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Julho | Agosto 2017
UniversoUPF
espaço do leitor "A revista Universo UPF torna o leitor muito próximo, quase íntimo da Instituição. A diversidade de temas abordados e a forma dinâmica de redação e apresentação fazem da leitura um ato agradável e prazeroso. A seriedade com que a UPF trata a educação está retratada no v. 17 da Revista, nos artigos sobre a formação continuada do corpo docente efetivada por meio de cursos de qualificação, bem como sobre a aula magna, sobre mais uma edição da Jornada Nacional de Literatura e sobre as pesquisas inovadoras e da pós-graduação, que segue crescendo a passos largos. Mostrar as coisas que são feitas dentro da Instituição, junto da e para a comunidade local e regional, e ver que, por meio da leitura, as pessoas se identificam e se sentem representadas é muito gratificante para nós que somos 100% UPF."
Profa. Dra. Jurema Schons Diretora do Instituto de Ciências Biológicas O espaço do leitor recebe comentários, sugestões e impressões sobre a revista Universo UPF. Para participar, escreva um e-mail para imprensa@upf.br. Nossos telefones de contato são (54) 3316-8142 e 3316-8138. Boa leitura a todos! Equipe de produção da revista Universo UPF
nesta
edição
UPF em
NÚMEROS 9 campi instalados em Passo Fundo e região Mais de 150 municípios abrangidos em sua área de atuação 19.297 alunos matriculados na graduação, pós-graduação, extensão, UPF Idiomas e Integrado UPF 15.671 alunos matriculados na graduação 852 alunos regulares matriculados nos programas stricto sensu 780 alunos matriculados em cursos lato sensu 641 alunos matriculados na UPF Idiomas - FUPF 596 alunos matriculados no CEMI - FUPF 757 matriculados na extensão (Creati) 898 professores de Ensino Superior (50% Me.; 31,29% Dr.) 1.248 funcionários 60 cursos de graduação em andamento 53 cursos de especialização em andamento 15 cursos de mestrado institucional 6 cursos de doutorado institucional 9 estágios pós-doutorais 74.433 profissionais formados 10 bibliotecas, com 318.236 exemplares de livros disponíveis em 119.487 títulos 22 anfiteatros e auditórios 176 salas para ensino prático-experimental 300 laboratórios 150 clínicas 58 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio acadêmico em 19 países
Pg 5
n UPF Casca: 25 anos de compromisso com o desenvolvimento da comunidade
Pg 9
n Há 60 anos construindo conhecimento e projetando novas realidades
Pg 14
n Um novo espaço para a produção do conhecimento
Pg 19
n Semana do conhecimento: uma construção coletiva na UPF
Acompanhe a Universidade nas redes sociais:
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Revista Universo UPF - nº 18 Julho/Agosto 2017 A revista Universo UPF é uma publicação da Universidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita
Reitor n José Carlos Carles de Souza Vice-reitora de Graduação n Rosani Sgari Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação n Leonardo José Gil Barcellos Vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários n Bernadete Maria Dalmolin Vice-reitor Administrativo n Agenor Dias de Meira Junior Coordenador de Comunicação e Marketing FUPF n Cristiano Mielczarski Silva Produção de textos: Alessandra Pasinato (MTb/17292); Camila Guedes (MTb/0017320); Caroline Simor da Silva (MTb/15861); Jéssica França Brietkreitz(MTb/18082); Laisa Priscila Fantinel(MTb/15894); Leonardo Rodrigues Andreoli (MTb/14508); Natália Fávero (MTb/14761); Silvia Brugnera(DRT/13147). Edição e supervisão: Silvia Brugnera (DRT/13147) Revisão de textos: Cinara Sabadin Dagneze Projeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofmann Jr. Diagramação: Marcus Vinícius Freitas / Núcleo Experimental de Jornalismo FAC UPF Fotos de capa: Gelsoli Casagrande, Gilberto Soares/ MMA.
A Revista Universo UPF também está disponível na versão digital. Ela pode ser lida no site www.upf.br e também em issuu.com/universidadeupf Universidade de Passo Fundo
Universidade de Passo Fundo
Universidade de Passo Fundo - BR 285, Bairro São José - Passo Fundo/RS CEP: 99052-900 Telefone: (54) 3316 8100 www.upf.br
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UniversoUPF
3 Fotos: Gelsoli Casagrande
universidade
UPFTV e
Rádio UPF: informação e conhecimento para a comunidade
Novidades em cenários, estúdio e programação marcam nova fase das emissoras de rádio e televisão da UPF
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proximando da marca de meio século no ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica, a Universidade de Passo Fundo (UPF) se consolida como a maior instituição de ensino do norte do Rio Grande do Sul. Esse posicionamento também reflete o compromisso da UPF em transmitir conhecimento e informação, por meio do Complexo de Telecomunicações, formado pela UPFTV, emissora de televisão da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF); e pela Rádio UPF, a maior rede de rádios universitárias do sul do Brasil. Com transmissão aberta desde agosto de 2005, a UPFTV se consolida com uma programação baseada no compromisso com a cidadania, com a prestação de serviços e com a difusão do conhecimento. A rede de rádios da UPF completará, em agosto, 10 anos de operação e, em sua área total de cobertura, somadas as quatro emissoras da rede – Passo Fundo, Soledade, Carazinho e Palmeira das Missões/Sarandi –, abrange uma região de cerca de 800 mil pessoas. Marcando uma nova fase das emissoras de rádio e televisão da FUPF, novidades em estúdio, cenários e programação foram apresentadas para convidados um evento realizado no dia 8 de junho. Para a presidente da FUPF, professora Maristela Capacchi, a rádio e a TV reforçam o compromisso da Instituição com a comunidade. “A contribuição do trabalho realizado por essas equipes vai além do caráter educativo desses veículos de comunicação. De alguma forma, é a extensão do propósito da UPF: o de formar pessoas, comunicando todo o conhecimento que é gerado dentro da Universidade”, comenta. O reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, destaca que as alterações em programação e cenários desenham um novo momento para o espaço de comunicação da Universidade. “Isso contribui para a divulgação das notícias acadêmicas, da cultura, proporcionando à comunidade espaços de entretenimento, o que é motivo de orgulho”, reitera José Carlos, ao comentar sobre a importância de uma Instituição comunitária de ensino superior ter um espaço extremamente qualificado em rádio e televisão, a fim de levar informação e conteúdo efetivamente à comunidade. “Queremos ser sempre mensageiros de boas notícias”, declara. O coordenador de Comunicação e Marketing da FUPF, Cristiano Mielczarski, reitera que as mudanças representam um grande avanço na área de comunicação da Instituição e reforçam o compromisso dos veículos da UPF em levar informação qualificada à comunidade. “Mostramos os projetos e as pesquisas que são realizados na Universidade e, ao mesmo tempo, damos voz a todos, aprofundando temas relevantes na programação diária”, aponta. Conforme a supervisora da UPFTV, Taís Rizzoto, o intuito da emissora é estar cada vez mais próxima da comunidade. “Temos um cenário moderno e atualizado, e, também, há uma
mudança no fazer jornalístico, aprofundando o conteúdo que é relevante para a comunidade. Somos hoje a emissora em canal aberto com o maior tempo de programação local, isso nos dá uma responsabilidade muito grande”, afirma ela, adiantando que, em breve, haverá outras novidades tanto na programação quanto nos cenários, e, também, em relação à interação com os telespectadores. Para o supervisor da Rádio UPF, Gerson Assista e ouça Pont, a modernização física do estúdio acompanhou a ampliação do Café ExpresCom transmissão aberta desde agosto de so, um dos programas que alia música e 2005, a UPFTV se consolida com uma proinformação. “Apostamos nessa mistura de gramação baseada no compromisso com a música e notícia, de forma que o ouvinte cidadania, com a prestação de serviços e com escute música e se mantenha informado”, a difusão do conhecimento. A UPFTV pode comenta, explicando que, além disso, a ser sintonizada em Passo Fundo pelo canal Rádio UPF conta com um aplicativo mo4 da TV aberta e 14 da NET; em Marau, pelo canal 54; em Sarandi e Palmeira das Missões, bile, que pode ser baixado no celular. pelo canal 45; em Soledade, pelo canal 30; e em Carazinho, pelo canal 20. As reportagens As mudanças também podem ser conferidas na página da A UPFTV é uma das afiliadas do Canal UPFTV no Facebook. Futura. Dentre as novidades na prograA Rádio UPF pode ser sintonizada em Passo mação, está o telejornal Hora da Notícia, Fundo na frequência 99.9; em Carazinho, na que antes se chamava Canal de Notícias. frequência 90.5; em Soledade, na frequência Além do novo nome, o programa também 106.5; e em Palmeira das Missões e Sarandi, na ganhou um novo cenário, com cores mais frequência 106.3. É possível ouvir a rádio pelo claras e design inovador, e o ambiente site www.upf.br/radio ou pelo APP mobile Rádio UPF, disponível para smartphones e iPhone. permite mais mobilidade por parte do apresentador. Outro programa da UPFTV que tem nova nomenclatura é o Fim de Semana, que agora se chama A Semana. O programa apresenta um resumo dos principais assuntos que ocorreram durante a semana, que movimentaram Passo Fundo e região. A Rádio UPF, desde o dia 17 de maio, opera em seu novo estúdio. Com um design inovador na ambientação dos equipamentos e tratamentos de iluminação e áudio, o espaço foi a base do lançamento da nova programação. Dentre as novidades, está a ampliação de edições do programa Café Expresso, que mixa em seu conteúdo notícias e música de qualidade. A edição original, das 7h às 9h da manhã, tem agora outras duas edições, às 12h e às 18h. Também houve alteração dos horários diários do Caixa Preta e do Versão Brasileira, que estão renovados. Completando a lista de novidades, está o A La Carte, um programa que propõe programações musicais personalizadas conforme o dia da semana. Novidades foram apresentadas para convidados em um evento
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Palavra do
UPF Parque recebe a
Reitor José Carlos Carles de Souza*
