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A SAÍDA É SUL Novo campus no Núcleo Bandeirante converge para nova metodologia de ensino e para receber jovens como Ruan Lucas: "o ponto é maravilhoso, nunca houve essa opção".
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editorial
expediente Geração UniCEUB é uma publicação institucional do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB
O princípio e vigor dos fun-
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dadores do UniCEUB, há 49 anos atrás, mostraram sua força de novo. Acreditar e investir na educação, sem
A SAÍDA É SUL Novo campus no Núcleo Bandeirante converge para nova metodologia de ensino, e para receber jovens como Ruan Lucas: "o ponto é maravilhoso, nunca houve essa opção".
Reitor: Getúlio Lopes Vice-Reitor: Edevaldo Alves da Silva Pró-Reitora Acadêmica: Elizabeth Manzur
desanimar com percalços e
Pró-Reitor Administrativo-Financeiro: Gabriel Costa Mallab
com eventuais obstáculos.
Secretário-Geral: Maurício Neves
Espírito empreendedor im-
Diretor Administrativo-Financeiro: Geraldo Rabelo
pregnado na gestão de um
Diretor Acadêmico: Carlos Alberto da Cruz
dos maiores centros univer-
Diretor do Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento: João Herculino Lopes Filho
sitários do país. Às vésperas das comemorações dos 50
anos, o UniCEUB lança para a população do Distrito Federal novas vagas para cursos de Administração, Ciências Contábeis, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Pública e Marketing, em um local estrategicamente favorável aos jovens que moram e trabalham nas adjacências das regiões do Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Guará, Santa Maria, Parque Way, entre outras. É o "Campus da Saída Sul", novinho em folha, na linguagem popular. O leitor vai conhecer, na sessão ENTREVISTA, parte do que pensa e como trabalha uma ex-aluna de Jornalismo, hoje conectada com seu público via mídias sociais. E vai ver também que estudar no exterior é possível com a ajuda dos convênios que a Instituição mantém.
UniCEUB Gerente de Comunicação e Eventos: Renata Pinheiro Editor: Paulo Brant Projeto Gráfico: André Ramos Redação: Camila Bandeira, Carolina Vieira Gabriela Queiroz, Mateus Melis, Paulo Brant Coordenação do curso de Jornalismo: Manoel Henrique Tavares Moreira Programacão visual: André Ramos, Nelson Dantas, Henrique Wanzeller, Felipe Vaz Colaboração: Núcleo de Marketing Digital Revisão: Clarisse Mourão Fotografia: Caio Santana Impressão: Coronário Gráfica Tiragem: 2.000 exemplares
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"Dançamos conforme a moda"
Pela primeira vez, GERAÇÃO UniCEUB traz na sessão Entrevista uma ex-aluna. Formada em Jornalismo, em 2013, Luisa Peleja, 26 anos, conquistou mais de 90 mil seguidores no Instagram, em que publica informações do mundo da moda e de design de roupas. Fã e estudiosa do fenômeno “mídias digitais”, ela fala sobre sua relação com o seu público, sobre perspectivas na profissão, seu tempo no UniCEUB,
"NÓS, HUMANOS, SOMOS INSTÁVEIS E VOLÚVEIS EM VÁRIOS ASPECTOS DA VIDA. DANÇAMOS CONFORME A MÚSICA E A “MODA”, TANTO NO MEIO FASHION, TECNOLÓGICO, COMO NO INDUSTRIAL."
filosofia de vida, comportamento e também sobre empreendedorismo. Luisa divide suas tarefas entre a comunicação e os negócios, afinal, ela é campeã de vendas de brownies e outras guloseimas. Tempo ruim para ela vira oportunidade. Acompanhe a entrevista.
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SINTO QUE CRIEI UMA BASE SÓLIDA PARA O MERCADO. A PARTE TEÓRICA, A TROCA DE EXPERIÊNCIA E A FAMILIARIZAÇÃO COM FERRAMENTAS SÃO EXTREMAMENTE NECESSÁRIAS, E O UNICEUB ME DEU ISSO. Você se formou há pouco mais de três anos. Como é a batalha lá fora da faculdade? Outra realidade. Na faculdade, temos um pequeno preview do que nos aguarda, mas, ao me formar, entrei em um cenário completamente diferente. Lembro-me de que peguei uns três trabalhos de uma só vez para aprender na marra, fazer network, encher o meu currículo de experiências e ver, de fato, o que fazia o meu olho brilhar para, assim, me especializar depois. O mercado é competitivo mesmo, o aprendizado é diário e para ganhar o nosso espaço precisamos dar o melhor todos os dias para sermos reconhecidos. E, diferente da faculdade, na maior parte das vezes, temos de agir por conta própria. No período de formação, muitos trabalhos são em grupo, mas na “vida real” é você por você mesmo e muito intuitivo. Claro que a teoria faz toda a diferença na hora de tomar decisões e realizar projetos. E, hoje, em praticamente todas as áreas, o digital atua como vitrine, fonte de informação e uma plataforma ex-
celente para geração de conteúdo e novos negócios. Não enxergo a vida profissional fora da faculdade como uma batalha, pois quando escolhemos fazer o que amamos não lutamos, somos desafiados. O que é muito diferente. Em uma batalha, sempre alguém sai perdendo, mas, em um desafio, não existe perdedor e ele sempre acrescenta e nos ensina alguma coisa para o que vem a seguir. Desafios são motivacionais e batalhas frustrantes. Vivo de desafios. O que o UniCEUB te ensinou? Meu período de formação profissional foi um momento maravilhoso da minha vida. Lembro-me com carinho e com orgulho de tudo o que passei. No meu curso (Jornalismo), especificamente, era muita "mão na massa". Projetos em campo, matérias, revistas, fotografia, rádio, enfim, um curso dinâmico, algo que tem muito a ver com a minha personalidade e que, de cara, me identifiquei. Sinto que criei uma base sólida para o mercado. A parte teórica, a troca de experiência e a familiarização com ferramentas
