Revista Unimed 3° Trimestre 2013

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Revista da

Unimed ANO 37 | Nº 180 | Trimestre 03 - 2013 | www.unimedvtrp.com.br Av. Benjamin Constant, 1058 - 5º andar - CEP 95900-000 - Lajeado/RS

Benefícios dos chás para a saúde Pág. 03

Bebês prematuros Pág. 10

Encarar uma doença grave de modo positivo auxilia no tratamento Pág. 16


Expediente Unimed – Cooperativa de Serviços de Saúde dos Vales do Taquari e Rio Pardo Ltda. Revista da Unimed – publicação que substitui o Jornal da Unimed, lançado em agosto de 1977 – circulação trimestral Fotos: Atelier Fotográfico, Elise Bozzetto, divulgação e arquivo pessoal

Para a

Foto da capa: Shutterstock Projeto gráfico e diagramação: TAOS Propaganda

Redação: Josiane Rotta e José Renato Ribeiro Jornalistas responsáveis: Josiane Rotta (Mtb/RS 11834) José Renato Ribeiro (Mtb/RS 12968) Equipe editorial: Dr. Paulo Roberto Jucá, Danielle Harth, Josiane Rotta, Aline Tonini, Viviane Bertolo e José Renato Ribeiro. Impressão: Grafocem Impressos Gráficos Tiragem: 35.100 exemplares Circulação dirigida: distribuição gratuita para colaboradores Unimed, cooperados, empresas conveniadas, clientes de planos familiares, serviços credenciados, coirmãs, entidades médicas, entidades culturais, imprensa regional.

06 Drogas:

08 Desacelere 10

E-mail: imprensa@unimedvtrp.com.br SAC: 0800 051 1166

um caso de polícia e de saúde

para viver

mais e melhor

Bebês prematuros

Quando o

melhor amigo pede ajuda...

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Encararando de frente

Notícias Unimed

editorial

ir embora de vez!

Apressadinhos

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião dos responsáveis por este jornal. www.unimedvtrp.com.br

U U OQ EL C HE

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Quando nasce um filho, nascem também os pais. As lições são em mão dupla. E quando a data marcada para iniciar essas aulas na prática é antecipada? Se uma criança muda a vida, imagina o impacto na rotina de um casal quando esse bebê é prematuro! Os cuidados, os temores, os mitos e a atenção especial são ingredientes de uma das matérias da revista que tem em mãos. Descubra a cada linha porque cabe tanta vida em um corpo que parece ser tão frágil e delicado. A luta pela vida continua em outro texto abordado na edição: contra as drogas. Um mal que atinge além do usuário e afeta todos ao

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redor. Outra luta é contra os ponteiros do relógio. Desde que acordamos até deitarmos de novo, a impressão é que estamos constantemente correndo contra eles. Quem perde nessa corrida? Sua saúde. Estudos já chamam de “Doença da Pressa” esse panorama que engole nosso dia, sem deixar muito espaço para "vivermos". Lutas norteiam nossa edição da Revista da Unimed. Não se preocupe, pois estamos com você para dar ainda mais força. Afinal, comprar essa briga vale a pena! Boa leitura!


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le é uma das bebidas mais consumidas no mundo. Na Inglaterra, faz parte de um ritual com hora marcada: "o chá das cinco". Mas cai bem em qualquer horário do dia, seja durante o lanche, após uma refeição ou no fim da tarde. Além de prazeroso para muitos paladares, o hábito de tomar um chazinho também pode ser saudável. "Dependendo da folha usada na infusão, a bebida pode oferecer nutrientes que ajudam no bom funcionamento do organismo. Há os chás que estimulam o apetite, ajudam a acalmar e até melhoram a função gastrointestinal", explica a nutricionista Nádia Jacobsen, do Espaço Vida Unimed de Venâncio Aires.

Pesquisas realizadas nos últimos anos confirmam os benefícios dos chás relacionados a doenças com alta incidência na atualidade. Um estudo feito com 500 mil europeus e publicado no American Journal of Clinical Nutrition, em 2010, mostrou que as pessoas que consomem chás têm menos chances de desenvolver câncer. No mesmo ano, outra pesquisa realizada pela Universidade de Utrecht, na Holanda, analisou 40 mil pessoas e apontou que tomar chás previne problemas cardíacos. Os chás também ajudam na prevenção do diabetes, conforme pesquisadores em artigo publicado no Archives of Internal Medicine, em 2009. Os estudiosos analisaram 18 estudos sobre os chás e conseguiram concluir

que pessoas que tomam de três a quatro xícaras de chá por semana diminuem as chances de desenvolver diabetes tipo 2. Entretanto, a nutricionista alerta que os chás também podem causar danos à saúde se consumidos indiscriminadamente e sem orientação de um profissional. "Eles jamais deverão substituir qualquer prescrição médica. Mesmo com tantos efeitos funcionais, os chás não são medicamentos e não devem substituí-los", assinala Nádia. E para aproveitar ao máximo as suas propriedades benéficas, procure consumi-los o mais fresco possível. Ser for usar saquetas ou então ervas e folhas soltas, deixe-as "marinar" durante 3 a 5 minutos.

• Estímulo do apetite: alecrim, agrião, camomila, melissa, sálvia, manjerona e alfavaca. • Calmantes: capim-cidreira, maracujá, valeriana, hortelã, folha de laranja, melissa, alface e angélica. • Problemas estomacais e intestinais: erva-doce, hortelã, camomila, poejo, angélica, sálvia e funcho. • Digestivos: hortelã, camomila, boldo, quássia, raiz de genciana, sálvia e anis estrelado. • Cicatrizantes: eucalipto, cavalinha, maracujá, couve, babosa e bálsamodo-peru.

