Nº 70 - ANO XVIII - JULHO - SETEMBRO 2012
A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO
A integração regional é fundamental para fortalecer o cooperativismo
Tema central do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realizado em Goiânia, a integração regional entre as cooperativas foi apontada pelos participantes do evento como fundamental para o fortalecimento do cooperativismo, podendo gerar economia, ganho de eficiência administrativa e a melhoria dos serviços prestados. A Unimed do Brasil também defendeu maior união e a integração nacional entre as Singulares.
Entrevista Raimundo Vianna de Macedo
Dia do Cliente Sucesso nas comemorações
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Julho/Setembro 2012
PALAVRA DO PRESIDENTE
Mais um grande avanço na educação cooperativista Todos que conhecem o trabalho da Unimed Cerrado sabem que temos na educação cooperativista um dos principais fundamentos da nossa atuação. Ao longo dos 18 anos de existência da Federação, completados em julho de 2012, temos investido muito na formação e no aperfeiçoamento profissional dos dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Apenas no primeiro semestre deste ano, promovemos dezenas de cursos, treinamentos, oficinas e encontros nas mais diversas áreas, como mercado, jurídica, de atendimento e de tecnologia da informação. Outros tantos eventos realizados pelo Sistema Unimed em vários cantos do país foram transmitidos ao vivo pela Unimed Cerrado, através do Projeto Sinal, proporcionando aos alunos o acesso à informação, sem a necessidade de grandes deslocamentos ou de gastos. Enfim, como sempre enfatizamos, a educação cooperativista está na essência da Unimed Cerrado. Por isso, é com grande satisfação que anunciamos mais um projeto de educação inovador e ousado da Federação: a promoção do curso de pós-graduação em Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde. Esse curso é o primeiro fruto da parceria firmada entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás (UFG) ”Entendemos que e vem suprir uma lacuna nas áreas de administração e cooo sucesso de uma perativismo no Estado. É também o primeiro curso de especooperativa passa pela cialização em cooperativismo realizado pela UFG e marca educação de seus também a inserção de disciplinas relacionadas ao cooperadirigentes, cooperados, tivismo na grade curricular da Faculdade de Administração, colaboradores e Ciências Contábeis e Economia (Face) da instituição. usuários” Estamos certos que o curso, agendado para ter início no primeiro trimestre de 2013 e duração de dois anos, tem muito a contribuir com o crescimento profissional dos atuais dirigentes e cooperados do Sistema Unimed e muito a colaborar com a formação de novas lideranças cooperativistas. Nós, da Unimed Cerrado, nos orgulhamos de fazer parte deste projeto, pois entendemos que o sucesso de uma cooperativa passa pela educação de seus dirigentes, cooperados, colaboradores e usuários. Por isso, vamos continuar trabalhando pelo fortalecimento da educação cooperativista e, consequentemente, de nossas cooperativas. Saudações cooperativistas, Dr. José Abel Ximenes Presidente da Unimed Cerrado
Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal Rua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO) CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100 www.unimedcerrado.com.br
Diretoria
Diretor Presidente: Dr. José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: Dr. Luiz Antônio Fregonesi
Unimed Cerrado em Foco
Órgão informativo da Unimed Cerrado Número 70 Ano XVIII – Julho/Setembro 2012 Edição: Santa Inteligência Comunicação Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha MTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 santainteligencia@terra.com.br Arte e Impressão: Cir Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco
Pós-graduação
A Unimed Cerrado vai sediar o primeiro curso de pós-graduação em Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde, promovido em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). O curso terá dois anos de duração e começa em 2013. Página 3
Proposta unânime
Em praticamente todas as mesas-redondas, debates e oficinas técnicas do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realizado em Goiânia de 13 e 15 de junho, dirigentes, cooperados, colaboradores e as principais lideranças cooperativistas da região e do país defenderam a necessidade da integração regional, tema central do encontro. Páginas 4 e 5
Novos planos
O diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi, fala sobre a criação de planos para novos nichos de consumidores. Página 6
Homenagens
As comemorações do Dia do Cliente e do Dia da Secretária movimentaram o mês de setembro nas Unimeds Cerrado, Vale do São Patrício, Goianésia, Porangatu, Norte Goiano e nos escritórios de apoio instalados Campinorte e Minaçu. A distribuição de brindes e muita alegria marcaram as datas. Página 7
Entrevista
Em entrevista ao Unimed Cerrado em Foco, um dos pioneiros do Sistema Unimed, o médico Raimundo Vianna de Macedo, presidente da Unimed Santos, fala um pouco sobre a trajetória do Sistema Unimed, que completa 45 anos em dezembro. Páginas 8 e 9
AINDA NESTA EDIÇÃO Encontros regionais........................................... Página 10 Artigo: Lena Castello Branco..............................Página 11
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PÓS-GRADUAÇÃO
Curso de Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde começa em 2013 Primeiro fruto da parceria entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás (UFG), esse curso de pós-graduação é inédito no Estado e será ministrado na sede da Federação O convênio firmado entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás (UFG) para a promoção de cursos e projetos educacionais na área cooperativista está começando de uma forma muito produtiva: em 2013, terá início o primeiro curso de pós-graduação em Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde, ministrado em Goiás. Através deste
curso, dirigentes, cooperados e colaboradores das Singulares federadas terão uma grande oportunidade de ampliarem, aperfeiçoarem e atualizarem seus conhecimentos na área de gestão. O curso terá dois anos de duração e as aulas serão ministradas na sede da Unimed Cerrado, em Goiânia, por professores da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da UFG e convidados de outras instituições. Os encontros acontecerão uma vez a cada mês, sempre em uma sexta-feira, das 19 às 22h30, e no sábado seguinte, das 7h30 às 12h30 e das 14 às 19 horas.
