Unimed Cerrado INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DAS UNIMEDS DOS ESTADOS DE GOIÁS, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL
o c o f em
Nº 74 - ANO XIX - AGOSTO - OUTUBRO 2013 www.unimedcerrado.com.br
MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO
Joffre Marcondes de Rezende: o médico que faz e conta a história da medicina Personagem desta edição do projeto “Memória do Cooperativismo”, lançado pela Unimed Cerrado para contar um pouco da trajetória do cooperativismo médico em Goiás, Tocantins e Distrito Federal, Joffre Marcondes de Rezende faz parte da história da medicina goiana e nacional. E mais: através de seus livros, o médico ajuda a contar e a preservar essa história.
IV Simpósio da Unimed Cerrado será realizado de 12 a 14 de dezembro
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Agosto/Outubro 2013
Índice
PALAVRA DO PRESIDENTE
O papel socioeconômico e ambiental do cooperativismo Entre os dias 6 e 11 de outubro, participamos da XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional das Américas, realizada pela primeira vez no Brasil. Organizada pelo Sistema Unimed e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a conferência reuniu as principais lideranças mundiais, do cooperativismo nacional e das Américas, além de parlamentares de vários países que apoiam o setor cooperativista. Durante seis dias, debatemos o cenário atual e as perspectivas do setor até 2020. Em meio aos debates, foi com grande satisfação que constatamos que uma proposta que sempre defendemos tem o respaldo dos principais nomes do cooperativismo mundial e é uma das bandeiras da ACI. Estamos falando do papel socioambiental das cooperativas. Sempre entendemos e defendemos que as coo“Cooperativismo: perativas não são, não devem e não podem ser vistas, avao caminho para liadas e administradas nos mesmos moldes das empresas a justiça e para a mercantis. As cooperativas são organizações de economia paz mundial” social. São organizações que buscam a sua viabilidade econômica com a finalidade de gerarem trabalho e renda para seus sócios, com responsabilidade socioambiental e não apenas com o ânimo de lucro. As pessoas e o meio ambiente são o centro de nossas atenções e quando se trata, como no nosso caso, do cooperativismo de trabalho e de saúde, esta visão e compreensão se tornam imprescindíveis para alcançarmos estes objetivos. As cooperativas devem trabalhar pelos interesses dos cooperados, buscando seu equilíbrio econômico-financeiro, mas jamais, podem perder o foco na sustentabilidade, na preservação ambiental, na promoção da inclusão social e na pessoa humana. Esse caráter social é, seguramente, o grande diferencial do cooperativismo como modelo econômico. Um modelo que, a cada ano, vem se fortalecendo em todo o mundo, sobrevivendo às crises financeiras e conquistando mais espaço. Ressaltamos aqui a ambiciosa estratégia da ACI, debatida no encontro promovido no Brasil e em sua Conferência Global e Assembleia Geral realizadas em Cape Town, na África do Sul, de 2 a 7 de novembro, das quais também participamos. A ACI quer consolidar o modelo empresarial cooperativo como o de mais rápido crescimento até 2020, líder na construção da sustentabilidade ambiental, social e econômica e o preferido das pessoas. A chave para concretizar essa proposta está na essência do cooperativismo, que é o foco no ser humano. Precisamos ter sempre em mente que as cooperativas são empresas sociais, nas quais o balanço social deve ter, no mínimo, o mesmo peso do balanço econômico -patrimonial, utilizado como parâmetro único para avaliar o sucesso das empresas mercantis. Não estamos negando a importância do capital financeiro no funcionamento das cooperativas, mas aqui ele é meio e não um fim em si mesmo como ocorre nas empresas mercantis. Assim sendo, as cooperativas terão totais condições de funcionarem como empresas eficientes e competitivas no mercado. Se agirmos assim, quando as pessoas pensarem em cooperativismo, elas vão pensar imediatamente em um sistema economicamente justo e solidário, no cuidado com o ser humano, no valor que se dá às pessoas, no respeito ao meio ambiente e na preocupação com um futuro digno para todos. “Cooperativismo: o caminho para a justiça e para a paz mundial”
XVIII Conferência Regional da ACI
n Em sua 18ª edição e realizada pela primeira vez no Brasil, a Conferência Regional da ACI Américas debateu a “Década das Cooperativas: cenários e perspectivas”. O VIII Encontro de Parlamentares fez parte da programação. Página 3
IV Simpósio da Unimed Cerrado
n “Intercooperação, Integração e Inovação” é o tema do IV Simpósio da Unimed Cerrado, que acontecerá em Goiânia de 12 a 14 de dezembro. Páginas 4 e 5
Qualificação em pauta
n A qualificação foi o tema central do Workshop da Rede de Prestadores de Serviços, promovido pela Unimed Cerrado. Página 7
Personagens do cooperativismo
n Cooperado do Sistema Unimed desde 1998, Joffre Marcondes de Rezende é um médico que faz e escreve a história da medicina. Páginas 8 a 10
Promovendo a saúde
Saudações cooperativistas, Dr. José Abel Ximenes Presidente da Unimed Cerrado
Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal Rua 8-A, número 111 Setor Aeroporto, Goiânia (GO) CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100 www.unimedcerrado.com.br
Diretoria Diretor Presidente: Dr. José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: Dr. Luiz Antônio Fregonesi
Unimed Cerrado em Foco
Órgão informativo da Unimed Cerrado Número 74 Ano XIX – Agosto/Outubro 2013 Edição: Santa Inteligência Comunicação Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha MTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 santainteligencia@terra.com.br Fotos: Unimed Cerrado, OCB, Unimed do Brasil Arte e Impressão: Gráfica Única Tiragem: 5 mil exemplares
n Ações desenvolvidas pela Unimed Cerrado e Singulares alertam para os riscos de doenças e estimulam a promoção da saúde. Páginas 12 e 13
