Evolução de Resistências 2014-2016 e Ecologia Microbiana 2016
Serviço de Patologia Clínica - Microbiologia
, epe U nidade Local de Saúde de M at osinhos
Serviço de Patologia Clínica - Microbiologia
Evolução de Resistências e Carta Microbiológica 2016 Os dados apresentados correspondem a resultados globais de estirpes isoladas no nosso laboratório no período de 01/01/2016 a 31/12/2016, tendo sido excluídos os rastreios de colonização. O estudo da evolução de resistências foi efectuado, nos últimos três anos, em estirpes invasivas (sangue e LCR - à semelhança do ECDC). Verificou-se que: — nas estirpes de Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli há uma diminuição de resistência às quinolonas; no entanto, é maior a resistência aos carbapenemes; — o número de infecções por Klebsiella pneumoniae tem vindo a crescer nos últimos anos, assim como as estirpes produtoras de ESBL e de carbapenemases — no último ano aumentaram 3% e 2,6% respectivamente; — a resistência à ciprofloxacina, à ceftazidima e à piperacilina/tazobactam aumentou mais de 10% nas estirpes de Pseudomonas aeruginosa (n<30); — no Streptococcus pneumoniae (n<20) não foi detectada resistência elevada à penicilina; contudo, a resistência aos macrólidos subiu 10% e à levofloxacina 3,7%; — as bacteriemias por Staphylococcus aureus diminuíram, mas houve um agravamento da resistência à meticilina — de 33,3% em 2015 para 36,7% em 2016.
A equipa da microbiologia: Médicas: Mª João Soares e Valquíria Alves Técnicas Superiores: Antónia Read, Filipa Carneiro e Margarida Monteiro Técnicos: Amadeu Gomes, Clara Barros, Márcia Neto, Mª José Couto, Patrícia Monteiro, Sónia Carvalho e Telma Dias
Metodologia utilizada: Para a elaboração das cartas microbiológicas e da ecologia hospitalar foi utilizada, como critério na eliminação de duplicados, a Norma M-39 da CLSI, tendo sido considerado o 1º isolado do ano de cada doente. Para a avaliação da evolução de resistências em estirpes identificadas em amostras invasivas, a eliminação dos duplicados foi efectuada com base no perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos, isto é, cada fenótipo diferente só foi contabilizado uma vez. Considerámos como “fenótipo diferente” quer a presença de uma diferença major no antibiograma de um isolado face aos restantes, desde que esta diferença fosse relevante (por exemplo SAMS para SAMR; Enterobacteriaceae não produtoras de carbapenemases para produtoras; etc.), quer a existência de, pelo menos, uma diferença major e duas diferenças minor de um isolado face aos restantes.
Ecologia Microbiana 2016 BACTÉRIAS AERÓBIAS Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus Proteus mirabilis Enterococcus faecalis Haemophilus influenzae Staphylococcus epidermidis Streptococcus pneumoniae Enterobacter cloacae complex Staphylococcus spp. Gardnerella vaginalis Klebsiella oxytoca Morganella morganii Staphylococcus saprophyticus Streptococcus agalactiae Enterococcus faecium Ureaplasma urealyticum Staphylococcus hominis Streptococcus grupo anginosus Citrobacter spp. Bacteroides fragilis Bacilos Gram + (outros) Enterobacter aerogenes Serratia marcescens Streptococcus grupo mitis Moraxella catarrhalis Cocos Gram+ (outros) Aeróbios Gram - (outros) Providencia stuartii Enterobacteriaceae (outras) Bacteroides grupo fragilis (outros) Prevotella spp. Campylobacter spp. Actinomyces spp. Streptococcus b-hemolitico (outros) Bacteroides thetaiotaomicron Chlamydia trachomatis Raoultella planticola Prevotella bivia Propionibacterium spp. Enterococcus spp. Outros anaeróbios Mycoplasma hominis Acinetobacter baumannii Clostridium perfrigens Streptococcus grupo sanguinis Neisseria gonorrhoeae Stenotrophomonas maltophilia Salmonella spp. Streptococcus grupo bovis
Legionella pneumophila Streptococcus grupo salivarius Clostridium spp. Fusobacterium spp. Finegoldia magna Anaerococcus prevotii
Bordetella pertussis Peptostreptococcus spp.
