Educação Financeira: Um gesto de amor e responsabilidade. Ensinar uma criança a trabalhar “bem” com o seu dinheiro e mostrar os caminhos saudáveis para a realização de sonhos, através do ato do consumo consciente, pode ser, um dos maiores legados que um pai construí para o futuro de uma criança. Ou seja, um pai que ama seu filho e que almeja vê-lo com sucesso na vida, precisa se atentar muito bem para essa disciplina chamada Educação Financeira. Lembro-me que outro dia, ouvi de uma colega, mãe amorosa, a seguinte sentença: queria dar ao meu filho tudo que eu não tive. Uma exclamação talvez seja libertadora para várias mães. Principalmente, mães que passaram por diversas restrições orçamentárias na infância. Elas que se sentiram frustradas querem oferecer ao filho tudo “aquilo” que tanto sonhou, e que na época, seus pais não puderam realizar. Em primeira análise, no tocante a tal afirmação, a expressão relaciona-se diretamente ao jeito de consumir. A ideia habita na essência o ato de ter, de realizar sonhos, de realizar desejos e vontades. Sentimentos completamente lícitos, “se” a realidade for condizente.
Vamos guardar essa frase:
“o
maior gesto de amor que um pai pode dedicar ao seu filho é ser verdadeiro quanto a condição financeira familiar, e contribuir, de forma saudável, para que seu filho possa realizar seus próprios sonhos, seus desejos e suas vontades”. Um fato preocupante e de fácil percepção no Brasil é que as famílias se preocupam em oferecer para os seus filhos o essencial, ou seja: moradia, vestimenta, alimentação e uma educação intelectual. Ainda assim percebemos que na sua maioria o “pacote educativo” negligência alguns aspectos, entre eles Educação Financeira. A família que oferece uma falsa realidade financeira no lar com a intensão de oferecer conforto e qualidade de vida, acaba por viver na dependência de crédito e esforços heroicos individuais, sem contar com o risco de proporcionar uma má formação comportamental na construção da vida financeira da criança. Veja abaixo, alguns pontos importantes que a família precisa avaliar para uma boa formação financeira infantil: 1 – A formação de um indivíduo que respeite e entenda o histórico financeiro de sua unidade familiar, desde a origem da criação da renda dos pais até o momento do consumo;
2 - A formação de um indivíduo consciente de sua realidade financeira, que tenha a compreensão salutar dos padrões de qualidade que essa realidade proporciona e quais limitações orçamentárias que a família possui; 3 – A formação de um indivíduo que pense no futuro e considere, desde cedo, a criação e a manutenção de uma poupança, e que saiba da importância de um início imediato; 4 - A formação de um indivíduo prevenido contra o endividamento excessivo e que saiba se proteger dos assédios promovidos pelo mercado; 5 – A formação de um indivíduo que saiba se proteger contra a oferta de crédito fácil, tendo conhecimento das causas que poderão excluí-lo do sistema financeiro, e das implicações de possuir seu nome inscrito em serviços de proteção ao crédito ou afins. A educação financeira infantil nada mais é do que um processo de estudo, análise, reflexão e atitudes que conduzem o indivíduo a um melhor desempenho intelectual na compreensão do consumo e do uso consciente do dinheiro. Para a educação financeira de uma criança, o exemplo é a melhor lição a ser oferecido. A demonstração de uma vida financeira familiar equilibrada é um dos pontos fundamentais na formação de filhos financeiramente responsáveis.