• Anti-inflamatórios: agrião, limão, hortelã, alecrim, cavalinha, dente-deleão e folha de abacate. • Antissépticos: arnica, bardana, limão e malva branca. • Antidiarreicos: casca ou polpa de maçã, broto ou polpa de goiaba e casca de romã. • Estímulo do intestino: semente de linhaça, ameixa preta, cáscara sagrada, zimbro, hortelã, erva-doce e capim-cidreira. • Combate aos radicais livres: chámate e chá verde. • Indicados para bebês: camomila, erva-doce, poejo e funcho.

O chá, que é de origem oriental, tornou-se popular em vários países e também no Brasil. No início, era consumido apenas com objetivo medicinal, mas aos poucos passou a ser usado como bebida, por prazer.

O pioneiro na difusão dessa nova característica foi Confúcio, líder espiritual chinês. O chá aportou na Europa, trazido por holandeses e portugueses, devido às colônias que estes tinham na China.


cuidado 04

Para a

U ELU C HE Q O ir embora de vez!

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rises de tosse acompanhadas por vômitos, coriza e febre. O quadro que causa tensão parecia estar superado e sob controle. Mas os principais sintomas da coqueluche voltaram a fazer parte da rotina de consultórios médicos, principalmente no Rio Grande do Sul, que registrou um crescimento de 160% do número de casos da doença no ano passado em comparação a 2011. O principal motivo é a falta de complementação do ciclo de vacinas. Menos da metade das crianças no estado toma as cinco doses recomendadas. A coqueluche é transmitida pela saliva, através da tosse, e deve ser tratada com acompanhamento médico. A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação. Anticorpos contra a doença são criados quando é administrada a vacina tríplice bacteriana ou DTP – a sigla faz referências à difteria, ao tétano e à pertússis, nome menos comum da coqueluche. Altamente contagiosa, a coqueluche é

uma infecção causada por bactéria que compromete o aparelho respiratório. A transmissão ocorre ao falar, tossir ou espirrar. Os casos de coqueluche, que começaram a entrar em decréscimo depois da criação da vacina imunizadora (na década de 1970), voltaram a apresentar aumento no Brasil. Informações da Secretaria Estadual da Saúde revelam o aumento dos casos no Rio Grande do Sul. Apesar da elevação dos registros, o pediatra João Paulo Weiand (Lajeado) explica que a situação não é de pânico, porém chama atenção para o reaparecimento da coqueluche. “É preciso que os pais fiquem atentas aos sintomas e procurem tratamento correto para crianças e adolescentes, para evitar a disseminação”, alerta o cooperado da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, os estados que apresentaram maior incidência ano passado foram Rio Grande do Sul (774 casos), e Espírito Santo (738). A faixa etária mais atingida foi de bebês com menos de seis meses, correspondendo a 85% dos casos e a totalidade das mortes. “Após os 12 anos de idade, a recomendação é reforçar a vacina contra a coqueluche. Esse controle é muito importante. Por isso, a necessidade de acompanhar a carteira de vacinação e ter esse documento sempre junto”, orienta o médico.


TRA N SMISSÃO Espirro Tosse Respiração Saliva

PREVE N Ç ÃO

SI NTOMAS Ataques de tosse Tosse seca Coriza (em crianças) Febre baixa (criança) Apneia (criança)

DOENÇA - Causada pela bactéria Bordetella pertussis, a coqueluche é transmitida principalmente pelo contato com gotículas de secreção eliminadas ao tossir, falar e espirrar. Os primeiros sintomas são tosse forte, catarro, febre baixa e falta de apetite. Principalmente nas crianças e nos idosos, a doença pode evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação. A estratégia de prevenção da coqueluche atualmente é baseada na imunização de crianças. São três doses da vacina pentavalente, aplicada desde os dois meses de idade. A última dose é tomada aos oito meses. Mas após 10 anos, a vacina perde o efeito. Assim, a coqueluche tem se manifestado em adultos, que já não estão mais protegidos. E os adultos infectados passam a enfermidade para as crianças. Os acontecimentos de óbitos são mais comuns em crianças de menos de 2 meses a 6 meses, pois nessa fase ou a criança ainda não tomou a dose ou não está completamente protegida, o que ocorre somente depois da terceira dose.

Vacinação Evitar locais com aglomerações (crianças)


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Drogas: um caso de polĂ­cia e de saĂşde


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édico cooperado da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP), o psiquiatra Alex Terra trabalha desde 2005 com dependentes químicos. Se pudesse dar um conselho à população, diria: “A melhor maneira de prevenir os danos da droga é não tê-la à disposição”. Na opinião de Terra, este pode ser considerado, ao mesmo tempo, um caso de saúde e de polícia. “É de saúde por que existe um mecanismo de dependência química que provoca disfunções no cérebro e é passível de tratamento”, explica o médico. E é um

caso de polícia na medida em que existe violência associada ao uso de drogas, tráfico de entorpecentes, ou mesmo mortes no trânsito por conta do uso do álcool, que é uma droga lícita. O psiquiatra faz um alerta aos pais, para que fiquem atentos aos sinais dos filhos. Devem se preocupar com faltas às aulas e baixo desempenho escolar. “A dependência passa a ser central na vida dessa criança ou adolescente e a escola fica em segundo plano”, declara. Além disso, pode ocorrer um isolamento e comportamento estranho. Também podem começar a sumir objetos de casa para que o vício seja sustentado. Entre alguns sintomas mais específicos de uso de alguns tipos de

entorpecentes, comenta que a maconha deixa a pessoa mais avoada e lenta. Já o crack, pode provocar emagrecimento. Para caracterizar uma situação de dependência, Terra cita o exemplo do álcool. “Dependente é aquela pessoa que durante todo o dia fica pensando na hora de sair do trabalho e ir para o bar tomar a cachaça com os amigos. Depois de algum tempo, começa a ficar até mais tarde no bar. Outro dia, não dorme em casa, fica lá bebendo e vai embora de manhã. Daqui a pouco, falta ao trabalho por que ficou de ressaca. É como se o principal objetivo da vida dele fosse usar a droga”, relata Terra.