são extremamente necessárias, e o UniCEUB me deu isso. Mas é claro que o sucesso depende da dedicação do aluno. Sempre fui curiosa e interessada pelo que eu fazia. Acho que aproveitei bem. A gente reclama de aula e de estudar, mas depois sentimos falta. Como e quando você se interessou pelo mundo da moda? O termo fashion ainda está distante do imaginário popular brasileiro? Quando saí do colegial optei por fazer Comunicação pelo leque de possibilidades que o curso me oferecia. Em todas as áreas, como Saúde, Economia, Educação, Política, Esporte e Moda têm espaço para a profissão. Mas até então eu não sabia qual caminho percorrer e não tinha encontrado a minha grande paixão. O que eu sabia era que amava lidar com pessoas, tinha facilidade para escrever, falar em público e essas coisas básicas que conseguimos enxergar com apenas 17/18 anos, o que na verdade ainda não é nada. Dentro dessa perspectiva, me propus a
5 experimentar um pouco de tudo e, logo no terceiro semestre, fui atrás do meu primeiro estágio na área de Economia (na Assessoria de Imprensa da Fibra). A partir dali passei pelo Congresso, nas áreas de tecnologia, saúde e em alguns pequenos projetos que me mostraram um gostinho de cada setor. Tudo isso até que um dia fui parar em uma redação de jornal, na editoria de moda. Na época, era o início dessa história de blog, e o termo “digital influencer” ainda era algo distante. Mas foi ali que comecei a mergulhar nesse universo e me apaixonar. Passei a ler sobre o assunto, me interessar por tendências, participar de produções e me encantar ainda mais. O mundo da moda fez com que eu me conhecesse bem – e ainda faz – e entendesse que o termo fashion tem um significado subjetivo. A palavra no dicionário formal e informal tem alguns significados, mas resumidamente é “aquilo que se considera elegante, de bom gosto, moderno”. Como todo adjetivo, a atribuição dele varia de acordo com a pessoa que avalia. Ou seja, ter informação de moda, noção de composição, combinações e tendências é bacana, sim, mas isso não define que alguém seja fashion. Ser fashion e estar na moda têm muito mais a ver com o ser fiel a você. Carregar por meio das roupas e do modo de viver a sua personalidade e o seu DNA. Dessa forma, até uma pessoa que não tem nada a ver com o seu estilo ou com você será capaz de dizer “que pessoa fashion”. Você tem hoje 95,2 mil seguidores no Instagram. Como conquistou e como faz para mantê-
-los por um longo tempo? Fale um pouco sobre a instabilidade ou não dessas plataformas e das outras mídias. Elas são volúveis? Consistentes? Como é o público? Ainda no período da faculdade, quando descobri a moda na minha vida e a possibilidade de trabalhar na área com assessoria de imprensa, marketing e produção, resolvi criar um blog com mais duas amigas, o You Should Know (YSK). Lá a gente colocava looks do dia, fazia produções e compartilhava conteúdos que faziam parte da rotina de três jovens estudantes. Inclusive, um grande diferencial era o armário da vovó e os reviews de brechós que eu fazia na cidade. Estagiárias não recebiam uma bolada e eu nunca tive dinheiro sobrando para realizar todas as minhas vontades consumistas, ou seja, fazia o dinheiro render em brechós e invadia o closet da minha avó para “ganhar” roupa nova. Essas alternativas davam novas
ideias de uso e de como transformar uma peça antiga/vintage em algo bacana para uma jovem de 20 anos. Sem dúvida, esse foi o meu cartão de visitas. Com o fim da faculdade e o início da vida adulta, surgiu o Instagram e, assim como era o Fotolog, o Orkut e o Facebook, criei um perfil para compartilhar um pouco da minha vida, ter o meu próprio álbum de fotos, trocar mensagens com os amigos e, claro, levar um pouquinho do YSK pra lá. O viralização do meu perfil foi gradual, natural e não um boom. Posso dizer que fui conquistando aos poucos a confiança e a admiração de amigos e seguidores, fazendo novas amizades, criando responsabilidade até o ponto em que o crescimento e o alcance aumentaram significantemente. Marcas, serviços e pessoas começaram a me procurar para dar opinião, testar, usar, indicar e ouvir. Enfim, passei a entender que tudo o que compartilhava ali interessava e fazia diferença para
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UniCEUB algumas pessoas. É uma troca fantástica e uma relação de confiança que até assusta, pois os seguidores me conhecem e me têm como referência, mas a grande maioria eu não sei quem é. Dou créditos, agradeço e posto foto se assim eu sentir vontade. O que eu não gosto, não combina comigo ou o que não me agrada, guardo para mim e digo para pessoas no privado, pessoalmente, e não uso meu alcance para anular a experiência de alguém. Nós, humanos, somos instáveis e volúveis em vários aspectos da vida. Dançamos conforme a música e a “moda”, tanto no meio fashion, tecnológico, como no industrial. Porém, conseguimos ser consistentes com o que mexe com os nossos princípios e valores. Então, eu tenho seguidores volúveis e consistentes. E esses fiéis são os que se identificam com a minha forma de ver o mundo e se inspiram e valorizam, principalmente, o que eu digo e penso, não o físico, a tendência ou o produto que estou mostrando, mas o porquê daquilo tudo. E aí está o grande barato da coisa.