TOTAIS:
TOTAL 2170 664 380 327 309 283 153 145 114 87 82 77 75 74 71 69 69 66 65 59 48 48 38 37 37 36 35 34 34 33 32 31 29 28 26 24 22 20 19 19 19 17 17 16 15 15 14 13 13 12 11 8 8 8 7 6 5 4 3 6180
% 35,11% 10,74% 6,15% 5,29% 5,00% 4,58% 2,48% 2,35% 1,84% 1,41% 1,33% 1,25% 1,21% 1,20% 1,15% 1,12% 1,12% 1,07% 1,05% 0,95% 0,78% 0,78% 0,61% 0,60% 0,60% 0,58% 0,57% 0,55% 0,55% 0,53% 0,52% 0,50% 0,47% 0,45% 0,42% 0,39% 0,36% 0,32% 0,31% 0,31% 0,31% 0,28% 0,28% 0,26% 0,24% 0,24% 0,23% 0,21% 0,21% 0,19% 0,18% 0,13% 0,13% 0,13% 0,11% 0,10% 0,08% 0,06% 0,05% 100%
Ecologia Microbiana 2016 FUNGOS
4 403
% 62,28% 11,17% 5,71% 5,21% 5,21% 4,71% 3,23% 1,49% 0,99% 100%
PARASITAS Giardia lamblia Cryptosporidium parvum Plasmodium spp. Plasmodium falciparum Enterobius vermicularis Trichomonas vaginalis TOTAIS:
TOTAL 16 14 1 1 3 1 36
% 44,44% 38,89% 2,78% 2,78% 8,33% 2,78% 100%
MICOBACTÉRIAS Mycobacterium tuberculosis complex Mycobacterium avium complex Mycobacterium kansasii Outras micobactérias TOTAIS:
TOTAL 39 8 4 14 65
% 60,00% 12,31% 6,15% 21,54% 100%
TOTAL 90 70 33 22 17 15 14 13 12 11 8 4 3 3 1 1 317
% 28,39% 22,08% 10,41% 6,94% 5,36% 4,73% 4,42% 4,10% 3,79% 3,47% 2,52% 1,26% 0,95% 0,95% 0,32% 0,32% 100%
TOTAL 4357 1466 403 317 255 102 65 36 7001
% 62,23% 20,94% 5,76% 4,53% 3,64% 1,46% 0,93% 0,51% 100%
Candida albicans Candida glabrata Aspergillus fumigatus Candida parapsilosis Candida spp. (outras) Candida tropicalis Outros fungos Aspergillus spp.
TOTAL 251 45 23 21 21 19 13 6
Pneumocystis jiroveci TOTAIS:
VÍRUS Influenza A Sincicial Respiratório Citomegálico Rotavírus Influenza B Herpes simples 1 Parainfluenza 3 Herpes simples 2 Adenovírus Varicela Zoster Metapmeumovirus Enterovírus Parvovírus B19 Parainfluenza 2 Epstein-Barr HH6
TOTAIS: MICRORGANISMOS Aeróbios Gram negativo Aeróbios Gram positivo Fungos Vírus Anaeróbios Micoplasmas/Chlamydia Micobactérias Parasitas TOTAIS:
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Proteus mirabilis
Enterobacter cloacae complex
Pseud. aeruginosa
Staphylococcus aureus
Enterococcus faecalis
Enterococcus faecium
Estirpes hospitalares mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2016
310
217
70
46
175
151
117
64
Ampicilina
42
Amoxi.-Ác.clavulânico
78
56 41
100
13
77
76
76
Oxacilina
55
Cefotaxima
94
52
96
72 80
Ceftazidima
79
Piperacilina -Taz.
89
Meropenem/Imip.
