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Segregação Socioespacial
Obairro de Nova Viçosa desenvolve uma relação de segregação entre os demais bairros de Viçosa . O seu nascimento já foi fundado em uma agenda segregacionista de distanciamento das camadas populares do centro urbano . Essa condição se manifesta na topografi a, no desenho urbano e na mobilidade . Ao adentrar em Nova Viçosa é fácil notar uma barreira topográfi ca que separa o bairro do restante da cidade por meio de altos morros . A imagem 4 traz um mapa axial da cidade de Viçosa baseado nas análises da sintaxe espacial . A medida analisada é a de integração, que trata da associação de uma linha com todas as linhas do sistema . Valores mais integrados, representados por cores mais fortes (vermelho, laranja e amarelo), mostram espaços mais acessíveis, mais facilmente alcançados que os menos integrados, representados pelas cores verde, azul e ciano . Podemos notar como o bairro de Nova Viçosa encontrase marcado com um tom próximo ao ciano, que é a condição mais baixa na escala de integração, evidenciando um padrão segregacionista também no âmbito do traçado urbano . Os acessos ao bairro são muito complicados: os ônibus urbanos se comunicam apenas por uma ínfi ma parte do bairro, como demostrado na imagem 5 . Percorrer a pé ou de bicicleta os 4 Km de distância do centro torna-se uma tarefa exaustiva
Imagem 4: Mapa axial de Viçosa - Integração. Nova Viçosa em destaque (produzido por Arthur Dornellas) Imagem 5: Trajeto do ônibus em Nova Viçosa (produzido por Geraldo Chaib)
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e perigosa considerando a topografia e os caminhos escuros e descampados .
Filho (et al ., 2017) aponta as hipóteses sobre o motivo das segregações socioespaciais nos bairros periféricos de Viçosa: a primeira diz que o problema é causado pela manifestação da renda fundiária, em que ricos ocupam terras com maior valor . Ocorre, no entanto, que classes mais abastadas também ocupam terras baratas nas periferias da cidade, o que nos leva a novas hipóteses: a pressão de poderes políticos e econômicos sobre o governo que opera distribuições desiguais de investimentos e infraestruturas; e disputa por localizações entre grupos sócias ou classes (FILHO et al ., 2017)