As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco
AINDA NESTA EDIÇÃO
PIS/Cofins; nova lei.............................Página 6 Esclarecimento Unimed......................Página 11 Dia do Cliente......................................Página 14
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REPRESENTATIVIDADE
Eudes de Freitas Aquino é eleito para o Conselho Mundial da ACI Eleição aconteceu durante a reunião da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), na África do Sul, e amplia o reconhecimento mundial do Sistema Unimed Com uma votação expressiva, o presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, foi eleito para compor o conselho mundial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Único brasileiro no conselho mundial da ACI, que é composto por 15 membros de todos os continentes, Eudes Aquino também foi reeleito
vice-presidente da Organização Internacional das Cooperativas de Saúde (IHCO) por mais quatro anos. Dame Pauline Green segue na presidência da ACI. A eleição aconteceu durante a Conferência Global e Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional, realizadas em Cape Town, na África do Sul, de 2 a 7 de novembro, com a par ticipação de representantes do setor cooperativista de todo o mundo. O presidente da Unimed Cerrado e superintendente Político-Institucional da Unimed do Brasil, José Abel Ximenes, par ticipou do encontro e comemorou a eleição de
da impor tância do Sistema Unimed, a maior cooperativa de serviços médicos do mundo. Valdmário Rodrigues Júnior, diretor de Integração Cooperativista e Mercado da Unimed do Brasil; Adriano Leite Soares, superintendente Executivo; Rafael Moliterno Neto, presidente Eudes Aquino: liderança internacional reconhecida da Seguros Unimed; Rober to Rodrigues, Eudes Aquino. referência mundial cooperaPara Ximenes, a eleitivista; entre outros, também ção representa o reconhefestejaram a conquista ao cimento internacional da lilado de Eudes Aquino. derança de Eudes Aquino e
Presidente da Unimed Cerrado participa da Conferência da ACI Américas O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, par ticipou, de 6 a 11 de outubro, da XVIII Conferência Regional da ACI Américas (Aliança Cooperativa Internacional das Américas), realizada em Guarujá (SP). O encontro teve como tema central a “Década das Cooperativas: cenários e perspectivas” e os debates
realizados buscaram mostrar que, até 2020, este modelo será reconhecido como uma alternativa inteligente em gestão e desenvolvimento no mundo dos negócios. A conferência reuniu grandes lideranças do cooperativismo brasileiro e internacional, entre elas a presidente da Aliança Cooperativa Internacional,
Ximenes (esq.) ao lado do deputado Ubiali: VIII Encontro de Parlamentares
Dame Pauline Green, e o diretor geral da ACI, Charles Gould. Durante o VIII Encontro de Parlamentares, que integrou a programação da conferência, o deputado Ubiali (PSB-SP) foi escolhido para representar o Brasil no Parlamento Latino-Americano de Cooperativismo. Para José Abel Ximenes, a reunião atingiu seus objetivos. “No Brasil, nossa representação, feita pelos parlamentares integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo brasileiro (Frencoop), que atuam de forma sistêmica e integrada com a OCB, tem dado impor tantes contribuições para o desenvolvimento e sucesso das organizações cooperativistas do país. Os treze ramos do cooperativismo têm experimentado grandes avanços, incluído aí o ramo saúde e dentro deste o Sistema Cooperativista Unimed”, disse.
Dame Pauline Green ressalta a força do cooperativismo
Na abertura da XVIII Conferência Regional da ACI Américas, a presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Dame Pauline Green, destacou a força econômica e social do cooperativismo. “Temos no mundo 1 bilhão de pessoas que dedicaram parte das suas vidas à prática do cooperativismo. Não por idealismo, mas porque, pelas cooperativas, conseguiram levar alimento à mesa das suas famílias e conquistar diversas outras coisas que sozinhas, certamente, não conseguiriam. O papel de todos nós é fazer com que a voz dessas pessoas seja ouvida em todos os cantos do mundo, seja pelo governo, pela sociedade ou pela imprensa”, afirmou.
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COOPERATIVISMO EM PAUTA
IV Simpósio da Unimed Cerrado será realizado de 12 a 14 de dezembro O simpósio, um dos principais eventos do cooperativismo no Centro-Oeste, vai debater a valorização do cooperado, a qualificação da atenção à saúde, a melhoria da gestão e da sustentabilidade das cooperativas
Entre os dias 12 e 14 de dezembro de 2013, Goiânia (GO) vai sediar o IV Simpósio da Unimed Cerrado. O evento será realizado no Centro de Convenções da capital goiana e, durante esses três dias, serão debatidos vários assuntos de grande interesse dos setores de saúde e cooperativismo, com enfoque na valorização do cooperado, na busca da qualificação da atenção à saúde dos clientes, da melhoria da gestão das cooperativas
e da sustentabilidade do cooperativismo unimediano. Paralelamente ao IV Simpósio da Unimed Cerrado, que terá como tema central “Intercooperação, Integração e Inovação”, serão realizados o V Seminário de Mercado da Unimed Cerrado, o Workshop de Auditoria, a tradicional Feira de Negócios e oficinas nas áreas Contábil, Jurídica, de Regulação, de Responsabilidade Social e de Tecnologia da Informação.
“Contamos com a par ticipação de todos: dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed”, convida o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, ressaltando que essa edição busca ampliar a integração regional do Sistema Unimed, visando uma ampla reflexão sobre a necessidade de uma maior integração no âmbito político, de negócios, operacional e de procedimentos.
Oficinas e workshop terão temas variados Confira alguns assuntos que serão abordados nas oficinas técnicas e no Workshop de Auditoria, que acontecerão durante o IV Simpósio da Unimed Cerrado: Oficina de T.I.
