JORNAL EXPERIMENTAL DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UNISC - SANTA CRUZ DO SUL VOLUME 19 nº 1/maio 2013 - EDIÇÃO ESPECIAL
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EDITORIAL
OPINIÃO
OPINIÃO
Comunicação da Unisc mergulha para novo momento Há 35 anos, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) contribui para o impulso da pesquisa no País e, por conseguinte, na produção de conhecimento. A entidade sobreviveu ao período da Ditadura Militar e mostrou força, empenho e credibilidade para conquistar espaço no Brasil e também gerar impacto nos demais países da América Latina. A partir da fala de renomados pesquisadores, como José Marques de Melo e Antônio Hohlfeldt, esta edição do jornal-laboratório Unicom traz a história e os desdobramentos da Intercom até chegar aos congressos regionais. A propósito, é o Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul), instância regional do evento, que faz os corações pulsarem na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Este ano, as discussões estão ancoradas no tema “Comunicação em tempo de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”, com a proposta de discutir de que forma esses aspectos se aplicam na pesquisa contemporânea na área. Os três dias que você está vivendo, agora, são resultado de um planejamento dedicado e contínuo. Há pouco mais de um ano, a primeira grande ação – batizada de Missão Chapecó – foi realizada mirando o Intercom Sul 2013. De lá para cá, a preparação ficou ainda mais intensa. E, diga-se de passagem, tem razão de ser: este é o maior congresso já realizado pelo Curso de Comunicação Social da Unisc em duas décadas. Só mesmo um evento desta envergadura é capaz de envolver infraestrutura dentro e fora do campus. Aproveite o período do Intercom Sul para trocar ideias, conhecer pessoas e adquirir mais conhecimento. Paralelo a isso, não deixe de ver os quero-queros do Campus e também reserve um tempinho para visitar Santa Cruz do Sul e seus pontos turísticos. Nas páginas que seguem, você vai ter a oportunidade de conhecer um pouco deste universo. E ter certeza de que vale a pena participar dele, buscando afetos, emoções e subjetividades através dos caminhos da comunicação. Boa leitura!
DEMÉTRIO DE AZEREDO SOSTER, FABIANA PEREIRA E YHEVELIN GUERIN* Tudo se iniciou em uma manhã fria do mês de setembro, ainda em 2010, em Caxias do Sul. Ao se encontrarem, e depois dos cumprimentos efusivos de praxe, o professor Antonio Hohlfeldt perguntou aos igualmente professores Demétrio de Azeredo Soster e Ângela Felippi se a Unisc gostaria de sediar a edição 2013 do Intercom Sul. O convite, feito pelo presidente nacional da Intercom, foi, claro, muito bem recebido – e aceito –, apesar do “frio na barriga” que provocou, em decorrência das dimensões de um evento dessa natureza. Sobretudo, representou, ao mesmo tempo, tanto um desafio quanto a evidência de que a Unisc estava sendo escolhida por tudo o que ela vinha significando desde há muito no universo de formação superior gaúcho e brasileiro. O desafio ficava por conta do fato de o Intercom Sul representar, desde à época, o maior congresso que realizaríamos em toda a história do Curso de Comunicação da Unisc, o que exigiria muito esforço de planejamento desde então. Já o indicativo de que estávamos na direção certa em termo de qualidade de formação – condição fundamental para sediarmos uma instância do Intercom – tem a ver, entre outros, com o fato de que, desde há muito, e cada
vez mais, nossas ações e resultados estarem sendo tão visíveis quanto reconhecidas para bem além de nossas fronteiras. Estamos falando de premiações em mostras competitivas como o Expocom e o SET da PUC/RS, para ficarmos em duas; no fato de nossos professores e alunos participarem, por meio de suas pesquisas, de congressos e seminários, todos os anos – inclusive na condição de dirigentes das entidades organizadoras destes eventos –; da qualificação de nossos funcionários e colaboradores; da relevância de nossas práticas de extensão; da qualidade de nossos produtos laboratoriais; do que ensinamos em sala de aula; do que nós somos, enfim. No que toca especificamente ao desafio, tem a ver, como dissemos, com as dimensões do Intercom Sul, realidade que enfrentaríamos logo ali adiante, o que exigiria uma preparação toda especial. Esse movimento se iniciou de forma mais imediata em 2011, quando realizamos, na Unisc, o 1º Fórum Sul-brasileiro de Professores de Jornalismo e 1º Encontro Gaúcho de Ensino de Jornalismo. Experiência maravilhosa, diga-se. Mais vividos em termos de congresso, fizemos, em janeiro do ano seguinte, uma segunda experiência: o 2º Co-
Chegou a hora Os quero-queros caminham devagar sobre a grama molhada do frio da noite anterior. O sol começa a dar as caras, esquentando a pele gelada de quem desperta dos sonhos para encarar um novo dia. Dia, esse, que não será ruim, triste ou estressante. Será especial, diferente e inesquecível. Pouco a pouco cada um vai chega e preenche seu nome, se sente parte disso tudo. Cada um
lóquio de Agências Experimentais de Comunicação. O fato é que não apenas recebemos muito bem as 23 universidades que conosco estiveram como, uma vez mais, tivemos a oportunidade de antecipar, por meio de ações realizadas em todas as habilitações, dentro e fora das agências experimentais, muito do que iríamos encontrar quando chegasse a hora de realizarmos o Intercom Sul 2013. De lá para cá, ganhamos mais prêmios nas mostras competitivas que seguimos participando – algumas vezes de forma exuberante –, realizamos, em 2012, a Missão Chapecó com o objetivo de aprender mais e melhor como se faz um congresso (vai aqui, uma vez mais, um agradecimento à Unochapecó por ter nos recebido), seguimos participando de congressos e levando o nome da Unisc aos mais diferentes confins do país e até para fora dele, por meio dos intercâmbios e ações que realizamos com outros países. Sendo o Curso de Comunicação Social da Unisc, enfim. Que o Intercom Sul 2013 seja grande e pleno para você também. * Professores do Curso de Comunicação Social e coordenadores do Intercom Sul 2013.
LETÍCIA LORENSINI constrói seu caminho para um futuro melhor. Futuro? Que futuro? Sobre o que estou falando? Estou falando da sensação de ser aluno. A sensação de que cada passo que damos refletirá lá na frente. Muitos não se importam. Muitos não vivem a academia. E qual a graça de ser universitário apenas por ser? Sem vivenciar cada dia, cada momento, cada evento. É
tão bom ver teu nome fazendo parte de algo que entrará para a história. O coração palpita mais forte, uma mistura de alegria, medo e nervosismo, mas que no fim se torna satisfação. Os quero-queros voam, assustando alguns e encantando outros. O despertador já nos acordou e a ficha caiu: é chegada a hora de viver o que foi planejado há tanto tempo. É chegada a hora de viver o Intercom Sul!
EXPEDIENTE UNISC– Universidade de Santa Cruz do Sul Av. Independência, 2293 Bairro Universitário Santa Cruz do Sul – RS CEP 96815-900
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Um convite, uma dor de barriga e um desafio de grandes proporções
Curso de Comunicação Social Jornalismo: Bloco 15 Sala 1506 Telefone: 51 3717-7383
Eduarda Pavanatto, Marília Gehrke, Martina Scherer, Mônica Leal, Vanessa Costa, Viviane Fetzer, Luiza Adorna e da Angelita Borges
Comissão Organizadora Intercom
Coordenação Expocom: Hélio Afonso Etges, Rafael Sbeghen Hoff, Leonel Aires
Foto da contra-capa: Fábio Goulare Rafael Hoff
Este Jornal foi produzido pelos monitores da A4 Agência Experimental de Comunicação - Núcleo de Jornalismo, sob a supervisão do professor Hélio Etges.
