Unimed Cerrado em foco - n.69 (2012)

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Nº 69 - ANO XVII - ABRIL - JUNHO 2012

INTEGRAÇÃO EM PAUTA

XX Sueco vai debater a integração regional do Sistema Unimed Principal evento regional do Sistema Unimed, o Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) chega em 2012 a sua 20ª edição com a missão de debater e fortalecer a integração regional do cooperativismo de trabalho médico. O XX Sueco acontece em Goiânia (GO) de 13 a 15 de junho e divide a data com outros importantes eventos: o III Simpósio da Unimed Cerrado, o IV Seminário de Intercâmbio, o IV Seminário de Mercado e o 9º Seminário de Responsabilidade Social da Unimed do Brasil.

Artigo As galinhas do marquês

Unimed Cerrado 1º Encontro de Colaboradores


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Abril/Junho 2012

PALAVRA DO PRESIDENTE

Cooperação, integração e intercooperação O ato de cooperar traz, em sua essência, o princípio da união, da colaboração, do trabalho conjunto, do esforço coletivo em prol de um objetivo comum. Não há cooperativismo sem integração. Não há cooperação sem interação entre dirigentes, cooperados, colaboradores e usuários dos serviços. A intercooperação e a integração entre todos os atores do cooperativismo são fundamentais para o sucesso das cooperativas e são valores que devem ser reforçados e renovados a cada dia. Foi visando uma maior integração entre as cooperativas Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins que, em 1991, realizamos o primeiro Simpósio das Unimeds da região, o Sueco. Hoje, o Sueco chega a sua 20ª edição. Muito mudou na sociedade, na política, na economia, no cenário nacional e internacional ao longo das duas últimas décadas. Para a realização do primeiro Sueco, enfrentamos desafios que hoje parecem impensáveis, como dificuldades de comunicação com as Singulares do interior de Goiás e com as de outros Estados. Mas, com o espírito de determinação que move o cooperativismo, com a confiança e o apoio das lideranças e dos cooperados da região, os obstáculos iam sendo superados e o Sueco, a cada edição, ia se consolidando como um grande fórum de debate, fomentador do cooperativismo e da intercooperação regional. ”A intercooperação Assim, chegamos à edição de 2012, que resgata esse e a integração são princípio básico e um combustível do cooperativismo: a intefundamentais para gração. A partir da discussão em torno da Integração Regioo sucesso das nal, o tema do XX Sueco, esperamos proporcionar aos parcooperativas e devem ticipantes uma ampla reflexão sobre a necessidade de uma ser reforçadas e maior interação entre as Federações e Singulares no âmbito renovadas a cada dia. político, mercadológico, operacional e de procedimentos. E mais: propomos que essa integração extrapole as fronteiras geográficas do Centro-Oeste e Tocantins. Somos o Sistema Unimed, a maior cooperativa de trabalho médico do mundo, e devemos pensar e agir de forma sistêmica. As diversidades regionais devem ser respeitadas, mas o ideal cooperativista tem de prevalecer para que possamos continuar construindo um mundo melhor.

A Integração Regional

Em sua 20ª edição, o Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins vai debater a Integração Regional. O XX Sueco e os eventos paralelos esperam reunir em Goiânia (GO), de 13 a 15 de junho, cerca de 700 representantes do Sistema Unimed de todo o país. Páginas 3 a 5

Entrevista

O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, fala sobre o início do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins, a fundação da Unimed Cerrado, a realização do I Sueco e ressalta a importância do cooperativismo de trabalho médico. Páginas 6 e 7

Colaboradores

Com a participação de 55 profissionais da capital e do interior, foi realizado, no dia 5 de maio, o 1º Encontro de Colaboradores da Unimed Cerrado, que proporcionou aos participantes um grande debate e reflexão sobre o comportamento pessoal e a atuação profissional de cada um. Página 11

Saudações cooperativistas, Dr. José Abel Ximenes Presidente da Unimed Cerrado

Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal Rua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO) CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100 www.unimedcerrado.com.br

Diretoria

Diretor Presidente: Dr. José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: Dr. Luiz Antônio Fregonesi

Unimed Cerrado em Foco

Órgão informativo da Unimed Cerrado Número 69 Ano XVII – Abril/Junho 2012 Edição: Santa Inteligência Comunicação Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha MTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 santainteligencia@terra.com.br Arte e Impressão: Cir Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco

Remuneração e verticalização

O modelo cooperativista de remuneração do trabalho médico e a verticalização no Sistema Unimed serão debatidos no V Fórum Nacional de Cooperativismo Médico, que acontecerá em Brasília (DF) nos dias 26 e 27 de junho. Página 8

Projeto Sinal

Mais uma Singular adere ao Projeto Sinal. A partir de julho, a Unimed Morrinhos passa a contar com o serviço de videoconferência, implantado em parceria com a Federação. Página 9

AINDA NESTA EDIÇÃO II Cúpula Cooperativa das Américas .................. Página 8 Conselheiros Fiscais: curso.............................. Página 10 Artigo: Lena Castello Branco ............................ Página 12


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INTEGRAÇÃO

XX Sueco quer fortalecer a integração regional O Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins, realizado pela primeira vez em 1991, chega a 20ª edição reafirmando sua proposta de promover e fortalecer a integração regional do Sistema Unimed De volta a Goiás, que já sediou nove edições deste que é o maior evento do Sistema Unimed na região, o Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) vai ser realizado em Goiânia nos dias 13, 14 e 15 de junho. Tendo como tema central A Integração Re-

gional, o XX Sueco será um grande fórum de debates, descobertas, troca de experiências, intercooperação, fortalecimento dos princípios cooperativistas e, principalmente, de interação entre dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed. Repetindo o que vem acontecendo a cada edição desde a realização do primeiro simpósio em 1991, o Sueco deve reunir representantes do Sistema Unimed não só no Centro-Oeste e Tocantins, mas lideranças cooperativistas de todo o país e dirigentes das empresas do Complexo Unimed. A abertura oficial do simpósio contará

