r e v i s ta
www.unimedcerrado.com.br • Nº 81 • Ano XXI • Novembro | 2017
INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DAS UNIMEDS DOS ESTADOS DE GOIÁS E TOCANTINS E DO DISTRITO FEDERAL
Os 23 anos
e o crescimento da Federação
A Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal completou 23 anos e segue crescendo, cumprindo sua missão de representar, unir e fortalecer o Sistema Unimed na região. Conheça um pouco da história da criação, do trabalho, conquistas, desafios, superações e pioneirismo da Federação e sua contribuição para a construção e o desenvolvimento das Unimeds e do cooperativismo na região.
Sucesso
Personagem
A intercooperação entre a Federação das Unimeds e a Bordana
Raimundo Nonato Leite Pinto: medicina e cooperativismo
ÍNDICE
Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal – Unimed Cerrado Rua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO) CEP 74075-240 Fone/fax (62) 3221 5100 www.unimedcerrado.com.br
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DIRETORIA
Federação: Ontem e hoje
Diretor Presidente: José Abel Ximenes Diretor AdministrativoFinanceiro e de Regulação: Danúbio Antonio de Oliveira
Um pouco dos 23 anos de trabalho da Federação em prol do cooperativismo
Diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional: Walter Cherubim Bueno
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Diretor de Mercado: José de Oliveira e Silva
Bordana A intercooperação entre a Federação e a cooperativa de bordadeiras
Unimed Cerrado em Foco Número 81 Ano XXI Novembro/2017
Edição: Santa Inteligência Comunicação Jornalista Responsável: Rosane Rodrigues da Cunha - MTb 764/JP Fone (62) 9 9903 0935 santainteligencia@terra.com.br Redação: Renato Rodrigues e Rosane Rodrigues da Cunha Fotos: Unimed Cerrado e Unimed do Brasil
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Personagem
Participe
Raimundo Nonato Leite Pinto em Memória do Cooperativismo
XXII Sueco e VII Simpósio Unimed
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Matérias assinadas e opiniões em entrevistas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a posição de Unimed Cerrado em Foco
PALAVRA DO PRESIDENTE
Parabéns à Federação e obrigado a todos Em 2017, além dos 50 anos de criação do Sistema Unimed, comemoramos também 23 anos de fundação da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal. É com muita honra que afirmo fazer parte de cada minuto da história desta cooperativa criada para unir, representar, apoiar as Unimeds goianas e tocantinenses e incentivar o desenvolvimento do Sistema Unimed e do cooperativismo em nossa região. Avaliando esses 23 anos da Federação é possível ver que sua missão foi e vem sendo cumprida com muito trabalho, superações, cooperação e pioneirismo. Nesta edição especial do jornal Unimed Cerrado em Foco, o leitor encontrará um pouco da história dessas mais de duas décadas da Federação. À frente da presidência desta cooperativa na atual gestão e em outras passadas, tenho muito o que agradecer a todos que junto comigo construíram essa história. Um trabalho que começou bem antes daquele 7 de julho de 1994, data da fundação da nossa Federação. Para entender o começo desta história, é preciso voltar um pouco mais no tempo. O ano é 1979, quando ingressei como cooperado da Unimed Goiânia, a primeira cooperativa do Sistema Unimed em Goiás, criada no ano anterior. Dez anos depois, assumi a presidência da cooperativa por três mandatos consecutivos, cumpridos entre 1990 e 1995. Neste período, a Unimed Goiânia saltou de 350 cooperados para 1.350 e de 20 mil clientes para 150 mil. Um crescimento que mexeu com o mercado de planos de saúde em Goiás, acirrou a concorrência e nos permitiu crescer mais, firmando um contrato histórico com a Caixa de Empregados da Saneago (Caesan), a empresa de saneamento básico de Goiás. Com clientes em Goiás e no Tocantins, esse contrato foi decisivo para a criação de novas Unimeds nos dois Estados. Na época, início da década de 1990, havia apenas três Unimeds em Goiás: Goiânia, Catalão e Anápolis. Para atender aos clientes da Caesan, investimos na criação de novas Unimeds, que assegurariam a assistência a esses beneficiários. Teve início, então, um intenso trabalho de orientação, esclarecimento e convencimento dos colegas do interior sobre a importância da criação de cooperativas médicas. A tarefa não foi fácil. Em alguns lugares, a comitiva formada por mim e por grandes lideranças do setor cooperativista, como o fundador do Sistema Unimed, Edmundo Castilho, era recebida com ”honras de Estado”. Em outros, nos deparávamos com a resistência dos colegas médicos. Mas, vencemos e juntos, neste período, ajudamos a fundar a maioria das Unimeds de Goiás e do Tocantins. Em 1994, já contávamos com 14 Unimeds. Para representar e
Nossa Federação teve conquistas e desafios e soube comemorar os primeiros e superar os segundos” integrar essas cooperativas, precisávamos de uma Federação e, assim, foi criada a nossa Regional, que nasceu na sede da Unimed Goiânia. Nos anos seguintes, outras Unimeds foram criadas e nossa Federação serviu de exemplo para a criação de federações no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que fortaleceu, ainda mais, o Sistema Unimed no Centro-Oeste. Como toda instituição, independentemente de sua área de atuação, nossa Federação teve conquistas e desafios e soube comemorar os primeiros e superar os segundos. Agradeço a cada cooperado, dirigente, colaborador e cliente que participou desta luta ao nosso lado. Em março de 2018, encerro meu mandato na atual gestão e não mais serei candidato à diretoria da Federação. Despeço-me com a alegria de ter contribuído para a construção de mais um importante capítulo da história do cooperativismo em nossa região e com a certeza de ter feito o melhor para o Sistema Unimed como um todo, especialmente para as Unimeds de nossa área de atuação. Afastome da diretoria, mas jamais do cooperativismo, um sistema no qual acredito e pelo qual seguirei trabalhando. Boa leitura e saudações cooperativistas,
José Abel Ximenes
Presidente da Unimed Cerrado Novembro | 2017 • Ano XXI • Nº 81 • UNIMED CERRADO EM FOCO
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ONTEM E HOJE
Federação GO|TO|DF: 23 anos em prol do cooperativismo e do sistema Unimed A força do Sistema Unimed na região Centro-Oeste tem, sem dúvida, a marca da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal
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undada em 7 de julho de 1994, a cooperativa de segundo grau Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal vem, há 23 anos, trabalhando para unir, integrar, estimular o desenvolvimento e representar as Unimeds da região e, ainda, incentivar e apoiar a criação de novas cooperativas de trabalho médico em sua área de atuação, contribuindo para o fortalecimento de todo o Sistema Unimed e de outras cooperativas, até mesmo de outros ramos da economia. A Federação nasceu do trabalho desenvolvido por ex-dirigentes da Unimed Goiânia, a primeira do Sistema Unimed em Goiás, e com o apoio decisivo de inúmeros médicos da capital e do interior de Goiás e do Tocantins. Movidos pelo ideal associativista, eles buscaram colocar em prática o compromisso assumido perante o movimento cooperativista de difundir a sua doutrina no meio médico e expandir a rede de cooperativas Unimeds por esta vasta região do território brasileiro. No início, os obstáculos eram muitos e maiores que os existentes hoje. O maior deles foi a oposição ao novo. “A resistência à mudança é
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uma característica inerente à pessoa humana, some-se a isto a resistência daqueles, geralmente os detentores do poder econômico e político, que viam no cooperativismo uma ameaça a seus interesses”, lembra o presidente e fundador da Federação, José Abel Ximenes. Segundo ele, não é e nunca será fácil, em uma sociedade como a nossa, difundir uma doutrina que prega a valorização do trabalho e não apenas do capital; a cooperação ao invés da competição; a solidariedade humana ao invés do individualismo egoísta; a negociação ao invés da imposição; a descentralização ao invés da centralização do poder de decisão e mando; a busca de uma prática médica voltada para os interesses dos médicos e pacientes ao invés da busca gananciosa do lucro desmedido; a defesa de uma medicina ética ao invés de uma medicina mercantilizada, onde doentes e médicos não passam de meios para a obtenção de polpudos resultados financeiros. Para o presidente, os maiores obstáculos sempre foram os ligados à necessidade de mudanças de mentalidade e postura da categoria médica frente a esta nova proposta de organização do trabalho médico. ”O interessante é que
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estes obstáculos, quase sempre, não são os primeiros a serem percebidos. Fala-se muito, ao pensar em se fundar uma nova cooperativa, na escassez de recursos materiais e financeiros; nas dificuldades operacionais e administrativas; na falta de mercado, dentre outros”, observa. Em 2004, com aprovação do Conselho Federativo (formado por presidentes de todas as Unimeds federadas), passou a atuar também como operadora de planos de saúde, assumindo as carteiras das quatro Unimeds da região norte de Goiás (Unimeds Goianésia, Norte Goiano, Porangatu e Vale do São Patrício). Em 1º de janeiro próximo, a Federação e a Operadora serão desmembradas.