100 92/93 100
100 77 82
Ertapenem
99,7
91
100
100
Gentamicina
89
66
80
96
93
Amicacina
94
70
92
96
94
38
99
72
Aminoglicosídeos
Outros Nitrofurantoína
99
Cotrimoxazol
75
54
66
96
Ciprofloxacina
82
56
71
89
99 99 75
Linezolide
100
100
100
Vancomicina
100
99
66
100
Colistina < 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais
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Para mais informações consultar o site da ULSM
Beta - lactâmicos
Total de Estirpes
1859
447
239
41
49
47
205
175
70
(73% urinárias)
Enterococcus faecalis
(99% urinárias)
Staphylo. saprophyticus
Staphylococcus aureus
(45% pele e tecidos moles, 19% sangue, 12% respiratórias, 12%urinárias)
Pseudomonas aeruginosa
(47% urinárias, 22% pele e tecidos moles, 19% respiratórias)
Klebsiella oxytoca
36
(85% urinárias)
(89 % urinárias)
Citrobacter koseri
(78 % urinárias)
Morganella morganii
(63% urinárias)
Enterobacter cloacae complex
(79% urinárias)
Proteus mirabilis
(89% urinárias)
Klebsiella pneumoniae
(92% urinárias)
Escherichia coli
Estirpes da comunidade mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2016
166
Beta - lactâmicos Ampicilina
54
Amoxi.-Ác.clavulânico
82
67 67
100
86
94
92 80
Oxacilina Cefurox.- Acetil/Sódica
90
69
96
Cefotaxima
96
72
98
85
76
78
85
92
96
Ceftazidima
81
Piperacilina -Taz.
81
Meropenem/Imip.
87 91
73
Aminoglicosídeos Gentamicina
94
79
85
98
80
97
98
93
83
Outros Nitrofurantoína
99
100
Cotrimoxazol
80
72
75
95
62
94
94
Ciprofloxacina
86
69
77
88
57
97
89
98 69
Clindamicina
70
Ác. Fusídico
91
Fosfomicina
99
73
< 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais Serviço de Patologia Clínica - Microbiologia l ULS Matosinhos - Hospital Pedro Hispano Para mais informações consultar o site da ULSM
96
99
Estirpes invasivas de E.coli
Proporção (%)
40%
R Ciprofloxacina
Estirpes produtoras ESBL
20%
Estirpes produtoras de carbapenemases R Carbapenemes 0% 139 2014
140 2015
124 2016
Número de estirpes estudadas/Ano
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano - Microbiologia
Estirpes invasivas de K.pneumoniae
Proporção (%)
60,0%
50,0%
R Ciprofloxacina
40,0%
Estirpes produtoras ESBL
30,0%
R Carbapenemes
20,0%
Estirpes produtoras de carbapenemases
10,0%
0,0% 55 2014
69 2015
73 2016
Número de estirpes estudadas/Ano
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano - Microbiologia
Estirpes invasivas de Pseudomonas aeruginosa 40,0% 35,0%
Ciprofloxacina
Proporção R (%)
30,0%
Ceftazidima
25,0%
Imipenem
20,0% 15,0%
Meropenem
10,0%
Pip-Taz
5,0% 0,0% 18 2014
22 2015
26 2016
Número de estirpes estudadas/Ano
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano - Microbiologia
Estirpes invasivas de Streptococcus pneumoniae 20,0% 18,0%
Proporção R (%)
16,0% 14,0%
Penicilina Elevada 12,0%
Penicilina Intermédia 10,0%
Eritromicina
8,0%
Levofloxacina
6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 26 2014
23 2015
27 2016
Número de estirpes estudadas/Ano
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano - Microbiologia
Estirpes invasivas de MRSA 100,0% 90,0%
Proporção (%) de MRSA
80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 77 2014
78 2015
68 2016
Número de estirpes estudadas/Ano
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano - Microbiologia
Hemoculturas Taxa de Positividade e de Contaminação (2005-2016)
20000
18,0% Total Colheitas
16,3%
18000
Nº Total frascos colhidos
16000
16,5%
16,0%
16,0%
% Positivas
14,9%
14,8%
14,6% 14,0%
14000 12,0% 12000 10,0% 10000 8,0% 8000 6,0% 6000 4,0%
4000
2,0%
2000 0
0,0% 2005
Total Positivas
2006
2007
2010
2015
2016
ULS - Matosinhos Hospital Pedro Hispano Microbiologia
% Contaminação