com a participação de Roberto Rodrigues, um dos principais nomes do setor cooperativista no Brasil e no exterior. Ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), ele vai falar sobre o Ano Internacional das Cooperativas, celebrado em 2012. Promovido pela Unimed Cerrado com o patrocínio da Central Nacional Unimed, Seguros Unimed, Unimed Goiânia (anfitriã) e Unicred, o XX Sueco espera reunir cerca de 700 participantes, que vão encontrar uma ampla programação, que inclui palestras, mesas redondas, reuniões e oficinas

do Ramo Saúde e suas perspectivas dentro do cooperativismo brasileiro, o resultado financeiro da intercooperação

nas Unicreds, a integração regional e o panorama da saúde suplementar no Brasil e na Região Centro-Oeste e Tocantins

técnicas nas áreas de Mercado, Recursos Humanos, Responsabilidade Social, Jurídica, Contábil e Tecnologia da Informação. Paralelamente ao XX Sueco, que acontecerá no Oliveira´s Place, serão realizados o III Simpósio da Unimed Cerrado, o IV Seminário de Mercado e o IV Seminário de Intercâmbio da Federação e o 9º Seminário Nacional de Responsabilidade Social da Unimed do Brasil. A Feira de Negócios, que expõe produtos e serviços nas áreas de saúde e cooperativismo e já faz parte da programação oficial do Sueco, também terá destaque nesta edição.

Em pauta Modelo de atenção integral à saúde, políticas públicas de saúde, o parlamento e o cooperativismo de saúde, o papel

são os temas das mesas redondas e conferências programadas para o XX Sueco. Saiba mais em www.sueco.com.br.

IV Seminário de Mercado vai enfocar alternativas de receita para as Unimeds O transporte aeromédico, o atendimento na área de medicina ocupacional, o home care e outros serviços que podem ser implementados pelas Unimeds e que vão além da assistência médico-hospitalar convencional serão apresentados e debatidos no IV Seminário de Mercado da Unimed Cerrado. O encontro, que discutirá fontes

alternativas de receitas para as cooperativas, será realizado no dia 13 de junho, data da abertura do XX Sueco, no Oliveira´s Place, em Goiânia (GO). Das 9 às 17h30, dirigentes, cooperados e colaboradores de Unimeds de todo o país e dirigentes das empresas do Complexo Unimed também vão analisar os desafios e

perspectivas do mercado de saúde suplementar. A programação inclui também mesas redondas e palestras sobre temas, como a importância do laboratório próprio para a medicina ocupacional, a consultoria atuarial da Unimed do Brasil e os produtos da Unimed Seguros. Coordenador do seminário

organizado pela Diretoria de Mercado da Unimed Cerrado, o ex-presidente da Federação, Tarciso Dagolberto Borges, está bastante otimista com o sucesso do encontro. “Minha expectativa é muito positiva”, diz, ressaltando que o evento busca a integração da área mercadológica entre as Singulares filiadas à Federação.


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PALAVRA DOS DIRIGENTES

A expectativa das lideranças “A programação do Sueco e do III Seminário da Unimed Cerrado está bastante ampla e de interesse geral de todas as cooperativas do Sistema Unimed, tanto dos dirigentes quanto dos colaboradores. A começar pelo tema do evento “Integração Regional”, que nos oferece a oportunidade de discutirmos e apontarmos soluções para os principais problemas que afligem os dirigentes da região Centro-Oeste, além de Danúbio Antonio de Oliveira estreitar o relacionamento entre Diretor Administrativo-Financeiro/ as Cooperativas e os dirigentes. Unimed Cerrado Para os colaboradores e técnicos, a programação está recheada de temas do dia-a-dia das Cooperativas, como Mercado, Tecnologia da Informação, Jurídico-Contábil e Recursos Humanos. Por isso, é muito importante e contamos com a participação de dirigentes e colaboradores de todo o Brasil e, principalmente, da região Centro-Oeste”. “O XX Sueco e os eventos simultâneos, como o IV Seminário de Mercado da Unimed Cerrado, serão de grande importância para todos, pois buscam em seu escopo o reforço da sinergia entre as Singulares”.

Luiz Antônio Fregonesi – Diretor de Mercado/Unimed Cerrado

“Quero parabenizar a escolha do tema do XX Sueco: a “Integração Regional”, em sintonia com o princípio cooperativista da intercooperação. Um princípio muito valorizado pela Unimed Goiânia, que tem investido na promoção da intercooperação entre as Singulares do Centro-Oeste e Tocantins, como forma de integrar a região e estimular seu desenvolvimento. Ressalto também a importância dos debates e encontros regionais como espaço privi- Dr. Sizenando da Silva Campos Júnior Diretor-Presidente/Unimed Goiânia legiado para a vivência e troca de experiências, o que nos fortalece como Singular e permite levar aos fóruns nacionais não apenas nossa voz, mas nossas propostas mais amadurecidas. E cada região tem muito o que contribuir para a construção permanente do Sistema Nacional Unimed e do Cooperativismo”.

“Para nós, da Central Nacional Unimed, é sempre um grande prazer participar do Sueco. Temos, todos, um apreço muito especial por esta região do país, que acolhe mais de 140 mil de nossos beneficiários. Aqui, durante esses dias de evento, vamos aproveitar para estreitarmos ainda mais os laços da operadora nacional com os profissionais que trabalham nas diversas cooperativas da região. Tenho certeza de que será um grande evento, como sempre”.

Mohamad Akl – Presidente/Central Nacional Unimed

“O Sistema Unimed, pelas particularidades que detém, difere dos demais players do mercado da saúde privada e possibilita aos seus integrantes, as cooperativas médicas, uma troca constante de experiências e ações conjuntas através dos seus eventos, o que reforça ainda mais essa marca tão forte, que é a Unimed. O Sueco é um exemplo disso. Em sua 20ª edição, ele reunirá não apenas as lideranças da região, mas também Kamil Hussein Fares das demais Singulares e FederaDiretor Presidente/ Unimed Federação ções do Sistema Unimed para um do Estado de Mato Grosso debate aberto e positivo em torno do tema “Integração Regional”. Além das trocas de experiência e fortalecimento da marca, o Sueco proporcionará aos participantes de outras regiões do país a oportunidade de conhecer as riquezas do Centro-Oeste e do Tocantins, que se destacam pela cultura, belezas naturais, o seu povo receptivo e crescimento diferenciado na economia brasileira”.

