Unimed Cerrado em foco - n.77 (2014)

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Nº 77 - ANO XX - AGOSTO 2014 www.unimedcerrado.com.br

DIRETORIA 2014/2018

Juntos pelo fortalecimento do cooperativismo Ao lado do presidente José Abel Ximenes, os médicos Danúbio Antonio de Oliveira, José de Oliveira e Silva e Walter Cherubim Bueno estão à frente da diretoria da Unimed Cerrado na gestão 2014/2018. Nesta edição, eles falam sobre o trabalho de suas diretorias, que têm atribuições distintas, mas um objetivo comum: fortalecer a representatividade da Unimed Cerrado, a integração entre as Singulares e o cooperativismo de trabalho médico em Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

Danúbio Antonio de Oliveira

V Simpósio da Unimed Cerrado

Walter Cherubim Bueno

José de Oliveira e Silva

Selo Ouro de Sustentabilidade


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PALAVRA DO PRESIDENTE

Mondragón: um modelo de cooperativismo Na segunda quinzena de setembro, estaremos visitando o Complexo Cooperativo de Mondragón, no País Basco (Espanha), que é considerado um dos principais exemplos de sucesso do cooperativismo em todo o mundo. Com a promoção desta visita técnica, realizada em parceria com o Sistema OCB/Sescoop em Goiás, buscamos proporcionar a dirigentes, cooperados e colaboradores das Singulares federadas um contato direto e o intercâmbio de informações com um sistema que é um modelo mundial de cooperativismo. Mondragón, que já tivemos a chance de conhecer, é um exemplo não só de organização, mas também de vivência da cultura cooperativista. O sucesso do complexo, que teve início em 1956 com a criação da primeira cooperativa do que é hoje o maior grupo empresarial basco, está baseado na educação, cooperação, colaboração, inovação e responsabilidade social. Um modelo de trabalho e de organização que pode e deve nos inspirar e contribuir para o fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A intercooperação é outro ponto forte entre as cooperativas do grupo e outro exemplo que devemos seguir, pois entendemos que a força do cooperativismo está na unidade, respeitando a diversidade das cooperativas. O aprendizado desta viagem técnica, que acreditamos que será muito produtiva para todos os participantes, deve ser mostrado em uma mesa-redonda no V Simpósio da Unimed Cerrado a ser realizado nos dias 27 e 28 de novembro, em Goiânia. Neste encontro, vamos compartilhar com “Um modelo de trabalho o público os conhecimentos adquiridos, as experiências vividas, e de organização os exemplos vistos. que pode e deve nos A inserção do tema Mondragón nesta quinta edição do nosso inspirar e contribuir para simpósio resgata um pouco da programação da primeira edição o fortalecimento do do evento, realizada em 2008, quando trouxemos a Goiânia recooperativismo brasileiro” presentantes do complexo cooperativo basco. Na ocasião, Mikel Lezamiz, do Centro Ensino da Cooperativa Arizmendi, falou sobre a trajetória da cooperativa e afirmou que o caminho do sucesso do complexo cooperativo passa pela educação. Uma lição que a Unimed Cerrado vem pondo em prática há 20 anos e que vem buscando ensinar às Singulares. Com a realização desta viagem técnica e com a promoção de mais uma edição do nosso simpósio, reforçamos nosso investimento neste processo de educação cooperativista, que deve ser contínuo e contar com a participação de todos: dirigentes e cooperados, colaboradores e clientes. Portanto, contamos com sua participação no V Simpósio da Unimed Cerrado, que tem como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”. Uma ampla programação está sendo preparada para os participantes e esperamos que ao final do evento tenhamos dado mais um importante passo rumo à superação dos desafios, adequação às tendências, união das nossas cooperativas e fortalecimento do cooperativismo. Saudações cooperativistas,

V Simpósio da Unimed Cerrado

Goiânia vai sediar nos dias 27 e 28 de novembro, o V Simpósio da Unimed Cerrado, tradicional fórum de debates do cooperativismo, que terá como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”. Página 3

I Workshop de Mercado

Realizado nos dia 14 e 15 de agosto, o I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado contribuiu para a atualização profissional de quem atua nesta área e levou informações às Singulares sobre legislação e risco atuarial. Página 4

Entrevistas

Os diretores Administrativo-Financeiro e de Regulação, Danúbio Antonio de Oliveira; de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Walter Cherubim Bueno, e de Mercado da Unimed Cerrado, José de Oliveira e Silva, falam sobre os desafios e metas de suas diretorias na gestão 2014/2018. Páginas 10 a 12

Ouro em Sustentabilidade

Dr. José Abel Ximenes Presidente da Unimed Cerrado

Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal Rua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO) CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100 www.unimedcerrado.com.br

Diretoria

Diretor Presidente: Dr. José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional: Dr. Walter Cherubim Bueno Diretor de Mercado: Dr. José de Oliveira e Silva

Unimed Cerrado em Foco Órgão informativo da Unimed Cerrado Número 77 Ano XX – Agosto 2014 Edição: Santa Inteligência Comunicação Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha MTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 santainteligencia@terra.com.br Fotos: Unimed Cerrado Arte e Impressão: Cir Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco

As ações sociais e de gestão sustentável da Unimed Cerrado renderam à Federação a conquista do Selo Ouro de Sustentabilidade 2014, concedido pela Unimed do Brasil. Página 13

AINDA NESTA EDIÇÃO TISS 3.02.00........................................................ Página 5 Desenvolvimento Humano.................................. Página 6 Memória do Cooperativismo................................ Página 8


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INFORMAÇÃO E INTERCOOPERAÇÃO

V Simpósio da Unimed Cerrado será realizado em novembro Goiânia vai sediar, nos dias 27 e 28 de novembro, o V Simpósio da Unimed Cerrado, tradicional fórum de debates, que terá como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências Força na Unidade” Tendo como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”, o V Simpósio da Unimed Cerrado será realizado nos dias 27 e 28 de novembro no Oliveira´s Pla-

ce, em Goiânia (GO). Promovido pela Unimed Cerrado desde 2008, esse tradicional fórum de atualização profissional, debates e educação cooperativista, tem nesta edição um significado especial. “O V Simpósio marca as comemorações dos 20 anos da Unimed Cerrado e vem reforçar o compromisso histórico da Federação de sempre investir na educação cooperativista, na integração das cooperativas, na intercooperação, na valorização dos cooperados e na melhoria contínua da qualidade do aten-

dimento aos clientes”, disse o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes. O evento deve reunir representantes do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outras regiões do País. Uma ampla programação, que inclui palestras,

mesas-redondas e oficinas técnicas, está sendo preparada visando promover a atualização profissional, o desenvolvimento técnico e mercadológico, o intercâmbio de informações e experiências e o debate de temas atuais relacionados ao Sistema Unimed, à saúde e ao cooperativismo.