UPF: UM FUTURO ESCRITO NO PRESENTE No mês de julho de 2017, completamos o terceiro ano da atual gestão e, por consequência, iniciamos os últimos 365 dias no comando da Universidade de Passo Fundo. Se considerarmos o lapso temporal desde quando fomos eleitos, em 2010, já somamos sete anos na condução das atividades da UPF. Cada ano que passou foi extremamente produtivo em todas as áreas acadêmicas e, por isso, lembramos desse período com muita alegria. Ao longo desse tempo, contamos com a efetiva participação de toda comunidade universitária, nos seus mais diferentes atores, todos agindo em sintonia com os propósitos da Universidade de Passo Fundo. Esses registros de sucesso, no entanto, somente foram possíveis a partir daquilo que, de modo sistemático e recorrente, apresentamos, se não como uma fórmula, ao menos como um importante roteiro para o êxito do que é proposto: ações colegiadas convergindo em prol dos interesses institucionais. E foi, de fato, um trabalho congregado que, antes da eleição de 2010, concebeu um programa, denominado “Movimento UPF – autonomia, diálogo e mudança”, cuja elaboração contou com a participação de um relevante grupo de professores e de funcionários, registando, claramente, quais os propósitos do grupo para a UPF nos anos que se aproximavam. O conjunto de ideias pautadas pelo Movimento acabou sendo representado na gestão da UPF pelos professores José Carlos Carles de Souza, Neusa Maria Henriques Rocha – sucedida pela professora Rosani Sgari – , Leonardo José Gil Barcellos, Lorena Teresinha Geib – sucedida pela professora Bernadete Maria Dalmolin – e Agenor Dias de Meira Junior, que lideraram as principais ações que embasariam o trabalho a ser realizado, bem como encaminharam a aprovação dos documentos norteadores das atividades acadêmicas e dos investimentos voltados ao crescimento institucional. Assim, com raízes no compromisso coletivo, a Reitoria, imediatamente após a posse, em 2010, indicou formalmente o Grupo de Planejamento Institucional, composto por vários professores, com objetivo de conceber o Planejamento Estratégico da Universidade para um período mais longo, projetando e preparando a UPF para novos desafios. Essa atuação, caracterizada pela natureza coletiva e colaborativa, articulada permanentemente pela Reitoria junto à comunidade universitária, envolveu as áreas do ensino, da pesquisa, da extensão e, posteriormente – com a implantação, em 2013, do nosso Parque Científico e Tecnológico – UPF Parque –, da inovação, possibilitando significativos avanços. Nesse contexto, se, por um lado, podemos afirmar que os resultados alcançados são animadores – pois realizamos, em boa medida, aquilo que planejamos –, por outro, a Universidade de Passo Fundo, com a sua pujança e complexidade, desafia a todos, cotidianamente. Assim, por melhor que tenham sido as nossas conquistas em todas as áreas, precisamos acompanhar a contemporaneidade e avançar rumo a novos objetivos, fazendo os ajustes necessários de acordo com cada momento, sem olvidarmos da missão e dos valores da nossa Instituição cinquentenária. Contraditoriamente, no entanto, vivemos uma história diversa no nosso país. O cenário político e econômico brasileiro continua muito preocupante. A educação superior, mais especificamente, se ressente dos equívocos cometidos e o reflexo dos desmandos atinge tanto o Plano Nacional de Educação (PNE), que, por exemplo, previa ações pontuais para inserir mais estudantes nas universidades, quanto as próprias instituições de ensino superior, ao não fomentar os meios necessários para nortear as políticas relevantes para consecução das metas previstas no referido documento. Seguimos, desse modo, convivendo com mudanças abruptas e desqualificadas na educação, por total falta de planejamento na condução das políticas públicas do setor. Tudo isso faz com que esse quadro conjuntural se mostre indefinido e imponha a todos nós maior responsabilidade para pensarmos as melhores estratégias a serem implementadas, tendo presente o cenário de transformações sociais que afetam a educação. Diante dessa realidade, é lógico afirmar que o futuro da UPF deve de ser programado no presente. Se temos muito a comemorar, temos, também, outro tanto a projetar a partir das nossas conquistas. Para tanto, novas movimentações são necessárias. Novos projetos devem ser articulados. Novos avanços devem ser buscados para transformá-los em outras tantas realizações. O movimento inclusivo e compartilhado que sugerimos deve ser marcado por uma visão estratégica da comunidade acadêmica, ampliada a partir da criatividade de cada um, calcada na multidisciplinariedade e na capacidade de imaginar o futuro que ainda não podemos enxergar. Assim, todos nós, independente do cargo ou da atividade que desenvolvemos, ou do lugar que ocupamos na Instituição, temos o compromisso de fazer da UPF um lugar melhor, um espaço de construção coletiva do conhecimento visando ao cumprimento da missão de formar cidadãos aptos a qualificar a realidade social. Estamos todos desafiados a escrever mais histórias de sucesso, a partir das próximas ações, sempre com o propósito de projetar o futuro que desejamos para a nossa Universidade de Passo Fundo. Cordial abraço. (*) Reitor da UPF
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Pointer Cielo
Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio viveu, na noite de quinta-feira, dia 9 de junho, um momento importante, eis que foram inauguradas as instalações da empresa Pointer Cielo. Diversas autoridades estiveram presentes no evento, tais como o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza; o secretário adjunto da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Evandro Fontana; o CEO da Pointer Cielo do Brasil, Gustavo Ladeira; o diretor de operações da Pointer Cielo, Fábio Bezerra; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Passo Fundo, Carlos Eduardo Lopes da Silva; o diretor de desenvolvimento do Grupo Cielo, Cirio Carlos Kolberg; o coordenador do UPF Parque, Charles Israel; e a miss Rio Grande do Sul, Letícia Borghetti Kuhn. Os convidados foram recepcionados no módulo I, onde puderam conhecer as novas instalações da empresa, e, posteriormente, foram encaminhados ao módulo III, para a solenidade de inauguração. De acordo com o reitor da UPF, a instalação da empresa vem contribuir com o crescimento e o fortalecimento do Parque Científico. “É um momento muito importante para o UPF Parque. Quando idealizado, o Parque Científico e Tecnológico tinha a lógica de envolver empresas, governo e instituição de ensino, e esse propósito está se concretizando com a Pointer Cielo. Com muita alegria, estamos recebendo a empresa, que vem com o objetivo de disponibilizar tecnologia de ponta, desenvolvida em Israel e compartilhada aqui. A partir de Passo Fundo, serão monitoradas frotas de todas as regiões do Brasil e inclusive de outros países da América Latina”, destacou.
A Pointer é uma multinacional israelense que, em mais de 50 países, atua na gestão de softwares móveis, sendo especialista em tecnologia de rastreamento. A empresa uniu-se à empresa Cielo, que trabalha na gestão de frotas. “Analisamos 37 empresas antes de fazer a fusão, e a Cielo – uma empresa extremamente inovadora da cidade de Passo Fundo – foi a que nos agradou mais. A escolha da UPF se justifica em razão de que achamos que aqui é o lugar mais apropriado para uma empresa de tecnologia, eis que a Instituição oferece vários cursos que são conectados com a nossa realidade. Vamos montar um centro de competência mundial da Pointer aqui e estamos começando um programa de trainner em 60 dias”, contou o CEO Gustavo Ladeira. O representante do governo do estado, secretário Fontana, destacou a importância do UPF Parque, que é o único parque científico e tecnológico existente fora da região Metropolitana. “No Rio Grande do Sul, nós temos aproximadamente 15 parques tecnológicos e 24 polos tecnológicos e contamos com os três principais polos do país. Ficamos impressionados com o grau de desenvolvimento aqui em Passo Fundo. O Rio Grande do Sul tem um papel de fomentador por meio dos editais que são desenvolvidos pelo nosso Departamento de Ciência e Tecnologia”, disse. O propósito de inovação científica e tecnológica vem ao encontro dos objetivos da Universidade de Passo Fundo, que, além de realizar pesquisas, procura fazer com que as ideias sejam efetivas, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade. “Temos seis empresas residentes e vinte incubadas, ou seja, 26 empresas gerando 190 empregos diretos, o que demonstra o acerto do projeto do UPF Parque com essa atividade”, finalizou o reitor.
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universidade Inserção da UPF na ciência mundial
Artigos de alta qualidade se destacam em jornais científicos internacionais
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rtigos de alta qualidade produzidos por professores e alunos da UPF impulsionam a crescente inserção da Instituição na ciência mundial. Para promover esse estímulo permanente, a Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação oferece diferentes incentivos aos docentes e discentes de programas de pós-graduação, por meio de apoio às publicações internacionais, à participação em eventos, ao estabelecimento de projetos de pesquisa em rede e em parceria com outras instituições nacionais e internacionais consolidadas, dentre outras demandas necessárias para a qualificação dos cursos e dos profissionais envolvidos. Com o olhar voltado para a inserção internacional, a UPF constituiu uma comissão que está elaborando um plano de internacionalização. O grupo é composto pela professora Me. Maria Elisabete Mariano dos Santos, da Assessoria de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais; pela professora Dra. Rosa Maria Locatelli Kalil, da Divisão de Pós-Graduação stricto sensu; pela professora Dra. Patrícia da Silva Valério, representando a Vice-Reitoria de Graduação; e pelo professor Dr. Márcio Tascheto da Silva, da Divisão de Extensão. Conforme a professora Maria Elisabete, as atividades da comissão têm sido intensas, envolvendo diferentes setores da UPF, e almejam a elaboração de um documento que contribuirá com a promoção e a ampliação do nível de internacionalização da Universidade, fortalecendo, dessa maneira, sua inserção institucional no cenário mundial. Para o Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, em um mundo cada vez mais conectado, é fundamental que a Universidade dialogue em várias línguas e esteja atenta ao que acontece no mundo. “Hoje, a pesquisa é globalizada, assim como o conhecimento. Nesse sentido, a UPF tem buscado ampliar os convênios com instituições de renome para que alunos e professores dos programas de pós-graduação possam levar o conhecimento produzido aqui e trazer aquilo que ainda não temos. Essa troca enriquece a produção científica e coloca a Universidade num processo constante e crescente de internacionalização”, ressalta. O vice-reitor ainda aponta que o apoio dado à publicação internacional de alto impacto tem estimulado os professores da UPF a, cada vez mais, publicar em veículos de distribuição mundial. “Esse apoio é fundamental para a melhoria da qualidade das nossas publicações e para a ampliação do acesso aos grandes journals da ciência mundial” comenta Barcellos.
Confira uma pequena amostra de trabalhos publicados em jornais científicos internacionais: PPGBIOEXP Idalencio R, Kalichak F, Rosa JGS, Oliveira TAd, Koakoski G, Gusso D, et al. (2015) Waterborne Risperidone Decreases Stress Response in Zebrafish. PLoS ONE 10(10): e0140800. https://doi. org/10.1371/journal.pone.0140800 Pandolfi R, Ramos de Almeida D, Alves Pinto M, Kreutz LC, Frandoloso R (2017) In house ELISA based on recombinant ORF2 protein underline high prevalence of IgG anti-hepatitis E virus amongst blood donors in south Brazil. PLoS ONE 12(5): e0176409. https://doi.org/10.1371/ journal.pone.0176409 PPGCTA Rodrigues, E.F., Ficanha, A.M.M., Dallago, R.M., Treichel, H., Reinehr, C.O., Machado, T.P., Nunes, G.B., Colla, L.M. (2017).Production and purification of amylolytic enzymes for saccharification of microalgal biomass. Bioresource Technology 225: 134–141. Bressiani, J., Oro, T., Santetti, G.S., Almeida, J.L., Bertolin, T.E., Gómez, M.,Gutkoski, L.C. (2017). Properties of whole grain wheat flour and performance in bakery products as a function of particle size. Journal of Cereal Science. 75, 269–277
PPGAgro Moterle, D.F.; Kaminski, J., Dos Santos, R.D.; Caner, L.; Bortoluzzi, E.C. Impact Of potassium fertilization and potassium uptake by plants on soil clay mineral assemblage in South Brazil. Plant and Soil 406, 157-172, 2016. PPGEDU Bertolin, J. C. G.. Ideologies and perceptions of quality in higher education: from the dichotomy between social and economic aspects to the 'middle way. Policy Futures in Education 14, 971-987, 2016. PPGCA Trentin, M.A.S.; Pazinato, A.; Teixeira, A.C. The Development of Mathematical Logical Reasoning through Computer Programming: The Case of the Computer Programming Olympics for Basic Education Students. Creative Education, v. 08, p. 81-94, 2017. PPGCiamb Tella, J. L., Dénes, F.V., Zulian, V., Prestes, N.P., Martínez, J., Blanco, G., Hiraldo, F. Endangered plant-parrot mutualisms: seed tolerance to predation makes parrots pervasive dispersers of the Parana pine. Sci. Rep. 6, 31709; doi: 10.1038/srep31709 (2016).