“O Sueco chega a sua 20ª edição como uma excelente oportunidade de trocar experiências com mais de 700 participantes, representantes e colaboradores de outras Unimeds. É preciso parabenizar a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal pela assistência que o evento dá para que possamos estar alinhados às novas exigências da Agência Antônio Fagundes Nacional de Saúde (ANS) e do Presidente/Unimed Palmas mercado, cada vez mais competitivo. Enquanto presidente da Unimed Palmas gostaria de salientar a importância de trocar cada vez mais experiências no sentido de reavivar o cooperativismo entre os médicos. Um desafio para todos!“.


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PROGRAMAÇÃO

IV Seminário de Intercâmbio vai apresentar novas ferramentas Rafael Moliterno Neto Presidente/ Seguros Unimed

“Vejo o Sueco como uma oportunidade para trocar experiências e para mostrar como a seguradora do Sistema vem crescendo e ocupando um lugar de destaque no mercado. Aproveitaremos esta XX edição do evento para divulgar – entre as Singulares da região - a Promoção Viva Vida, que sorteará 10 automóveis Novo Uno 0 km entre as Unimeds que contratarem produtos da promoção ou que já sejam clientes da Seguros Unimed”.

Visando aperfeiçoar o intercâmbio entre as Singulares, um dos grandes diferenciais de mercado do Sistema Unimed, o seminário vai apresentar novas ferramentas para a troca de informações O uso e as funcionalidades da ferramenta Ajius (Análise de Ajuste do Intercâmbio entre as Unimeds), cujo emprego passa a ser ranqueado e obrigatório entre as Unimeds a partir de 2 de julho de 2012, serão abordados no IV Semi-

nário de Intercâmbio da Unimed Cerrado. O evento será realizado no Oliveira´s Place, em Goiânia (GO), no dia 14 de junho, das 8 às 18 horas, dentro do segundo dia de programação do XX Sueco. Samuel Costa da Silva, da Unimed do Brasil, vai abordar o assunto, enfocando o fluxo básico, prazos, demandas, identidade visual, perfis, simulações, movimentação de arquivos e esclarecendo dúvidas dos participantes sobre a ferramenta obrigatória para contestações entre Unimeds. “A partir de 2 de julho, quem não utilizar o software perderá

o direito de contestar”, alerta. O software de pacotes, outra ferramenta nacional da Unimed do Brasil, em fase de teste desde janeiro de 2012, e o ranking das Unimeds no intercâmbio também serão apresentados pela palestrante Luciana Yonezawa Tamada, da Confederação, no IV Seminário de Intercâmbio da Unimed Cerrado. O evento visa proporcionar aos participantes a discussão, a disseminação do conhecimento e o aperfeiçoamento do intercâmbio, um grande diferencial do Sistema Unimed frente à concorrência.

9º Seminário de RS enfocará a cooperação e sustentabilidade Cooperação: A arte de sustentabilidade das sociedades é o tema da 9ª edição do Seminário Nacional de Responsabilidade Social Unimed, que será realizado em Goiânia (GO) de 13 a 15 de junho, durante o XX Sueco. Promovido pela Unimed do Brasil em parceria com as Unimeds Cerrado e Goiânia, o evento será aberto com um workshop de definição do Projeto Nacional de Responsabilidade Social Unimed. A programação inclui ain-

da palestras e debates sobre temas, como sustentabilidade e socieficiência e a apresentação das experiências dos Institutos de Responsabilidade Social do Sistema Unimed. Também haverá a premiação das Unimeds que atingiram o estágio 4 do Selo Unimed de Responsabilidade Social, das Federações que consolidaram 100% do Balanço Social no exercício 2011 e da Unimed com o maior aumento da pontuação em relação à edição anterior. O diretor de Marketing e

Desenvolvimento da Unimed do Brasil, Aucélio Melo de Gusmão, ressalta que a programação foi elaborada com base nas experiências do Sistema Unimed e nos ODM (Objetivos Do Milênio). Em uma visita ao Museu do Cerrado, um dos pontos turísticos da capital goiana, os participantes do seminário passarão por exercícios práticos e por uma imersão

na cultura local, com ênfase em questões sociais, ambientais e culturais do Cerrado brasileiro.


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ENTREVISTA – JOSÉ ABEL XIMENES

“É preciso determinação, perseverança e convicção dos dirigentes cooperativistas” Em 7 de julho de 2012, data da celebração do Dia Internacional das Cooperativas neste Ano Internacional das Cooperativas, a Unimed Cerrado completa 18 anos de atuação em prol do cooperativismo de trabalho médico e da promoção da integração e do desenvolvimento das Singulares no CentroOeste e Tocantins. Nesta entrevista, o presidente e um dos fundadores da Federação, José Abel Ximenes, fala sobre a criação da Unimed Cerrado, relembra o início do Sistema Unimed na região e destaca a importância do Sueco, o simpósio criado para integrar as Unimeds do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins e que chega a sua 20ª edição. O cooperativismo médico na região A história do cooperativismo na área da saúde no Brasil é recente. Nasceu com a criação da primeira Unimed em Santos (SP) e completa 45 anos em 2012. Em Goiás, é mais recente ainda. Começou em 1978, com a criação da Unimed Goiânia. Desde então, Goiás e Tocantins têm participado do cenário nacional em uma posição de destaque pelo trabalho que vem sendo feito pelas lideranças cooperativistas da-

qui, por sua integração regional e nacional, e, hoje, também pelo bom relacionamento com a Organização das Cooperativas Brasileiras e seus diversos ramos, em especial o Ramo Saúde. A estruturação da rede e a concorrência Já ocupei praticamente todos os cargos dentro do Sistema Unimed, especialmente na Unimed Goiânia, onde comecei como cooperado e cheguei até a sua presidência, dirigindo a cooperativa por três mandatos consecutivos de dois anos cada. Quando assumimos, a Unimed Goiânia tinha cerca de 20 mil clientes e 350 cooperados (as) e no final dos nossos seis anos de mandato chegamos a 1350 cooperados (as) e próximo de 150 mil clientes. Esse trabalho acabou acirrando a concorrência no mercado de Planos de Saúde, que criou o Sistema Goiano de Hospitais (SGH) para competir com a Unimed.Tivemos de comprar um hospital para instalar um pronto-atendimento, mas a concorrência acabou sendo benéfica. Surgiu a oportunidade do primeiro contrato com abrangência em toda a região de Goiás e Tocantins, que foi da caixa de funcionários da Saneago (Caesan), empresa de saneamento básico do Estado de Goiás. Foi feito um acordo e os funcionários receberam as duas carteiras: da Unimed e do SGH e em pouco tempo a grande maioria optou pela Unimed. A expansão das Singulares e apoio da sociedade Em Goiânia (GO) essa ex-