Palestrantes: Marcos Soares – Trix Tecnologia; Infomed Tecnologia Temas: TISS 3.0 - Abordagem tecnológica; Medicina Preventiva
Oficina Contábil
Palestrante: Isabel Marques Rizo - Unimed do Brasil Tema: Sped - Pis e Cofins; Modelo das Demonstrações Contábeis – 2013; Aspectos Econômicos e Financeiros das Cooperativas
Workshop de Auditoria Médica Palestrantes: Dr. José Alberto Alvarenga e Dr. Lázaro Alex – Unimed Cerrado; Dr. Francisco Lima - Unimed Brasil e Dr. Juan Manoel Rodrigues - Unimed Goiânia Temas: Junta Médica não presencial; RN 338 - Novo rol de procedimentos e dispensação de medicamentos
Oficina Jurídica Palestrante: Dr. Daniel Rodrigues Faria - Unimed Cerrado Temas: Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013: Alteração da base de cálculo do PIS/COFINS; Procon: inclusão do nome de usuários inadimplentes em órgãos de proteção ao crédito; RN nº 337, de 16 de outubro de 2013: altera a Resolução Normativa - RN nº 48, de 19 de setembro de 2003, que dispõe, em especial, sobre o processo administrativo sancionador.
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COOPERATIVISMO EM PAUTA
Mesas-redondas vão reunir lideranças do cooperativismo Eudes de Freitas Aquino, Roberto Rodrigues, Márcio Lopes de Freitas, Haroldo Max e Edivaldo Del Grande estão entre os palestrantes do IV Simpósio da Unimed Cerrado
Palestrantes e debatedores de grande representatividade e expressiva atuação nas áreas de saúde, cooperativismo e mercado foram convidados para o IV Simpósio da Unimed Cerrado. A aber tura oficial do evento será no dia 12, às
20 horas, mas as atividades começarão mais cedo, às 8 horas, quando terão início as oficinas técnicas. No dia 13, das 9 às 11 horas, dirigentes da Unimed do Brasil, entre eles o presidente Eudes de Freitas Aquino, par ticiparão da mesa-redonda “Prestando Contas”. Das 11h30 às 12h30, o diretor de Fiscalização da ANS, Bruno Sobral, par ticipará da mesa-redonda “O Perfil das Unimeds do Centro-Oeste – Óptica das Unimeds X ANS”. À tarde, das 14 às 16 horas, Rober to Trinas, diretor de Marketing do Superar,
e o velocista Lucas Prado, vencedor de cinco medalhas paraolímpicas, ministrarão a palestra “Superar”. Em seguida, das 16h30 às 18 horas, Rober to Rodrigues, Márcio Lopes de Freitas, Haroldo Max e Edivaldo Del Grande, grandes lideranças do setor cooperativista, vão par ticipar da mesa-redonda “Visão Panorâmica do Cooperativismo no Mundo e no Brasil”, enfocando a visão internacio-
nal, nacional e regional do cooperativismo. No dia 14, encerrando o simpósio, serão abordados os temas: “Ato Cooperativo”, “Modelos de Atenção Integral à Saúde” e o “Papel da Educação no Sistema de Cooperativismo de Saúde”.
Para saber mais sobre o IV Simpósio da Unimed Cerrado, acesse www.unimed.coop.br/cerrado/ivsimposio
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DIÁLOGO ABERTO
Sistema Unimed inicia interlocução com órgãos de defesa do consumidor Unimed do Brasil e Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça iniciam diálogo em prol dos direitos dos usuários do Sistema Unimed e do aprimoramento da relação entre as cooperativas e os consumidores Buscando abrir um canal de interlocução direta entre a Unimed do Brasil e as entidades de defesa do consumidor – em especial os Procons estaduais -, o superintendente Político-Institucional da Unimed do Brasil e presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, reuniu-se com a secretária nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), Juliana Pereira da Silva, no dia 15 de outubro. A Senacon é o órgão responsável pela elaboração da polí-
tica nacional das relações de consumo e pela coordenação do sistema nacional de defesa do consumidor. Com a abertura deste canal, a Unimed do Brasil quer estimular a construção de um pacto em prol da efetivação dos direitos dos usuários dos serviços prestados pelas cooperativas Unimed. A Confederação também sugeriu à Senacon a realização de um seminário para apresentar o sistema cooperativista médico e suas peculiaridades, bem como para identificar as principais demandas das entidades de defesa do consumidor. Na reunião, Ximenes ressaltou que a Unimed do Brasil está disponível para fazer uma avaliação, de forma conjunta e transparente, da atuação do Sistema Unimed frente às relações com os consumidores – em suas limitações e avanços – não só para atendimento pontual de demandas como também para traçar perspectivas de aprimoramento das mesmas.
Juliana Pereira da Silva: elogio à iniciativa da Unimed
“Temos clareza de que assim podemos sinalizar para a sociedade perspectivas que, se concretizadas, promoverão acesso mais amplo e com qualidade à saúde, minimizando as desigualdades e gerando o fortalecimento do setor cooperativista médico”, afirmou. Juliana elogiou a iniciativa e sugeriu dois encaminhamentos. Primeiramente, a Unimed do Brasil deve enviar uma lista
referencial à Senacon, que a levará aos Procons estaduais para que as demandas possam ser resolvidas de forma ágil e menos onerosa – diretamente entre as partes envolvidas. Além disso, será agendada uma reunião entre a Coordenação Geral de Estudos e Monitoramento de Mercados da Senacon e técnicos da Unimed do Brasil para tratar de assuntos concernentes a ouvidorias. (Fonte: Unimed do Brasil)
Lei detalha a base de cálculo do PIS/Cofins A Lei nº 12.873 de 24 de outubro de 2013, que estabelece alterações na legislação tributária federal e detalha a base de cálculo do PIS/Cofins para operadoras de planos de saúde, foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro. Dentre as alterações tributárias previstas na nova lei destaca-se a matéria defendida há tempos pela Unimed do Brasil junto aos poderes públicos, em especial o Congresso Nacional e o Governo Federal. Para o presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, a lei, em seu ar tigo 19, atende à de-
manda do Sistema Unimed, deixando claro que os custos assistenciais das OPS (despesas com hospitais, SADT, honorários médicos etc) devem ser excluídos da base de cálculo do PIS/Cofins para as operadoras de planos de saúde.
