Geração UniCEUB 17

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PRESENTE Embaixador da Polônia, Andrzej Braiter, e a aluna de história Tiphany Cavalcanti. Os campi do UniCEUB em Taguatinga multiplicam as fontes de cultura e de conhecimento da cidade.

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E FUTURO


UniCEUB

editorial

expediente Geração UniCEUB é uma publicação institucional do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB

Maio, mês de aniversário

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do UniCEUB. Agora são 49 anos, faltando apenas um para completar meio século de fundação. Preparações para uma comemoração que faça jus à história desse gigante da educação superior já estão encomendadas. Setores já se mobili-

Reitor: Getúlio Lopes Vice-Reitor: Edevaldo Alves da Silva Pró-Reitora Acadêmica: Elizabeth Manzur Pró-Reitor Administrativo-Financeiro: Gabriel Costa Mallab Secretário-Geral: Maurício Neves Diretor Administrativo-Financeiro: Geraldo Rabelo Diretor Acadêmico: Carlos Alberto da Cruz Diretor do Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento: João Herculino Lopes Filho

zam para a grande festa. O que se sabe é que surpresas virão. Esta edição leva ao leitor percalços, vantagens e demais facetas do fenômeno de imigração aos Estados Unidos, em uma conversa produtiva com a advogada brasileira Jania Braswell. O leitor entenderá também por que Taguatinga e o UniCEUB forjaram uma liga tão poderosa em se tratando de ciência e de cultura. Já a entrevistada em “páginas internas” é Simone Roballo, coordenadora

UniCEUB Gerente Executivo de Marketing: Ricardo Costa Gerente de Comunicação e Eventos: Renata Pinheiro Editor: Paulo Brant Projeto Gráfico: André Ramos Redação: Camila Bandeira, Carolina Vieira Gabriela Queiroz, Luca Valério, Mateus Melis, Paulo Brant, Tiphany Cavalcanti Coordenação do curso de Jornalismo: Manoel Henrique Tavares Moreira

do curso de Psicologia, avaliado pelo MEC como um dos

Programacão visual: André Ramos, Nelson Dantas, Henrique Wanzeller, Felipe Vaz

mais eficientes do país.

Colaboração: Núcleo de Marketing Digital Revisão: Clarisse Mourão

Parabéns, UniCEUB, vamos juntos aos 50!

Fotografia: Pedro França, Sergio Alberto e Tereza Sá Impressão: Coronário Gráfica Tiragem: 4.000 exemplares

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3 entrevista

Estados Unidos, o destino preferido

Doutora em Direito pela Atlantas’s John Marshall Law School (EUA), Jania Braswell, residente na Flórida, em passagem pelo Brasil, visitou o UniCEUB e deu uma aula sobre aspectos da imigração de brasileiros aos Estados Unidos. Para os alunos, segundo ela, não há dificuldade em conseguir estudar naquele país, desde que os interessados comprovem que têm condições de arcar com os custos, incluindo moradia. A advogada aconselhou planejar primeiro e, depois, imigrar.

NÃO É FÁCIL SER ADVOGADO NOS ESTADOS UNIDOS. NÃO HÁ UMA UNIVERSIDADE A CADA ESQUINA, NÃO É FÁCIL SER ACEITO NO PROGRAMA DE DOUTORADO.

Acostumada a solucionar questões relacionadas à imigração, ela revelou que existem hoje, de maneira figurada, “verdadeiras excursões de mulheres grávidas para terem o filho nos Estados Unidos”. Jania Braswell é a entrevistada desta edição. Acompanhe.


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SE VOCÊ FOR A NOVA IORQUE, ENCONTRÁ MUITOS ITALIANOS E PORTUGUESES. NA FLÓRIDA, HÁ UM NÚMERO ENORME DE CUBANOS, HAITIANOS E LATINO-AMERICANOS, DE UM MODO GERAL, COLOMBIANOS E BRASILEIROS. É fácil uma brasileira ser advogada nos Estados Unidos? Não, não é fácil. Você tem de ter fluência na língua inglesa. Esse é o primeiro obstáculo, por isso eu estudei Engenharia Civil, antes de fazer o doutorado em Direito. Minha vantagem era ser esposa de um cidadão americano, então eu já falava a língua, que é a grande dificuldade. Outras dificuldades são comuns a todos os americanos. Não é fácil ser advogado nos Estados Unidos. Não há uma universidade a cada esquina, não é fácil ser aceito no programa de doutorado. Dependendo do estado, você tem de ter o juris doctor degree (pós-graduação em Direito). Então, é um passo a passo extenso, além de o exame da Ordem norte-americano ser tão difícil quanto o brasileiro. Existe uma série de leis éticas a que você deve se submeter e que são, de fato, cobradas; não é apenas algo que está nos livros. Você tem de obedecer àquelas leis na questão ética, no exercício da profissão; você tem de andar na linha, tomar muito cuidado. Além da ética e da con-

duta, existe a questão da conta de trust, que é uma conta auditorada, monitorada a todos estrangeiros que trabalham no país. Conte parte de sua trajetória até se tornar attorney at law nos Estados Unidos, onde advoga para estrangeiros imigrantes. Eu moro nos Estados Unidos, desde 2000. Comecei como advogada de imigração na Georgia, onde advogava para imigrantes do mundo inteiro. Hoje, estou na Flórida, onde a maioria dos imigrantes é brasileira, e a maioria dos meus clientes não tem problemas de imigração, pois faz parte do novo ciclo de imigrantes, isto é, a pessoa que está bem aqui, no Brasil, mas quer ir para os Estados Unidos para oferecer uma educação melhor aos filhos, ou para ter mais segurança. Essa pessoa, geralmente, não tem problema. Ela faz o processo direitinho. Aí é uma questão de procedimento. Mas temos, sim, alguns clientes que, por exemplo, cruzaram a fronteira do México e, apesar de estarem casados com norte-americanos