pansão da rede era mais fácil, mas no interior tínhamos apenas duas Unimeds. Como o SGH, teoricamente, teria toda a rede hospitalar do Estado, tivemos que nos desdobrar para constituirmos a nossa rede com abrangência estadual para não perdermos esta disputa de mercado. Mas, para nossa surpresa, houve uma grande receptividade para a ampliação do Sistema Unimed por parte da classe médica e, mais ainda, da sociedade. Em muitas cidades, éramos recebidos pelo prefeito, por autoridades civis e eclesiásticas, com apoio das lideranças médicas locais. Ressalto também o apoio do colega Edmundo Castilho, fundador da primeira Unimed, que acompanhou a criação de algumas Singulares em Goiás e Tocantins em uma época em que não havia facilidades de locomoção. Tivemos solenidade de fundação de Unimed, em Gurupi (TO), por exemplo, feita em um ranchão à beira da Belém-Brasília porque a cidade não tinha estrutura para comportar os participantes, incluindo moradores e autoridades da cidade. Dificuldades e determinação Tínhamos essa receptividade, mas as dificuldades eram imensas, pois não contávamos com uma estrutura federativa. Ouvi de muitos colegas, especialmente os opositores ao modelo cooperativista, questionamentos sobre o que nós, diretores da Unimed Goiânia, tínhamos a ver com a criação de Unimeds no interior. O mesmo também aconteceu com a criação da Uni-

cred, que também foi fundada na nossa gestão na Unimed Goiânia. Relembro essas situações para mostrar que as dificuldades sempre existiram e que é preciso determinação, perseverança e convicção dos dirigentes naquilo que estão empreendendo. Na Unimed Goiânia, tínhamos uma diretoria muito coesa, envolvida e comprometida e fomos criando as Unimeds no interior, num verdadeiro trabalho de “catequese” cooperativista. No cooperativismo, as realizações são coletivas e, portanto, todo este trabalho foi feito a muitas mãos, tive apenas o privilégio de liderar todo este processo como presidente da Unimed Goiânia. A criação da Federação Criadas cooperativas em Goiás e Tocantins, ficou difícil para a Unimed Goiânia, que também teve um crescimento (passando de cerca de 20 mil usuários para quase 150 mil em seis anos), coordenar o Sistema Unimed na região. Então, em 1994, decidimos criar uma estrutura de segundo grau, que já existia em outros Estados, e assim nasceu a Federação Goiás/Tocantins. Houve dificuldades para a estruturação, sede, mas, apesar dos desafios, foi criada a Unimed Cerrado sob a nossa coordenação. Os desafios da Unimed Cerrado A Federação já nasceu enfrentando outros desafios, pois quando o Sistema começa a crescer vêm empresas que querem contratos de assistência médica não só aqui, mas em outros Estados e tem empresas de


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outros Estados que querem contratos aqui. Como já tínhamos uma Federação estruturada, acabávamos sendo procurados para discutir questões de todo o Centro-Oeste e Tocantins. Então, vimos que precisávamos criar outras Federações estaduais na região e participamos efetivamente do estímulo, da orientação e apoio apara a criação das Federações Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O 1º Sueco Com as Federações, precisávamos de encontros regionais para que as lideranças pudessem discutir os seus problemas comuns, os desafios e as perspectivas do setor. Decidimos, então, realizar o primeiro Sueco. Seria no Mato Grosso do Sul, um Estado novo que não se sentia integrado ao Centro-Oeste. Mas, não quiseram. Apesar da estrutura que tínhamos, resolvemos não fazer em Goiânia. Então, realizamos a primeira edição em Cuiabá (MT), em 1991. No ano seguinte, Goiânia sediou o Sueco e fomos ao Mato Grosso do Sul, convidar os médicos para participarem. Foi indicado um colega para participar do simpósio e ele teve um papel fundamental para que Campo Grande (MS) sediasse o terceiro Sueco. A partir de então, o simpósio deslanchou. A maioria foi realizada em Goiás, mas sempre houve uma alternância nas sedes do encontro. A importância do Sueco Esse evento é muito importante para o crescimento de lideranças, a difusão do coope-

rativismo, a intercooperação e a troca de informações. Preparamos uma ampla programação para o XX Sueco e os eventos paralelos, como o IV Seminário de Mercado da Unimed Cerrado, que apresentará às Unimeds produtos alternativos de fonte de receita, como serviços na área de saúde ocupacional, transporte, na interiorização da medicina, na capacitação e qualificação de gestores do Sistema Unimed regional. Expectativas em relação ao XX Sueco Hoje, o Sueco faz parte do calendário nacional de eventos do Sistema Unimed. Por suas contribuições, tornou-se um evento respeitado nacionalmente. As dificuldades para a realização do simpósio ainda são grandes, mas a disposição para vencer esses obstáculos e a magnitude da proposta superam as dificuldades. Ser em Goiânia também facilita. Vamos ter a presença de todas as nossas cooperativas da região, bem como de inúmeras lideranças de todo o país e esperamos, pelo menos, 600 participantes. A programação será desenvolvida por expositores do mais alto nível e toda ela sintonizada com o cooperativismo. A Integração Regional Os temas do Sueco são escolhidos com a participação das Federações e Singulares, de acordo com a realidade de cada época. O tema deste XX Sueco foi escolhido porque precisamos, realmente, fortalecer a integração da região Centro-Oes-

