Revista Intervalo

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Publicação Acadêmica do Unilasalle Canoas • Ano 3 | Nº 4 | 2013/1

Ler o quê e para quê?

A leitura no

Ensino Superior Pág. 12

Leia+ notícias

Unilasalle investe nas engenharias • Pág. 3

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Necessidades especiais no ambiente acadêmico • Pág. 8 Já fiz a graduação, e agora? • Pág. 17


Editorial

Prezados acadêmicos

O

ano 2013 começa com belas mudanças para a Revista Intervalo e para o Unilasalle. Esta edição traz novidades como: uma nova proposta visual com mais cores propiciando maior dinamicidade à sua leitura. A linha editorial continua com a proposta de temas de interesse do acadêmico sob uma ótica reflexiva, como é o caso da matéria de capa que

Centro Universitário La Salle • Unilasalle Av. Victor Barreto, 2288 Centro - Canoas/RS

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busca os porquês do hábito da leitura ter diminuído tanto entre os brasileiros. A reportagem tenta elencar estratégias para motivar mais os leitores, principalmente os do ensino superior, a tornarem a leitura um hábito em suas vidas. Você também encontrará matérias sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sala de aula, e sobre a importância de parcerias das instituições de ensino superior com os setores públicos e privados, e conhecerá uma nova forma de encarar o cooperativismo. Não deixe de ler a seção Acontece que traz algumas das novidades desse ano de 2013, como a construção da nova Biblioteca do Unilasalle. Desejamos uma boa leitura a todos e um bom início de semestre letivo!

Reitor: Paulo Fossatti Vice-reitor: Cledes Antônio Casagrande Pró-reitor de Desenvolvimento: Luiz Carlos Danesi Pró-reitora Acadêmica: Vera Lucia Ramirez Diretora de Marketing: Claudia Paim Reportagens: Bruna Boeira, Clarissa Thones e Matheus Alves Jornalista Responsável: Clarissa Thones - RMTb 12688 Projeto Gráfico: Juliano da Silva Diagramação: Jean Dorgan Revisão: Blásio Hillebrand Contato: imprensa@unilasalle.edu.br


Destaque Vestibular de Verão abre 300 vagas para engenheiros em 2013

Um debate com o jornalista Milton Cardoso, do Band Repórter, e os coordenadores dos cursos marcou o evento de lançamento das Engenharias do Unilasalle.

Unilasalle investe nas

engenharias A

escassez de engenheiros no mercado de trabalho e o crescente desenvolvimento da economia brasileira, principalmente na região metropolitana, são um dos fatores que incentivaram o Centro Universitário La Salle – Unilasalle/Canoas a investir na abertura de três novas engenharias em seu portfólio de cursos de graduação. Engenharia de Produção, Engenharia Civil e Engenharia Química são as apostas da instituição, que investirá mais de R$2,5 milhões na construção de laboratórios, totalizando

1,2 mil metros quadrados de área construída no município de Nova Santa Rita, onde o centro universitário já possui um centro de pesquisas e um centro saúde escola.

Diferenciais Formação técnica e humana: Além de apostar em uma formação técnica focada nas potencialidades da região onde estão inseridos, os cursos terão como base a formação integral do profissional engenheiro: lógico, técnico, mas também humano e crítico.

Convênios internacionais específicos: O Unilasalle investe na parceria com universidades conveniadas que têm forte tradição na engenharia para o intercâmbio de professores e alunos: La Salle University (EUA), Christian Brothers University (EUA), Lewis University (EUA), ISAB - Institut Polytechinique La Salle Beauvais (França) e Universidade do Porto (Portugal). Currículo com proficiência em inglês: Os alunos graduados já saem do ensino superior com uma proficiência na língua inglesa, habilidade imprescindível para os engenheiros no mercado de trabalho.