ou norte-americanas, não conseguem o green card (cartão ou status que permite a permanência e a moradia nos EUA, sem prazo de validade), então temos de dar entrada em algum processo, para pedir perdão. Porém, a maioria de meus clientes não sofre processo de deportação, onde não são asilados, não são refugiados. Eu trabalho com visto de empresário, de investidor, de trabalho, de estudante e de obtenção de green card em família. Portanto, é mais procedimento do que problema. Pelo fato de eu ser brasileira, quando eu fazia doutorado, as pessoas me faziam muitas perguntas. Comecei a trabalhar para um professor na Georgia; depois, mudei para a Flórida e tinha uma licença para advogar somente em questões federais, e imigração é uma questão federal. Então, mais pessoas me procuravam. Daí, surgiu a oportunidade. Hoje, a maioria dos meus clientes vem por indicação. Faço também trabalhos voluntários mais comuns nos Estados Unidos. Eu participo de eventos e dou palestras gratuitas. Então, quando você oferece


5 essa assistência à comunidade, respondendo a algumas perguntas, você atrai clientes para o seu escritório. Divulgo no Facebook também. Você é um exemplo de uma advogada brasileira, bem-sucedida profissionalmente, nos Estados Unidos. Você acha que os cursos daqui, a educação daqui, mesmo que tenha dito que as pessoas procuram melhores escolas lá fora, são suficientes para formar carreiras como a sua? Sim, claro. Eu acho que isso tudo depende da força de vontade da pessoa. As pessoas me perguntam como eu aprendi inglês. Eu fiz inglês durante quatro anos, em uma escola simples, em Taguatinga e, depois, fui para a faculdade. Você pode, sim, extrair todo conhecimento procurado, e isso não depende da instituição e, sim, do aluno. Contudo, é claro que instituições, como o UniCEUB, a Católica, a UDF e a UnB, são faculdades mais que preparadas para enviar alunos ao exterior.

Fale mais sobre vistos temporários e petição de cidadania. Tudo começa com uma carta do advogado, que faz um resumo do que é pedido, e, com isso, surge a “petição de cidadania”, ou a solicitação de visto temporário. Tudo na imigração é por meio de formulários. A petição tem, geralmente, no mínimo, 22 páginas e mais lista de anexos, que provam que o requerente preenche todos os requisitos para obter a cidadania. Acrescente, aí, as taxas a serem pagas, que são altas. Recebo mais pedidos de vistos do que de cidadania. O de cidadania é mais simples, pois a pessoa já mora lá. Meu escritório é 100% de imigração. Os resultados positivos são muito satisfatórios. Sem modéstia, eu tive dois casos negados para entrada de empresas novas. Eles negam 80% desses pedidos. É o chamado L1 – quando você abre uma filial ou uma subsidiária de sua empresa nos EUA e vai transferir um gerente, ou um executivo, ou um profissional especializado. Aí você pede o L1 para esse profissional, o que é negado, principalmente quando o gerente é o próprio dono

A MAIORIA DOS IMIGRANTES NÃO SÃO DOCUMENTADOS, OU ELES FORAM COM VISTO DE TURISTA E FICARAM, OU CRUZARAM A FRONTEIRA.

da empresa que se quer transferir. Eles entendem que houve excesso nos últimos anos, e, agora, isso ficou mais difícil. Como é, hoje, a geografia da imigração nos EUA? Depende da região. Se você for a Nova Iorque, encontrará muitos italianos e portugueses. Na Flórida, há um número enorme de cubanos, haitianos e latino-americanos, de um modo geral, colombianos e brasileiros. Uma curiosidade: a comunidade brasileira na Flórida é composta, majoritariamente, pelas mulheres, em que se destacam as empregadas autônomas, formadas pelo ensino médio. Na Georgia, há uma comunidade canadense muito grande. No Norte, há muitos italianos, chineses e japoneses. Os chineses são os que mais dão entrada no visto EB5, que é caro. A maioria vai pela educação dos filhos e por uma vida melhor. Eles sabem que a população da China é algo incontrolável, e os Estados Unidos são mais organizados. Eles podem andar de carro e não de bicicleta, pois não há superpopulação. Normalmente,


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UniCEUB O BRASILEIRO, HOJE, NÃO É MAIS O TUPINIQUIM. NA VISÃO DO MUNDO, NÃO SOMOS MAIS SOMENTE PELÉ E RIO DE JANEIRO. AS PESSOAS ME LIGAM E DIZEM: “JANIA, COMO O BRASIL É LINDO; NÃO IMAGINAVA!”. são muito inteligentes e valorizam a educação. Há muito chineses nos Estados Unidos. Na Califórnia e no Oeste, há muitos portugueses e africanos. Fiz muitos vistos para africanos, muitos nigerianos. Existem muitos brasileiros em Boston e em Nova Iorque, também. Pesquisas indicam que, quando você fala em imigração dos brasileiros, 41% miram os EUA. Na sua opinião, por que os EUA? Porque os EUA oferecem uma segurança do tipo: você pode abastecer o seu carro às 10 horas da noite, mesmo que esteja dirigindo uma Mercedes-Benz, e não vai ficar dentro do carro, vai sair, pois não existe o frentista. Então, é por essa segurança somada à questão da educação e à da oportunidade de trabalho. Mas eu acho que o novo índice de brasileiros solicitando entrada nos Estados Unidos não é por causa das finanças, mas, sim, por segurança e porque querem filhos em escolas boas. Verificamos, hoje, verdadeiras excursões de mulheres grávidas bra-

sileiras aos Estados Unidos, para terem seus filhos lá. No passado, podemos dizer que era muito em razão do trabalho, porque a mão de obra não qualificada no Brasil não rendia boa remuneração, enquanto a mesma mão de obra nos Estados Unidos, em trabalhos na construção, nas fazendas, gerava ganhos suficientes para o indivíduo pagar o aluguel, a prestação de seu carro e levar as crianças ao MacDonalds. Para você pagar um aluguel e morar em um bairro seguro aqui, você precisa ganhar bem. Lá, não. Para você dirigir um carro Toyota Corolla, você não precisa ser um empresário. Você pode ser uma manicure. Nos Estados Unidos, o acesso aos bens materiais é bem maior, o acesso à tecnologia, a uma TV de ponta, a um carro bom, a roupas boas. É o padrão que é melhor. As rodovias em que você dirige são mais bem cuidadas, não têm buracos, têm uma sinalização melhor. Voltando aos vistos, a obtenção do visto de estudante é simples?