te, Tocantins e Distrito Federal e, também, nos aproximarmos das regiões Norte e Nordeste. Hoje, o Sul e Sudeste detêm cerca de 80% do Sistema, temos que ampliar a nossa participação. Precisamos de uma integração maior, mais articulada, não para nos contrapormos à hegemonia do Sul e Sudeste, mas para que tenhamos condições de mostrar uma realidade diferente, que vivemos e que a maioria não conhece. O Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda são vistos de forma preconceituosa no cenário nacional e o Sistema Unimed, dentro da área médica, vem contribuindo para mostrar que, apesar da escassez de recursos, fazemos uma medicina de bom padrão, que é a possível e necessária para atender a população loco-regional e que tem absorvido, através do intercâmbio, clientes de outras regiões. O exemplo regional Na nossa região, temos plenas condições de desenvolvermos um modelo de atenção à saúde mais consentâneo, com os paradigmas atuais e que sirva de exemplo para todo o país. Um modelo mais racional e mais condizente com a nossa realidade e necessidades. Os recursos são e sempre serão finitos e a demanda infinita, pois ela não está sendo definida por parâmetros técnicos, objetivos, de acordo as reais necessidades, mas por interesses econômicos, pela mídia, pela indústria, dentre outros. Então, é melhor trabalharmos de forma regionalizada, integrada, hierarquizada para podermos lograr os nossos ob-

Ximenes: a importância da integração regional

jetivos com uma melhor relação custo/benefício para nós e para nossos clientes. O interesse dos novos médicos no Sistema Unimed Mais do que interesse, eles estão tomando consciência que o modelo cooperativista de organização do trabalho médico é o melhor para sua inserção no mercado e para o atendimento à população em suas demandas na área da saúde. Vivemos uma nova realidade caracterizada por profundas transformações e quebra de paradigmas, que não atinge apenas o setor saúde, mas todas as organizações sociais. Temos uma situação de ruptura e de construção de uma nova sociedade, que pense mais no coletivo, que seja menos individualista e consumista como a atual. Esta nova organização social será alicerçada em novos valores, na ética, na solidariedade, por isso, o cooperativismo está tendo esse sucesso na área da saúde. As pessoas que militam no cooperativismo são movidas por valores, pela solidariedade, pela vontade de contribuir para melhorar as condições de vida da comunidade onde atuam e não apenas gerar trabalho e renda para seus cooperados.


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ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS

Panamá sedia a II Cúpula Cooperativa das Américas O presidente da Unimed Cerrado participou do evento organizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e voltado para o fortalecimento do setor cooperativista nas Américas Entre os dias 28 de maio e 1º de junho, foi realizada no Panamá, a II Cúpula Cooperativa das

Américas. O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, participou do evento organizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para as Américas dentro das comemorações do Ano Internacional das Cooperativas, celebrado em 2012. A II Cúpula Cooperativa das Américas, que teve como tema “Cooperativas: desenvolvimento sustentável com equidade social”, analisou e discutiu quatro temas centrais e seus respectivos sub-

temas: Identidade Cooperativa e Gestão Empresarial, Paradigmas de Desenvolvimento e Equidade Social, Responsabilidade Social e Ambiental e Políticas Públicas. Os debates, com a participação de lideranças cooperativistas das Américas, subsidiaram a elaboração de uma declaração de consenso com acordos e resoluções do setor, que servirão como um marco referencial para a implementação de ações para fortalecer o cooperativismo no

Fórum vai discutir a verticalização na Unimed

A verticalização no Sistema Unimed é um dos temas centrais do V Fórum Nacional de Cooperativismo Médico, que acontecerá em Brasília (DF) nos dias 26 e 27 de junho. Promovido pela Comissão de Cooperativismo Médico, formada pela

Unimed do Brasil, Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o fórum vai debater ainda a remuneração médica nas cooperativas Unimeds e suas variações regionais, a

composição dos custos e honorários médicos nas cooperativas e o impacto das OPME, materiais especiais e medicamentos nos custos assistenciais das Unimeds. O Sistema Unimed e perspectivas do mercado é o tema de outra mesa redonda do fórum, que vai abordar também outros temas, como a visão das entidades médicas sobre modelos e formas de remuneração da categoria na saúde suplementar.

14º Conai debate e fortalece o Sistema O 14º Conai (Comitê Nacional de Integração), que foi realizada em Foz do Iguaçu (PR) entre os dias 16 e 18 de maio, debateu temas de grande relevância para o Sistema Unimed. Mais de 350 representantes de todo o país, entre eles o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, participaram do evento. O presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, ressaltou que o Sistema Unimed sai mais fortalecido dessa edição

com discussões férteis e proveitosas. “A programação incluiu assuntos que interferem diretamente na gestão das cooperativas e tivemos um evento com elevada participação de dirigentes e gestores, que certamente levam muitas contribuições para suas cooperativas”, explicou o diretor de Integração Cooperativista e Mercado, Valdmário Rodrigues Jr., que coordenou o evento. Um dos temas debatidos no encontro interessou diretamente a

275 operadoras do Sistema Unimed, classificadas na categoria de pequenas (até 20 mil beneficiários) e médias (entre 20 mil e 100 mil beneficiários). Valdmário observou que a Confederação já conquistou benefícios importantes para as pequenas e médias operadoras junto à ANS e vem trabalhando junto à Agência não para solicitar benesses, mas para defender o Sistema com responsabilidade.

continente. Os participantes do encontro também analisaram os desafios do setor cooperativo, os paradigmas de desenvolvimento e igualdade social e a promoção de ações comuns e a criação de mecanismos efetivos de coordenação, comunicação e intercâmbio entre as organizações cooperativas a nível regional e internacional como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável com igualdade.

Federação patrocina Torneio de Tênis

Tenistas do Brasil, Chile, Portugal, Argentina, Uruguai, Suécia, Estados Unidos, Peru e Rússia participaram do I Algar Telecom Rio Quente Resorts ATP Challenger Tour. O torneio de tênis realizado no Rio Quente Resorts, em Rio Quente (GO), contou com o patrocínio da Unimed Cerrado e foi disputado entre os dias 5 e 12 de maio. O tenista gaúcho Guilherme Clezar (foto) conquistou seu primeiro título de Challenger aos 19 anos.