Dirigentes da Unimed Cerrado e Singulares vão visitar o Complexo Cooperativo de Mondragón Considerado o maior grupo cooperativo do mundo, o Complexo Cooperativo de Mondragón, localizado no País Basco (Espanha), vai receber a visita de 25 dirigentes e técnicos da Unimed Cerrado, de Singulares federadas e da Organização das Cooperativas Brasileiras – Goiás (OCB/GO). Organizada pela Unimed Cerrado e pelo Sistema OCB/Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (OCB/Sescoop) em Goiás, a visita técnica acontecerá entre os dias 14 e 22 de setembro e vai proporcionar aos participantes a oportunidade de conhecer e saber mais

sobre a origem desta experiência cooperativista de sucesso e sua cultura organizacional. O programa da viagem inclui visitas a unidades do complexo, como a primeira cooperativa industrial de Mondragón, o centro de formação cooperativo e a cooperativa de consumo. O complexo conta com mais de 250 empresas nas áreas de finanças, indústria, distribuição e conhecimento e baseia toda a sua atuação nos princípios cooperativos e na intercooperação entre as diversas cooperativas do grupo. Para o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Xime-

Caja Laboral: cooperativa de Mondragón

nes, que já conhece o complexo cooperativo e no I Simpósio da Unimed Cerrado, realizado em 2008, trouxe a Goiânia representantes de Mondragón para falar sobre a experiência

espanhola, a visita será muito enriquecedora para os todos os participantes. “Vamos visitar um modelo que é um exemplo para o cooperativismo mundial”, disse.

Quem participa da viagem técnica A Unimed Cerrado será representada nesta viagem técnica pelo presidente José Abel Ximenes, os diretores José de Oliveira e Silva (Mercado) e Walter Cherubim Bueno (Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional) e os gerentes Helson Mauro Stumpf (Geral) e Fabiana Daniel Neves (Recursos Humanos). Também

fazem parte do grupo, presidentes, diretores e colaboradores das Unimeds Anápolis, Araguaína, Caldas Novas, Catalão, Gurupi, Jataí, Mineiros, Morrinhos, Norte Goiano (Uruaçu), Planalto (Luziânia), Porangatu, Regional Sul/Itumbiara, Rio Verde e Vale do Corumbá (Ipameri), além de representantes do Sistema OCB/Sescoop.

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MERCADO

Workshop orienta Singulares sobre a legislação e os riscos do mercado O I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado levou informações às Singulares sobre a legislação da área da saúde suplementar e a gestão de risco atuarial “Normalmente, o primeiro contato do cliente com a operadora dá-se pela área de mercado, portanto, o conhecimento das normas e a informação por parte de quem trabalha neste setor são fundamentais para a boa relação com o cliente”. A afirmação do assessor jurídico da Unimed Cerrado, Daniel Rodrigues Faria, traduz bem a importância do I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado, promovido para levar informações às Singulares sobre o mer-

cado de planos de saúde. O evento, realizado no Centro de Desenvolvimento Humano da Unimed Cerrado nos dias 14 e 15 de agosto, reuniu gestores e técnicos das Unimeds Cerrado, Anápolis, Catalão, Gurupi, Jataí, Mineiros, Morrinhos e Rio Verde e foi acompanhado por meio de videoconferência, transmitida ao vivo pelo Projeto Sinal (Sistema de Integração Nacional), por colaboradores das Unimeds Araguaína e Caldas Novas. Na abertura do workshop, o diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação da Unimed Cerrado, Danúbio Antonio de Oliveira, destacou a relevância do encontro, que abordou vários temas relacionados ao mercado de planos de saúde. O assessor Jurídico abriu o primeiro dia

Danúbio Antonio de Oliveira: destaque para a importância do encontro

da programação, ministrando o módulo “Legislação de Saúde”. Ele falou sobre a regulamentação dos planos, o papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar, as obrigações das operadoras, as formas de reajustes e outros temas, como a portabilidade de carências. Segundo Daniel Faria, quem atua na área de mercado precisa ter

conhecimento e estar atento à legislação da área de saúde suplementar para orientar bem os clientes. No segundo dia do workshop, Saulo Ribeiro Lacerda, da Unimed do Brasil, ministrou o módulo “Gestão de Risco Atuarial”, abordando temas, como conceituação de risco, precificação e sinistralidade.

Lançado o Manual do Prestador da Unimed Cerrado Buscando orientar seus prestadores de serviços de saúde e assegurar a unificação e a qualidade da assistência aos clientes, a Unimed Cerrado lançou o “Manual do Prestador”. A publicação, que chega para melhorar a comunicação com a rede prestadora de serviços de saúde, traz informações sobre as normatizações de pagamentos referentes a taxas, diárias, materiais e medicamentos e suas composições. Também orienta os prestadores, de forma bem didática, sobre o preenchimento e os itens que compõe o prontuário do paciente. O correto preenchimento do prontuário, além de cumprir normas legais, melhora a audito-

ria e evita falhas no pagamento das contas. O “Manual do Prestador” é fundamentado no Manual de Consulta às Normas de Auditoria Médica e Enfermagem e no Manual de Intercâmbio, elaborados pela Unimed Brasil. A publicação também é baseada em normatizações locais e legislações vigentes e está disponível para download no site da Unimed Cerrado: www. unimedcerrado.com.br. Para mais informações, entre em contato com a Unimed Cerrado pelos e-mails credenciamento@unimedcerrado.com.br e lucijane@unimedcerrado.com.br ou pelo telefone (62) 3221 5100 - ramais 5109/5139.


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EDUCAÇÃO

Treinamentos abordam os impactos do Padrão TISS 3.02.00 Curso teve transmissão ao vivo, alcançando mais de 200 alunos em diferentes localidades. Colaboradores de Goiânia também participaram do treinamento Os principais conceitos e as mudanças impostas pelo Padrão de Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS) 3.02.00, que entrou em vigor em 31 de agosto, foram abordados em treinamentos ministrados pela Unimed Cerrado. No dia 19 de agosto, a analista de Tecnologia da Informação (TI) da Federação, Acássia de Borja, falou a colaboradores da Unimed Cerrado sobre o novo padrão e seus impactos nos setores de Contas Médicas e de Atendimento.