Diagramação: Daiana Carpes
Impressão: Grafocem
Coordenação OFCOM: Mirela Hoeltz, Erion Lara
Reportagem: Andressa Bandeira,
Tiragem: 3.000 exemplares
Coordenação LPC: Elizabeth Huber Moreira
Coordenador do curso: Demétrio de Azeredo Soster Editor-chefe: Hélio Etges Subeditora: Marília Gehrke Arte da Capa: Fabrício Nunes
Coordenação Geral: Demétrio de Azeredo Soster, Fabiana da Costa Pereira, Yhevelin Serrano Guerin
Coordenação Intercom Júnior: Ângela Felippi Coordenação Divisões Temáticas: Fabiana Piccinin
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Tema será discutido em etapas regionais e no Intercom Nacional, em Manaus
ANDRESSA BANDEIRA E LUIZA ADORNA REPORTAGEM
“Comunicação em tempo de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”. O tema das etapas regionais e do Intercom Nacional 2013 foi sugerido pela diretora científica da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Raquel Paiva, e pelo criador da entidade, José Marques de Melo. O assunto será debatido de Norte a Sul do Brasil para que, em setembro, na etapa nacional do maior congresso de comunicação da América Latina, a temática seja pauta de discussão entre diferentes povos. Para Raquel Paiva, a questão do sensível, presente nas discussões deste ano, é fundamental para a compreensão dos processos e estruturas comunicacionais. “A comunicação e o sensível. Esta é a ideia mais justa, trata-se de outra lógica que se impõe e que tende a mudar os rumos
da pesquisa em comunicação”, destaca. De acordo com a pesquisadora, o tema foi escolhido porque a Intercom se preocupa com o futuro da comunicação. Com a internet, diz Raquel, o sensível se expande para a “tatilidade”. “Não temos a obrigação de prever, mas sim de discutir exaustivamente estes novos paradigmas”. Ela acredita que o assunto pode sugerir elaborações em torno de temas como amizade e gentileza, “tentando entender afeto com um sentimento”. Por sua vez, Marialva Barbosa, vice-presidente da Intercom, fala da repercussão da temática. “Como aborda questões fundamentais dos processos de comunicação da contemporaneidade, o tema está tendo aceitação excelente”. Segundo ela, as relações de comunicação hoje são marcadas por afetos, por vezes invisíveis, por emoções dos sujeitos, mas, sobretudo, pela ação do homem em processos complexos de comunicação.
Sobre a diferença da comunicação atual com a de antes das redes sociais, Marialva Barbosa cita a aceleração exponencial do mundo e a virtualização dos espaços como condições imateriais para essa transformação. “Complexificaramse os processos de Comunicação. O público está pronto a se transformar em produtor de acontecimentos numa dimensão nunca imaginada”, exemplifica. Também sobre a Comunicação depois da internet, Demétrio Soster, coordenador executivo do evento, pensa que os diálogos em rede serão, daqui para frente, cada vez mais necessários e visíveis. “A tecnologia se estabelecerá cada vez mais como forma por meio da qual a sociedade se estabelece e reconhece”. A respeito da comissão organizadora do evento, Soster conta que o trabalho em torno do tema “comunicação em tempo de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”, começou logo após a orientação sobre a temática, com a adequação de painéis e mesas temáticas. Coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Soster salienta a importância do tema para o Intercom Sul. “Ele serve como uma espécie de espinha dorsal do evento, ou seja, um mecanismo por meio do qual as ações têm lugar e são balizadas”. Na era dos telefones celulares, laptops e outros dispositivos de conexão com a internet, a temática dos congressos da Intercom de 2013 sugere debates em torno dos relacionamentos sociais. Como está no texto de Raquel Paiva, que se espalhará pelo Brasil: “2013 é tempo de emoções e sensibilidades num mundo que se desumaniza a olhos vistos. Vamos à Amazônia expressar os nossos afetos pelos povos indígenas que vêm resistindo bravamente aos apelos modernizantes da sociedade midiática, bem como pela biodiversidade ambiental responsável pelo equilíbrio ecológico da mãeterra.”
TEMA
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Congresso debate comunicação e afetos
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Memórias de uma missão nada secreta Em solo catarinense, espionagem serviu de preparação para o Intercom Sul 2013 LUIZA ADORNA REPORTAGEM
Desde 2010, quando o presidente da Intercom Nacional, Antônio Hohlfeldt, em reconhecimento ao trabalho realizado por professores, funcionários e alunos do Curso de Comunicação, convidou os professores Demétrio de Azeredo Soster e Ângela Felippi para realizarem a edição de 2013 do evento em Santa Cruz do Sul, sabíamos da importância e dimensão do que nos aguardava. Os núcleos da A4 - Agência Experimental de Comunicação, junto com a coordenação, perceberam a responsabilidade de sediar o Intercom Sul: a Regional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Como forma de preparação para o evento, a ideia foi criar a Missão Chapecó. Um grupo de alunos foi designado para espionar o Intercom Sul 2012, em Chapecó. Fomos para Santa Catarina, junto com o coordenador do curso, professor Demétrio Soster. O propósito foi aprender o processo para, depois, trazer a organização para Santa Cruz do Sul. Preparar-se em 2012 para fazer bem feito em 2013. Integravam o grupo
Quem esteve lá Bárbara Gomes (Publicidade e Propaganda) Demétrio Soster (Coordenador da Missão) Gabriel Sartori (Produção em Mídia Audiovisual) Jenifer Becker (Relações Públicas) Lívia Assunção (Relações Públicas) Luiza Adorna (Jornalismo) Mirtô Gonçalves (Publicidade e Propaganda) Vanessa Britto (Relações Públicas)
PREPARAÇÃO
Vanessa Costa (Jornalismo)
seis acadêmicos do Curso Comunicação responsáveis pela parte do aprendizado e outros dois que, vestidos de Sherlock Holmes, ficaram com a tarefa de divulgar o Intercom Sul 2013, na Unisc. Todavia, não apenas quem foi a Chapecó teve trabalhos a cumprir. Os voluntários e monitores da Agência A4 se esforçavam em prol do evento. O ano de 2013 parecia distante, mas perto o suficiente quando se trata de um congresso para mais de 2 mil pessoas. O núcleo de Publicidade e Propaganda já pensava na identidade visual, o de Produção em Mídia Audiovisual editava vídeos e o de Relações Públicas já encaminhava as primeiras ações, definiam a data e a organização do evento em 2013. Quando chegamos a Chapecó, em 29 de maio, as expectativas só aumentaram. Na manhã do dia seguinte, conhecemos as instalações da Unochapecó, conversamos com a coordenação e auxiliamos na montagem das sacolas que seriam distribuídas durante o evento. Planejamento no hotel, conversas nas calçadas da cidade e bate-papo no ôni-
bus urbano. A convivência entre o grupo da Missão auxiliou na organização do mesmo junto à equipe do Intercom Sul 2012. Todos os lugares viravam salas de reunião. No dia 30 de maio já sabíamos quais seriam nossas tarefas durante o evento. Ajudar no credenciamento, coordenar salas do Expocom e auxiliar no que fosse preciso. Enquanto isso, ainda havia a parte de divulgação do Intercom Sul 2013, realizada pelos nossos Sherlocks Holmes. No mesmo ritmo seguia a cobertura jornalística. Foram dias de correria, união e aprendizagem. Ao final do congresso, estávamos cientes da importância da ação Missão Chapecó naquele evento. Os missioneiros já eram reconhecidos, principalmente os detetives da história. Tínhamos conseguido além do que esperávamos. Quando subimos ao palco para fazer o convite do Intercom Sul 2013, percebemos que a missão era sucesso. Investigamos, aprendemos e naquele momento nos sentimos prontos para receber, da melhor forma possível, os congressistas em 2013.