Técnicas de tratamento Para o tratamento existem técnicas. Antigamente, segundo o psiquiatra, usava-se o método confrontativo. “Quando o indivíduo queria parar e recaía, a técnica que se usava era de pegar firme, ‘pegar pesado’. Às vezes, chegava quase ao ponto da humilhação. Acontecia muito nos grupos de autoajuda”, lembra o cooperado da Unimed VTRP. Observa que ela só funciona para quem está consciente e realmente tomou a decisão de parar de usar drogas e a dificuldade é mais física mesmo. Mas se o usuário está na dúvida e o tratamento for firme, ele irá fugir e continuará usando. Hoje em dia, os profissionais estão trabalhando com a entrevista motivacional. “É uma técnica diferente. Não usa ‘pegar pesado’. Na entrevista, trabalhamos mais com o lado do paciente que está demonstrando querer parar. Quando o paciente faz um avanço, a gente reforça. Quando desliza, dá apoio: ‘desta vez não conseguiu, vamos tentar de novo’. É um manejo mais centrado no indivíduo e não no objetivo em si”, explica Terra.

Em muitos casos, como o de usuários de crack, o tratamento também inclui internação. “É muito difícil o indivíduo parar sem uma contenção, pois o crack produz uma abstinência muito mais intensa. A pessoa precisa ser protegida, ficar sem acesso à droga. A perda de controle que o indivíduo sente é muito maior”, analisa o psiquiatra. Considerando ainda a cocaína ou o álcool, o paciente também precisa ir para o hospital fazer uma desintoxicação, porque o organismo vai ter vários sintomas relacionados à privação da substância. Apesar do tratamento, o médico diz que, do ponto de vista fisiológico, não existirá um exdependente químico. “Sempre comparo a dependência a um mato fechado. Para atingir nosso objetivo, abrimos uma trilha naquele mato. O dependente fez aquela trilha. Podem passar três ou quatro anos, mas aquela trilha estará lá. A ação automática, de usar droga sem medir as consequências, não se desfaz. O indivíduo forjou aquela via e estará facilitada até ele morrer”, finaliza o psiquiatra.


alerta

Desacelere para viver

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mais e melhor

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eita tarde para dormir. Trouxe trabalho para casa. Filho não jantou ainda! Não vai dar tempo de passar trabalho por e-mail para o chefe! Trabalho perdido! Casa desarrumada! E hoje ainda era dia de pagar aluguel, mas não deu tempo... Ficou cansado? Sentiu o coração acelerar? Ficou nervoso imaginando estar nesse dia? E se fosse assim ou parecido com isso dia após dia? Para a maioria que trabalha, a realidade é essa. A correria não é uma opção. O estresse não é uma escolha. “Criamos um mundo diferente. Antes, a parte física e a alimentação eram valorizadas porque precisávamos delas. A atividade física não é mais vista como necessidade. Hoje em dia, trabalhamos sentados muitas vezes o tempo todo. A alimentação, que não era abundante, atualmente está em fartura, mas com baixa qualidade. Juntando isso com o ritmo de vida que levamos: o resultado é prejudicial à saúde”, alerta o cardiologista Edgar Solon de Pontes, cooperado Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP). Com consultório em Santa Cruz do Sul, o médico conhece de perto essa situação, que já é chamada de Doença da Pressa. “Com certeza, esse estresse da pressa com que levamos nossa vida é responsável por grande parte das doenças cardiovasculares”, complementa.

Nesses tempos em que olhamos mais para o relógio do que para o filho, o conselho principal é desacelerar. Em outras palavras: é viver mais. “A orientação é diminuir o ritmo e evitar tanta coisa ao mesmo tempo. Acabamos marcando compromissos um perto do outro, porque hoje temos maior facilidade no transporte do que antigamente. Mas aí ficamos estressados com o trânsito! É complicado...”, lamenta o cardiologista. “Precisamos conseguir esse tempo para nós mesmos”, salienta. PRESSA - Nos Estados Unidos, o termo usado para pessoas com esses sintomas é hurry sickness (ou doença da pressa): criado pelo cardiologista americano Meyer Friedman em 1959. O médico reparou que os braços das cadeiras da sala de espera tinham tempo curto de uso. Os pacientes se sentavam na ponta dos assentos - na posição de quem pretende levantar a qualquer momento - e mexiam de maneira nervosa nos apoios de braços das poltronas. Friedman resolveu estudar os efeitos do estresse. A conclusão? Pessoas tomadas pelo sentimento de urgência constante e irritabilidade eram mais sujeitas a problemas cardíacos. Os debates sobre a doença da pressa continuam atuais. Dois estudos recentes reforçam as discussões a respeito. Um deles foi conduzido pelo Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress da PUCCampinas. Os entrevistados somaram