Para você, as mídias sociais, rápidas e instantâneas, algumas superficiais, outras menos, ajudam ou prejudicam a difusão dos fatos, de culturas diferentes? Como os jovens se comportam sem essas mídias? Você acha que o celular, por exemplo, distancia as pessoas fisicamente falando? Ou as aproxima em ideias e identidades? Sem dúvida a instantaneidade das mídias sociais prejudica a difusão de fatos. Ali não temos controle sobre o receptor (diferentes públicos e culturas), então, as informações podem chegar e causar impactos muito distintos. A rapidez e a vontade de dar um “furo” ou disparar alguma informação em primeira mão acabam pulando a apuração fiel dos fatos. Vivemos na geração Y e muitos de nós, os millennials, não conhecem a vida sem celular. A internet e o mundo na palma da nossa mão são um facilitador e também uma arma. Buscar o equilíbrio entre a vida que acontece ao vivo e o digital é o grande desafio da atualidade.
SER FASHION E ESTAR NA MODA TÊM MUITO MAIS A VER COM O SER FIEL A VOCÊ. CARREGAR POR MEIO DAS ROUPAS E DO MODO DE VIVER A SUA PERSONALIDADE E O SEU DNA.
Alguns estudos mostram que 35% dos brasileiros mexem no celular a cada dez minutos, seja por diversão, seja por motivos de trabalho. Outro fator preocupante é a mais nova fobia desenvolvida por jovens, a foMO (fear of missing out), basicamente o medo que as pessoas têm de ficar fora das redes sociais. Vivemos um dilema diário, pois ao mesmo tempo em que as redes sociais aproximam ideias, identidades e pessoas de toda parte do mundo, podem impossibilitar que você conheça ou se aproxime de quem está logo do seu lado. Temos de ir em busca de um equilíbrio sempre. Na sua visão, como serão os professores e os jornalistas do futuro? Pergunta difícil de ser respondida. Já até me questionei a respeito. Tratando-se de história e política, por exemplo, os professores vão ter uma carga enorme de conteúdo para passar. Haja trabalho... fico brincando. Mas falando dos professores, acho que o termo para definir a profissão no futuro será mentor.
7 cias boas ou ruins a que somos colocados diariamente. A energia que a gente carrega reflete no trabalho, na vida amorosa, na social e na espiritual. Funciona muito e, diante do público que me segue e confia em mim, me vejo na responsabilidade de disseminar isso. O segundo termo fala de uma paixão. Tenho uma relação intensa com o mundo digital, afinidade, empatia e por aí vai. Tento me atualizar sempre e usar as ferramentas que possuo para o bem. Sou encantada com a velocidade com que esse universo caminha. Afinal, faço parte dele também. A palavra professor carrega um peso incisivo. Intui-se um ensino vertical, em que ele fala e os alunos escutam e adotam aquilo como verdade absoluta. Eu acredito que o futuro caminha para uma educação horizontal em que alunos e professores se aproximam e, em vez do papel de professor, ele se torna mentor, um profissional experiente que guia outras pessoas, divide conhecimento, inspira. A troca é diferente. O jornalista continuará tendo o seu espaço no mercado de trabalho. A grande diferença é que teremos de nos reinventar cada vez mais. Antes o profissional se formava, escolhia trabalhar em redação e fazia tudo de uma forma mecânica, engessada e muitas vezes cronológica. Atualmente notícias são atualizadas de hora em hora, temos de ser capazes de trabalhar, de nos comunicar em todas as mídias e, ainda, estarmos atentos 24 horas por dia. O receptor assíduo por novidade não espera mais, até porque, se o jornalista não passa a informação, ele mesmo é capaz
de ir atrás e disseminar por aí com a ferramenta que existe na palma da mão. Não tem a mesma qualidade, consciência e profissionalismo, mas estamos sujeitos a isso. “Positive thinking” é uma expressão tirada de seu perfil no Instagram. Fale sobre isso. Fale também sobre “digital affinity”. Positive thinking e digital affinity são duas expressões que me representam muito bem. Tenho uma visão positiva sobre a vida, independentemente das circunstân-
Em seu perfil está registrado também: “na tempestade, uns procuram abrigo, outros usam a força dos ventos para chegar mais longe”. Como funciona para você? Funciona também na sua vida pessoal, familiar e com os amigos? Adorei a frase que vocês pescaram no meu perfil. Como disse em uma das respostas, não enxergo dificuldades como lamentos e, sim, como desafios. Tudo o que acontece na minha vida, principalmente de ruim, tento extrair
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UniCEUB TEM MUITA GENTE QUE TEM CORAGEM, MAS NÃO SABE O QUE QUER E NEM PARA ONDE VAI. POR ISSO ABRE UMA EMPRESA PORQUE TEM DINHEIRO E ELA NÃO SE SUSTENTA. ALÉM DE CORAGEM E DINHEIRO É PRECISO TER UM PORQUÊ. EMPRESAS NÃO VENDEM PRODUTOS E SERVIÇOS. VENDEM EXPERIÊNCIAS E HISTÓRIAS. o máximo da experiência para me conhecer ainda mais como ser humano e tirar lições. Sofro, choro e muitas vezes demoro a absorver certas questões, mas o meu perfil não é o de se recolher diante da tempestade. Eu prefiro deixar chover. Em várias situações de caos e tristeza na minha vida, enxerguei grandes transformações e novos ciclos. Perceber isso me dá força para os próximos. Na hora do desespero, repito isso para mim no intuito de acalmar o coração e me dar sanidade. Claro, a minha fé é grande e responsável por isso também, mas aí já entramos em outras questões. Esse pensamento se aplica em todos os meus relacionamentos sejam eles profissionais, sejam eles afetivos. Como você equilibra os afazeres, entre a comunicação e a gestão de negócios, no caso o comércio de brownies e doces? Na sua opinião, os jovens hoje têm o pique necessário para o
empreendedorismo? Quais os meios de apoio? Como criar a coragem necessária para abrir pequenas empresas? Acredito que a busca do equilíbrio é o segredo de uma vida feliz e de sucesso. Quem equilibra a vida profissional com a social e a saúde com os prazeres da vida consegue tudo. Não existe falta de tempo e vida desequilibrada, mas, sim, falta de organização, prioridades e metas. Quando definimos esses pontos, tudo funciona, mas o aprendizado é diário. Hoje, consigo tirar um tempo exclusivo para cuidar de mim e nenhuma empresa é composta de um só funcionário, então tenho sócios e uma equipe maravilhosa que me ajuda, me ensina diariamente e faz tudo caminhar. Os meus meios de apoio são a família, os amigos e as atividades que me dão prazer. Sem o momento relax, off, não funciono. Aprendi isso depois de passar por um ano (aos 22) horroroso de saúde. Vivia com infecções e nem remé-
dio resolvia, até levar um sacode e começar a colocar as coisas no lugar e criar prioridades. Falando de organização, ainda sofro um pouco, mas venho trabalhando constantemente nisso. Os jovens de hoje são vorazes, têm pique e vontade. Acredito que mais corajosos do que antigamente. O mundo atual e as mil possibilidades despertam isso. Novas profissões fora de gabinetes e escritórios, a internet aproximando culturas e países e por aí vai. Mas acredito que não tem uma fórmula para criar coragem e abrir um negócio. Abrir um negócio está mais relacionado a se conhecer. Entender o que você deseja, calcular os riscos e apostar. Tem muita gente que tem coragem, mas não sabe o que quer e nem aonde vai. Por isso, abre uma empresa porque tem dinheiro e esta não se sustenta. Além de coragem e dinheiro é preciso ter um porquê. Empresas não vendem produtos e serviços. Vendem experiências e histórias.