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Aos meus amigos missioneiros Eu queria dizer a todos que é inevitável não amadurecer diversos anos com a missão que vivemos. Durante esses cinco dias, aprendi que é possível evoluir como ser humano e futura profissional simultaneamente. Os dias cansativos, a confusão com os ônibus urbanos, o ponto 63 e o Dentinho todo simpático, as 1.800 sacolas. A caminhada matinal, a união para que tudo ocorresse da melhor forma, o esforço para divulgação da nossa universidade, o orgulho de escutar: “Mas é claro que estaremos lá ano que vem”, ou “Aquela universidade é linda. Estarei lá!”. O Imagem&Ação, nosso companheiro fiel, nosso melhor investimento. A todos os carboidratos que consumimos e as poucas horas que dormimos. A amizade que formamos. A meiguice da Jenifer, a coragem da Mirtô, a determinação da Vanessa, a personalidade da Bárbara, a confiança da Nessa, o Sério que é engraçado e a pequena Lívia de coração enorme. E é claro, nosso coordenador, amigo e parceiro de piadas (principalmente as que envolvem ônibus e idosos), Demétrio. Por todas as gargalhadas, a surpresa pelo interior bacana de um hotel de fachada suspeita, os olhares das pessoas na rua que denunciavam: “Que gente maluca!”. E por dentro de cada um de nós, a resposta: “Malucos e felizes”. Pelo reconhecimento da ação planejada e realizada por todos nós. Pelo Curso de Comunicação Social da Unisc, que eu prefiro chamar de família. Pelos prêmios conquistados e pela dedicação empenhada. Pelos momentos de estresse, alegria e irmandade, mas principalmente pela sensação de dever cumprido. Por tudo, muito obrigada! Luiza Adorna
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Depoimento do Facebook, escrito em 3 de junho de 2012, na volta de Chapecó
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FOTOS: MARÍLIA GEHRKE
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Identidade visual criada por estudantes valoriza características próprias do município
MARÍLIA GEHRKE REPORTAGEM
Desde que se iniciaram os trabalhos de divulgação do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul) 2013, no ano passado, uma figura tornou-se conhecida no meio acadêmico: o quero-quero. Também chamado de sentinela dos pampas, o pássaro ganhou diversas cores e acessórios para fazer parte da identidade visual do congresso deste ano. A proposta de utilizá-lo como protagonista na divulgação do Intercom Sul foi apresentada durante a aula de Direção de Arte II, que integra o currículo de Publicidade e Propaganda na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O professor da disciplina, Rudinei Kopp, explica que os estudantes examinaram marcas já utilizadas no congresso para propor algo novo. “O objetivo era que a identidade visual tivesse vínculo com a comunicação, mas também com a nossa região”, justifica. Nesse sentido, a ideia que mais agradou foi a dos acadêmicos Jamila Zambarda e Maurício Alves da Silva, ambos do 4º período de Publicidade e Propaganda e Radialis-
mo - Produção em Mídia Audiovisual, respectivamente. “Começamos a pensar em características do Sul que víamos dentro do campus. Aí logo veio a ideia do quero-quero, já que temos muitos na Unisc e no restante do Estado”, relata Jamila. Conforme Silva, o primeiro passo foi a criação de um vetor da ave. Após a definição do principal símbolo da identidade visual do Intercom Sul 2013, ainda no segundo semestre de 2012, novas ações de divulgação do congresso foram sistematizadas. Uma das primeiras ideias, segundo o professor Rudinei Kopp, foi levar o quero-quero para outro cenário santa-cruzense que não o campus da Unisc. “Nossa intenção era valorizar a cidade no material publicitário. A inserção dos pássaros em uma faixa de segurança do túnel verde permite conhecer melhor o Centro de Santa Cruz”, comenta. A ave-símbolo do congresso ainda ganhou mais vida nas mãos de Jéssica Bagatini, estudante do 7º período de Publicidade e Propagada. Ela adaptou tamanhos e cores para a
criação de produtos como cartazes, faixas, banners, bottons e adesivos. Na maior parte do tempo foi possível manter a faixa de segurança e o túnel verde. “Em uma conversa, o professor Rudinei comentou sobre os Beatles e a capa do álbum Abbey Road, bem como da música Come Together. Tinha tudo a ver com o Intercom, pois era uma forma de convidar as pessoas a participarem”, explica Jéssica. A campanha também tornou-se um VT utilizado para divulgar o Intercom Sul 2013.
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Quero-quero protagoniza a divulgação do evento
Avatar do pássaro Além das peças publicitárias desenvolvidas dentro da Unisc, com o intuito de divulgar o congresso, outras ações paralelas foram registradas antes do evento. Trata-se, por exemplo, da criação da campanha assinada por Rômulo Tondo no Twibbon com a proposta de adicionar o queroquero, símbolo do Intercom, em fotos pequenas, tipo avatar
de redes sociais. Para criar o avatar, basta acessar o site http://twibbon.com/support/intercom-sul-2013. Tondo é graduado em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e cursa Produção Editorial, pela UFSM, e especialização em Política e Violência Intrafamiliar, pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
Cada integrante da equipe foi responsável por uma parte do trabalho, que começou na disciplina de Direção de Arte II
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ARQUIVO PESSOAL
Congresso regional abre caminhos para pesquisa Estudantes da graduação se interessam pelo assunto e apostam em seu próprio potencial
MARÍLIA GEHRKE REPORTAGEM
Todos os anos, as cinco regiões do Brasil reúnem trabalhos acadêmicos com vistas à pesquisa na área da comunicação. No Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, alunos da graduação e pósgraduação, bem como professores, mestres e doutores, apresentam suas produções científicas nos congressos regionais promovidos pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Aos que ainda não concluíram o ensino superior, uma das principais alternativas para a divulgação, o fomento e o reconhecimento do trabalho é a Exposição Experimental de Pesquisa em Comunicação (Expocom). A diretora do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul), professora Paula Puhl, explica que o evento, em âmbito local, beneficia principalmente os estudantes de graduação. É nesse patamar que eles se aproximam e tomam gosto pela pes-
quisa, confiando cada vez mais no seu próprio potencial. “Participar é sempre muito bom, pois ocorre a troca de ideias sobre estudos realizados. Durante o evento também é possível conhecer pessoas dos três estados do Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – e sua realidade. A ideia é compartilhar o conhecimento e as experiências vividas”, resume Paula. O Intercom Sul costuma se destacar entre as regiões, pois é nessa área que está concentrada boa parte dos cursos de Comunicação Social em nível de graduação e pósgraduação. “É por isso que o congresso, no Sul, tende a registrar um número expressivo de participantes em relação às demais regiões, ficando atrás, apenas, do Sudeste”, justifica Paula Puhl. A professora defende que os estudantes devem ser instigados a pesquisar já no começo de sua trajetória acadêmica. “Não se pode pensar apenas no agora, mas reavaliar o dia a dia da co-
municação. O próprio mercado precisa de inovação, e isso tem mais chances de acontecer quando se pensa o processo para então colocálo em prática”, aposta a diretora do Intercom Sul. Mostrar dedicação e vontade para ir atrás de artigos e livros de determinado assunto são algumas das ações fundamentais para o começo da carreira de pesquisador. Conforme Paula Puhl, o aluno precisa aprender mais sobre a sua área de interesse. Nesse sentido, o Intercom Sul e o Intercom de abrangência nacional são capazes de impulsionar o saber. “Nesses espaços o acadêmico pode dialogar com outros participantes sobre as pesquisas em andamento”, reforça a diretora. Segundo Paula, todas as habilitações da comunicação aparecem de forma frequente nas pesquisas. Se, de um lado, a história da mídia regional ainda ganha fôlego nos estudos, de outro, aparecem cada vez mais pesquisas sobre a tecnologia e a relação entre as mídias.