O SISTEMA UNIMED NA REGIÃO
Multiplicando os princípios cooperativistas A Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal nasceu sob a égide dos princípios cooperativistas, que devem ser constantemente relembrados, cultivados e difundidos. Hoje, a Federação é uma multiplicadora moderna dos valores propugnados pelos pioneiros de Rochdale na, Inglaterra, que nos idos de 1827 já acreditavam na cooperação como instrumento de transformação social através das transformações econômicas, tendo como pedra angular a valorização do trabalho. “Estamos plenamente convencidos de que o grande mérito do cooperativismo não é o de proporcionar um maior ganho financeiro ao médico, de melhorar a sua capacidade de se inserir e competir dentro do mercado de trabalho, mas o de estar contribuindo para promover uma mudança de mentalidade profunda da classe médica quanto ao seu papel dentro da organização social carente de uma ação transformadora que nos permita sonhar com uma sociedade mais justa, mais humana, mais solidária e mais saudável em todos seus aspectos”, diz o presidente.
apoio à criação e ao desenvolvimento das
Unimeds federadas Dentro de sua filosofia de trabalhar para a expansão do cooperativismo médico em sua área de abrangência, a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal não mediu esforços para estimular a criação de novas singulares onde elas se mostraram viáveis. Foi um trabalho criterioso, com a Federa-
ção oferecendo às novas Unimeds toda a assistência necessária e ao seu alcance, mas sem qualquer forma de paternalismo, o que propiciou o surgimento de singulares fortes com grande capacidade de autogestão. Confira a linha do tempo de criação das Unimeds em Goiás, no Tocantins e no Distrito Federal.
1978 • Unimed Goiânia Em 21 de fevereiro de 1978, foi fundada a Unimed Goiânia, a primeira Unimed de Goiás
1984 • Unimed Catalão Em 8 de novembro de 1984, médicos do sudoeste goiano reuniram-se e fundaram a Unimed Catalão Edmundo Castilho (esq.), Antônio Abadio, Jamil Sebba, Jardel Sebba e Ana Sebba na inauguração da Unimed Catalão
1989 • Unimed regional sul Goiás (itumbiara)
Em 8 de novembro de 1989, foi fundada a Unimed de Itumbiara, que, em 1997, teve sua área de atuação ampliada e passou a se chamar Unimed Regional Sul Goiás
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O SISTEMA UNIMED NA REGIÃO
1990 • Unimed anápolis Em 5 de março de 1990, foi fundada a Unimed Anápolis
1991 • Unimed vale
do são Patrício Em 28 de novembro de 1991, foi fundada a Unimed Vale do São Patrício, com sede Ceres
Antiga sede da Unimed Anápolis
1992 • a Unimed Palmas Em 2 de março de 1992, na capital do recém-criado Estado do Tocantins, foi fundada a Unimed Palmas
1992 • Unimed
araguaína
Em 26 de março de 1992, nasceu a Unimed Araguaína
1992 • Unimed rio verde Em 29 de abril de 1992, foi aprovada a criação da Unimed Rio Verde Primeira sede da Unimed Araguaína
1992 • Unimed Planalto
1992 • Unimed
Fundada em 30 de abril de 1992, a Unimed Planalto tem sua sede em Luziânia e, atualmente, responde também pela carteira da antiga Unimed Noroeste Goiano, que era sediada em Formosa
Norte Goiano Em 18 de novembro de 1992, foi fundada em Uruaçu a Unimed Norte Goiano
Fachada da sede da Unimed Norte Goiano
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O SISTEMA UNIMED NA REGIÃO
1993 • Unimed Jataí
1993 • Unimed
Em 3 de março de 1993, 30 médicos do sudoeste goiano deram início à Unimed Jatai
Mineiros Em 23 de setembro de 1993, foi fundada a Unimed Mineiros
1993 • Unimed
Porangatu Em 26 de outubro de 1993, em assembleia geral, foi aprovada a criação da Unimed Porangatu
1993 • Unimed
Oeste Goiano Em 20 de abril de 1993, foi fundada em Iporá a Unimed Oeste Goiano, já extinta
Sede da Unimed Porangatu
1994 • Nasce a Federação Para representar as 14 Unimeds então existentes em Goiás e no Tocantins, em 7 de julho de 1994, foi criada a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins (Fegoto), hoje, Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal, órgão máximo do Sistema Unimed na região. A Federação nasceu e funcionou por dois anos na sede da Unimed Goiânia. Primeira sede da Federação, na Unimed Goiânia
1994 • Unimed
Caldas Novas
Em 21 de novembro de 1994, foi fundada a Unimed Caldas Novas
1995 • Unimed
vale do Corumbá Em 8 de maio de 1995, foi fundada em Ipameri a Unimed Vale do Corumbá
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O SISTEMA UNIMED NA REGIÃO
1996 • Unimed Goianésia 1996 • Unimed Gurupi
A Unimed Goianésia foi fundada em 27 de janeiro de 1996
1997 • Unimed Morrinhos
Em 2 de abril de 1996, um grupo formado por 70 médicos reuniu-se e fundou a Unimed Gurupi. Edmundo Castilho, fundador da primeira Unimed do Brasil, participou da reunião
Em 19 de abril de 1997, foi fundada a Unimed Morrinhos, a caçula do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins
2017: O sistema Unimed em GO|tO|DF Unimed Anápolis
Unimed Morrinhos
Unimed Araguaína
Unimed Norte Goiano (Uruaçu)*
Unimed Caldas Novas
Unimed Palmas
Unimed Catalão
Unimed Porangatu*
Unimed Goiânia
Unimed Regional Sul
Unimed Goianésia*
Unimed Rio Verde
Unimed Gurupi
Unimed Oeste Goiano
Unimed Jataí
Unimed Vale Do Corumbá (Ipameri)
Unimed Planalto (Luziânia)
Unimed Vale Do São Patrício (Ceres)*
Unimed Mineiros *Unimeds prestadoras
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RETRATOS DA HISTÓRIA
Segunda sede da Federação. Localizado na Rua 2-A, no Setor Aeroporto, em Goiânia (GO), o sobrado abrigou a Federação entre 1996 e 2002
Inauguração da sede atual da Unimed Cerrado, em 2002
Jonas Ubirajara Husni (esq.), José Abel Ximenes e Luiz Antônio Fregonesi: 15 anos da Federação, em 2009
Celebração dos 20 anos da Federação, em 2014
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OS PIONEIROS DA FEDERAÇÃO
Personagens da história do cooperativismo na região
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enhuma história é escrita a uma só mão e no cooperativismo essa premissa é ainda mais intensa. O cooperativismo traz em sua essência a união, o trabalho conjunto, o sonho coletivo. E a Federação GO|TO|DF nasceu desta cooperação, do esforço de pessoas que acreditaram no novo e foram à luta para implantar o cooperativismo de trabalho médico em Goiás e no Tocantins. De norte a sul dos dois Estados, o Sistema Unimed tem a assinatura destes médicos inovadores, que viram no cooperativismo um caminho para o exercício ético, social e mais justo da medicina. Eles ignoraram as críticas, apostaram no sonho e foram pioneiros, assim como os operários ingleses de Rochdale, que se uniram e criaram os princípios considerados, até hoje, a base do cooperativismo, e assim como os médicos de Santos (SP), organizados por Edmundo Castilho, que deram origem à maior cooperativa de trabalho médico do mundo. Integrante deste grupo precursor, o presidente da Federação GO|TO|DF destaca o trabalho de alguns pioneiros. Desta forma, José Abel Ximenes presta uma homenagem e os agradecimentos da Federação a todos os médicos e médicas que fazem a história a cooperativismo de trabalho médico na região.
