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Março/Abril 2018
UniversoUPF
espaço do leitor Sinto-me extremamente honrada em ser uma profissional egressa da Faculdade de Medicina da UPF e, sempre que posso, menciono esse fato. Na Faculdade de Medicina da UPF, excelentes professores exerceram uma influência definitiva na minha carreira. Acredito e sempre acreditei tanto na UPF, que minha filha também cursou Medicina na Instituição e hoje é uma grande profissional, atuando como dermatologista e cirurgiã dermatológica nos Estados Unidos. Na UPF, aprendi importantes lições que nortearam a minha vida profissional, dentre elas a de que eu deveria estudar e me atualizar sempre e dedicar muito respeito e atenção aos meus pacientes. Compreendi também que nada seria possível sem o meu esforço pessoal e aprendi a ter muita coragem para superar as dificuldades que todos enfrentamos a cada dia. Essa foi a formação que tive na UPF e da qual me orgulho muito.
Dra. Doris Hexsel Médica dermatologista, egressa do curso de Medicina da UPF
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nesta
edição
UPF em
NÚMEROS 9 campi instalados em Passo Fundo e região Mais de 150 municípios abrangidos em sua área de atuação 17.468 alunos matriculados na graduação, pós-graduação, extensão, UPF Idiomas e Integrado UPF 13.867 alunos matriculados na graduação 716 alunos regulares matriculados nos programas stricto sensu 856 alunos matriculados em cursos lato sensu 696 alunos matriculados na UPF Idiomas - FUPF 537 alunos matriculados no CEMI - FUPF 796 matriculados na extensão (Creati) 904 professores de Ensino Superior (50,55% Me.; 32,74% Dr.) 1.258 funcionários 60 cursos de graduação em andamento 53 cursos de especialização em andamento 15 cursos de mestrado institucional 6 cursos de doutorado institucional 9 estágios pós-doutorais 76.295 profissionais formados 10 bibliotecas, com 318.009 exemplares de livros disponíveis em 119.414 títulos 22 anfiteatros e auditórios 176 salas para ensino prático-experimental 300 laboratórios 150 clínicas 62 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio acadêmico em 18 países
Pg 5
n A mecânica do amor: acadêmicos de engenharia desenvolvem tecnologia assistiva
Pg 6 e 7
n Curso de Qualificação
Docente: um convite para renovar as práticas educacionais
Pg 9
n Um espaço para
qualificar ainda mais a pesquisa institucional
Pg 18
n Pesquisa qualificada, recursos que garantem o crescimento institucional
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Revista Universo UPF - nº 21 Março/Abril 2018 A revista Universo UPF é uma publicação da Universidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita
Reitor n José Carlos Carles de Souza Vice-reitora de Graduação n Rosani Sgari Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação n Leonardo José Gil Barcellos Vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários n Bernadete Maria Dalmolin Vice-reitor Administrativo n Agenor Dias de Meira Junior Produção de textos: Alessandra Pasinato (MTb/RS17292); Camila Guedes (DRT/0017320); Caroline Simor da Silva (MTb/RS15861); Filippe de Oliveira (MTb/16570); Jéssica França Brietkreitz (MTb/18082); Natália Fávero (MTb/RS14761); Silvia Brugnera (DRT/13147) e Lauriane Agnolin (estagiária). Edição e supervisão: Silvia Brugnera (DRT/13147) Revisão de textos: Cinara Sabadin Dagneze Projeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofmann Jr. Diagramação: Marcus Vinícius Freitas / Núcleo Experimental de Jornalismo FAC/UPF
A Revista Universo UPF também está disponível na versão digital. Ela pode ser lida no site www.upf.br e também em issuu.com/universidadeupf Universidade de Passo Fundo
Universidade de Passo Fundo
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UniversoUPF
Fotos: Gelsoli Casagrande
universidade
EaD UPF projeta
expansão das ações Autonomia e flexibilidade promovem o conhecimento do Ensino a Distância
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UPF Virtual é a divisão responsável por apoiar e gerir as ações da modalidade em Educação a Distância da Universidade de Passo Fundo (UPF). Ligado à Vice-Reitoria de Graduação (VRGRAD), o setor projeta expansão do EaD neste ano de 2018. De acordo com o coordenador da UPF Virtual, Dr. Roberto dos Santos Rabello, a Instituição recebeu, em 2010, a visita de avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). “Na avaliação, foram atribuídos conceito 4 para os campi Casca e Passo Fundo, e a nota máxima (5) para o campus Carazinho. No mesmo ano, foram avaliadas as políticas institucionais para Educação a Distância, tendo a
UPF obtido conceito 4 no credenciamento em EaD”, informou. Em 2013, o credenciamento para EaD possibilitou a criação da primeira graduação nessa modalidade: o Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, que obteve conceito 5 do MEC, classificado na época entre os três melhores do Rio Grande do Sul e os 13 considerados de excelência em todo o Brasil. “Tendo em vista que o primeiro credenciamento da Instituição teve validade de cinco anos, findando em 2018, o recredenciamento foi solicitado pela UPF junto à secretaria competente. Esse processo tem extrema significância devido ao intuito de continuidade e ampliação da oferta dos cursos na modalidade a distância”, afirmou Rabello.
Expansão do Ensino a Distância Prevista para 2018, a expansão da EaD na UPF integra o relatório de recredenciamento, especialmente ao que se refere à implantação e ao desenvolvimento de programas de abertura de cursos de pós-graduação e extensão, o que resulta na oferta de 62 novos cursos lato sensu para o período de 2018 a 2021. Em 2017, a UPF Virtual realizou 157 videoconferências, das quais 27 tinham membros que estavam em universidades de fora do país, totalizando um crescimento de 237% em relação a 2016. Outro serviço realizado pela Divisão foi as gravações de videoaulas; em 2017, foram 21 gravações, computando um crescimento de 113% em relação a 2016.
Cursos de graduação avaliados pelo MEC
comemoram resultados obtidos Artes Visuais e Engenharia Química da UPF recebem nota máxima do MEC
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Ministério da Educação (MEC) realiza todos os anos a avaliação da qualidade das universidades no Brasil por meio da análise das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Recentemente, foi publicado no Diário Oficial o conceito atribuído pelo MEC classificando os cursos de Artes Visuais e de Engenharia Química da Universidade de Passo Fundo (UPF) . Os cursos receberam a nota 5, conceito máximo da avaliação. A nota destaca a qualidade do ensino promovido pela Instituição, além disso, os cursos de Estética e Cosmética, Medicina, Engenharia de Produção, Fabricação Mecânica e de Gestão do Agronegócio foram avaliados com o conceito 4. O curso de bacharelado em Artes Visuais conta com ateliês, laboratórios e estúdios de fotografia e vídeo. De acordo com a coordenadora do curso, professora
Me. Mariane Loch Sbeghen, o aluno é estimulado a pensar de modo inovador. “O aluno de Artes está constantemente desenvolvendo suas capacidades críticas e investigativas, e isso acontece porque os professores buscam aperfeiçoar a percepção, a reflexão e a inventividade, instigando os alunos à produção e ao registro de poéticas visuais”, destacou. No curso de Engenharia Química, os acadêmicos têm acesso a laboratórios com infraestrutura de excelência, com inúmeros espaços para aulas práticas, desenvolvimento de pesquisas e atividades experimentais. “Sabemos que temos uma estrutura consolidada, com professores especializados e experientes na área de atuação do curso, tendo, assim, todas as condições para oferecer um ensino altamente qualificado. A nota máxima foi a recompensa pelo empenho de todos, para ofertar ao mercado um curso de Engenharia Química com excelência acadêmica”, destacou a coordenadora do curso, professora Dra. Vera Maria Rodrigues.
Palavra do
Reitor
Autenticar para
proteger
José Carlos Carles de Souza*
O LEGADO DA CONCRETIZAÇÃO DO
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SONHO DA UPF
mês de junho de 2018 assinala o momento mais saliente das comemorações alusivas ao cinquentenário da Universidade de Passo Fundo. A comunidade passo-fundense, na oportunidade, vai rememorar o ato que se constituiu no marco legal da criação da sua Universidade, ocorrido no dia 6 de junho de 1968, com a publicação, no Diário Oficial da União, do Decreto de número 62.835, assinado pelo senhor Costa e Silva, então presidente do Brasil. A criação da Universidade de Passo Fundo, como bem apontou o professor Elydo Alcides Guareschi, não foi ato da generosidade de algum governante. A UPF nasceu impulsionada pelo sonho e pela vontade de visionários. Foi pensada e desejada com as características de uma instituição de ensino superior comunitária e filantrópica, que preserva a sua natureza, reavivando, por meio das suas ações, os seus princípios e os seus valores, com a inspiradora motivação de compartilhar conhecimentos e impulsionar o desenvolvimento local e regional. Depreende-se desse recorte histórico que a UPF se originou a partir do desejo de um grupo de cidadãos que se propunha a envidar esforços para a instalação de uma universidade no norte do Rio Grande do Sul. Consolidado o elevado propósito, foram concentradas ações voltadas à instalação e ao funcionamento de diversos cursos de nível superior e das respectivas faculdades que integravam a Universidade. Na sequência, com o funcionamento da UPF, abria-se para a comunidade a oportunidade de frequentar os cursos de uma universidade, na perspectiva da realização de uma carreira profissional de sucesso. Esse fato transformou a Instituição em importante elemento de desejo, e, mais do que isso, passou a inspirar os sonhos de milhares de cidadãos de todas as idades, transformando muitos desses sonhos em uma feliz realidade. A comunidade compreendeu a grandiosidade da sua universidade e a inesgotável – e mesmo inolvidável – capacidade de formação transformadora que ela oferece. Assim, ao completar o seu primeiro jubileu, a Universidade de Passo Fundo exalta a sua história e reverencia o protagonismo de seus professores, tanto na área acadêmica quanto no exercício dos mais diversos cargos de gestão. De igual modo, destaca a participação comprometida de seus funcionários na condução das atividades de sua competência e o comprometimento de seus alunos nas atividades acadêmicas e na construção do saber. E, sobretudo, vibra com os notáveis feitos profissionais de seus egressos junto às suas respectivas comunidades. Portanto, a Universidade de Passo Fundo, idealizada no final da década de 1950 como uma instituição necessária para servir à comunidade, principalmente na formação superior dos jovens, transformou-se, com o passar dos anos, na maior e mais permanente obra de fomento ao desenvolvimento cultural e econômico do município de Passo Fundo. Os resultados das suas ações ultrapassam os limites de seu espaço territorial e alcançam inúmeras pessoas, em vários estados da federação. Seu legado permite a projeção de um futuro melhor para as novas gerações e transcende as pessoas e o escopo de um grupo de idealizadores, constituindo-a como a mais pujante instituição de ensino superior comunitária da região, marcada pela identidade com as questões da comunidade. Por tudo isso, a Universidade de Passo Fundo desperta em todos o sentimento coletivo de orgulho e de gratidão. Orgulho dos milhares de alunos que frequentaram os seus cursos. Orgulho dos funcionários e professores que, cada um a seu tempo e de seu modo, atuam na sua permanente construção, tornando-a melhor a cada período. Orgulho da sua comunidade, que, incessantemente, com ela interage, contribuindo com o seu crescimento e desfrutando dos benefícios decorrentes desse processo. Eternizamos, então, nosso sentimento de gratidão aos idealizadores da UPF pela projeção de uma obra que se tornou catalizadora de sonhos, de valores verdadeiros e de esperança, insumos necessários à construção de uma sociedade empreendedora e fraterna, que transcende o tempo, motiva as pessoas e inspira as novas gerações. Além disso, reconhecemos a participação de seus professores, funcionários, alunos e egressos na continuidade desse percurso e na construção de sua imponente história. Assim, ao tempo em que, cheios de júbilo, celebramos o 50º aniversário da UPF, registramos nosso reconhecimento a cada personagem dos capítulos desta história cinquentenária, que, do sonho à realidade, transformou a vida de tantas gerações. Que muitos outros sonhos se façam reais na nossa UPF! Cordiais abraços! (*) Reitor da UPF
Mudanças na rede Wifi da UPF serão implementadas para qualificar o serviço
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om aproximadamente 20 mil alunos e mais de 2 mil funcionários e professores, a Universidade de Passo Fundo (UPF) realiza, diariamente, diversas ações visando à melhoria na qualidade dos serviços prestados. Uma delas foi a implementação da autenticação para uso da rede Wifi. O projeto passou por diversas fases e etapas, buscando as melhores alternativas tanto para a Instituição quanto para a comunidade acadêmica e geral. Segundo Gilberto Gampert, gerente da Divisão de Tecnologia de Informação da UPF, o objetivo é oferecer mais segurança e melhorar a gestão das redes. A primeira etapa, segundo ele, partiu da organização da estrutura de links. “Existiam links dedicados para a internet no Campus e outro para sistemas de fora. Hoje, todos passam pelo Campus I. A preocupação foi oferecer links com capacidade para atender aos campi e a Passo Fundo”, destacou. Com essa mudança, a equipe conseguiu reduzir os custos e adquirir um novo firewall, com maior capacidade para atender aos acessos da Universidade, auxiliando também no combate a ataques externos. O grupo também realizou um estudo da nova tecnologia para encontrar o melhor formato de autenticação. “Hoje, o cadastro é feito com o uso de uma senha, configurando o telefone e os aparelhos com uma única ação. Nesse primeiro momento, a mudança alcança o público interno, mas estamos trabalhando em uma autenticação social para saber quem está autenticando no sinal da Universidade. Para isso, estamos estudando as melhores alternativas para atender à comunidade que visita a Universidade e aos convidados que participam da vida acadêmica”, explicou. Mudança completa em março A partir de março, a rede aberta não estará mais disponível e o acesso à rede será feito somente por meio do cadastro. De acordo com Gampert, a iniciativa também tem como objetivo estar em conformidade com as determinações do Marco Civil da Internet. “Essa mudança visa proteger a Universidade e aqueles que utilizam a nossa rede. A proteção de dados acadêmicos e de atividades feitas na rede é de nossa responsabilidade, bem como a manutenção e a qualidade do sinal”, frisou. Outro benefício da mudança, de acordo com o gerente, é a implementação de políticas para regulamentar o acesso, organizando a gestão dos recursos. Gampert ressalta que, ao longo dos meses, a Instituição estará disponível para auxiliar a comunidade acadêmica, dando suporte para implementar as mudanças.