Entre os dias 26 e 28 de agosto, o tema voltou a ser abordado, enfocando também os impactos do TISS 3.02.00 no Sistema de Atendimento Web (SAW). Desta vez, o público do treinamento foi formado por cooperados, atendentes e faturistas da rede prestadora de serviços à operadora Unimed Cerrado e colaboradores das Singulares prestadoras - Unimed Goianésia, Unimed Norte Goiano, Unimed Porangatu e Unimed Vale do São Patrício. Com duas horas de duração, o curso teve sete turmas e uma inovação no formato: as aulas, ministradas por Acássia de Borja no Centro de Desenvolvimento Humano da Unimed Cerrado, foram transmitidas ao vivo, sendo acompanhadas por 130 pessoas nas salas de videoconferência das Singulares federadas e por cerca de 80 pessoas através do

Orientações sobre pagamentos e cobranças

Ainda no dia 19 de agosto, colaboradores do Setor de Contas Médicas da Unimed Cerrado participaram de um treinamento sobre processos de pagamento. O analista de Tecnologia da Informação, Carlos Antônio da Silva, fez uma apresentação sobre as rotinas de pagamento e cobrança e enfocou o funcionamento dos processos dentro do sistema de gestão da operadora Unimed Cerrado. O objetivo desta apresentação foi nivelar o conhecimento entre todos os colaboradores que estão diretamente envolvidos nestes processos.

Padrão TISS: aulas na Federação e com transmissão ao vivo

Portal TISS, disponível no site da Federação. Essa transmissão teve grandes benefícios, como a redução de custos e do tempo de

treinamento e o alcance, em menor tempo, de um número maior de alunos e em diferentes localidades.

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DESENVOLVIMENTO HUMANO

Dirigentes destacam a importância das pessoas para o Sistema Unimed Para o presidente da Unimed do Brasil, com colaboradores qualificados e motivados, o nível de qualidade do Sistema Unimed subirá muitos pontos “Ninguém faz absolutamente nada sem pessoas”. Foi o que declarou o presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, na abertura do 26º Encontro Nacional dos Núcleos de Desenvolvimento Humano e Comitês Educativos, que foi realizado em Goiânia nos dias 17 e 18 de julho. Eudes Aquino ainda destacou a importância da qualificação dos profissionais. “Se os colaboradores estão qualificados, motivados e entendem o que precisam fazer nesta interação entre a Unimed e os clientes, o nível de qualidade, que é nosso maior diferencial, subirá muitos pontos”. O diretor de Marketing e Desenvolvimento da Confederação, Edevard J. de Araujo, também participou do evento e falou sobre a criação de ferramentas e

Abertura: Sizenando (esq.), Edevard, João Batista, Eudes, Ximenes e Januzzi

projetos que podem auxiliar as Unimeds na gestão de pessoas. “Nosso Núcleo de Desenvolvimento Humano é, talvez, o comitê mais antigo do Sistema. Estamos na fase das entregas de programas para colaboradores, para cooperados e para a comunidade”, afirmou, acrescentado que a meta é encontrar as melhores práticas e apresentá-las. Assim, quem quiser começar terá um referencial e não perderá tempo na busca de resultados. O presidente da Unimed Cer-

rado, José Abel Ximenes, comemorou a expressiva participação das Unimeds no encontro e ressaltou que o Núcleo de Desenvolvimento Humano está passando por um momento de expansão dentro do sistema, de acordo com o novo ordenamento que a Unimed do Brasil está propondo implementar. “A ideia é que saiam deste encontro diretrizes para nortear os núcleos pelo País”, disse. A mesa de abertura do 26º Encontro Nacional dos Núcleos

de Desenvolvimento Humano e Comitês Educativos, coordenado por Maike Mohr, gestora de Desenvolvimento Humano e Sustentabilidade, foi composta por Eudes de Freitas Aquino; Edevard J. de Araujo; José Abel Ximenes; Sizenando da Silva Campos Júnior, presidente da Unimed Goiânia; João Batista Caetano, presidente da Fundação Unimed, e Paulo Januzzi, diretor de Atenção à Saúde e Intercâmbio da Central Nacional Unimed (CNU).

Encontro de NDHs e Comitês Educativos debateu a unidade na diversidade O 26º Encontro Nacional dos Núcleos de Desenvolvimento Humano e Comitês Educativos foi promovido pela Unimed do Brasil com o apoio da Unimed Cerrado e contou com a participação de dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed de

todo o país. A partir do tema “Cooperativismo: unidade na diversidade”, o encontro debateu assuntos, como gestão de pessoas, relacionamento com os cooperados, clientes e colaboradores, governança e educação cooperativista. Os participantes puderam

saber mais e debater com renomados palestrantes o que vem sendo feito por grandes empresas, por exemplo, para atrair e reter novos talentos e promover o crescimento profissional de seus colaboradores. A importância das redes sociais no relacionamento com

o público foi outro tema em debate durante o encontro, que teve também a apresentação da parceria firmada na área educacional entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás e que está sendo ampliada para a oferta de novos cursos.


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DESENVOLVIMENTO HUMANO

Colaboradores participam de workshop sobre gestão por competências O novo modelo de gestão, que será implantado em 2015, tira o foco do cargo e valoriza as competências dos colaboradores O novo modelo de gestão de pessoas por competências, que será adotado pelo Sistema Unimed a partir de 2015, foi apresentado aos colaboradores da Unimed Cerrado em um workshop realizado pela Federação nos dias 7 e 8 de agosto. Os participantes foram agrupados em duas turmas e durante o workshop, com sete horas de duração, a Gerência de Recursos Humanos apresentou as trajetórias de carreiras no Sistema Unimed e o novo modelo de avaliação de desempenho. Esse modelo, elaborado em conjunto pela Unimed do Brasil, Unimed Cerrado e várias Singulares e Federações, rompe com o padrão tradicional de gestão de pessoas, tirando o foco do cargo

e valorizando as competências dos colaboradores. O novo Programa de Gestão de Competências do Sistema Unimed já tinha sido apresentado a técnicos da área de Recursos Humanos das Unimeds Cerrado, Catalão, Morrinhos, Regional Sul/Itumbiara e Rio Verde, no dia 16 de julho, durante a primeira reunião do Comitê Federativo de Recursos Humanos da Unimed Cerrado. Na abertura desta reunião, transmitida por videoconferência a todo o Sistema Unimed, o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, destacou a importância da valorização dos colaboradores e do trabalho em equipe. Ele também enfatizou a necessidade de todas as Singulares estruturarem seus setores de recursos humanos. Em seguida, a gerente de Gestão de Pessoas da Unimed do Brasil, Mônica Christina Souza Carvalho, apresentou o programa, orientando os participantes sobre a aplicação do projeto.