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José Mário de Freitas – Em 1977, quando esteve em Goiânia pela primeira vez para falar sobre cooperativismo de trabalho médico, Edmundo Castilho encontrou-se com José Mário de Freitas e viu no contemporâneo de faculdade uma liderança cooperativista nata. E o pioneiro do Sistema Unimed no Brasil acertou em cheio. José Mário abraçou o cooperativismo e já deixou seu nome na história deste sistema. Ele foi fundador e primeiro presidente da Unimed Goiânia, um dos fundadores da Unicred e vice-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras na década de 1980.
Tarciso Dagolberto Borges – Ao lado de José Abel Ximenes e a convite de José Mário de Freitas, o médico começou a atuar no cooperativismo em 1978. Pouco depois, já na diretoria da Unimed Goiânia, teve um papel fundamental na ampliação da carteira de clientes da cooperativa e na expansão do Sistema Unimed na região. Ele participou da criação de 15 das 18 Unimeds de Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Foi também um dos fundadores da Federação GO|TO|DF e integrou a diretoria da cooperativa por seis mandatos, tendo sido diretor Administrativo, Financeiro, de Mercado e presidente. Deixou a Federação em 2006, quando passou a atuar em outro ramo do cooperativismo: o de crédito. Atualmente, é diretor da Sicoob UniCentro Brasileira.
OS PIONEIROS DA FEDERAÇÃO Orsi Martins da Silva - O médico pediatra é um dos pioneiros do cooperativismo no sul goiano e ao longo das duas últimas décadas vem se dedicando intensamente a esse sistema. Ele foi um dos fundadores da Unimed Morrinhos, da Farmácia Usimed e da cooperativa Sicoob UniCentro Brasileira em Morrinhos, da qual é o presidente. Orsi Martins também teve um grande papel no apoio à criação da Federação.
Luiz Paulo da Silveira - Ele é um dos fundadores e o primeiro presidente da Unimed Gurupi, criada em abril de 1996. Na solenidade da fundação da cooperativa, lá estava Luiz Paulo da Silveira, ao lado de lideranças, como Edmundo Castilho, José Abel Ximenes e Tarciso Dalgoberto Borges. Ali, ele assumiu o compromisso de trabalhar pelo desenvolvimento da Unimed Gurupi e assim vem fazendo. Fundador do primeiro hospital da cooperativa, inaugurado há 12 anos, ele cumpre seu sexto mandato como presidente e se prepara para a construção do segundo hospital da cooperativa.
Carlos Del Eugênio
Luiz Carlos de Oliveira – Pioneiro do cooperativismo de trabalho médico no Tocantins, o psiquiatra Luiz Carlos de Oliveira foi um dos fundadores da Unimed Araguaína e participou também da fundação da Federação. Presidente da cooperativa do norte tocantinense, ele não mede esforços para oferecer o melhor aos clientes, cooperados e colaboradores, sempre inovando na prestação de serviços, promoção de cursos, qualificação do atendimento e apoio à comunidade. A construção do Hospital da Unimed Araguaína é uma das metas atuais do dirigente, que ainda se dedica ao cooperativismo de crédito, sendo um dos coordenadores da Sicoob UniCentro Brasileira.
– Decano dos dirigentes do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins, o médico de 83 anos de idade teve o primeiro contato com o cooperativismo há 24 anos, quando foi convidado a participar da fundação da Unimed Mineiros. No início, teve um pouco de receio diante do novo modelo que se apresentava, mas logo se apaixonou pelo cooperativismo, tornou-se presidente da Unimed Mineiros e um estudioso do sistema cooperativista.
Danúbio Antonio de Oliveira – Uma das assinaturas da ata de fundação da Federação é do médico gastroenterologista Danúbio Antonio de Oliveira, que quatro anos antes participou da criação da Unimed Anápolis, cooperativa que presidiu por três mandatos. Ele também integrou as três primeiras diretorias da Federação, entre 1994 e 2001. Em 2010, foi eleito diretor Administrativo-Financeiro e atualmente está em seu segundo mandato frente à diretoria, que hoje responde também pela área de Regulação. Membro do Conselho de Administração da Unicred Centro Norte Brasileira e com larga experiência no cooperativismo, Danúbio de Oliveira vai disputar a presidência da Federação em 2018.
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DIRETORIA
Primeira ata A ata da Assembleia para a criação da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins leva as seguintes assinaturas: Vardeli Alves de Moraes (secretário Ad Hoc – Unimed Goiânia) José Abel Ximenes (Unimed Goiânia) Tarciso Dagolberto Borges (Unimed Goiânia) Cairo Bernardino Gomes (Unimed Itumbiara) Luiz Carlos de Oliveira (Unimed Araguaína) Danúbio Antonio de Oliveira (Unimed Anápolis) Carlos Eduardo Cintra (Unimed Jataí) Aparecida Andreani Giffoni (Unimed Rio Verde) Alexandre Giffoni Júnior (Unimed Rio Verde) Doralice Barros Capuzzo (Unimed Iporá)
Diretorias 1994/2018 Diretoria Executiva 1994/1995 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo: Tarciso Dagolberto Borges Diretor Financeiro: Danúbio Antonio de Oliveira Diretoria Executiva 1995/1998 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo: Danúbio Antonio de Oliveira Diretor Financeiro: Tarciso Dagolberto Borges Diretoria Executiva 1998/2001 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo: Danúbio Antonio de Oliveira Diretor Financeiro: Tarciso Dagolberto Borges Diretoria Executiva 2001/2004 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo: Romeu Natal A Andrade Diretor Financeiro: Tarciso Dagolberto Borges
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DIRETORIA Diretoria Executiva 2004/ 2005 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: José Egídio Assis Brasil Jr. Diretor de Mercado: Tarciso Dagolberto Borges Diretoria Executiva 2005/2006 Diretor-Presidente: Tarciso Dagolberto Borges Diretor Administrativo-Financeiro: José Egidio Assis Brasil Jr. Diretor de Mercado: Jonas Ubirajara Husni Diretoria Executiva 2006/2010 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: Luiz Antônio Fregonesi Diretor de Mercado: Jonas Ubirajara Husni
Diretoria Executiva 2010/2014 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro: Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: Luiz Antônio Fregonesi Diretoria Executiva 2014/2018 Diretor-Presidente: José Abel Ximenes Diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação: Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: José de Oliveira e Silva Diretor de Integração e Desenvolvimento Cooperativista: Walter Cherubim Bueno
Walter Cherubim Bueno (esq.), José Abel Ximenes, José de Oliveira e Silva e Danúbio Antonio de Oliveira: atual diretoria da Federação Novembro | 2017 • Ano XXI • Nº 81 • UNIMED CERRADO EM FOCO
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APOIO AO COOPERATIVISMO
Intercooperação no DNA da Federação A intercooperação, o sexto princípio do cooperativismo, que prega a ajuda mútua entre as cooperativas, está no DNA da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal. Antes mesmo da criação da Federação, a Unimed Goiânia, pioneira do Sistema Unimed em Goiás, já desenvolvia um intenso trabalho nesta área, apoiando a fundação e o desenvolvimento de outras cooperativas. Esse trabalho, que na gestão de José Abel Ximenes na presidência da Unimed Goiânia foi além do cooperativismo médico se espalhando por outros ramos do setor cooperativista, teve sequência com a criação da Federação. Confira um pouco da contribuição da Unimed Goiânia e da Federação para o desenvolvimento de outros ramos do cooperativismo em Goiás e no Tocantins.