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g i a Im nação Os colaboradores do UniCEUB tiveram uma participação inédita no TEIAS, o principal evento multidisciplinar realizado no primeiro semestre. A oficina “Robótica: ciência e imaginação” foi organizada exclusivamente para os filhos dos colaboradores. Foram duas horas de oficina em que crianças e adolescentes, de 5 a 16 anos, participaram de aulas e tutoriais envolvendo eletrônica e informática. A colaboradora Adnely Ambrósio trouxe sua filha Sarah, de 6 anos, para participar da oficina. A mãe conta que a filha adorou controlar um dinossauro pelo computador. “Eu, como mãe, só tenho a agrade-
cer o UniCEUB pela oportunidade de mostrar novos conhecimentos a minha pequena”, comentou Adnely. Na oficina, os participantes, de forma lúdica, divertem-se com a montagem de projetos mecatrôni-
cos. A proposta da atividade é incentivar e exercitar a capacidade de raciocínio lógico em um ambiente criativo e rico em detalhes científicos, ressaltou Giulia Borges, organizadora da oficina.
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UniCEUB
Resolução de conflitos
Paulo Henrique: "diante dos livros, o foco foi mudando"
Referência do curso de Direito do UniCEUB, Paulo Henrique Franco Palhares, quase rumou para outra área nos tempos de estudante. Como tinha interesse na esfera pública, ele cursava Ciências Políticas. O Direito entrou como um curso complementar. O dia a dia era puxado, segundo Palhares. A vida não era moleza. Ele admite que só mesmo com muita dedicação ele conseguiu a formação da experiência acadêmica. “Sempre precisei ser um aluno estudioso e disciplinado. Cursava de 10 a 12 matérias por semestre, além de fazer estágio. Minha rotina exigia frequentar a biblioteca todos os finais de semana, ainda que por algumas horas”, relata. Foi aí, diante dos livros, que o foco foi mudando aos poucos. Veio a paixão pelo Direito, e ele vislumbrou a possibilidade de se envolver com
a docência. Ainda jovem, Palhares começou a lecionar no UniCEUB. De lá pra cá, já se passaram 12 anos. Ao longo desse período, o professor já compôs a equipe de coordenação do curso de Direito, atualmente, é professor e coordenador adjunto de Direito Privado e disciplinas propedêuticas. Para ele, a docência é estar sempre em contato com o saber e suas atualizações.
Em 2016, o professor implementou o Grupo de Práticas de Arbitragem do UniCEUB (GPA), que já levou estudantes a participarem da Competição Regional de Arbitragem, organizada pela OAB-DF, e da VII Competição Brasileira de Arbitragem Petrônio Muniz, realizada pela Câmara de Arbitragem Empresarial Brasil (CAMARB). Este ano, oito alunos compõem a equipe que irá competir em São Paulo, no Grupo de Práticas de Arbitragem. “A arbitragem vem despontando no cenário jurídico como forma de resolução de conflitos. Ter um grupo dedicado a essa prática tem se mostrado uma ferramenta pedagógica de qualidade”, ressalta o professor, exaltando o sucesso da iniciativa e o protagonismo dos estudantes do UniCEUB. “Ser advogado e ser professor me proporcionam experiências e aprendizados contínuos. Sou um eterno aprendiz e um curioso inquieto”, se autodefiniu.
“SER ADVOGADO E SER PROFESSOR ME PROPORCIONAM EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADOS CONTÍNUOS. SOU UM ETERNO APRENDIZ E UM CURIOSO INQUIETO”
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O novo Esquina O UniCEUB, um dos pioneiros do Jornal laboratório, mais uma vez se utiliza de estratégias de inovação para seguir nesse projeto acadêmico e manter a meta de ser referência nacional como instituição de ensino. Em evento especial, foi relançado o então Jornal Esquina, com adaptações ao contexto atual e ainda mais interativo. O novo Esquina, como agora é chamado, se tornou uma revista universitária 100% multimídia. O trabalho, disponível on-line e off-line, é desenvolvido pelos alunos das disciplinas do 5º semestre, possibilitando aos estudantes a experiência de participar de uma redação. A revista é composta de reportagens sobre diversos temas, como abandono paternal, cultura nordestina na capital e violência contra a mulher, sendo todas elas disponibilizadas com recursos complementares e audiovisuais na web. O processo de produção foi acompanhado pelos professores Luiz
Claudio Ferreira, Isa Stacciarini, Katrine Boaventura e Carolina Assunção e Alves. Durante o evento, o material foi apresentado aos estudantes de outros semestres, convidados e curiosos, que assistiram ao trabalho dos futuros jornalistas. Segundo os professores, não há mais como tratar as mídias de modo separado e, por isso, o curso de Jornalismo abraçou essa ideia. Aos poucos, as disciplinas foram se integrando mais e o novo Esquina foi tomando forma. A professora Katrine Boaventura exaltou as diversas possibilidades de divulgação para as matérias produzidas atualmente, algo que não era possível no passado. “Quando estudante, eu não tinha essa oportunidade. Com a internet, nós colocamos o material na web, e ele fica ali disponível de maneira rápida para o mundo”, relata. O novo Esquina representa, segundo o coordenador da Comunicação Social, Henrique Moreira, a síntese da proposta pedagógica do Jornalismo, com o envolvimento de todos que já passaram pela graduação e contribuíram um pouco para a consolidação do Jornal Esquina, como uma das referências do país.