Arte: NexPP FAC
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UniversoUPF Fotos: Letícia Marchiori Teixeira/arquivo pessoal
universidade A mecânica do amor: acadêmicos de Engenharia
desenvolvem tecnologia assistiva Após pedido da família, um triciclo adaptado foi projetado e desenvolvido por um grupo de acadêmicos de Engenharia Mecânica da UPF e doado para o pequeno Henrique, que aguardou ansioso pelo presente
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desejo de Natal do pequeno Henrique era ganhar uma bicicleta, mas não poderia ser uma simples bicicleta, precisava estar adaptada às suas necessidades. Para poder realizar esse desejo, um familiar enviou uma mensagem pela página de uma rede social do curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contando a história de Henrique e pedindo auxílio. A partir de então, um grupo de estudantes que atua no projeto de Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (DTA) se mobilizou e começou a projetar aquele que seria o presente mais aguardado pelo menino. O projeto iniciou em dezembro de 2016, com o pedido e a ideia inicial, e foi desenvolvido durante todo o ano de 2017, com a construção e as adaptações realizadas pelos acadêmicos Bruno Pozer, Gian Pery e Eduardo Teixeira. Para os estudantes, o desejo de Henrique, mais do que um desafio, se tornou uma missão para o grupo. “Foi importante não somente pelo projeto, mas para nos encontrarmos na área, uma vez que a Engenharia Mecânica é muito abrangente. A realização não se deu apenas pela concretização do projeto, mas por ver a alegria do Henrique ao receber o equipamento”, avalia Pery, que inicia, em 2018, o seu oitavo semestre no curso. Para o acadêmico, o sentimento é de gratidão. “É bom poder ajudar”, pontua. O mesmo sentimento é o que define a experiência para Pozer, que destaca que
Equipe de trabalho que desenvolveu o projeto
a ação marcou sua trajetória acadêmica. “Foi inesquecível poder ajudar uma criança e toda a sua família em uma ação tão especial”, aponta ele. Apesar da dificuldade para encontrar parceiros e patrocinadores, o acadêmico agradece àqueles que contribuíram para a viabilização do projeto. “Tivemos empresas que nos apoiaram e muitas pessoas que souberam do projeto também contribuíram. Fica o sentimento de gratidão”, define.
Transferência de conhecimento Coordenador do projeto Tecnologia Assistiva, o professor Me. Guilherme Reschke do Nascimento aponta que a ação torna a Universidade cada vez mais próxima da comunidade. “Trabalhamos com ensino, pesquisa e extensão e essa ação concretiza a característica da nossa Instituição, que atende à comunidade. Os acadêmicos buscaram as informações de que precisavam com a fisioterapeuta do Henrique, atentando a todas as necessidades para adequar o equipamento. Para que pudessem projetar, houve transferência de conhecimentos, o que possibilitou que tivessem as ferramentas e as informações precisas para desenvolver um triciclo específico para ele”, avalia o professor. Também integram o projeto os professores Me. Carlos Edmundo de Abreu e Lima Ipar e Me. Fabio Goedel, que acompanharam o processo de criação do triciclo.
O projeto O Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (DTA) consiste em um grupo de trabalho voltado ao projeto e ao desenvolvimento de tecnologias assistivas, atuando como um laboratório do curso de Engenharia Mecânica. Conforme o professor Ipar, a iniciativa de desenvolver tecnologias assistivas existe há mais de 15 anos na UPF, com o nome de Fábrica Escola. Em 2015, no entanto, o grupo se subdividiu em áreas de atuação e interesse, originando outros projetos. “O projeto está cadastrado junto à Divisão de Extensão e tem como propósito desenvolver
equipamentos, máquinas e dispositivos que venham a auxiliar na mobilidade e a suprir a necessidade das pessoas com necessidades especiais”, aponta. Ipar explica que o projeto torna a Universidade mais inclusiva e a aproxima ainda mais das demandas comunitárias. Para isso, utiliza conceitos centrais como a sustentabilidade e a produtividade e promove ações que atendem às necessidades da comunidade regional por meio da produção de projetos de engenharia que visem também à inclusão social. “A ideia é aproximar os alunos da comunidade, de modo que utilizem o conhecimento da engenharia para ajudar as pessoas”, frisa o professor. O projeto promove desde a melhoria da difusão do conhecimento tecnológico para a comunidade acadêmica e a melhoria de produtos, processos e qualidade de vida até a promoção da interação entre a Universidade e a comunidade regional. Além do triciclo, já foram desenvolvidos projetos de uma cadeira de rodas com freio e suspensão, um skate em PVC e um elevador para piscina.
Henrique aprovou o novo equipamento
Tricilo foi adaptado e projetado para atender às necessidades do menino
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universidade CURSO DE
QUALIFICAÇÃO
DOCENTE:
um convite para renovar as práticas educacionais
Mais de 500 professores participaram do curso de qualificação docente
Foto: Alessandra Pasinato
Espaço de formação reuniu os professores da UPF de 8 a 11 de janeiro, oportunizando um debate sobre temas que perpassam a prática docente na construção de novas metodologias de ensino na educação superior
C Oficinas abordaram diversos temas
om uma sociedade em constante transformação, a educação torna-se, de maneira cada vez mais efetiva, um instrumento de mudanças. Atenta às grandes demandas que impactam a educação superior, a Universidade de Passo Fundo (UPF) realizou, de 8 a 11 de janeiro, a terceira edição do Curso de Qualificação Docente. O evento buscou fortalecer a formação pedagógica, promovendo, entre os docentes, discussões sobre temas ligados às questões metodológicas e à educação inclusiva, especialmente frente às políticas de ensino superior em vigor, levando à qualificação das práticas educacionais. O curso foi pensado colaborativamente por uma equipe estratégica formada por professores de diferentes áreas, com o Foto: Leonardo Andreoli
Como promover a inclusão na educação superior O palestrante convidado para dar início à programação foi o professor Dário Aguirre. Psicopedagogo e membro do Grupo Incluir, Aguirre trouxe para debate, na tarde do dia 8 de janeiro, o tema “Eles chegaram! Como promover a inclusão na educação superior”. Na oportunidade, ele destacou que o desafio da inclusão está na mudança de postura dos educadores e parabenizou o formato como a UPF organizou o espaço para o evento. “Parece estranho dizer isso, mas, mesmo sendo berço das grandes mudanças, ideias e inovações, de maneira geral, as universidades são resistentes e tendem a se manter nos costumes tradicionais. É motivador ver que a UPF propõe novos pensamentos e é assim que mudamos a sociedade”, pontuou. O debate foi mediado pela professora Dra. Silvana Baumkarten, coordenadora do Serviço de Atendimento ao Estudante (Saes).
suporte do Setor de Apoio Pedagógico (SAP) e da Vice-Reitoria de Graduação (VRGRAD). Para receber os professores, uma estrutura de debate diferenciada foi montada por uma equipe do Núcleo de Arquitetura e Desenvolvimento Urbano e Comunitário (Naduc), da Faculdade de Engenharia e Arquitetura, que organizou um espaço mais interativo, no qual o debatedor ficou ao centro, rodeado pelos ouvintes. A atividade consolida uma nova concepção formativa, voltada às relações interpessoais, ao uso de tecnologias e à inovação, que perpassa a formação humana e técnica do professor, verdadeiro propulsor das modificações na educação. Para a vice-reitora de Graduação, professora Rosani Sgari, o curso superou as expectativas. “Tivemos mais de 500 professores participando, se inserindo nas
atividades. O professor compreende que é preciso qualificar-se e reinventar-se em todos os sentidos, dos conceitos, de metodologias, de uso de tecnologias”, disse. Segundo ela, cada vez mais se faz necessário um olhar mais comprometido, aberto e inclusivo para as transformações sociais, permitindo que a Universidade cresça e se desenvolva junto com a própria sociedade. “Temos a tarefa de não apenas olhar, mas de enxergar nossos processos. Precisamos ter a capacidade de transformar nosso dia a dia e, com isso, formar cidadãos comprometidos com uma sociedade mais justa, humana, inclusiva e qualificada”, destacou, ressaltando que a formação docente não é propriedade de nenhuma área, mas de toda a Universidade, num processo de fazer com que o professor consiga pensar diferente do contexto tradicional da sala de aula.
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Foto: Jéssica França
Oficinas para pensar, refletir, planejar e agir Um dos objetivos da 3ª edição do Curso de Qualificação Docente foi oferecer espaços de reflexão e de construção de novas metodologias, buscando preparar os professores da UPF para uma realidade cada vez mais desafiadora. O curso teve, em sua programação, uma série de oficinas, que aconteceram no dia 9 de janeiro, abordando diversos temas e oportunizando um olhar para novas práticas e pensamentos. Flexibilidade na educação superior; complexidade e transdisciplinaridade a serviço da inclusão; relacionamento interpessoal; comunicação, expressão e oratória; e redes sociais na educação foram alguns dos temas abordados nas diversas oficinas. A atividade possibilitou a troca de experiências e permitiu aos participantes encontrar novas possibilidades de qualificar a prática docente.