duas mil pessoas com mais de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas: 65% dizem viver com pressa e 10% têm esse sentimento de forma exagerada. Essa parcela faz diversas atividades ao mesmo tempo, vivendo com a sensação de urgência. A Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse entrevistou 900 profissionais entre 24 e 58 anos, em São Paulo e em Porto Alegre. Constatou que 36% deles sofrem da Doença da Pressa: eles sentem pressa de forma crônica e sem justificação. O grupo identificado com esse perfil apresenta uma série de disfunções: 93% reclamam de crises de ansiedade; 91% de angústia e 57% de sentimentos de raiva injustificada. Já dores musculares (incluindo dor de cabeça) atingem 94% dos entrevistados; 45% deles sofrem com distúrbios do sono e 24% com taquicardia. “São diversos fatores dessa doença que acabam em angústia, ansiedade e depressão”, acrescenta o cooperado Unimed VTRP. Ou seja, o melhor é tirar o pé do acelerador para poder aproveitar mais as paisagens. Afinal, se a vida é essa viagem, viver é saber curtir cada momento sem pressa. Instantes assim podem incluir um sorriso do filho após um gol feito no campeonato do colégio, um abraço na mãe durante um almoço em família ou até ouvir aquela música que não ouvia mais por falta de tempo. Momentos assim podem não voltar mais com tanta correria. Desacelere e curta mais a viagem!



bebês prematuros

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Apressadinhos

a natureza, tudo tem seu tempo. É preciso cruzar a noite para que amanheça o dia. Há de se ver a floração antes da queda das folhas. É preciso plantar para colher. Há de se esperar nove meses para nascer. Mas e quando o ciclo de maturação de uma nova vida é abreviado? A nutricionista Claudia da Silveira Rohr, 35 anos, sabe bem o que acontece. Em março deste ano, com 31 semanas de gestação (o equivalente a pouco mais de sete meses), ela deu à luz ao Murilo, que veio ao mundo com 1,565 quilos e 40 centímetros. “Naquele dia acordei com uma cólica forte e sangramento. Às 9h consultei com o médico e antes do meio-dia ele precisou fazer a cesárea”, lembra a mamãe de primeira viagem. Foi pega de surpresa uma semana antes do chá de fraldas e da data marcada para a sessão de fotografias de gestante. No caso de Claudia, ocorreu um descolamento de placenta. Algo inesperado para uma gestante saudável e que fazia o acompanhamento prénatal. Segundo o ginecologista e obstetra Leandro Luis Assmann, de Santa Cruz do Sul, na maioria das vezes as causas do parto prematuro são desconhecidas. Porém, estudos apontam uma maior incidência em mulheres acima dos 35 anos,

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naquelas com parto prematuro anterior ou gestação de gêmeos. “O que precisamos fazer é ficar atentos aos fatores de risco, como o aumento de líquido amniótico, alterações da anatomia uterina, mudanças no colo uterino – sejam elas genéticas ou provocadas por cirurgias -, distúrbios de coagulação sanguínea, rompimento precoce da bolsa e infecções. Tabagismo, obesidade, pressão alta e abortos prévios também podem provocar trabalho de parto prematuro”, completa Assmann. Quando existirem fatores de risco, o médico poderá indicar exames ultrassonográficos para medida de colo uterino, entre 22 e 24 semanas de gravidez. E, entre 22 e 35 semanas, de dosagem de fibronectina vaginal (uma substância presente na secreção vaginal de pacientes com risco de parto prematuro). Além disso, poderão ser usados medicamentos à base de progesterona, que previnem o nascimento antes do tempo.

Murilo nasceu prematuro


Mamãe-canguru Precauções como estas serão necessárias na próxima gravidez de Claudia, que por 41 dias acompanhou o primogênito na UTI Neonatal do Hospital Estrela. Como os pulmões do recémnascido não estavam bem formados e ele não conseguia respirar sozinho, precisou usar ventilação mecânica. Em função da aparelhagem e da necessidade de ganho de peso, permaneceu a maior parte do período na incubadora. O Murilo nasceu em uma quinta-feira e no sábado seguinte sua mãe teve alta hospitalar. Voltou para casa, em Arroio do Meio, sem o rebento nos braços. Só pode aconchegá-lo no colo com quase um mês de vida. Foi quando a família

passou a fazer o chamado método Mamãe-canguru. Uma vez por dia, ele era tirado da incubadora e aninhado no peito da mãe ou no peito do pai por aproximadamente uma hora e meia. Segundo a pediatra Tatiana Kurtz, de Santa Cruz do Sul, esta tem sido uma alternativa ao cuidado neonatal convencional para bebês de baixo peso ao nascer. “Essa assistência neonatal implica no contato pele-a-pele precoce entre a mãe e o recém-nascido, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma,

uma maior participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido”, complementa a médica, que também é intensivista pediátrica e vice-diretora Clínica do Hospital Santa Cruz. Tatiana elenca uma série de vantagens com a adoção deste método, entre elas, o aumento do vínculo mãefilho; estímulo ao aleitamento materno; aumento da confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso; redução nos casos de infecção e de permanência hospitalar.

de de amamentar. De acordo com a pediatra Tatiana Kurtz, o leite materno deve sempre ser a primeira escolha na alimentação após a alta hospitalar. “Ele contém altas concentrações de ácido docosahexaenoico, que está relacionado com um melhor desempenho no desenvolvimento neurológico. Além disso, o leite materno fornece crescimento harmônico, com ganho de peso adequado nos primeiros anos de vida. Possui, entre outros componentes, a lactoferrina, que tem um efeito anti-infeccioso”, explica a médica. O início da alimentação complementar dependerá da maturidade neurológica da criança, mas para isso deverá ser considerada sua “idade corrigida” e não sua “idade cronológi-

ca”. A cronológica é a idade real que o bebê tem. Já a “idade corrigida” é a idade ajustada ao grau de prematuridade, ou seja, a idade que teria se tivesse nascido de 40 semanas. Por exemplo: um bebê que nasceu há três meses (o equivalente a mais ou menos 12 semanas) com 30 semanas de gestação, tem a “idade corrigida” de apenas duas semanas de vida. A pediatra aconselha que a alimentação complementar seja iniciada aos seis meses de idade corrigida para as crianças com aleitamento materno exclusivo. Já o prematuro que recebe apenas aleitamento artificial poderá iniciar com alimentação complementar mais cedo, com três meses de idade corrigida. O uso de suplementos, como vitaminas, ferro e zinco, também podem ser indicados.

