1 minute read
Síntese
Podemos identificar a classificação trabalhada por Dom Ihde sobre as relações homem-tecnologia nos objetos responsivos para entendermos como eles podem atuar nas experiências humanas .
As relações de incorporação podem ser operadas na responsividade quando os sujeitos juntamente com a tecnologia estabelecem relações e significados próprios, que só ocorrem graças a esse encontro .
Advertisement
A alteridade tecnológica está presente em grande parte dos sistemas responsivos por conta de serem frutos das atribuições antropomórficas que homem concede aos tecnofatos, como a animação e a resposta . A visão pós-fenomenológica “não enquadra a experiência por meio de uma mentalidade ou subjetividade interior, mas leva a experiência para fora do interior do sujeito” . Desse modo, esse “outro” se torna “parte integrante da situação humana e uma parte integrante de uma estrutura de experiência embutida no próprio ambiente construído” (READ, 2011, p . 196) .
Os sistemas responsivos assumem as relações hermenêuticas quando se referem ao mundo por meio de representações, tais como displays, luzes e mostradores que interagem com o homem .
Entendendo todos esses poderes da responsividade sobre o homem, Suurenbroek (et al, 2019) diz que ela pode ser uma importante ferramenta na criação de “domínios públicos” e nesse reforço da sensação de lar em diferentes maneiras:
- As instalações de mídia digital podem encorajar a interação entre diferentes usuários do espaço, tanto reforçando o engajamento do espaço público como operando um confronto e mistura de diferentes “domínios paroquiais” – que é o domínio ocupado pelo “mesmo tipo de pessoas" .
- Uma interface pode também revelar um domínio paroquial ou realidade específica, contribuindo com as relações espectador-performer .
- Pode reforçar o sentido de lugar através de emoções que o lugar evoca .
- Pode propor uma forma mais consciente e responsiva de caminhar, operando uma desaceleração e um olhar, estimulando os sentidos e despertando a curiosidade das pessoas . Isso pode ser promovido com uma interrupção breve que pode encorajar a caminhada como um exercício espacial criativo e como uma experiência urbana (SUURENBROEK et al, 2019, p .32) .
Todos esses itens podem ajudar a formar embriões na construção de “domínios públicos” e no reforço do “senso de lugar”, que exige uma análise participar do lugar e de seu caráter .