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Institucional Como alunos e instituição podem se beneficiar de parcerias com o setor público e privado?

olhar

Com o voltado para fora da

Instituição

H

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á um bom tempo as grandes instituições de ensino, principalmente as federais, apostam em parcerias com os setores público e privado em projetos de diferentes cunhos. A união dessas duas frentes gera resultados positivos dos três lados da questão: o aluno, que se insere no mercado de trabalho; a empresa, que ganha mão-de-obra qualificada; e a instituição, que demonstra a qualidade de seu trabalho e estabelece proximidade no relacionamento. Em outras palavras, é quase regra que a parceria de instituições de ensino com empresas e órgãos públicos resulte em sucesso. Para sistematizar a busca de parcerias com este intuito

o Unilasalle criou, no ano de 2012, o Núcleo de Desenvolvimento Institucional – NDI, grupo multidisciplinar reflexivo responsável pela proposição, articulação e prospecção de relacionamentos que gerem oportunidades de desenvolvimento dos projetos institucionais. Seu principal papel é ser um agente fomentador das relações internas com o meio empresarial, para o desenvolvimento de projetos em parceria com organizações públicas e privadas. “A captação de recursos para viabilizar projetos que envolvam a instituição é uma consequência dos relacionamentos. Percebemos o quanto nossos docentes podem contribuir a partir de sua rede de relacionamentos e


seu capital intectual e começamos a utilizar essas informações e contatos de uma forma mais direcionada e produtiva”, explica a Diretora Administrativa do Unilasalle, Lisiane Ribeiro, coordenadora do NDI. A primeira fase de trabalho do NDI está centrada na estruturação de informações, metodologias e ferramentas de trabalho, assim como a realização de visitas onde é realizada a apresentação dos projetos institucionais e são identificadas novas oportunidades de parceria. O envolvimento direto de professores e pesquisadores garante a dinamicidade das ações, atendendo áreas da instituição com grande potencial e projetos relevantes para a sociedade.

Parceria já rendeu frutos Um exemplo real dos benefícios de parcerias da instituição de ensino com o setor privado foi vivenciado pelos acadêmicos da disciplina de Projeto Integrado, do curso de Design de Produto, coordenados pelo Prof. Fabrício Kipper (foto no início da matéria). Os alunos foram desafiados a desenvolver um produto soli-

citado pela empresa de móveis Interiore. Foram constituídas duas equipes de projeto: uma precisava desenvolver um produto que auxiliasse o serviço da churrasqueira e cozinha em pequenos apartamentos e a outra, desenvolver um mobiliário de banheiro. Durante todo o semestre os sócios da empresa Flávio e Daisy acompanharam o projeto através de reuniões mensais. Além disso, os alunos visitaram a empresa três vezes para conhecer sua estrutura, podendo adequar seu projeto com os maquinários existentes no local. “Vivenciamos a união do ambiente de aula com o ambiente de empresa. Esta união mostrou como é fundamental em um trabalho bem feito, o conhecimento de produção já no pensamento da criação de um produto. Muitas vezes nos deparamos com certas dúvidas que só o conhecimento real de chão de fábrica pode solucionar. Esta cadeira conseguiu de forma simples nos mostrar e nos preparar para futuros projetos no mercado de trabalho”, declarou Rafael Tesser, participante do projeto.

“Esta cadeira conseguiu nos preparar para futuros projetos no mercado de trabalho.”

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Comportamento Como conviver com a diferença?

Necessidades

especiais no ambiente acadêmico

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uitos dos acadêmicos do Unilasalle devem ter cursado uma disciplina onde uma intérprete de LIBRAS acompanha cada detalhe da aula, traduzindo para os colegas surdos o que está sendo ensinado. Isso porque a cada semestre chegam novos alunos surdos e pessoas com outras deficiências no Unilasalle. Esse aumento é positivo, já que a inclusão é um tema cada vez mais recorrente nos ambientes educacionais, que devem estar preparados para acolher e administrar as diferentes necessidades de seus acadêmicos. O acompanhamento de

alunos surdos é uma história antiga no Unilasalle. O atendimento de intérpretes em sala de aula começou informalmente em 2005, sendo formalizado em 2006 quando a Instituição o aprovou como um dos projetos sociais. O objetivo era atender os alunos surdos, que foram identificando o Unilasalle como uma referência no ensino de surdos. Tudo isso sempre foi respaldado pelos cursos de LIBRAS que há muitos anos também são oferecidos no setor de Extensão do Unilasalle para toda a comunidade. Atualmente, o projeto Incluindo o Surdo integra o rol de projetos acadêmicos, sob