Diretoria enaltece mobilização da Unisc
REGIÃO SUL
BRUNO ALMEIDA
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A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) como sede do Intercom Sul, em 2013, provoca expectativas as mais diversas. A diretora do Intercom Sul, Paula Puhl, frisa que a equipe da instituição apresenta empenho, desde o início, para planejar um dos maiores congressos regionais da história. “Alunos e professores mostram disposição para organizar todas as etapas do congresso, além de estarem se esforçando, ao máximo, na receptividade aos congressistas”, enfatiza. Paula enxerga Santa Cruz do Sul como um município acolhedor, especialmente com relação ao público jovem. A diretora do Intercom Sul também acrescenta que sua localização, não tão distante da capital Porto Alegre – em torno de 150 quilômetros –, favorece a chegada dos congressistas.
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LUIZA ADORNA REPORTAGEM
A necessidade de criar um espaço para discutir a realidade brasileira, vinculada à comunicação, ultrapassou as barreiras da Ditadura Militar. Em 1977, pesquisadores independentes, como José Marques de Melo, criaram a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Os eventos que, no início, reuniam 20 pessoas, em São Paulo, conquistaram espaço – e público – em todo o Brasil. Na entrevista a seguir, Antônio Hohlfeldt, presidente da Intercom, destaca alguns períodos da história da entidade, assim como a importância da pesquisa no âmbito acadêmico. Em 35 anos, quais foram os momentos marcantes na história da Intercom? Passamos por diferentes etapas: dificuldade, no contexto da Ditadura; estímulo, na criação da União Cristã Brasileira (UCBC), primeira entidade a reunir pesquisadores; reconhecimento, no sentido de os convidados do exterior aceitarem facilmente os nossos convites; e a criação da Revista Intercom, que hoje é o diferencial. A Intercom publica muito em papel e no meio eletrônico, grande espaço em termos de acessibilidade e custo. O projeto mais vitorioso da Intercom foi a criação dos congressos regionais, ao dar o maior espaço possível para todos em diversas partes do Brasil. Em um congresso nacional, a locomoção se torna cara e os alunos têm dificuldades de comparecer. O congresso regional permite desenvolver as mesmas pesquisas.
Qual foi o impacto da criação da Intercom nas pesquisas em comunicação? A Intercom tem impacto fulminante, definitivo e marcante. Fulminante no processo de organização, definitivo por tornar a pesquisa ativa e marcante pela criação de um universo propriamente dito. A Intercom, nesse sentido, é absolutamente referencial. E mais, ela gerou outras instituições parecidas. Muitos pesquisadores americanos começaram a estudar a comunicação brasileira por causa da Intercom. Quais eram os principais objetos de pesquisa há 35 anos? O que se destaca atualmente? No final do século 19 e início do século 20, a pesquisa era, basicamente, mais formal e histórica. Havia estudos sobre o começo das edições de jornais e legislação. Hoje, temos um universo absolutamente variado e amplo. É possível pensar a questão do jornalismo com o cinema, com os suportes e as redes sociais. Uma área pode ser a referência, mas não deve ser isolada. Uma coisa alimenta outra. De que forma o congresso altera a visão do mundo e amplia os horizontes de um acadêmico? No congresso regional, os alunos conhecem professores e estudantes de outros lugares do Sul. Encontram, ao vivo, aqueles professores que são autores de livros utilizados nas pesquisas. Os estuda ntes percebem que são sujeitos legais, bom de papo e acessíveis. As oficinas e os minicursos também são importantes para ampliar os horizontes.
Quais são as suas perspectivas para o congresso deste ano, na Unisc? Que resultados o senhor espera do evento? A ideia é que um congresso seja melhor do que o outro. É uma competição sadia e legal. Acredito que cada região tem suas características, cada curso tem seus propósitos e contato com diferentes áreas. Isso é fundamental. Nós, do campo da comunicação, devemos ter um horizonte o mais móvel possível. Precisamos nos permitir saber de tudo que está acontecendo. Quanto mais se sabe de alguma coisa, mais se escuta e tem ideias. Um sujeito bem informado não tem criatividade. Nesse sentido, tenho certeza que a participação dos alunos na organização do congresso é fundamental pela experiência do fazer. A pessoa aprende a lidar com o inesperado. Além do aprimoramento tecnológico, o que mais mudou na comunicação nas últimas décadas? Em primeiro lugar, a rapidez. Em segundo lugar, a amplitude. E, mais do que tudo isso, a hierarquização fonte - receptor. Hoje todo mundo é fonte e receptor. Qual é o maior desafio que a comunicação enfrenta na atualidade? A rapidez, sem sombra de dúvidas. A universidade é um espaço para reflexão de teorias ou execução de atividades práticas? As duas coisas. Eu não acredito que uma universidade funcione sem ter o tempo de refletir teoricamente, a fim de avançar, para poder transformar isso em prática. Se alguém sabe tudo sobre rádio, por exemplo, e na hora de ficar na frente do microfone, trava, não adianta. Por isso, é importante transformar teoria em prática. Nesse sentido, são fundamentais os laboratórios. Os cursos que não têm, estão deixando os alunos sem uma formação completa.
ENTREVISTA
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Presidente da entidade conta como os estudos sobreviveram à época da Ditadura e sua evolução até a atualidade
ANDRESSA BANDEIRA
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Intercom amplia debate e pesquisa na comunicação
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Estudos geram impacto co Criação da Intercom viabilizou pesquisa em comunicação no Brasil e na América Latina
MARÍLIA GEHRKE REPORTAGEM
É com o mesmo orgulho de um pai, sobre a trajetória de sucesso do filho, que o professor e pesquisador José Marques de Melo fala sobre a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Há 35 anos, juntamente com colegas, e por eles incentivado, criou a sociedade científica que mudaria a história da pesquisa em comunicação no Brasil e nos demais países da América Latina. Além de congregar os jovens pesquisadores, a organização abriu espaço para a área de humanas, até então limitado. Em um primeiro momento, quem podia participar da Intercom? O grupo inicial era composto por professores e estudantes de pós-graduação que estavam em São Paulo. Era um grupo restrito. E uma sociedade como a Intercom, da área de humanas, era considerada uma entidade sob suspeita por parte do regime militar. Então nem todo mundo queria dar a cara para
FOTOS: CLÉBER SANTOS
bater ingressando em uma sociedade dessa natureza, apesar de não ter propósito político, mas intrínseco científico. Desde então, como a Intercom auxilia no processo de desenvolvimento da comunicação no Brasil? Ela assume, pouco a pouco, um papel de liderança, e se fortalece como entidade que possui legitimidade social, política e cultural. Passou a realizar seus congressos anuais, inicialmente chamados de Ciclo de Estudos Interdisciplinares da comunicação, que foram crescendo de maneira impressionante. Hoje, o congresso anual reúne em torno de 5 mil pessoas, entre professores, pesquisadores, profissionais, estudantes de graduação e pós-graduação. Em suma, todos que se interessam pelos estudos de comunicação em base científica no Brasil. E qual foi o resultado da Intercom no Brasil e nos outros países da América do Sul? O impacto foi justamente con-
tribuir para transformar a sociedade latino-americana, conjuntura marcada pelo desenvolvimentismo, com a crença de que a academia poderia influenciar nos processos de mudança social. Desde o começo, a Intercom teve uma relação muito forte com a América Latina e depois ampliou para o resto do mundo, ingressando na comunidade internacional das ciências da comunicação. Ela tem prestígio internacional, hoje é uma das maiores entidades do mundo. Talvez maior do que ela só a sociedade norte-americana. Como age a Intercom na formação de novos pesquisadores e por que é importante essa renovação? O grande mérito da Intercom é abrir espaço para que as pessoas realizem suas pesquisas. É uma entidade que agrupa tendências diferentes, tanto ideológicas quanto metodológicas. É uma identidade que não possui diretriz fixa, mas corresponde às demandas e aspirações da comunidade acadêmica.