Professores em formação permanente Presente em momentos do espaço de formação, o reitor da UPF, professor José Carlos Carles de Souza, falou sobre o compromisso da Universidade com a formação contínua de seus professores. Segundo ele, para enfrentar os desafios diários da sala de aula, é fundamental que o fortalecimento das práticas e pensamentos ocorra pela formação. “Por meio desse curso, temos a oportunidade de compreender os processos e de responder a questionamentos que nos dão base para enfrentar as transformações sociais, nos tornado capazes de incluir e de crescer de forma coletiva”, frisou. Também marcaram presença na solenidade de abertura, realizada no dia 8 de janeiro, a presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), Maristela Capacchi; o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos; a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin; e o vice-reitor Administrativo, Agenor Dias de Meira Junior. Configurações familiares no processo de aprendizagem De que modo o contexto familiar influencia nos processos relacionais e de aprendizagem? Como os referenciais afetivos, emocionais e psicológicos oriundos das novas configurações familiares impactam na docência? Esses foram alguns dos questionamentos debatidos no painel realizado na noite do dia 8 de janeiro, com o professor Abraham Turkenicz, que falou sobre o tema “Configurações familiares no século XXI e o impacto na docência”. O médico psicanalista explicou
que a família tem experimentado muitas modificações, tendo uma variedade de alternativas e configurações diferentes, e esclarece que, por esse motivo, a temática é pauta de reflexão em diferentes lugares no mundo. Segundo ele, a importância da família no processo de aprendizagem é relevante, em razão de que ela funciona como uma espécie de referência afetiva inicial, necessária para a aquisição do conhecimento. “As famílias mais atuais têm tido uma relação diferente com figuras de autoridade e com separações, experimentando vidas de diferentes formas. As figuras de autoridade antigamente conhecidas ficaram como parte desse universo, porém, com uma nova possibilidade de conviver com alternativas atuais. Nesse contexto, o tema acaba impactando também no professor, que recebe questionamentos porque também é uma figura de autoridade”, aponta. Novas metodologias de ensino Com o tema “Metodologias ativas: o ensino centrado no aluno para o desenvolvimento da colaboração e da autonomia”, o Curso de Qualificação Docente recebeu, na noite de 9 de janeiro, um painel com o professor, consultor educacional e de tecnologia Fernando de Mello Trevisani. O palestrante realizou uma atividade com os participantes, levando-os à reflexão sobre as atuais metodologias de ensino e sobre as razões pelas quais é necessário mudar a forma de ensinar. De acordo com Trevisani, a metodologia ativa vem para contribuir, tirando o aluno do hábito passivo de construir conhecimento e transformando-o em um aluno ativo na construção Foto: Alessandra Pasinato
Professores fizeram uma trilha guiada pela área verde do Campus
de seu próprio conhecimento. Segundo ele, há diversos métodos aos quais os docentes podem recorrer em sala de aula, tais como a utilização de tecnologias e de ensino híbrido, por meio de projetos ou problemas. Conforme Trevisani, uma nova metodologia de ensino possibilita que o aluno atue como protagonista no seu aprendizado, pois, em uma aula expositiva, há mais possibilidades de o estudante se distrair e de se perder no conteúdo, diferentemente do que ocorre em um método no qual ele tem que participar ativamente do processo. “Tira o aluno daquela sensação de receptor do conhecimento, dando a possibilidade de construi-lo de forma individual, em duplas e em grupos. A ideia da metodologia ativa não é sobrecarregar o estudante que trabalha, mas possibilitar novas formas para que ele aprenda e construa o conhecimento de uma maneira diferente”, finalizou. Foto: Alessandra Pasinato
Abraham Turkenicz versou sobre as configurações familiares no século XXI e o seu impacto na docência
O psicopedagogo Dário Aguirre (esq.) abordou o tema da inclusão na educação superior Metodologias ativas foram tema do painel com o professor, consultor educacional e de tecnologia Fernando de Mello Trevisani (dir) Foto: Jéssica França
50 anos e um novo olhar sobre o Campus Teve sol e chuva, descontração e muita caminhada: um momento para exercitar o corpo e a mente. Juntos e misturados, os professores participantes do Curso de Qualificação Docente puderam fazer uma pausa nas atividades cotidianas para um encontro com a exuberante natureza do Campus na atividade “Juntos e misturados: 50 anos e um novo olhar sobre o nosso Campus”. A caminhada marcou o encerramento do curso e ocorreu no dia 11 de janeiro. A ação integrou mais de 100 professores participantes, que saíram para uma trilha guiada, com o suporte dos professores da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, além de explicações dos professores do Instituto de Ciências Biológicas e Faculdade de Agronomia de Medicina Veterinária, sobre fauna e flora, reciclagem e recursos hídricos. Contornando o Campus I pelo campo, o grupo pôde apreciar as áreas verdes e muitos espaços até então desconhecidos.
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comunidade
Tecnologia de Informação
ao alcance de todos
Programa de extensão da Universidade de Passo Fundo busca potencializar a área de Tecnologia da Informação por meio de ações de pesquisa, ensino e extensão
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área de Tecnologia da Infor- jovens do ensino médio e profissionais mação (TI) tem grande impac- da área de TI e da comunidade regional. to na sociedade e os reflexos “A ideia é atender à crescente demanda dos seus usos e sentidos na por mão de obra qualificada, aumentar a vida das pessoas resultam na necessidade interlocução dos nossos acadêmicos, de de indivíduos cada vez mais capacitados forma crítica, com o mundo de trabalho e para desenvolver e empregar esses apa- a conscientização da sociedade referente ratos inovativos. Os profissionais da TI às questões de segurança da informação devem não apenas demonstrar domínio e privacidade de dados na utilização de sobre a tecnologia, mas compreender e recursos digitais”, explica. avaliar criticamente seus imO programa é formado por pactos sobre a privacidade das três projetos: o Go Code Blocks; Contato pessoas e a segurança de seus o CapTI, Projeto de Capacitação dados, entre outros aspectos Qualquer escola, Profissional em Tecnologia da entidade ou empertinentes. Informação; e o Projeto Zion. presa interessada Foi nesse sentido que, em Todas as atividades desenvolvina realização 2016, nasceu o programa de exdas pelos projetos têm a particide atividades tensão Conexões tecnológicas: pação de alunos bolsistas de exde formação, capacitações, reflexões e segutensão e alunos voluntários que capacitação ou rança em Tecnologia da Informacontribuem, juntamente com os conscientização. Criado por iniciativa de um professores, para o planejamenção nos temas grupo de professores da área de relacionados aos to e a execução das atividades. Informática do Instituto de Ciên- projetos pode en- “Sem a participação dos nossos trar em contato cias Exatas e Geociências da Uniacadêmicos, a extensão comucom o professor versidade de Passo Fundo (Iceg/ nitária não seria viável e não Marcos Brusso UPF), o programa é constituído teria sentido”, destaca Brusso. pelo e-mail por um conjunto de projetos que Entre as graduações envolvidas brusso@upf.br. visam apoiar e potencializar a com as atividades do programa, área de TI no contexto regional, estão Análise e Desenvolvimenpor meio de ações de pesquisa, ensino e to de Sistemas, Ciência da Computação, extensão, aproximando discentes e do- Engenharia de Computação, Filosofia, centes dos cursos envolvidos – sobretudo Artes Visuais e Filosofia. os cursos na área de Informática – com o Todos os projetos são realizados em mundo do trabalho local e a comunidade parceria com empresas externas, com regional. destaque para as empresas do Parque O principal objetivo do programa, se- Tecnológico, do Polo de Software e do gundo o coordenador, professor Me. Mar- Arranjo Produtivo Local de Tecnologia cos José Brusso, é possibilitar uma forma- da Informação e Comunicação, e, além ção complementar diversificada, ampla da comunidade acadêmica, os projetos e continuada para estudantes da UPF, ainda contam sempre com a participação
da comunidade externa e com o envolvimento de escolas públicas de Passo Fundo e da região.
Evento inédito na região, o Linix Day foi parte de uma celebração global que, em 2017, comemorou o 26º aniversário do Sistema Operacional Linux Fotos: Arquivo/UPF
Saiba mais sobre cada um dos projetos que integram o programa Conexões Tecnológicas:
Go Code Blocks: Aproximando alunos do ensino médio e o mundo do trabalho em TI Realizado em parceria com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, a Coordenadoria Regional da Educação e empresas da cidade, desde 2016, o projeto é voltado a alunos de escolas públicas de ensino médio de Passo Fundo. A cada ano, uma nova turma é formada e os alunos selecionados participam de um curso de Desenvolvimento de Aplicativos para Dispositivos Móveis (Apps). Além da capacitação, os alunos recebem gratuitamente material, transporte e alimentação.
Zion: segurança, privacidade e pluralidade na era digital Iniciado em 2017, objetiva promover ações formativas quanto à segurança e à privacidade de informações no uso de recursos digitais e possibilitar a reflexão sobre os usos e os sentidos dos aparatos tecnológicos de comunicação, promovendo o diálogo com acadêmicos e com a comunidade sobre questões que envolvem a segurança dos dados dos usuários, bem como a privacidade na exposição de seus dados. Entre as ações desenvolvidas, estão debates, aulas abertas e palestras realizadas na UPF e em escolas da região. Também estão sendo preparados materiais para serem distribuídos em campanhas formativas.
CapTI - Capacitação profissional em Tecnologia da Informação Em 2017, 18 alunos da rede pública de Passo Fundo participaram da terceira edição do projeto Go Code Blocks
Desenvolvido desde 2012, o CapTI visa à formação complementar e à interação entre estudantes dos cursos de graduação e empresas do setor de TI por meio de ações de capacitação, captação de mão de obra e aproximação dos acadêmicos com o Parque Científico Tecnológico da UPF, a Sociedade Polo de Exportação de Serviços de Software (PoloSul.org) e o Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação (APLTec). São organizadas capacitações para alunos da UPF e, em alguns casos, para membros da comunidade acadêmica e externa, ministradas por profissionais das empresas e pesquisadores, possibilitando a transferência de conhecimento em novas tecnologias e metodologias de desenvolvimento de software por meio da interação com profissionais atuantes no mercado.