PREMIADO
Lucas Valença
A matéria “Perigo nas Alturas”, de autoria de Lucas Valença, veiculada na Revista Esquina, foi eleita a melhor reportagem universitária da região Centro-Oeste, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que anualmente promove o Prêmio MPT de Jornalismo. Esta é a segunda vez que um aluno do curso de Jornalismo do UniCEUB conquista tal feito.
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UniCEUB
Sala invertida
O UniCEUB lança nova unidade, com projeto flexível, para cursos na área de Administração, Engenharia de Produção, Ciências Contábeis, Marketing, Comércio Exterior, Gestão de TI, Secretariado, Segurança da Informação, Eventos, Banco de Dados e Recursos Humanos. Com 22 anos de idade, Ruan Lucas, morador de Santa Maria, cursa Ciências Contábeis, no campus da Saída Sul. Neto de nordestinos, como ele mesmo diz, tem no sangue guerreiro o entusiasmo pela luta. A mãe dele, Simone da Silva, acha que pagar por um curso do UniCEUB, mesmo no sacrifício, vale a pena: “É a porta de entrada para
o mundo do trabalho, em que a gente se agarra. Acredito que, com o tempo, ele vai colher o que plantou”, diz ela. Nos dias de semana, Ruan acorda às 8h e entra no serviço às 9h. Ele trabalha numa loja de pequeno porte na própria cidade. “Sou uma espécie de ‘faz tudo’ na loja”, revelou. Às 18h, toma um ônibus e vai
direto para o campus. Leva 30 minutos para chegar. “A aula vai até as 22h e, se tudo vai bem, chego em casa às 22h40, como alguma coisa e vou estudar até mais ou menos uma hora da manhã”, detalha a sua rotina. Segundo o recém-universitário, o campus da Saída Sul apresenta uma opção maravilhosa para os
“MEU FOCO EM FAZER ESSE CURSO É SER UM PROFISSIONAL RECONHECIDO NO MEIO DOS CONTABILISTAS, PELA INOVAÇÃO NESSA ÁREA.” s Ruan Luca
13 jovens de sua geração. “O ponto é muito bom, perto daqui não tinha nada”, lembrou. “Meu foco em fazer esse curso é ser um profissional reconhecido no meio dos contabilistas, pela inovação nessa área”, ressaltou. Ruan conta que a nova metodologia, que está sendo empregada nos cursos do campus da Saída Sul, tem sido bem desafiadora. “A metodologia vai ajudar bastante nessa ambição, pois foca em dar mais autonomia e poder de tomada de decisão ao estudante. Alguns professores falam que é um método conhecido como ‘sala invertida’, que instiga o aluno a buscar informação e não apenas receber conhecimento por meio das aulas tradicionais”, frisou. De acordo com o coordenador do curso de Administração, Marcelo Gagliardi, o grande diferencial dos cursos de graduação do novo campus é a utilização de metodologias ativas e colaborativas, baseadas em PBL* (Problem-Based Learning). O reitor do UniCEUB, Getúlio Lopes, considera como inovador o campus da Saída Sul. “Os projetos pedagógicos serão diferentes da Asa Norte e de Taguatinga. Até o quarto semestre, os cursos caminham juntos, as metodologias são colaborativas”, havia anunciado ele, meses antes da inauguração. Para o secretário geral adjunto do UniCEUB, Fabiano Raimundo, o aprendizado é otimizado com um projeto integrado entre as disciplinas. “Os cursos se conversam”, explica. Fabiano comenta que os alunos do campus da Saída Sul são ‘mais maduros’. Estima-se que, em três anos, o novo campus terá cerca de 6.500 estudantes matriculados. O gerente de Atendimento e Suporte em TI do campus da Saída Sul, Fernando Antônio Rodrigues, destaca que esse campus é novo em muitos aspectos além da estru-
tura física: “é um local planejado, com automação na área administrativa, que acredita na eficiência da relação do aluno com a internet”. Rodrigues salientou que a distribuição da carga horária é elaborada e flexível, para que as aulas terminem às 22h. “Os alunos vão para casa mais cedo; não vejo isso em nenhuma faculdade”, notou.
Fernando Rodrigues
“A DIREÇÃO DO UniCEUB TOMOU O CUIDADO DE PESQUISAR E CALCULAR AS DISTÂNCIAS, MEIOS DE LOCOMOÇÃO E MEIOS DE ACESSO AO CAMPUS DA SAÍDA SUL.” PBL é a sigla em inglês para Ensino Baseado em Problemas. Metodologia inovadora de ensino que busca tirar o aluno de uma postura passiva, fazendo com que ele tenha maior participação no processo e de aprendizagem. Cabe ao professor criar o ambiente propício para que o aluno consiga chegar às soluções dos problemas apresentados. A dinâmica das aulas é diferente à do ensino tradicional. Os programas baseados em PBL possuem formato mais aberto, de forma que os alunos estejam sempre guiados por desafios possíveis de serem vencidos.