“Com essa nova legislação as nossas cooperativas poderão planejar melhor as suas atividades, sem risco de autuações milionárias e descabidas por parte Receita Federal do Brasil. Esta é mais uma conquista de todo o Sistema Unimed”, ressaltou. Ao sancionar
a lei, a presidente Dilma Rousseff (PT) reduziu em 80% a base de incidência de tributos devidos pelas operadoras. A nova lei também modificou o cálculo da Cofins devida pelas pessoas jurídicas, aumentando de 1% para 4% a alíquota da contribuição que incide sobre o faturamento das empresas. As mudanças previstas na nova lei serão discutidas pelo advogado e assessor Jurídico da Unimed Cerrado, Daniel Rodrigues Faria, na Oficina Jurídica, que acontecerá em Goiânia durante o IV Simpósio da Unimed Cerrado (leia mais na página 5).
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QUALIFICAÇÃO
Workshop debate a qualificação da rede de prestadores de serviços
Eduardo Vieira Neto: orientações ao público e elogios à Unimed Cerrado
Especialistas alertam que a qualidade se tornou fundamental na prestação de serviços de saúde e os prestadores devem ficar atentos às exigências de qualificação A qualificação da rede prestadora de serviços foi o tema central do workshop promovido pela Unimed Cerrado no dia 23 de agosto. O evento reuniu diretores da Federação, presidentes
e técnicos de Singulares federadas e representantes dos prestadores de serviços de saúde do Norte Goiano, que lotaram o auditório principal do Centro de Desenvolvimento Humano da Unimed Cerrado, em Goiânia. O workshop teve como palestrantes o especialista em Regulação de Relação com Prestadores de Serviços da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Eduardo Vieira Neto; Fábio José de Souza, da Central Nacional Uni-
Dirigentes avaliam o workshop Presidente da Unimed Nor te Goiano (Uruaçu), José de Oliveira e Silva, considerou o workshop extremamente valioso e impor tante para o esclarecimento dos dirigentes e prestadores de serviços sobre as novas exigências e a qualificação da rede prestadora. “Perdeu quem não par ticipou”, disse José de Oliveira. O presidente da Unimed Catalão, Rogério José dos Reis, também aprovou o encontro
e gostou da forma como o tema foi abordado pelos palestrantes. Presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, disse que o workshop cumpriu seus objetivos, levando informações aos dirigentes e prestadores de serviços sobre um tema atual e de grande relevância e fez um aler ta: “a qualificação dos serviços exige o envolvimento de todos – gestores, prestadores, cooperados, colaboradores”.
med, e o diretor do Instituto de Acreditação e Gestão em Saúde (IAG) e consultor da Fundação Unimed, Renato Couto. Eduardo Vieira Neto observou que a qualidade, antes considerada desejável, agora se tornou fundamental na prestação de serviços de saúde. “E qualificação nem sempre significa qualidade”, alertou o especialista, que parabenizou a Unimed Cerrado por colocar o tema em discussão. Fábio José de Souza ressaltou que os hospitais precisam entender que a remune-
ração do prestador deve estar atrelada à qualidade do serviço prestado. Segundo ele, os prestadores de serviços devem ficar atentos às exigências de qualificação, pois a implantação de programas de qualidade vai ter impacto na remuneração. Renato Couto falou sobre a parceria entre a Fundação Unimed e o IAG para a implantação do programa Quali-SIS, que tem o apoio da Unimed do Brasil e da Central Nacional Unimed. “A qualificação da rede traz benefícios para todos”, afirmou.
Prestadores de serviços reúnem-se com dirigentes
Logo após o Workshop da Rede de Prestadores de Serviços, o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes; o diretor Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira; o diretor de Mercado, Luiz Antônio Fregonesi; técnicos da Federação e dirigentes das Singulares do Norte Goiano reuniram-se com representantes dos hospitais, laboratórios e clínicas da região, que prestam serviços ao Sistema Unimed. Na reunião, foram discutidos assuntos, como o cenário dos planos de saúde no Norte Goiano, área de abrangência das Unimeds Goianésia, Porangatu, Norte Goiano/Uruaçu e Vale do São Patrício/Ceres. Outro tema em pauta foi a recomposição dos valores pagos aos prestadores de serviços.
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MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO – PERSONAGENS
Joffre Marcondes de Rezende: “ Dando sequência ao Projeto Memória do Cooperativismo, a Unimed Cerrado apresenta nesta edição um pouco da história do médico Joffre Marcondes de Rezende. Mineiro de Piumhi e radicado em Goiás há quase seis décadas, Joffre Marcondes de Rezende concluiu o curso de medicina em 1950 na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Especialista em gastroenterologia, mudou-se para Goiânia em 1954, onde foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, da Academia Goiana de Medicina e da Sociedade Goiana de Gastroenterologia. Também foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Com uma reconhecida atuação nas áreas clínica e de pesquisa, recebeu o título de Professor Honoris Causa da Universidade de Brasília em 2006. É autor e coautor de vários artigos e capítulos de livros da área médica publicados no Brasil e no exterior. É também autor dos livros “Linguagem Médica”, “Vertentes da Medicina” e “À sombra do plátano”. Cooperado da Unimed Goiânia desde 1998, admirador e defensor do cooperativismo de trabalho médico, Joffre Marcondes de Rezende tem 92 anos de idade e faz parte da história da medicina goiana e brasileira. E mais: através de seus livros, o médico, que se define como “um discípulo de Dom Quixote”, ajuda a contar a história que tanto contribui para construir.
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um discípulo de Dom Quixote” O interesse pela medicina
“Na infância, impressionava-me sobremaneira a figura do médico, do médico de família, que atendia em domicílio. Vi -os dedicados e impotentes, nos anos que antecederam a descober ta das vacinas e dos antibióticos. Sua presença, no entanto, era aguardada com ansiedade e trazia confor to e esperança ao doente e seus familiares. Não houve nenhuma influência familiar mas um dia me perguntei: por que não serei eu, também, um médico? A ideia germinou, cresceu e se tornou obsessiva. Foi um longo caminho a percorrer até alcançar o meu ideal.”
