Revista Universo UPF #09 - Abril/2015

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UniversoUPF

espaço do leitor Considero ser o layout de uma revista o primeiro elemento responsável por chamar nossa atenção e nos convidar a olhar a publicação, e, dessa forma, conhecer as matérias que a integram. A Revista Universo UPF vem, de uma maneira inteligente, informando seus leitores sobre os projetos propostos pela atual gestão da Instituição e sobre as constantes adequações realizadas. Atualiza, ainda, a comunidade acadêmica, sobre um processo cujas ações integram solidamente graduação, pesquisa e extensão e demonstra o comprometimento progressivo de docentes e discentes com a Universidade, na constante busca pela excelência. Em suas páginas, encontramos assuntos diversos, atuais, esclarecedores, que valorizam sempre a história da Instituição, com pessoas que fizeram e fazem a UPF ser o que é. Por tudo isso, parabenizo a todos por esta edição de Revista Universo UPF. Gilberto Bortolini

Diretor da Faculdade de Medicina

O espaço do Leitor recebe comentários, sugestões e impressões sobre a revista Universo UPF. Para participar, escreva um e-mail para imprensa@upf.br. Nossos telefones de contato são (54) 3316-8142 e 3316-8138. Boa leitura a todos! Equipe de produção da revista Universo UPF

UPF em

NÚMEROS 9 campi instalados em Passo Fundo e região Mais de 100 municípios abrangidos em sua área de atuação 21. 288 alunos matriculados na graduação, pós-graduação, extensão, UPF Idiomas e Integrado UPF 17. 460 alunos matriculados na graduação 685 alunos regulares matriculados nos programas Stricto Sensu 1.006 alunos matriculados em cursos Lato Sensu 530 alunos matriculados na UPF Idiomas - FUPF 876 alunos matriculados no CEMI - FUPF 731 matriculados na Extensão (Creati) 941 professores de Ensino Superior (48,99% Me., 29,01 Dr.) 1.304 funcionários 61 cursos de graduação em oferta 53 cursos de especialização em andamento 14 cursos de mestrado institucional 4 cursos de doutorado institucional 10 estágios pós-doutorais 68.652 profissionais formados 10 bibliotecas 307.385 exemplares de livros disponíveis em 116.106 títulos 23 anfiteatros e auditórios 174 salas para ensino prático-experimental 300 laboratórios 150 clínicas 46 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio acadêmico em 16 países

Acompanhe a Universidade nas redes sociais: UniversidadeUPF

nesta

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Revista Universo UPF - nº 09 Abril / 2015

nUPF fortalece e qualifica

A revista Universo UPF é uma publicação da Universidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita

cursos de licenciatura

Reitor n José Carlos Carles de Souza Vice-Reitora de Graduação n Rosani Sgari Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação n Leonardo José Gil Barcellos Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários n Bernadete Maria Dalmolin Vice-Reitor Administrativo n Agenor Dias de Meira Junior Executivo de Comunicação e Marketing FUPF n Cristiano Mielczarski Silva

Pg 16

n Reconhecimento da

comunidade marca posse da reitoria

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n Uma vida na Universidade

Pgs 20 e 21

n Crescimento do Stricto Sensu na UPF reflete a qualidade do ensino e da pesquisa

universidadeupf

UPFOficial

Universidade de Passo Fundo

Produção de textos: Alessandra Pasinato (MTb/ RS17292), Carla Patrícia Vailatti (MTb/RS14403); Caroline Simor da Silva (MTb/RS15861); Filippe de Oliveira (MTb/16570); Laisa Priscila Fantinel (MTb 15.894); Leonardo Rodrigues Andreoli (MTb/14508); Natália Fávero (MTb/RS14761) e Silvia Brugnera (DRT/13147). Edição e supervisão: Silvia Brugnera (DRT/13147) Revisão de textos: Cinara Sabadin Dagneze Projeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofman Jr. Diagramação: Marcus Vinícius Freitas / Núcleo Experimental de Jornalismo FAC UPF Fotos de capa: Gelsoli Casagrande e Arquivo UPF

Universidade de Passo Fundo - BR 285, Bairro São José - Passo Fundo/RS CEP: 99052-900 Telefone: (54) 3316 8100 www.upf.br


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3 Fotos: Gelsoli Casagrande

universidade Novo prédio da Fear era uma reivindicação antiga da comunidade acadêmica