A promoção deste curso representa um grande avanço na área da educação cooperativista, que é um dos pilares do trabalho da Unimed Cerrado. O diretor Administrativo-Financeiro da Federação, Danúbio Antonio de Oliveira, ressalta que com a realização deste curso, a Federação reforça seu compromisso de contribuir para a capacitação, a melhoria da qualificação e o aperfeiçoamento profissional de dirigentes, cooperados e colaboradores das filiadas. A grade curricular inclui disciplinas, como metodologia da pesquisa, cooperativismo, gestão organizacional, economia aplicada, gestão de planos de saúde, finanças e contabilidade
de cooperativas e inovação e empreendedorismo. Assinado em 2011, pelo presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, e o reitor da UFG, Edward Madureira, o convênio também prevê o uso da estrutura de videoconferência da Federação para a promoção de cursos à distância, ações de telemedicina e a inclusão de matérias relacionadas ao cooperativismo no curso de Administração da Face. Para mais informações sobre o curso, entre em contato com a Unimed Cerrado pelo telefone (62) 3221 5120 ou pelo e-mail rh@unimedcerrado.com.br
Unimed Cerrado e Sescoop/GO promovem curso de governança em TI Gestores e técnicos de Tecnologia da Informação (TI) das Unimeds de Goiás e Tocantins participaram, de 10 a 13 de setembro, do curso de governança de TI promovido pela Unimed Cerrado e o Sescoop/ Goiás. O curso enfocou o uso da metodologia Itil® (Information Tecnology Infraestructure Library) na administração do ativo de tecnologia das empresas, capacitando os colaboradores para a gestão da tecnologia e para a realização de exames de certificação. Para o gerente de Tecnologia da Unimed Cerrado, Inácio Aquino, a partir deste treina-
Curso: capacitação dos alunos para a gestão da tecnologia
mento e com o empenho dos gestores da área, as Singulares terão seus recursos de tecnologia melhor administrados, com maior qualidade na entrega dos serviços. Ministrado na Federação por Alcides Casarin, o curso
teve a participação de colaboradores das Unimeds Cerrado, Anápolis, Catalão, Goiânia, Gurupi, Mineiros, Morrinhos, Regional Sul, Rio Verde e Vale do Corumbá. Gilmar Pereira Duarte, ge-
rente de TI da Unimed Goiânia, disse que o curso vai auxiliá-lo na definição dos processos que devem ser trabalhados para melhorar a qualidade do serviço. Para Rodrigo Rodrigues Valle Filho, coordenador de TI da Unimed Catalão, a adoção da Itil® não é apenas um modismo de TI, mas uma estratégia para reduzir custos, aproveitar melhor os recursos disponíveis e aumentar a satisfação dos clientes. “Na Unimed Catalão, vamos agregar esse conhecimento para um melhor desempenho do setor de TI diante dos cooperados, colaboradores e beneficiários”, afirmou.
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UNANIMIDADE
XX Sueco confirma a necessidade da integração regional Realizado em Goiânia no mês de junho, o XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) ressaltou a importância e a necessidade da integração das cooperativas A edição deste ano do Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), que aconteceu em Goiânia de 13 e 15 de junho, foi marcada por uma unanimidade: o reconhecimento da importância e da necessidade da integração regional entre as Unimeds. Em praticamente todas as mesas-redondas, debates e oficinas técnicas do Sueco e dos eventos paralelos – III Simpósio da Unimed Cerrado, IV Seminário de Mercado e IV Seminário de Intercâmbio da Federação e 9º Seminário Nacional de Responsabilidade Social da Unimed do Brasil - dirigentes, cooperados, colaboradores e as principais lideranças do Siste-
ma Unimed e cooperativistas da região e do país destacaram as vantagens que essa integração representa para o fortalecimento do cooperativismo de trabalho médico e para o desenvolvimento das cooperativas. “O setor cooperativista precisa entender que a integração e a intercooperação fortalecem o sistema e são um bom negócio, que gera economia”, afirmou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. “Precisamos aceitar que somos diferentes, mas que todos nós temos espaço e precisamos trabalhar de forma integrada”, completou o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes. Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil, lembrou que neste ano o Sistema Unimed completa 45 anos, reconhecido como um modelo de sucesso, e que pode ir muito além com a união das cooperativas. “Com todas as dificuldades enfrentadas, sem o respeito
Fontes alternativas de receitas No dia 13 de junho, os participantes do IV Seminário de Mercado da Unimed Cerrado puderam conhecer experiências bem-sucedidas que têm proporcionado a redução de custos e fontes alternativas de receitas para as Unimeds. Entre os trabalhos apresentados estavam a experiência da Unimed Goiânia com o SOS Unimed e Área Protegida; o Plano Empre-
sarial e o Centro de Atendimento da Unimed Anápolis e a importância do laboratório próprio para a medicina ocupacional na Unimed Regional Sul/Itumbiara. “Esse seminário foi muito bom, técnico e abordou temas de interesse prático, que serão aproveitados no dia-a-dia das cooperativas”, disse o diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi.