PPGEng Thomé, A.; Cecchin, I.; Reginatto, C.; Colla, L.M.; Reddy, K.R. Biostimulation and rainfall infiltration: influence on retention of biodiesel in residual clayey soil. Environmental Science And Pollution Research International 24, 95949604, 2017.
PPGECM Santos, A.V., Pérez, C.A.S. Ab initio investigation of the substitution effects of 2pelements on the electronic structure of γ-Fe4X (X = B, C, N, and O) in the ground state. Journal of Materials Research 31, 202-212, 2016.
PPGO Alessandretti, R.; Borba, M.; Benetti, P.; Corazza, P.H.; Ribeiro, R.; Della Bona, A.. Reliability And mode of failure of bonded monolithic and multilayer ceramics. Dental Materials 33, 191-197, 2017.
PPGPPF Corso LL, Spinelli Lde F, Schnaid F, Zanrosso CD, Marczak RJ. 2016. Optimization of a Cemented Femoral Prosthesis Considering Bone Remodeling. J. Biomech. Eng., 138 (1), 011002.
UPF Casca: 25 anos de compromisso com o desenvolvimento da comunidade Uma história institucional permeada pelo sonho e pelo trabalho de pessoas que fizeram com que a UPF comemorasse, no dia 17 de junho, os 25 anos do Campus Casca. A celebração foi realizada no CTG Laço da Amizade e teve como homenageados o ex-diretor do Campus Casca Nélio Luiz Cerbaro e a ex-assistente pedagógica Geny Bachi Cerbaro. O reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, a vice-reitora de Graduação Rosani Sgari, a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Maria Dalmolin, o vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior e a presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) Maristela Capacchi entregaram, como forma de agradecimento pelo trabalho desempenhado pelos precursores do Campus Casca, uma placa de homenagem. No ano de 1989, o delegado de Educação Nélio Luiz Cerbaro e a secretária de Educação Geny Bachi Cerbaro realizaram um importante trabalho para que ocorresse a implantação do campus da UPF no município de Casca. De acordo com o reitor da UPF, o momento é de ce-
lebração pela instalação dos 25 anos do Campus Casca na estrutura multicampi da Universidade. “Celebramos com a comunidade de Casca os feitos que esse campus proporcionou ao longo desses anos. Também estamos homenageando duas pessoas especiais para a UPF, e, principalmente, para o Campus Casca, que são o professor Nélio Cerbaro e sua esposa Geny Cerbaro. Desde o início das atividades, eles estão presentes e ajudaram a construir essa bela história”, destacou. O desenvolvimento promovido pela instalação do Campus Casca é destacado pela presidente da FUPF, Maristela Capacchi. “Foi nosso primeiro campus na região. Essa instalação representou a inserção da Universidade no interior do estado, para trazer conhecimento, educação e desenvolvimento de emprego, fatores que vêm junto com esse bom movimento que a educação traz”, disse. Emocionado, o ex-diretor relembrou os desafios e as conquistas vividas pela Instituição de ensino nesses 25 anos. “Eu gostaria de ter palavras para poder expressar
esse momento, então, na falta delas, resumo com a gratidão. Agradeço a Deus, por ter me dado 25 anos de trabalho na UPF, com apoio das reitorias, de diretores, funcionários e alunos. Não há como expressar o que sentimos neste momento”, registrou Cerbaro. De acordo com o diretor do Campus Casca Me. Henrique Bertosso, o ano de 2017 é bem importante, pois marca uma celebração que não é de um aniversário qualquer. “São 25 anos, tempo em que tivemos uma série de cursos, tanto da área da gestão quanto da formação de professores, o que significa dizer que o campus realmente fez a diferença na região”, finalizou o diretor.
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Julho | Agosto 2017 Foto: Andrei Nardi/Nexjor FAC
universidade Compromisso com a
FORMAÇÃO Seminário de Atualização Pedagógica promoveu encontros e reforçou o compromisso da UPF com a formação continuada
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ais antiga Instituição de Ensino Superior da região Norte do estado, a Universidade de Passo Fundo conta com um grande número de estudantes e uma ampla oferta de cursos. Sua missão de produzir e difundir conhecimentos que promovam a melhoria da qualidade de vida e formar cidadãos competentes, com postura crítica, ética e humanista, preparados para atuarem como agentes transformadores, é assumida também por meio do compromisso com a formação de professores.
Esse compromisso se materializa, principalmente, por meio da formação continuada. Para isso, desde 2009, a Vice-Reitoria de Graduação da UPF planeja e promove, em conjunto com a área de Prática de Ensino e Estágios, o Seminário de Atualização Pedagógica, o Semape, destinado a professores da educação básica da região de abrangência da UPF, bem como a egressos e a acadêmicos da Instituição, em especial aqueles dos cursos de licenciatura. Em 2017, o Semape reuniu 900 professores, que participaram de conferências Foto: Eugenio Siqueira/Nexjor FAC
sobre o tema “Criatividade no ensinar e no aprender”, de comunicações orais – relatos de experiências exitosas de professores da educação básica e de alunos bolsistas de pesquisa e de extensão – e de minicursos. Ensino e troca de experiências Nessa edição, como um dos principais diferenciais, o Semape ofereceu 52 minicursos, que foram ministrados pelos professores da Instituição, oriundos das mais diferentes áreas do conhecimento. De acordo com a professora do curso de Química da UPF, Ms. Ana Paula Härter Vaniel, que, junto com as alunas Micheli Aguirres e Milene Fracasso Galvagni, ministrou o minicurso “Das especiarias à petroquímica: diferentes formas de contextualizar o ensino de química orgânica”, todo o material dessa atividade foi organizado com base na perspectiva de poder aprimorar as concepções metodológicas no processo de ensino-aprendizagem na
Foto: Andrei Nardi/Nexjor FAC
Foto: Eugenio Siqueira/Nexjor FAC
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área de Ciências da Natureza, apresentando uma nova forma de abordagem, para auxiliar o professor a aproximar a realidade do educando com os assuntos abordados em sala de aula. Isso possibilita a melhor atribuição de sentidos, a partir da relação com o cotidiano e com os conhecimentos prévios dos estudantes. Na opinião dela, permitir o diálogo professor da escola X professor formador é um dos pontos de destaque do Semape, a partir do qual todos saem ganhando, uma vez que o trabalho coletivo, a troca de experiências e o vislumbre de novas possibilidades e perspectivas levam à motivação de todos os envolvidos no processo. “Manter-se motivado e disposto a tornar a educação em ciências e em química prazerosa e significativa para a vida dos estudantes é o primeiro passo para um ensino qualificado e para a formação de cidadãos críticos”, comentou a professora. Ainda segundo Ana Paula, para os professores, enquanto formadores, iniciativas como o Semape são momentos únicos, pois permitem que os docentes da educação básica venham até a Universidade. “Ao invés de irmos até a escola, como fazemos semanalmente em variados projetos de extensão e no Pibid, recebemos os professores da educação básica na Universidade, com as possibilidades que a infraestrutura da UPF permite. O Foto: Gillian Krein/Nexjor FAC
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Inteligência criativa na escola O Semape também foi espaço para reflexão. Durante os dois dias de evento, os participantes acompanharam conferências relacionadas à temática principal: Criatividade no ensinar e no aprender. Durante o Encontro de Professores e Estagiários das Licenciaturas, os professores Ms. Ilse Ana Piva Paim e Dr. Gerson Trombetta falaram sobre o tema “A dimensão estética do trabalho docente”. Em suas falas, os docentes destacaram a importância da criatividade e do uso da arte como forma de ensinar. No segundo dia do evento, mais de 900 professores acompanharam a conferência “Inteligência criativa na escola: interações possíveis”. O tema foi explorado pelo Dr. Daniel Quintana Sperb (Unilasalle), que abordou questões sobre como a inteligência criativa pode ser um catalisador para a transformação, não só em sala de aula, mas na educação em todos os níveis. Na opinião do professor, a importância da temática se dá porque ela foi esquecida ao longo do tempo. A escola como um todo, segundo ele, sempre foi orientada a dar respostas e a não perguntar. A consequência disso é o não desenvolvimento de um senso crítico. “As áreas das letras e dos números se desenvolveram com muita força no decorrer dos anos, mas a área dos desenhos, por exemplo, não. Então, essas habilidades por trás da ciência acabaram sendo subjugadas. É como se estivéssemos operando em meia fase, como se tivéssemos toda uma capacidade inexplorada e que precisa ser catalisada com a ferramenta correta”, disse Sperb.
acesso a laboratórios modernos e bem equipados é mais um ponto favorável para a realização dos minicursos, pois algumas atividades talvez não fossem possíveis sem essa infraestrutura, o que qualifica ainda mais a formação continuada desses profissionais”, completou. Para a acadêmica do curso de Química Micheli Aguirres, o fato de ajudar a ministrar um minicurso em um evento prestigiado pelos professores da Educação Básica da região é viver a experiência docente “como se já estivesse do outro lado”. “É como se estivéssemos já compreendendo o espaço do profissional da educação, mesmo que ainda estejamos nos construindo e nos identificando como professores no Foto: Eugenio Siqueira/Nexjor FAC
Foto: Gillian Krein/Nexjor FAC
processo de graduação. Participar dessa ação significa perceber o quão ricas e importantes são essas experiências para a nossa formação e para aqueles que vêm em busca da sua formação continuada, acreditando e renovando a sua prática docente”, ressaltou a acadêmica. A vice-reitora de Graduação da UPF, professora Rosani Sgari, destaca que a Instituição é referência para os profissionais da região Norte do estado e, nesse processo, contribui com a educação oferecendo programas de formação continuada. “Os professores formados pela UPF sabem que podem retornar a qualquer momento, seja para o Semape, seja para um curso de extensão ou para realizar Foto: Gillian Krein/Nexjor FAC
Foto: Eugenio Siqueira/Nexjor FAC
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Julho | Agosto 2017
Foto: Andrei Nardi/Nexjor FAC
Foto: Eugenio Siqueira/Nexjor FAC
Foto: Gillian Krein/Nexjor FAC
Foto: Érica Soares/Nexjor FAC
Foto: Érica Soares/Nexjor FAC
Foto: Érica Soares/Nexjor FAC
sua pós-graduação. Uma universidade de qualidade e bem conceituada como a nossa alcançou esse status justamente por manter a preocupação com a formação e a educação continuada de profissionais de todas as áreas do conhecimento, mantendo a integração entre ensino, pesquisa, extensão e inovação”, ressaltou. A coordenadora do Seminário, professora Dra. Luciane Sturm, acredita que, em função disso, o Semape é um evento esperado pelos professores e estudantes de toda a região, que já têm em seus cronogramas as datas destinadas ao estudo e à reflexão. “São mais de mil pessoas envolvidas num grande evento voltado à qualificação docente. Além disso, é um momento de reencontro de egressos, profissionais e futuros professores, os quais têm na UPF uma referência na formação de professores que fazem a diferença em suas escolas e municípios”, disse. Os minicursos foram ministrados por professores e acadêmicos do Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC),
da Faculdade de Educação (Faec), do Instituito de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) e da Faculdade de Odontologia. Reencontro Além da formação continuada de professores, o Semape também é uma forma de integrar educadores já formados e aqueles que ainda estão em formação, já que, junto ao evento, aconteceu o 7º Encontro de Professores e Estagiários das Licenciaturas. O Encontro tem como objetivo valorizar e acolher professores e estagiários, fortalecendo os vínculos com suas instituições e com os próprios profissionais. No evento, a professora Rosani parabenizou os acadêmicos e os professores em formação pela escolha que fizeram. “Mais do que parabenizar, abraço cada professor e cada professora em formação que aqui estão pela escolha e pelo exercício da profissão. Orgulhosamente, somos professores. Fico feliz que suas sinceras convicções não foram influenciadas por
qualquer tipo de medo. A vocês que não se afastaram do que são, que aceitam profundamente o que são e o que virão a ser, nossa admiração e nosso respeito”, disse. Na opinião da vice-reitora, os estudantes em formação necessitam conhecer a realidade das escolas e manter contato constante com a prática, atitude fundamental para a formação de educadores reflexivos e críticos. Por outro lado, os professores graduados compreendem a necessidade de se manterem atualizados, bem como de compartilhar suas experiências com aqueles que ainda estão se preparando para o mercado de trabalho. “O Semape é também um evento que gera novas ideias e propostas, motivando professores e alunos, que renovam suas práticas, discutem, debatem e voltam para suas escolas com um novo fôlego, dispostos a continuar nessa jornada, que nem sempre é fácil. Essa integração, essa troca de experiências e esse compartilhamento de resultados, sem dúvida alguma, contribuem para o crescimento profissional de todos os envolvidos”, finaliza a professora.