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UniversoUPF Foto: Gelsoli Casagrande
universidade
Um espaço para qualificar ainda mais a
pesquisa institucional Foto: Gelsoli Casagrande
C
om a pesquisa institucional crescendo e se consolidando, melhorar a estrutura e oferecer espaços qualificados para o desenvolvimento de estudos é uma preocupação da Universidade de Passo Fundo. Por meio do edital ProInfra, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligado ao stricto sensu, a Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação conseguiu um importante aporte para essa necessidade, aprovando recursos para a construção do novo Biotério. Localizado próximo ao Hospital Veterinário, o espaço será moderno e dará condições para a criação de animais utilizados em pesquisas. Os biotérios funcionam como viveiros em que se conservam animais em condições adequadas à utilização em experimentos científicos ou aulas práticas de diversos cursos. Para a elaboração do plano e a conquista dos recursos, além do suporte da Vice-Reitoria, o projeto contou com o apoio dos programas de pós-graduação que utilizam animais em suas pesquisas e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), unidade de lotação do Biotério. Relacionado à Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua), o Biotério tem como objetivo manter de forma adequada, higiênica e com preceitos de bem-estar, todos os animais usados em sala de aula ou em pesquisas na Universidade. Segundo o vice-reitor, professor Leonardo José Gil Barcellos, o local não distingue graduação de pós-graduação
Em fase final de construção, o novo Biotério será um local moderno e adequado para as pesquisas que utilizam modelos animais
e será uma importante ferramenta para ampliar ainda mais as pesquisas realizadas. “Essa estrutura vai beneficiar muito a pesquisa da Instituição, uma vez que o antigo local estava ultrapassado. Esse local, mais amplo e qualificado, construído dentro dos conceitos mais modernos de separação de áreas, espécies de animais e bem-estar, vai ajudar a manter linhagens específicas, mais sensíveis, de forma mais útil e duradoura”, explica, lembrando que o recurso que possibilitou a construção do Biotério também foi o responsável pelo novo prédio da Faculdade de Educação (Faed), num valor de 2 milhões de reais. Melhorando processos Para a diretora do ICB, professora Dra. Jurema Schons, um biotério só faz sentido, em uma instituição de ensino superior de qualidade como a UPF, se tiver condições de infraestrutura que possibilitem a criação e a manutenção de animais em boas condições sanitárias. Em sua opinião, esse novo espaço oferecerá todas as condições para a reprodução, a manutenção e a experimentação com animais de laboratório, sendo capaz de gerar resultados altamente confiáveis e de real importância para a pesquisa. “Diante dessas possibilidades, pesquisadores dos diversos cursos da área da saúde e estudantes de graduação e pós-graduação eliminam um dos motivos de preocupação, que é o padrão de qualidade necessário para a realização de bons trabalhos. Também o
ensino em todos os níveis é beneficiado, pelas mesmas razões”, pontuou. O uso de animais para fins científicos é polêmico e vem sendo debatido nos últimos anos. No entanto, para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação (PPGBioexp), professor Dr. Luiz Carlos Kreutz, não há outro modelo que contemple todos os aspectos fisiológicos, bioquímicos e imunológicos necessários para avaliar se uma droga ou vacina é eficaz e segura para uso em animais ou humanos. Essa é a realidade de diversos tipos de pesquisa. Ele também lembra que as agências reguladoras são rígidas e, em hipótese alguma, liberariam uma vacina ou um medicamento sem que tenha sido primeiramente testado em modelos animais. “Esse novo espaço representa uma conquista muito grande para os pesquisadores da UPF que necessitam de modelos animais para pesquisas cada vez mais sofisticadas. Sem esse espaço, com certeza deixaríamos de contribuir com diversas áreas do conhecimento, principalmente em relação ao desenvolvimento de vacinas e adjuvantes para uso humano e animal, para estudos sobre a patogenia de diversos micro-organismos, e estudos sobre o efeito de resíduos de medicamentos no comportamento", ressaltou. O professor Sergio Porto, que atuou diretamente no antigo Biotério, destacou que, com o novo local, será possível garantir a padronização e o bem-estar dos animais, o que garantirá a qualidade dos dados obtidos nos experimentos. “Os modelos animais criados em biotérios ainda são imprescindíveis para as pesquisas, em especial da área biomédica. Esses modelos precisam ter padronização genética e sanitária. Essa padronização exige que sejam criados e mantidos em ambientes controlados cujas instalações são rigorosamente planejadas. Por isso, as universidades e instituições de pesquisa têm se preocupado em construir e modernizar seus biotérios. Após 20 anos envolvido com diferentes aspectos da ciência de animais de laboratório, é gratificante ter colaborado, sensibilizado para a importância e ver a concretização do projeto do novo Biotério”, reforçou.
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UniversoUPF
Março/Abril 2018
especial
UPF
ANOS:
do sonho à realidade
O
ano de 2018, assim como foi o de 1968, é especial para a maior instituição de ensino superior do norte do Rio Grande do Sul. A Universidade de Passo Fundo (UPF) comemora, no dia 6 de junho, os 50 anos de sua criação. Essa história tem sua importância justificada por inúmeras razões, dentre elas a de que a implantação do ensino superior trouxe consigo o compromisso do desenvolvimento de mais de 150 municípios, formando profissionais qualificados nas mais diferentes áreas do conhecimento. Passadas cinco décadas
" O meu sentimento com relação à Universidade de Passo Fundo é composto por um misto de orgulho e gratidão. Orgulho por frequentar os espaços da UPF desde o ano de 1977, na condição de estudante, de professor e de gestor. Foi nessa maravilhosa Instituição que realizei a minha formação em Direito e iniciei, em 1981, a minha carreira docente, atuando inicialmente no curso de Administração Rural, na Feac, e, posteriormente, no curso de Direito, onde atuo desde 1986. O exercício dos cargos de vice-diretor (2002/2006) e de diretor da Faculdade de Direito
n É criado o Consórcio Universitário Católico de Passo Fundo (CUC), que atuava com as faculdades de Filosofia, Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas.
1956
de sua fundação, a Instituição tem muito a comemorar. Como tudo começou O ensino superior foi uma realidade distante, porém muito sonhada, dos moradores do interior do estado durante um longo período. Enquanto na capital, Porto Alegre, ainda no final do século XIX, foram criadas as escolas de Farmácia, Química e Engenharia, apenas na década de 1930 os primeiros cursos chegaram ao interior do Rio Grande do Sul, tendo como pioneiras as cidades de Pelotas e Santa Maria.
(2006/2010) foi outro destacado momento de realização profissional no meio acadêmico. Entretanto, foi na condição de reitor da Universidade de Passo Fundo, por dois mandatos (2010/2014 e 2014/2018), que testemunhei, de um espaço privilegiado, a real grandiosidade da Universidade e a magnitude de suas ações, tanto na área da formação educacional quanto na contribuição para o desenvolvimento regional. Gratidão por ver, na história da minha família, a marca UPF como um elemento constante, uma importante presença em diferentes conquistas e crescimentos. Além disso, sou grato à Instituição e, de modo
n As duas entidades (SPU e CUC) convergem esforços e se unem para a formação da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF).
1967
1950
n Na década de 1950, a região de Passo Fundo começava a experimentar um claro processo migratório do campo para a cidade. O primeiro centenário da cidade, celebrado em 1957, foi marcado por um intenso movimento de urbanização, e a população já somava cerca de 50 mil habitantes. Nessa época, o desenvolvimento das instituições de ensino superior do interior do estado, que tinham iniciado em Pelotas e Santa Maria, começava a ser impulsionado na região. Assim, tem início a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo (SPU), que tinha como objetivo criar e manter escolas superiores. Durante sua existência, a SPU ofereceu cursos das faculdades de Direito, Odontologia e Agronomia.
n No dia 6 de junho, é publicado no Diário Oficial da União o decreto n° 62.835, que marca a data oficial de criação da UPF.
1968
Em Passo Fundo, o processo ocorreu um pouco mais tarde, mas nem por isso de forma menos exitosa. Na metade do século XX, o município passava por um intenso processo de migração das comunidades rurais para a cidade, movimento que era acompanhado pelo aumento dos cursos ginasiais, que se preocupavam com a formação de professores para atender à expansão do ensino. Nesse período, a comunidade começou a se mobilizar em busca de alternativas que possibilitassem aos jovens a continuidade dos estudos e contribuíssem de forma determinante no desenvolvimento da região. Assim, na década
especial, aos colegas da UPF, que me proporcionaram essa notável e inesquecível experiência. Nesse mesmo sentido, registro meu reconhecimento às lideranças que tiveram a inspiração em criar a UPF, em meados do século passado, e a todos aqueles que, de forma comprometida, estão prosseguindo na construção dessa magnífica obra. " José Carlos Carles de Souza Reitor
n Iniciam as atividades da UPF em Palmeira das Missões enquanto Núcleo Universitário.
1969 1970
n Idealização e desenho da primeira logomarca da Instituição.
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Março/Abril 2018
de 1950, foram dados os primeiros passos rumo à consolidação de uma das mais importantes instituições do norte do Rio Grande do Sul: a Universidade de Passo Fundo. A ousadia desses pioneiros rendeu frutos. No livro Universidade comunitária – Uma experiência inovadora, o ex-reitor, professor Elydo Alcides Guareschi, resume: “A UPF foi e continua sendo uma experiência fascinante. Ela não foi ato da generosidade de algum governante. Não caiu de paraquedas num determinado lugar. Ela foi pensada e desejada. Nasceu do sonho e da vontade de visionários”. Os números dessa trajetória revelam a importância e o alcance da UPF para a comunidade: no ano em que chega ao seu cinquentenário, a Instituição registra, em toda sua história, mais de 76 mil profissionais formados.
“A UPF foi criada com o objetivo de prover o ensino superior no norte do estado do Rio Grande do Sul. Esse objetivo e o caráter comunitário ficam evidenciados pelos benefícios concedidos aos alunos por meio de bolsas próprias e bolsas filantrópicas, da participação do Prouni, da oferta de programas de crédito próprios (PAE-UPF e PEC), de repasses com recursos próprios e da participação nos programas governamentais de financiamento estudantil (FIES). O percentual total de benefícios em relação ao número de alunos na graduação chega a 93%, o que evidencia a facilidade de acesso aos cursos da Instituição. Outra ação que evidencia o caráter comunitário da UPF nesses 50 anos é a opção da gestão pela formação de professores. A Instituição mantém 13 cursos de licenciatura e já formou 30 mil professores, 40% do número total de profissionais formados em todos os seus cursos, que chega a 76 mil. Com esses números, fica evidenciada a importância da UPF no cenário de educação básica como instituição formadora da grande maioria dos professores da sua região de abrangência e também do estado do Rio Grande do Sul. A contribuição da UPF para o desenvolvimento regio-
n A UPF adota o Concurso Vestibular Unificado, classificatório e unificado por áreas de conhecimento.
1971
“Nos idos de 1980, o vento da vida me trouxe à UPF. Éramos centenas de sementes caídas em solo fértil. Os canteiros anunciavam nutrientes essenciais à formação científica, cultural, social e humana. No canteiro do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), encontrei uma diversidade de alimentos que nutriam meu crescimento. Nos demais canteiros, conheci distintas sementes, e todas floresciam ao seu tempo; enquanto alguns cursos adentravam na maturidade, outros nasciam. Com diferentes folhas, caules, cores e funções, os cursos e unidades de ensino se faziam vislumbrar à medida que se desenvolviam. Era a UPF criando raízes, de tal modo profundas que prospectaram novos territórios. Ao entorno de densas raízes e galhos frondosos, cresciam as sementes. Incontáveis vezes, ao longo dos anos, as tempestades atordoantes fizeram coro ao vento minuano. Esse vento seco, frio e cortante soprou forte no Campus UPF. Galhos, flores e folhas caíram. Todavia, raízes inebriantes protegeram as sementes. Ao completar 50 anos, com orgulho ímpar, vemos que 76 mil espécies floresceram e cresceram na UPF; 76 mil profissionais receberam nutrientes essenciais no seu processo de formação na graduação. Hoje, cinquentenárias, as raízes da graduação se entrelaçam e promovem nutrientes à pós-graduação e à extensão. Hoje, as raízes sorriem aos jardineiros e jardineiras que me antecederam na Vice-Reitoria de Graduação. Hoje, 2018, agradeço a cada um/uma. Hoje, abraço cada raiz e semente cujo pensamento está cheio de jardins. Aos/às jardineiros/as que me substituirão nos próximos 50 anos, desejo pensamentos e ações de jardineiros/as atentos ao cultivo do saber, à fertilidade intelectual, acadêmica, afetiva, social, cultural, ética e sustentável. Desejo que o vento da vida traga sementes de gerações futuras com múltiplas espécies. Que floresçam com força, cor, beleza, harmonia, vitalidade, e que embelezem o mundo. Vida longa à UPF!” Rosani Sgari Vice-reitora de Graduação
nal e para o crescimento da cidade de Passo Fundo fica evidente quando se avalia a importância da UPF para a área de saúde e serviços, por meio da contribuição na formação de profissionais. Através da UPF, os hospitais de Passo Fundo puderam se tornar hospitais escola, o que alavancou seu crescimento e sua qualificação. Também é importante destacar a formação de profissionais dessa área, o que tornou Passo Fundo um polo regional na área de saúde. Com a formação de mais de 76 mil profissionais em todas as áreas do conhecimento, a UPF impulsionou também a formação de empreendedores, a oferta de serviços, o comércio e a indústria. Também se destacam as ações da UPF na área social, na pesquisa, na inovação tecnológica, na criação do Parque Científico e Tecnológico. Somente nos últimos oito anos, as cifras do orçamento da FUPF chegaram a mais de R$ 2.2 bilhões de reais, o que significa uma quantidade importante de recursos injetada na economia regional e local. Outra característica mantida aos longo de seus 50 anos e que deve ser destacada é o modelo de gestão da UPF, ancorado em uma estrutura colegiada. Cada um dos seus 60 cursos tem um coordenador e um Colegiado; cada uma das doze unidades acadêmicas tem um
n Eleição da nova Reitoria: o primeiro reitor, professor Murilo Coutinho Annes, é substituído pelo professor Bruno E. Markus (foto).