Laboratórios reversíveis Outra novidade: os laboratórios de informática estão agrupados em salas com paredes reversíveis. “Essa é uma prática muito utilizada em empresas privadas e uma tendência muito forte nas faculdades modernas. O professor reverte o espaço, que se transforma de acordo com a ocupação dos alunos”, explicou o gerente. Ele revelou que desde o início das aulas, teve de reforçar os laboratórios com mais técnicos em assistência. “E, se continuar a crescer no ritmo do último mês, teremos de trazer mais funcionários”, previu. Rodrigues está convencido de que o novo campus vai lotar. “A direção do UniCEUB tomou o cuidado de pesquisar e calcular as distâncias, meios de locomoção e meios de acesso ao campus da Saída Sul. O resultado dos estudos, baseado nos cálculos, é o de que não há no Distrito Federal unidade de ensino superior mais bem situada em termos estratégicos de transporte. “A Saída Sul está em um ponto-chave, é fácil de chegar, de sair e tem as menores distâncias em relação às cidades-satélites do plano piloto”, justificou. Ele resumiu a empreitada: “a estratégia foi bem pensada, empreendedor é isso; não hesita, faz, levanta paredes e lança à comunidade”. O campus tem 13 mil metros quadrados, dois blocos de salas de aula, subsolo, térreo, mezanino, dezenas de gabinetes de atendimento aos alunos e biblioteca. O hall de entrada tem 1,4 mil metros quadrados. O sentido de atendimento é imediato. Estão matriculados no campus da Saída Sul estudantes de Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Valparaíso, Samambaia, Santa Maria, Park Way, Riacho Fundo, Areal e Guará.
UniCEUB
Alunos
medalhistas
Paradesportistas do UniCEUB fazem bonito em São Paulo O UniCEUB deixou sua marca nos Jogos Paralímpicos Universitários de 2017, disputados na cidade de São Paulo. Lucas Victorio largou por três dias a Psicologia e lançou-se na Bocha. Foi um dos vencedores da principal prova. Medalha de prata para ele. Luna Melgaço, acostumada às raias das piscinas de Brasília, esqueceu um pouco o Direito e subiu ao pódio. Medalha de prata nos 100m Peito e de bronze nos 50m Livre para ela. Tássio Araújo desligou-se das tomadas da Engenharia Elétrica e se ligou na pista do atletismo. Mais medalhas. Ouro nos 100 e nos 200m. Lucas, Luana e Tássio competiram com mais 197 colegas de variados cursos de graduação de todo o país, nas modalidades
de Atletismo, Bocha, Judô, Natação, Parabadminton e Tênis de Mesa. Os jogos, em sua segunda edição, ocorreram no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), mesmo local que recebeu os Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017 e serviu como centro de aclimatação da delegação que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O CTP tem selo de acessibilidade plena e agradou bastante os alunos paradesportistas do UniCEUB. Segundo a Confederação Brasileira de Desporto Universitário, o CTP funciona como uma “plataforma onde os atletas com necessidades especiais praticam seus esportes e desenvolvem suas melhores performances”.
Tássio Araújo – Atletismo
Luana Melgaço – Natação
Após o sucesso na competição, os medalhistas já projetam o futuro. Já no mês de outubro haverá os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Luana Melgaço participará de torneios em Brasília e Fortaleza. Lucas Victório, por sua vez, encara o Campeonato Distrital de Bocha. Já Tássio Araújo foca na Copa Caixa. O UniCEUB oferece várias atividades aos alunos da Instituição por meio do Núcleo de Esportes. Futsal, voleibol, basquetebol, handebol, futebol, jiu-jitsu, nin-jitsu e natação são algumas das modalidades disponibilizadas à comunidade acadêmica.
#OrgulhoCEUB
Lucas Victorio – Bocha
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Esforço comemorado Aos 25 anos, a estudante de Direito Maria Eduarda Soares de Mendonça, portadora de necessidades especiais devido a suas limitações físicas, além de possuir visão quase nula, mantém sorriso que contagia e disposição de sobra para buscar seu sonho de seguir carreira na área jurídica. E mais um grande passo nessa direção foi dado: ela foi aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e está em processo de receber a tão sonhada carteira rosa. “Eu acho que só vou cair na realidade mesmo quando eu receber a carteirinha, porque é uma alegria tão grande. É um peso que a gente tira das costas, mas, ao mesmo tempo, a gente fica meio sem acreditar”, revela. Duda faz estágio na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e dedica-se diariamente
para poder fazer carreira no Ministério Público (MP). Desde os 10 anos de idade, a estudante faz palestras e participa de debates sobre acessibilidade e inclusão. Já foram mais de mil palestras contabilizadas. Para ela, vivemos em uma sociedade injusta, em que inúmeras pessoas com necessidades não são atendidas. Ainda assim, Duda revela outras preocupações: “o mundo não é injusto porque eu nasci com uma deficiência. O mundo é injusto porque deixa alguém passar fome, porque deixa outra pessoa ser presa por ter roubado um pão”. A mãe dela, Maria Elza Soares de Mendonça, conta que é um alívio ver a filha aprovada no exame da Ordem e que o empenho valeu a pena. Mãe e filha atribuem o sucesso e a recente aprovação na OAB ao Núcleo de Apoio ao
Discente do UniCEUB (NAD), que presta assistência de várias formas aos alunos. Ao longo de vários anos, o NAD cuidou para que ela recebesse a atenção devida, inclusive com uma pedagogaacompanhante para fazer as leituras, a descrição e a transcrição dos testes. Para Duda, o apoio educacional e científico do UniCEUB proporciona ao corpo discente um ensino de qualidade, permitindo o aprendizado e o aprofundamento na área de estudo. Segundo a futura advogada, a Instituição oferece “um nível acadêmico fora do comum”, o que torna o UniCEUB uma das referências de ensino superior do país. “A deficiência nunca me limitou. Eu sempre tive apoio da minha família e de vários anjos que passaram pela minha vida”, confidenciou.