a coordenação do curso de Psicologia, gerando demandas de Ensino, Pesquisa e Extensão. A partir deste contexto, a intenção é tornar o processo de inclusão ainda mais abrangente, integrando o PCD (Pessoa Com Deficiência) a todas as áreas da Instituição. “A acolhida sempre foi uma marca do Unilasalle, e com o aluno PCD temos um olhar mais apurado desde a matrícula, quando o Protocolo nos passa a relação de alunos PCDs e nos orienta a dar um atendimento específico para eles”, explica a Coordenadora do projeto, Profª. Simone van der Halen. Ela fala também sobre os alunos deficientes visuais e cadeirantes da Instituição. “Ainda são poucos casos, mas a medida que chegam, vamos dialogando e encontrando novas formas de criar um ambiente propício ao aprendizado. Percebemos que os professores têm conseguido entender melhor as necessidades dessas pessoas, não penalizando e nem facilitando só por terem formas diferentes de aprender. Todos eles têm potencial e não podemos inferiorizar essas pessoas”, frisa Simone, que já programa inúmeras ações para o projeto no ano de 2013, que contemplam a capacitação mais efetiva de professores e eventos que permitam um envolvimento

maior da comunidade educativa com a causa da inclusão. A acadêmica do curso de Gestão de Recursos Humanos Simone Kunzler (na foto no início da matéria, ao lado da colega Liara Ribeiro), sentiu o diferencial do Unilasalle pelo acompanhamento de intérpretes em sala de aula desde que chegou na Instituição que conheceu pela indicação de outros amigos e colegas surdos. Ela conta que tinha muita vontade de voltar aos estudos, pois ficou um bom tempo sem estudar. Quando soube que existia uma vaga no Setor de Gestão de Pessoas da Instituição em aberto, há dois meses, ela enviou prontamente o seu currículo. Hoje Simone é a mais nova colega do setor, enfatizando que tem sido uma experiência muito proveitosa, principalmente pela receptividade dos colegas, que até cursaram LIBRAS para poder se comunicar com ela. Simone confessa que ainda encontra dificuldades em sala de aula, principalmente com alguns colegas que não compreendem muito as diferenças de aprendizado dos surdos. Para eles, o seu recado: mesmo o português do surdo sendo bem diferente, eles conseguem se comunicar muito bem com ouvintes pela escrita.

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Comunidade

Cooperar para quê? Por que alunos e profissionais têm muito o que aprender com o sistema de cooperativas

S

omar forças. Essas duas palavras resumem, para o Prof. Robinson Henrique Scholz o conceito de uma cooperativa, grupo de pessoas que se unem para buscar algo que individualmente não conseguiriam, ou que teriam dificuldades para conquistar. Robinson trabalha com cooperativas desde o estágio, quando descobriu nesse setor a possibilidade de uma formação diferenciada para a sua área. Hoje, ele coordena a Incubadora de Empreendimentos Solidários do Centro Universitário

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La Salle e orienta diversos alunos em atividades de pesquisa e extensão nas cooperativas e empreendimentos de economia solidária que são assessoradas pelo projeto. “Geralmente buscamos o setor empresarial e deixamos de lado todo o Terceiro Setor e os empreendimentos organizados pela associação de pessoas que têm uma demanda interessantíssima de atuação para as mais variadas áreas de formação”, explica Robinson, que também é professor do Unilasalle nos cursos de Administração e Processos Gerenciais. As cooperativas surgem de interesses comuns, onde todos

contribuem, somando talentos, saberes e práticas. Da mesma forma acontece com os professores e acadêmicos que iniciam trabalhos de pesquisa e extensão nessas organizações. É uma via de mão dupla onde o conhecimento vai sendo construído também cooperativamente. “Nosso trabalho começa com a pré-incubação, onde nos aproximamos e estudamos a viabilidade econômica do empreendimento. A partir daí tudo é construído com diálogo, não chegamos com nada pronto”, explica Robinson, que enfatiza os benefícios para os alunos que participam dos projetos. “Todos saem dessa


relação de trocas de saberes com uma formação diferenciada, vivenciando metodologias, processos e valores que só o contato com uma realidade tão particular permitem”, fala o professor. E para quem pensa que o trabalho em cooperativas é só ligado à sustentabilidade e

questões ambientais está totalmente enganado. Todas as áreas do conhecimento conversam, sendo as humanas, que podem estudar questões de comportamento entre os membros das cooperativas, como as exatas, que podem auxiliar na busca de uma melhor produtividade e incremen-

to da renda mensal dos cooperados. Outro campo que cresce muito é o da elaboração de projetos para editais que órgãos de financiamento lançam para o Terceiro Setor, bem como para a economia solidária e cooperativas. Um campo de oportunidades em expansão e que cresce cada vez mais.