Murilo já abraçado com a mãe

Aleitamento Depois do nascimento do Murilo, todos os dias Claudia acordava e pensava: “será que hoje é o último dia dele na UTI?”. Quando chegava ao hospital, aguardava ansiosa pelo boletim médico. E cada “passinho para frente” era motivo de muita comemoração. Claudia lembra bem da alimentação inicial do Murilo. Por sonda, começou recebendo 3 ml de leite de três em três horas. Depois foi gradualmente aumentando para 5 ml, 10 ml, 15 ml. Nas primeiras semanas, para suprir a necessidade, Claudia teve de aprender a tirar o leite do peito. E para já ir preparando o organismo para a rotina que os esperava, fazia isso de três em três horas. “Quando começou a receber no peito foi uma felicidade só”, lembra Claudia, que nutria uma grande vonta-


Cláudia e filho trocam sorrisos

O desenvolvimento do bebê prematuro Segundo a pediatra Tatiana Kurtz, a prematuridade é a principal causa de problemas e mortes após o parto, pois a imaturidade do organismo o torna mais vulnerável a determinadas enfermidades. Por isso, imediatamente após o nascimento, estes bebês necessitam de cuidados especiais em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal. Quanto menor o peso e a idade gestacional ao nascer e quanto maior a gravidade de uma doença neonatal, maior será o tempo de internação. O prematuro só poderá receber alta hospitalar quando, entre outros aspectos, demonstrar estabilidade fisiológica: *Capacidade para se alimentar exclusivamente por via oral em quantidade suficiente para garantir um crescimento adequado (mínimo de 20 gramas por dia, por pelo menos três dias consecutivos). Desde que não apresente engas-

go, cianose (coloração azulada da pele devido à hemoglobina reduzida no sangue) ou dificuldade de respirar. *Capacidade de manter uma temperatura corporal normal, estando vestido e o o em berço comum, a uma temperatura ambiente de 20 C a 25 C. *Função cardiorrespiratória estável e fisiologicamente madura, sem apneia (parada respiratória) ou bradicardia (diminuição na frequência cardíaca) por um período de oito dias. No momento da alta hospitalar, é importante que o médico verifique peso, perímetro cefálico e comprimento do bebê, de forma que o crescimento possa ser melhor avaliado nas consultas seguintes. Os exames poderão ser individualizados de acordo com a necessidade e grau de imaturidade. Porém, os recém-nascidos de muito baixo peso deverão ser monitorados

quanto à anemia, doença metabólica óssea, doenças infecciosas e imunopreveníveis. Por ser prematuro, o bebê poderá apresentar atrasos no desenvolvimento, com eventual necessidade de acompanhamento por profissionais especializados em estimulação e correção de vícios posturais que possam ocorrer. Em alguns casos, precisará do suporte de uma equipe multidisciplinar, com oftalmologista, otorrinolaringologista, neuropediatra, psicólogo infantil, fisioterapeuta, nutricionista e fonoaudiólogo. “Os distúrbios do desenvolvimento do recém-nascido prematuro nos primeiros anos de vida podem comprometer a qualidade de vida futura, mas uma identificação precoce possibilita medidas de intervenção que podem melhorar, em muito, o prognóstico futuro do prematuro”, explica Tatiana.

De olho no calendário

A recordista

Uma gestação normal tem de 37 a 42 semanas de duração. Sendo assim, um parto é considerado prematuro quando ele acontece antes de 36 semanas e seis dias. Um bebê é considerado “viável”, ou seja, tem chances de sobrevivência se nascer após 24 semanas de gestação.

O menor bebê prematuro a sobreviver no país nasceu na 25ª semana de gestação, com 360 gramas e 27 centímetros, em Minas Gerais. A “recordista” foi Carolina Terzis, que veio ao mundo em 16 de novembro de 2011. Ela teve alta hospitalar após cinco meses de vida.


O que eu fiz de errado? Nem sempre as mães conseguem reagir bem a situações estressantes como a adaptação a algo não planejado como um parto prematuro. É normal que a mulher se questione: “O que fiz de errado?”, mesmo que ela não tenha sido a responsável direta pela ocorrência. Segundo a psicóloga Elizabeth Wessel, que atua no Espaço Vida Unimed em Lajeado, naturalmente a maternidade traz consigo responsabilidades, uma maior sensibilidade, bem como um senso de compromisso muito grande. E quando uma situação foge do controle, a culpa aparece com maior

força. Entretanto, esse sentimento pode deixar a mulher sem ação frente às dificuldades, trazendo ainda mais complicações. “Mas pedir que uma mãe não se sinta culpada é pedir demais. Os familiares e amigos devem confortá-la e auxiliá-la para que se cuide e esteja disponível para o bebê”, observa a psicóloga. A mulher precisa contar com o apoio de pessoas que vão lhe transmitir segurança. Nesse momento é importante manter a família unida e confiar nos profissionais que estão cuidando do bebê.

Geralmente as mães de prematuros apresentam-se bastante preocupadas, ansiosas e por vezes confusas e tristes. “Mas quem não ficaria preocupado ou mais sensível com o nascimento prematuro de um filho ou vendo a fragilidade dele?”, consola Elizabeth. Os familiares devem ficar alerta se a mulher começar a apresentar um padrão de comportamento muito diferente do que era o habitual. “Neste momento, o melhor é procurar auxílio médico, pois se a mãe não está bem para cuidar de si também não conseguirá cuidar do bebê”, observa a psicóloga.