A vinda para Goiânia
“Vim para Goiânia em 1954, a convite do dr. Francisco Ludovico de Almeida Neto, que foi meu colega de turma na Faculdade, no Rio de Janeiro. Outro fato que contribuiu para a minha decisão foi o fato de meu cunhado, Jorge Guanais Dourado, ter sido contratado pela Secretaria de Saúde de Goiás para instalar e dirigir o recém-construído Sanatório JK.”
A Faculdade e o Governo Militar
“A Universidade e, com ela a Faculdade de Medicina, só evoluíram, verdadeiramente, após a redemocratização do País. A relação da Universidade e da Faculdade de Medicina com o Governo Militar foi tumultuada; basta dizer que os dois primeiros Reitores, professor Colemar Natal e Silva e Jerônimo Geraldo de Queiroz, foram cassados e que o diretor e fundador da Faculdade, Francisco Ludovico de Almeida Neto, foi impedido de continuar na liderança da Instituição. A Faculdade resistiu dentro do possível às interferências do Poder Central ou de seus prepostos, em sua administração. Muitos alunos e alguns professores foram perseguidos sem a conivência da Faculdade.”
O pioneirismo dos professores
“Apesar das deficiências dos recursos materiais e da inexperiência didática de muitos professores que iniciavam sua carreira docente, a relação dos professores com os alunos foi muito boa. De minha parte, fui escolhido para proferir a aula de despedida da primeira turma, que se diplomou em 1965, e como paraninfo da terceira turma em 1967.”
O estudo da Doença de Chagas
“O meu interesse pela doença de Chagas decorreu da sua grande incidência em Goiás e da sua associação com megaesôfago e megacólon endêmicos. Em colaboração com o dr. Anis Rassi, realizamos um estudo clínico-epidemiológico que corroborava a descoberta do prof. Fritz Koeberle, em Ribeirão Preto, de que as lesões encontradas no sistema nervoso entérico eram causadas pelo Trypanosoma cruzi.”
A medicina na atualidade
“Nos últimos 50 anos, houve um progresso inacreditável da medicina. A maioria dos jovens não têm ideia o que era a medicina antes dos antibióticos, das imunizações preventivas, dos recursos atuais para diagnóstico e tratamento das enfermidades. A doença pairava como ameaça permanente sobre as pessoas e as famílias. A medicina no Brasil evoluiu com todo esse progresso, igualando-se a de todos os países desenvolvidos. A expectativa de vida do brasileiro, que em 1950 era de 52 anos, é hoje de 74,6 anos.”
Cooperativismo médico
“O cooperativismo médico é uma criação da classe médica brasileira e tem sido modelo para assistência médica em outros países. Quando professor, sempre procurei mostrar aos estudantes a diferença existente entre a cooperativa Unimed e as empresas privadas de planos de saúde, que visam ao lucro financeiro, explorando o trabalho do médico e os usuários. Tornei-me cooperado da Unimed em 1998, portanto, há 15 anos, acreditando na sua filosofia e no seu futuro.”
A dedicação à literatura
“Sempre gostei de ler, desde a infância. Na juventude, delicieime com os clássicos da literatura em língua portuguesa. Depois que me tornei médico, os afazeres da profissão reduziram, mas não apagaram meu interesse pela literatura. Não me considero escritor e os meus contatos nessa área se restringem a colegas médicos. No momento estou lendo um livro em francês “Les heros de la medécine”, de Sherwin Nuland. Trata-se de um estudo biográfico de alguns luminares que mais contribuíram para o progresso da medicina.”
Professor Honoris Causa da UNB
“O título de Professor Honoris Causa da Universidade de Brasília foi a maior honraria a que poderia aspirar na carreira universitária, ainda mais por ter sido o quarto professor a receber este título em 36 anos de história da UnB. O outro título de que muito me orgulho é o de cidadão goiano.”
A companheira de vida
“A simples menção ao nome de Alzira revive em mim as lembranças de minha saudosa esposa. Vivemos juntos 49 anos. Alzira foi professora do curso superior de enfermagem e uma das fundadoras da atual Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG). Dedicava seu tempo inteiramente à família, à enfermagem e à Igreja, pois era muito religiosa. Diz o ditado que “por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher”. Embora eu não seja um grande homem, tudo que pude realizar devo à sua participação solidária em minha vida. Companheira inseparável, foi minha bússola e meu refúgio, proporcionando-me, com amor e dedicação, estímulo
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MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO – PERSONAGENS
“Tornei-me cooperado da Unimed em 1998, portanto, há 15 anos, acreditando na sua filosofia e no seu futuro.”
e apoio nas horas incertas e a tranquilidade necessária para o trabalho construtivo. A ela dediquei o título de Professor Honoris Causa da UnB e o site (http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende) que mantenho na internet.”
O caminho profissional dos filhos
“Os meus filhos tiveram total liberdade de escolher o seu caminho, sem qualquer influência paterna. Todos tiveram a mesma educação, as mesmas oportunidades e somente Joffre Filho demonstrou vocação para a medicina. A escolha da especialidade (gastroenterologia/endoscopia digestiva) foi também de sua iniciativa após terminado o curso de graduação.”
Uma história curiosa
No exercício da profissão médica, ocorrem muitas histórias curiosas, quase sempre por dificuldade de comunicação entre o médico e o doente. Há livros escritos sobre este assunto e vou narrar apenas uma que ocorreu em meu consultório com um paciente vindo do interior. Disse ele: - Eu vim consultar com o senhor porque me disseram que o senhor é o rabeador. Pensei comigo: seria uma especialidade? Talvez ele esteja me confundindo com um proctologista. Perguntei-lhe, então: -O que é que sou, mesmo? Que vem a ser rabeador? - É o fim da picada; o local de onde voltar, que não tem seguimento. (rabear). Entendi, afinal, que se tratava de um elogio à minha pessoa.