É simples se você faz da maneira certa, se faz aqui, pelo consulado ou pela embaixada. Se você se aventura a ir aos Estados Unidos como turista e, depois, mudar, pode sofrer complicações. Qual é o tipo de complicação que lhe dá mais trabalho como advogada de imigrantes? Os maiores problemas decorrem do visto temporário. Algumas pessoas fazem coisas que o visto não permite. Por exemplo: um pastor vai com visto R1 autorizado a pregar a fé religiosa; se ele inventar de ir trabalhar pela igreja dele em outro lugar, está infringindo o visto; ele não pode trabalhar em outro lugar. Outro exemplo: o pequeno empresário não pode trabalhar em outro negócio que não seja o seu; estudantes não podem trabalhar de jeito nenhum. Então, normalmente, as pessoas entram em problema, porque fazem o que não deveriam. Há o segundo grupo que deixa o visto expirar. Eu tive um cliente, por exemplo, que estava com o visto H1B, de trabalho; ficou uns seis anos e não deu entrada no


7 green card; o visto expirou, e ele decidiu ficar lá. Por sorte dele, a filha casou-se com um americano, obteve a cidadania e passou para eles. Nem todo mundo tem esse privilégio. Ele se arriscou, ficou um tempo sem status e sem poder vir ao Brasil. Existe uma estimativa de quantos brasileiros deixam os Estados Unidos, são deportados mesmo não coercivamente, por estarem ilegais? Eles não fazem estatísticas por cidadania. Todavia, ouvimos que o Obama foi um dos presidentes que mais deportaram imigrantes, cerca de 1.500 por dia. Eles não dividem por nacionalidade, mas há muitos brasileiros incluídos aí, que cruzam a fronteira do México, ou outros que vão de avião com o visto B1, ou B2 e ficam. A maioria dos imigrantes não são documentados, ou eles foram com visto de turista e ficaram, ou cruzaram a fronteira. Os Estados Unidos ainda são o destino da maioria dos imigrantes no mundo? Sim, sobretudo, porque a Europa

vive uma crise com os refugiados e os asilados. As pessoas temem pela própria segurança, em razão do terrorismo e, principalmente agora, com a administração Trump, que tem prometido que vai atuar, acirradamente, na questão da segurança. As pessoas têm-se sentido seguras de certa forma, embora seja uma segurança utópica, porque é difícil você controlar o terrorismo, não dá para extinguir; há possibilidades de minimizar, mas eu acho que sempre vai existir. Com a chegada de Trump, como fica a imigração? Há boatos ainda. Não temos a certeza do resultado. O green card, por exemplo, que é para os familiares, vai permanecer. Você vai continuar podendo dar o green card para o seu filho, para o seu cônjuge, para os seus pais. O maior problema, hoje, de imigração nos Estados Unidos está na fronteira com o México, que se tornou a grande porta de entrada das drogas. Não precisa buscar mais na Colômbia. A partir disso, aparecem crimes violentos, como homicídios, lesões corporais graves e tráfico de crian-

Prédio do tribunal de justiça da Flórida, onde atua a advogada brasileira Jania Braswell, nascida em Crateús (CE)

ças, para servirem como mulas, carregando drogas. Eu acho que esse tem sido o maior problema. Não sei se o muro vai resolver. Quem sabe ajude, mas as estatísticas têm mostrado que o número de imigrantes cruzando a fronteira diminuiu 40% desde que Donald Trump tomou posse. A economia nos Estados Unidos não está no auge. Então, Trump tem dito que vai atrair empresas que gerem renda e empregos lá, e isso dá uma levantada na economia. Essas promessas, inclusive a de diminuir impostos das empresas, têm mantido as bolsas de valores no pico, e isso demonstra otimismo dos empresários. Trump declarou que as empresas estrangeiras são bem-vindas. Eu, como advogada de imigração, tenho uma percepção de que o contexto vai melhorar para pessoas que querem investir e para profissionais qualificados. Ele é a favor da imigração legal, é contra a imigração ilegal, aquele que fura a fila ou que cruza a fronteira. A imprensa não tem sido correta com ele, ao deturpar os fatos. A mídia não deixa claro que ele quer combater os imigrantes ilegais, criminosos e terroristas. Na sua opinião, como os americanos veem, hoje, o Brasil e os brasileiros? A imagem do Brasil mudou lá fora. Inclusive, recentemente, eu dei uma palestra sobre isso, sobre o perfil do brasileiro. O país foi mostrado ao mundo durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O brasileiro, hoje, não é mais o tupiniquim. Na visão do mundo, não somos mais somente Pelé e Rio de Janeiro. As pessoas me ligam e dizem: “Jania, como o Brasil é lindo; não imaginava!”.