n Iniciam as obras dos prédios das Faculdades de Direito, de Ciências Políticas e Econômicas, do Instituto de Artes e do Restaurante Universitário.
diretor, um Conselho de Unidade e uma Congregação; a Universidade é administrada por uma Reitoria e seus colegiados, um Conselho Universitário com suas Câmaras; a Fundação UPF, por um presidente, uma Diretoria e um Conselho Diretor. Todos os cargos de gestão são definidos por processos eleitorais com regramentos definidos em estatutos e regimentos. Esse modelo de gestão é diferenciado entre as IES Comunitárias e permite a participação coletiva de professores, funcionários e alunos nas decisões de gestão da Instituição. A UPF é a maior IES do norte do estado do Rio Grande do Sul e destaca-se entre as maiores do estado e do país. A excelência acadêmica e a infraestrutura disponibilizada a seus alunos a projetam para ser uma das IES de maior qualidade de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica de nosso país nas próximas décadas." Agenor Dias de Meira Junior Vice-reitor Administrativo
n A UPF promove a 1° Jornada de Literatura Sul Rio-Grandense, hoje chamada de Jornada Nacional de Literatura.
1974 1973
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1981 1979 n Inauguração do prédio do Instituto de Ciências Exatas e Geociências.
1982 n Após oito anos de atuação do prof. Bruno E. Markus, é realizada nova eleição de Reitoria e o prof. Elydo Alcides Guareschi é eleito reitor.
1983 n Inauguração do prédio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
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Pioneiras
A criação da Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo (SPU), em 1950, e do Consórcio Universitário Católico (CUC), em 1956, permitiu à região iniciar a caminhada rumo ao ensino superior. A SPU teve como primeiro presidente César Santos e foi a responsável, ainda em 1953, pela compra do prédio então pertencente à família Barbieux, onde foi instalada a Faculdade de Direito. A SPU também criou as faculdades de Odontologia, Agronomia, Ciências Políticas e Economia e o Instituto de Belas Artes. Ainda em 1960, a SPU comprou, de Antônio Bittencourt de Azambuja, uma área de terra para a construção da Cidade Universitária, onde hoje está instalado o Campus I. Dentre os objetivos do CUC, estava o de auxiliar na formação dos professores. Quando iniciadas as atividades do Consórcio, o idealizador Dom Claudio Colling anunciou ao conselho da SPU a criação da entidade e da Faculdade de Filosofia. Na oportunidade, já se discutia a possibilidade de integração à Universidade de Passo Fundo, cuja fundação já estava sendo pensada. A Faculdade de Filosofia oferecia três cursos: Filosofia, Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas.
“A UPF tem uma história muito peculiar desde o seu surgimento. Ela emerge das iniciativas/necessidades da sociedade na busca de uma formação superior qualificada na região de abrangência, marca identitária que permeia esses 50 anos e que foi determinante no crescimento econômico e social do norte do RS. As novas configurações na educação superior (em especial, o fortalecimento de grandes instituições privadas mercantis) trouxeram novos desafios, que exigem criatividade, adaptações e mudanças no tempo presente. Dentre os desafios, destaco a necessária busca de uma composição que permita a valorização dos aspectos comunitários da Universidade (dentre os quais a preservação da qualidade educativa, da produção do conhecimento, do compromisso social e da gestão colegiada e democrática), com elementos que emergem do setor privado, facultando um melhor equilíbrio econômico-financeiro.” Bernadete Maria Dalmolin - Vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários “Meu conhecimento da UPF remonta ao ano de 1994, quando entrei pela primeira vez em seu lindo campus. Dessa primeira visita, nasceu o desejo de trabalhar aqui. Em 1998, comecei experimentos em parceria com o laboratório de piscicultura, e, em 2001, fui definitivamente contratado. Nesses 17 anos de casa, fiz muita coisa, transitando entre vários cargos do curso, da unidade e da Universidade. Fui crescendo a passos largos e sólidos. E nesses quase 25 anos a partir do primeiro contato, fui vendo a UPF, a cidade e a região também crescerem a passos largos e firmes. Hoje, a UPF é grande, é forte e, principalmente, reconhecida como uma excelente instituição em nível regional, nacional e internacional. O que vou contar em 2040, 2050? Certamente, uma história de crescimento e evolução. A UPF é assim. É sólida base para que todos ao seu redor cresçam e se realizem! Impossível imaginar essa cidade, essa região e tampouco a mim sem a companhia segura da nossa Universidade!” Leonardo José Gil Barcellos - Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
"Alguns podem imaginar que os 50 anos de uma universidade são pouco se comparado, por exemplo, à história da Universidade de Bolonha, primeira universidade do mundo ocidental, fundada em 1088. Mas, a primeira universidade com cursos diversificados no Brasil somente foi fundada no início do século passado. Então, a UPF tem uma história digna de celebração. Pioneira no ensino universitário no norte do RS, a UPF, com sua estrutura multicampi, é referência na qualificação de profissionais em todas as áreas do conhecimento. Com competência e tradição, é uma instituição completa, formando pessoas da graduação ao pós-doutorado. A vocação comunitária fomenta a extensão para as prio-
ridades regionais, movimentando cidadãos do mundo em eventos que valorizam Passo Fundo. A inovação e o empreendedorismo presentes em todos os cursos e evidentes no UPF Parque transportam a comunidade acadêmica para um futuro promissor. Sim, temos tradição, competência, inovação e muita qualidade na educação. Somos grandes, somos fortes. Somos UPF."
"Vivenciei e participei ativamente de mais de dois terços do tempo de existência da UPF; posso dizer que faço parte da família. Entrei como aluno do curso de Agronomia, no ano de 1977; e depois como professor, no ano de 1982. Quando se olha para trás, é possível ver o quanto a UPF avançou nessa sua caminhada, tanto no ensino, em cursos de graduação e pós-graduação [... a discussão para a criação do primeiro curso de mestrado durou nada menos do que 10 anos!], quanto em infraestrutura. No caso da Agronomia, na época, isso foi representado pela aquisição do Cepagro, que veio ao encontro do fazer, tão desejado
pelos alunos. Agora, quando o olhar se volta para frente, é possível prever os grandes desafios a serem vencidos no ensino, na pesquisa e na extensão, além da inovação, do empreendedorismo e da infraestrutura. Tudo isso para atender ao maior patrimônio da UPF nesses 50 anos: os seus alunos, funcionários e professores."
n Iniciam as atividades da UPF em Soledade enquanto Centro de Extensão Universitária.
Alvaro Della Bona - Diretor da Faculdade de Odontologia (FO)
Hélio Carlos Rocha - Diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) n Iniciam as atividades de ensino médio da Instituição. Na foto, atuais instalações do Centro de Ensino Médio Integrado. Iniciam as atividades da UPF em Lagoa Vermelha e Carazinho, enquanto Centros de Extensão Universitária.
1984
1990 1989
n Criação do Mini Zoo, demonstrando preocupação com a fauna e a flora, colaborando com as pesquisas da Instituição e oferecendo um espaço de lazer para a comunidade. Em função do crescimento do campus e visando ao bem-estar dos animais que ali viviam, no ano de 2014, esse espaço foi desativado.
n Iniciam as atividades da UPF em Casca, enquanto Centro de Extensão Universitária.
1992
“Minha história com a UPF iniciou em 1995, enquanto aluno do curso de Ciência da Computação. Nesses 24 excelentes anos da minha vida, nos quais tive a oportunidade de aprender, de ensinar e de me qualificar, pude conhecer profundamente esta complexa e admirável Instituição. Uma instituição que envidou esforços para promover a formação de pessoas, impulsionar o desenvolvimento regional e transformar a realidade de Passo Fundo e de sua região de abrangência; que tem levado para o mundo a sua marca, representada pela atuação de muitos de nossos egressos em diversos países. É com essa visão positiva que projeto a UPF para enfrentar os desafios dos próximos 50 anos. Desafios que vão desde a constante modernização e qualificação da gestão administrativa e acadêmica até a adaptação frente às transformações impostas pelas profissões do futuro, advindas, essencialmente, do rápido avanço tecnológico." Cristiano Roberto Cervi Diretor do Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg)
n Construção da Biblioteca Central.
1993 1994
n A ideia de regionalização é uma característica da Universidade desde a sua criação. Inicialmente, algumas cidades da região eram contempladas com cursos oferecidos pela UPF por meio de Núcleos Universitários, e, mais tarde, por Centros de Extensão Universitária. Então, em 1994, a UPF passou por uma reestruturação no seu modelo de organização que incidiu na adoção de uma estrutura multicampi. Dessa forma, oficialmente, as atividades da UPF enquanto campus nos municípios de Palmeira das Missões, Soledade, Lagoa Vermelha, Carazinho e Casca se deram nesse ano.
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Março/Abril 2018
UPF
"Revisitar o percurso histórico da Universidade de Passo Fundo (UPF) implica reconhecer o protagonismo, a cumplicidade e o compromisso social da Instituição com a formação humana e profissional e com o desenvolvimento, em especial, da região Norte do Rio Grande do Sul. Eticamente responsável com a natureza comunitária que a inscreve, por meio do ensino, da extensão, da pesquisa e da inovação, constitui conhecimentos que formam e transformam as pessoas, e as pessoas, o mundo. Distante de um olhar enclausurado e umbilical, a UPF tem a capacidade de capturar as demandas e as inquietudes da sociedade para cumprir sua missão e, ao mesmo tempo, de observar-se na relação com o contexto vivido para recriar permanentemente o ofício assumido há meio século. É nesse movimento que o futuro é produzido e assumido coletivamente com a comunidade. "
O decreto de reconhecimento da UPF foi assinado pelo presidente Arthur Costa e Silva e pelo ministro da Educação Tarso Dutra, no dia 2 de abril de 1968. O ato aconteceu no Palácio Piratini em Porto Alegre, onde Dom Cláudio Colling falou em nome da comunidade regional. Em seu discurso, destacou: “talvez nenhum outro ato tenha repercussão maior e tão histórica do que este de assinatura do decreto de criação da Universidade de Passo Fundo”, fazendo referência aos outros atos realizados na oportunidade. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União no dia 6 de junho de 1968, data em que se comemora o aniversário da Instituição.