Abertura do XX Sueco: defesa unânime da integração regional
às peculiaridades do cooperativismo, chegamos aonde chegamos, se tivermos união, então, vamos muito mais longe”, disse. O presidente da Federação do Paraná e do Mercosul, Orestes Barrozo Medeiros Pullin, falou sobre a experiência de integração das Federações do Sul do país. Segundo ele, a criação da Confederação de Federações de Cooperativas Unimed do Sul do Brasil (Unimed Mercosul) tem proporcionado ganhos, como o aproveitamento das melhores práticas de gestão, o compartilhamento de informações e a uniformização de controles e padrões contábeis e tributários.
Ao final dos debates, os participantes concordaram que a necessidade de integração do Sistema Unimed no Centro-Oeste e Tocantins é clara e que a decisão política de promover essa integração já foi manifestada. “Precisamos, agora, viabilizar essa integração”, observou o presidente da Unimed Campo Grande, Paulo de Tarso Crozara Alves, enfatizando que, além do aumento da representatividade, a integração pode gerar economia (com compras coletivas), ganho de eficiência administrativa e a melhoria dos serviços prestados (com a integração da rede assistencial).
Padronização e qualidade no atendimento No dia 14 de junho, foi realizado o IV Seminário de Intercâmbio da Unimed Cerrado, que debateu formas e ferramentas adotadas para melhorar a troca de informações entre as Singulares e assegurar um atendimento padrão e de qualidade ao cliente. “O intercâmbio é um
grande diferencial do Sistema Unimed e deve ser tratado com carinho. Não podemos ter um tratamento para o cliente local e outro para o cliente do intercâmbio”, alertou o diretor Administrativo-Financeiro da Unimed Cerrado, Danúbio Antonio de Oliveira
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Ximenes também ressalta a importância da integração O presidente da Unimed Cerrado e presidente do XX Sueco, José Abel Ximenes, destacou, durante todo o evento, a importância da integração regional, que foi o tema central do encontro e que remete à essência do cooperativismo. A seguir, trechos do discurso de abertura do simpósio, que Ximenes optou por resumir na solenidade e publicar nesta edição de Unimed Cerrado em Foco. Confira: “Realizado pela primeira vez em 1991 para proporcionar a troca de ideias e experiências, uma maior interação entre as cooperativas e a busca conjunta de soluções para os problemas enfrentados pelas Unimeds da região Centro-Oeste e Tocantins, o Sueco vem se consolidando como um dos principais encontros do setor cooperativista em nossa região, hoje com projeção nacional. Ver o Sueco chegar a essa 20ª edição, é motivo de orgulho para todos nós. Os desafios para chegarmos até aqui foram muitos, mas, felizmente, todos superados. Hoje, podemos afirmar, sem medo de errar, que ao longo dessas duas décadas, o Sueco vem cumprindo muito bem o seu papel de ser um fórum de debates e integração regional do cooperativismo de trabalho médico. E mais: o Sueco conquistou
um lugar de destaque no importante e respeitado calendário de eventos do Sistema Unimed. Para a escolha do tema central do XX Sueco, fizemos uma análise retrospectiva de temas de todos os Suecos passados, mas com os pés firmes no presente e o olhar no futuro. A escolha da Integração Regional como tema central deste Sueco nos remete à essência do cooperativismo. Não há cooperativismo sem integração entre as cooperativas. Não há cooperação sem interação entre dirigentes, cooperados, colaboradores e usuários dos serviços. O ato de cooperar traz, em sua origem, o princípio da união, da colaboração, do trabalho conjunto, do esforço coletivo em prol de um objetivo comum. Ao realizarmos o primeiro Sueco, buscávamos promover essa interação entre as cooperativas da nossa grande e próspera região. Ao promovermos o XX Sueco, queremos fortalecer essa integração entre todos os atores do cooperativismo e ampliar a intercooperação. Afinal, integração e intercooperação são valores fundamentais para o sucesso das cooperativas e que precisam ser reforçados e renovados a cada dia para o fortalecimento do cooperativismo. E neste ano, eleito pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional das Cooperativas, temos uma oportunidade ímpar de intensificarmos
nossas ações em prol do cooperativismo e mostrarmos ao mundo a força desse sistema. Nesta era de quebra de paradigmas e de mudanças de valores na qual vivemos, as cooperativas são uma esperança para a construção de uma sociedade mais justa tanto do ponto de vista econômico quanto social. Vivemos uma nova realidade caracterizada por profundas transformações, que não atinge apenas o setor saúde, mas todas as organizações sociais. Temos uma situação de ruptura e de construção de uma nova sociedade, que pense mais no coletivo, que seja menos individualista e menos consumista que a atual. Esta nova ordem social que surge precisa estar alicerçada em princípios, valores, com grande responsabilidade sócio-ambiental. Princípios e valores que o cooperativismo carrega em sua essência. Sabemos que as pessoas que militam no cooperativismo são movidas por valores, como a solidariedade, a vontade de contribuir para melhorar as condições de vida da comunidade onde atuam e não apenas pelo interesse de gerar trabalho e renda para seus cooperados. E é isso que temos de mostrar à sociedade, ao Congresso Nacional, aos gestores públicos. Precisamos mostrar que as cooperativas são organizações capazes de ocupar espaço no mercado com
Ximenes: em defesa do cooperativismo e da integração regional
a mesma eficácia das demais empresas do ponto de vista econômico-financeiro e com a responsabilidade sócio-ambiental inerente ao cooperativismo. É isso que o Sistema Unimed vem fazendo há 45 anos. Muito já conquistamos e, juntos, podemos conquistar muito mais. Por isso, propomos o fortalecimento da integração regional. E mais: que essa integração extrapole as fronteiras geográficas do Centro-Oeste e Tocantins. Afinal, somos o Sistema Unimed, a maior cooperativa de trabalho médico do mundo, e devemos pensar e agir de forma sistêmica. As diversidades regionais devem ser respeitadas, mas o ideal cooperativista tem de prevalecer para que possamos continuar construindo um mundo melhor”.