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l e it u r a

Extramuros

Lançado no início de abril, Extensão universitária é um livro que apresenta a estruturação dos projetos de extensão que o UniCEUB executa por meio dos alunos e dos professores, em benefício da população. A linguagem é a mais simples possível, com o intuito de chegar, facilmente, à leitura da comunidade. Organizado pela Diretoria Acadêmica, a obra reúne nove artigos, e cada um explica a experiência proporcionada pelos respectivos projetos. Um dos textos, por exemplo, revela aspectos da violação de direitos humanos e as formas de combatê-la. Esse projeto traba-

lha também com recursos de conscientização. Outro capítulo do livro revê a história das agências de notícias pelo mundo e apresenta a Agência de Notícias do UniCEUB, que pauta

Professores Roberto Freitas e Renata Bittencourt sendo homenageados pela reitoria durante lançamento da revista

jornais, sites e emissoras de rádio e TV da capital brasiliense. Para quem não sabe, a Agência de Notícias do UniCEUB é mais um projeto de extensão e é gerida pelos alunos de Jornalismo. Em outro artigo, a obra relata experiências positivas, em se tratando de recuperação de atletas e de prevenção de lesões. É o projeto de Assistência ao Atleta, aquele profissional que quer, um dia, chegar a disputar uma Olimpíada. O livro comprova que, se não pode mudar o mundo, o academicismo serve para atenuar mazelas ao seu redor e que a extensão põe a mão na massa, por um mundo melhor.

Abrangendo vários ramos A professora do curso de Administração Luciana Lanchote é o destaque da vez da Geração UniCEUB. Seu envolvimento é tanto que é também coordenadora do curso de pós-graduação em Gestão de Marketing do UniCEUB e, nas horas vagas, é consultora empresarial. Ou seja, são quase 24 horas pensando em Administração. A professora do UniCEUB percorreu longo caminho, entre cursos especializados e empresas, até ser professora. Filha de empresário, Luciana Lanchote é natural de Batatais, interior do estado de São Paulo, e formou-se

em Minas Gerais. A professora frequentou duas outras graduações, antes de se decidir por Administração. Segundo ela, a possibilidade de projetar os estudos em vários ramos da atividade empresarial foi determinante. “Engana-se quem

acha que Administração é para quem não sabe o que quer. Administração é para quem é capaz de querer tudo”, observou. A administradora chegou à capital em 2011, casou-se, teve um filho e enraizou-se de vez na cidade. Em 2016, passou a dar aulas no UniCEUB. “Comecei a sentir o prazer em ensinar”, lembrou. Para ela, o professor tem de ouvir os alunos, as suas histórias. A professora conta que, ao final de cada aula, surge uma mensagem de reflexão. “Hoje, posso dizer que sou grata a todos que dividem comigo o meu caminho. Sou uma pessoa realizada”, declarou.


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DECISÃO JUDICIAL O Instituto de Diálogos Constitucionais do UniCEUB (IDCON) recebeu o ministro e presidente da Corte Constitucional da Argentina, Ricardo Luís Lorenzetti, que falou sobre a Teoria da decisão judicial. O IDCON abriu a palestra aos alunos da graduação e da pós-graduação. Participaram também os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, além do professor do mestrado e do doutorado em Direito do UniCEUB Carlos Ayres Britto. O ministro do STF e relator da Lava-Jato, Edson Fachin, abriu a palestra do colega argentino e tratou da im-

portância de Lorenzetti para a história do Direito Internacional: “Ele é doutor em Direito pela Universidade Nacional do Litoral, em Santa Fé. No Brasil, ministrou aulas nas principais faculdades de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. É autor de, aproximadamente, 40 obras. O professor Lorenzetti, não apenas na Argentina, mas também aqui e em outros países, é uma de nossas referências e representa uma espécie de renascimento do direito civil”. Em sua apresentação, o ministro argentino falou sobre o estudo das decisões judiciais em contexto atual e expôs uma reflexão teórica sobre a questão. Ele realçou a importância da criação de um debate democráti-

“VISTAS TODAS AS FORMAS DE DISCUSSÃO E POSSÍVEIS DECISÕES, QUE SE CONCORDEM OU NÃO COM SEUS PARADIGMAS, NÓS POSTULAMOS A IDEIA DE QUE O JUIZ TEM DE APRESENTAR, OU PROMOVER, O DEBATE DEMOCRÁTICO NO TRIBUNAL, POIS ISSO É NECESSÁRIO PARA QUE HAJA TROCA DE IDEIAS” Ricardo Luís Lorenzetti, ministro e presidente da Corte Constitucional da Argentina

co por parte dos juízes pelo excesso de informações contidas na Constituição. “Vistas todas as formas de discussão e possíveis decisões, que se concordem ou não com seus paradigmas, nós postulamos a ideia de que o juiz tem de apresentar, ou promover, o debate democrático no tribunal, pois isso é necessário para que haja troca de ideias”. O ministro Barroso e o professor Carlos Ayres observaram o interesse demonstrado pelos estudantes que se aglomeraram no auditório. “É impressionante! Nós, profissionais do Direito, sentimos satisfação enorme em receber o retorno dos alunos. Essa proximidade é muito estimulante”, comentaram.


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VOCÊ CRÊ EM TUDO QUE LÊ NO FACEBOOK? Elas vêm disfarçadas com manchetes alarmantes e carentes de fontes. Ainda assim, influenciam leitores que não sabem separar fatos de boatos. A coluna Vida Online desta edição apresenta um assunto polêmico: notícias falsas na internet. Há um tempo, diziam que “a internet era só mato”. Na aba do Facebook, a maior rede social do mundo, havia um campinho de jogar bola. Hoje, há uma comunidade global poderosa e conectada, composta por milhões de diferentes direções que prendem você em um labirinto cibernético. Você explora, desbrava e aprende mais a cada trajeto, até que se depara com uma parede naquele emaranhado de caminhos: uma notícia falsa. Cuidado! Área perigosa! Em 2016, o Facebook foi alvo de críticas após as eleições presidenciais estadunidenses. O alvoroço veio da crença de que notícias falsas veiculadas na plataforma pudessem ter influenciado a escolha dos eleitores. Esse conteúdo foi acusado de ser frequentemente mais lido do que reportagens de conteúdos jornalísticos com credibilidade. Por ser o principal meio de informação de grande parte da população mundial, a empresa criada e comandada por Mark Zuckerberg virou o ano com uma resolução: combater o avanço da desinformação nas redes sociais. Para caminhos sem saída, um localizador de mentiras O Facebook trabalha para erradicar esse problema. Os norte-ame-