“Nós, acadêmicos, deixamos tudo isso passar despercebido” “No início do segundo semestre de 2012, eu necessitava de um assunto para a realização do meu Artigo Científico na disciplina de Projeto Integrado de Gestão Estratégica do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais. A maioria das pessoas pensa em desenvolver a pesquisa nas empresas onde trabalham, mas eu queria um outro desafio. Foi então que o meu orientador Prof. Robinson Henrique Scholz sugeriu que eu elaborasse uma pesquisa relacionada ao cooperativismo. Desde o início gostei da ideia! Debatemos bastante até chegar, definitivamente, ao assunto final que foi de elaborar estratégias de relações humanas para potencializar o trabalho cooperativo. Durante o semestre, pes-

quisei bastante sobre cooperativismo, tema completamente novo para mim. Durante a construção teórica e metodológica, foram realizadas visitas, entrevistas e questionários com os cooperados da Cooperativa de Trabalho Amigas e Amigos Solidários – Cooarlas, loca-

Depoimento da formanda de Processos Gerenciais, Raissa Schmiedel Zuchetto

lizada no bairro Guajuviras e que trabalha com a reciclagem de resíduos sólidos urbanos. Antes de construir este artigo eu desconhecia o trabalho que o Tecnosocial Unilasalle realiza perante a sociedade e de relevante importância. É uma realidade que, muitas vezes, acreditamos que não existe mais: meninas de 19 anos que pararam de estudar na 2ª série e mulheres de 35 anos que são analfabetas. Mesmo com essas dificuldades, estas pessoas estão trabalhando de forma cooperada e gerando seu sustento. E nós, acadêmicos, muitas vezes, deixamos tudo isso passar despercebido. É necessário que as portas se abram; é necessário que alguém faça o que a grande maioria não faz, e para mim, foi muito significativo”.

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Capa O desafio de inserir a leitura na rotina do estudante universitário

Onde estão os

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esmo com portas abertas em horários diferenciados, ambiente agradável e o estímulo constante para que alunos e professores visitem a Biblioteca do Unilasalle, o número de empréstimos baixou drasticamente de 2011 para 2012: foram quase 17 mil a menos. Embora a Biblioteca tenha um acervo bem diversificado contemplando boa parte das áreas do conhecimento e um volume de livros, periódicos, revistas e outros materiais ultrapassando os 101 mil exemplares, o interesse decrescente não aparece somente nas

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leitores?

estatísticas de utilização apenas de nossa Instituição. O Brasil tem, a cada ano, menos leitores*. É o que mostra a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, única pesquisa, em âmbito nacional, que tem por objetivo avaliar o comportamento do leitor do brasileiro. A pesquisa, aplicada em 2011, ouviu a população brasileira com cinco anos ou mais independente de ser alfabetizada ou não (uma base de 178 milhões de pessoas), e mostrou que 88,2 milhões são considerados leitores. Em 2007, mesmo com uma população menor (aproximadamente 5 milhões a menos) 95,6 milhões de brasileiros

eram considerados leitores. O número de leitores diminuiu, assim como o interesse pela leitura. A falta de tempo é o principal motivo apresentado pelos entrevistados por terem deixado a leitura de lado nos últimos anos. Mas quando questionados sobre o que gostam de fazer em seu tempo livre, a leitura aparece em 7º lugar, depois da televisão (1º lugar), os filmes e DVDs, e as músicas. Ou seja, a falta de tempo pode ser interpretada como um desinteresse. Mas por que a leitura atualmente está tão desmotivadora? Quais os motivos desse afastamento dos livros? É incontestável a concorrência que hoje os


livros enfrentam com inúmeros recursos multimídia que também transmitem informações, dados e ainda são adotados como meios de entretenimento pelas pessoas, principalmente as mais jovens. Mas a leitura guarda em si um diferencial que um jogo de computador e a televisão não conseguem ter: ela é uma habilidade fundamental, importante e vital para o desenvolvimento de qualquer ser humano, sendo inclusive necessária para que haja contato e interação com outros meios de entretenimento e lazer. “Não existe construção de conhecimento sem leitura. Para que um indivíduo tenha uma posição crítica, ele precisa buscar informações, ler diversas fontes para resolver problemas e formar a sua própria compreensão do mundo”, fala a bibliotecária Cristiane Pozzebom, que coordena a Biblioteca do Unilasalle e convive há mais de 10 anos com a rotina de buscar atrativos para que os alunos utilizem mais o acervo e os recursos da Biblioteca. Segundo Cristiane, o papel do professor é crucial para o envolvimento dos alunos, principalmente os de Ensino Superior. “O professor que conhece os recursos da Biblioteca e realmente os utiliza, pode estimular