Você sabia?
HISTÓRIA
VIVIANE FETZER PESQUISA
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Assim como todos os eventos de grande porte, diversas curiosidades cercam a história da Intercom. Em seus 35 anos, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) nunca deixou de realizar seu congresso. As dez primeiras edições da Intercom, com início em 1977, foram realizadas em São Paulo. No começo,
funcionava de forma clandestina em função de uma conjuntura especial no País, próximo à Anistia, em 1979. O 1º Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação debateu a Estratégia para o Ensino da Comunicação, assunto que tramitava no Ministério da Educação (MEC) dez anos antes e gerava muitas divergências. A entidade apresentou um currículo de acordo com a sociedade e não com o governo, que considerou uma desobediência civil.
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vistas científicas passaram de uma maneira ou outra pela Intercom. Eu não quero citar nomes para não cometer enganos nem injustiças.
O senhor pode citar alguns dos mais importantes pesquisadores que fizeram história na Intercom? É difícil apontar, porque é muita gente que se formou na Intercom. Tem o Antônio Hohlfeldt, que é o nosso atual presidente. Se você fizesse um levantamento, iria ver que quase todos os pesquisadores que publicam livros ou estão em re-
Atualmente, qual é a sua relação com a pesquisa? Eu estou no fim da linha, completando 70 anos, e acho que a contribuição que tinha que dar já dei às novas gerações. Meus últimos anos de vida serão dedicados a ler aquilo que eu não consegui ler durante muitos anos. É tanta coisa! Eu tenho, hoje, uma biblioteca
Desde 1980, a Intercom promove cursos de capacitação em Comunicação com temas variados, sempre de acordo com as necessidades do mercado e a disponibilidade dos professores.
ne da Sociedade em setembro de 2005. No início com periodicidade quinzenal, depois devido ao pedido dos leitores tornou-se semanal e, em 2009, voltou a ter periodicidade quinzenal. O veículo conta com uma assessoria de comunicação, contratada pela própria sociedade científica.
Depois de sair do ambiente religioso, em instituições dessa área, em 1983 o Serviço Social do Comércio (Sesc), de Bertioga (SP), cedeu espaço para o congresso da Intercom. A primeira universidade que recebeu um encontro foi a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), no ano seguinte. O Jornal Intercom tornou-se o veículo de comunicação onli-
E na área do jornalismo, quais os principais pesquisadores, hoje, no Brasil? Nós temos muitos investigadores como Eduardo Meditsch e Elias Machado. Tem vários outros que, agora, não consigo me lembrar. Talvez esses dois representem duas correntes de pensamento: o Elias mais preocupado com a questão do ciberjornalismo e o Eduardo Meditsch com a questão epistemológica e histórica. São duas linhas que se desenvolvem paralelamente.
As regiões brasileiras começaram a realizar os Simpósios Regionais (Sipec) em 1988 que, no ano de 2006, passaram a ser chamados de congressos regionais. Nesses eventos, pesquisadores, educadores e empreendedores de cada região são convidados a refletir sobre o tema central escolhido para o Congresso Nacional
com 10 mil volumes, talvez metade deles eu precise dedicar à leitura. Sei que não haverá tempo suficiente para tudo, mas quero aproveitar especialmente as publicações que chegaram do exterior e que, com compromissos de aula e de orientação, eu vou deixando para amanhã. E esse amanhã vai se esgotando. No País, o que ainda precisa ser pesquisado? O que não recebe a
da Intercom. Os congressos acontecem nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Em 2011, a Revista Brasileira de Ciências da Comunicação (RBCC), com 34 anos de veiculação, foi aceita na ScientificElectronic Library Online (SciELO Brasil). Essa biblioteca eletrônica abrange uma seletiva coleção de periódicos brasileiros resultantes de projetos de pesquisa que podem ser acessados de forma gratuita desde o ano 2000. http:// w w w.por tcom.i ntercom.org.br/ ojs-2.3.1-2/index.php/rev istaintercom/issue/current. No ano de 2012, a participa-
devida atenção? No Brasil, tudo falta ser pesquisado. Nos últimos anos, houve uma euforia acadêmica em que os pesquisadores buscam o mesmo do mesmo, e acho que muita coisa não está sendo pesquisada, principalmente o que eu chamo de jornalismo popular. É preciso pensar no jornalismo como uma forma de democratização da sociedade. E isso não vem sendo pesquisado convenientemente.
ção de estrangeiros nos Encontros Nacionais da Intercom completou 31 anos. A primeira troca de experiências foi em 1981, quando Javier Esteinou Madrid (México) fez a abertura do evento e Armand Mattelart (França), o encerramento. Caracterizado como espaço de memória institucional, o Portal de Livre Acesso à Produção em Ciências da Comunicação (Portcom) disponibiliza, atualmente, 18,1 mil trabalhos para pesquisa gratuita, além de 814 capítulos de livros e 91 livros. Sua criação ocorreu em 1981 como iniciativa de disseminação, gestão e difusão da produção técnica, científica e acadêmica na área entre nações.
HISTÓRIA
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Em termos de pesquisa, o que difere o Brasil dos demais países da América do Sul? Em primeiro lugar, o volume de pesquisa, que no Brasil é surpreendente se comparado aos demais países da América Latina. Talvez a produção do Brasil seja igual a do restante do continente. Quando a Intercom foi criada, já havia uma estruturação dessa comunidade, em vínculos muito marcados com as práticas sociais e com as práticas profissionais. Nos demais países da América Latina, muitas vezes predominou o tipo de estudos de comunicação que é mais vinculada a um tipo de comunicação polivalente.