Inscreva-se nos grupos no Espaço Vida Unimed O Espaço Vida Unimed conta com dois programas focados nos cuidados com as mães e com os filhos. O “Meu Bebê” é formado pelos grupos de gestantes e de preparação para a chegada do bebê. O segundo grupo é direcionado às mães na reta final da gravidez. Clientes que participam desses programas são monitoradas

Características Geralmente os prematuros têm baixo peso ao nascer (menos de 2,5 quilos); pele fina, brilhante e rosada; veias visíveis; pouca gordura sob a pele; pouco cabelo; orelhas finas e moles; cabeça desproporcionalmente maior do que o corpo; musculatura fraca e pouca atividade corporal; poucos reflexos de sucção e deglutição.

pela equipe e recebem uma visita alguns dias depois do parto. As crianças de 0 a 12 anos são convidadas a participar do programa “Saúde na Infância”, que tem o propósito de promover um desenvolvimento saudável, fortalecer o vínculo familiar e trabalhar a importância de hábitos saudáveis desde a infância.

Casos no Brasil No Brasil, o nascimento de bebês prematuros corresponde a 9,2% dos nascidos vivos (dados de 2012).

Elas são monitoradas pela equipe e junto com os pais podem participar de palestras e oficinas. Para se inscrever nos programas basta ser cliente Unimed VTRP. Informações pelo (51) 3714-7130, em Lajeado; (51) 3713-8345, em Santa Cruz do Sul; (51) 3741-1419, em Venâncio Aires e (51) 3751-1972, em Encantado.

Prematuros famosos Albert Einstein Charles Darwin Isaac Newton Napoleão Bonaparte Pablo Picasso

Fonte: site Prematuridade.com


descaso

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Quando o

melhor amigo pede ajuda...

E

stimativas apontam: para cada cinco habitantes existe um cão ao menos. E 10% da população canina acaba abandonada nas ruas. Segundo dados do mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2010), a população total dos Vales e da Região do Jacuí soma 823,8 mil habitantes. Ou seja, nossa população canina gira em torno de 164,7 mil: 10% dos cães são abandonados nas ruas, o que revela um total superior a 16,4 mil cachorros deixados pelos donos. Em Santa Cruz do Sul, as projeções apontam mais de 2,3 mil cachorros

abandonados nas ruas. Em Lajeado, esse número supera os 1,4 mil. Só as duas cidades, portanto, têm perto de 4 mil cães nas ruas. O resultado atinge desde maiores dificuldades no trânsito e riscos de ataques dos animais contra crianças e adultos até doenças transmitidas ao homem. A consequência é estarmos diante de um problema de saúde pública que deve ser combatido por cada município, pois entre as moléstias que estes animais podem hospedar podemos destacar as sarnas, carrapatos, pulgas, vermes, além das zoonoses (doenças transmitidas dos animais para o homem e vice-versa). Uma das alternativas é a implanta-

ção de projetos que visem, por meio da conscientização da sociedade, a diminuição do abandono, para que haja um controle populacional destas espécies. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que somente medidas humanitárias sistemáticas que contemplem conjuntamente o controle de natalidade por meio da castração, a educação para a propriedade responsável e respeito a todas as formas de vida, rigorosa fiscalização e controle de criadouros e comércio, além de um sistema eficiente de identificação e registro trazem resultados substanciais para controlar a superpopulação de cães e minimizar a incidência de zoonoses.

Entidades ajudam na adoção de animais abandonados


CONSCIENTIZAÇÃO - Os debates mais recentes na Região sobre o problema ocorreram em junho durante o Simpósio de Proteção aos Animais Etapa Vale do Taquari. O evento foi realizado na Univates (Lajeado). O foco das palestras foi os animais domésticos. Entre os temas, destaque para o controle populacional, castração, adoção consciente e realidade das ONGs. A abertura ficou a cargo do prefeito de Lajeado, Luís Fernando Schmidt e do reitor, Ney José Lazzari. O representante do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, Mateus Lange, ministrou sobre “Projetos de Castração e Bem-Estar Animal”. Outra palestrante bastante aplaudida foi

a veterinária Anamaria de Brenner Lima, de Porto Alegre, que tratou da importância da castração. Já o 2º promotor de Justiça da Comarca de Pelotas, Jaime Nudilemon Chatkin, destacou o papel do Poder Público nessa questão. Uma das instituições promotoras do simpósio conhece bem essa situação em Lajeado: a Associação Protetora dos Animais São Francisco de Assis (Apasfa), que atende denúncias de maus tratos e abandono. Para a voluntária da entidade Gláucia Marchesan, além de adotá-los é importante castrálos. “A castração evita as crias indesejadas e possíveis sacrifícios e abandonos de animais, além de ser mais tran-

quilo para quem possui fêmeas em casa. A castração evita também a problemática de cães que fogem para as ruas causando tumulto e briga, bem como o desagrado das pessoas que muitas vezes apedrejam os animais para afugentá-los”, explica. Em 2014, o simpósio ocorrerá em Venâncio Aires. Em Santa Cruz do Sul, um flagrante recente exemplifica o panorama da cidade: câmeras de monitoramento nas ruas captaram imagens de um homem, no Centro, ao estacionar o carro que conduzia em frente a uma clínica veterinária. As cenas mostram ele descendo do veículo e deixando uma caixa com cães dentro na calçada. Depois, volta e arranca com o automóvel.