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Cooperativismo de Crédito – Há 25 anos, impulsionada pelo princípio da intercooperação, a Unimed Goiânia incentivou a criação de uma cooperativa de crédito voltada exclusivamente para a classe médica. Nascia, assim, a Unicred Goiânia. Formada por 32 médicos, ela começou funcionando na sede da Unimed Goiânia, com uma estrutura pequena e muita vontade de crescer. “Mas, nem todos acreditavam no sucesso da nova cooperativa e brincavam, dizendo que aquele tamborete nunca seria um banco”, conta José Abel Ximenes, lembrando o trocadilho feito com a nova cooperativa. O tempo passou e a Unicred Goiânia tornouse mais do que um banco. Hoje, a cooperativa que compõe o Sicoob Uni - o maior sistema cooperativo financeiro do País - e leva o nome de Unicred CentroBrasileira é uma das maiores do Brasil, conta com mais de 17 mil cooperados e já ultrapassou a marca de R$ 1,1 bilhão de ativos.
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APOIO AO COOPERATIVISMO
Usimed – Também na presidência da Unimed Goiânia, José Abel Ximenes trabalhou pela criação das Usimeds, cooperativas de consumo que visavam oferecer aos cooperados, todos clientes Unimed, produtos e serviços com qualidade e menor preço. Foram criadas Usimeds em cidades, como Goiânia, Morrinhos, Itumbiara e Rio Verde, e o foco era a comercialização de medicamentos, perfumaria e cosméticos. As Farmácias Usimeds logo caíram no gosto dos clientes Unimed, mas nem todas tiveram vida longa. Atualmente, poucas cidades, como Luziânia, Morrinhos e Rio Verde, contam com as cooperativas de consumo.
Seguros Unimed – A Seguros Unimed iniciou suas operações em 1989 com o objetivo de atender às demandas do Sistema Unimed. No mesmo ano, José Abel Ximenes assumiu pela primeira vez a presidência da Unimed Goiânia e acreditou no trabalho da Seguros Unimed. Ele tornou a Unimed Goiânia a maior cliente da seguradora, o que contribuiu para o fortalecimento da nova instituição. Todos os imóveis da cooperativa goianiense, por exemplo, foram colocados como ativos da Seguros Unimed, uma empresa que deu certo e hoje conta com mais de 6 milhões de clientes em todo o Brasil. Em 1992, para comercializar os produtos da Seguros Unimed, a Unimed Goiânia criou a Unimed Corretora.
Feira da Intercooperação - Foi tam-
bém colocando em prática o sexto princípio do cooperativismo que, em 2010, a Federação participou ativamente da organização da 2ª Feira de Intercooperação realizada em Goiânia juntamente com a 40ª Convenção Nacional Unimed. A feira reuniu cooperativas de todos os ramos, como crédito, habitação e turismo. Uma das participantes foi a Bordana, uma cooperativa de bordadeiras de Goiânia, que também contou com um grande incentivo de José Abel Ximenes para sua criação e atualmente é uma parceria da Federação.
6º Princípio do Cooperativismo - Intercooperação Além dos associados de uma mesma cooperativa unirem-se e cooperarem uns com os outros, essa ajuda mútua também se estende para as relações entre as diversas cooperativas. Por meio de estruturas locais, regionais, nacionais e até internacionais, todas as cooperativas colaboram umas com as outras.
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INTEGRAÇÃO
Promoção da integração das Unimeds
O
papel de promover a integração do Sistema Unimed a nível local e regional também tem sido desenvolvido e alcançado de forma plenamente satisfatória pela Federação ao longo destes anos. Dando sequência ao trabalho iniciado pela Unimed Goiânia, além do apoio para a criação de Unimeds em Goiás e no Tocantins, a Federação, desde a sua fundação, também buscou a união e o fortalecimento do Sistema Unimed em outros Estados da região. Assim, incentivou e trabalhou pela criação das parceiras Federações das Unimeds do Mato Grosso do Sul (1995) e do Mato Grosso (1996). “Somos uma das regiões mais unidas e integradas de todo o País e temos que trabalhar incessantemente para que a nossa unidade administrativa, operacional e, sobretudo, política seja ainda mais fortalecida”, afirma o presidente José Abel Ximenes. Um dos instrumentos e símbolos desta união são os simpósios promovidos periodicamente e que proporcionam o debate democrático de temas de interesse do Sistema Unimed, a apresentação e análise dos desafios e o compartilhamento das conquistas das cooperativas. O primeiro Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) aconteceu antes mesmo da criação da Federação, em 1991, em Cuiabá (MT), e com o importante incentivo da Unimed Goiânia. O Sueco, que chega em 2017 a sua 23ª edição, é hoje um dos principais eventos do Sistema Unimed. Em 2008, a Federação realizou também o I Simpósio da Unimed Cerrado. Confira um pouco da linha do tempo de realização dos simpósios e encontros do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins.
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INTEGRAÇÃO
VII Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) realizado em setembro de 1998, em Goiânia (GO)
X Sueco realizado em Goiânia (GO), em 2001
Abertura do XV Sueco em novembro de 2006, em Caldas Novas (GO)
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INTEGRAÇÃO
XVII Sueco e I Simpósio da Unimed Cerrado realizados em 2008, em Goiânia (GO)
XIX Sueco realizado em 2011, em Rio Quente (GO)
XX Sueco realizado em 2012, em Goiânia (GO)
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INTEGRAÇÃO
IV Simpósio da Unimed Cerrado realizado em 2013, em Goiânia (GO), com homenagem a lideranças do cooperativismo: Roberto Rodrigues, Eudes de Freitas Aquino e Américo Utumi
V Simpósio da Unimed Cerrado realizado em 2014, em Goiânia (GO)
VI Simpósio da Unimed Cerrado realizado em Goiânia (GO), em 2015
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INTEGRAÇÃO
VII Simpósio da Unimed Cerrado em 2016, em Goiânia (GO)
Encontro Regional das Unimeds em Caldas Novas (GO), em 2010
Encontro Regional das Unimeds em Itumbiara (GO), em 2012
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INTEGRAÇÃO
I Seminário de Intercâmbio realizado em Goiânia (GO), em 2007
II Workshop de Atendimento do Norte Goiano realizado de 8 a 16 de agosto de 2008, em Uruaçu (GO)
Seminário 15 Anos da Unimed Cerrado realizado em 2009, em Goiânia (GO)
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INTEGRAÇÃO
Encontro Regional das Unimeds do Sudoeste, que aconteceu em Mineiros (GO), em 2010
Encontro Regional das Unimeds do Norte em Uruaçu (GO), em 2010
Encontro Regional das Unimeds do Tocantins, em Palmas (TO), em 2012
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INTEGRAÇÃO
Encontro do Núcleo de Desenvolvimento Humano em abril de 2014, em Goiânia (GO)
Reunião com os prestadores de serviços da região norte em agosto de 2014, em Goiânia (GO)
I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado realizado em 14 de agosto de 2014, em Goiânia (GO)
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EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA
Educar para transformar e melhorar
U
ma das prioridades da Federação GO|TO|DF e, segundo o presidente José Abel Ximenes , “sem sombra de dúvidas a mais importante”, tem sido a contribuição para a formação, capacitação e treinamento dos dirigentes e colaboradores do Sistema Unimed, propiciando oportunidades para que possam qualificar-se melhor tecnicamente, mas, principalmente, para que adquiram conhecimentos sólidos da doutrina cooperativista. “A prova do sucesso deste trabalho pode ser avaliada pela eficiência com que têm sido dirigidas e administradas as singulares e o bom conceito que desfrutamos tanto a nível regional como nacional”, afirma o presidente. Confira a linha do tempo com as principais ações desenvolvidas pela Federação na área educacional nestes 23 anos.