o aluno e dar significado à leitura”, completa. O argumento apresentado pela bibliotecária é reforçado pela pesquisa do Instituto Pró-Livro. Segundo os dados divulgados, 45% dos leitores

de ser prazerosa. Dessa forma, a relação leitor-texto torna-se uma obrigação com data certa para acabar: quando o resumo é entregue, quando a prova é feita. Depois disso, essa pesquisa é deixada de lado.

apontam o professor como a figura que mais os incentivou a ler. Em segundo lugar aparecem as mães desses leitores. Tudo isso porque o hábito da leitura está sempre ligado a um significado. E qual é o significado da leitura no ambiente acadêmico? Na maioria das vezes, a leitura é apresentada ao acadêmico de forma impositiva, chegando até seu conhecimento como uma solicitação e longe

Outro problema enfrentado no meio acadêmico é o acesso à leitura técnica: muitos alunos chegam despreparados para encarar os textos propostos pelos professores. O resultado é a reprodução dos textos e a memorização e não uma aprendizagem de

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Capa qualidade. O autor Irandé Antunes resume em uma de suas obras a importância de envolver o aluno às propostas de leitura realizadas em sala de aula: “Se desde o início for dada aos alunos a oportunidade da leitura plena (do livro e do mundo) – aquela que desvenda, que revela, que lhes possibilita uma visão crítica do mundo e de si mesmos – uma nova ordem de cidadãos poderá surgir e, dela, uma nova configuração de sociedade”.

Como formar leitores na Universidade No ensino superior o aluno já tem uma bagagem satisfatória para deixar de ser um mero depósito de informações e realizar recortes e reproduções daquilo que já leu em sua vida. É possível avançar mais, interagir com o texto lido e realmente formar pontos de vista que sejam disseminados. Para isso, é preciso buscar realmente entender

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bém buscar identificações o intuito do que você está dentro da realidade global lendo. Também é impordo texto. O que ali interestante verificar a autenticisa e está ligado a sua dade da informação realidade e a sua contida em seu necessidade? texto, e aí enUma dica tra um dos “Um público compropara os grandes metido com a leitura é profesprocrítico, rebelde, inquiesores blemas to, pouco manipulável também atuais: a e não crê em lemas é buscar internet que alguns fazem pasleituras permite a sar por ideias.” que estereprodução (Vargas Llosa) jam ligadas de textos, à realidade de a omissão de seus alunos. De nada fontes e até mesmo a adianta propor textos sem publicação de inverdaconhecer previamente des. “Sempre orientamos o interesse e o nível de os nossos acadêmicos aprendizado do aluno. O a buscarem a Biblioteca diálogo em sala de aula para confirmarem a veracom transparência entre cidade das informações. professor e aluno também Além dos livros, é possível é importante. E é claro, utilizar portais de revistas motivação. Então, vamos especializadas na sua área ler? e base de dados como a EBSCO que o aluno pode acessar pelo nosso portal”, *Leitor é considerado aquele que leu, inteiro ou em partes, orienta Cristiane. pelo menos 1 livro nos últimos É imprescindível tam3 meses).

Estatística dos cursos de graduação que mais lêem


Acontece Oportunidades para as licenciaturas

No semestre passado acadêmicos de licenciatura foram agraciados com uma bolsa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID do Unilasalle. Por meio de parcerias com escolas de Educação Básica da Rede Pública, o programa tem como objetivo permitir espaços de integração entre a formação inicial e continuada de professores, através do intercâmbio entre saberes e atividades práticas. Ao todo são 54 alunos que até junho de 2013 realizaram projetos pedagógicos em escolas municipais e estaduais. Fique ligado no site do Unilasalle. Novas bolsas serão abertas.