Joffre Marcondes de Rezende por ele mesmo
“É muito difícil definir a si próprio. Para ser sintético diria que sou um discípulo de Dom Quixote. A minha vida é uma história de idealismo, de luta permanente em busca de objetivos definidos e na defesa das causas e das ideias que me pareceram corretas e justas. Na trajetória da vida todos nós realizamos apenas parte de nossos projetos; muitos outros ficam pelo caminho, ou porque colocamos muito alto as nossas metas, ou por circunstâncias adversas. Ao final, há sempre um sentimento misto de satisfação pelo que fizemos e de frustração pelo que deixamos de fazer. O importante é que haja um saldo positivo.” (Texto/edição: Mátya Rodrigues/Rosane Rodrigues da Cunha)
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ESCLARECIMENTO
Diretoria esclarece que Unimed Cerrado não tem vínculo com a Unimed CO/TO A fim de evitar equívocos envolvendo as duas Unimeds, a diretoria da Unimed Cerrado divulgou uma nota informando que a Federação não tem vínculos com a Unimed CO/TO Em nota divulgada no início de outubro, a diretoria da Unimed Cerrado esclareceu que a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal não possui qualquer vínculo societário com a Unimed Federação Interfederativa do Centro-Oeste e Tocantins (Unimed CO/TO). A Unimed Cerrado representa as Unimeds de Goiás, Tocantins e Distrito Federal e também opera as carteiras de usuários das Unimeds Goia-
Unimed Cerrado: sem vínculos com a Unimed CO/TO
nésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e Vale do São Patrício (Ceres). A diretoria da Unimed Cerrado explicou que a Federação é pessoa jurídica totalmente diversa da Unimed CO/TO, com CNPJ e registro na ANS próprios, não tendo qualquer responsabilidade por obrigações e prejuízos por
Unimed Cerrado participa de grupo de gestão por competências
ventura relacionados à Unimed Federação Interfederativa do Centro-Oeste e Tocantins. Desde abril de 2013, a Unimed CO/TO se encontra sob regime de direção fiscal decretado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em julho, a Agência determinou também a alienação da carteira
de usuários dos planos de saúde da Unimed CO/TO. Já a Unimed Cerrado, no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), instituído pela ANS para avaliar a atuação das operadoras e disponível no site da Agência, recebeu nota 0.8336 em um máximo de 1.0, o que atesta a qualidade dos serviços prestados pela Federação. Quanto ao aspecto econômicofinanceiro, a Unimed Cerrado alcançou nota 0.9165, em uma pontuação máxima de 1.0. Ao divulgar essas informações, o presidente José Abel Ximenes, e os diretores Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira, e de Mercado, Luís Antônio Fregonesi, buscaram tranquilizar e esclarecer os médicos cooperados e os usuários dos planos de saúde para que saibam distinguir entre a Unimed Cerrado e Unimed CO/TO.
NA ESTANTE Esse livro está disponível para consulta e empréstimo na Biblioteca Buriti da Unimed Cerrado
Cooperativismo na Era da Globalização Organizadores: Kátia Barbosa Macêdo; José Abel Ximenes (Federação das Unimeds dos Estados de GO/TO, 2001)
Workshops: debates para definir modelo de gestão
A Unimed Cerrado está participando do grupo de discussões para a elaboração de um modelo único e nacional de gestão por competências para o Sistema Unimed. Os estudos começaram em outubro, quando foi realizado o primeiro dos cinco workshops programados pela Unimed do Brasil para a elaboração da proposta. A gerente Recursos Humanos da Unimed Cerrado, Fabiana Daniel Neves, participou do encontro e já tem presença confirmada nos próximos eventos, que vão dar sequência ao trabalho. Fabiana
explicou que a Unimed Cerrado está representando as Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal no projeto, que será apresentado em abril de 2014 e vai definir, por exemplo, as competências necessárias, formas de capacitação e de avaliação de desempenho dos colaboradores do Sistema Unimed. Segundo a gerente, com base na proposta nacional, a Unimed Cerrado vai implantar um projeto piloto de gestão por competências. A partir deste projeto, a Federação vai prestar consultoria às Singulares.
A obra citada refere-se a uma coletânea dos trabalhos de conclusão de curso da primeira turma de pós-graduação lato sensu em Gestão de Cooperativas de Saúde. É o resultado de um trabalho árduo de pesquisa, elaboração e construção de propostas, projetos e alternativas aplicáveis a cooperativas. A primeira parte do livro é composta por artigos que apresentam dados e fazem um diagnóstico da situação das cooperativas de trabalho médico no Centro-Oeste do Brasil. O fator educacional é o tema da segunda parte. Na terceira e ultima parte, o ponto de convergência é a apresentação de projetos a serem implementados nas cooperativas, com o objetivo de otimizar sua estrutura, processos, controle e resultados. (Resenha: bibliotecária Ana Paula Lopes)
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Agosto/Outubro 2013
MEDICINA PREVENTIVA
Unimed Cerrado participa do Movimento Outubro Rosa Uma palestra sobre câncer de mama, lanche temático e o uso do laço símbolo da campanha pelos colaboradores marcaram a celebração do Outubro Rosa pela Unimed Cerrado
Apontado como a causa mais frequente de mor te entre mulheres de 35 a 55 anos de idade, o câncer de mama foi alvo de uma ampla campanha preventiva realizada simultaneamente em vários países no mês de outubro. O Sistema Unimed também abraçou a campanha, batizada de Outubro Rosa, e que visa orientar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Na Unimed Cerrado, os colaboradores receberam um laço rosa, símbolo da campanha, e um car tão que aler tava sobre a prevenção do câncer de mama. O uso deste símbolo ajudou a enfatizar os objetivos da campanha encerrada no dia 29 com uma palestra da médica Fernanda Rassi Alvarenga. A médica orientou e esclareceu dúvidas das colaboradoras da Federação sobre os riscos, a incidência, formas de prevenção e de diagnóstico da doença. “É impor tante repassar essas informações para tentarmos reduzir a incidência deste tipo de câncer”, disse Fernanda Rassi. Após a palestra, foi servido um lanche, com bolos, doces e frutas, a maioria de cor rosa. Entre os colaboradores também predominou o uso de roupas rosa.