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ENTREVISTA – LUIZ ANTÔNIO FREGONESI
Planos para as classes C e D Sempre atento aos novos nichos do mercado e às demandas dos consumidores, o diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi, fala sobre os projetos da Federação para a criação de planos de saúde para atender às classes C e D. Ele aborda também a verticalização na área da saúde suplementar. A oportunidade que o mercado apresenta para a criação de planos de saúde para as classes C e D vem sendo muito discutida atualmente. O que a Federação tem feito para atender esse público?
Estamos estruturando o Departamento de Vendas da
“Queremos atingir novos nichos de mercado e estamos criando produtos específicos para essa parcela da população que começa a buscar a saúde suplementar” Unimed Cerrado, fazendo pesquisas em nossa área de atuação como operadora e criando
produtos específicos para esse nicho de mercado. Os planos estão sendo formatados para atender essa parcela da população, formada pelas classes C e D, que começa a buscar o setor de saúde suplementar. Ultimamente, fala-se muito também da importância da verticalização na área da saúde suplementar. Essa é também uma tendência do Sistema Unimed? Sem dúvida. É a única saída que estamos vendo para tentarmos sobreviver diante das agruras que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos impõe. Nós temos incentivado esse processo em todos os nossos encontros com as Singulares. Quais as metas da Direto-
Fregonesi: formatação de planos para as classes C e D
ria de Mercado para esse final de 2012? Foi feita uma reengenharia total no Departamento de Mercado, que está sendo reestruturado. Estamos reestruturando nosso departamento comercial e já ampliamos o quadro de vendedores. Até o fim do ano, queremos concluir essa reestruturação. O objetivo é atingir novos nichos de mercado e um crescimento maior.
Equipe de vendas da Unimed Cerrado participa de treinamento A equipe de vendas da Unimed Cerrado, que foi reforçada e conta agora com oito profissionais, participou no dia 28 de setembro de um treinamento promovido, em Goiânia, pela Federação e que abordou temas, como técnicas de comercialização, qualidade do atendimento e normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar para a venda de planos de saúde. O curso contou também com a participação de coordenadores e gerentes da área comercial das Singulares; do diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio
Fregonesi, e do presidente José Abel Ximenes. Os participantes ainda puderam conhecer e esclarecer dúvidas sobre os produtos da Unimed Odonto, Seguros Unimed e Unimed Aeromédica, como o Benefício Família e UTI Móvel. A vendedora Renata Gleide Rezende, de Goianésia, aprovou o curso. “Foi um evento maravilhoso. Parabéns à diretoria e a toda equipe da Unimed Cerrado. O público ficou encantado com os palestrantes e com o material de trabalho”, disse. Além do seminário realizado
Profissionais de vendas: equipe reforçada e atualizada
na capital, a Diretoria de Mercado vem promovendo outros treinamentos no interior goiano para a
apresentação de novos produtos, capacitação e atualização profissional de seus vendedores.
Unimed do Brasil lança Agenda Corporativa As Unimeds contam com um novo canal para a divulgação de eventos do Sistema Unimed. Trata-se da Agenda Corporativa, a nova ferra-
menta criada pela Unimed do Brasil, que disponibiliza no Portal Unimed um espaço exclusivo para a divulgação e visualização das principais in-
formações sobre encontros, cursos e treinamentos, como data, programação técnica e social e formulário de inscrição. As Singulares interessadas
em incluir seus eventos na Agenda Corporativa devem entrar em contato com a Unimed Cerrado pelo e-mail fernanda@unimedcerrado.com.br.
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DIA DO CLIENTE
Data é celebrada com sucesso pela Unimed Cerrado e Singulares De um jeito lúdico e com a distribuição de um brinquedo que faz a alegria da criançada e ainda diverte muitos adultos, a Unimed Cerrado e as Singulares homenagearam seus clientes Celebrado em 15 de setembro, o Dia do Cliente foi comemorado pela Unimed Cerrado e pelas Unimeds Vale do São Patrício (Ceres), Goianésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e os escritórios de apoio instalados em Campinorte e Minaçu de uma forma lúdica e muito divertida. No dia 14, os clientes que passaram pela sede da Federação, em Goiânia, e pelas Singulares foram recebidos pelos dirigentes e cola-
boradores com lanches e a distribuição de um brinquedo para fazer bolhas de sabão. O brinde estimulou o público a entrar na brincadeira e a alegria e muita diversão marcaram a comemoração da data que já faz parte do calendário anual de eventos da Unimed Cerrado e neste ano teve como tema “Felicidade é um plano pra toda a vida”. “O tema da campanha e o brinde escolhido foram uma forma lúdica que a Unimed Cerrado encontrou para homenagear aqueles que confiam na marca Unimed”, conta Lucijane Costa, da Unimed Cerrado. Os clientes e colaboradores aprovaram a ideia. Na Unimed Norte Goiano, por exemplo, muitos clientes afirmaram que se sentiram
Porangatu: colaboradora também entrou na brincadeira
envolvidos num clima de respeito, cordialidade e animação e que puderam recordar a infância. “Como organizadores, juntamente com nossa diretoria, consideramos um prazer imenso proporcionar esse momento aos nossos clientes, que merecem ser lembrados por fazerem par-
te da família Unimed”, disse a assistente administrativa, Edna Chagas. Atualmente, o Sistema Unimed conta com mais de 18 milhões de clientes em todo o Brasil. Em Goiás, Tocantins e Distrito Federal, o Sistema Unimed tem com cerca de 700 mil usuários.