1999/2004 – A promoção da educação cooperativista, com a criação de três turmas do curso de pós-graduação em Gestão em Cooperativas de Saúde. Os trabalhos de conclusão dos cursos resultaram na publicação de três livros sobre cooperativismo, que foram condensados pela professora Kátia Barbosa Macedo e por José Abel Ximenes: Cooperativismo na Era da Globalização (2001), Cooperativismo: doutrina, descompasso e prática (2003) e Cooperativismo em busca da satisfação (2005)
2009 – Parcerias com a PUC/Goiás e a Universidade Federal de Goiás para o desenvolvimento de projetos na área da educação cooperativista
2013 – Início da pós-graduação em Cooperativas e Gestão de Planos de Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Goiás
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2014 – Realização, em parceria com o Sistema OCB/Sescoop-GO, de visita técnica de representantes do Sistema Unimed em Goiás e no Tocantins ao Complexo Cooperativo de Mondragón, na Espanha
EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA Realização periódica de cursos, seminários, workshops, treinamentos para a atualização e capacitação de cooperados, dirigentes e colaboradores sobre mudanças na legislação, novidades do Sistema Unimed e outros assuntos relacionados à área da saúde e cooperativismo. Confira alguns:
Curso de conselheiros fiscais
Curso de Governança Cooperativista
2012 – Inauguração do Centro de Desenvolvimento Humano, na sede da Federação.
Curso de Gestão de Custos
Workshop de Intercâmbio
Palestra sobre Ativos Garantidores
2012 – Inauguração do Centro de Desenvolvimento Humano, na sede da Federação.
Curso de Multiplicadores OQS (Organização do Quadro Social)
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POLO DE EDUCAÇÃO
José Abel Ximenes: investimento na educação e inauguraçãodo CDH
O Centro de Desenvolvimento Humano
C
om a inauguração do Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) da Federação, em 14 de dezembro de 2012, o Sistema Unimed na região ganhou um novo polo de educação, que vem contribuindo para a difusão da cultura cooperativista e a capacitação continuada de cooperados, dirigentes, colaboradores e clientes. Com instalações modernas, amplas e equipado com um sistema de videoconferência, o CDH chegou para concretizar o compromisso da Federação com a educação, um trabalho iniciado com a fundação da cooperativa.
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A implantação do CDH fez parte das ações do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH), então um projeto da Fundação Unimed focado na educação cooperativista e do qual a Federação foi pioneira na adesão. Hoje ampliado e incorporado à Política Nacional de Desenvolvimento Humano da Unimed do Brasil, o NDH continua tendo na Federação uma pioneira (leia mais na página 28). O CDH também está integrado ao Projeto Sinal (leia mais na página 29), o que garante a transmissão ao vivo de seus eventos e reuniões para todo o Sistema Unimed.
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POLO DE EDUCAÇÃO
Lobby: conforto e requinte na recepção, que é decorada para eventos na Federação
Sala de reuniões: amplo espaço com 30 lugares, que recebe encontros, como os dos comitês
Auditórios: conforto, iluminação moderna, difusor acústico, equipamentos de ponta, antessala para os palestrantes e um sistema modular que permite a unificação das salas, criando um grande auditório, que já sediou eventos, como o VI Simpósio da Unimed Cerrado, em 2015
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PIONEIRISMO
Federação tem a marca do trabalho e do pioneirismo A história da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal é marcada pelo pioneirismo, com a realização de ações, a implantação de projetos e propostas inovadores, sempre visando o melhor para o Sistema Unimed na região. A Federação também trabalha para oferecer soluções que possam reduzir custos, profissionalizar os serviços e assegurar a sustentabilidade das cooperativas federadas. Conheça um pouco destas ações da Federação. Atenção Integral à Saúde – Mais uma vez, a Federação inovou ao colocar em pauta o debate e um trabalho tido como exemplar na implantação do processo de mudança do atual modelo de assistência à saúde. Há dois anos, o assunto vem sendo amplamente debatido em cursos e simpósios, inclusive com as participações de representantes de outros países (Portugal, Inglaterra e Espanha) que já implantaram esse novo modelo. A mudança do atual modelo assistencial, tida como extremamente necessária e irreversível tanto na área pública quanto no setor privado, já começa a ser colocada em prática pela Operadora Unimed Cerrado, que lançou o Plano Unimed Mais, com foco nesta assistência integral
NDH –A Federação foi a primeira do Sistema Unimed a implantar o Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) na Operadora e nas singulares federadas. Um treinamento promovido pela Federação em 2016 orientou as singulares sobre a implantação do núcleo que funciona como um órgão consultivo dentro das Unimeds para trabalhar quatro públicos distintos e destacados na Política Nacional de Desenvolvimento Humano: cooperado, colaborador, cliente/beneficiários e comunidade
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PIONEIRISMO
Projeto Operadora/Prestadora – Em 2004, com a aprovação do Conselho Federativo, a Federação aderiu ao projeto Operadora/Prestadora da Unimed do Brasil, sendo uma das pioneiras no País a atuar como operadora de planos de saúde, tendo assumido as carteiras das Unimeds Goianésia, Porangatu, Norte Goiano e Vale do São Patrício. Em 25 de agosto de 2017, o Conselho Federativo aprovou o desmembramento da Federação e da Operadora, com a criação a partir de 2018 da cooperativa de segundo grau Federação Regional das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e Distrito Federal (Federação GO|TO|DF) e da operadora Central Regional de Cooperativas Médicas (Unimed Cerrado), que vai continuar administrando as carteiras das quatro cooperativas prestadoras e de outras que possam se interessar
Videoconferência – A Federação foi tam-
bém pioneira na adesão ao Projeto Sinal (Sistema de Integração Nacional), criado em 2010 pela Unimed do Brasil. O projeto veio reforçar e aperfeiçoar o serviço de videoconferência que a Federação já utilizava na comunicação com as federadas e com o Sistema Unimed. Com o apoio da Federação, as cooperativas federadas instalaram suas salas de videoconferência, integradas ao projeto. Desde então, dirigentes, cooperados e colaboradores das federadas podem participar de reuniões, cursos e assembleias realizados na sede da Federação e transmitidos ao vivo para todas as singulares. Podem também acompanhar cursos e eventos da Unimed do Brasil sem sair de suas cooperativas.
Serviços prestados – Dentre os serviços prestados pela Federação às Unimeds federadas estão os comitês técnicos, criados para dar suporte ao trabalho das singulares, e o call center e a ouvidoria, implantados em 2013. Apenas no primeiro semestre de 2017, o call center atendeu mais de 50 mil ligações. Atualmente, os serviços são utilizados pelas federadas Unimed Anápolis, Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Caldas Novas, Unimed Gurupi, Unimed Mineiros, Unimed Morrinhos e Unimed Vale do Corumbá
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QUALIDADE
Estrutura enxuta e custos sob controle A Federação é modestamente dimensionada, com custos administrativos baixos. Todas as ações têm se limitado rigorosamente às decisões tomadas pela maioria absoluta das singulares em reuniões deliberativas. As atividades administrativas e operacionais se fazem com a maior presteza e pontualidade, tendo como meta a busca de máxima eficiência e a plena satisfação das singulares filiadas. Apesar de todas estas realizações, a diretoria está consciente de que muito ainda precisa ser feito. A administração de uma organização sempre deve ser encarada como um processo contínuo de crescimento e desenvolvimento e como tal nunca tem fim, mas apenas etapas e metas a serem constantemente superadas e substituídas por outras mais ousadas e desafiantes para seus dirigentes, com o objetivo de atender plenamente a sua missão.
ISO 9001:2008 e Selo Prata de Governança e Sustentabilidade O trabalho conjunto de dirigentes e colaboradores para o planejamento e aprimoramento dos processos internos da instituição, visando a excelência dos serviços prestados e, consequentemente, a satisfação dos clientes, rendeu à Operadora Unimed Cerrado a Certificação ISO 9001:2008. A conquista veio no início de 2016 e tem validade de três anos, com avaliações anuais para a recertificação, sendo que, em 2017, a Operadora já foi recertificada. Também em 2017, a Federação GO|TO|DF manteve o Selo Prata de Governança e Sustentabilidade, conferido pela Unimed do Brasil e conquistado em 2016. O selo atesta o cumprimento de pré-requisitos de governança e gestão na perspectiva da sustentabilidade, alinhados às boas práticas de mercado.