Unimed Cerrado: palestra, equipe mobilizada e lanche temático
Unimed Catalão promove a 3ª Caminhada Amigos da Mama Pelo terceiro ano, a Unimed Catalão celebrou o Outubro Rosa reforçando seu projeto Amigos da Mama, que busca detectar precocemente novos casos de câncer de mama, melhorar o acesso ao tratamento da doença e aumentar a cobertura mamográfica entre mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, que não
3ª Caminhada Amigos da Mama da Unimed Catalão: 400 participantes
realizaram mamografia nos últimos dois anos. A campanha foi realizada durante todo o mês e finalizada no dia 26 com a já tradicional caminhada “Amigos da Mama”, que tem o apoio da
Unimed Cerrado. A 3ª Caminhada Amigos da Mama reuniu cerca de 400 homens e mulheres, que percorreram várias ruas da cidade, encerrando a passeata na sede da Unimed Catalão.
Agosto/Outubro 2013
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MEDICINA PREVENTIVA
Dia Integrar leva atendimento preventivo a moradores de Pilar de Goiás A Unimed Cerrado participou do evento, promovido pelo do Instituto Yamana de Desenvolvimento Socioambiental, que levou informações e assistência a moradores do interior goiano Pelo quinto ano consecutivo, a Unimed Cerrado participou do Dia Integrar, um programa de responsabilidade social do Instituto Yamana de Desenvolvimento Socioambiental, que neste ano, pela primeira vez, foi realizado em Pilar de Goiás. O Dia Integrar leva uma série de serviços à comunidade, como atendimentos nas áreas de saúde, lazer, cultura,
cidadania e meio ambiente. A Unimed Cerrado, através de seu Setor de Medicina Preventiva, participou da Tenda da Saúde. As equipes da Unimed Cerrado foram responsáveis pela realização de 160 atendimentos, como testes de glicemia e triglicérides, avaliação e orientação postural, aferição de pressão arterial, avaliação de peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC), orientações e distribuição de folders informativos sobre tabagismo, obesidade, hipertensão e ergonomia. O Dia Integrar em Pilar de Goiás foi realizado em 26 de outubro e a estimativa dos organizadores é que cerca de 5 mil pessoas tenham participado do evento e usufruído dos mais de 40 serviços prestados gratuitamente.
Medicina Preventiva da Unimed Cerrado é reestruturada
A reestruturação do Setor de Medicina Preventiva da Unimed Cerrado começou com muito trabalho. Em outubro, foram desenvolvidas ações de prevenção do câncer de mama. Em novembro, os trabalhos estão voltados para a prevenção de diabetes e do câncer de próstata, doenças que estão no foco de campanhas realizadas durante o mês.
Coordenadora de Gestão de Planos de Saúde da Unimed Cerrado, Lucijane Costa, explicou que o desenvolvimento destas ações educativas e preventivas faz parte das metas do Setor de Medicina Preventiva da Federação e visa a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores da Unimed Cerrado e das empresas clientes.
Tenda da saúde: exames e orientação à população
A Unimed Cerrado, ciente da importância da educação para a prevenção de doenças e a melhoria da qualidade de vida da comunidade, vem apoiando ações como o Dia Integrar, já realizado em outros municípios goianos, como Campinorte e
Alto Horizonte. O Dia Integrar é promovido pela Yamana, empresa produtora de ouro com sede no Canadá e atuação também no Brasil, Chile, Argentina, México e Colômbia, e cliente da Unimed Cerrado.
Unimed Regional Sul promove XIII Caminhada da Saúde
Cerca de 600 pessoas saíram às ruas de Itumbiara no dia 26 de outubro para participar da XIII Caminhada da Saúde, promovida pela Unimed Regional Sul. Há 13 anos, o evento faz parte do calendário anual da Singular, que nesta edição contou com o apoio de cerca de cem colaboradores e 42 patrocinadores. O objetivo principal da caminhada é conscientizar a população em geral sobre a necessidade da realização de
atividades físicas regularmente. A Unimed Regional Sul também aproveita o evento para arrecadar alimentos, que posteriormente são doados à população carente e a entidades filantrópicas. Neste ano, a Singular confeccionou aproximadamente 1,4 mil camisetas da campanha para serem trocadas por alimentos nãoperecíveis. O resultado foi a arrecadação de mais de 2 toneladas de alimentos.
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Agosto/Outubro 2013
COMEMORAÇÕES
Dia do Cliente é comemorado com festa pela Unimed Cerrado e Singulares A data dedicada aos clientes foi celebrada pelo Sistema Unimed em Goiás e Tocantins com uma justa homenagem aos usuários das cooperativas
Os clientes que passaram pela sede da Unimed Cerrado, pelas Unimeds Goianésia, Poragantu, Norte Goiano (Uruaçu) e Vale do São Patrício (Ceres) e pelos escritórios de apoio da Federação em Campinorte e Minaçu tiveram uma recepção especial no dia 13 de setembro. Além da costumeira atenção dispensada pelos dirigentes e colaborado-
res da Unimed, os clientes foram recebidos com lanches e brindes. Tudo para comemorar o dia dedicado a eles. A comemoração do Dia do Cliente, celebrado em 15 de setembro, já faz parte do calendário de eventos do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins. Neste ano, a festa foi antecipada e celebrada dois dias antes, tendo como tema “A vida
pode ser simples, alegre, cheia de planos. E só dar corda”. Em Goiânia, o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, se juntou aos colaboradores e clientes na comemoração. No interior, dirigentes e colaboradores não pouparam esforços para homenagear as pessoas que confiam na marca Unimed para cuidar de seu maior bem, a saúde.
Unimed Norte Goian o Unimed Cerrado
Unimed Porangatu
Secretárias e secretários participam do 6º Workshop de Atendimento do Norte Goiano
Entre os dias 25 e 28 de setembro, a Unimed Cerrado celebrou o Dia da Secretária com a promoção de quatro edições do 6º Workshop de Atendimento do Nor te Goiano, que reuniu secretárias e secretários da rede conveniada das Unimeds Goianésia, Nor te Goiano (Uruaçu), Porangatu, Vale do São Patrício (Ceres) e dos escritórios localizados em Campinor te e Minaçu. A aber tura do evento aconteceu em Ceres, no dia 25. Os par ticipantes assistiram a palestra motivacional “Qualidade no atendimento – Você faz a diferença”, foram presenteados com brindes e se diver tiram com os sor teios de prêmios durante o lanche servido. Nos dias seguintes, a festa se repetiu em Goianésia (26), Uruaçu (27) e Porangatu (28). A comemoração do Dia da Secretária faz par te do calendário anual de eventos da Unimed Cerrado. Singulares, como a Unimed Morrinhos, também comemoraram a data.