Ximenes: a importância da valorização dos colaboradores

Colaboradores: avaliação do novo modelo

Singulares já planejam a adoção do modelo Gerente de Recursos Humanos da Unimed Catalão, Patrícia Novaes do Amaral, conheceu o novo modelo de gestão de pessoas por competências e disse que a proposta vem contribuir com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Sin-

gular na área de recursos humanos. “Estamos estruturando a área de remuneração, cargos e carreiras e não vamos precisar começar do zero”, afirmou. Segundo Patrícia, a definição das competências e a padronização apresentadas

pelo novo projeto da Unimed do Brasil vão contribuir para que todas as Unimeds falem a mesma língua na área de recursos humanos. Gerente Administrativa da Unimed Morrinhos, Daniela Cunha de Oliveira, aprovou o

novo projeto. A Unimed Morrinhos conta atualmente com 16 colaboradores e um aprendiz e está implantando seu setor de recursos humanos. “Vamos aproveitar o novo modelo, que vem uniformizar o trabalho das Unimeds nesta área”, disse.

Saiba mais sobre o novo modelo O novo modelo de gestão de pessoas do Sistema Unimed vai integrar e padronizar as áreas de recursos humanos das 353

cooperativas médicas do Sistema, que contam com 75 mil colaboradores. O programa busca ampliar as oportunidades para

o desenvolvimento profissional dos colaboradores a partir de competências técnicas e comportamentais, intensificando a

qualidade do atendimento e partindo de três princípios básicos: trajetórias de carreira, níveis de complexidade e competências.

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MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO - PERSONAGENS

Tarciso Dagolberto Borges: “Tenho três paixões: a medicina, a docência e o cooperativismo” Nesta edição, o Projeto Memória do Cooperativismo conta a trajetória do médico Tarciso Dagolberto

Borges. A história de vida desse goiano de 63 anos, nascido em Catalão, se funde com a história do cooperativismo,

não só em Goiás, mas também no Tocantins e no Distrito Federal, onde, graças à visão estratégica e ao empenho

pessoal de líderes natos, o cooperativismo se consolidou. Na entrevista, Tarciso conta como foram a infância e a adolescência em Goiânia, as dificuldades para estudar e fala de suas três paixões: a medicina, a docência e o cooperativismo. Revela que se sente realizado nas três vertentes e adverte: a realização é pessoal, muito além do fator econômico. Ele fala também da importância da família, especialmente da companheira da vida inteira, Maria Luiza Borges, e dos amigos, que não são poucos.


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Vinda para Goiânia “Meu pai e minha mãe viviam na roça, na região de Catalão. Em 1952, vieram para Goiânia com a prole de dez filhos. Eles venderam a fazenda com a ideia de trazer essa prole maciça para estudar na capital. Na época em que fizeram isso, não era fácil a adaptação a uma vida diferente. Eles não estavam preparados para viver na cidade. Meu pai tentou vários negócios, que não deram certo. Vivíamos exclusivamente às expensas dele, que não tinha nenhuma experiência urbana. Para ele, a mudança foi sofrida e penosa. Para nós também. Dependíamos de escolas públicas, nunca estudamos em escola privada”. Vínculo com Campinas “Estudei na Escola Paroquial Nossa Senhora da Conceição. De lá, fui para o Pedro Gomes, onde fiz o ginásio e o científico. Desde quando chegamos a Goiânia, a família morou no mesmo endereço, Avenida Pará, número 39. Só saí de lá quando me casei. Minha mãe faleceu há quatro anos, mas tenho duas irmãs que vivem lá. Pelo menos uma vez por semana vou visitá-las”. Ligação com a UFG “Minha história com a Universidade Federal de Goiás (UFG)

tem uma característica interessante. Fiz os seis anos da Faculdade de Medicina lá. Entrei em 1971 e me formei em 1976. Lá mesmo fiz minha residência, em Ginecologia e Obstetrícia, que terminei em 1978. Ao término da residência, houve um concurso para professor, fiz e fui aprovado. Estou lá há 43 anos, desde quando entrei como estudante. Eu poderia ter me aposentado há seis anos, mas a coragem para fazer isso ainda é pouca. É uma ligação muito forte, a UFG é uma das minhas paixões”. A vocação para a medicina “Sempre quis ser médico, desde criança. Eu fazia faculdade à noite e tinha de trabalhar durante o dia. A família, sem grandes condições, necessitava. Como sempre gostei da área de ensino, dava aulas para o segundo grau. Um dos locais era o Atheneu Dom Bosco. Só deixei de dar essas aulas quando me formei, porque aí não justificava mais. A docência é outra de minhas paixões”. As paixões “Posso dizer que tive e tenho três paixões: ser médico, a docência e o cooperativismo. Em todas, estou muito feliz e realizado. Agradeço tudo o que eu tenho como professor, como médico e como cooperativista. E quando falo em

tudo o que tenho, não me refiro só ao aspecto econômico. É também pela realização profissional e pelo grande círculo de amizades. Tenho muito orgulho de meus ex-alunos, muitos deles com grande projeção nacional e até internacional. Posso me arriscar a dizer que sou uma pessoa realizada”. A família “Esse é outro grande fator de realização pessoal. Constituí minha família, acabo de formar minha última filha. Tive uma base familiar muito forte e me sinto realizado. Sou casado com Maria Luiza Borges desde 28 de agosto de 1978. É uma companheira que me ajudou muito e que soube entender as dificuldades da vida de médico, de professor e de cooperativista. Foram muitas ausências, em função dos plantões médicos, das viagens implantando cooperativas e de congressos. Ela sempre esteve muito presente e soube entender esses momentos, conduzindo de forma harmônica e muito estável. Temos três filhos: Leandro Dagolberto, médico veterinário, Letícia Borges, médica, e Viviane, que também se formou em Medicina Veterinária. Prezo muito a convivência familiar, tanto ascendente, com meus irmãos, dos quais nove estão vivos, e também descendente. E com os netos. Sou um vovô coruja”. O cooperativismo “Comecei a atuar nessa seara a convite do fundador da Unimed Goiânia, José Mário de Freitas, em 1978. Ele me convidou a participar dos conselhos e, depois, assumi diretoria com o José Abel Ximenes. Começamos, naquela época, a grande caminhada do cooperativismo, implantando a doutrina, a cultura. Não era tão simples. Não havia videoconferências, tudo era presencial. E não havia dinheiro. Tudo era feito às nossas expensas. Rodávamos o Estado em nossos carros, Fuscas e Chevettes. Participei da criação de 15 das 18 Unimeds de Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Mas na grande maioria dos