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Números atuais da Federação GO|tO|DF 19
Unimeds na região, 14 federadas e 4 delas prestadoras
4.814 médicos cooperados na área de atuação da Federação, sendo 234 cooperados das 4 Unimeds prestadoras
3.087 colaboradores
111 colaboradores
na área de atuação da Federação
diretos da Federação
1 milhão
Aproximadamente de beneficiários atendidos na área de atuação da Federação, sendo cerca de 40 mil apenas nas 4 Unimeds prestadoras
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NOVA FASE
Aprovado o desmembramento da Federação e da Operadora Unimed Cerrado A Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 25 de agosto de 2017, aprovou por unanimidade o desmembramento parcial da cooperativa
A
partir de 1º de janeiro de 2018, a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal será parcialmente desmembrada e o resultado será a criação da operadora Central Regional de Cooperativas Médicas (Unimed Cerrado) e da cooperativa de segundo grau Federação Regional das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e Distrito Federal (Federação GO | TO | DF). Na prática, esse desmembramento, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Federativo, representa a separação total do trabalho institucional, que é desenvolvido pela Federação há 23 anos, das ações da Operadora, criada em 2004 e responsável pela comercialização das carteiras das Unimeds Goianésia, Porangatu, Norte Goiano e Vale do São Patrício. A assembleia contou com as
presenças do presidente da Federação, José Abel Ximenes, dos diretores Danúbio Antonio de Oliveira e Walter Cherubim Bueno e de presidentes e representantes das Unimeds Anápolis, Caldas Novas, Catalão, Goianésia, Jataí, Mineiros, Morrinhos, Vale do Corumbá e Vale do São Patrício. Os presidentes das Unimeds Araguaína, Gurupi, Palmas e Norte Goiano participaram das apresentações, discussões e votação por
videoconferência, ao vivo. Para José Abel Ximenes, que segue à frente da presidência da Federação até março de 2018, quando haverá nova eleição da diretoria, o desmembramento deverá fortalecer ainda mais as duas instituições e o cooperativismo de trabalho médico em Goiás e no Tocantins. A Operadora será presidida por José de Oliveira e Silva, atual diretor de Mercado da Federação e presidente da Unimed Norte Goiano.
O que muda com o desmembramento DD A Federação Regional das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins é uma cooperativa de segundo grau e representa as cooperativas Unimeds dos dois Estados DD As Unimeds prestadoras continuam filiadas à Federação DD A Federação não poderá operar carteiras e/ou comercializar planos de saúde DD A Central Regional de Cooperativas Médicas (Unimed Cerrado) não será filiada à Federação, mas
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terá todos os direitos e deveres das cooperativas federadas DD A Central será responsável pela operação das carteiras das quatro Unimeds prestadoras (Goianésia, Porangatu, Norte Goiano e Vale do São Patrício) e poderá assumir a gestão das carteiras de outras federadas interessadas DD A comercialização de planos pela Central estará restrita à área de atuação das Unimeds prestadoras, respeitando o manual de intercâmbio
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NOVA FASE
Modelo de desmembramento foi elaborado por comissão técnica O modelo adotado para o desmembramento foi detalhadamente estudado por uma comissão técnica formada pelo diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação da Federação, Danúbio Antonio de Oliveira; o diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Walter Cherubim Bueno; o diretor de Mercado e presidente da Unimed Norte Goiano, José de Oliveira e Silva; os presidentes das Unimeds Gurupi, Luiz Paulo da Silveira, e Vale do São Patrício, Shirley Gonçalves de Pádua Miguel; e o diretor Médico da Unimed Anápolis, Alex Barcelos Fernandes.
Assessorada pelo assessor Jurídico da Federação, Daniel Rodrigues Faria, e pelo gerente Geral, Helson Mauro Stumpf, a comissão baseou seus trabalhos nos estatutos da Federação e do Sistema Unimed, em normas legais, nas determinações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e no Código Civil Brasileiro. Para o desmembramento, que vinha sendo reivindicado por Unimeds federadas, foram necessárias mudanças no estatuto da Federação, que também foram aprovadas por unanimidade pela AGE realizada em 25 de agosto.
O que dizem os presidentes “Foi um passo muito importante para o fortalecimento do Sistema Unimed em Goiás,no Tocantins e em toda a região Centro-Oeste e a aprovação por unanimidade da diretoria e do Conselho Federativo mostra a união da Unimed Cerrado” Rogério Reis, presidente da Unimed Catalão
“O desmembramento já era esperado e fortalece o Sistema Unimed e dá mais segurança a todos, dando condições de desenvolvimento às operadoras e maior tranquilidade às federadas em relação a riscos de qualquer ocorrência financeira” Jonas Ubirajara Husni, diretor-presidente da Unimed Anápolis
“Achei um acontecimento memorável para todas as cooperativas, que vão estar mais unidas e mais presentes na administração” Oscar Rodolfo Salvatierra, presidente da Unimed Goianésia
“Sempre esperamos esse desmembramento. Defendíamos essa separação há quatro, cinco anos, mas apesar de atrasado o desmembramento chega em bom tempo para resolver o problema representado pelo risco que todas as singulares corriam junto com a operadora Unimed Cerrado” Adenauer Amaral Andrade, diretor-presidente da Unimed Jataí
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INTERCOOPERAÇÃO
A parceria entre a Bordana e a Federação GO|TO|DF Pondo em prática seu compromisso de incentivar a propagação da cultura cooperativista, inclusive em outros ramos do cooperativismo, a Federação GO|TO|DF contribuiu para a criação da Bordana e para a mudança na vida de suas cooperadas
A
Cooperativa de Bordadeiras do Cerrado Goiano (Bordana) surgiu em 2008, a partir da iniciativa de dez mulheres do Conjunto Caiçara, bairro da Região Leste de Goiânia. Atualmente, o grupo conta com mais de 30 participantes e mantém o ideal que buscou desde o início: valorizar a cultura, as belezas do cerrado e o artesanato local, auxiliando na emancipação financeira das cooperadas. A presidente da Bordana, Celma Grace de Oliveira, lembra que no início da cooperativa apenas algumas mulheres sabiam bordar. “E a cooperação começou ali, com uma troca de conhecimentos”, conta. Algumas mulheres fizeram cursos de capacitação e se torna-
ram multiplicadoras, dando início aos trabalhos. Celma Grace explica que a cooperativa sempre buscou estimular o crescimento pessoal e coletivo do grupo. “Procuramos respeitar as diferenças e, embasadas nos princípios e valores do cooperativismo, vamos construindo relações de confiança, de respeito e companheirismo”, acrescenta. Segundo ela, é possível perceber tanto no comportamento quanto na fala das cooperadas o quanto elas cresceram e se tornaram mais independentes e autônomas. “O cooperativismo, sem dúvida, é um modelo de negócio que é tendência mundial e a Bordana é um exemplo de empreendimento, que além de viabilidade
Nova coleção A Cooperativa Bordana prepara uma coleção que deverá ser lançada ainda este ano e reforça o seu compromisso em buscar oferecer ao mercado produtos sustentáveis e economicamente confeccionados a partir do cooperativismo, sempre tendo o cerrado em seu tema central. Para saber mais sobre a Bordana, acesse coopbordana.blogspot.com.br.
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econômica, gera impacto social”, pontua. No início e na trajetória do sucesso da Bordana está a parceria entre a cooperativa e a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal. “Todas as cooperadas são muito gratas por todo o apoio recebido desde os primeiros projetos do grupo”, afirma Celma Grace, ressaltando que o médico José Abel Ximenes sempre foi um entusiasta da Cooperativa Bordana. “Ele é um cooperativista convicto, um dirigente exemplar que tem uma vida dedicada a estudar e colocar em prática os princípios e os valores cooperativistas, cujo verdadeiro valor vem da ajuda mútua e da solidariedade”, elogia.
MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO – PERSONAGENS
Raimundo Nonato Leite Pinto: “Tenho vocação para o cooperativismo” O Projeto Memória do Cooperativismo traz nesta edição um pouco da trajetória do médico Raimundo Nonato Leite Pinto. Nascido no interior do Ceará, se transferiu para Goiânia aos 12 anos de idade. Concluiu o curso de medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1984 e se especializou em infectologia. Depois fez mestrado e doutorado no Programa de Ciências da Religião da PUC/Goiás, tendo como objeto de estudo pessoas com HIV/Aids e a Importância da Medicina, Religião e da Família no Enfrentamento da Doença. Desde a época de acadêmico, sempre se interessou pelos cuidados com a formação profissional e a ética dentro da profissão. Teve o primeiro contato com o cooperativismo por meio do médico José Abel Ximenes e logo tomou gosto pelo sistema cooperativista. Conheça um pouco sobre a formação, o trabalho e a vida do médico Raimundo Nonato Leite Pinto, 59 anos de idade e mais de 30 dedicados à medicina.
Interesse pela medicina A paixão pela medicina começou quando passei por um problema de saúde aos 8 anos de idade. Tive um corte no braço, ainda no interior do Ceará, onde morava, e fui para o Distrito Federal para uma cirurgia restauradora. Sofri uma lesão e, graças ao atendimento médico recebido, consegui recuperar os movimentos do braço esquerdo. Fiz tratamento no Hospital de Base de Brasília e no Instituto Sara Kubitscheck por três anos. Me recuperei praticamente sem nenhuma sequela. Percebi neste período o grande valor da medicina na vida das pessoas e então optei por essa profissão. Antes, sonhava em ser piloto, mas o sonho mudou depois desta experiência, quando me apaixonei pela medicina. As coisas mais importantes da minha vida são a medicina e a família, embora concilie a profissão com outras atividades, como o cooperativismo e a docência. Carreira profissional Ingressei no curso de medicina em 1979, na Universidade Federal de Goiás, e desde então nunca me afastei da profissão. Na graduação, juntamente com meu amigo e colega de turma Luiz Carlos Silva Souza, tive uma relação muito próxima com o professor José Caetano de Almeida, médico pediatra e meu professor do 5º ano, ao estudar as doenças infectoparasitárias. Esse vínculo me fez optar pela infectologia. O professor foi para mim um exemplo, tanto pela forma como
ele atendia os pacientes quanto pela paciência que ele tinha para ensinar. Tudo isso me cativou. Destaque no tratamento do HIV Quando médico residente no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em 1985, surgiram os primeiros casos de HIV em Goiás e este começo foi um pouco frustrante, porque uma das características das doenças infecciosas é que são relativamente graves, mas os pacientes se recuperam rapidamente. Com os pacientes de HIV isso não acontecia, mas graças ao avanço da ciência surgiram os primeiros antirretrovirais. O avanço no tratamento fez com que os pacientes tivessem uma vida relativamente normal, embora continuassem com o risco de morrer. Hoje, já existe um maior controle da doença devido às campanhas de prevenção, às facilidades no diagnóstico mais precoce e à melhoria no tratamento, o que não somente tem melhorado a sobrevida como a qualidade de vida destes pacientes. Abertura de novos cursos de medicina Como acadêmico de medicina participei do Centro Acadêmico 21 de Abril da UFG, onde fui secretário, tesoureiro e presidente. Desde essa época, sempre me interessei pelos cuidados com a formação profissional e com a ética dentro da profissão. Por isso, vejo com preocupação essa abertura desenfreada de escolas de medicina.
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MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO – PERSONAGENS Cada vez mais corremos o risco de não acompanhar a formação adequada destes profissionais e isso pode trazer consequências graves para a profissão e para a sociedade. Atuação de médicos estrangeiros no Brasil Nem sempre temos o controle de como estes médicos foram formados e se estão devidamente preparados para atender a nossa população. Uma forma de resolver isso é seguir o processo de validação do diploma. Se o médico formado no exterior passar pela validação do diploma terá a oportunidade de complementar sua formação adequada às necessidade da população de nosso País. O Ministério da Saúde, em relação ao programa Mais Médicos, não exigiu que médicos estrangeiros passassem por essa validação e isso é preocupante. Cada região tem suas características próprias e as Faculdades de Medicina capacitam os médicos observando estas características. Porém, quando um médico vem de fora, é natural que ele não conheça essa realidade. Além disso, há um discurso equivocado do governo de que os médicos não têm interesse em trabalhar em regiões remotas do Brasil, isso não procede. O médico precisa ter uma estrutura mínima de aparelhos e insumos para realizar um bom trabalho, o que nem sempre é oferecido em algumas regiões. Atuação do Cremego Sempre apoiei as entidades representativas da classe médica, em especial o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), do qual fui conselheiro por dez anos e presidente, a Associação Médica e o Sindicato dos Médicos. Acredito que o Cremego exerce um
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papel relevante para que a sociedade disponha de profissionais de altíssima competência e com desempenho ético satisfatório. Atualização profissional Vejo que não posso parar de estudar. O fato de ser docente faz com que tenha contato com o médico residente e com os estudantes e isso me motiva a sempre me atualizar. No Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia, onde trabalhei por mais de 30 anos, sempre exerci a função de docente com internos e residentes de medicina. No consultório há sempre novos casos que precisamos pesquisar e recorrer à literatura para proceder o tratamento. A tecnologia facilitou muito esse processo pela rapidez com que temos o acesso às informações de artigos científicos, publicações atualizadas na área médica. Uma realidade bem diferente de quando me formei há 33 anos. Cooperativismo Assim que me formei, tive o primeiro contato com o Sistema Unimed, por meio da Unimed Goiânia, na época presidida pelo colega de profissão e amigo José Abel Ximenes. Além de professor da Faculdade de Medicina, ele sempre foi um divulgador do cooperativismo. Quando concluí a residência médica, entrei como cooperado da Unimed Goiânia e, nesta época, participei do Conselho Fiscal. Posteriormente, fui membro por um mandato do Conselho de Administração da Unimed Goiânia, onde atuei na área de auditoria e fui um dos responsáveis pela criação do Hospital da Unimed, juntamente com o médico Daniel do Prado. José Abel Ximenes O médico José Abel Ximenes é um dos precursores do coope-
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rativismo de trabalho médico na região, além de um dos grandes incentivadores do cooperativismo de crédito e da criação da Unicred. Tive total apoio dele, o que representa um fator fundamental na minha formação e em minha vocação para o cooperativismo. Ele foi e é um exemplo de quem conhece e pratica verdadeiramente o cooperativismo. É uma pessoa fundamental na minha opção de atuar no cooperativismo, assim como a Federação das Unimeds tem papel
Desde a época de estudante, sempre me interessei pelos cuidados com a formação profissional e com a ética dentro da profissão”
MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO – PERSONAGENS muito importante no cooperativismo. Graças a esse apoio, eu tenho a honra de ser um dos fundadores da Unicred Goiânia, que hoje se transformou na Sicoob UniCentro Brasileira, da qual tenho a honra de ser o diretor-presidente no presente momento. Visão do cooperativismo Acredito que as cooperativas de trabalho e de crédito surgiram como uma força importante e balizadoras do mercado para os médicos. As Unimeds e Unicreds, quando surgiram, ajudaram os médicos a exigir melhor remuneração pelo seu trabalho e a organizar suas finanças. Este modelo serviu de base para que outras cooperativas e planos de saúde fossem criadas. Quando deixei de ser conselheiro do Cremego e do Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico Dejan Rodrigues Nonato era o presidente da Unicred e me convidou para fazer parte do Conselho de Administração da entidade. Foi quando dei início ao meu trabalho e já se vão mais de 20 anos atuando no cooperativismo de crédito. Sicoob UniCentro Brasileira A Unimed Goiânia deu origem à Unicred Goiânia, hoje Sicoob UniCentro Brasileira. Com o crescimento do Sicoob, o maior sistema cooperativo financeiro do País, nós tivemos oportunidade de ampliar o leque de atuação e conseguimos junto ao Banco Central ampliar tanto nossa área de ação como a possibilidade de associar pessoas, inclusive fora da área da saúde. Hoje, já somos mais de 17 mil cooperados.