ricanos já conseguem identificar notícias suspeitas na plataforma, e você, leitor, poderá também, daqui a algum tempo, fazer isso. Afinal, como funciona a novidade? Com a nova ferramenta, as matérias falsas podem ser denunciadas pelos usuários, então passarão pelo crivo de organizações parceiras, como agências independentes de checagem de fatos e grandes empresas de comunicação. O Facebook já anunciou parceria com as norte-americanas Snopes e PolitiFact e com o jornal francês Le Monde, entre outras organizações. Notícias contestadas já aparecem no feed dos norte-americanos e vêm acompanhadas de um sinal de atenção ilustrado por um ponto de exclamação, junto à mensagem disputed (ou “contestada”, em tradução literal). Além disso, as pessoas têm acesso à informação de quais organizações contestam a veracidade do material juntamente com um link direcionando a um artigo, que explica por que o conteúdo pode ser duvidoso. Se o usuário optar por compartilhar um post classificado como falso em seu perfil, aparece uma mensagem que questiona se ele está ciente de que ela é potencialmente duvidosa. A nova ferramenta não permite que esses conteúdos sejam patrocinados na rede social.

Usuários brasileiros que utilizam seu perfil em inglês já conseguem ver a iniciativa em funcionamento, mas ainda não conseguem interagir. Isso acontece porque a função não está em operação no Brasil. Desconfie! Nesse labirinto virtual, os caminhos têm armadilhas. A desconfiança é sua arma principal contra elas. É papel da imprensa identificar a verdade e separá-la da mentira, mas é papel do usuário prevenir o rumo do que tomamos como verdade. Enquanto o Facebook ainda testa a ferramenta no Brasil, existem precauções para não cair na cilada: - saber de onde vêm as informações que você consome; - não acreditar em manchetes com tons alarmantes; - checar o detalhamento das informações, como locais e datas; - fugir de notícias mal estruturadas e com pedido de compartilhamento enfático. É papel do usuário checar se o que se reproduz é verdadeiro ou não. A pena para injúria, calúnia e difamação na internet é a mesma do Código Penal: de três meses a dois anos de detenção, além de multa. Por enquanto, precisamos ficar atentos para achar a saída desse labirinto virtual, sem cair em armadilhas.


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@felipevazdesign


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UniCEUB APRESENTA

Para comemorar os 30 anos de tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade, o UniCEUB convidou 12 fotógrafos que reúnem imagens da capital. O resultado pôde ser apreciado na exposição itinerante Brasília: patrimônio fotográfico, no campus I de Taguatinga e no da Asa Norte. São retratos com diferentes perspectivas de profissionais da moda, do fotojornalismo e da publicidade. Uma das cenas comuns e incomuns da cidade foi captada de cima de um helicóptero. Em outra,

o fotógrafo andava sem compromisso e percebeu que estava diante de um movimento típico de Brasília: crianças brincando no pilotis. Outro foi à rodoviária, em busca de gente de todos os matizes e lugares do país. Isso é Brasília. Assim é a exposição – com muitos ângulos. “Brasília é fotogênica, tem arquitetura reconhecida mundialmente e é um convite para fotografar”, observou Tereza Sá, uma das fotógrafas. A inauguração foi no espaço UniCEUB Cultural do campus II de Taguatinga. Artistas, jornalistas,

professores, alunos e curiosos passearam pelas fotos, com certo ar de orgulho pela cidade, com sua arquitetura e traçado único, reconhecida pela Unesco como patrimônio mundial, desde 1987. Sergio Alberto, outro participante, enfatizou a necessidade de iniciativas iguais a essa, em que as pessoas possam trocar ideias, olhares, percepções, interagindo com as obras, “Vivemos um momento delicado de virtualização dos encontros. Ao promover um coletivo de fotógrafos para uma


© Zuleika de Sousa © Clausem Bonifacio © Tereza Sá © Renato Mendes © Kazuo Okubo

© Bruno Pereira

© Plínio Ricardo © Isabela Lyrio © Bento Viana © Sergio Alberto

exposição física com quadros reais e uma abertura oficial, o UniCEUB legitima a importância do encontro das pessoas com a troca de conhecimento do ambiente acadêmico, e isso é fantástico!”, elogiou. A exposição itinerante Brasília: patrimônio fotográfico abriu a temporada do ano no espaço UniCEUB Cultural, que fica no campus II de Taguatinga. O espaço cultural é aberto à população e já abrigou diversas manifestações artísticas, entre pinturas, esculturas, fotografias e instalações.

© Gilberto Soraes

© Clausem Bonifacio

© João P. Teles

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O palestrante José Eduardo Cardozo, professor da pós-graduação do UniCEUB, entre juristas, convidados, e dirigentes da casa