Câmera no Centro de Santa Cruz flagra motorista abandonando cães em frente de clínica veterinária

Simpósio em Lajeado debateu controle populacional de animais na Região


vida 16

Encarando de frente

Oscar Schmidt

O

homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira”. A reflexão é do famoso filósofo Friedrich Nietzsche, ainda no século XIX. Mas sua perspicácia com relação à alma humana torna seus pensamentos atemporais. A frase anterior é um exemplo. Não apenas dessa característica do pensador alemão, mas também de posicionamento diante da vida. Exemplos desse lema na prática é o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, que serve de motivação a todos os brasileiros. Agora, além das quadras. O Mão Santa – como ficou conhecido pelo seu talento no basquete – passou por uma cirurgia a qual se submeteu para a para a retirada de um tumor maligno no cérebro. Com um exce-

lente humor, Oscar declarou que está curado e que o tumor “pegou o cara errado”. De volta ao trabalho – ministrando palestras motivacionais – o ex-atleta também garantiu que é ele quem está consolou sua família. A primeira cirurgia foi em 2011, quando Oscar retirou o primeiro tumor. O ex-atleta admite que não derramou uma única lágrima por conta da doença. Ao contrário, dizia que precisou passara a tomar “só um remedinho e pronto” durante o tratamento. A reação de Oscar não é comum entre as pessoas que descobrem estar com uma doença grave como a dele. “Se o paciente recebe o diagnóstico de maneira negativa, pode ficar deprimido e pensar que é o fim. Mas se ele encara positivamente e se mostra aberto, o tratamento é mais fácil, pois o paciente acaba compreendendo a sua

necessidade”, explica a cancerologista, Alexandra Petri Loureiro (Santa Cruz do Sul). Normalmente, o quadro de sentimentos vai progredindo e a negação inicial da doença vai sendo substituída ao final pela sua aceitação. Pacientes que se tornam apáticos ou sem vontade de lutar acabam por não conseguir, muitas vezes, realizar satisfatoriamente todo o tratamento, gerando preocupação para os familiares e a equipe médica. Além disso, o estado emocional do paciente gera muito sofrimento para ele próprio. Nesse momento, é muito importante o apoio de pessoas próximas. “A rotina de uma pessoa muda completamente depois de uma notícia assim. Contar com familiares e amigos é muito importante nesse momento”, complementa a médica cooperada da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo.


Além de Oscar Schmidt, outras figuras públicas também encararam doenças graves de modo positivo:

Ana Maria Braga

Ana Maria Braga: em 2001, a apresentadora da Rede Globo revelou em rede nacional que tinha um câncer agressivo na região pélvica que a levaria a passar por quimioterapia e radioterapia, com chance de cura de 70%. Ela fez o tratamento sem parar de apresentar o programa e, até hoje, está à frente da atração matutina da emissora. Esta foi a segunda doença grave de Ana Maria que, na década de 1990, teve um câncer de pele. Da mesma forma, ela expôs a enfermidade para seus telespectadores e, inclusive, chamou especialistas para debater o assunto no seu programa da época, na Rede Record, além de ter feito campanhas no ar pelo uso de filtro solar.

Reynaldo Gianecchini

Reynaldo Gianecchini: o ator chocou seus fãs ao declarar que estava com um linfoma raro, em 2011. Jovem e galã, ele autorizou sua assessoria de imprensa a dar detalhes sobre seu tratamento e, após a cura, Gianecchini afirmou que amigos e familiares próximos foram o alicerce para sua recuperação. “Minha jornada no hospital foi muito interessante. Quando tinha uma superação, acontecia uma festa. Me sentia curado desde o primeiro dia. Acredito na força da vida”, disse ele na época do tratamento.


notícias Unimed

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Cliente Unimed ganha meia entrada nos eventos do Arte Sesc

A Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) renovou este mês a parceria com o projeto Arte Sesc em Lajeado, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Até o final do ano, clientes da Cooperativa Médica terão 50% de desconto na compra de ingressos para qualquer espetáculo desta programação. Basta que, no momento da aquisição das entradas, apresentem o cartão do plano de saúde.

“Queremos facilitar o acesso de nossos clientes a programas culturais. Entendemos que atividades de lazer contribuem para uma vida de mais qualidade. E esta é mais uma forma de cuidarmos das pessoas que nos confiaram a gestão da sua saúde”, comenta a coordenadora de Marketing da Unimed VTRP, Danielle Harth. A programação completa do Arte Sesc pode ser conferida no site http://www.sesc-rs.com.br.

A importância de usar o plano de forma consciente A Unimed VTRP conta com 670 médicos cooperados, habilitados em mais de 30 especialidades e com consultórios em 59 municípios dos vales do Taquari, do Rio Pardo e região do Jacuí. Apesar de dispor de uma rede qualificada e diversificada, a maioria dos clientes sente-se mais satisfeita quando consegue agendar uma consulta com seu médico de referência e sem esperar muito tempo para ser atendida. É bem provável que você também pense assim. Por isso é muito importante que ligue para a secretária e desmarque a consulta quando não puder comparecer. Dessa forma, o horário reservado poderá ser utilizado por outro paciente que esteja precisando ou que tenha preferência

por determinado profissional. O ideal, na medida do possível, é que o consultório seja avisado com pelo menos 24 horas de antecedência. É uma atitude simples, que beneficia todos os usuários do plano de saúde. Esse comportamento, por parte do cliente, também é de grande valia para a operadora, que precisa cumprir com as regras estabelecidas pelas Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Desde o final de 2011, quando entrou em vigor a Resolução Normativa 259/268, a Cooperativa deve garantir a seus clientes o acesso a procedimentos e serviços dentro de um prazo máximo. Vale destacar que a RN assegura o atendimento na especialidade e no

serviço solicitado e não com o cooperado ou prestador de preferência do cliente. Mas antes de a resolução entrar em vigor, a Unimed VTRP já auxiliava clientes que apresentavam dificuldades em acessar algum serviço. Sempre que um cliente não conseguir agendar uma consulta ou procedimento, deverá entrar em contato com a área de Relacionamento com Clientes da Unimed, nos pontos de atendimento pessoal ou por telefone – pelo SAC 24h (0800 051 1166). Quando isso ocorrer, a Unimed VTRP informará ao cliente toda a rede disponível para o serviço que ele busca e o auxiliará a identificar um profissional para o atendimento.