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Mundo Estados Unidos, Portugal, Canadá e Londres são alguns dos países que têm universidades parceiras do UniCEUB, abertas para receberem alunos em intercâmbio. O Grupo de Pesquisa Mobilidade Acadêmi-
novo, aí vou eu ca do UniCEUB aponta que quase 60% dos estudantes brasileiros têm interesse em estudar fora do país. Outra grande percentagem já vivenciou algum tipo de programa de estudos no exterior. O Programa de Mobilidade Acadêmica incentiva alunos do UniCEUB a estudar no exterior. Entre as escolas parceiras, estão a University of California Berkeley, Estados Unidos; a Universidad de la República Uruguay, Montevidéu, Uruguai; a Università di Pisa, Itália; a Universitat de València, Valência, Espanha; e a Mount Royal University, em Calgary, Canadá. A estudante do curso de Direito Daniela Lopes já participou do programa e fez o intercâmbio na cidade de Porto, Portugal, um dos locais que mais recebem intercambistas na Europa. O programa incluiu diversos eventos acadêmicos, como palestras, seminários e encontros internacionais na Universidade do Porto. “Eu consegui me debruçar sobre os meus estudos em Portugal como eu não estava conseguindo fazer no Brasil. Eu tinha o dia inteiro de aulas e pensava em Direito e criminologia quase o dia inteiro.” O dia a dia no país estrangeiro enriquece o conhecimento da língua. Ou melhor, das línguas. Mesmo estando em um país de língua portuguesa, Daniela teve de se virar para entender e se comunicar com
pessoas de várias nacionalidades. “Dividir espaço e discutir o conteúdo das palestras com pessoas diferentes é muito bom”, crava Daniela. “A gente aprende e cresce com as outras pessoas.” Para ela, interessantíssimo também foi perceber o Direito com o olhar de estudantes de outros países. Conrado Castanho e Karina Berardo viajam em breve para os Estados Unidos e para Portugal. Conrado preparou-se estudando casos julgados pelos tribunais americanos. Agora ele embarca para a Universidade da Califórnia, em Berkeley. “É uma experiência desafiadora academicamente”, diz Conrado. Por sua vez, Karina Berardo, aluna de Jornalismo, já está arrumando as malas. “Estou muito ansiosa. É uma oportunidade que pode transformar minha vida de forma até definitiva, pois vou aprender a sobreviver, estudar e, quem sabe, até trabalhar em outro país. Depois desse tempo lá, mesmo que eu volte, as portas vão ficar abertas, se eu fizer um bom trabalho.”
17 Karina Berard
O UniCEUB dispõe de dois modelos para quem quer estudar fora. Em um deles, o aluno vai acompanhado do professor responsável. No outro, o mais utilizado, o aluno viaja sozinho. Nesse caso, o estudante escolhe o país, e o UniCEUB determina as disciplinas que ele pode cursar, cumprindo a grade curricular para ter seus créditos concedidos na volta. Os alunos ganham uma bolsa para gastar com passagem, moradia ou alimentação de acordo com suas necessidades. Mais de dez universidades espalhadas pelo mundo são parceiras do Programa de Mobilidade Acadêmica do UniCEUB, e o objetivo é ampliar ainda mais as oportunidades em novas parcerias duradouras. “A instituição tem mostrado uma preocupação cada vez maior em contribuir com a formação de discentes e docentes cada vez mais conectados com o mundo, e essas experiências têm sido de grande êxito”, diz o coordenador do programa, professor João Paulo Santos.
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Eric Nopanen
UniCEUB
Alô, alô, ouvinte! Está no ar mais uma edição do nosso programa. Hoje, vamos falar sobre um formato de comunicação que você talvez ainda não conheça: o podcast. No Brasil, pouca gente conhece essa mídia que brinda semanalmente seus seguidores com arquivos de conteúdo significante. Continue antenado, pois, até o final da nossa transmissão, você estará pronto para o seu primeiro episódio.
19 Em território brasileiro, o nome cresce timidamente e seu potencial ainda é pouco explorado. Porém, segundo dados do Google Trends, a procura pelo termo aumentou 56% no Brasil, nos dois últimos anos. Um dos maiores interesses é na resposta à pergunta: “o que é podcast?”. Então, primeiro, uma breve ilustração da sua origem.
• Em 2004 os iPods e demais dispositivos de reprodução de mp3 fazem grande sucesso, revolucionando a maneira de acoplar mídias em um só aparelho. • Agora, é possível ouvir o que quiser na rua, no trabalho, lavando o carro, caminhando no parque ou em qualquer outro momento em que o silêncio não é bem-vindo. • Surge uma forma diferente de transmissão: sob demanda (ou on-demand). • Um jornal britânico junta os termos “Pod”, de iPod, e “Cast”, de Broadcast (Transmissão, na tradução livre). • Nasce o Podcast.
Afinal, o que é? Em termos técnicos: são programas geralmente em formato de áudio ou de vídeo, que ficam armazenados em um servidor na internet e são transmitidos via feed RSS, que funciona como um índice atualizável dos arquivos disponíveis. Uma espécie de “rádio digital” com um grande diferencial: o conteúdo sob demanda. O usuário segue seus canais favoritos, e os novos programas são baixados na plataforma agregadora que ele estiver utilizando.
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UniCEUB Disseram que o rádio ia desaparecer, mas ele se reinventou. O podcast é hospedado em uma plataforma on-line, em que você segue seus canais favoritos. Atualizado semanalmente, os episódios são geralmente grátis e aparecem para você em um feed de notícias, assim como no Twitter. Isso significa que os usuários podem realizar o download ou reproduzir on-line os episódios de sua preferência e personalizar sua programação. Ou seja, você escuta o que quiser, na hora que bem entender. Basta abrir o local em que ele está armazenado e dar play no episódio. Quando surgiram, os podcasts eram conteúdos de nicho e pouco explorados. O primeiro nacional foi o Digital Minds, do Danilo Medeiros. Surgiu em 2004, falava sobre tecnologia e já foi descontinuado. Hoje, a mídia está ganhando força e conquistando um lugar ao sol. O mais popular é o NerdCast, liderado pelo time do site JovemNerd. Já o Nexo Jornal largou na frente como empresa jornalística com uma equipe dedicada a explorar o formato.