locais onde íamos falar, encontrávamos resistência de colegas que achavam que o cooperativismo concorreria com a clientela particular. O tempo mostrou que não era isso, os resultados foram excelentes e o cooperativismo está consolidado como sistema”. Unimed Cerrado “Participei da criação da Federação das Unimeds de Goiás e Tocantins, a Unimed Cerrado, onde trabalhei por muito tempo, assumi diretorias e a presidência. Eu a deixei em 2006, quando encerrei meu vínculo com o cooperativismo de trabalho e comecei a atuar com o cooperativismo de crédito.” Unicred “É uma cooperativa de crédito, uma instituição financeira, que presta todos os serviços de qualquer instituição financeira, com a diferença de que elas separam sócios e proprietários e na cooperativa todos são associados. É uma forma diferente de organizar a estrutura de capital. Temos aqui financiamentos a hospitais, clínicas, aquisição de aparelhos. É outra vertente, outra forma de atuar, mas de fundamental importância”. Sonho “Podemos dizer que as experiências socialistas ruíram e que há vários sinais de que o capitalismo está se esgotando. Chego a acreditar que o cooperativismo pode vir a se tornar um regime social, a tratar as pessoas de forma mais solidária, atribuindo mais valor a elas. Mas isso é coisa de um romântico apaixonado pelo cooperativismo. Isso é um sonho a ser concretizado pelas futuras gerações.” Sentimento “O maior fruto que levo de tudo isso é a sensação de dever cumprido. Outro resultado, que não tem preço, é o grande número de amigos leais e sinceros que conquistei como médico, professor e cooperativista”. (Texto/Edição: Carla Borges/ Rosane Rodrigues da Cunha)

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ENTREVISTA – Danúbio Antonio de Oliveira

“Precisamos fortalecer a integração entre as Unimeds” Em abril, o médico Danúbio Antonio de Oliveira assumiu pela segunda vez consecutiva a Diretoria Administrativa-Financeira da Unimed Cerrado. Nesta gestão 2014/2018, o cargo ocupado por ele nos últimos anos ganhou mais uma atribuição, passando a agregar também a área de Regulação. Formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás, com residência médica em

Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva também na UFG, especialista em Gestão Estratégica de Marketing pela Universidade Estadual de Goiás e em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, o novo diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação da Unimed Cerrado é também membro do Conselho de Administração da

Unicred Centro Norte Brasileira, presidente por três mandatos da Unimed Anápolis, ex-presidente da Associação Médica de Anápolis, ex-diretor Administrativo da Unimed Centro-Oeste e Tocantins e professor de medicina da Faculdade UniEvangélica de Anápolis. Nesta entrevista, ele fala um pouco sobre o trabalho na diretoria da Unimed Cerrado e destaca a necessidade de união do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins e em todo o Centro-Oeste. A diretoria que o senhor já representava foi ampliada nesta gestão com a criação da parte de Regulação e foi criada também a Diretoria de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional. O que essa nova diretoria representa para a Federação e para as Singulares? Para a Federação, de forma geral, representa um ganho importante, pois vai distribuir melhor as atividades. Com o crescimento da Federação, o volume de trabalho vem aumentando nos últimos anos e essa mudança estrutural vai melhorar a administração. Com a criação também da Diretoria de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional e a atuação do companheiro Walter Cherubim Bueno, acredito que teremos uma divisão melhor dos trabalhos com melhores resultados para a Federação e para as Singulares.

Que avaliação o senhor faz da posse, em abril, até aqui. O que já foi feito e quais são os principais desafios desta gestão? Muito já foi feito, apesar do pouco tempo. Estamos reestruturando o programa de trabalho com a vinda do novo diretor, mas já demos grandes passos. Quanto aos desafios, o maior é trabalhar a integração entre todas as filiadas e buscar a unidade da região. O momento atual exige muita união, não podemos andar na direção contrária. Precisamos da integração não só da nossa região (Goiás, Tocantins e Distrito Federal), mas de todo o Centro-Oeste. Fortalecer essa integração é o desafio maior. Como está a relação entre a Unimed Cerrado e os outros Estados do Centro-Oeste? O relacionamento é muito bom, no entanto, acredito que ainda precisamos estar mais próximos, discutindo as grandes questões do cooperativismo em nossa região. No passado recente, já tivemos uma cooperação maior entre os Estados, agora essa integração está mais lenta e precisamos estar próximos, pois os desafios são muitos, os problemas são vários e precisamos discuti-los entre os representantes da região. Os problemas enfrentados pelo cooperativismo no Centro-Oeste diferem dos de outras regiões ou são similares? Não há grandes diferenças em termos nacionais. Normalmente, os problemas são parecidos. O grande problema que temos hoje é a sinistralidade constante, que tem aumentado cada vez mais, e precisamos nos unir e trabalhar em conjunto para buscarmos uma solução.