Secretárias também são homenageadas
Minaçu: Vandreia (ao centro) e secretárias homenageadas com brindes
O mês de setembro também foi de homenagens às secretárias e secretários que trabalham
na Unimed Cerrado, nas Singulares e nas unidades da rede de prestadores de serviços de
saúde. O tema da campanha deste ano foi “Secretária: para ser uma é preciso ser muitas” e as celebrações aconteceram entre os dias 24 e 30. Com a promoção dessa campanha, a Unimed Cerrado procurou homenagear os profissionais que têm uma função de grande responsabilidade e múltiplas competências nas cooperativas e nas unidades de saúde. O cartaz da campanha, que foi afixado na sede da Federação e nas Singulares, exibia pequenos círculos que estampavam palavras, como
paciência, eficiência e bom humor, e juntos formavam uma flor. Durante a campanha, as secretárias foram presenteadas com squeezes personalizados. No escritório de apoio de Minaçu, foram homenageadas 25 profissionais. “Com essa ação, a Unimed ajudou a fazer com que alguns patrões se lembrem e comemorem esse dia tão significativo, incentivando e valorizando essas profissionais, que os auxiliam todos os dias em suas tarefas”, disse a colaboradora Vandreia da Silveira Silva.
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ENTREVISTA – RAIMUNDO VIANNA DE MACEDO
Sistema Unimed:
45 anos de história e orgulho Em dezembro, o Sistema Unimed completa 45 anos de fundação. Uma trajetória que enche de orgulho os pioneiros do cooperativismo de trabalho médico, como o médico Raimundo Vianna de Macedo, presidente da Unimed Santos. Nesta entrevista a Unimed Cerrado em Foco, ele avalia a evolução do Sistema Unimed, defende a melhoria da remuneração dos médicos e fala sobre os desafios do cooperativismo.
Como o senhor avalia os 45 anos de trajetória do Sistema Unimed? Vejo com muita alegria e satisfação. A Unimed se perenizou e isso era algo que nem os fundadores tinham certeza que iria acontecer, que o sistema iria dar certo. Foi uma iniciativa de um grupo de 20 médicos de Santos (SP), capitaneados pelo médico Edmundo Castilho, que praticamente deu o pontapé inicial, fez todos os contatos iniciais, inclusive sobre a questão legal. Acho que o Castilho foi dormir e teve essa ideia brilhante de criar não só a primeira cooperativa médica do Brasil, mas do mundo. Algo totalmente novo. Depois da criação da Unimed Santos, ele saiu fundando novas cooperativas. Ele tem histórias de um conteúdo muito bom. Ele conta, por exemplo, que foi ao Nordeste, saiu de Recife (PE), depois João Pessoa (AL), percorreu 900 quilômetros em estrada de chão, em um Fusca, para fundar uma Unimed em Patos, no interior da Paraíba. É uma história que nos orgulha, que prosperou e deu certo. Temos a satisfação de ver hoje, que a cooperativa, que nasceu em Santos, conquistou o Brasil inteiro. Isso não deixa de ser uma grande vitória para nós médicos, pois a Unimed está presente em
mais de 80% do território nacional com 376 Singulares. Fora o atendimento como operadora, tem a Responsabilidade Social. Vejo isso com muita alegria, pois a Unimed começa a sair da esfera puramente de atendimento e se insere na preocupação com as populações, que também está nos princípios do cooperativismo. O senhor ingressou na Unimed na primeira década da cooperativa. O que o levou a acreditar no cooperativismo? Sempre gostei do cooperativismo, já participava na área rural, comecei a ler sobre o assunto e sempre gostei dos princípios cooperativistas. Entrei na Unimed em uma época em que todos os médicos queriam fazer parte da cooperativa. Quando terminei a residência, me especializei em cirurgia pediátrica e só tinham três especialistas nesta área, então quando fui para a cooperativa, fui acolhido facilmente porque havia necessidade. Ingressei no Conselho Técnico, depois passei para a diretoria. Eu era diretor de Mercado e o vice-presidente eleito faleceu no início do mandato e teve nova eleição. Com o apoio dos amigos, me candidatei e fui eleito com 75% dos votos. Na eleição seguinte, disputei a presidência: fui eleito e ree-
leito. Estou no segundo mandato, que vai até 2014. O caráter inovador do cooperativismo médico contou pontos para o sucesso do sistema? Contou muito. E uma coisa interessante: o Castilho fez muito, foi o criador, mas não foi o primeiro presidente da Unimed. Por uma questão política, o primeiro presidente foi José Luiz Barbosa, que também fazia parte do grupo e era da Santa Casa de Santos, que era onde tinha o maior número de médicos. A que o senhor atribui esse interesse dos médicos pelo cooperativismo, pois é uma profissão liberal, que sempre teve uma posição diferenciada no mercado e consegue criar e fazer dar tão certo uma cooperativa? Acho que foi o momento. Retroagindo, a gente sabe que naquele tempo já começava a mercantilização da medicina, com o surgimento das empresas de medicina de grupo, invadindo São Paulo, Santos. Isso ajudou a despertar essa consciência nos médicos. Não digo todos, mas hoje temos no Brasil 330 mil médicos e 110 mil são cooperativistas. Foi também a necessidade de organização da gente. E hoje, esse interesse se mantém, os médicos reconhecem a importância das cooperativas de trabalho?