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Visitantes têm opção de acampamento Um dos pontos turísticos da cidade foi oferecido como área de camping
ANGELITA BORGES REPORTAGEM
Santa Cruz do Sul prepara-se para receber os visitantes do Intercom Sul 2013. Como uma alternativa de baixo custo às hospedagens, o Parque da Oktoberfest foi cedido pela Prefeitura para servir como área de camping e acantonamento. Nele pode ser usado um pavilhão coberto, com capacidade para 50 barracas, bem como oito salas junto ao Ginásio de Esportes para aqueles que querem ficar em colchonetes. Há dois banheiros coletivos, com dez chuveiros e sanitá-
rios. Ainda foi oferecido um espaço no gramado ao redor do Ginásio, todo cercado. A iniciativa partiu da comissão executiva do Intercom, por meio do professor e jornalista Rafael Hoff, que conseguiu o apoio da Prefeitura. O local foi escolhido por ser de localização central e, ao mesmo tempo, estar próximo ao campus da Universidade de Santa Cruz do Sul. O Parque da Oktoberfest dispõe de área de 14 hectares com infraestrutura adequada a esportes,
lazer e turismo. O Ginásio de Esportes tem capacidade para 8 mil pessoas. O Parque sedia acampamentos durante os dias do Encontro de Artes e Tradições Gaúchas (Enart). Durante o Intercom, os dois restaurantes da universidade ficarão abertos, com previsão de servir 500 refeições cada. A Cantina Giovani e o Restaurante 22 confirmaram o funcionamento, uma vez que 30 de maio, quinta-feira, é feriado de Corpus Christi.
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Conheça outros pontos turísticos de Santa Cruz
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FOTOS: ANGELITA BORGES
Visite ainda a Casa de Artes Regina Simonis, o Country Club, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, o Museu do Colégio Mauá, o Santuário de Schoenstatt, o Monumento ao Imigrante Alemão, e os outros três Parques da cidade: o da Cruz, o da Gruta e o de Eventos. Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz: desde a inauguração, em 1905, até o ano de 1965, havia no local o ramal ferroviário que ligava Santa Cruz a Ramiz Galvão em Rio Pardo. Atualmente, o Centro de Cultura do município está instalado no prédio, onde localiza-se também o Arquivo Público Municipal e o Centro de Genealogia (Cegem).
PATRONO
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Catedral São João Batista: localizada na Rua Ramiro Barcelos, a igreja é uma das maiores em estilo neogótico da América Latina. O início da construção data de 1928 e suas torres têm mais de 80 metros de altura.
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Túnel Verde: sequência de tipuanas plantadas na rua principal, a Marechal Floriano.
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Prédio da Prefeitura: em estilo neoclássico, lembrando as antigas edificações da Grécia, o prédio localiza-se na Praça da Bandeira. Sendo de 1889, é um dos mais antigos da cidade.
MÔNICA LEAL
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Congresso mobiliza setores da universidade
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Curso de Comunicação Social preparou a infraestrutura no Campus para receber o Intercom Sul MÔNICA LEAL REPORTAGEM
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visitantes. “O restaurante se preparou com mais comida e contratação de mais funcionários para oferecer melhor atendimento”, explica o proprietário da Cantina Giovani, Gilberto Boscaini. A expectativa é receber mais de 2 mil visitantes. Dono de uma das lancherias localizadas no Centro de Convivência, Alfredo Roese ressalta que a preparação é aprimorada quando há eventos do tipo. “Normalmente trabalhamos em três turnos e esses turnos têm de ser preenchidos. Nos adequamos a cada evento. No Intercom é feriado, por isso creio que o fluxo será tranquilo, mas mesmo assim estamos preparados.” A segurança também é algo imprescindível para o congresso. O encarregado da Segurança Patrimonial da Unisc, Vladimir Ricardo Genro, deixa claro que cada evento tem suas particularidades, como os dias em que ocorre e o processo que o setor adota. Para um evento como o Intercom Sul, ele diz que sua preocupação é o estacionamento e fluxo de ônibus e automóveis, pois se for intenso o expediente deverá mudar para melhor atender os visitantes. Vigia do prédio 12, Edson Antônio da Silva, acredita que o evento mobiliza bastante a segurança do campus. “Precisamos nos organizar por pontos estratégicos para termos uma visualização completa e evitar qualquer problema. Espero que tudo corra bem.” Salienta
que, além da segurança, a vigilância é um ponto de referência e orientação. Ao falar sobre isto, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, João Pedro Schmidt, acrescenta que quanto ao espaço físico, o campus possui uma infraestrutura adequada para que o Intercom tenha pleno êxito como auditórios, salas e outros espaços, devidamente reservados para essa finalidade. Responsável pela Farmácia Escola Unisc, a farmacêutica Michelle Winck destaca que, quando há eventos deste porte, a preparação é maior com o estoque de perfumaria e medicamentos. Apesar de a farmácia abrir apenas na sexta-feira, das 8 até 22 horas, estão prontos para receber os visitantes. Michelle diz que “acontece muito do pessoal vir de longe e esquecer coisas básicas como escova e pasta dental, nosso estoque é focado nesse tipo de acontecimento”, diz Michelle A equipe de trabalho é composta por três funcionários e quatro estagiários. Quando há eventos, permanece a mesma. Além dos restaurantes, lancherias e farmácia, os visitantes poderão conhecer e frequentar a Biblioteca Central da universidade abriga. Com aproximadamente 350 mil exemplares em seu acervo, ela é referência no Rio Grande do Sul (RS), sendo uma das maiores e mais completas do interior do Estado em termos de acervo.
INFRAESTRUTURA
PATRONO
Preparar a infraestrutura do campus da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) foi um dos trabalhos intensos que o Curso de Comunicação Social realizou para o Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul) 2013. As atividades acontecem em 60 salas de aula, localizadas nos prédios 1, 2, 12, 13, 15, 18, 52 e 53, além de espaços públicos como auditórios e salas 101 e 5328. De igual forma, há os espaços no prédio 23, conhecido como Centro de Convivência, no qual se encontram restaurantes, lancherias e postos bancários. Para os visitantes se situarem melhor em todo este ambiente, foram distribuídas placas para localização no Campus. De acordo com o coordenador do Curso de Comunicação Social, professor Demétrio de Azeredo Soster, o trabalho de preparação para o congresso foi muito intenso, desde a reserva de salas até espaços públicos. O evento tem o apoio das Pró-Reitorias de Graduação, Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Extensão e Relações Comunitárias e do Gabinete da Reitoria, além de cursos parceiros, como o de Turismo e os da área da Saúde. Paralelo a isso, estabelecimentos localizados no campus – restaurantes e lancherias, por exemplo – e diversos setores da universidade, como segurança, limpeza e áudio e vídeo, se preparam para receber os
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E d De desconhecida a anfitriã A Comunicação Social da Unisc participa do Intercom desde 1997, quando ganhou uma menção honrosa
UNISC
EDUARDA PAVANATTO E MARTINA SCHERER REPORTAGEM