Recursos aplicados Total em 2014: R$ 23.906.000,00 Prédios e instalações: R$ 6.727.000,00 Equipamentos de laboratório: R$ 2.468.000,00 Equipamentos de informática: R$ 2.942.000,00 Móveis e outros equipamentos: R$ 3.079.000,00 Acervo bibliográfico: R$ 1.040.000,00 Capacitação docente: R$ 3.385.000,00 Outros (veículos, softwares, etc.): R$ 147.000,00 Investimentos com recursos externos: R$ 4.118.000,00

UPF investe em INFRAESTRUTURA e FORMAÇÃO ACADÊMICA Em 2014, a UPF investiu quase de R$ 24 milhões em capacitação de docentes, infraestrutura e atualização do acervo bibliográfico

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nvestir nas pessoas e na infraestrutura, com o objetivo de melhorar a qualidade educativa e oferecer à comunidade acadêmica espaços agradáveis e que cumpram seu papel funcional, é preocupação constante na UPF. Apenas durante o ano de 2014, o montante de recursos aplicados pela Instituição, próprios e captados externamente, é superior a R$ 23,9 milhões. Desse total, quase 20% foram destinados à capacitação docente e a atualização e ampliação dos acervos bibliográficos. Os investimentos realizados pela Universidade retornam como benefícios para toda a comunidade. O vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior exemplifica que o constante crescimento da comunidade acadêmica exige ampliação do número de salas de aula, da mesma forma que os avanços tecnológicos demandam laboratórios modernos para a execução de pesquisas de ponta. “Quando investimos na estrutura da Universidade, também estamos investindo em toda a comunidade local e

Investimentos em TI

Na área de tecnologia da informação, a UPF teve aplicações importantes realizadas. Dentre as melhorias, está a criação do novo anel óptico, que compreende a ligação entre todos os prédios do Campus I com fibra óptica, e a troca da estrutura de wireless. Essa ampliação foi realizada com o intuito de melhorar as condições de uso da rede WI-FI disponibilizada a todos que estiverem no Campus I.

regional, por meio de pesquisas direcionadas à busca de solução para problemas reais e pela inserção, no mercado, de profissionais éticos e capacitados a desempenharem suas funções. Também proporcionamos aos nossos acadêmicos melhores espaços e melhor estrutura. Tudo isso faz parte do nosso papel comunitário e filantrópico”, observa. Principais investimentos Dentre os investimentos realizados e iniciados em 2014, estão reivindicações antigas da comunidade acadêmica, como o novo prédio da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear). O espaço oferece 19 salas de aula e, juntamente com o atual prédio da Unidade, proporcionará melhores condições aos cerca de quatro mil acadêmicos vinculados aos seus cursos de graduação e de pós-graduação. “Além disso, o Centro Tecnológico 2 (Cetec 2) oferece novos laboratórios, proporcionando melhorias na condição de ensino”, enfatiza o executivo administrativo financeiro José Luís de Freitas. Da mesma forma, a aquisição de móveis e equipamentos traz melhores condições para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Qualificação docente A Universidade também estimula e apoia constantemente a qualificação de seus professores, por meio de licença

Vice-reitor Administrativo destaca que, do total investido em 2014, quase 20% foram destinados à capacitação docente e a atualização e ampliação dos acervos bibliográficos

pós-graduação para cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, bem como pela concessão de bolsas de estudos. Esse estímulo qualifica os professores e gera reflexos positivos na ampliação da pesquisa na Instituição. Os benefícios se consolidam, ainda, pelo fortalecimento dos programas de pós-graduação da UPF. Recursos Do total de recursos investidos, R$ 4.118.000,00 são oriundos de diversos convênios firmados pela Universidade com organismos públicos, como o Finep, o CNPq e os governos estadual e federal. Os demais investimentos foram realizados com recursos da própria Universidade, oriundos de operações como o Finame, ou de financiamentos contratados de forma específica, a exemplo do ocorrido com o novo prédio da Fear.