Julho | Agosto 2017
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UniversoUPF
institucional
IFCH
Há 60 anos construindo conhecimento e projetando novas realidades
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) realiza uma série de atividades para comemorar seu sexagésimo aniversário
O
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Passo Fundo (IFCH/ UPF) completa, em 2017, seis décadas de história. Ao longo desses anos, consolidou-se no ensino, na pesquisa e na extensão. Tem sete cursos de graduação, dois programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado em Letras e em História) e inúmeros cursos de pós-graduação lato sensu. Nesses sessenta anos, formou mais de 7,6 mil profissionais. Para comemorar todas essas conquistas, estão sendo desenvolvidas várias ações no decorrer deste ano. A antiga Faculdade de Filosofia, que deu origem ao IFCH, ajudou a dar forma à Universidade e se transformou nessa importante unidade acadêmica. Hoje, o IFCH abrange mais de 1,2 mil alunos e oferece sete cursos de graduação: Filosofia (Bacharelado), Filosofia (Licenciatura), História (Licenciatura), Letras Português e Inglês (Licenciatura), Letras Português e Espanhol (Licenciatura), Psicologia (Bacharelado) e Secretariado Executivo (Bacharelado). O diretor do IFCH, professor Dr. Edison Alencar Casagranda, salienta que
IFCH já formou mais de 7 mil alunos em 60 anos de história Fotos: Gelsoli Casagrande
a unidade acadêmica tem inúmeras conquistas para celebrar. “Primeiro, por manter-se firme em sua opção pela formação humana, investindo forte em cursos de graduação e pós-graduação. Segundo, pelo compromisso que cada integrante dessa unidade assume com o raciocínio crítico e com as artes, numa época em que se comprometer com essas áreas do saber é, no mínimo, desafiador”, destacou. Desafios O diretor do IFCH ressaltou que, ao longo dessas seis décadas, o IFCH não cresceu só em números de alunos e na oferta de cursos. “Ao longo desses 60 anos, crescemos, como diria Martha Nussbaum, ‘na arte [...] de compreender o ser humano, [...] na arte de entender o significado dos sofrimentos e das realizações dos outros, [...] na arte de formar cidadãos íntegros, [...] na arte de manter viva a democracia’”, enfatizou. Casagranda fez ainda uma reflexão sobre a eminência da inutilidade que paira sobre as humanidades. Segundo ele, na lógica de uma formação voltada para a competitividade, as humanidades perdem terreno e a dimensão constru-
Ações comemorativas aos 60 anos do IFCH
Dentre as várias atividades programadas em comemoração aos 60 anos, destacam-se algumas já realizadas e outras que ainda acontecerão no segundo semestre de 2017: - Aulas Magnas No primeiro semestre, foram realizadas duas aulas magnas, em parceria com a Faculdade de Educação. A primeira ocorreu no dia 21 de março, no Centro de Eventos da UPF, com o tema “A conjuntura internacional: problemas e desafios da atualidade”, com o palestrante Dr. Estevão de Rezende Martins, professor da Universidade de Brasília (UNB). A segunda aula ocorreu no dia 26 de abril, quando o professor Dr. Silvio Gallo, da Unicamp, falou sobre “Ensino, pesquisa e extensão - em busca da transversalidade de práticas e saberes”. - Gincana integrada - IFCH 60 anos Acontecerá entre os meses de agosto e outubro de 2017 e envolverá acadêmicos e professores de todos os cursos do IFCH. - Jantar comemorativo aos 60 anos IFCH/Faed As duas unidades realizarão, de forma conjunta, um jantar comemorativo aos 60 anos. O evento ocorrerá no dia 11 de novembro, às 20h, no Palazzo Centro de Eventos, Bairro Vera Cruz. - Evento com descerramento de placa comemorativa aos 60 anos e inauguração da galeria de fotos históricas e de ex-diretores do IFCH Trata-se de uma solenidade de homenagens que será realizada em meados de setembro. A atividade contará com a presença de professores e alunos do IFCH, bem como de ex-diretores, ex-professores e ex-alunos.
tiva e criativa da ciência e das ciências humanas, bem como a perspectiva de um raciocínio crítico e criterioso, cedem espaço ao aperfeiçoamento de competências eminentemente práticas. “E, este parece ser o desafio deste século. Afinal, como afastar das humanidades o perigo da inutilidade? Em outras palavras, como podemos, enquanto estudantes e professores, dotar de sentido a formação humana, garantindo as condições necessárias para viabilizar, não apenas a formação de cidadãos críticos, que possam pensar por si mesmos, mas também, por consequência, o futuro da democracia?”, indaga o diretor, ressaltando que é preciso compreender as tensões que movem o mundo. O princípio Em janeiro de 1957, a antiga Faculdade de Filosofia – que em 1971 dá origem ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas –, realizava seu primeiro vestibular. Foram 62 alunos selecionados, sendo 12 para o curso de Filosofia, 38 para o curso de Pedagogia e 12 para o curso de Letras Anglo-Germânicas. Em março de 1957, a Faculdade iniciava suas atividades acadêmicas e a primeira aula magna fora ministrada em 7 de março, pelo professor Ernani Maria Fiori, com o tema “O ser e o absoluto”.
IFCH em números - 1.217 alunos - 7.634 alunos formados - 23 funcionários - 98 professores (47% doutores; 48% mestres e 5% especialistas) - 7 cursos de graduação - 2 programas de pós-graduação stricto sensu - inúmeros cursos de pós-graduação (Para conhecer mais sobre o IFCH, acesse www.upf.br/ifch)
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Julho | Agosto 2017 Foto: Roberto Tomasi/UPF
universidade
Projeto Charão atua na proteção dos papagaios-dealtitude
PROJETO
ensino, pesquisa e extensão, da universidade para a comunidade Iniciativa foi reconhecida com o Prêmio Nacional da Biodiversidade, pelo trabalho de 25 anos na conservação dos papagaios-de-altitude (charão e peito-roxo) e de toda a sua biodiversidade
O
trabalho de 25 anos de uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (ICB/UPF) e de biólogos da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) mudou a história do papagaio-charão, ameaçado de extinção, e tem mudado a do papagaio-de-peito-roxo, que também está na lista de espécies ameaçadas. O projeto Charão, desde 1991, assumiu o compromisso com a conservação da natureza e, em um esforço de longo prazo, tem contado, seguido, pesquisado, protegido e conservado essas duas espécies de papagaio. Ao se tornar uma ação permanente, da universidade para a comunidade, a Foto: Gilberto Soares/MMA
Professora Dra. Nêmora Prestes recebeu o Prêmio Nacional da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente
iniciativa vai muito além do ensino, da pesquisa e da extensão. Desenvolvido com o envolvimento de alunos de pesquisa e de extensão da UPF e coordenado pelos professores Dr. Jaime Martinez e Dra. Nêmora Prestes, o Projeto Charão foi uma das sete iniciativas de conservação da biodiversidade brasileira congratuladas com o troféu do Prêmio Nacional da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente. Foram mais de 20 mil votos na iniciativa “Dois papagaios ameaçados da Floresta com Araucárias: um esforço de conservação comum”, que representou as ações do Projeto Charão. Ao todo, 17 finalistas, divididos em seis categorias (Academia, Empresas, Imprensa, Ministério do Meio Ambiente, Órgãos Públicos e Sociedade Civil), concorreram nessa categoria especial. A cerimônia de entrega do prêmio foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e contou com a presença da professora Nêmora, que recebeu o reconhecimento representando o projeto. Papagaios-de-altitude O projeto Charão acompanha todos os anos a reprodução e a migração dos papagaios, realizando o censo e monitorando de perto seu ciclo biológico. A área de trabalho com o papagaio-charão vai desde Caçapava do Sul e Santana da Boa Vista, no sul do Rio Grande do Sul, até Urupema e São Joaquim, no sudeste de Santa Catarina. O apoio de instituições como a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o Fundo Nacional para o Meio Ambiente e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) tem sido fundamental para a manutenção das atividades de pesquisa e conservação a campo.