Unimed Vale do São Patrício
Unimed Goianésia Unimed Morrinhos
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ARTIGO - Lena Castello Branco
De vacinas e bexigas * Lena Castello Branco é doutora em História, professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás, sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. (lenacastelo@uol.com.br) Em nosso tempo de eficazes campanhas de saúde pública, é difícil imaginar-se o pavor provocado pelas epidemias, que em época não muito remota assolavam as populações – como as de varíola ou bexigas, contagiosas e mortíferas. Sem distinção, atingiam humildes e poderosos: o herdeiro do trono português, o príncipe D. José, faleceu de bexigas, aos 27 anos de idade. Sucedeu-o seu irmão, o futuro D. João VI. No Brasil, a varíola chegou com os colonizadores. Houve terríveis epidemias, que grassaram principalmente em vilas e cidades litorâneas e também dizimaram tribos indígenas. Em Goiás, capitania de população rarefeita, um dos
Em nosso tempo de eficazes campanhas de saúde pública, é difícil imaginar-se o pavor provocado pelas epidemias, que em época não muito remota assolavam as populações
surtos mais violentos foi o de 1816, que provocou “um grande estrago” em Meia Ponte (Pirenópolis). A campanha de vacinação em curso foi apontada como a causa da epidemia (1). O Príncipe Regente, D. João, criara a Junta Vacínica da Corte, que pôs em prática a vacinação antivariólica jenneriana, feita mediante inoculação da linfa ou pus, extraído diretamente de pústula provocada em seres humanos. Nas primeiras décadas do século XIX, fundaram-se institutos vacínicos em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul; em muitos pontos do país, contudo, a vacinação despertava rejeição. Em 1831, governava Goiás o brigadeiro português, Miguel Lino de Moraes que, em obediência à lei em vigor, encaminhou ofício à Câmara Municipal de Vila Boa, comunicando que destinara a verba de 140$000 “para a propagação da vacina nas povoações deste Município”. Cientificou também aos oficiais da Câmara que fizera vacinar oito pessoas de sua família “para experimentar a vigorosidade do pus [vacínico] e extrairse por inoculação quanto fosse preciso à propagação [da vacinação](2). Buscava o governante dar exemplo de confiança na vacina – tal como o fizera, anos antes, o próprio Príncipe Regente que mandara inocular seus filhos, inclusive o infante Pedro, futuro imperador do Brasil. Os oficiais da Câmara discordaram do presidente. Reconhecendo, embora, ser a varíola “um mal contagioso”,
talvez receassem que a vacinação viesse a desencadear um surto epidêmico. Argumentando que a saúde pública lhes estava confiada, intimaram Miguel Lino de Moraes que “fizesse retirar para fora da Cidade na distância de 3 léguas as pessoas vacinadas, até ficarem livres de qualquer contágio que possa porvir (sic) da vacina” (3).
Buscava o governante dar exemplo de confiança na vacina – tal como o fizera, anos antes, o próprio Príncipe Regente que mandara inocular seus filhos, inclusive o infante Pedro, futuro imperador do Brasil
Viviam-se os dias tumultuados que se seguiram à abdicação de D. Pedro I (4). Um Conselho de Governo dividia o poder com o presidente da província. Em Goiás, ao ter ciência dos fatos referidos, decidiu esse colegiado encaminhar expediente ao presidente-brigadeiro, no qual, em tom menos aguerrido, argumentava não ser conveniente proceder à vacinação, tendo em vista a absoluta falta de médico na província. No mesmo documento, era lembrado que a vacina aplicada nos familiares do presidente “não pegou”, em decorrência “de
o pus [estar] sem vigor, ou que a operação foi mal feita, por ser praticada por pessoa curiosa [não habilitada]” (5). Dos episódios referidos, ressalta a dificuldade de combater efetivamente a varíola, naquele momento histórico. Além da insegurança dos materiais e procedimentos empregados, havia que levar em conta o pavor da população às bexigas. O assunto foi dado como encerrado em Goiás. Poucos dias depois, Miguel Lino de Moraes tornou-se alvo de hostilidade pública. Com peculiar inabilidade, manifestou-se ele a favor da transferência da capital da província para local distante de Vila Boa – o que lhe valeu exaltado repúdio popular. Amedrontado, na calada a noite, saiu às escondidas do Palácio do Governo, disfarçado como escravo (6). Assinale-se que, no futuro, tanto a vacinação antivariólica como a mudança da capital viriam a mostrar-se benéficas para Goiás e seus habitantes. Referências: 1) Karasch, Mary. História das doenças e dos cuidados médicos na capitania de Goiás. In FREITAS, L.C.F. (Org.) Saúde e doenças em Goiás: a Medicina possível. Goiânia: Ed. UFG, p. 26-62 2) Ata da sessão do Conselho de Governo da Província de Goiás, em 19, 20 e 21.04.1831. Publicada meses depois, In Matutina Meiapontense, n. 217. Meia Ponte, 18ago1831, p. 2. 3) Idem, da Câmara Municipal de Vila Boa de Goiás em 26.04.1821. Idem, n. 213. Ibidem, 09set1831, p. 2. 4) D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor do seu filho, o infante Pedro de Alcântara, em 7 de abril de 1831. 5) Ata da sessão da Câmara Municipal...cit. 6) BRASIL, Antônio Americano do. Pela História de Goiás. Coleção Documentos Goianos, 6. Goiânia, Ed. UFG, 1980 p. 97.
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Unimed Cerrado – Rua 8-A, 111, Setor Aeroporto, Goiânia-GO, CEP 74075-240