Problema à luz do sol

O Centro Brasileiro de Estudos Constitucionais (CBEC), entidade vinculada à pós-graduação do UniCEUB, promoveu a primeira sessão de conferências e palestras sobre o tema sistema prisional e descriminalização das drogas. O convidado para falar do assunto foi o professor da pós-graduação em Direito no UniCEUB, ex-ministro da Justiça e ex-advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, que observou as penas que mutilavam ou matavam as pessoas tornarem-se erro econômico a partir do século XVI, pois o Estado necessitava de mão de obra apta para lutar nas guerras e para trabalhar em produção de maior escala. De acordo com a visão do ex-ministro, as relações sociais geram as mudanças que atingem a coletividade. Cardozo apresentou dados de 2014, ano em que havia, no país, 622.222 presos, população carcerária entre as quatro maiores do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, da China e da Rússia. No momento em que esses países estão propensos a reduzir o número de encarcerados, o Brasil caminha na

direção contrária. De 2014 para cá, as prisões, entre elas, as chamadas provisórias, só aumentam. Segundo o ex-ministro, o sistema prisional gera violência nas ruas, em decorrência das ações das organizações criminosas geridas dentro dos presídios. “Esses grupos determinam ações, desde o controle do tráfego de drogas até roubos, sequestros, extorsões e outros crimes, com a finalidade de arrecadar recursos.” O ex-ministro revelou que estudos já detectaram braços das organizações nos Estados Unidos e na Europa e que as siglas corrompem autoridades de todos os poderes. “Chegamos ao ponto de verificar que cooptam alunos formandos em Direito, para prestar concursos e ocupar cargos de destaque no meio jurídico. Além disso, financiam políticos para ser eleitos no parlamento”. Conforme o palestrante, chegou o momento de o Brasil “colocar o problema à luz do sol.” A verdade, de acordo com ele, é que os grandes traficantes de drogas não são aprisionados. “Esse é um dilema crucial que os governantes não querem enfrentar”, enfatizou.

Cardozo entende que a cultura do aprisionamento é alarmante. Por outro lado, observou que milhares de mulheres usuárias de drogas são levadas, sem necessidade, para as cadeias. “Os governantes e as autoridades têm de ser chamados para discutir essa situação indigna”, opinou. Ele se declarou favorável a que se façam debates e estudos no sentido de viabilizar a descriminalização das drogas no Brasil. “É preciso avançar na questão, sem dogmas e sem preconceitos”, reiterou. “Nenhum tema é tabu hoje”, declarou à plateia o presidente do CBEC, ministro Carlos Ayres Britto. O ano de 2017 será de temas polêmicos para o CBEC. “O tema central será a refundação das instituições no país.” anunciou. A palestra inaugural de José Eduardo Cardozo foi transmitida para os canais oficiais do UniCEUB, na internet e para o Youtube. Antes da palestra, crianças do Coral Viver, ONG atuante na Cidade Estrutural, interpretaram as músicas Asa branca, de Luiz Gonzaga, e Águas de março, de Tom Jobim, sob a regência da maestrina Carla Cristina Sá.


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Rumo aos 50 Maio, mês do aniversário do UniCEUB

“Completamos 49 anos, e eu agradeço a todos que fazem o UniCEUB acontecer. São muitas histórias, conquistas, fruto de dedicação e trabalho árduo.” A pró-reitora observou que mais de 22 mil pessoas circulam por dia nos campi.. Para ela, esse dado reflete o nível de organização e eficiência da instituição. “Estamos no auge da maturidade”, afirmou. Beth Manzur frisou que nos dias de hoje é possível mensurar a presença do UniCEUB na sociedade brasiliense. “Encontramos ex-alunos em todos os setores na cidade.” Ela adiantou que na preparação para as comemorações dos 50 anos, aparecerão algumas surpresas. “Até lá teremos mais conquistas e avanços para comemorar”, prevê a pró-reitora.

Fundado oficialmente no dia 3 de maio de 1968, o UniCEUB confunde-se com a história da capital do país, levantando edifícios, contratando professores e colaboradores e oferecendo educação de qualidade.

D R . Jo ã o , Herculinoitor e primeiro rEUB do UniC

Os primeiros cursos abertos foram Direito, Pedagogia, Economia, História, Letras, Contabilidade, Administração e Filosofia. Hoje são oferecidos mais de 30 cursos de graduação e mais de 70 da pósgraduação, espalhados pelos quatro campi:: Asa Norte, I e II de Taguatinga e Saída Sul. No final da primeira década do século XXI, em 2009, o UniCEUB recebeu avaliação máxima do MEC, com nota 5 em conceito institucional, passando a ser reconhecido como um dos melhores centros universitários do país.

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UniCEUB

MÚLTIPLAS VERTENTES

Inaugurado no primeiro semestre de 2013, o campus I de Taguatinga revolveu o sistema educacional da cidade e de localidades próximas,

como Águas Claras, Ceilândia e adjacências. Em menos de dois anos, já estavam em oferta sete cursos de graduação e dois superiores tecnoló-

gicos. Não demorou muito para que houvesse expansão. Em 2015, novo espaço de 20 mil metros quadrados, com 50 salas de aula e dezenas de laboratórios tornou-se o campus II de Taguatinga. Mais de vinte cursos alargaram o conjunto de opções aos jovens da região. Os campi de Taguatinga passaram a receber palestrantes conhecidos nacional e internacionalmente. Mais recentemente, o embaixador da Polônia, Andrzej Braiter, esteve no campus I e manifestou grande entusiasmo, ao perceber o interesse dos alunos em sua palestra História política da Polônia após a Segunda Guerra Mundial. Para ele, são iniciativas como essa que mostram o quanto a juventude é ávida por cultura de maneira geral. O embaixador


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circulou entre os estudantes e tirou fotos com vários deles. Paulo Vitor Nunes, aluno de licenciatura em História, afirma que, “por sermos universitários, acabamos focando apenas em plataformas mais tradicionais, em livros e textos, mas buscamos métodos diferentes de estudo”. Ele estava na plateia do auditório do campus II e assistia ao filme de longa metragem A casa dos espíritos (1993), de Bille August, exibido como parte do projeto Cine UniCEUB. As projeções iniciaram-se no campus da Asa Norte e, rapidamente, abriram espaço em Taguatinga. Quase semestralmente, inovações surpreendem os estudantes. Neste primeiro semestre de 2017, uma das novidades foi o laboratório prático de

solos e materiais, organizado para o curso de Engenharia Civil e instalado dentro de contêineres adaptados, em que, literalmente, os alunos colocam a mão na massa. “É incrível o quanto o UniCEUB se multiplica em vertentes e nos dá bom suporte”, afirmou Maria Luiza de Oliveira, cursando o terceiro semestre de Engenharia Civil. As primeiras turmas de Taguatinga colaram grau no ano passado. Os formandos são dos seguintes cursos: superior em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de sistemas, campus I; Superior em Tecnologia em Gestão Pública, campus II; Superior em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, campus I; Relações Internacionais, campus I; Ciências da Computação, campus I de Taguatinga; Superior em Tecnologia em Design de Interiores, campus II; Superior em Tecnologia em Gestão Pública, campus II.

