções mal resolvidas inclusive da primeira infância
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Esta criança, sobrecarregada, aborrecida sopra de volta parte da negatividade recebida no canal de comunicação criado no silêncio do self, eu me via em situações tensas e passava a um comportamento reativo, no meio de uma discussão, eu falava uma, uma única palavra como ato falho, deteriorando toda possibilidade do diálogo na busca de novos conhecimentos sobre a situação.por mais convencida racionalmente que me manter serena seria o melhor caminho. As reclamações ditadas à criança é a minha realidade, circulando em memória, dados, realidade ou situações com terceiros, recarregando a negatividade a tal ponto, que toda situação que possa acessar a memória negativa impossibilita uma revisão emocional, a mudança de atitude, ansiedade e depressão resultado da frustração de me ver sempre nas mesmas “encrencas”. Um dia, minha filha Tiê enviou um link sobre ho’oponopono, já havia escutado sobre de outras pessoas, na sequência de algoritmo deparei com a entrevista do dr. Len, principal propagador desta concepção de cura. Absorvi no youtube o máximo de informações enquanto ia praticando por vezes insegura na forma com confiança no conteúdo, com a meditação de contato com a criança interior, vi como acontece o ciclo de tristeza daquela menininha sozinha no escuro recebendo tristes e raivosos pensamentos a quase todo o tempo na pior das hipóteses e 60% na melhor delas, assim até 20 de janeiro de 2019, nesta data alguma coisa mudou na ordem mundial.
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Uma luz do infinito voltou a brilhar no ser humano, quando aumentando muito a consciência e cuidados com a criança interior, todos agora se ocupam “dela”, nem sempre foi assim… Naquele dia, eu vi primeiro a menina triste e presa dentro de mim, naquele dia estava muito escuro lá, imenso e escuro...
Guiada pela sabedoria dos Kahunas, recordando a seriedade e doçura da voz do Dr. Len, falei as palavras simples com intenção verdadeira de sentir profundamente a responsabilidade única e exclusivamente minha sobre a situação da criança: Eu sinto muito, por estar carregando e maldizendo toda essa carga negativa, ideias, dados, data… Por favor, me perdoe, de acessar e compartilhar toda essa memória com você, menininha… Eu amo você, minhas memórias negativas e aceito como são.
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Sou grata por toda manifestação destas memórias e assim libertando a elas e a mim*. *Minha Individualmente Menininha* Estar em contato com a responsabilidade do eu por mim, com sensibilidade verdadeira, o ego se torna protetor e parceira fiel.”O ego é um péssimo guia e um ótimo servo”
Compreendi o ho'oponopono, primeiro como propósito a prática quântica e cabalística, hinduísmo, o cristianismo primitivo, budismo e panteísmo, como os antigos gregos também: conheça te a ti mesmo, segundo diz tome a responsabilidade por tudo que está interferindo e manifestando negativamente na sua vida, ao seu redor, pelo apego a todas as memórias geradas, os dados ou datas, terceiro perdoe o passado e o presente, deletado o link, abençoe o futuro sem expectativas, com perspectivas para estar bem, com bem estar.
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Fui tomando consciência a cada repetição das camadas de emoções que Eu havia arquivado em mim, a prática com entrega ao mantra Kahuna uma fresta de luz entra corpo adentro, um fio de luz em mim, sinto a menininha erguer o olhar que andava triste e pra baixo.
Outras frestas de luz clareou, clareando, clareou a menina que levanta e dança no arco-íris que transforma a cor e o ânimo meu dela.
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Desde então me sinto em bem estar constantemente, mesmo que triste ou irritada momentaneamente, ao me desequilibrar emocionalmente, lembro que tenho uma menininha me cuidando e eu sou velha o bastante pra cuidar dela ao invés de ficar alimentando sentimento negativo, converso com ela, me animo a brincar e ver o lado de lá do problema, miro na solução, ou brinco até passar pro lado bom que todas as situações possuem. Mima a sua criança, criança que liberta, deleta amorosamente os dados, mantendo o mais desimpedido possível o recebimento de novas perspectivas em inspirações, acredite Divinas de infinitas possibilidades para ser feliz.
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