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Under scan
DESCRIÇÃO: Retirada do site do artista
“Under Scan é uma instalação de videoarte interativa para o espaço público . Na obra, os transeuntes são detectados por um sistema de rastreamento computadorizado, que ativa vídeo-retratos projetados em sua sombra . Mais de mil vídeos-retratos de voluntários foram feitos em Derby, Leicester, Lincoln, Northampton e Nottingham por uma equipe de cineastas locais . Para sua apresentação em Londres em Trafalgar Square, a Tate Modern fi lmou mais de 250 gravações adicionais. Como as pessoas eram livres para se retratar da maneira que desejassem, uma ampla gama de performances foi capturada . Na instalação, os retratos aparecem em locais aleatórios . Eles "acordam" e estabelecem contato visual com o observador assim que sua sombra os "revela" . Conforme o observador se afasta, o retrato reage desviando o olhar e, eventualmente, desaparece se ninguém o ativar (LOZANO-HEMMER, tradução nossa) . O sistema de análise de trajetórias posiciona imagem de corpos em movimento em locais estratégicos .
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Autor: Rafael Lozano-Hemmer
Exibições / Ano: Bochum, Alemanha / 2012 . New York, EUA / 2008, 2009 e 2011 . University of California, Irvine, California, EUA / 2010 e 2011 .
DISCUSSÕES:
A instalação de Hemmer exemplifi ca como os sistemas digitais podem favorecer o engajamento das pessoas com espaços livres urbanos, criando novas condições de apropriação e potencializando experiências individuais e coletivas . O elemento surpresa é crucial nessa intervenção . Os transeuntes se deparam com imagens que surgem no piso ao caminharem que convidam as pessoas a interromper o percurso e admirar (ROCHA, 2015) . Relacionando com os apontamentos de Suurenbroek (et al, 2019), pode ser considerada uma pequena interrupção na maneira como os usuários andam e percebem, criando uma atmosfera de receptividade e surpresas que transforma o caminhar intencional em um caminhar discursivo . Isso articula uma atenção ao outro projetado que choca os domínios individuais, fazendo a presença dos diferentes seres humanos ser percebida e familiarizada, direcionando a um domínio público do espaço . Segundo Rocha (2015), a instalação apresenta elementos em referência aos Happenings, ao se fi rmar dentro da experiência vivida do lugar, participando de seu cotidiano e diluindo os limites entre real e imaginário . Observa-se a presença das relações de incorporação na obra, uma vez que a nossa própria sombra, parte de nós, é modifi cada pela tecnologia, causando um estranhamento, ao mesmo tempo que revela representações e confrontos com um outro ser humano que a tecnologia mimetiza, caracterizando uma alteridade tecnológica .