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SINGULARES EM DESTAQUE

Unimed Goiânia expande rede própria Para atender o aumento da demanda, a Singular está promovendo a reestruturação física e funcional de sua rede de serviços próprios A Unimed Goiânia (GO) está promovendo uma reestruturação física e funcional de sua Rede de Recursos e Serviços Próprios para atender o aumento da demanda por atendimento. Atualmente instalado no prédio do Serviço de Atendimento Unimed I (SAU I), o Laboratório Unimed será transferido para o prédio onde funciona a Corretora Unimed Goiânia, que será reinstala-

da em sede própria, na Avenida T-9. Os exames de urgência continuarão sendo feitos no SAU I, que terá as áreas de atendimento de urgência e recuperação de pacientes ampliadas, com a implantação de mais leitos de observação, adulto e pediátrico. A área de espera da pediatria também vai aumentar. Além dessas mudanças em fase de implementação, a Unimed Goiânia inaugurou, no dia 23 de abril, sua clínica própria de psicologia, localizada na Rua 11, número 180, no Setor Oeste, em Goiânia. O serviço, que conta com uma equipe de 17 psicólogos e duas secretárias, é ofere-

Clínica de Psicologia: serviço pioneiro e ampliado

cido pela Singular desde 2008 e atende à determinação da Agência Nacional de Saúde (ANS). “Somos a primeira Unimed do Brasil a ter uma clínica de psico-

logia e muito nos orgulha a qualificação de nossos profissionais”, afirma o presidente da cooperativa, Sizenando da Silva Campos Júnior.

Unimed Morrinhos vai aderir ao Projeto Sinal A partir de julho, a Unimed Morrinhos (GO) passará a contar com uma sala de videoconferência. A implantação desse serviço marcará a adesão da Singular ao Projeto Sinal (Sistema de Integração Nacional) da Unimed do Brasil e o cumprimento de mais uma etapa da meta da Unimed Cerrado de instalar salas de videocon-

ferência em todas as Singulares de Goiás, Tocantins e Distrito Federal até o final de 2012. A implantação da sala de videoconferência na Unimed Morrinhos, em parceria com a Unimed Cerrado, foi anunciada no dia 22 de maio, durante reunião do Conselho de Administração da cooperativa. Com esse recurso,

Unimed Palmas conquista registro definitivo A Unimed Palmas (TO) completou 20 anos de fundação em março de 2012 e um dos melhores presentes chegou no início de abril, quando a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a concessão do registro definitivo de funcionamento da Singular. O comunicado foi publicado no dia 13 de abril. Atualmente, a Unimed Palmas conta com 221 médicos cooperados, 30 laboratórios, 9 centros de diagnóstico por imagem, 18 clínicas de fisioterapia, 6 hospitais e 36 clínicas para atender a 36 mil beneficiários. E a cooperativa quer

aumentar sua rede de atendimento e estreitar o relacionamento com os cooperados. Empossado em março para presidir a Singular até 2014, o cirurgião vascular Antônio Fagundes da Costa Júnior explica que muitos médicos que deixaram a cooperativa em 2011 já retornaram e que a atual gestão quer integrar os cooperados à diretoria. Entre as metas dos gestores estão também a reestruturação da Unimed Palmas, a melhoria dos mecanismos de gestão, a ampliação da assistência aos usuários e o aumento da rede de atendimento.

sem sair do município, dirigentes, cooperados e colaboradores da Unimed Morrinhos poderão acompanhar as palestras, cursos e seminários de interesse do setor cooperativista realizados em outros Estados. A transmissão ao vivo desses eventos democratiza a participação do público, amplia o acesso

às informações e reduz custos das cooperativas com o deslocamento e a hospedagem de seus representantes. Também em parceria com a Unimed Cerrado, a Unimed Morrinhos está implantando seu serviço de Call Center que, em breve, será inaugurado para ampliar o atendimento aos beneficiários do plano de saúde.

Unimed Rio Verde chega aos 20 anos Uma grande festa, realizada no dia 10 de maio, marcou a celebração dos 20 anos da Unimed Rio Verde. O evento contou com as presenças de lideranças locais, do presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes; do diretor de Recursos e Serviços Próprios da Unimed Goiânia, Ricardo Esperidião, e do diretor Administrativo e Fi-

nanceiro da Central Nacional Unimed, Rodolfo Pinto Machado de Araújo, que proferiu palestra sobre o tema “Recursos Próprios no Sistema Unimed: Contexto Atual e Expectativas Futuras”. O tema enfocado tem grande relevância para a Unimed Rio Verde, que trabalha na formatação e construção de um hospital próprio.


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Abril/Junho 2012

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Curso orienta conselheiros fiscais das cooperativas Pelos segundo ano consecutivo, a Unimed Cerrado promoveu um curso para conselheiros fiscais de cooperativas médicas Com a participação de 21 conselheiros fiscais eleitos e reeleitos nas Singulares federadas, a Unimed Cerrado sediou, nos dias 13 e 14 de abril, mais uma turma do Curso de Conselheiros Fiscais, voltado exclusivamente para cooperativas de trabalho médico. Organizado pelo Núcleo de Desenvolvimento Humano e ministrado no auditório da Federação pela gestora de Controladoria e Finanças da Unimed do Brasil, Isabel Marques Rizo, o curso repetiu o sucesso do ano passado e proporcionou aos conselheiros a oportunidade de aprenderem e também de aperfeiçoarem seus conhecimentos sobre o papel do Conselho Fiscal das cooperativas.

“A contabilidade é uma linguagem que o conselheiro fiscal precisa entender”, disse Isabel. Durante as aulas, através de exposições teóricas e de exercícios práticos, a gestora introduziu os conselheiros nesse universo, no qual termos como balancetes, patrimônio líquido, capital circulante, ativos, passivos e demonstrações de resultados são comuns. Eleito para o Conselho Fiscal 2012/2013 da Unimed Rio Verde, o médico Adriano Mendes teve no curso seu primeiro contato com a área da contabilidade. Estreante no Conselho Fiscal da cooperativa, Adriano desconhecia muitos termos citados no curso, mas não se intimidou. “Os médicos estudam tanto na graduação e em pós-graduação, que conseguem estudar e entender muitos assuntos”, disse o conselheiro, confiante que o aprendizado adquirido no curso de Conselheiro Fiscal vai ajudá-lo muito nesse novo trabalho junto à Unimed Rio Verde.