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Tudo começou em 1994, quando a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com apenas um ano de existência como universidade, criou o Curso de Comunicação Social. Hoje, com 19 anos, o Curso já formou 653 alunos e na primeira turma, os estudantes já haviam recebido prêmios por trabalhos inscritos no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom). Dentre os alunos participantes no evento, alguns guardam boas lembranças e a experiência adquirida com sua participação. Uma dessas histórias ocorreu na cidade de Santos, estado de São Paulo, em 1997. “Professor, professor! Estão nos chamando, acho que ganhamos alguma coisa!” foram as palavras pronunciadas pelos alunos da Unisc, em um ginásio lotado por acadêmicos de todas as regiões do Brasil. Com um ônibus lotado de estudantes sem nenhuma pretensão de ganhar algum prêmio, os comunicadores da primeira turma do Curso de Comunicação Social da Unisc foram para o Intercom. Chamado ao palco por José Marques de Melo para receber a menção honrosa, Leandro Fontoura foi representado pelo professor Leonel Aires porque o então acadêmico não pode estar no evento. A monografia premiada tem como título O panfleto virtual: a construção de um conceito. “Para um jovem, de vinte e poucos anos, era um tema perfeito: rebeldia, política e inovação tecnológica”, explica Fontoura. Hoje, subeditor de política do jornal Zero Hora, ele relembra o trabalho com satisfação. “Com certo olhar nostálgico, vejo que talvez ainda deva me orgulhar daquela monografia. Ali, já havia uma preocupação minha com a liberdade de expressão e com
a liberdade na internet”. Depois de Leandro Fontoura, o Curso não recebeu mais nenhuma premiação nessa categoria. Professor da Unisc desde 1996, Leonel Aires foi o orientador de Leandro em sua monografia. Além desta, acompanhou diversos trabalhos que concorreram ao prêmio da Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). Mesmo não tendo formado ainda a primeira turma, o curso já estava recebendo prêmios. “Isso estimulou muito os acadêmicos, que voltaram de lá (Santos) com a certeza de que estar numa universidade no interior do Rio Grande do Sul, num curso novo, não os fazia inferiores. A gente conseguia competir em pé de igualdade”, acrescenta. A Unisc sempre procurou estar presente no Intercom. No início do curso, os professores precisavam suprir algumas carências de estrutura. Por isso, a divulgação do evento nem sempre alcançava um bom número de alunos e, mesmo assim, a Unisc sempre esteve entre as instituições premiadas. “Conseguimos nos inserir no cenário nacional. Nós colocamos a cara e, de repente, ouvimos num auditório enorme o nome Unisc, Curso de Comunicação Social, que até então ninguém sabia que existia”, reforça. Em 2009, um grupo formado por cinco alunos foram representar a Unisc no Intercom Curitiba com o programa de televisão Som Daqui: Banda Predadores, que mostrava a rotina da banda Predadores, de Santa Cruz do Sul. No mesmo ano, foi selecionado o documentário Juventude Acumulada para concorrer na Expocom Nacional. Apesar de ter ficado em segundo lugar na catego-
ria Filme não-ficcional, o trabalho foi selecionado para a IV Mostra Curta Audiovisual de Campinas e no Gramado Cine Vídeo, onde foram premiados. Um ano depois, em 2010, o prêmio de melhor Programa laboratorial de TV foi o documentário Cozinhas do Mundo. Luísa Damasio, que participou dos três trabalhos, diz que o fato de decidir fazer a inscrição no evento já é um passo significativo: “Mais do que a apresentação em si, o importante é a troca de experiências”. Eleonor&Flávio foi o curta-metragem vencedor do Intercom Sul de 2009 em Blumenau, Santa Catarina, na categoria Filme de ficção (avulso). A ideia para a produção do filme se deu a partir de uma conversa entre Mauricio Schneider e uma colega sobre frutas com e sem sementes e a facilidade de descascá-las. “Aí classificamos esse trabalho como um devaneio poético, quando resolvemos comparar o abacaxi com a banana”, explica Schneider. Foi então que surgiu o enredo: um casal que, em um piquenique, se enche de inúmeras incertezas. O fato é que a presença constante nas edições do Intercom desde o início do curso; as sucessivas premiações recebidas desde então, a realização de dois congressos - 1º Fórum Sul-brasileiro de Professores de Jornalismo/1º Encontro Gaúcho de Ensino de Jornalismo e 2º Colóquio de Agências Experimentais de Comunicação -, e a presença dos professores com cada vez mais frequência em eventos de repercussão nacional e internacional, inclusive na condição de dirigentes, foram determinantes para que a Unisc, finalmente, sediasse uma edição do Intercom Sul.
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Entenda as siglas do congresso Conheça as abreviaturas e o significado dessas divisões do Intercom Sul MARTINA SCHERER REPORTAGEM
Expocom, Ofcom, Endecom, IJ, DT e LPC. Essas são algumas das siglas que rondam o este grande congresso que é o Intercom. Aliás, você sabe o que Intercom significa? É Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, que, por sinal, recebe a mesma abreviação. Mas agora você não precisa mais se preocupar sobre a definição de todas elas. É só ler as instruções que seguem para ficar bem informado. As Divisões Temáticas, ou simplesmente DT’s, são a parte do evento voltada para pesquisadores, professores, graduados, especialistas, mestrandos, mestres, doutorandos e doutores. Segundo a professora do Curso de Comunicação Social da
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Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Fabiana Piccinin, responsável por esta área no Intercom Sul 2013, é o espaço onde os pesquisadores apresentam uma síntese de seus projetos de pesquisa a partir de artigos científicos. Como o próprio nome diz, trata-se
exemplificar, Hoff cita Histórias em Quadrinhos, onde não há exigência de uma habilitação específica para concorrer. Para ele, a maior contribuição do Expocom é o aspecto competitivo que a troca de experiências apresenta, pois assim pode se identificar a sustentação e o valor da produção diante dos olhos de outras instituições. Porém, ressalta que “no final das contas, o friozinho na barriga e a premiação são apenas uma parcela das experiências oportunizadas pelo Intercom”. Além destes, ocorrem eventos complementares como Ofcom, Ensicom e LPC. As oficinas, mais conhecidas por Ofcom, são destinadas a estudantes e profissionais e acontecem em duas modalidades: metodológicas, focadas na apresentação de teorias; e tecnológicas, centradas na aplicação da tecnologia. Para o professor Erion Lara, um dos responsáveis por esta divisão, as oficinas são importantes por colocarem o acadêmico em contato com grandes profissionais. “Muitos não têm esse contato todo dia e assim colocam em prática o que é abordado”, destaca. Com relação ao Ensicom, é na realidade o Encontro de Ensino de Comunicação. Nele, professores de diferentes habilitações e Universidades discutem assuntos e métodos de educação em comunicação. E ainda o Lançamento de Produtos Científicos, conhecido por LPC, espaço onde pesquisadores divulgam suas produções como livros, artigos e revistas, desenvolvidas no último ano. Elizabeth Huber Moreira, professora encarregada pela organização do momento, destaca que é o espaço para os pesquisadores divulgarem a sua produção. Conforme ela, este é o momento de “troca de ideias e conhecimento sobre as obras que estão sendo lançadas são adquiridos e isso é muito importante”. E aí, ficou mais fácil de entender? Agora é só pegar sua mochila e caminhar por aí para aproveitar cada cantinho do Intercom.