Eliara Zavieruka Levinski Diretora da Faculdade de Educação (Faed)
“A Universidade de Passo Fundo nasce em 1968 como um ‘filho pensado e desejado’ pelo anseio da comunidade regional e passa a ser um a grande impulsionadora do desenvolvimento na região Norte do estado. Alicerçada no ensino, na pesquisa e na extensão, a UPF deve atender às demandas sociais regionais e promover o desenvolvimento e a transformação social. Pela sua natureza comunitária, pública não estatal, a Instituição tem o dever de manter profunda consonância com as demandas sociais, proporcionando formação de profissionais com postura crítica, ética e humanística, com vistas ao desenvolvimento regional." Cassiano Cavalheiro Del Ré Diretor da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC)
"Se analisarmos, a década de 1950 foi extremamente importante para o desenvolvimento da região Norte do estado, quando foi criado o ensino superior. Do ponto de vista histórico, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), antiga Faculdade de Filosofia, foi uma das instituições que deu origem à Universidade de Passo Fundo, em 1968. Podemos falar de Passo Fundo antes e depois da Universidade. O IFCH nasceu para dar conta de uma demanda regional, que era a formação de professores, e o desenvolvimento regional passa pela educação. Na época, foram criados cursos de licenciatura como Pedagogia, Filosofia e História, entre outros, os quais foram fundamentais para o desenvolvimento cultural da região. E foi justamente no curso de Filosofia que iniciei minha relação pessoal com a Universidade, quando, lá em 1991, comecei meus estudos de graduação. Desde então, lá se vão 20 e tantos anos de convivência com a Instituição. Desde 1996, sou professor da UPF e, do ponto de vista profissional e acadêmico, a Universidade significa muito para mim. Significou e significa uma oportunidade de trabalho e também de contribuição para a região, especialmente na minha área, a Filosofia." Edison Alencar Casagranda Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)
n Lançamento da nova logomarca da Universidade, que contempla os três elementos que compõem a Universidade: pesquisa, ensino e extensão.
1996
“A UPF surge em 1968, comemorando, em 2018, seu primeiro meio século de existência. No entanto, bem antes, alguns cursos já existiam, como Ciências Econômicas e Direito, entre outros, tanto que algumas unidades acadêmicas já celebraram seus 60 anos. Esses 50 anos de história da Instituição demonstram a sua importância, exatamente por ter formado tantos profissionais, em quase todas as áreas do conhecimento, dentre as quais destaco as de saúde e do agronegócio, contribuindo com a pesquisa, com o conhecimento e com o desenvolvimento de toda a região Norte do Rio Grande do Sul." Eloi Dalla Vecchia - Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Feac)
“Como passo-fundense, acompanhei todo o desenvolvimento da UPF e principalmente o empenho de um grupo de pessoas para torná-la tão respeitada. Ciente de sua responsabilidade social, a UPF, que comemora os seus 50 anos, foi, é, e sempre será fundamental para o desenvolvimento do município de Passo Fundo. Especificamente na área da saúde, jamais se imaginou, na época da criação – tão criticada pelos órgãos representativos da classe médica – da Faculdade de Medicina, a importância que esse curso traria para o desenvolvimento, não só da área médica, mas também do município de Passo Fundo, que se tornou um polo de saúde referencial do sul do país. Hoje, por ser uma instituição comunitária e filantrópica, a UPF tem, junto com os demais órgãos competentes, a responsabilidade de ser o referencial para o desenvolvimento do município, propiciando à sua população, progressivamente, uma excelente qualidade de vida. A busca constante pela excelência e pela sustentabilidade exige grandes desafios, principalmente nos conturbados dias atuais, fazendo com que nós, gestores, nos preocupemos com seu futuro. Certamente, dispomos de gestores aptos a implantar as adequações necessárias, iniciando um novo ciclo virtuoso, contando com o apoio de toda a comunidade acadêmica. UPF rumo à excelência sempre!” Gilberto Borges Bortolini Diretor da Faculdade de Medicina (FM)
n Elege-se como reitor da UPF o professor Ilmo Santos (foto), e, após 16 anos, o prof. Elydo Alcides Guareschi (foto) deixa a função.
n Criação do primeiro doutorado da UPF, em Agronomia, e do Programa de Intercâmbio Acadêmico.
2004
1998 1997
n Criação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu), com o curso de mestrado.
1999
n Iniciam as obras dos prédios do Centro Administrativo.
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2002
n O professor Rui Getúlio Soares é eleito pela comunidade acadêmica e assume como o 5° reitor da Universidade.
2003
n Iniciam as atividades da UPF em Sarandi.
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Março/Abril 2018
FUPF A integração entre o SPU e o CUC deu origem à Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), no ano de 1967. A criação da FUPF foi um passo determinante para a criação da UPF, o que efetivamente ocorreu no ano de 1968. O ex-reitor da UPF e um dos articuladores desse processo, professor Elydo Alcides Guareschi, destaca, em sua coleção O processo de construção da Universidade de Passo Fundo, que “a Fundação foi vista como um novo im-
Sonho que deu certo
No início, a UPF contava com 2.122 alunos matriculados em seis faculdades. Hoje, oferece 60 cursos de graduação. No total, são mais de 14,5 mil alunos matriculados em cursos de graduação e mais de 76 mil profissionais formados. Na pós-graduação, são 15 cursos de mestrado institucional, 6 de doutorado e 9 estágios pós-doutorais, cursos que, juntos, concentram mais de 700 estudantes. Na extensão, a UPF mantém mais de 85 projetos e programas. A infraestrutura da Instituição conta com 10 bibliotecas, mais de 20 anfiteatros e auditórios, 176 salas de ensino prático-experimental, 300 laboratórios, 150 clínicas e convênios com instituições estrangeiras de 18 países. A UPF conta, ainda, com o Centro Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque), que tem o apoio direto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico; e da Prefeitura Municipal de Passo Fundo. Dentre as áreas prioritárias de atuação do UPF Parque, destacam-se tecnologia de informação/software, alimentos, metalomecânica, biotecnologia, energia, saúde e agricultura de precisão.
"Nestes 50 anos, a Universidade de Passo Fundo contribuiu de forma concreta, com seu ensino, sua pesquisa e extensão, para o desenvolvimento econômico e social da região Norte do estado. São milhares de profissionais formados nos mais diversos cursos da Instituição e que ocuparam e ocupam cargos importantes em suas comunidades. Muitos desses profissionais qualificados pela Universidade fazem, hoje, parte da Instituição como professores ou gestores. Tive a satisfação de fazer minha graduação na Faculdade de Direito da UPF, iniciar como professor e hoje ocupar o cargo de diretor dessa que é considerada uma das faculdades mais importantes do estado e que ajudou a dar origem à própria Universidade de Passo Fundo. A região Norte do estado não teria o mesmo desenvolvimento sem a presença de uma universidade comunitária, reconhecida no Brasil e no exterior pela qualidade de seus egressos. A UPF é um patrimônio da comunidade regional." Rogerio da Silva Diretor da Faculdade de Direito (FD) “A visão que tenho da Universidade de Passo Fundo é a realização de muitos sonhos. Muitos de nós chegamos à Instituição cheios de metas a cumprir, construindo nossa carreira aqui. Quando cheguei à UPF, meus filhos eram pequenos; eles estudaram e se formaram aqui, minha esposa também fez pós-graduação aqui. E, da mesma maneira, nós também participamos dos sonhos de tantas pessoas. Não sei dizer quantos alunos já tive, mas cada um deles foi uma pessoa que veio para cá pensando em progredir, se capacitar, ter um bom emprego e prosperar. Então, acho que a Universidade tem esse aspecto de realização de sonhos. Vejo a UPF como uma boa universidade, mas que tem que estar aberta a novos tempos, a novas tecnologias e posturas. A Universidade tem que se adaptar a essa juventude que está chegando agora e tem outras perspectivas. Nós temos que nos adaptar a essa nova situação. De que modo, eu ainda não sei, porque essa é uma construção que nós teremos que fazer. Acho que as mudanças são muito rápidas, dinâmicas e acredito que precisamos fazer esse exercício para que a Universidade continue tendo um bom nível de qualidade, mas participando de novas tecnologias, novos cursos, novas modalidades.” Vagner Alves Guimarães Diretor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear)
“A UPF é, há 50 anos, a instituição símbolo do ensino superior na região Norte do estado do Rio Grade do Sul. O crescimento da Universidade nesses 50 anos foi extraordinário e, com o seu amadurecimento, o futuro promete ser promissor, trazendo a consolidação dos cursos em todos os níveis e o constante fortalecimento na excelência do ensino de graduação e pós-graduação, da pesquisa, da extensão e da inovação, o que se traduz como forma de expansão, não da área territorial, mas da qualidade e do alcance do conhecimento gerado e do grau de transformação que é capaz de promover. Falar da UPF é falar da minha própria história, já que 2/3 da minha vida passei dentro desta Instituição. Foi aqui que me formei e foi trabalhando aqui que criei e eduquei meus quatro filhos, sendo que dois deles se formaram também na UPF. Nesse tempo, eu cresci junto com a Instituição, vi cada curso novo ser criado, cada prédio ser construído, até as árvores do campus vi plantarem, e hoje posso desfrutar das suas sombras. Acompanhar a linda trajetória da UPF é motivo de muito orgulho e depois de todo o tempo em que estou aqui, minha relação com a Instituição é de muito amor, gratidão e respeito.” Jurema Schons Diretora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB)
“Parabenizo a UPF pelo trabalho realizado ao longo desses 50 anos de história, o que a tornou uma instituição de ensino superior referência no nosso estado e no Brasil. A Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) faz parte desse momento de celebração. Criada no ano de 1970, a unidade acadêmica cresceu com a UPF e formou centenas de profissionais qualificados. Nesses últimos anos, a Feff obteve algumas conquistas, dentre as quais destaco a boa avaliação dos cursos, atribuída pelo MEC. Estamos sempre preocupados em melhorar a qualidade do nosso ensino, frente às atuais necessidades do mercado de trabalho, dando conta da nossa função como universidade comunitária e fazendo com que a pesquisa e a extensão permeiem as atividades nos cursos. Junto com a UPF, pretendemos continuar qualificando todas as nossas ações." Marcio Tellechea Leiria Diretor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff)
n Inauguração do Centro de Convivência.
n Criação do Setor de Atenção ao Estudante (SAEs).
n Curso de Fonoaudiologia recebe novas instalações.
2005
2007 2006
n Inauguração do prédio do curso de Farmácia e das novas instalações da Faculdade de Direito.
2009 2008
n Aprovação do Programa de PósGraduação (PPG) multidisciplinar em Envelhecimento Humano.
n Após nova eleição, o professor José Carlos Carles de Souza assume a Reitoria da UPF por um período de 4 anos.
2010 2011
n Criados o Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação (PPGBioexp) e o Programa de Pós-Graduação em Projeto e Processos de Fabricação (PPGPPF).