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Foto: Fábio Olmos/UPF
Julho | Agosto 2017
Dentre as conquistas, além do reconhecimento pelo trabalho de preservação e do aumento significativo no número de indivíduos das espécies monitoradas, o projeto Charão também celebra a criação de uma área de floresta com remanescentes de araucárias no planalto serrano de Santa Catarina, utilizada durante boa parte do ano pelos papagaios-de-altitude. A área, denominada Reserva Natural Papagaios-de Altitude, conta com 46 hectares, está localizada em Urupema e, a cada ano, oferece alimento aos papagaios que migram para o local. O incentivo à criação de áreas protegidas tem sido intenso por parte dos integrantes do projeto Charão. Para melhor compreensão e valorização das Florestas com Araucárias – hábitat preferencial dos papagaios –, o projeto tem desenvolvido uma grande e constante ação de educação ambiental, que é o curso “Resgate do Pinheiro-Brasileiro”. “Hoje, uma das principais metas do projeto é trabalhar junto com o poder público e com proprietários de terras para ampliarmos as áreas naturais protegidas, principalmente na forma de RPPNs. Seja pela pesquisa, seja pela extensão, nos aproximamos de muito conhecimento
e do desenvolvimento de habilidades, tanto para nós professores quanto para os alunos estagiários que nos ajudam na condução das atividades do projeto”, observa Martinez. De acordo com ele, nas disciplinas ministradas nos cursos de graduação da Universidade, os professores compartilham com os acadêmicos o conhecimento e a experiência adquiridos, integrando ensino, pesquisa e extensão. “Mais do que trabalhar com papagaios e com a floresta e as araucárias, o projeto trabalha há 25 anos com pessoas, sejam elas pesquisadores, alunos ou proprietários de terras, sejam representantes do poder público ou mesmo professores que parti-
A Reserva Natural Papagaios-de Altitude conta com 46 hectares e está localizada em Urupema, Santa Catarina
cipam conosco dessa frente na educação pela conservação”, constata Martinez. A partir deste ano, o projeto assumiu compromisso de executar o Programa Nacional para a Conservação do Papagaio-de-peito-roxo. Com duração prevista de quatro anos, a iniciativa busca executar metas constantes no Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Papagaios (PAN Papagaios), que será desenvolvido em áreas prioritárias já identificadas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais. A professora Nêmora, que acompanhou a cerimônia em Brasília, destaca que, passados 25 anos aplicando estratégias de conservação com ênfase no incentivo à criação de áreas protegidas, foi possível manter uma população em torno de 20 mil papagaios-charão. “A experiência com o charão habilitou a equipe para hoje conduzir o Programa Nacional de Conservação do Papagaio-de-peito-roxo, desde o Rio Grande do Sul até Minas Gerais, orientado pelas metas do PAN Papagaios”, finaliza a professora. Foto: Divulgação/UPF
Encontros de formação orientam sobre a importância da preservação
Da pesquisa à extensão O projeto Charão atua pela conservação da natureza, com foco em pesquisa e educação ambiental para a conservação da Floresta com Araucárias e sua biodiversidade, representada pelos papagaios-de-altitude (charão e peito-roxo). Conforme o professor Jaime Martinez, a atuação do projeto Charão iniciou com provocação e incentivo da área da pesquisa. “Existiam muitas lacunas no conhecimento sobre os papagaios. Fomos em busca de respostas, com muitos estudos a campo”, comenta ele. À medida em que o conhecimento sobre os papagaios aumentava, a equipe de estudos compreendia com mais clareza os fatores que estavam levando a espécie a reduzir sua população e a manter-se como espécie ameaçada de extinção. “Assim, iniciamos nossas ações de extensão, buscando trabalhar junto com os proprietários de terras e comunidades rurais, para a manutenção da qualidade dos ambientes florestais e a manutenção de árvores velhas nas quais a espécie realiza sua reprodução”, relembra ele. Para a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Dalmolin, o grande desafio da extensão universitária é colocar na agenda acadêmica as questões que precisam ser trabalhadas no âmbito micro e macro social, para a construção de uma sociedade mais equânime e justa. “A UPF é uma universidade comunitária e a educação é um bem público, o que nos compromete com um processo de ensino e aprendizagem que abarque as grandes problemáticas que permeiam o dia a dia da
população”, destaca, ressaltando a importância do trabalho de preservação realizado pelo projeto Charão. “Esse projeto estabelece uma relação dialógica entre as comunidades e a Universidade, possibilitando uma dinâmica de muitos ganhos: ganham os moradores e todo o ecossistema, pois recebem o apoio técnico, científico, social e cultural, fortalecendo a sustentabilidade (ambiental, econômico e social); ganha a Universidade, que, ao aprender, ensina, investiga e transforma-se, produzindo conhecimento e formação de qualidade”, reitera. Para ela, o prêmio é o reconhecimento da qualidade e da relevância do projeto, que, há mais de duas décadas se debruça em prol da preservação das espécies e de todo o ecossistema. O projeto Charão é vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Para a diretora do Instituto, professora Dra. Jurema Schons, a iniciativa contribui tanto para a formação acadêmica dos alunos quanto para a educação ambiental. “É um projeto antigo dentro do ICB, que trabalha a preservação e a importância da biodiversidade e estende suas ações à comunidade”, reforça, citando que há uma preocupação eminente não só no ensino e com a graduação, mas na formação para a preservação, voltando ações desde a educação infantil, abrangendo a sociedade como um todo. “É um projeto extremamente relevante, que presta um serviço importante à comunidade, articulando ensino, pesquisa e extensão”, conclui.
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jornada nacional de literatura
A nova tríade da Jornada:
Alice Ruiz, Augusto Massi e Felipe Pena Novos coordenadores do palco de debates da Jornada têm visão ampla da literatura, são críticos da literatura e bem articulados no meio literário
O
Palco de Debates da 16ª Jornada Nacional de Literatura ressurge, nesta edição, dentro da grande lona, agora denominada Espaço Suassuna. Para comandar os palcos de debates, foram convidados os escritores Augusto Massi, Felipe Pena e Alice Ruiz. As mesas abordarão as seguintes temáticas “Por elas: a arte canta a igualdade”, “Centauro, pedra, rosa e estrela: Scliar, Suassuna, Drummond, Clarice”, “Monstros e outros medos colecionáveis” e “Literatura e imagem: além dos limites do real”. A Jornada acontece de 2 a 6 de outubro de 2017, em Passo Fundo. Autores com visão ampla da literatura, críticos da literatura e articulados no meio literário. Esses foram alguns dos fatores que definiram os novos coordenadores dos debates da Jornada. Um deles é a poeta Alice Ruiz, autora de mais de 20 livros, entre poesia, traduções e uma história infantil. Compositora de letras musicais, já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia, de 1989, pelo livro “Vice Versos”, e o Jabuti de Poesia, de 2009, pelo livro “Dois em Um”. “Alice é uma poeta consagrada e que tem uma produção bastante vinculada a movimentos de vanguarda e aos estudos dos haikais. Será uma grande honra para a Jornada tê-la conosco”, salienta uma das coordenadoras da Jornada, professora Dra. Fabiane Verardi Burlamaque. Para Alice, que já participou da Jornada em 1991, dessa vez é como estar do outro lado do balcão, desempenhando um papel completamente diferente. “E eu achei maravilhoso isso porque desafia, e tudo que nos desafia é bem-vindo. Eu estava pensando bastante em como conduzir esses debates e quero conhecer bem os autores que eu vou mediar. Acho que tudo que eu já ad-
mirei em mediações das quais eu era a mediada e tudo que eu achei que não se deve fazer eu vou levar em conta para desempenhar essa função”, comenta Alice. O outro coordenador de debates, Augusto Massi, é mestre em Literatura Espanhola e Hispano-America (1992), doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2004), além de ser jornalista, professor, poeta, editor e crítico em publicações relacionadas à poesia modernista, crônica e memorialismo, prosa e poesia contemporâneas. “Augusto Massi é professor, pesquisador da teoria literária, trabalhou como editor e crítico literário. Estamos muito contentes em receber essa grande referência da literatura”, enfatiza Fabiane. Massi nunca participou diretamente das Jornadas, mas acompanhou de perto e tem a maior admiração por essa movimentação literária. “Embora nunca tenha participado, sempre soube da importância das Jornadas, porque acompanho esse movimento de perto, como editor e também escritor. As Jornadas têm essa característica de ser uma festa com a participação de escritores nacionais e internacionais. Fiquei muito honrado com o convite para essa nova experiência como coordenador de debates”, destaca o escritor. Completa a tríade de debatedores o jornalista Felipe Pena, escritor, psicólogo, professor, doutor em Literatura pela PUC-Rio, com pós-doutorado pela Paris/Sorbonne. O envolvimento do escritor com a literatura começou muito cedo. “Quando eu tinha quatro anos de idade, meu avô espanhol ficava lendo contos galegos e russos, poemas de Rosalía de Castro, contos de Tolstói. Dá pra imaginar? Esse foi meu primeiro contato com poemas e contos altamente complexos. Pela minha própria
formação, tudo na minha vida tem a ver com a escrita. Eu vivo de escrever. A escrita é meu pão, como professor, como roteirista, como psicanalista, como romancista, tudo que me sustenta vem da escrita”, declara Pena. Para o também coordenador da Jornada Nacional de Literatura, professor Dr. Miguel Rettenmaier, Felipe Pena é um pesquisador que se interessa pela literatura além dos limites do cânone, ou seja, fora de um padrão estético consagrado. Rettenmaier cita, por exemplo, a obra Geração Subzero, organizada pelo escritor, que reúne uma coletânea de contos de vinte autores que, frequentemente, não são levados a sério pelo restrito mundo dos críticos literários. “É o criador da expressão ‘Geração Subzero’, relativa a escritores que são adorados pelo público, mas esquecidos, ‘congelados’ pela academia e pela crítica. Queríamos alguém com uma visão ampla da estética literária, pluralizada em várias tendências”, pontua Rettenmaier.
Alice Ruiz
Augusto Massi
Felipe Pena
Alice Ruiz é poeta e compositora. Ministra palestras e oficinas de haikai no Brasil, desde 1990. Tem mais de 20 livros publicados de poesia, traduções e livros para crianças. Dois prêmios Jabuti de poesia e cinco livros incluídos no PNBE. Participação em antologias no Brasil, México, Argentina, Espanha, Irlanda, Bélgica e USA. Como compositora, tem parcerias com Arnaldo Antunes, Chico César, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Waltel Branco, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros. Foi gravada também por Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Gal Costa. Lançou, pela Duncan Discos, com Alzira Espíndola, o CD de música e poesia "Paralelas". Em 2007, Rogéria Holtz lançou o CD “No País de Alice”, só com letras de Alice Ruiz.
Augusto Massi é graduado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983), mestre em Literatura Espanhola e Hispano-America (1992) e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2004). Desde 1990, trabalha como professor de Literatura Brasileira na Universidade São Paulo. Tem atuado como poeta, crítico e editor, com ênfase em publicações relacionadas à poesia modernista (Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Raul Bopp e João Cabral de Melo Neto), à crônica e ao memorialismo (Machado de Assis, Lima Barreto, Rubem Braga, Iberê Camargo e Cícero Dias) e a prosa e poesia contemporâneas (Dyonélio Machado, Otto Lara Resende, Dalton Trevisan, Raduan Nassar, Chico Buarque de Holanda, Francisco Alvim, Cacaso, Adélia Prado, Orides Fontela).
Felipe Pena é jornalista, escritor e psicanalista, com doutorado em Letras pela PUC-Rio e pós-doutorado em Semiologia da Imagem pela Universidade de Paris, a Sorbonne 3. Foi visiting scholar da New York University e professor visitante da Universidade de Salamanca. Professor associado da Universidade Federal Fluminense, é autor de 15 livros, entre romances, biografias, crônicas e ensaios sobre comunicação e cultura. Foi duas vezes finalista do prêmio Jabuti, uma delas com o livro "No jornalismo não há fibrose" e outra com a biografia "Seu Adolpho". É colunista do jornal Extra, no Rio de Janeiro, diretor da Sociedade Brasileira de Estudos da Comunicação e roteirista de TV. Foi comentarista do programa Estúdio I da GloboNews, diretor de análise de conteúdo da Rede Globo e sub-reitor da Universidade Estácio de Sá.
Inscrições para a Jornada encerram no dia 21 de agosto A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são realizadas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, do Sesi, da BSBIOS e da Companhia Zaffari & Bourbon e com o apoio do Ministério da Cultura, além da parceria cultural do Sesc, dentre outras empresas e órgãos. As inscrições para a Jornada e para a Jornadinha estão abertas e são limitadas. Os interessados devem se inscrever no portal www.upf.br/16jornada. A programação completa também está disponível no site da Jornada. Informações podem ser obtidas pelo e-mail jornada@upf.br ou pelo telefone (54) 3316-8368.