FIQUE POR DENTRO
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do agrupamento de temas em grandes áreas temáticas, que são: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Comunicação Organizacional, Comunicação Audiovisual, Multimídia, Interfaces Comunicacionais, Comunicação, Espaço e Cidadania e Estudos Interdisciplinares. Para Fabiana, os DT’s são uma ótima oportunidade de reflexão, pois “proporcionam aos participantes momentos para se inteirarem sobre o estado da arte da pesquisa nas diferentes áreas dentro da comunicação”. Para os acadêmicos e graduados em 2012 ou 2013, existem duas outras mostras paralelas: o Intercom Júnior, ou IJ, e o Expocom. Intercom Júnior é sigla de Jornada de Iniciação Científica em Comunicação e nele são apresentados trabalhos elaborados na graduação como relatos de pesquisa, pesquisa bibliográfica, trabalhos de campo ou estudos profissionais, todos realizados sob orientação de um professor da instituição do aluno. As subáreas são quase as mesmas das DT’s, com exceção da categoria Multimídia, que aqui muda para Rádio, TV e Internet. Já a Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação vira Expocom e é a parte competitiva do congresso. Nela, os acadêmicos exibem os resultados de pesquisas experimentais realizadas em laboratórios e oficinas dos cursos de Comunicação Social. Depois de apresentar nas fases regionais, os trabalhos vencedores, em cada categoria, estão aptos a participar da Expocom Nacional. Neste espaço valem a criatividade, a originalidade, a inovação tecnológica e a qualidade técnica do produto. O professor Rafael Hoff, também do curso de Comunicação da Unisc e integrante da equipe responsável por esta sessão no Intercom Regional, lembra que se mantém a autonomia entre áreas e habilitações, mas existem categorias emergentes ou mistas. Para
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Floresta é cenário do Intercom 2013 Entre 4 e 8 de setembro, a Universidade Federal do Amazonas sedia congresso nacional
NACIONAL
VANESSA COSTA REPORTAGEM
A música oficial convida: “vem viver o intercom no meio da floresta (...), vem para a Amazônia que encanta o mundo”. Com esse espírito, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) irá receber, entre os dias 4 e 8 de setembro, o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 2013. Allan Rodrigues, coordenador local do evento, explica que a organização não é feita apenas pela Ufam, mas também pelos coordenadores de comunicação do Amazonas e todas as instituições federais do Norte do país e, ainda, algumas particulares. Esta não é a primeira vez que o Intercom ocorre em Manaus. Em 2000, a Ufam já havia sediado o Congresso. Rodrigues salienta que o evento deverá mudar o cenário científico da região e espera-se um aumento expressivo na produção científica experimental no campo da comunicação no Norte do Brasil. “Não queremos só fazer um evento que dê certo. Queremos deixar esse legado. Esperamos que 2013 seja um divisor de águas.” Para isso, a organização local divulga o evento entre as instituições de ensino superior e fornece informações de como e por que participar. Entre o trabalho da organização está a tentativa de desmistificar que ir para Manaus é mais caro do que ir para outras capitais brasileiras. Rodrigues diz que viajar para o Amazonas é ainda mais barato do que para Fortaleza ou Recife, as duas últimas
ASSESSORIA INTERCOM MANAUS
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Allan Rodrigues, professor de jornalismo na Ufam, é coordenador do Intercom Manaus sedes do congresso nacional. “Estamos sempre divulgando as promoções de passagens aéreas para Manaus”, conta o coordenador. Além disso, há uma mobilização da equipe organizadora para divulgar hospedagem de baixo custo, seja em hotéis ou albergues. Outra opção oferecida é alojamento com cerca de 350 vagas, seja para barracas, colchonetes ou sacos de dormir, dentro da própria universidade. A curiosidade e o exotismo acerca da Amazônia são usados a favor do evento e o turismo deve ser um ponto forte. A agência oficial, Amazon Explores, já disponibilizou vários pacotes de baixo custo para os congressistas. “O Congresso em Manaus é no Amazonas, no meio da floresta
amazônica. As pessoas vão poder facilmente fazer passeio na selva, visitar atrações como cachoeiras, tribos indígenas e conhecer o encontro das águas dos rios Negro e Solimões”, explica Rodrigues. E, de acordo com ele, essas são opções de turismo próximas à cidade. Coordenador do Intercom Manaus, Allan Rodrigues convida alunos e professores do Sul para participarem do evento nacional, em setembro. Ele garante que todos irão encontrar uma metrópole e uma universidade com toda a infraestrutura que um congresso desse porte necessita. “Pretendemos que as pessoas se organizem com antecedência. Esperamos 4 mil congressistas”.
Fique por dentro do Intercom Manaus Site oficial: intercomanaus.com/brasil
Fanpage:
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www.facebook.com/intercomanaus Curiosidade e exotismo acerca do Amazonas são usados a favor do congresso
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Intercom Sul 2014 será em Santa Catarina Instituição de ensino superior, localizada no município de Palhoça, é palco da próxima edição da regional
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aurm o a ute sn”.
ANDRESSA BANDEIRA REPORTAGEM
AÇ ÃO DIVULG
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Campus Grande Florianópolis Pedra Branca. Esse será o destino de quem vai participar do Intercom Sul 2014. A instituição, localizada na cidade de Palhoça, sediará o evento pela primeira vez. A estrutura do Curso de Comunicação da Unisul conta com laboratórios de rádio, editoração eletrônica, fotografia e TV, além de Núcleos de Pesquisa ligados ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem. Os alunos participam também de projetos de extensão como Jornal Laboratório, site do curso, Agência Experimental de Publicidade, Laboratório de Produção Audiovisual, Hipermídia e Revitalizando Culturas.
Os participantes do próximo Intercom Sul vão encontrar uma estrutura feita especialmente para receber os congressistas, além de atividades que serão elaboradas durante o congresso. Um evento como o Intercom Sul só tem a acrescentar no currículo e na vida de quem dele participa. Para Daniela Germann, é fundamental conhecer as pesquisas desenvolvidas pelos pares da região Sul, “aprofundar conhecimento nas áreas de comunicação, além de estreitar relacionamento com acadêmicos e pesquisadores de outras universidades”. Paula Puhl, diretora da Regional Sul do Intercom, também reconhece a importância de sediar um evento como Intercom Sul. Isto porque possibilita visibilidade para o curso e para a Universidade, além de os envolvidos experimentarem, na prática, “a organização de um evento para mais de mil participantes”. O Intercom Sul é uma época de aprendizagem. “É sempre um momento de troca de ideias e experiências, além de possibilitar a convivência com alunos e pesquisadores de toda a região Sul”, reforça. Todas as intuições que sediaram o Intercom Sul gostaram muito da experiência. “É sempre uma emoção receber alunos, pesquisadores e professores de toda a região Sul que estão dispostos a aprender, trocar ideias e estudos”. Para a diretora da Regional Sul do Intercom, o congresso é uma oportunidade das universidades mostrarem o que é feito em sua região e de sensibilizar os alunos sobre a importância de participarem de eventos acadêmicos como o Intercom Sul.
PRÓXIMO DESTINO
Daniela Germann, coordenadora do Curso de Comunicação Social da Unisul, conta que os acadêmicos vêm para o Intercom Sul 2013 junto com material de divulgação da edição de 2014. A Unisul também está organizando a divulgação interna do Intercom Sul e o levantamento de parcerias para o desenvolvimento do Congresso. Daniela espera que o evento consiga alcançar um bom número de pesquisadores e acadêmicos inscritos e a presença de bons palestrantes, “como tem ocorrido em todos os eventos regionais”. Dentre os benefícios que um congresso como este pode trazer para quem o sedia, a coordenadora destaca o incentivo à pesquisa, o reconhecimento como Universidade que trabalha ensino, pesquisa e extensão interligados e a divulgação dos cursos da Unisul nos três estados que formam a região Sul. Na expectativa de experimentar estes benefícios os alunos inscreveram materiais no Expocom 2013. Além disso, “pretendemos levá-los a Santa Cruz para que possam conhecer mais de perto o funcionamento do evento”, explica Daniela. Por sua vez, a professora do Curso de Comunicação Social da Unisul, Giovanna Flores, informa que “preparamos folders e ações que serão desenvolvidas durante o evento deste ano na Universidade de Santa Cruz do Sul no sentido de mobilizar os participantes para 2014”. Neste semestre a instituição preparou o envio de trabalho e planejou a t n a viagem para a Unisc, com a eS o Sul d edição d e d a mais de 40 acadêmicos, para iversid ocorrer á a e s d a Un m S ul que estes possam se familiaPrédio (Unisul): ond 14 do Interco a 20 Catarin rizar com o evento.
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