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Ah, sim. Acredito que a maioria entende. Um exemplo: temos na Baixada Santista, cerca de 3 mil médicos e a Unimed Santos tem aproximadamente 1,8 mil cooperados. Mais da metade. O restante é ligado a outros grupos, inclusive a outras cooperativas da região, como a cooperativa própria do hospital Ana Costa. Mas, vivemos em um país democrático, é possível que muitos não acreditem no cooperativismo e nem sei se o sistema comportaria todos. O senhor acredita no futuro do cooperativismo médico? Os novos médicos estão interessados em ingressar no sistema? Não digo todos, E hoje com a subespecialização na área médica, esses médicos altamente especializados, acho eu, têm outro tipo de clientela. E a cooperativa é uma medicina um pouco socializada, tanto que não temos fins lucrativos. O médico que entra em uma cooperativa não vai ficar rico. O médico que só atende em consultório particular pode cobrar o quanto quiser. Na cooperativa, ele segue uma tabela. Não são todos os médicos que têm essa visão sobre a importância do cooperativismo. O profissional também tem de ter uma preocupação social. Na sua opinião, o que as cooperativas podem fazer
para atrair novos médicos? Temos que mudar. No ano passado, fomos à Europa ver como estava a medicina privada na Inglaterra, França, Alemanha e Holanda, exatamente porque eles estão mudando a forma de pagamento. Não querem mais pagar por resultado, quanto mais opera mais ganha. Não pagam por número, fee for service. Eles querem pagar por qualidade, pois melhorando a qualidade até reduz os custos. As cooperativas devem ficar atentas às necessidades de mudanças, como essa. Quais são hoje os maiores desafios do Sistema Unimed? Primeiro, a concorrência está muito acirrada. Depois, a remuneração do médico, que precisa ser melhorada. Já investimos muito em hospitais, mas temos uma reclamação por parte dos médicos sobre a remuneração. Como você tem um negócio que é dos médicos, uma cooperativa que é dos médicos, e quando analisamos os pagamentos vimos que vão 25% para hospitais, materiais, medicamentos, próteses, órteses e administração, enquanto o médico fica com uma fatiazinha de 17%, 18%? Precisávamos de, pelo menos, 30%, como era no início. Estamos gastando, cada vez mais, com hospitais, com nova tecnolo-
gia, OPME e a fatia do médico está mais achatada. O que o senhor sugere para melhorar essa remuneração? Temos que reduzir nosso custo para sobrar mais para a remuneração do médico. Em Santos, por exemplo, gastamos muito com materiais, próteses e órteses. Apesar da criação da Câmara Técnica Nacional de Materiais, de Prótese e Órtese na Unimed do Brasil, na qual o Valdmário Rodrigues Júnior (diretor de Integração Cooperativista) tem feito um trabalho espetacular, negociando com os fabricantes, o que tem permitido uma economia de até 50%, em alguns casos, tem hospitais que não permitem que a cooperativa compre esse material, então, eles compram o que querem. A saída para melhorar a remuneração é a redução de custos? Sim e o paciente também ser internado e ter alta no dia certo. Não queremos forçar alta, mas investir na qualidade, com certeza, vai reduzir custos. Antigamente, tínhamos um custo administrativo considerado alto. Mas, já está praticamente equalizado, Em Santos, esse custo girava em torno de 14%, 16%, agora está em 9%, uma redução que conseguimos graças, por exemplo, ao trabalho do de-
Raimundo Vianna: gosto pelo cooperativismo
partamento de recursos humanos e à política de gerenciamento dos funcionários. Essa organização gerencial ajuda? Sim. A cooperativa é uma empresa. Os dirigentes devem se reunir com os diretores e colaboradores e dizer que é uma empresa, cujos donos, que são os médicos, estão lá fora de olho neles e achando que estão ganhando pouco e a cooperativa tem de mostrar resultado. Sempre falo isso na Unimed Santos: temos que mostrar aos cooperados que estamos trabalhando para melhorar os resultados. Como serão as comemorações dos 45 anos da Unimed? Serão em Santos, no dia 8 de dezembro. Já temos uma comissão formada pela Unimed Santos, Seguros Unimed, Fesp, Unimed do Brasil. CNU, que se reúne mensalmente. Esperamos, no mínimo, 1,5 mil pessoas.