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Março/Abril 2018
“Meu primeiro contato com a UPF foi há 40 anos, quando tentei meu primeiro Vestibular. Anos depois, entrei como aluno transferido e concluí a graduação. Depois, foi a especialização e, no início de 1995, o início da docência. A partir de agosto de 2014, a direção do campus Carazinho. Nesse tempo, também tive contatos com setores da UPF como dirigente da Associação Comercial e Industrial e como Secretário Municipal de Carazinho. Em resumo, vivi e convivi com a UPF de muitas formas. Em todas, sempre resultou o respeito pela grandeza da Instituição, grandeza que não se limita aos números e à estrutura física, mas que é principalmente evidenciada pela forma de agir como instituição da e para a comunidade regional. A melhor recordação vem da atuação como professor, não só pelo maior tempo dedicado a essa atividade, mas pela oportunidade proporcionada por essa mistura de ensino e aprendizagem que nos engrandece e que criou muitos laços de amizade que sobrevivem ao tempo.” Hélio Büllau Diretor Campus UPF Carazinho
“Em seus 50 anos de existência, a Universidade de Passo Fundo se constituiu como um importante modelo de instituição de ensino. Sua marca, espalhada por meio da estrutura multicampi, traz contribuições imensuráveis nos lugares onde se insere e oportuniza acesso ao ensino superior a pessoas que não raramente não conseguiriam essa inserção. Além disso, por meio de projetos de pesquisa e de extensão, promove a interação com grupos sociais. Assim, a UPF, com toda sua estrutura multicampi – na qual se inclui o campus Soledade –, contribui significativamente com o desenvolvimento regional, proporcionando desenvolvimento social e econômico. Parabéns família UPF pelos 50 anos de existência na vida de todos nós.” Idioney Oliveira Vieira Diretor Campus UPF Soledade
pulso para a expansão e a melhoria do ensino superior e para o progresso de Passo Fundo”. Nesse período, foi decidido que a Fundação
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seria administrada pelos próprios professores, independentemente das pressões e das interferências político-partidárias.
“A atuação como diretor do campus Sarandi da Universidade de Passo Fundo representa para mim um grande desafio. É uma grande alegria trabalhar numa instituição de ensino superior comunitária que nasceu comprometida com os anseios e com as necessidades da região e que ocupa uma posição tão importante no desenvolvimento de programas e projetos junto às comunidades de sua área de abrangência. Aqui, onde me graduei nos cursos de Ciências Contábeis e de Direito, testemunhei, desde os anos de 1970, as etapas que tornaram a UPF a maior e mais importante universidade do norte do estado do Rio Grande do Sul, com o reconhecimento aos permanentes programas de ensino, pesquisa, extensão e inovação. Com a chegada dos 50 anos da Instituição, comemoramos o cinquentenário de uma missão que ainda é cumprida com a mesma dedicação que marca a sua história desde o início, pois toda a evolução proporcionada pela UPF está a serviço da tranquilidade dos nossos alunos, das famílias e da sociedade. Por sermos uma universidade comunitária, o processo de ensino e aprendizagem é construído com a inclusão de todos e, nesse contexto de progresso e crescimento, a Universidade de Passo Fundo se consolida como um lugar privilegiado para a produção do conhecimento social, acompanhando os mais diversos processos de transformação.” Gilberto Colli - Diretor Campus UPF Sarandi
“Quando pensamos na Serra Gaúcha e na Região da Produção, frequentemente lembramo-nos da uva, do trigo, da soja, do milho, da pecuária e do turismo. Muito além de caracterizar a vocação econômica dessa região, esses produtos contribuíram muito para a formação de um povo e de uma cultura. Inserida nesse contexto, está a Universidade de Passo Fundo, que, há 50 anos, recebe alunos da Região da Produção e da Serra Gaúcha, e, há 25 anos, está presente nessas comunidades, com o campus de Casca. Nesses anos, a UPF contribuiu significativamente no desenvolvimento econômico, social e cultural dos 25 municípios do entorno de Casca. Conhecimento é a
nossa natureza, e proporcionar que esse conhecimento esteja acessível às comunidades é uma grande virtude. Hoje, 50 anos depois, ainda presenciamos formaturas em que os pais, com lágrimas nos olhos e mãos calejadas, dizem “é o primeiro formado de nossa família”. A comunidade regional agradece a presença e a relevância da UPF nessa região.” Henrique Bertosso Diretor Campus UPF Casca
“Em primeiro lugar, gostaria de dizer que antes de me tornar professor da Universidade de Passo Fundo e diretor do campus Lagoa Vermelha, fui aluno desta Instituição, e isso me orgulha demais. É uma honra fazer parte de uma instituição cinquentenária que tanto contribui para o desenvolvimento humano, profissional e social do norte do estado do Rio Grande do Sul. Aqui em Lagoa Vermelha, marcamos a nossa presença em 1990 e, desde então, formamos pessoas capazes de desenvolver a cidade e os municípios próximos com conhecimento e empreendedorismo. Durante esses 28 anos em Lagoa Vermelha, fizemos bom proveito de toda a história da UPF, de todo o seu ativo, concebido nas bases sólidas do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação. Por isso, além de registrarmos nosso sentimento de orgulho, manifestamos o agradecimento à Universidade de Passo Fundo por acreditar nas pessoas da nossa região e desejamos a essa respeitável instituição vida longa, repleta de mais e mais sucesso.” Adriano Lourensi - Diretor Campus UPF Lagoa Vermelha
n Inauguração do primeiro módulo do Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque), em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e com apoio da Prefeitura de Passo Fundo.
2013 2012
n UPF é a 5ª IES gaúcha entre as nãopúblicas pelo ranking da Folha de São Paulo.
n A Universidade e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul inauguraram, no dia 24 de junho, os módulos II e III do Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque), o primeiro a ser criado fora da região Metropolitana.
n O professor José Carlos Carles de Souza é reeleito para mais um período de 4 anos à frente da Reitoria.
2014
2016 2015
n A Faculdade de Engenharia e Arquitetura inaugurou dois novos espaços. O Prédio II, identificado como V2, e o Centro Tecnológico II (Cetec II), que recebeu ampliação.
2017
n Projeto Charão recebe mais de 20 mil votos e a conquista do Prêmio Nacional da Biodiversidade. Trabalho de 25 anos é realizado por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (ICB/UPF) e de biólogos da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e mudou a história do papagaio-charão, ameaçado de extinção, além de mudar a do papagaio-de-peito-roxo, que também está na lista de espécies ameaçadas.
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UniversoUPF
curso de graduação EDUCAÇÃO FÍSICA: a ciência do
movimento em prol da qualidade de vida Fotos: Gelsoli Casagrande
Laboratórios possibilitam o exercício da prática profissional
Na UPF, o curso é oferecido em duas modalidades: Licenciatura e Bacharelado, áreas com diversas possibilidades profissionais
A
prática diária de atividades a possibilidade de atuar em academias, físicas contribui para a me- clínicas e centros de treinamento esportilhora da qualidade de vida. Os vo, bem como com treinamento personalibenefícios para quem realiza zado, assessorias esportivas, treinamento algum tipo de exercício são inúmeros e funcional, pilates, ginástica laboral, cineessa escolha não tem idade: tanto jovens sioterapia e avaliações físicas, ou ainda quanto pessoas mais velhas como técnico esportivo, dentre Mais informações ganham com isso. Para que tal outras atribuições que não ensobre os cursos ação seja executada da melhor volvem o ambiente escolar. de Educação forma possível, levando aos Segundo Tagliari, o mercado Física podem ser resultados buscados por cada para ambos os cursos sempre foi obtidas pelo site indivíduo, é sempre aconsebastante promissor. De acordo www.upf.br. lhável o acompanhamento de com ele, o licenciado em Eduum profissional da área, e, nesse senti- cação Física pode atuar em toda a rede do, a Universidade de Passo Fundo (UPF) escolar, tanto estadual quanto municidispõe dos cursos de Educação Física, pal ou particular, e o bacharel tem um ofertados nas modalidades Licenciatura leque de opções extremamente vasto à e Bacharelado. sua disposição. “O mercado fitness foi Ligadas à Faculdade de Educação Fí- o que mais cresceu nos últimos anos e a sica e Fisioterapia (Feff), as graduações, procura por essa área vem aumentando embora com o mesmo nome, têm cada vez mais, com os mais variados obalgumas diferenças. Conforme os jetivos, que podem envolver rendimento e coordenadores – da Licenciatura, condicionamento físico, emagrecimento, professora Me. Andréa Bona, e do hipertrofia muscular, melhora da aparênBacharelado, professor Me. Nelson cia (estética), saúde, entre outros”, relata João Tagliari –, a diferença básica o docente. diz respeito ao mercado de trabalho: no caso do licenciado em Educação Ampla infraestrutura Física, o profissional está habilitado Como forma de preparar os acadêmipara atuar no âmbito escolar, em cos para a atuação profissional, a Feff é todos os níveis de escolaridade; já constituída de uma infraestrutura com o bacharel em Educação Física tem diversos laboratórios que, no decorrer
da graduação, capacitam e aproximam os alunos do dia a dia da profissão. Andréa cita a gama de espaços da unidade. “Atualmente, os cursos de Educação Física dispõem, no Campus I, dos laboratórios de Cineantropometria e primeiros socorros, de Fisiologia, de Cardiologia, de Pedagogia do movimento humano, de Desenvolvimento motor e de Biomecânica e anatomia. Há, ainda, o ginásio poliesportivo e o de ginástica, as salas de dança e de lutas, as quadras de tênis, a pista de atletismo, os campos de futebol e a academia de ginástica”, conta. Oferecido na estrutura multicampi da UPF, o curso de licenciatura em Educação Física também tem ambientes propícios à prática da profissão. “No campus de Soledade, por exemplo, a graduação conta com salas de aula próprias, pista de atletismo, campo de futebol, salas de ginástica e dança, laboratórios de Cineantropometria e de Anatomia, além da estrutura do próprio campus e de piscina e ginásio ofertados pelo município e usufruídos pelos estudantes, a partir de um acordo de cooperação firmado entre município e Instituição”, ressalta a professora.
Aprimorando o conhecimento O vasto campo de atuação na área da Educação Física permite que o profissional formado dê continuidade à sua formação por meio de cursos de pós-graduação. Tagliari comenta que o incentivo por parte dos docentes e a busca dos alunos por conhecimento é uma constante. “Tanto em nível de stricto quanto de lato sensu, diferentes cursos oferecidos pela UPF se relacionam com a área de formação de cada egresso (licenciado e bacharel em Educação Física) e envolvem o aprimoramento do conhecimento”, disse.
