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NEABI oferece cursos de culinária e informática a quilombolas
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), vinculado à Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), realiza semanalmente, no campus de Porto Alegre, o projeto “Saberes e Fazeres”. A iniciativa oferece aulas de gastronomia para as comunidades do Quilombo da Família Silva e Quilombo Kédi. O NEABI também contribui para a inclusão digital afrodescendente e indígena através de capacitações envolvendo recursos de informática básica.
A ideia dos projetos surgiu a partir de demandas identificadas nas próprias comunidades, que sinalizaram interesse em oficinas de cozinha e informática. A escolha pelo Quilombo da Família Silva e pelo Quilombro Kédi se deu em função da proximidade dessas comunidades com a Unisinos, localizada na Avenida Nilo Peçanha, 1600, na capital.
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Segundo Cristiano Silveira, educador social do NEABI, os quilombolas que integram os projetos enfrentam dificul- dades burocráticas básicas. Pelo fato de viverem em situação de vulnerabilidade social, muitos não possuem os documentos solicitados para formalizar a inscrição nas capacitações. Contudo, na avaliação do coordenador do NEABI, professor Jorge Teixeira, o grande desafio é manter os projetos atrativos aos participantes, considerando que não existe lista de presença ou obrigatoriedade de participação. A abrangência dos temas abordados também é importante, já que os participantes vão desde crianças até idosos.
Ana Paula da Silva, 37 anos, participa da iniciativa de inclusão digital, intitulada IDAFROI, junto com seus quatro filhos e enxerga no projeto uma oportunidade de aprender a utilizar o computador de forma gratuita, pois ela não teria recursos para pagar um curso de informática. Ana também destaca o acolhimento que a iniciativa promove. “A gente se sente importante e respeitada
Gisele, Jorge, Cristiano e Adriani são responsáveis pela parte administrativa, coordenação, educação e assistência social, respectivamente, do NEABI como quilombola ao ter essa oportunidade oferecida pela Unisinos”, ressalta.
Os dois projetos são destinados a negros, indígenas e brancos empobrecidos. Para participar do IDAFROI é preciso comparecer ao campus da Unisinos Porto Alegre, na avenida Nilo Peçanha, nas quintas-feiras, às 19 horas. As aulas têm, em média, uma hora de duração. Para fazer parte do projeto “Saberes e Fazeres” é necessário buscar o Laboratório de Gastronomia da universidade, também no mesmo dia e horário. O laboratório está situado na avenida Luiz Manoel Gonzaga, nº 744. A duração das aulas é de, em média, três horas.