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SINGULARES EM DESTAQUE
Palmas e Jataí sediam encontros regionais das Unimeds Os eventos, que visam ampliar a integração e a troca de informações entre as Singulares e a Federação, reuniram Unimeds do Tocantins, do Sul e do Sudoeste Goiano Jataí sediou, nos dias 3 e 4 de agosto, o XII Encontro Regional das Unimeds do Sul e Sudoeste Goiano. O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, e o diretor Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira, reuniram-se com dirigentes das Singulares para o debate de temas de interesse das Unimeds da região. Participaram do encontro, o presidente Adenauer Amaral Andrade e o diretor Administrativo, Marcelo Filizzola Septímio (Unimed Jataí); presidente Carlos Dell Eugênio e vice-presidente
Renato Luciano (Unimed Mineiros); presidente Martúlio Nunes Gomes, vice-presidente de Mercado, Márcio Emerick Campos, e vice-presidente Médico, Alberto Isaac Horbilon (Unimed Rio Verde); e o diretor Administrativo, José Carlo Terra (Unimed Regional Sul/Itumbiara). Paralelamente, como acontece em todos os encontros regionais, colaboradores das Singulares participaram de oficinas técnicas nas áreas de Mercado e de Tecnologia da Informação (TI) coordenadas pelos gerentes da Unimed Cerrado. Esse foi o segundo encontro regional promovido em 2012 pela Federação com o apoio das Singulares. O primeiro aconteceu nos dias 12 e 13 de julho na Unimed Palmas. O VII Encontro Regional das Unimeds do Tocantins debateu temas, como a instalação de salas de videoconferência, estratégias
Ximenes: abertura do encontro em Palmas
de mercado e a rede assistencial no Estado e contou com oficinas técnicas de TI e Jurídica. Além do presidente e do diretor Administrativo-Financeiro da Unimed Cerrado, o diretor de Mercado, Luiz Antônio Fregonesi, também participou deste encontro, que reuniu cooperados, colaboradores, diretores e os presidentes das Unimeds Palmas, Antônio Fagundes da Costa Jú-
nior, e Araguaína, Luiz Carlos de Oliveira, e o superintendente da Unimed Gurupi, Celso Rocha. O encontro contou ainda com as presenças do diretor Administrativo e Financeiro da Central Nacional Unimed, Rodolfo Pinto Machado de Araújo, e do diretor Financeiro da Unicred Centro Brasileira, Tarciso Dagoberto Borges. Até o final do ano, outros encontros regionais serão realizados.
Maioria das Singulares já aderiu ao Projeto Sinal
Projeto Sinal: adesão em massa das Singulares
Seguindo o exemplo da Unimed Cerrado, que foi uma das pioneiras no País na adesão ao Projeto Sinal (Sistema de Integração
Nacional) da Unimed do Brasil, 14 das 18 Singulares federadas em Goiás e no Tocantins já implantaram suas salas de videoconferência. O trabalho foi feito em parceria com a Federação: a Singular ofereceu a infraestrutura física e a Unimed Cerrado, a capacitação dos técnicos e os equipamentos usados nas transmissões. Com o Projeto Sinal, as Singulares podem transmitir, ao vivo, cursos, reuniões e outros eventos
realizados em várias localidades. Desde a instalação do Sinal, em julho de 2010, a Unimed Cerrado já transmitiu mais de 120 eventos, sendo que um dos últimos deles – o treinamento sobre registro de produtos e Sistema de Informação de Beneficiários (SIB) ministrado pela Central Nacional Unimed (CNU) – foi transmitido simultaneamente por sete Singulares. O projeto já funciona nas Unimeds Anápolis, Araguaína (a úni-
ca que implantou com recursos próprios), Caldas Novas, Catalão, Goiânia, Gurupi, Jataí, Mineiros, Morrinhos, Planalto, Palmas, Regional Sul, Rio Verde e Vale do Corumbá. Em breve, deve ser implantado nas Unimeds Goianésia, Norte Goiano, Porangatu e Vale do São Patrício. Atualmente, a Unimed Cerrado é a quarta federação com o maior número de Singulares integradas ao Projeto Sinal.
Itumbiara recebe o 20º GPA Regional O 20º Encontro do Grupo Permanente de Atendimento (GPA) Regional Centro-Oeste, Tocantins e Distrito Federal aconteceu
no dia 10 de agosto, em Itumbiara (GO). Os participantes debateram temas atuais relacionados ao intercâmbio e ao atendi-
mento aos usuários e também conheceram experiências de sucesso nas Unimeds, entre elas o trabalho no Hospital da
Unimed Regional Sul. A próxima reunião do GPA Regional será no dia 30 de novembro, na Unimed Anápolis.
11.
Julho/Setembro 2012
ARTIGO – LENA CASTELLO BRANCO
Arte de partejar * Lena Castello Branco é professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás, sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. (lenacastelo@uol.com.br) As mulheres cedo aprendem que Deus, ao saber que Eva induzira Adão à desobediência, puniu-a e à sua descendência feminina: “Multiplicarei os sofrimentos do teu parto. Darás à luz com dores”, Ele disse Mesmo com o passar dos séculos, o momento do parto continua sendo um marco único e mágico, pois na maternidade o milagre da vida materializa-se em uma nova vida. Entretanto, o ato de dar à luz ainda traz consigo medo e incerteza: é quando a mulher se torna mais frágil e dependente, precisando de quem a ajude e ampare – (a si mesma e à criança, a mais frágil de todas as crias).