Medicina e cooperativismo Uma atividade complementa a outra. Na Sicoob penso em negócios, números e tudo mais que é típico dessa área. No consultório meu foco é a infectologia, a medicina. Isso me faz sentir mais produtivo com a mudança de atividade. E a nossa regra na cooperativa é que conselheiros e dirigentes não deixem de atuar na sua profissão. O dinamismo propicia o surgimento de novas lideranças para que possamos ser substituídos sem gerar qualquer problema para a cooperativa. Família Tenho quatro filhos, incluindo uma enteada. Do primeiro casamento, que durou 20 anos, tenho duas filhas: a Luciana, médica, e a Elisa, dentista. Do segundo casamento, tenho um filho de seis anos, o João, e a enteada Jordana, que ganhei ao casar com a minha esposa Deividiana.
Tive total apoio do médico José Abel Ximenes e esse apoio representa um papel fundamental na minha formação e na minha vocação para o cooperativismo”
Lazer Gosto de ir ao cinema, estar com meus filhos em casa, assistir filmes e pescar. Pelo menos uma vez ao ano, viajo para o pantanal para pescar, sempre com muita segurança e conforto. Também costumo tomar chopp, tomar um bom vinho e bater papo com os amigos. Vou ao estádio eventualmente para acompanhar os jogos do Vila Nova. Joguei futebol com os amigos por muitos anos e hoje minha paixão pelo esporte se resume a acompanhar os jogos do meu time.
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ARTIGO – Lena Castello Branco
Ensinar e curar*
* Lena Castello Branco Ferreira de Freitas é doutora em História, professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás, sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina e acadêmica da Academia Goiana de Letras. (lenacastelo@uol.com.br)
N
Depois de aprovados em exames perante autoridades sanitárias, os aprendizes recebiam uma carta de licença que os habilitava como cirurgiões-barbeiros”
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a capitania/província de Goiás, a medicina europeia era pouco praticada, sendo raros os profissionais habilitados na área da saúde. Em mais de meio século – entre 1774 e 1831 – foram identificados em Vila Boa somente 19 cirurgiões e nenhum médico com formação universitária (Karasch, 1999, p. 43). Em “Fala” ao Conselho Geral da Província1, o presidente Marechal Miguel Lino de Moraes (1825-1831), afirmava que “As Artes são inteiramente desconhecidas teoricamente para aqueles que as exercitam [em Goiás], inclusivamente a importante Arte de curar, e de manipular remédios”. E acrescentava: “Não há em toda a Província um só médico, cirurgião e boticário aprovado”. Acrescenta ser necessária a criação de uma “Aula de Medicina Prática, de Cirurgia e Farmácia”, que poderia “fazer os seus ensaios na Casa do Hospital de Caridade [São Pedro de Alcântara]”, onde, “vigiados por bons professores, alguns estudantes se aplicarão”. E conclui: “Enquanto se não pode tocar o [ensino] superior da Arte [de curar], teremos [em Goiás] moços instruídos, que nos diversos arraiais saibam aplicar com proveito alguns remédios”. Como visto, objetivava-se a criação de uma Aula de Medicina Prática, Cirurgia e Farmácia nos moldes em que essas “Artes” eram então ensinadas; e reconhecia-se ser inviável o funcionamento de
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um curso superior de Medicina em Goiás – até porque eram poucos os físicos (médicos) no país. Predominavam os cirurgiões-barbeiros, formados empiricamente como aprendizes. A formação desses profissionais tinha início com a admissão do candidato – quase sempre ignorante, quando não analfabeto – como criado e ajudante de um cirurgião ou licenciado, ou seja, um profissional que tinha licença (autorização) para exercer aquelas “Artes”. O aprendiz de cirurgião era treinado para, na falta ou ausência de físicos (médicos), proceder a amputações, redução de luxações, tratamento de fraturas, ferimentos e ulcerações; deveria também estar apto a sarjar, sangrar, lançar ventosas e sanguessugas, aplicar clisteres, escalda-pés e semicúpios, extrair balas, arrancar dentes, tratar doenças dos olhos, fazer barba e cortar cabelos. Depois de aprovados em exames perante autoridades sanitárias, os aprendizes recebiam uma carta de licença que os licenciava (habilitava) como cirurgiões-barbeiros – sendo que, no século XVII, estes se dividiram nas modalidades de “cirurgiões” e “barbeiros”, a quem foram relegadas as práticas de menor complexidade (Santos Filho, 1991, p. 291-292). A despeito de ter sido aprovada a sugestão de Miguel Lino de Moraes para a criação de uma Aula de Medicina Prática, Cirurgia e Far-
mácia em Goiás2, não há indícios de que se tenha efetivado sua instalação, nem se comprova a nomeação de um médico ou cirurgião para Vila Boa. Nesse ínterim, “aparecendo um Inglês de nome Henry Yates” que comprovou ter sido cirurgião “na Armada nacional”, o preocupado presidente da província “lançou mão dele” e o mandou para a botica do Hospital da Caridade recém-criado, onde teria a obrigação “de ensinar o praticante que ali se acha e fazer curativo dos doentes sempre que necessário”. Passados alguns meses, voltou o Conselho Geral da Província a debruçar-se sobre o assunto. Considerando ser “a Saúde Pública um dos mais importantes objetos de que todas as Nações têm”, o colegiado resolveu nomear um cirurgião “aprovado em Medicina e Cirurgia” para o arraial de Cavalcante, vencendo “anualmente 600$000 (seiscentos mil réis) pagos pela Fazenda Pública”3. Além de atender a toda a extensa região Norte de Goiás, esse profissional teria a obrigação de ensinar Medicina e Cirurgia “a todas as pessoas, que se dedicarem a tais estudos, dando aula três horas por dia”; e deveria prestar contas semestralmente ao próprio presidente da província da “aplicação, adiantamento e conduta dos alunos, com declaração do número destes”. Como visto, o ensino seria ministrado em tempo exíguo na própria residência do cirurgião, em Cavalcante, onde o professor transmitiria aos alunos seus conhecimentos, através de preleções e de exemplos práticos, examinando doentes e prescrevendo tratamentos e remédios. Não se conhece o nome do cirurgião que
teria sido nomeado, nem se comprova o efetivo funcionamento da aula em questão; também não há documentos relativos à aprovação de alunos em exames de medicina e cirurgia naquela localidade. Mais de 130 anos transcorreriam até que a Associação Médica de Goiás tomasse a iniciativa de fundar a Faculdade de Medicina de Goiás, instalada em Goiânia, em 24 de abril de 1960 (Almeida Neto, 2001, p. 49). Essa instituição foi a primeira do gênero no Centro-Oeste brasileiro, vindo a integrar-se à Universidade Federal de Goiás, onde se destaca pela excelência do ensino e dos serviços prestados. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Almeida Neto, Francisco Ludovico de. A Faculdade de Medicina de Goiás. Goiânia: Cegraf/UFG, 2001. Karasch, Mary. História das doenças e dos cuidados médicos na capitania de Goiás. In Freitas, L.C.B.F. (Org.) Saúde e doenças em Goiás. A Medicina possível. Uma contribuição à História da Medicina em Goiás. Goiânia: Ed. UFG, 1999, p. 19-62. Santos Filho, Lycurgo de Castro. História geral da Medicina brasileira. V. 1. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1991.
Mais de 130 anos transcorreriam até que a Associação Médica de Goiás tomasse a iniciativa de fundar a Faculdade de Medicina de Goiás, instalada em Goiânia, em 24 de abril de 1960”
1 Matutina Meiapontense, n. 33, p. 2-3. Meia Ponte, 15 jun 1830. Instituídos pela Constituição do Império do Brasil (1824). 2 Matutina Meiapontensen. 129, p. 3. Meia Ponte, 25 jan. 1831.
Ibidem, n. 230, p. 2, 17 set. 1831.
3
* Versão resumida de capítulo de minha autoria – “Ensinar e curar: do empirismo à ciência”, inserido no livro “Patrimônio cultural da saúde em Goiás: instituições, hospitalares, assistenciais, de ensino e de pesquisa”, coordenado por Moraes, C.C.P., Freitas, L.C.B.F. & Souza, R. B. Em fase final de edição pela Cegraf/UFG: Goiânia.. Novembro | 2017 • Ano XXI • Nº 81 • UNIMED CERRADO EM FOCO
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