Para o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, da Secretaria de Educação do DF, Fábio Pereira de Sousa, a criação de qualquer instituição superior, em qualquer região que seja, muda a economia local a curto prazo, com a contratação de mão de obra para atuar na unidade, ou a longo prazo, “quando se vê uma comunidade mais preparada para as exigências do mercado de trabalho”, completou. Fábio Sousa observa que instituições, como o UniCEUB, estando mais próximas da comunidade, incentivam os jovens a vislumbrar a educação superior. “A partir do momento em que os nossos jovens veem o ensino superior como algo presente em seu dia a dia, ao seu redor, o interesse por ingressar em uma instituição aumenta, então teremos, no futuro, uma população mais preparada”, concluiu. Atualmente, cerca de 4.200 alunos estão matriculados em Taguatinga.

BOX CULTURAL Localizada no coração da Europa, a Polônia transformou-se, depois da queda do Muro de Berlim, em uma democracia estável, com economia dinâmica. Com histórico de invasões e destruições, o país, hoje, abriga 38,5 milhões de habitantes. Suas ruas são vibrantes e recebem turistas de todo o mundo. O filme A casa dos espíritos é uma adaptação do romance escrito pela chilena Isabel Allende. O livro narra a saga da família Trueba ao longo de três gerações. As mulheres e as questões femininas assumem o protagonismo num contexto de mudanças sociais e políticas, na América do Sul, no final do século XX, mais predominantemente, durante a ditadura militar imposta no Chile.


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Quem conhece os

doces do cerrado?


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Os alunos do curso de Gastronomia aceitaram um desafio inusitado: influenciar os chefs da cidade a incluir o “bioma do cerrado” nos pratos da capital. Com o tema Práticas de Cozinha Social e a Gastronomia do Cerrado, a renomada chef Eliane Regis e os representantes da ONG Slow Food, Jean Marconi e Dayla Duarte, promoveram palestra e aula expositiva sobre doces de frutos locais, como a castanha de baru, o jatobá, o pequi e a pimenta rosa. Os palestrantes ressaltaram a importância de se preservar a flora do bioma regional, essencial à produção dos alimentos que se utilizam dessa vegetação. Foi a primeira vez que aconteceu uma exposição prática de culinária entre os estudantes de Gastronomia. Os resultados foram positivos, pois a aula foi um incentivo para se inserir mais alimentos nativos nas dietas dos brasilienses e, consequentemente, para se comercializar esses produtos nos restaurantes da cidade. Foi nesse ambiente que o ginásio do campus da Asa Norte se transformou em uma enorme oficina de doces feitos com as frutas típicas da

região, seguida de degustação. De acordo com o professor Henrique Salsano, esses produtos ainda são pouco conhecidos. “O processo de fazer chegar ao prato do consumidor é longo, carece de pesquisa e, para isso, as universidades são fundamentais”, disse ele. O professor avalia que integrar os frutos nativos à arte de cozinhar não é um ato isolado, uma vez que favorece a preservação do bioma e pro-

tege a cultura e a economia regional. Segundo Salsano, o consumo de biomas próprios acontece em outros lugares. “É uma preocupação atual, contemporânea”, afirma. O professor conta que, durante o semestre letivo, os alunos do UniCEUB têm como prova desenvolver pesquisas que resultem na montagem de pratos que sejam “a cara de Brasília”. E os doces do cerrado já estão no cardápio.


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“TEMOS MUITO QUE CAMINHAR NAS POSSIBILIDADES QUE O BIOMA CERRADO TEM A NOS OFERECER, O PROCESSO DE FAZER CHEGAR OS PRATOS AOS RESTAURANTES É LONGO” Professor Henrique Salsano

BOX CULTURAL Os frutos do cerrado caracterizam-se por possuírem sabores bem marcantes. Por isso, para a maioria, o interessante é fazer doces e compotas. A castanha de baru é uma amêndoa com sabor bem próximo ao do amendoim e pode ser utilizada em qualquer receita que demande uma castanha, ou que o efeito final requeira uma crocância. Da polpa do jatobá, em geral, é prepada a farinha para a produção de bolos e biscoitos. A pimenta rosa tem um efeito estético, uma leve picância e um sabor pungente, que combina muito com carnes vermelhas, por exemplo. O pequi é bem versátil, pois aproveitamos a polpa e a castanha. A castanha lembra bem de longe o sabor forte e pronunciado da polpa do pequi; já a polpa, adorada por muitos e odiada por alguns, combina bem com vários outros alimentos, como o arroz com pequi, um clássico da culinária do Centro-Oeste.