No começo do século XIX, na Província de Goiás, as parturientes eram assistidas por parteiras, também conhecidas como “comadres” ou “curiosas”. Os partos tinham lugar nas casas de residência. Superstições – que chegaram até nós - ensinavam que, para ter uma “boa hora”, a parturiente devia vestir uma camisa e botar na cabeça o chapéu do marido, enquanto este dava três voltas em redor da casa. Outra receita infalível mandava colocar sobre a cama uma chave, para
que a mulher “se abrisse”. Se o parto demorava, ela devia assentar-se em uma bacia com água “bem esperta” (aquecida); enquanto isso, rezava-se a oração de Nossa Senhora do Bom Parto (Ortencio, 1997,p. 222-223). Quanto ao recém-nascido, prescrevia-se que tomasse óleo de rícino para limpar o organismo. A fim de evitar o “mal de sete dias” (tétano), o umbigo seria tratado com azeite de mamona aquecido e pulverizado com fumo. A mãe manteria ”resguardo” por 40 dias, quando trazia a cabeça amarrada e os pés calçados com meias grossas, alimentando-se de caldo de galinha (Rebello,1987, p. 38). Em 1825, o Físico-Mor das Tropas em Goiás, Gabriel André Marie de Ploësquellec, escreveu da Cidade de Goiás para Sua Majestade, o Imperador Pedro I ¹. O missivista era francês e se formara em medicina e cirurgia na Universidade de Paris. Possivelmente emigrou, com outros oficiais europeus desempregados, quando findaram as guerras napoleônicas, passando a servir ao novíssimo império brasileiro. Do documento percorrido fluem traços da personalida-
de de Ploësquellec: inquieto, questionador, em sua breve estada em Goiás ele se insubordina contra a ignorância e a rotina, aponta erros, propõe soluções, dispõe-se a partilhar conhecimentos. Assim é que denuncia o despreparo das parteiras que assistiam às mães e aos recém-nascidos: assevera que muitas mulheres morrem em trabalho de parto “levando ao túmulo seus filhos, vítimas inocentes da mais crassa ignorância”. Ressalta que, no interior, é desconhecida a arte de partejar – sendo que as mulheres relutam em “chamar Parteiros (médicos),
A formação de parteiras e médicos obstetras em Goiás ainda iria demorar mais de um século
relutância talvez devida a um certo pudor, filho da criação (que receberam)...” Ao invés, preferem sujeitar-se “a qualquer mulher,” seja ou não parteira. Orgulha-se Ploësquellec – que é médico militar – de sua “reputação de hábil par-
teiro”; não obstante, há mais de um ano em Goiás, foi chamado somente três vezes, sempre “em última extremo e em partos contra a natureza, sendo-lhe preciso usar ferros”. Mesmo assim, mães e filhos foram salvos, o que o desvanece. Como especialista, escreveu “um Tratado simples e resumido sobre as manobras dos partos [e] os socorros que reclama uma mulher novamente (recentemente) parida e sua cria”. Com ele, pretende contribuir para “remediar tão calamitosa situação que atrasa o aumento da população deste vasto Brasil” - e propõe que seja criada uma “Aula de Partos”. Concluindo, pede para viajar à Corte, “a fim de dar à luz referido Tratado e dirigir o desenho das estampas (desenhos) indispensáveis para a instrução das discípulas (parteiras)”. Não se encontrou resposta ao pedido de Ploësquellec. A formação de parteiras e médicos obstetras em Goiás ainda iria demorar mais de um século. Fazenda Santa Cruz Trindade, 2 de agosto de 2012
¹1825. Ofício n. 22, dirigido á Secretaria de Estado de Negócios do Império (s.d). Documentos Avulsos. Códice 50, fls. 111-113. Arquivo Histórico do Estado de Goiás. ORTÊNCIO, Waldomiro Bariani. Medicina Popular do Centro Oeste. 3ª.ed. Brasília: Thesaurus, 1997. REBELO, Péricles Xavier. Usos e costumes em Goiás. Estudo e interpretação. Goiânia: Gráfica e Editora Lídia, 1987.
12.
Julho/Setembro 2012
DIA DO MÉDICO
Campanha homenageia e ressalta a importância dos médicos A campanha comemorativa do Dia do Médico deste ano ressalta a importância desse profissional na vida de todas as pessoas Com o slogan “Por trás das cenas da vida, existe um médico”, a campanha desenvolvida neste ano pela Unimed do Brasil
para comemorar o Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, quer mostrar à sociedade um pouco da importância desses profissionais. Os anúncios da campanha trazem cenas do cotidiano e ressaltam que por trás de cada uma delas, existe um médico. O diretor Administrativo-Financeiro da Unimed Cerrado, Danúbio Antonio de Oliveira, ob-
serva que muito do dia-a-dia, da tranquilidade, do bem-estar e da felicidade das pessoas passa pelas mãos de um médico, que cumpre seu papel de cuidar e zelar pela saúde dos pacientes. “Todos nós, em algum momento da vida, contamos com o trabalho de um médico”, diz ele. A Unimed Cerrado, dentro do Projeto Operadora, também aderiu à campanha. De 15 a 18
de outubro, a Federação e as Unimeds Vale do São Patrício (Ceres), Goianésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e os escritórios de apoio instalados Campinorte e Minaçu vão celebrar o Dia do Médico com a distribuição de brindes e cartões a todos os cooperados. É uma forma de homenagear e agradecer aos profissionais que são a base do sucesso do Sistema Unimed.