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ENTREVISTA – Walter Cherubim Bueno

“As Singulares terão a satisfação de serem filiadas a uma grande Federação” A atual estrutura administrativa da Unimed Cerrado conta com uma nova diretoria, a de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional. Para o cargo, foi eleito, em março, o médico ortopedista e traumatologista Walter Cherubim Bueno. Formado em medicina pela Universidade Federal de Uberlândia, pósgraduado em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, ele é cooperado da Unimed Morrinhos desde 1997. Entre 2000 e 2002, foi conselheiro vogal desta Singular goiana. Nesta entrevista, Walter Cherubim Bueno, que também é vice-presidente da Unimed Morrinhos desde 2003 e membro efetivo da Câmara Arbitral da Unimed do Brasil desde 2013, fala sobre o trabalho da nova diretoria, que inclui visitas e contatos mais diretos com as Singulares. O senhor assumiu uma nova diretoria, recém-criada, e que tem um papel fundamental na relação entre a Unimed Cerrado e as Singulares federadas. Como está sendo de-

senvolvido esse trabalho? Quando recebemos o convite para assumir essa nova diretoria, o foco principal era aproximar mais as Singulares da Federação, superando as distâncias físicas e buscando conhecer as verdadeiras necessidades de cada cooperativa. Minha origem é de uma Unimed pequena, a Morrinhos, onde tivemos e ainda temos muitas dificuldades e percebemos que, mesmo com o trabalho que realiza, a Federação não consegue contemplar todas as nossas necessidades. Então, estamos trazendo para a Federação a experiência que adquirimos ao longo dos anos em uma Unimed pequena e estamos criando um protocolo para darmos assistência em todas as necessidades das Unimeds. Vamos ampliar o atendimento não só às Unimeds pequenas, mas também às médias e grandes, pois os desafios e problemas acabam sendo quase os mesmos. Quais são os problemas mais comuns? São, principalmente, os relacionados à parte regulatória, à parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e à parte jurídica, pois, infelizmente estamos passando por um processo de judicialização muito grande. Apesar de já contarmos com o trabalho do Centro Jurídico Compartilhado (Cejur), as Singulares ainda enfrentam problemas nesta área. Têm dificuldades ainda na parte de vendas, de mercado e também contábil. Algumas têm dificuldade para conseguir os registros definitivos na ANS. Nestes três meses que estamos à frente da diretoria, já conseguimos, junto com a Assessoria Jurídica, avançar neste processo de registro das Singu-

lares. Um exemplo é a Unimed Caldas Novas, que já conseguiu seu registro definitivo. Como será intensificado o contato com as Singulares? Nosso projeto é visitar todas as Singulares, fazer uma visita técnica, pesquisar o que estão precisando, o que necessitam. Com isso, não pretendemos só levar nosso conhecimento e aprendizado, mas também aprender com as Singulares, ter um feedback importante. Acreditamos que essa aproximação e esse intercâmbio de conhecimentos e informações vão fortalecer a Federação e sua representatividade como cooperativa de segundo grau e as Singulares terão a satisfação de serem filiadas a uma grande Federação. Outra função importante da diretoria de Integração Co-

operativista está relacionada à medicina preventiva e à assistência integral à saúde, que estão muito em foco agora. Quais as novidades para essa área? A medicina preventiva e a assistência integral à saúde são a bola da vez. Estamos iniciando esse trabalho e junto com as filiadas queremos realizar projetos-piloto em pequenas Singulares, principalmente com ações de medicina preventiva, reabilitação e atendimento ambulatorial a pacientes diabéticos, hipertensos, obesos e outros. Também queremos desenvolver em conjunto com todas as Singulares ações visando melhorar a qualidade de vida dos nossos clientes, reduzir a hospitalização e os gastos com a medicina curativa. Temos um investimento maciço a fazer na medicina preventiva.


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Agosto 2014

ENTREVISTA – José de Oliveira e Silva

“Nossa meta é atingir o máximo em relação à qualidade do atendimento e às vendas” Formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás, o cirurgião geral José de Oliveira e Silva assumiu, em abril, a diretoria de Mercado da Unimed Cerrado. Entre as atribuições do novo cargo está a coordenação do trabalho da operadora Unimed Cerrado,

responsável pelas carteiras das Unimeds Goianésia, Norte Goiano (Uruaçu), Porangatu e Vale do São Patrício (Ceres). Especialista em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, ex-presidente e tesoureiro da Associação

Médica de Goiás - Regional de Uruaçu e presidente da Unimed Norte Goiano, José de Oliveira iniciou seus trabalhos por uma pesquisa detalhada do mercado. Ele quer saber como estão as vendas, o atendimento aos clientes e a rede prestadora. Nesta entrevista, o diretor conta o que já observou e fala sobre as metas da diretoria. Quais são as metas da Diretoria de Mercado nesta gestão? Estamos conhecendo primeiramente o mercado, buscando entender como funciona realmente a operadora. A cada dia, temos reuniões mais específicas para entender o papel da operadora e vamos reestruturar toda a parte de vendas, de coordenação e mercado. Estamos preocupados e queremos saber como estão as vendas, o atendimento aos clientes e a rede prestadora, pois não adianta querer vender se não tivermos uma rede prestadora, pois é ela que vai nos dar o suporte para a comercialização dos planos de saúde e mais credibilidade para negociarmos essas vendas. Estamos trabalhando e nossa meta é atingir o máximo em relação à qualidade do atendimento e às vendas. Já é possível falar em algum plano novo para os clientes? Ainda não. Estamos trabalhando com os planos aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A mudança que fizemos recentemente foi em relação aos planos de pessoa ju-

rídica, que hoje pode ser feito por grupos de três pessoas e antes trabalhávamos com grupos 10, 20, 50 pessoas. Facilitamos o ingresso dos clientes nesta categoria de planos. Hoje, qual é o maior desafio da operadora Unimed Cerrado? O desafio mais importante é reestruturar a rede de atendimento. Temos muitas queixas em relação não só à carência de médicos especialistas, mas também à escassez de médico clínico para atender. Faltam dermatologistas, oftalmologistas, mas nestas áreas as queixas são pequenas. As reclamações maiores são em relação ao atendimento clínico. Faltam clínicos para atender bem, com presteza e com disponibilidade para a marcação de consultas. Esses problemas deixam o cliente insatisfeito e precisamos saná-los. Essa escassez de médicos em algumas especialidades e em algumas regiões é uma queixa nacional. Já é possível vislumbrar uma forma de resolver esse problema? Já. O que temos de proposta para o Norte goiano, que é a região à qual a operadora está ligada, é construir uma rede própria. Essa é uma vontade, um desejo e um planejamento nosso. Já conversamos com o diretor de Mercado da Central Nacional Unimed, que tem muitos clientes na região, para fazermos uma parceria e montarmos uma rede própria, pois não adianta querermos vender planos se não temos uma rede de assistência. Essa é uma preocupação, um projeto, mas não depende só de nossa diretoria. É um esboço, ainda depende de recursos financeiros, de estudos.


Agosto 2014

13.