Conselheiros eleitos e reeleitos: novas lições e aperfeiçoamento

Em seu segundo mandato também no Conselho Fiscal da Unimed Rio Verde, o médico Manoel Estevam de Ávila acredita que neste ano terá maior facilidade para desempenhar o trabalho. Não só pela experiência adquirida na gestão anterior, mas também pelo aprendizado obtido no curso promovido pela Unimed Cerrado. “Cursos como esse devem mesmo ser obrigatórios para os conselheiros fiscais”, afirmou, acrescentando que as aulas ajudam o con-

selheiro a entender melhor o que fiscaliza. Além de representantes da Unimed Rio Verde, o curso contou com a participação de conselheiros de Goiânia, Jataí, Catalão, Morrinhos, Mineiros e Gurupi. Foram abordados temas como a responsabilidade legal dos conselheiros fiscais, a relação entre o Conselho Fiscal e o Conselho Administrativo, a estrutura administrativa da cooperativa e as normas da ANS para a análise da situação das operadoras.

NDH tem ampla programação em maio O mês de maio foi marcado por uma série de ações promovidas pelo Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) da Unimed Cerrado e voltadas para os colaboradores da Federação. O trabalho teve início no dia 2 com a palestra Etiqueta Empresarial, ministrada pela

psicóloga organizacional Simone Manira. No dia 4 de maio, foi realizado em Rio Verde (GO) o 19º Encontro GPA Regional Centro-Oeste, Tocantins e Distrito Federal. No dia 5, o 1º Encontro de Colaboradores da Unimed Cerrado e, no dia 31, o

curso de atendimento aos clientes, promovido em parceria com o Sescoop/ Goiás. Para junho, está programado um curso de educação ambiental, além das oficinas que serão ministradas durante o XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocan-

tins (Sueco). Em julho, está prevista a realização dos cursos Cooperar para Conviver e Conviver para Cooperar e de Organização de Eventos, esse em parceria também com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás e agendado para os dias 4, 5 e 6 das 8 às 18 horas.

Colaboradores participam do 19º GPA Regional Colaboradores das Unimeds Anápolis, Araguaína, Catalão, Cerrado, Goiânia, Jataí, Mineiros, Regional Sul, Rio Verde e Seguros Unimed participaram do 19º encontro do Grupo Permanente de Atendimento (GPA) Regional de Goiás, Tocantins e

Distrito Federal. Realizado em Rio Verde (GO) no dia 4 de maio, o encontro foi aberto pelo diretor vice-presidente de Mercado da Unimed Rio Verde, Alberto Isaac Horbilon. Os participantes debateram temas, como as regras do novo

Manual de Intercâmbio, o intercâmbio eletrônico, prazos para o atendimento e como as Singulares estão solucionando o déficit de médicos em algumas especialidades, como pediatria e neurologia. Eles também avaliaram o uso do Chat de Intercâm-

bio. Secretária do GPA Regional e coordenadora de Gestão de Planos de Saúde da Unimed Cerrado, Lucijane Maria da Costa, ressaltou a importância dessa ferramenta, que agiliza a comunicação entre as Unimeds sem custo para as cooperativas.


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Abril/Junho 2012

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Unimed Cerrado promove o 1º Encontro de Colaboradores Com o tema “Encontrando e integrando novas ações” e a participação de profissionais da capital e do interior, foi realizado no dia 5 de maio o 1º Encontro de Colaboradores da Unimed Cerrado Um dia de confraternização, aprendizagem, apresentação de críticas e sugestões, troca de experiências, reflexão e compartilhamento de idéias. Assim pode ser definido o 1º Encontro de Colaboradores da Unimed Cerrado, que aconteceu em Goiânia (GO), no dia 5 de maio, com a participação de 55 colaboradores lotados na sede da Federação, no escritório de Campinorte e nas Unimeds Ceres, Goianésia, Porangatu e Norte Goiano (Uruaçu). A partir do tema central “Encontrando e integrando novas ações”, o encontro proporcionou aos participantes um amplo debate e reflexão sobre o comportamento pessoal e a atuação profissional de cada um, suas

relações interpessoais, como enfrentar os desafios do mundo moderno e a importância da atuação de cada colaborador para o sucesso do trabalho de toda a equipe. O cooperativismo e os princípios cooperativistas também foram abordados no encontro promovido pelo Núcleo de Desenvolvimento Humano da Unimed Cerrado em parceria com o Sescoop/Goiás e ministrado pela consultora e diretora da Ampliar Assessoria em Desenvolvimento Humano, Thaís Regina Perdigão. Esse encontro é o primeiro de uma série voltada para a integração, o aperfeiçoamento e o desenvolvimento profissional dos colaboradores da Unimed Cerrado. “O 1º Encontro dos Colaboradores veio complementar e reforçar outras ações de educação continuada coordenadas pelo Núcleo de Desenvolvimento Humano da Federação”, explica a gerente de Recursos Humanos da Unimed Cerrado, Francisca Martins Cordeiro. Em grupos, que tinham sua composição alterada a cada

1º Encontro de Colaboradores: confraternização e reflexão

intervalo para possibilitar uma maior integração entre os participantes, os colaboradores foram estimulados a refletir sobre suas ações e o impacto delas no trabalho da equipe. Os resultados desse trabalho, de acordo com Thaís Perdigão, devem ser percebidos ao longo do tempo. Mas, alguns já puderam ser vistos no primeiro dia de trabalho pós-encontro. A equipe, segundo a gerente de Recursos Humanos, iniciou o expediente bem mais animada, disposta e integrada.

A sugestão de criação de um canal de comunicação formal entre os colaboradores e a Gerência de Recursos Humanos, sugerida no evento, também já foi atendida. A partir de junho, reuniões setoriais mensais com os colaboradores vão trabalhar os temas apresentados por eles no encontro. A Federação, de acordo com o diretor Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira, está aberta a críticas e sugestões dos colaboradores que visem melhorar o trabalho na instituição.