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extensão UPF promove assessoria gratuita a empreendedores Empresas pré-incubadas e incubadas no UPF Parque recebem auxílio para potencializar seus negócios
Fotos: Gelsoli Casagrande
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Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Feac), desenvolve o projeto de extensão multidisciplinar de Assessoria às Empresas Incubadas no Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque). De acordo com o coordenador do projeto, professor Me. Anderson Neckel, o programa foi criado há um ano para atender a demandas das empresas instaladas no local. “O projeto trabalha na assessoria em todas as áreas, tanto nas fases de pré-incubação quanto de incubação. Damos suporte para desenvolver a parte mercadológica, o plano de negócios e a formalização da empresa, pois com frequência nossos alunos têm ideias com potencial de mercado, mas não sabem estruturar a parte administrativa”, explicou. De acordo com Neckel, qualquer aluno da UPF pode participar. A condição para isso é apresentar uma ideia de negócio com viés tecnológico. Com caráter multidisciplinar, o projeto une diferentes áreas, com o objetivo de auxiliar o empreendedor. A esse trabalho, estão vinculados o projeto Célula, do curso de Publicidade e Propaganda, e o projeto de Jornalismo Científico, do curso de Jornalismo, ambos da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC), integrando também o Núcleo de
Prof. Me. Anderson Neckel, coordenador do projeto multidisciplinar de Assessoria às Empresas do UPF Parque
Charles Israel e Fernando Benvinda, empreendedores proprietários da C2SB
Apoio Fiscal (NAF/Feac). “Sua natureza multidisciplinar se dá em razão de que se vincula a várias áreas. A partir do momento em que temos uma demanda específica de cada empresa, a direcionamos aos projetos ou aos professores vinculados para que consigamos dar suporte”, disse. Respirando tecnologia e empreendedorismo Os engenheiros mecânicos Charles Israel e Fernando Benvinda são proprietários da C2SB, empresa incubada no UPF Parque. Egressos da UPF, eles relatam que tiveram a ideia de aplicar seus conhecimentos de engenharia na área médica quando ainda faziam a graduação e participavam de grupo de estudos sobre o tema. “Começamos a ver a demanda como algo promissor, que tinha mercado e que estava faltando na região. A empresa foi pré-incubada durante a faculdade e hoje está incubada no Parque”, conta Israel. Conforme os empreendedores, a assessoria do projeto de extensão da UPF os auxiliou a definir os produtos e serviços voltados para a área da saúde, conhecendo as tendências de mercado, moldando o plano de negócios. “Eles nos deram um norte para seguir, para que identificássemos nossos pontos fortes e fracos e o plano de negócios”, disse Benvinda. Na opinião do empresário, outra iniciativa que merece destaque é o Meeting de Inovação, uma ação promovida pela UPF, que oferece palestras sobre diferentes temas e possibilita a troca de ideias entre os empreendedores. Propicia, também, o acesso a laboratórios e o contato com diferentes profissionais é destacado como um diferencial oferecido pelo Par-
que. “O UPF Parque é o diferencial na vida da nossa empresa, nós poderíamos estar fazendo isso em outro lugar, só que a multidisciplinaridade do Parque e a prerrogativa de se ter contato com diferentes áreas e diferentes segmentos acabaram nos mostrando a visão como um todo, tanto é que um dos produtos que estamos desenvolvendo, que é para ser o carro chefe da empresa, surgiu graças a essa multidisciplinaridade”, finalizou Israel.
Potencializando ideias e negócios Reuniões e treinamentos são realizados com regularidade, capacitando as equipes de trabalho e motivando os envolvidos para que atinjam a meta de, em seis meses, progredir para empresas incubadas. “Muitas das reuniões são realizadas de forma individual, porque são casos muito específicos e porque, em muitas ocasiões, os empresários mostram receio em abrir suas ideias. Por isso, temos, na UPF, um setor que faz todo o processo de patente. Temos o cuidado para que sejam registradas as patentes e encaminhados os documentos”, explicou. Segundo o professor, a grande maioria dos modelos de negócio que chegam do UPF Parque vem das áreas de engenharias, tecnologia ou de setores específicos nos quais os empreendedores têm o conhecimento técnico, mas necessitam de orientação mercadológica. “Uma empresa não nasce de um dia para o outro. Esse processo demanda muita análise de mercado. É preciso criar as próprias demandas, identificá-las, e temos auxiliado muito as empresas a ter essa percepção. Então, após a ideia, tem que se criar a empresa para fabricar o produto, só que, depois disso, é preciso criar parcerias estratégicas para a comercialização. São várias possibilidades e nossa proposta é auxiliar as empresas a escolher o melhor caminho”, finalizou. Projeto de extensão oferece assessoria gratuita a empreendedores do UPF Parque
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Julho | Agosto 2017
UniversoUPF
pesquisa e inovação
Um novo espaço para a
produção do conhecimento Fotos: Leonardo Andreoli
Inauguração do novo prédio do PPGEdu celebrou os 20 anos do Programa e os 60 anos da Faculdade de Educação
E
m seus 49 anos, a Universidade de Passo Fundo já formou mais de 73 mil alunos na graduação, mais de 9 mil nos cursos de especialização, cerca de 1800 mestres e doutores e mais de 20 pós-doutores. Nesse cenário, a Faculdade de Educação (Faed), que, em 2017, celebra seus 60 anos, e o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu), que completa 20 anos, tiveram importante participação. Para celebrar essas conquistas, um novo espaço foi entregue à comunidade acadêmica. O prédio, voltado para as ações do PPGEdu, conta com salas de aula, sala de reuniões, auditório e espaço para apresentações de dissertações e teses. A solenidade de inauguração ocorreu em abril e contou com a presença da Reitoria, de professores
e alunos, e de lideranças políticas e da comunidade. Na busca pela nota máxima na avaliação do Ministério da Educação, tanto a Faculdade quanto o Programa têm trabalhado na qualificação de suas ações. Para o reitor, José Carlos Carles de Souza, a nova estrutura soma-se a outras conquistas e possibilita o crescimento de todos. “Dentre seus muitos projetos, a UPF tem se dedicado a qualificar a pós-graduação, garantindo estrutura adequada para a produção do conhecimento. É com satisfação que entregamos uma área digna da importância do seu espaço. Essa construção demandou um trabalho muito grande da equipe de coordenação do Programa e da Unidade, mas também da Universidade, no sentido de viabilizar os recursos, de buscar as verbas para essa ampliação. Para nós, isso é fundamental quando olhamos para o futuro”, disse. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, a Faed é um dos exemplos da integração entre ensino, pesquisa e extensão e do modelo espiral, com verticalidade e transversalidade em todos os níveis do conhecimento. “Esse momento representa o sucesso de uma política de expansão, um caminho de consolidação de um modelo que tem dado certo, possibilitando, com a captação de recursos externos, por meio dos projetos de pós-graduação, o crescimento da Universidade. Esse é o quinto prédio construído, e o sexto está em andamento. Mas, mais do que os me-
tros quadrados construídos, é um espaço de formação, de construção do conhecimento em uma Unidade que é exemplo de integração entre ensino, pesquisa, extensão, pós-graduação e inovação em todos os níveis do ensino”, destacou.
Na opinião do primeiro vice-presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), professor Alexandre Nienow, o comprometimento de todos para que a nova estrutura pudesse ser utilizada pela coletividade foi fundamental para a conclusão do trabalho. "A trajetória de um programa de pós-graduação não se inicia a partir da sua criação, mas muito antes, em decorrência da dedicação e do comprometimento de professores, alunos e funcionários em trabalhos de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão. Na comemoração dos 20 anos do PPGEdu, o novo prédio da pós-graduação foi o coroamento dessa trajetória, concebido e construído coletivamente pela Faculdade de Educação, o PPGEdu, a UPF (Reitoria e Vice-Reitorias) e a Fundação, envolvendo os diferentes setores da Instituição", pontuou.
Produção de conhecimento, de mudanças e transformações O novo espaço vai ampliar as ações que são desenvolvidas e tem como foco também a aproximação ainda maior com a comunidade. Segundo a professora Dra. Eliara Levinski, diretora da Faed, a estrutura é resultado de um esforço conjunto e, de forma coletiva, tem a intenção de fazer a diferença na sociedade. “É um percurso de 60 anos da Faculdade de Educação e 20 anos do Programa, e a celebração reforça o compromisso selado que temos com a formação das pessoas, contribuindo simultaneamente para os processos de transformação do mundo. Esse espaço, financiado pela Finep, com o apoio incondicional da Reitoria, com um trabalho de professores, funcionários e de toda a comunidade acadêmica, oferece uma estrutura que permite melhores condições de trabalho aos professores e de estudo aos alunos e, ao mesmo tempo, melhora nossa interlocução com a comunidade”, ressalta. A formação qualificada de pesquisadores é uma preocupação constante da equipe que lidera o Programa. Para o professor Dr. Claudio Dalbosco, coordenador do
PPGEdu, ao longo dos 20 anos de caminhada, o Programa se consolidou com projetos aprovados sem ressalvas, com pesquisadores reconhecidos nacional e internacionalmente e com a produção de conhecimento voltada para a educação no país. Em sua opinião, o novo prédio será uma ferramenta para que esse trabalho continue sendo feito. “A inauguração marca e confirma toda uma trajetória desenhada desde 2010, com investimento que é feito pela gestão da Universidade na pós-graduação, então, vamos ter as condições infraestruturais necessárias para que possamos alavancar nossos projetos acadêmicos, a produção científica e a formação de novos pesquisadores. A arquitetura do prédio foi pensada justamente nesse sentido”, frisa.
Participaram da solenidade o 1º vice-presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), Alexandre Nienow; os vice-reitores de Graduação, Rosani Sgari, de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, e Administrativo, Agenor Dias de Meira Junior; e o Secretário Municipal de Educação, Edemilson Brandão; além de professores, diretores de unidade e coordenadores de cursos da UPF.
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UniversoUPF Fotos: Maria Eduarda Ely/Nexjor/FAC
extensão
Exposição “40 anos de história: do MHC ao MHR” reúne diversos objetos e fotos que relembram a trajetória do Museu
MHR: há quatro décadas preservando o patrimônio histórico e cultural de Passo Fundo e região
Museu Histórico Regional (MHR) possui um acervo com mais de 13 mil itens e quase 200 mil pessoas já visitaram o local
M
ais de 200 exposições, 190 mil visitantes e um acervo de 13 mil itens. Esses números representam um pouco da importância do Museu Histórico Regional da Universidade de Passo Fundo (MHR/UPF), mantido em parceria com a Prefeitura de Passo Fundo e que neste ano completa 40 anos de história. O MHR guarda em seu acervo fragmentos importantes da história de Passo Fundo e região. Uma série de ações será realizada ao longo do ano para marcar a trajetória do Museu. Uma delas é a exposição “40 anos de história: do MHC ao MHR”, que segue com visitação até o dia 13 de agosto. A primeira denominação do espaço foi Museu Histórico-Cultural (MHC), em 1977. O Museu foi criado após um trabalho de conclusão de curso realizado no ano de 1976 por alunas da Universidade de Passo Fundo (UPF), que, na época, cursavam Plástica e Desenho no Instituto de Artes da Universidade. “Durante as entrevistas feitas pelas alunas para a pesquisa, 100% dos entrevistados indicaram a necessidade de ter um espaço que contasse a história de Passo Fundo. O trabalho contou com o apoio da Faculdade de Educação e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Passo Fundo e, em 1977, por meio do Decreto Municipal
Nº 52/77, foi criado o Museu Histórico-Cultural”, revelou a coordenadora do MHR, Tania Aimi. O MHC ficou alguns anos fechado e foi reaberto em 18 de maio de 1996, com a nova designação de Museu Histórico Regional, e passou a ser administrado pela UPF, por meio de convênio com a Prefeitura de Passo Fundo. O decreto com a alteração do nome foi publicado apenas em 2004 (Decreto Municipal Nº 232/04). Desde a sua criação, o Museu está localizado no prédio da antiga Prefeitura Municipal, na Avenida Brasil, no Centro de Passo Fundo. Preservando as origens Um museu histórico possibilita que as pessoas conheçam suas origens, tornando-as pertencentes àquele espaço e àquela comunidade. Segundo a coordenadora do MHR, é papel dos museus históricos contribuir para as discussões e para a conscientização sobre o patrimônio histórico em seu trabalho e se aproximar da comunidade, interagindo com ela na construção de suas exposições. “Os museus, tal como a sociedade, estão em constante transformação, cumprindo novos papeis na comunidade onde estão inseridos. Promovem, por meio de suas ações, a preservação e a difusão da memória e do patrimônio histórico e cultural de Passo Fundo e região”, assegurou Tania. O MHR, desde a sua reabertura, aprimorou sua leitura sobre as exposições, as ações educativas e o atendimento ao público. Apresenta seu acervo à comunidade a partir de temáticas que compõem exposições temporárias e itinerantes, centradas na história local e regional,
Acervo preserva importantes itens do século XIX e início do XX O acervo do MHR é composto por 13,1 mil itens, tendo a maioria desses sido doada pela comunidade. Dentre os itens mais significativos, estão uma escarradeira de louça (1917), um aparelho de Código Morse (1910) e uma central telefônica da PMPF (década de 1960), além de cartolas, piteiras, peças de vestuário, fardas e uma citara, entre outros. O acervo é dividido por setores: Documental/arquivístico – composto por documentos pessoais e administrativos, além de recortes de jornais; Arqueológico – formado por artefatos significativos em cerâmico e lítico (lascado e polido), relativos aos povos mais antigos da região; Objetos – abrangendo aspectos histórico-culturais de Passo Fundo e região, possuindo itens da segunda metade do século XIX até o início do século XXI; e Iconográfico – com imagens físicas e digitais que ilustram o processo de desenvolvimento histórico de Passo Fundo e região.