SUSTENTABILDIADE

A conquista do ouro no Selo Unimed de Sustentabilidade 2014 A Unimed Cerrado ampliou suas ações de gestão sustentável, avançou na pontuação e conquistou o Selo Ouro de Sustentabilidade 2014 A Unimed Cerrado obteve o Selo Ouro de Sustentabilidade 2014, avançando na pontuação em relação ao selo alcançado em 2013. Segundo a Unimed do Brasil, a conquista revela que a Unimed Cerrado “assimilou o conceito da gestão sustentável e boa parte de seus processos reflete sua implan-

tação, havendo planejamento e monitoramento das ações”. Em sua 12ª edição, o selo, criado em 2003 pela Unimed do Brasil, reconhece as cooperativas do Sistema Unimed que incorporam os temas essenciais da sustentabilidade em sua gestão, nos âmbitos social, econômico e ambiental, alinhando-se às principais tendências de mercado para operadoras de planos de saúde somadas às especificidades das características do cooperativismo. A nova certificação foi comemorada pela Unimed Cer-

rado, que tem neste selo um incentivo para continuar trabalhando com foco na sustentabi-

lidade e na gestão socialmente responsável, princípios do cooperativismo.

No Dia C, Unimed Cerrado leva diversão a crianças de Goiânia A participação da Unimed Cerrado no Dia C (Dia de Cooperar), realizado em 6 de setembro, proporcionou uma manhã especial a um grupo de meninas e meninos atendidos pelo Centro de Valorização da Mulher (Cevam), entidade goianiense que há 32 anos presta assistência a mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência, abusos e abandono. Durante toda a manhã, o grupo formado por cerca de 40 crianças participou de um passeio no zoológico de Goiânia. A aventura foi acompanhada por colaboradores da Unimed Cerrado, que voluntariamente abraçaram o Dia C, um projeto de cooperação, voluntariado e ação social coordenado pelo Sistema

OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e que aconteceu simultaneamente em 24 Estados. Em Goiás, o projeto envolveu cerca de 40 cooperativas. As crianças beneficiadas pelo trabalho da Unimed Cerrado receberam informações sobre os animais em cativeiro, visitaram os recintos, brincaram e encerraram a manhã com um grande piquenique no parque. Além desta ação, que levou alegria e diversão a esses meninos e meninas, a Unimed Cerrado promoveu uma campanha para a arrecadação de produtos de higiene pessoal, que foram entregues ao Cevam, entidade já beneficiada pela Federação com outras doações e ações sociais.

Dia C: passeio no parque e doação


14.

Agosto 2014

SINGULARES EM FOCO

Unimed Morrinhos adere ao SAC e Ouvidoria da Unimed Cerrado Os dois serviços, que estão disponíveis para a adesão de todas as Singulares federadas, reforçaram a comunicação entre a Unimed Morrinhos e seus beneficiários Desde o dia 29 de julho, a Unimed Morrinhos está oferecendo aos seus clientes os serviços de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e Ouvidoria. A abertura destes canais, que vêm ampliar a comunicação entre a Unimed Morrinhos e seus usuários, foi possível após a adesão da Singular aos serviços de Ouvidoria e SAC prestados às federadas pela Unimed Cerrado. Agora, através do telefone 0800 642 1630, o beneficiário da Unimed Morrinhos poderá acessar o SAC, esclarecer dúvidas e consultar a situação dos procedimentos solicitados, como autorização e liberação de exames e cirurgias. O atendimento funcio-

na 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana. Através do serviço de Ouvidoria, os usuários da Unimed Morrinhos podem fazer reclamações, apresentar sugestões e elogios. Basta ligar para o 0800 642 1660, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. “Essas são maneiras de garantir maior segurança e comodidade aos nossos beneficiários. Com essas ferramentas o usuário do nosso plano de saúde poderá acompanhar de perto o andamento de todos os procedimentos que terá de fazer”, disse Francisco Martins da Silva, presidente da cooperativa. Além da Unimed Morrinhos, os serviços de Atendimento ao Consumidor e de Ouvidoria oferecidos pela Unimed Cerrado já são utilizados pelas Unimeds Anápolis, Araguaína, Caldas Novas, Catalão, Gurupi, Mineiros e Vale do Corumbá (Ipameri). Os serviços estão disponíveis a todas as Singulares federadas.

Francisco Martins da Silva: oferta de maior segurança e comodidade aos beneficiários

José Abel Ximenes visita obras da Unimed Morrinhos O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, visitou, no dia 21 de agosto, as futuras instalações da Unimed Morrinhos. Ele conheceu de perto o projeto onde vão funcionar o laboratório, salas de psicologia, fisioterapia e medicinas preventiva e ocupacional. O presidente da Unimed Morrinhos, Francisco Martins da Silva, mostrou o andamento das obras e contou como serão oferecidos os serviços. Ximenes ressaltou ser um motivo de satisfação visitar a Singular. “Acompanho a cooperativa desde o início e ver sua expansão é gratificante. Os co-

operados têm um espírito inovador que vem agregar novos valores, principalmente com a implantação de novos serviços através dessa reestruturação. O desenvolvimento da área de saúde ocupacional vai contribuir, e muito, com o setor social que, é prioridade do cooperativismo. A Unimed Morrinhos é um exemplo para a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins”, disse, parabenizando a todos os cooperados e colaboradores pelo trabalho prestado. (Com informações: Assessoria de Imprensa/Unimed Morrinhos).

Francisco Martins da Silva (esq.), Rafael Ximenes e José Abel Ximenes: visita às obras da Unimed Morrinhos


Agosto 2014

15.

SINGULARES EM FOCO

Unimed Catalão cumpre 100% das exigências da ANS Relatório da Strategy Consultoria constatou que a cooperativa cumpriu todos os prazos definidos pela ANS para o envio de informações A Unimed Catalão cumpriu a totalidade de suas obrigações junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foi

o que constatou o Relatório de Acompanhamento das Obrigações ANS elaborado pela empresa Strategy Consultoria após a análise do cumprimento pela cooperativa dos prazos para o envio regular de informações à agência. Os consultores analisaram o período entre agosto de 2013 e julho de 2014 e constataram que a Unimed Catalão atendeu

100% das exigências referentes ao Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Informações de Produtos (SIP), Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (Diops), Procedimentos Previamente Acordados (PPA) e Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Foi recomendado que a ope-

radora mantenha a forma efetiva como vem tratando o cumprimento das obrigações junto à ANS a fim de evitar multas, transtornos e intervenções por parte da agência. O presidente Rogério José dos Reis observou que esse resultado reflete o bom trabalho da Unimed de Catalão em busca do crescimento sustentável e respeitando as leis regulamentares.