Palavra dos colaboradores... “Foi um excelente encontro, principalmente por ser realizado em um local tranquilo e diferente da minha rotina. Eu gostei da dinâmica aplicada, que deixou os colaboradores bem a vontade e estimulados a se manifestarem sem que se sentissem coagidos. Este encontro marcou pela integração de todos, trocamos experiências com colegas de outras áreas e, principalmente, com o pessoal que

trabalha nos escritórios e nas prestadoras do interior do Estado. Todos contribuíram com sugestões para melhorias no ambiente interno e externo e também na comunicação. Acredito que a Federação colherá bons frutos desse trabalho.” Inácio Aquino Gerente de Tecnologia Unimed Cerrado

“O encontro foi muito bom, inclusive, para o contato com os colegas com os quais convivemos muito por meio virtual e telefônico, acho que o conhecimento pessoal nos traz amizade, companheirismo, respeito e nos fortalece para que o trabalho em equipe seja melhor qualificado. A empresa Unimed Cerrado cresceu muito durante o tempo que atuo na cooperativa de Uruaçu. Hoje, com 7 anos e 5 meses de caminhada,

vejo que tanto interna como externamente somos uma grande família Unimed. Portanto, esse evento foi grandioso para todos nós, colaboradores das Singulares. Gostaria de participar com maior frequência de treinamentos e cursos para o enriquecimento dos conhecimentos na área cooperativista” Maria José Rosa Auxiliar Administrativa Unimed Norte Goiano


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Abril/Junho 2012

ARTIGO – LENA CASTELLO BRANCO

As galinhas do marquês * Lena Castello Branco é Doutora em História. Professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás. Sócia Emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. (lenacastelo@uol.com.br) Em 1º de agosto de 1775, o ministro Sebastião José de Melo, marquês de Pombal, fazia saber à Junta de Administração da Real Fazenda da Capitania de Goiás que médicos e cirurgiões de Lisboa tinham deliberado “a respeito da alimentação que se deve ministrar aos enfermos”¹. Concluíram os sábios esculápios que o “uso de galinhas” para esse fim constituía-se em “preocupação quimérica, insubsistente e até contraditória”. Isso porque, sendo as galinhas alimentos “tênues” (pouco nutritivos), os pacientes que as ingerissem não se fortaleceriam, nem se curariam. Por determinação de El Rei, é encaminhada uma cópia do novo Regulamento do Real Hospital Militar de Vila Boa de Goiás. A despeito do nome pomposo, este se resumia a modestas enfermarias instaladas no Quartel do Regimento de Dragões desde meados do século XVIII. Primeira instituição do gênero na região, dispunha de um cirurgião-mor das tropas, um dos poucos profissionais habilitados da área da saúde na Capitania de Goiás, nos anos setecentos. Em seu primeiro item, de-

termina o Regulamento “que inteiramente se devia abolir o uso ordinário das galinhas, que até agora se mandavam dar aos enfermos”. E mais: “aos enfermos febricitantes, que pela agudeza e gravidade das suas moléstias” não puderem se alimentar normalmente, estarão os médicos obrigados a receitar “caldos simples de vitela, e de farinha de aveia”. Àqueles menos doentes e aos convalescentes será servida “vitela simples, cozida (...) alguma porção de arroz, ou de cevada pilada, e grãos, e algumas ervas, como aipo, e azedas ou outras desta natureza”. Aos pacientes em melhor estado, serão prescritos “carneiro, ou vaca”, bem como “dietas de tapioca, e de ameixas”, além de “ovos, arroz, cevada pilada e alface, ou chicória cozida”. Nos casos mais graves, havendo enfermos a quem “por fastio apeteça algum frango”, este poderia ser receitado. É evidente a intenção de replicar na distante Vila Boa de Goiás a alimentação corrente na metrópole, sendo patente a centralização da administração pombalina, com o autoritário ministro de D. José I ocupando-se de mi-

núcias tais que adquirem a feição de receitas culinárias. Alguns ingredientes prescritos seriam encontrados na Colônia; outros, não estariam acessíveis. A tapioca, de origem indígena, talvez fosse concessão feita ao paladar dos colonos. O documento acena com a intenção de alimentar corretamente os enfermos para que recuperassem a saúde, segundo os ensinamentos dos doutos médicos lisboetas. Entretanto, sendo dirigido à Junta de Administração da Real Fazenda - responsá-

Galinhas eram caras, constituindo-se em requinte gastronômico em Goiás, onde os gêneros alimentícios escasseavam

vel pelas finanças da Capitania – flui das entrelinhas a preocupação com o custo da alimentação. Galinhas eram caras, constituindo-se em requinte gastronômico em Goiás, onde os gêneros alimentí-

cios escasseavam. É o que se constata na carta dirigida às autoridades, em 1735, por certo padre Manoel Caetano: no então arraial de Santana, custava “uma galinha que ainda é franga, oito oitavas [de ouro], uma franga que é mais pinta de franga, seis oitavas, e um ovo, finalmente, oitenta reis de ouro”² . O salário mensal do capitão dos dragões, recém chegados a Vila Boa, era de aproximadamente 53 oitavas de ouro – suficiente para comprar 6 galinhas e uma franga! Registre-se que o costume de servir aos doentes pratos à base de galinha era tão arraigado que, ao coibir essa prática, a ordem emanada do todo-poderoso marquês de Pombal tornou-se letra morta. Passadas algumas décadas, nos documentos contábeis do Hospital Militar, a despesa que mais onerava as verbas destinadas à alimentação dos pacientes era a compra de galinhas e frangos. A tradição persiste nos dias atuais, reforçada pela crença expressa no adágio popular: “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Fazenda Santa Cruz/Trindade, 9 de maio de 2012 ¹CARTA. do Marquês de Pombal do Conselho de Estado, Inspetor Geral do Real Erário e nele Lugar tenente de EL REI à Junta da Administração da Real Fazenda da Capitania de Goiás. Lisboa, 1º. agosto 1775. Em anexo: REGULAMENTO (cópia). Museu das Bandeiras. Cidade de Goiás. ²Carta de Manuel Caetano ao dr. Agostinho Barbosa, datada de Vila Boa em 5 de abril de 1735. Lisboa. Arquivo da Torre do Tombo. Goiás. Papéis avulsos..


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