e desenvolve atividades expositivas em parceria e colaboração com a comunidade. Também desenvolve ações educativas voltadas a escolas e a grupos da comunidade municipal e regional e disponibiliza seu acervo para pesquisas realizadas por integrantes de diferentes níveis de ensino. “Acredito que os museus atualmente assumem um papel cada vez mais importante. Diariamente, vemos novidades na área das tecnologias, de equipamentos e de bens de consumo... As informações são rápidas, se transformam e se modificam rapidamente, e, de igual modo, são rapidamente descartadas do cotidiano das pessoas. É aí que surge novamente a importância dos museus, que terão que se adaptar para poder atender aos novos desafios que vão surgindo”, ressaltou.
Mais de 200 exposições
Desde a sua inauguração, mais de 190 mil pessoas visitaram o Museu, que já apresentou, em suas três salas expositivas, mais de 200 exposições de curta duração, com objetos de seu acervo ou de outras instituições, além de peças emprestadas pela comunidade. Também já promoveu exposições itinerantes pela cidade e região. De acordo com a coordenadora do MHR, além de funções museais de guarda, o Museu divulga, dessa forma, a memória e o patrimônio histórico-cultural. Nos últimos 20 anos, o MHR recebeu e promoveu importantes exposições. Tania cita como exemplo o trabalho “Além das 4 linhas – sobre o futebol de Passo Fundo”, que, em 2010 e 2011, abriu um novo ciclo no Museu, marcado pela efetiva participação da comunidade na construção das exposições. Além dessa exposição, é possível destacar também “A prensa de Gutemberg: réplica do XVI, vida e obras de Gutemberg (2001)”; “50 anos da morte de Getúlio Vargas (2004)”; “80 anos da Coluna Prestes – exposição itinerante do Memorial do Rio Grande do Sul/Porto Alegre/RS (2010)”; “Raízes palestinas: história através da arte (2012)”, em parceria com a Embaixada do Estado da Palestina no Brasil; “Onde a esperança se refugiou (2016)”, em parceria com o Movimento de Justiça e Direitos Humanos; “Vestígios arqueológicos (2016)”; e “O centenário do samba e outros carnavais e 100 anos do visconde do Rio Branco (2016)”.
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curso de graduação Química Bacharelado: muitas razões para ser um
QUÍMICO
O contato com a infraestrutura de excelência e o desenvolvimento de atividades experimentais desde o início da graduação oportunizam aos acadêmicos uma formação dinâmica e conectada com o mercado de trabalho.
D
esde a década de 1980, o curso de graduação em Química, vinculado ao Instituto de Ciências Exatas e Geociências da Universidade Passo Fundo, prepara acadêmicos para uma profissão dinâmica e fundamental para a sociedade. O bacharel em Química é habilitado para analisar, obter informações, interpretar conjuntos de dados e desenvolver novos procedimentos relacionados às práticas da área. Uma ciência em constante transformação exige dinamismo e versatilidade de seus profissionais, e é para isso que a UPF capacita seus acadêmicos. Desde o começo do curso, os alunos têm à sua disposição uma infraestrutura com laboratórios amplos e equipados para aulas práticas. Ao todo, são 13 para o ensino de Química, Física e Matemática, além de outros laboratórios que contam com equipamentos especializados. Nesses espaços, o estudante desenvolve atividades de análise de substâncias e de sistemas materiais diversos; realiza a identificação de suas características físico-químicas, como toxicidade, densidade e viscosidade; e investiga o modo como os materiais reagem às variações de pressão e temperatura, entre outros fatores. A coordenadora do curso, Me. Ana Paula Härter Vaniel, explica que essas atividades preparam o futuro profissional para um mercado de trabalho amplo e promissor. “O curso da UPF habilita para 13 das 16 atribuições previstas pelo Conselho Regional de Química (CRQ), e o egresso poderá trabalhar não só nos laboratórios, mas em todas as empresas e indústrias que exigem o acompanhamento de um profissional da área”. A professora destaca que são nesses espaços que o químico desenvolve suas principais atividades: projeto, planejamento e controle de produção; desenvolvimento de produtos; operações e controle de processos químicos. A área também tem espaço para a atuação em Arte: Flaticon
saneamento básico e tratamento de águas; tratamento de resíduos industriais; segurança; gestão de meio ambiente; química forense e, em alguns casos específicos, em vendas, assistência técnica, planejamento industrial e, inclusive, na direção de empresas. A vida profissional O egresso Germano Braun, graduado em Química pela UPF em 2011, iniciou sua trajetória profissional ainda durante o curso e, após adquirir experiência em alguns setores de uma indústria metalúrgica, conseguiu a oportunidade de atuar em uma área que possibilitasse o desenvolvimento de atividades ligadas à química, onde passou a atuar com gerenciamento de resíduos sólidos e tratamento de efluentes, e, em seguida, na área de pintura industrial. Após a graduação, o egresso deu continuidade aos estudos com cursos de qualificação e de pós-graduação, mas destaca que a qualidade de sua formação fez a diferença na construção de sua carreira. “A graduação foi a base da minha carreira. Ao construir uma base forte e sólida, tive facilidade em crescer profissionalmente, sempre desenvolvendo mais conhecimento enquanto aplicava os já adquiridos durante a graduação”. Durante o curso na UPF, o aluno é incentivado a realizar estágios e é conduzido para o desenvolvimento de atividades de pesquisa, que permitem o contato
com a organização de todas as etapas de planejamento. Além disso, a extensão universitária oportuniza ao acadêmico a participação em projetos que buscam soluções para problemáticas e questões sociais e promove ações que propiciam a formação de um profissional consciente da sua função na sociedade. A coordenadora Ana Paula assegura que outro diferencial da graduação é “o corpo docente com conhecimentos sólidos, que, além de mestrado e/ou doutorado, tem experiência na área de atuação”. Para mais informações, acesse http://www.upf.br/Iceg/curso/quimicabacharelado
Nesse sentido, Braun ressalta que a UPF “sempre disponibilizou vagas para a realização de estágios e práticas de laboratório aos estudantes do curso de Química. Isso é uma grande oportunidade para aqueles que buscam maior desenvolvimento e aprendizado das práticas do curso, além do amplo contato com professores muito qualificados”. Caso tenha interesse, o acadêmico de Química ainda tem a possibilidade de ampliar seus conhecimentos por meio de intercâmbios em diferentes países. O curso de bacharelado em Química tem duração de oito semestres. E, se a preferência for em seguir carreira docente, é possível fazer sua formação no curso de Química licenciatura. Ambos são oferecidos no Campus Passo Fundo.
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curso de graduação A
em todas as suas formas
UPF oferece diferentes modalidades de graduação em Música
Foto: Diogo Zanatta
H
á quem acredite que a música precise ser dividida em erudita e popular. Há também quem tenha preconceito com um ou outro estilo musical. Na UPF, no entanto, os cursos de Música ofertados pela Faculdade de Artes e Comunicação (FAC) desconhecem barreiras na hora de construir conhecimentos. As modalidades licenciatura e bacharelado em canto ou em instrumento são três possibilidades para quem tem interesse em seguir uma carreira com mercado de trabalho crescente. Nos cursos de Música, as composições de Louis Armstrong, Beatles e Tom Jobim, por exemplo, são discutidas e executadas com o mesmo apreço e respeito dispensados às obras de Bach, Mozart e Beethoven. “Os cursos da UPF possibilitam que o aluno compreenda conteúdos tanto da música popular quanto da erudita. Sendo assim, não existe uma barreira social e geográfica quanto aos conteúdos musicais”, enfatiza o coordenador, professor Me. Alexandre Saggiorato. Além disso, o curso conta com um dos maiores laboratórios de percussão do país.
Curso de Música Modalidade: Licenciatura, Bacharel em Canto e Bacharel em Instrumento (percussão, piano ou violão) Facilidades: oferece bolsas para os alunos atuarem nos grupos artísticos da Instituição Extensão: mantém grupos de Percussão, Choro e Jazz, além de parceria com o Coral Universitário.
Bacharel em violão, Jonathas Ferreira sempre gostou de música. “Quando era adolescente, a única coisa que eu realmente gostava de fazer era som. Curtia muito tirar músicas e estudar o assunto. Passava horas por dia com o violão no colo e já gerava receita dando aulas”, conta. Desde cedo, participou de diversos projetos e sentia que estudar música e ter uma formação profissional na área era algo que o agradava. “Sabendo do
conceito do curso e da reputação do corpo docente, decidi investir meu futuro estudando na UPF”, lembra. Além de violão, quem ingressar no bacharel em instrumento pode optar por piano ou percussão. Troca de experiências Para Jonathas, um dos grandes diferenciais de um processo de formação, seja pessoal ou profissional, é a oportunidade da troca de experiências. “Na minha época de FAC, tive a oportunidade de ter aula com professores que vinham de diversas partes do estado, e também do país, tendo formações em diferentes universidades. Além disso, convivi com colegas que vinham de outras cidades e viviam diferentes realidades profissionais e musicais. Isso contribuiu muito na minha formação”, avalia. O músico começou a atuar ainda na graduação em projetos de formação musical ofertados pela Universidade em parceria com a Prefeitura. Atualmente, trabalha com um projeto próprio de música instrumental ao violão, com trabalho autoral e arranjos para violão fingerstyle, realizando shows no Brasil e no exterior. “Atuo também como diretor de metodologia do portal de cursos de música on-line PlanetaMusica.net e como colaborador do portal de informações sobre o violão ViolaoePonto.com.br escrevendo sobre violão fingerstyle e também sobre ferramentas e conceitos de gestão para músicos”, acrescenta, destacando que também dá aulas e presta consultorias para músicos e escolas de música de todo o Brasil.