Unimed VTRP firma parceria com clínicas de vacinação Desde junho, clientes de planos assistenciais (familiar e empresarial) da Unimed VTRP ganham desconto de 15% em quatro clínicas de vacinação da região: duas em Santa Cruz do Sul, uma em Lajeado e uma em Roca Sales. Para usufruir do benefício, os interessados devem apresentar o cartão do plano e a

carteira de identidade. Clínica Protege - Avenida Benjamin Constant, 1010/507 - Centro - Lajeado Telefone: 51 3710-1676 Dr. João Mário Mazzola - Roca Sales/Encantado Telefone: 51 3753-1331 ou 51 9995-4123

Centro de Vacinas Santa Cruz - Rua 28 de setembro, 729 térreo - Edifício Costa Azul - Santa Cruz do Sul Telefone: 51 3715-9695 Imuniza Clínica de Vacinas - Rua Marechal Deodoro, 949/03 térreo Edifício Centro de Saúde - Centro Santa Cruz do Sul Telefone: 51 3711-4572


Filmes (chapas) de raios-X podem ser descartados nos coletores da Cooperativa

Além de filmes de radiografia, coletores também recebem pilhas, baterias, celulares, medicamentos vencidos e cartões magnéticos

Os coletores ecológicos disponibilizados nos pontos de atendimento Unimed VTRP estão recebendo mais um tipo de resíduo tóxico: os filmes de raios-X. Além deste material, a comunidade pode seguir depositando pilhas, baterias, celulares, medicamentos vencidos e cartões magnéticos nas caixas da Cooperativa Médica. Se descartados no lixo comum os

filmes de raios-X podem contaminar o solo e os lençóis freáticos, pois contêm prata, que é um metal pesado. “Esse tipo de metal possui efeito acumulativo no organismo e causa problemas renais, motores e neurológicos”, alerta a bióloga Cátia Viviane Gonçalves, responsável pelo Programa Interno de Separação de Resíduos da Univates. “As bases dos filmes radiográficos são feitas de acetato, um plástico derivado do petróleo e que

demora mais de cem anos para ser degradado em aterros sanitários comuns”, completa a profissional. Desde que começou a recolher filmes de raios-X, a Unimed VTRP deixou de receber nos coletores materiais perfurocortantes, como agulhas e seringas. Esses resíduos podem ser entregues em postos de saúde e hospitais, que devem dar um destino correto aos seus resíduos de serviços de saúde.

Participe das atividades no Espaço Vida mais próximo! Confira abaixo o calendário de palestras no Espaço Vida Unimed para o próximo trimestre. Elas serão proferidas por médicos cooperados nas unidades de Lajeado, Encantado e Venâncio Aires. Em Santa Cruz do Sul a programação foi suspensa, por tempo indeterminado, em

Setembro • Como conviver com a dor crônica • Envelhecimento saudável • Obesidade: causas e efeitos

decorrência do avanço no número de casos suspeitos, confirmados e mortes por gripe A no município. As palestras são abertas à comunidade. Para saber a data do evento e garantir a inscrição, os interessados devem ligar para o Espaço

Outubro • Saúde da mulher • Saúde bucal • Cuide sua saúde mental

Vida. Além disso, clientes Unimed também podem participar das oficinas de culinária. Para obter mais informações, ligue: Espaço Vida Lajeado (51) 3714-7130, Santa Cruz do Sul (51) 3713-8345, Encantado (51) 3751-1972 e Venâncio Aires (51) 3741-1419.

Novembro • Saúde do homem • Riscos e doenças cardiovasculares • Cuidados com o verão


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Dúvidas do leitor

Tenho um plano com abrangência nacional e preciso de atendimento em uma região que não possui identificação biométrica. Como devo proceder para me identificar como cliente Unimed VTRP? O cliente da Unimed VTRP que tiver um plano com abrangência nacional e precisar de atendimento em outra região que não possui identificação biométrica irá identificar-se apresentando seu cartão Unimed e um documento de identificação, casos de consultas ou atendimentos de urgência / emergência. Se o atendimento tratar-se de um exame, procedimento ou internação solicitado em nossa área de ação, o cliente deve passar antes em um dos nossos pontos de atendimento Unimed VTRP para pegar a guia de autorização. Dessa forma, o cliente apresentará os documentos necessários para receber atendimento nas demais cidades do sistema Unimed nacional.

Consultei na minha cidade utilizando a biometria e os exames serão feitos em outra região que não possui o sistema. Como proceder? Em locais que não possuem o sistema de biometria é necessário apresentar a guia de solicitação original preenchida pelo médico solicitante e previamente autorizada em um dos pontos de atendimento da Unimed VTRP. Informe sempre ao seu médico quando for realizar exames ou procedimentos fora da área de ação da Unimed VTRP para que ele lhe forneça a guia original, assinada. Autorize previamente e assim, estará apto a receber o atendimento em qualquer localidade de abrangência de seu plano. Qualquer dúvida, mantenha contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente 24h - 0800 051 1166.

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