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Foco no resultado coletivo

Com número de matriculados sempre em alta, o curso de Psicologia simboliza a solidez do UniCEUB, ao lançar, no mercado de trabalho, profissionais altamente preparados. Às vésperas de a instituição completar 50 anos, a coordenadora do curso, Simone Roballo, fala sobre o que se enfatiza no curso, junto aos alunos, e sobre outros conceitos. Em linhas gerais, o que o aluno aprende e como aprende, passando por cadeiras básicas de Psicologia, e indo até as áreas de atuação, já no final do curso? O currículo de Psicologia é estruturado no desenvolvimento de competências que envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes. Nossa preocupação, portanto, não é apenas com o conhecimento adquirido pelo aluno, mas com a aplicabilidade desses conteúdos e com a demonstração de valores éticos profissionais. Por se tratar de um curso de formação que envolve as áreas de ciências humanas e da saúde, consideramos que as habilidades e as atitudes desenvolvidas farão o diferencial do profis-

sional de sucesso. Nos oito primeiros semestres, são desenvolvidas competências gerais de qualquer psicólogo e, nos dois últimos semestres, o aluno opta por uma ênfase. No UniCEUB, oferecemos três ênfases: em processos clínicos; em processos educativos e de saúde; em processos organizacionais e Sociais. Nessas ênfases, o aluno tem a possibilidade de aprofundar determinada área de conhecimento da Psicologia e refinar habilidades específicas. Durante o curso, procuramos alinhar a teoria à prática. Isso se apresenta de diversas maneiras: trabalhos de campo que são solicitados pelas disciplinas; atividades de ensino realizadas nos laboratórios; atividades práticas de

disciplinas a partir do 2º semestre, desenvolvidas em nosso campo de estágio; oferta de projetos de extensão realizados junto aos alunos de final de curso que estão em fase de estágio. Atribuímos muita importância à experiência, que é um dos pilares da nossa proposta pedagógica e da formação de alunos mais autônomos. Nas aulas, utilizamos, prioritariamente, procedimentos que estimulem a participação e a troca de experiências entre os alunos, tais como, aulas expositivas dialogadas; discussões de textos; mesas-redondas; seminários; trabalhos individuais e de grupo; pesquisas; trabalhos de campo; análise de artigos científicos, de notícias, de filmes, de leis e de resoluções.


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UniCEUB Hoje, as empresas já praticam, mais sistematicamente, conceitos e dinâmicas da Psicologia Organizacional. Como funciona essa área, e quais os seus resultados? A Psicologia Organizacional é uma das áreas oferecidas com estágio, além de Psicologia Clínica, Escolar, Social, da Saúde e do Esporte. Os alunos estagiários atuam em função das demandas das empresas conveniadas, públicas ou privadas, que podem ser desde análise de cargos, seleção, treinamento e avaliação de desempenho, planos de carreira, gestão por competências até diagnóstico de clima organizacional, entre outras. A realização desses processos organizacionais depende de um diagnóstico prévio e da estrutura de cada empresa. Em função da procura por consultorias que recebemos, temos comprovado o quanto esses processos auxiliam o crescimento das empresas e dos alunos, é claro. O curso de Psicologia do UniCEUB mostrou que a conscientização junto aos alunos formandos tem dado certo, em se tratando de valorização da graduação e para efeito de realização do Enade junto ao MEC, tanto é que Psicologia alcançou nota 4. Como vê essa evolução? O que fazemos é um trabalho de esclarecimento quanto ao que é o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), sua função e objetivos, o papel do estudante nesse processo e os papéis dos professores e da instituição na qual estudam. A visão do corpo docente e dos gestores sobre o Enade é exaustivamente discutida entre eles, para, em seguida, ser dividida com os alunos, que assumem uma atitude favorável a sua realização.

Entendemos que o Enade é importante instrumento de avaliação externa que contribui, sobremaneira, para o aprimoramento do curso. Os resultados positivos que os alunos de Psicologia obtêm no Enade, seja no desempenho da prova, seja no questionário de percepção dos alunos em relação ao curso e à Instituição de Ensino Superior (IES), é fruto de um trabalho de longo prazo desenvolvido pela coordenação e pelos professores, que estabelece, nas relações entre coordenação, professores e alunos, um clima de respeito, confiança, credibilidade e transparência. Procuramos realizar um trabalho coletivo entre gestores, professores e com a participação do aluno, desde a construção da matriz curricular em vigor até as ações de acompanhamento e avaliação do currículo. O que entendo por evolução é a conquista de uma relação de parceria estabelecida entre os agentes envolvidos, cada qual assumindo suas responsabilidades, mas com foco num resultado coletivo. Para nós, gestores e docentes, essa parceria está

demonstrada na progressão, na curva ascendente dos resultados obtidos no curso de Psicologia do UniCEUB, nos últimos anos. Em 2018, o UniCEUB faz 50 anos de funcionamento. O que isso representa para a senhora? Representa a consolidação de uma empresa séria, comprometida com o que faz, que traça suas metas, que se propõe a oferecer um ensino de excelência e que tem alcançado esse objetivo facilmente comprovado pela aceitação e pela credibilidade que o UniCEUB tem na sociedade. A solidez dessa empresa pode ser percebida também pelo crescimento e pela expansão que o UniCEUB teve nos últimos tempos. Mesmo em um contexto de adversidades, como a recessão econômica em que o país vive, ampliamos serviços, abrimos outros campis e investimos na formação dos nossos alunos. Acredito que uma empresa que chega aos 50 anos, com sucesso, é o resultado do investimento e da valorização de seu maior patrimônio: seus recursos humanos.

PROCURAMOS REALIZAR UM TRABALHO COLETIVO ENTRE GESTORES, PROFESSORES E COM A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO, DESDE A CONSTRUÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR, EM VIGOR, ATÉ AS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO.


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Ves�ibular

Somos a �radição, a inovação e a melhoria constante.

Novo Campus! Saída Sul.

Somos 49 anos de tradição e a inovação em 39 cursos superiores, formando profissionais, pessoas e histórias. Somos a melhoria constante em cada um dos nossos campi, campi na Asa Norte, em Taguatinga e, agora, na Saída Sul.

Somos conectados com o seu tempo! As transformações começam aqui. E o seu futuro começa agora.

UniCEUB. Viva essa experiência.

uniceub.br


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