Como ouvir? • Aplicativo: existem diversos apps para celulares ou para tablets que permitem assinar seus programas preferidos, fazer o download deles e ouvir a qualquer momento. Entre eles estão o Overcast e o próprio Podcast, um dos aplicativos nativos no iPhone que acaba sendo esquecido por desconhecimento da sua funcionalidade. • Download no computador: dentro do portal virtual do canal, abra o post do episódio, clique no botão “download”, salve no seu computador e ouça em algum reprodutor. • On-line: o podcast pode ser acessado diretamente no portal dos seus criadores. Abra o post do episódio, clique no player e ouça on-line do seu navegador.
Um dos fatores desse crescimento no Brasil foi o boom dos smartphones, que permitiram a facilidade em baixar os programas e reproduzi-los em qualquer lugar. Essa maior conectividade permite que os programas possam ser escutados no avião, de um trator, cozinhando ou caminhando. Os temas são os mais abrangentes possíveis: cinema, TV, música, literatura, esporte, política, educação, religião, notícia, games, tecnologia, cultura e qualquer outro imaginável.
Dica: sabe aquelas horinhas perdidas em engarrafamentos? Se seu carro possui Bluetooth ou alguma forma de conexão com seu celular, baixe o aplicativo, conecte o aparelho e reproduza os podcasts no seu próprio rádio!
Jason Rosewell
Podcast na pós-verdade Em 2016, “pós-verdade” foi eleita a palavra do ano pelo Dicionário Oxford. Ela é utilizada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate social. Plataformas como Facebook e WhatsApp favorecem a replicação de boatos e mentiras. A situação agrava quando os algoritmos utilizados fazem com que os usuários tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas sociais. O podcast vem como o alfinete que estoura essas bolhas ao trazer senso crítico e levantar questionamentos acerca do mundo. Os programas são estruturados em um formato inovador, criando uma nova linguagem de conteúdo que permite duvidar, perguntar, refletir e buscar interpretar a complexidade do mundo em tempos obscuros de pós-verdade.
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Sugestoes para dar play Tem muito “podcaster”, como é chamado o autor de um podcast, produzindo material de qualidade por aí. Passe um café, se acomode no sofá, coloque um fone de ouvido e fique à vontade para dar play na seleção abaixo.
Episódio 95, Síndrome da Vinheta
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O podcast é do Murilo Gun, comediante pernambucano que começou a empreender aos 14 anos. Aborda temas sobre criatividade, empreendedorismo e aleatoriedades da sua vida pessoal. A Síndrome da Vinheta do Fantástico é um termo que ele utiliza para identificar o sofrimento das pessoas com o fim do domingo e a chegada da segunda-feira.
Serial
1ª temporada
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É considerado por muitos o responsável pelo surgimento da “era de ouro” dos podcasts nos Estados Unidos. Lançado em 2014 pela rádio pública americana NPR, é o mais bem-sucedido até hoje, com 5 milhões de downloads no iTunes. Os episódios são em inglês, e um canal brasileiro com formato semelhante é o Projeto Humanos.
Mamilos
Episódio 112, Três é demais?
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Mamilos também faz parte da família B9. Sob a premissa de entregar um “jornalismo de peito aberto”, Cris Bartis e Ju Wallauer trazem uma dose semanal de empatia, por meio de conexões entre grandes questões e a vida individual das pessoas. Neste episódio contam com a participação da terapeuta e sexóloga Ana Canosa e da psicóloga Janaina Reis. O objetivo é ampliar a compreensão sobre a sexualidade humana.
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Braincast
Episódio 226, Copa do Mundo de Buzzwords
O canal fala sobre criatividade, entretenimento e comunicação. O Braincast é uma ramificação de uma árvore genealógica maior de podcasts: a família B9. O episódio é uma disputa, no estilo FLAxFLU, para decidir qual jargão corporativo se transformou em uma piada e deve ser banido do vocabulário.
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NerdCast
Episódio 484, Histórias de um mecânico espacial
A equipe do JovemNerd entrevista Marcos Pontes, primeiro e único astronauta brasileiro. Marcos já pilotou aviões e naves da Rússia e dos Estados Unidos, e hoje é da equipe da NASA. Uma história fascinante sobre sua jornada, que começou terrena e transformou-se em espacial. Ilustrações @felipevazdesign
GunCast
Gastronomia
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Gastronomia Para quem quer trabalhar sem gravata, longe do escritório e ser chamado de chef. NOSSA RECEITA DE SUCESSO INGREDIENTES Uma porção de aulas interdisciplinares. Doses generosas de incentivo à pesquisa e de criação de novas receitas. Pitadas de aulas de línguas estrangeiras voltadas para a Gastronomia. Tempero especial para acentuar a gestão empreendedora nos alunos. Mix com os cursos de Nutrição, Biologia, Educação Física, Psicologia e Veterinária, por meio de projetos de extensão. MODO DE PREPARO Tempere, a seu gosto, com uma pitada especial de disciplinas optativas para a ampliação da formação do profissional de Gastronomia. Inclua em seu menu uma porção farta de “Farofa Cultural”, que oferece aos alunos a oportunidade de leituras, debates e pesquisas sobre Gastronomia. Conheça a “cozinha de campo” em aulas práticas exclusivas na chácara do UniCEUB. Sirva-se à vontade e desfrute o banquete.
O banquete está servido. Venha experimentar!
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