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Exposição no Farol Santander homenageia Lupicínio Rodrigues

Espaço que conta a história do músico nascido em Porto Alegre está em cartaz até o dia 23 de julho

Por Nicoly Owicki

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“Lupi: pode entrar que a casa é tua”, assim é chamada a exposição do cantor e compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974), que reúne 150 fotos e 70 objetos pessoais que resgatam a história do artista. No espaço, o público conhece as várias facetas de Lupicínio, um boêmio, soldado, carnavalesco e cantor apaixonado que relata suas dores e amores através da música.

A exposição recupera um acervo de roupas, objetos de higiene, bilhetes e documentos do compositor. Traz o semblante e a voz inigualável de Lupicínio na forma de holograma e apresenta o aparelho de rádio através do qual ele acompanhava os jogos do time do coração. Gremista nato, Lupicínio é compositor do hino tricolor, tendo inclusive um busto na Esplanada da Arena.

Emocionado diante um aparelho de rádio exposto, o aposentado da cidade de Paraí, no interior do Rio Grande do Sul, Dirceu Lene, 70 anos, recorda que ouvir Lupicínio Rodri - gues representava seu melhor momento de distração na juventude. “O rádio de pilha era minha companhia. À época, eu nem imaginava como era o Lupicínio, pois a gente só ouvia as músicas e não tinha como ver o seu semblante”, relembra.

O arquiteto Fernando da Costa

Franco, 58 anos, se mudou de Erechim para Porto Alegre aos 4 anos e sua família optou por residir na Ilhota, bairro onde o cantor nasceu e compôs, em 1937, uma música em homenagem ao lugar. Gremista, Fernando revela que Lupicínio fez parte da sua trajetória, “mas nunca tinha parado para estudar a sua história”. Com curadoria de Carlos Gerbase, a exposição narra, de forma cronológica, a vida e obra de Lupicínio, desde o nascimento, passando pela juventude e resgatando a história da família que veio escravizada da África. Recupera, também, a experiência do compositor como soldado, o seu envolvimento com a namorada que conheceu ao servir em Santa Maria e que o impulsionou a investir na música, assim como sua paixão por samba e carnaval. Com materiais inéditos, o acervo da exposição inclui músicas com a voz do cantor e também reproduções de clássicos de Lupicínio nas vozes de artistas como Elza Soares, Gilberto Gil e Caetano Veloso. A exposição está localizada no Farol Santander e ficará aberta ao púbico até o dia 23 de julho. A classificação é livre. O ingresso custa 17 reais e também oferece acesso à exposição permanente do Farol que restaga a história da cidade de Porto Alegre.

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