Prof. Me. Nelson João Tagliari coordena o curso de Educação Física (Bacharelado)
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UniversoUPF
curso de graduação
MEDICINA:
tradição e qualidade com foco na modernidade
Com vários diferenciais, curso possibilita uma ampla formação aos acadêmicos, formando médicos para atuarem na rede pública ou privada de saúde
O
cuidado com a saúde e com a atenção básica ao paciente e à vida é o que embasa os trabalhos da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (FM/UPF), que une a tradição do ensino com a credibilidade de uma Instituição que já formou milhares de profissionais altamente gabaritados, possibilitando que Passo Fundo se tornasse referência em saúde no Rio Grande do Sul e no Brasil. Criada em 1970, a Faculdade de Medicina da UPF forma médicos para atuarem na rede pública ou privada de saúde, capacitando-os também para atuar em cargos de gestão. A graduação ocorre ao longo de 12 semestres, com aulas em regime integral, distribuídas entre os turnos da manhã, tarde e noite, limitado a dois turnos diários. Segundo o diretor da unidade acadêmica, professor Gilberto Bortolini, o currículo do curso foi recentemente reformulado, contemplando a integração nas áreas de graduação, pesquisa e extensão. O novo Projeto Pedagógico do Curso (PPC) conta de habilidades, com simulações de atendimento e procedimentos com uma grade curricular inovadora, que contempla, por exem- nas mais diferentes disciplinas. Também tivemos a ampliação plo, questões relacionadas à inserção do aluno, já no primeiro da biblioteca para os alunos”, disse o diretor. nível, no atendimento ao paciente, por meio da disciplina de Outra conquista está sendo a internacionalização da unidade, Semiologia Médica. efetivada por meio de convênios com Portugal, EspaMais detalhes Além disso, conforme Bortolini, a curricularização nha, Itália e Estados Unidos. “O maior destaque da FM da pesquisa e da extensão permite ao acadêmico uma sobre o curso de é a constante busca pela excelência. Isso se traduz pelo Medicina podem formação mais completa, ampliando e alavancando a concorrido vestibular, pelo elevado número de candiser encontrados produção científica. Possibilita, ainda, a inserção do datos para preenchimento de vagas abertas por desisno site estudante em assuntos comunitários, por intermédio tência de alunos e pela procura de estágios de férias www.upf.br. das ligas e dos projetos de extensão, contemplando a por alunos de outras faculdades. Nos concursos para interdisciplinaridade e a interprofissionalidade. “Fomentamos Residência Médica, estamos, progressivamente, conseguindo a iniciação à pesquisa, por isso, durante o curso, o aluno tem de aprovação nos serviços mais concorridos, tanto em nível local produzir ao menos dois trabalhos científicos. Também atuamos ou regional quanto em outros estados e mesmo no exterior. junto à comunidade com cinco projetos de extensão e temos 29 Além disso, incentivamos nossos egressos com interesse na ligas acadêmicas”, informa. docência a completar sua formação ingressando em cursos de mestrado e de doutorado, retornando, após a conclusão desses Parcerias com instituições médicas estudos, para a sua Faculdade, perpetuando, assim, a excelência Como cenário de prática, a FM mantém convênio com os característica do curso”, destaca. seguintes hospitais: Hospital São Vicente de Paulo, Hospital da Cidade, Hospital Municipal de Passo Fundo e Hospital de Diferenciais qualificam os estudantes Caridade de Carazinho. No atendimento ambulatorial, os acadêmicos atuam junto às Unidades A graduação é composta de diversos elementos que contribuem Básicas de Saúde e ao Ambulacom a formação do aluno. O coordenador do curso, professor Dr. , menciona alguns deles. “Temos um corpo docente altamente tório de Especialidades da FM/ qualificado e comprometido, formado por especialistas, mestres UPF (instalado no Hospital São e doutores que estão em constante transformação por meio de Vicente de Paulo). “Nesses últitreinamento continuado, mantendo-se atento às novas metomos anos, reformamos o prédio dologias de ensino e de avaliação. Os acadêmicos também têm central da Faculdade de Medicina oportunidades de estágios optativos em hospitais conveniados (Campus II), readequando-o de no RS e em outros estados, além de possibilidade de estágio exmodo a atender às inovações da tracurricular no Hospital de Rimini (Itália)”, relata. nova proposta pedagógica, com Tais fatores auxiliam no propósito da unidade. “A Faculdade salas de aula apropriadas às atibusca adequar a formação de um profissional médico humanísvidades específicas da formação, tico, crítico e reflexivo, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde e doença em seus diferentes níveis de anfiteatro, auditório e laboratório
Alunos realizam atendimentos já no início da graduação
Prof. Dr. José Ivo Scherer coordena o curso de Medicina
atenção com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde na perspectiva de integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania como promotora da saúde integral do ser humano”, finaliza Scherer.
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UniversoUPF
Março/Abril 2018
pequisa e inovação Pesquisa qualificada, recursos que garantem o crescimento institucional Edital da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia contemplou projetos da UPF
C
om projetos qualificados e pesquisas em desenvolvimento, a Universidade de Passo Fundo tem conquistado importantes recursos, vindos dos mais variados setores. Recentemente, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDCET) do Rio Grande do Sul divulgou os contemplados no edital 02/2017 do Programa Gaúcho de Parques Científicos e Tecnológicos, disponibilizando um recurso de R$ 16 milhões. A UPF teve três projetos aprovados, recebendo mais de R$ 2,5 milhões para investimento em pesquisa, ensino, inovação e tecnologia. Os recursos serão investidos na ampliação da estrutura da Central Multiusuários do Parque Científico e Tecnológico do Planalto Médio (R$ 870.594,64), na implantação de um centro de diagnóstico e pesquisa em sanidade animal para a cadeia produtiva de aves, suínos e bovinos (R$ 951.831,06) e na implantação de análises de água para apoio ao setor produtivo alimentício (R$ 765.801,91). Segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, o acesso aos recursos é resultado do esforço e do trabalho de professores
e alunos, garantindo o crescimento institucional. “Esses projetos, além de qualificarem a pesquisa, qualificam o ensino e a prestação de serviços, uma vez que muitos dos laboratórios que hoje estão disponíveis para professores, alunos e comunidade foram construídos na Universidade a partir da participação em editais. Hoje, a Instituição atua de forma bastante competitiva nos editais e é uma das que mais aprova projetos”, destacou. Para o gestor do Parque Científico e Tecnológico da UPF (UPF Parque), Charles Leonardo Israel, 2017 foi um ano de consolidação, chegando a uma taxa de ocupação de quase 100%. “Em agosto, fomos contemplados com um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em parceria com a CEEE e com o Programa de Pós-Graduação em Projeto e Processos de Fabricação (PPGPPF), garantindo recursos significativos e viabilizando a concessão de bolsas de pesquisa. Finalizando o ano, contamos com a aprovação de projetos junto à SDCET, dos quais dois estão em execução no próprio Parque Científico, o que revela o elevado grau de maturidade na elaboração dos projetos pela equipe técnica e o alto nível de interdisciplinaridade atual do UPF Parque”, ressaltou.
O edital Ao todo, 27 projetos vinculados a universidades gaúchas receberão R$ 16 milhões em 2018 para o fortalecimento da inovação, da ciência e da tecnologia. Os projetos selecionados para fazer parte do programa de Polos Tecnológicos, RS Incubadoras e Programa Gaúcho de Parques Tecnológicos, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, foram selecionados a partir dos editais lançados no último mês de julho. As universidades classificadas para participar do programa são Feevale, Universidade de Passo Fundo (UPF), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade de Cruz Alta (Unicruz), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijui) e Universidade do Vale do Taquari (Univates). Foto: Gelsoli Casagrande
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UniversoUPF
fique por dentro
FUPF recebe Prêmio Pioneiras da Ecologia
Governo do RS e universidades assinam termo de cooperação para melhorar rede elétrica em escolas estaduais
O
reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, participou, no dia 21 de fevereiro, da solenidade de assinatura do Termo de Cooperação do Governo do Estado com universidades para a elaboração de projetos de energia elétrica em escolas estaduais. O evento foi realizado no Salão Alberto Pasqualini, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e contou com a presença do governador José Ivo Sartori. Na região Norte, que abrange 182 cidades, há 570 escolas que necessitam de intervenções na rede elétrica, sendo que 36 são prioritárias. No estado, há mais de 2,4 mil escolas estaduais e cerca de 90% delas necessitam de melhorias na rede elétrica. Os recursos previstos são de 40 milhões de reais, provenientes do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Para atender a essa demanda, a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) assinou o termo de cooperação com oito universidades para desenvolvimento de projetos de qualificação da rede elétrica em escolas estaduais. Além da SPGG, as secretarias da Educação e de Obras, Saneamento e Habitação, avaliaram as condições elétricas das instituições de ensino e propuseram essa parceria com as universidades de todas as regiões do estado. O governo fornecerá bolsas estágio para alunos dos cursos de Engenharia Elétrica ou de pós-gra-
Fotos: Gelsoli Casagrande
duação, supervisionados pelos professores para desenvolver os projetos. Posteriormente, será licitada a execução das obras. Todo o processo será acompanhado por técnicos do Governo do Estado. O reitor da UPF e presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) falou em nome de todas as universidades. “Essa parceria vem ao encontro da missão da UPF e das demais universidades, que é, além de oferecer formação de profissionais, auxiliar nas demandas da comunidade”, declarou. O governador do RS destacou a importância dessa parceria. “Essa iniciativa tem que ser celebrada e é um exemplo que poderá ser ampliado para outros setores. Será bom para as escolas e também para as universidades. Os alunos poderão aplicar seus conhecimentos na prática. Acredito na qualidade desses projetos e não conseguiríamos fazer esse projeto sem a parceria das universidades. Essa iniciativa beneficiará os alunos dessas escolas estaduais”, enfatizou. Além da UPF, também estão envolvidas a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Pontifícia Universidade Católica (PUC), a Universidade de Caxias do Sul (UCS), a Universidade de Passo Fundo (UPF), a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Lançamentos da UPF Editora Sobre filosofia e educação: racionalidade, amizade e formação Organizadores: Angelo Vitório Cenci, Cláudio Almir Dalbosco e Eldon Henrique Mühl
Introdução à manutenção industrial Autores: Anderson Hoose, Nilo A. Scheidmandel, André Hoose, Cristian Liell, Felipe Cesari e Matheus Lermen
A Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) foi uma das agraciadas no Prêmio Pioneiras da Ecologia, promovido pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A Instituição recebeu a honraria por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Ciências e Tecnologias Ambientais (CCTAM), vinculado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Participaram da solenidade de entrega a vice-reitora Bernadete Maria Dalmolin; a coordenadora do projeto, Elizabeth Foschiera; a química Maritania Morgan, que, na solenidade, representou a FUPF; e a professora Mariza Cervi. Inspirado na luta de Hilda Zimmermann, Giselda Castro e Magda Renner, precursoras do movimento de luta pelo meio ambiente no estado, o Prêmio Pioneiras da Ecologia reconhece e valoriza pessoas e instituições que contribuem na realização de ações que objetivam dar visibilidade à questão ecológica do estado e estimula iniciativas que visam à luta por um ambiente ecologicamente correto e à melhoria da qualidade de vida socioambiental. Conferido anualmente, o prêmio tem a finalidade de reconhecer publicamente as ações que envolvem a melhoria do meio ambiente, influenciando a sociedade de maneira positiva e, assim, recuperando a qualidade de vida. Para Bernadete, o reconhecimento coroa um trabalho extenso de dedicação e de crescimento. “O Prêmio Pioneiras da Ecologia é um reconhecimento público pelo trabalho socioambiental desenvolvido por mais de duas décadas pela UPF. O CCTAM foi progressivamente agregando ações, setores internos e parcerias externas, constituindo-se em uma intensa rede interdisciplinar, intersetorial e interinstitucional em prol da responsabilidade social ambiental e sustentável. Há de se destacar, também, o protagonismo das mulheres na coordenação dos trabalhos do Centro”, frisou. Foto: Divulgação
Os e-books estão disponíveis em upf.br/editora.
A matemática na Revista do Ensino do Rio Grande do Sul Autor: Luiz Henrique Ferraz Pereira
Os desafios de uma universidade são abordados na
Aula Magna 2018
A
Aula Magna da Universidade de Passo Fundo (UPF) marcou o início das atividades acadêmicas de 2018 na Instituição, que, neste ano, comemora 50 anos de história. O evento ocorreu no dia 19 de fevereiro e foi promovido pela Vice-Reitoria de Graduação (VRGRAD), por meio do Programa de Formação Docente da UPF. A Aula abordou a temática “O que é Universidade? Desafios para uma instituição em permanente mudança” e foi ministrada pelo professor Dr. Naomar Monteiro de Almeida Filho, da Universidade Federal da Bahia. Estiveram presentes o reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, a vice-reitora de Graduação Rosani Sgari, o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos, a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Maria Dalmolin e o vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior, além da presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) Maristela Capacchi. Também participaram do evento professores da UPF, diretores das unidades acadêmicas e dos campi, coordenadores de curso, coordenadores adjuntos e de áreas institucionais, gestores da FUPF, membros do Conselho Universitário, professores do Centro de Ensino Médio Integrado UPF, coordenadores regionais de Educação e secretários municipais de Educação de Passo Fundo e da região, entre outros convidados da comunidade acadêmica. Fotos: Gelsoli Casagrande