Mercado crescente De acordo com o professor Alexandre, os egressos podem trabalhar em diversas áreas da música, como: performance, fazendo apresentações solo ou trabalhando com grupos vocais e instrumentais; docência em escolas municipais, particulares ou estaduais; e em aulas em projetos sociais e aulas particulares de seu instrumento. Podem, também, ser produtores, arranjadores e trabalhar em estúdios de gravação. Outra vertente é a de pesquisa em música, ramo em que os graduados podem se tornar musicólogos ou etnomusicólogos, por exemplo. O professor explica ainda que a música está nos meios de comunicação e no dia a dia das pessoas. “Estamos ouvindo música ininterruptamente. Portanto, é uma área em constante crescimento e que necessita de mais profissionais para desenvolver música de qualidade para TV, cinema, concertos e demais apresentações”, enfatiza. Outro destaque é o ensino de música em escolas de rede pública, que é extremamente carente de professores formados na área.
Bacharel em Música - violão, Jonathas Ferreira atualmente trabalha com projeto próprio de música instrumental ao violão, com trabalho autoral e arranjos para violão fingerstyle, entre outras atividades
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upf parque Perittus X desenvolve tecnologia de ponta no UPF Parque Fotos: Gelsoli Casagrande
Empresa desenvolve software para atuação na área da perícia médica
Software oferece qualidade e agilidade para emissão de laudos periciais
A
inspiração para uma ideia pode vir de diversos caminhos, seja por aptidões, seja por sonhos ou experiências na vida pessoal e profissional, contudo, acreditar no sonho, desenvolver as potencialidades dele e fazê-lo tornar-se realidade é algo que demanda espírito empreendedor. Está instalada no Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque) a empresa PerittusX. Uma empresa resultado do sonho do médico perito Daniel Schneider, que viu uma deficiência na área médica pericial e que conseguiu reunir outros 11 sócios que acreditaram no potencial da ideia para criação da empresa. Aliando conhecimento na área médica e a tecnologia da informação, o grupo desenvolveu um software capaz de unir qualidade e rapidez no trabalho dos laudos produzidos por médicos peritos. De acordo com Schneider, ao ver as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área, ele sentiu que poderia criar algo que ajudasse no trabalho. “Os laudos eram feitos mecanicamente, sem falar que o ser humano é falho e muitos laudos ficavam insuficientes. O processo todo demorava cerca de 20 dias. O perito do Juízo deve ir a campo, chegar em casa, digitar o seu
laudo dentro das normas legais, fundamentar com temas da literatura atual e enviar para a Justiça do Trabalho. No caso do perito assistente técnico, esse processo ainda demora mais, pois esse profissional tem que enviar o trabalho algumas vezes para o advogado da parte, explicou. O objetivo dos empreendedores foi desenvolver uma ferramenta que pudesse ser alimentada em tempo real, e, com isso, agilizar o processo de emissão de laudos periciais. “Como trabalhamos com perícia, percebíamos que faltava alguma ferramenta que agilizasse, aprimorasse e qualificasse os laudos periciais. Observamos que cada perito faz o seu lado de acordo com sua lógica e no método com o qual está acostumado. Porém, isso causa um desnivelamento na qualidade dos laudos, não havendo consenso que normatize e parametrize esses laudos periciais”, disse. Berçário de conhecimento De acordo com os empreendedores, o apoio recebido pelo Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio é o diferencial para o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas. “Na área de tecnologia, tudo muda muito rápido, é um mar de informações que temos para estocar. Uma coisa é você criar, outra, é desenvolver, e o mais difícil é vender a ideia. Fizemos o casamento perfeito entre a UPF e a PerittusX”, destacou o sócio e programador da empresa Lourenço Meira. A Universidade de Passo Fundo, por meio de seu corpo docente e discente, oferece assessoria às empresas incubadas no Parque Científico e Tecnológico. Com isso, é prestada assessoria para o desenvolvimento e a criação de novos produtos. “Tem um abismo bem grande entre o que você experiencia na graduação e o que você encontra no mercado de trabalho. A perspectiva de nós estarmos incubados no UPF Parque nos abre esse canal de comunicação entre empresa, corpo docente e alunos para troca de informações, experiências que podem beneficiar e trazer crescimento para todo mundo”, finalizou o também programador e sócio Alisson Alberti Tres. A empresa lançará o software PerittusX Trabalhista no VI Congresso da Academia de Valoração do Dano Corporal do Mercosul, que acontece de 7 a 9 de setembro na cidade de Bento Gonçalves. Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas pela empresa, como a PerittusX Forense, Previdenciária, Securitária e Contábil, que devem ser lançadas em breve no mercado.
Desenvolvimento do protótipo
Schneider, que sempre teve afinidade pelo mundo digital, desenvolveu um protótipo manual, pensando em um sistema eletrônico no futuro. Com o passar do tempo, o projeto foi sendo aprimorado e o protótipo já era pequeno para o conteúdo. Por esse motivo, foi desenvolvido o software. “Precisava de uma ferramenta que garantisse agilidade e era necessário que todas as perícias realizadas tivessem, do início ao fim, a mesma qualidade no que refere à produção. A ferramenta PerittusX Trabalhista tem essa característica, ajudando o perito a confeccionar laudos de excelente qualidade”, afirmou. O programa não necessita de instalação, pode ser acessado via nuvem. Com layout de cores vibrantes e um painel de acesso fácil, o software é autoexplicativo. “Se uma perícia demorar uma hora para ser feita, em uma hora, o laudo estará pronto. Ele entra em processo de finalização, é só baixar o arquivo e enviar para a Justiça do Trabalho”, disse.
Empreendedores da Perittus X Daniel Schneider, Alisson Alberti Tres e Lourenço Meira
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fique por dentro Vice-reitora da UPF recebe Prêmio Passo Fundo de Direitos Humanos
A
vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade de Passo Fundo (UPF) Bernadete Maria Dalmolin foi reconhecida com o Prêmio Passo Fundo de Direitos Humanos, na categoria Personalidade. A entrega do reconhecimento foi feita durante a abertura do VII Colóquio Nacional de Direitos Humanos, que aconteceu no Centro de Eventos do Colégio Notre Dame e reuniu autoridades, representantes de instituições de ensino superior e de entidades diversas, além de professores e acadêmicos. O Prêmio Passo Fundo de Direitos Humanos é entregue pela Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF) e tem o objetivo de homenagear, promover e dar visibilidade a instituições e pessoas que, pelo compromisso, pela dedicação e pelo testemunho, destacam-
-se na luta pela dignidade e pelo respeito ao ser humano através da promoção de seus direitos. A categoria Personalidade premia pessoas de reconhecida atuação em direitos humanos que são referência por sua ação política, profissional ou pessoal, por ação relevante, produção de conhecimento ou pela trajetória de vida. Para a vice-reitora, receber esse reconhecimento é, sem dúvida, uma grande satisfação. A professora atribui o prêmio especialmente à sua trajetória no campo da saúde pública e coletiva, defendendo e trabalhando na ampliação dos direitos. “Sempre trabalhei com saúde pública, com populações mais necessitadas, e eu diria que é praticamente impossível pensar em saúde sem essa conjugação de direitos”, destacou. Para Bernadete, o prêmio também é resultado do
Fórum de pró-reitores Administrativos do Comung é realizado na UPF
Fotos: Jéssica França
A Universidade de Passo Fundo (UPF) sediou, no dia 2 de junho, o Fórum de Pró-Reitores Administrativos do Consórcio das Universidades Comunitárias do Rio Grande do Sul (Comung). O encontro teve como objetivo discutir um projeto que visa desenvolver cursos de pós-graduação lato sensu em rede entre as Instituições de Ensino Superior (IES) que integram o Comung. Estiveram presentes no Fórum representantes da UPF, URI, UCS, Unijuí, Unicruz e Univates. Segundo o reitor da UPF e presidente do Comung, José Carlos Carles de Souza, é necessário que, cada vez mais, as IES busquem mecanismos para trabalhar em conjunto. “Estamos atuando em iniciativas para o oferecimento de cursos de pós-graduação lato sensu com mais qualidade. Com essa proposta, podemos trabalhar da melhor forma os potenciais de cada instituição”, disse.
trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido na UPF e num conjunto de outras instituições. “É o reflexo do que vem sendo desenvolvido no âmbito da extensão universitária, que trabalha prioritariamente com populações mais vulneráveis, com o objetivo de que o aluno tenha condições de conhecer essas diferentes realidades, o que lhe garante uma formação ainda mais qualificada e que o capacita a intervir nessas realidades. Então, eu atribuo o prêmio a um pouco de tudo isso e, certamente, é resultado do trabalho de muita gente”, completou.
Semana do conhecimento: uma construção coletiva na UPF
Foto: Gelsoli Casagrande
Atividade acontece em novembro e tem como objetivo a integração entre todos os cursos da Universidade
A
IV Semana do Conhecimento da Universidade de Passo Fundo (UPF) acontece de 6 a 10 de novembro de 2017. Antes do evento, as equipes responsáveis trabalham para organizar a programação. Neste ano, além das apresentações de trabalhos e palestras, a atividade contará com rodas de conversas e oficinas que irão integrar todos os setores da Universidade. Pensando nessa organização, as equipes que atuam na organização do evento têm se reunido periodicamente. Segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, profes-
sor Leonardo José Gil Barcellos, o objetivo é construir, de forma coletiva, uma programação que contemple alunos, professores e a própria sociedade. Ele ressaltou que as iniciativas de integração entre ensino, pesquisa e extensão da UPF são referência no estado e que a Semana do Conhecimento é uma ferramenta nesse processo. “Somos referência no estado quando o assunto é interação entre extensão e pesquisa. Vemos isso na Semana do Conhecimento e também em outras tantas ações que são desenvolvidas ao longo do ano”, pontuou.
Para a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, professora Bernadete Maria Dalmolin, o trabalho coletivo é fundamental nesse processo. “A ideia é colocarmos toda a estrutura da UPF dentro da programação. Nossos cursos, nossos projetos, alunos, professores. As rodas de conversa, apresentações artísticas e debates
Lançamentos da UPF Editora Fundação Universidade de Passo Fundo: 50 anos Autora: Marlise Regina Meyrer *livro impresso
Reconhecimento e tolerância em sociedades multiculturais Organizadores: Édison Martinho da Silva Difante, Jelson Becker Salomão, Lutecildo Fanticelli, Marcio Renan Hamel *e-book disponível para download gratuito
têm a intensão de ser um espaço de integração”, frisou. Com o objetivo de construir de forma interdisciplinar a edição deste ano da Semana do Conhecimento, os encontros promovidos pela comissão organizadora irão envolver coordenadores de ensino, pesquisa e extensão das unidades, além dos setores relacionados.
O e-book está disponível em upf.br/editora. No mesmo endereço eletrônico, há informações sobre os livros impressos e sobre como podem ser adquiridos.
Gestão Educacional: formação em cursos de especialização Faed UPF Organizador: Jerônimo Sartori *livro impresso
Confira alguns registros fotográficos de ações e eventos institucionais promovidos pela Universidade de Passo Fundo: apresentação das novidades em estúdio, cenários e programação da UPFTV e da Rádio UPF.
Créditos: Gelsoli Casagrande