Unilasalle e Canoas Vôlei – parceria de força

O ano de 2012 foi de muitos jogos no Poliesportivo La Salle e 2013 não começou diferente: o público canoense está acompanhando duelos incríveis nas quadras do Unilasalle, onde atletas de altíssimo rendimento são sucesso entre a torcida. Tudo isso é fruto de uma parceria entre o Unilasalle, a Prefeitura de Canoas e a Associação de Pais e Amigos do Vôlei – APAV, que alavancaram novamente o voleibol gaúcho. Hoje o Canoas Vôlei, treinado pelo técnico e ex-medalhista olímpico Paulão, é o representante dos gaúchos na Superliga Masculina, motivo de orgulho e tietagem para todos os canoenses. Os jogos que acontecem no Unilasalle são transmitidos pela Sportv.

Periódicos Unilasalle

Com dificuldades de encontrar artigos e referências para seus trabalhos acadêmicos na internet? Aproveite o conteúdo dos periódicos do Unilasalle que dão a garantia de um material revisado e aprovado pelos editores das revistas. Os periódicos da Editora Unilasalle são uma importante ferramenta de pesquisa científica, onde são disponibilizados periódicos internacionais com conteúdo na íntegra, sendo os mesmos do Portal da Capes. São seis revistas eletrônicas que você pode acessar gratuitamente pelo site. Acesse http://www.revistas.unilasalle.edu.br e faça a sua pesquisa com segurança!

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Acontece Unilasalle ganhará nova Biblioteca Depois de quase um semestre de negociações e planejamento, o Unilasalle aprovou no início deste ano o projeto do prédio que abrigará a sua nova Biblioteca, um investimento de aproxi-

os processos acadêmicos em busca de excelência e melhor infraestrutura. O prédio de 6.500m² abrigará a nova Biblioteca, com espaço qualificado para contemplar o aumento do acervo

madamente 20 milhões de reais. O novo complexo é mais uma das ações que prepara o centro universitário para tornar-se universidade, qualificando

bibliográfico atual, além de oferecer infraestrutura diferenciada para os acadêmicos. Toda a estrutura será construída onde hoje funcionam o ginásio de Educação Infantil do Colégio La Salle, os Laboratórios de Turismo e Eventos

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e a Brinquedoteca (prédio 12). A obra iniciará após a construção de um novo ginásio e com a realocação dos laboratórios. A Lamb Construções e Engenharia foi a empresa escolhida para realizar a construção através de processo licitatório. A entrega da obra está prevista para o ano de 2014 – 1 ano após o início da mobilização. O prédio foi concebido dentro de parâmetros mundiais de sustentabilidade com destaque aos sistemas de climatização e iluminação. O sistema de climatização apresenta consumo reduzido de energia. O projeto arquitetônico contempla o uso de iluminação natural, com amplas janelas para a área de Mata Atlântica preservada que está situada na área central do campus do Unilasalle.


Aperfeiçoamento Em um mundo de vários caminhos, tomar a decisão correta é o X da questão.

Já fiz a

graduação, e

E

m tempos em que um diploma de graduação na mão não é mais um diferencial para o mercado de trabalho, fazer algum curso após a formatura é quase que palavra de ordem para quem busca uma boa colocação no mercado. Mas a oferta atualmente é variada, o que pode até confundir quem está na busca contínua de qualificação. Entre Especialização, MBA, cursos de Extensão, Mestrado, Doutorado em diversas áreas, muitos aspirantes a uma boa qualificação profissional podem pegar o trem errado. Segundo o Professor Assistente Acadêmico e Pedagógico da La Salle

agora?

Business School, Augusto Niche Teixeira, vivemos em uma época em que as hiperespecializações estão sendo valorizadas, assim como o perfil de profissionais que trabalham em equipe e sob a lógica de cocriação, na qual cada pessoa traz um elemento novo. “É como se cada um fosse a célula do organismo vivo, contribuindo com a sua especialização, de forma complexa e interligada, para alcançar o objetivo comum. Quanto mais o profissional olha o mercado de forma híbrida e interdisciplinar, não se fechando em uma só área, mais chances terá de prosperar”, fala Niche. Outro ponto importante é o valor das características comportamentais

no mercado. “Muitas das admissões e demissões hoje são baseadas em questões comportamentais. As pessoas podem ser ótimas tecnicamente. No entanto, é sempre importante investir no desenvolvimento de sua inteligência emocional”, explica Augusto, já falando sobre a proposta dos cursos da La Salle Business School, que buscam trazer o viés comportamental de forma transversal dentro do currículo dos cursos. “Formar líderes mais humanos, críticos e com inteligência emocional é um diferencial”. Augusto lembra ainda da importância da

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