Unimed Araguaína inaugura nova sede e inicia implantação de gestão da qualidade Reformada e ampliada, a nova sede da Unimed Araguaína foi reinaugurada no dia 4 de julho com uma festa que reuniu cooperados, colaboradores, lideranças do setor cooperativista, o presidente da Singular, Luiz Carlos de Oliveira, o diretor de Integração e Desenvolvimento Institucional da Unimed Cerrado, Walter Cherubim Bueno, e o gerente geral da Federação, Helson Mauro Stumpf. Com sede nova, a Unimed Araguaína iniciou também mais uma etapa na modernização de seu funcionamento com a implantação de um novo sistema de gestão. O trabalho deve ser concluído até o início de 2015. O objetivo é melhorar a qualidade, produtividade e competitividade da cooperativa tocantinense e alcançar a certificação ISO 9001 com a adoção de padrões que proporcionem o desenvolvimento organizacional da cooperativa, mudanças de comportamento e de gestão. Para assessorar seus dirigentes e colaboradores na implantação dos processos de gestão da qualidade, a Unimed Araguaína contratou a empresa Ampliar Assessoria em Desenvolvimento Humano. A primeira etapa dos trabalhos da assessoria teve início com a apresentação do projeto à diretoria e colaboradores. A segunda fase, em andamento, inclui reuniões entre os técnicos da Ampliar Assessoria e todos os colaboradores e dirigentes envolvidos no processo.

Nova sede: inauguração

Implantação de novo sistema de gestão: a busca da qualidade total


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Agosto 2014

ARTIGO - LENA CASTELLO BRANCO

Sobre medos e pestes

* Lena Castello Branco Ferreira de Freitas é doutora em História, professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás, sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. (lenacastelo@uol.com.br)

Nos últimos meses, temos acompanhado o noticiário sobre o aumento de casos de ebola – que hoje somam mais de mil vítimas fatais, em quatro países da África ocidental. Recentemente, morreu o primeiro europeu atingido pela doença, um padre espanhol, que fora levado para Madri, mas não resistiu. A sensação é de impotência diante da ameaça de propagação do mal, embora técnicos e especialistas afirmem que tudo está sob controle, porquanto a contaminação somente se dá pelo contato direto com doentes – e estes estão isolados em vilas e povoados rurais da Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Sabe-se, entretanto, que não existem remédios para a doença, em si, mas tão somente para combater os sintomas; também não há vacinas. Um tratamento experimental acha-se em fase de testes em laboratórios nos Estados Unidos; noticia-se que começou a ser testado nas populações africanas afetadas. Certo é que, neste nosso tempo de maravilhas científicas e sofisticadas tecnologias, o medo da peste ainda nos assombra.

Imaginemos o que acontecia com as pessoas que viveram na Idade Média, diante da peste bubônica que assolou a Europa, a partir do século 14. Transmitida pela pulga que habitava roedores contaminados – como o ratus ratus, de cor escura, proveniente da Ásia – a peste negra matou cerca de 75 milhões de pessoas, um terço da população. Sucederam-se ondas da pandemia, atingindo grandes, e pequenas cidades e até mesmo o campo, levando o pânico às populações. Eram tantos os mortos, que pilhas de cadáveres permaneciam insepultos, não havendo quem se arriscasse a enterrá-los, pelo que eram queimados. Como profilaxia, tentava-se a quarentena, ou seja, o isolamento das regiões atingidas, o que às vezes funcionava, ainda que precariamente.

Neste nosso tempo de maravilhas científicas e sofisticadas tecnologias, o medo da peste ainda nos assombra

Na aflição e no desespero, recorria-se à religião e à devoção, através de orações, bentinhos, medalhas e verônicas, que deveriam atuar tanto de forma preventiva como curativa, afas-

tando a doença ou propiciando a cura. Havia também celebrações de grande apelo sensorial, marcadas por paramentos solenes, cânticos, badalar de sinos, incensórios e homilias, com exortações para que os fiéis renunciassem ao pecado e se penitenciassem, passando a seguir efetivamente os preceitos da Igreja de Cristo. Missas, novenas e procissões funcionavam como rituais de catarse coletiva, quando os fiéis se colocavam sob a proteção de Deus e dos santos, com destaque para São Sebastião. Dele, consta que foi um soldado e mártir cristão que, morto a flechadas, teve seu corpo atirado à Cloaca Máxima, um dos pútridos esgotos de Roma. Retirado por uma piedosa mulher que o tratou, sobreviveu às feridas e à contaminação – estaria aí a explicação para a força de sua proteção contra as pestes? Esclareça-se, porém, que voltaria a ser martirizado, sendo morto à força de pancadas e pedradas. Na Europa Central, ergueram-se monumentos denominados Colunas da Peste, ainda hoje existentes. São altas colunas de pedra, enfeitadas com detalhes ornamentais e encimadas pela estátua de um santo – a quem se agradece por ter afastado a peste, ou por tê-la tornado menos mortífera. A mais conhecida dessas colunas é a de Olomouc (Olmutz, em alemão), capital da Morávia, na República Tcheca. Localizada em uma praça, a majestosa Coluna da Santíssima Trindade tem nas laterais esculturas alegóricas e detalhes em estilo barroco; foi erguida em agradecimento à Santíssima Trindade, pela proteção dada à cidade durante a peste que grassou na região, na primeira metade do século 18. Em dias recentes, a Unesco a incluiu

no rol dos monumentos declarados Patrimônio da Humanidade. Embora tão distante de nós, a Coluna da Peste de Olomouc guarda particular interesse para Goiás: a imagem da Santíssima Trindade que a encima é quase idêntica àquela que é venerada na Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade. De fato: ali estão o Pai (um venerável ancião), o Filho (Jesus Cristo adulto) e o Espírito

Embora tão distante de nós, a Coluna da Peste de Olomouc guarda particular interesse para Goiás: a imagem da Santíssima Trindade

Santo (sob a figura de uma pomba). De que maneira e por quais caminhos terá essa representação escultórica chegado às mãos do agricultor Constantino Xavier e sua mulher, que a encontraram em um humilde medalhão de barro, às margens do córrego Barro Preto? Com o detalhe de que milhões de romeiros que convergem para Trindade vêm pedir a intercessão divina para resolver problemas de saúde – ou agradecer o benefício de alguma graça ou milagre que os curou. Tal como nas Colunas da Peste.

Unimed Cerrado – Rua 8-A, 111, Setor Aeroporto, Goiânia-GO, CEP 74075-240


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