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Palavra do

Reitor

Representações institucionais e seu papel no desenvolvimento de políticas públicas

José Carlos Carles de Souza*

Bernadete Maria Dalmolin *

Voltada à excelência acadêmica, UPF inicia as atividades de 2015

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cidade de Passo Fundo, nos últimos dias do mês de fevereiro, foi marcada pela movimentação de milhares de jovens dirigindo-se às suas escolas. Aqui na UPF não foi diferente. Também retomamos a rotina, iniciando nossas atividades acadêmicas no ano de 2015. Com esse retorno, nosso campus voltou a testemunhar seu já inerente vigor, reverberando sonhos e esperanças de milhares de acadêmicos, cujos arroubos juvenis produzem intensa e contagiante vibração. Vimos, também, professores e funcionários reassumirem, com especial energia, as suas atividades. O nosso espaço físico ganhou um colorido próprio, que o torna ainda mais belo. Foi nesse agradabilíssimo cenário que acolhemos os nossos acadêmicos e, novamente, iniciamos as atividades que sempre pautaram nosso trabalho, caracterizadas pela busca da excelência no desenvolvimento do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação tecnológica. Já nos primeiros dias do semestre letivo, vimos a ocupação de novos espaços físicos, recém-concluídos, com o propósito de oferecer maior conforto aos alunos e aos professores; conhecemos uma nova estrutura no trânsito no campus central, que permitiu melhorada mobilidade dos veículos e das pessoas; e comemoramos a disponibilização de novos equipamentos para nossos laboratórios, qualificando ainda mais as práticas acadêmicas. É a Universidade de Passo Fundo, maior e melhor a cada ano, impulsionada pelas conquistas proporcionadas pelo comprometido trabalho dos integrantes de seu corpo docente, pela dedicada atividade de seus funcionários e pela ativa participação de seus alunos. Nesse contexto, sempre pertinente lembrar que a UPF volta suas ações ao propósito de construir um espaço acadêmico qualificado, sustentável e acolhedor, atendendo aos anseios da sociedade e proporcionando aos cidadãos adequada formação. Isso tudo se faz possível mediante a articulação das diversas áreas do conhecimento – a graduação, a extensão, a pesquisa, a inovação e a pós-graduação. E é com o objetivo de qualificar ainda mais esse universo que, neste ano de 2015, serão inaugurados mais dois módulos do complexo do Parque Científico e Tecnológico - UPF Parque, que abrigará a Central de Laboratórios Multiuso e a Incubadora de Agricultura de Precisão. Todo esse trabalho é pautado na atenção para com a comunidade e no prestígio aos relevantes e necessários vínculos com as políticas públicas na área cultural e social. Assim, estamos preparados para enfrentar os desafios da próxima jornada, confiantes que as nossas ações convergem na direção da excelência acadêmica e certos de que nossos projetos permanecerão contribuindo para o fortalecimento, o reconhecimento e a consolidação da Universidade de Passo Fundo como instituição de ensino superior de vanguarda, que prima pela qualidade de seus cursos e investe em tecnologia, em inovação e na inserção comunitária.

(*) Reitor da UPF

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númeras são as vezes que representamos a Universidade de Passo Fundo em nossas atividades cotidianas, contribuindo para com os diferentes espaços de vida das cidades. Dentre essas atividades, há uma que se estrutura de modo mais sistemático e organizado, que é aquela que marca a participação em Conselhos ou outros órgãos colegiados, com a finalidade maior de, juntamente com outros segmentos sociais, fomentar políticas nas mais distintas áreas (saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento social, dentre tantas outras). A Constituição Federal de 1988 instituiu mecanismos de participação social no sistema político brasileiro, a partir dos quais a sociedade civil organizada pode participar da implantação e da gestão das políticas públicas, assumindo uma interlocução com o governo (municipal, estadual e federal), não apenas para a garantia de direitos, ampliando espaços democráticos e descentralizados, mas também para dividir responsabilidades nas decisões públicas. Os canais mais conhecidos de participação da sociedade civil são os Conselhos de políticas públicas, mas também existem outros espaços menos formais de participação e gestão compartilhada, que envolvem as forças vivas de uma comunidade para a gestão de seus problemas e a implementação de políticas destinadas a solucioná-los. A própria existência e a atuação desses Conselhos foi diferenciada setorialmente, segundo o grau de força e expressão alcançado pelos movimentos sociais, o que significa dizer, por exemplo, que alguns têm caráter deliberativo, enquanto outros, apenas consultivo. De todo o modo, esses espaços possibilitam discussões acerca das demandas emergentes da realidade social, o que requer o envolvimento direto e comprometido da Universidade, por meio de representantes que tenham a capacidade técnica de contribuir com a temática e de responder pela instituição de ensino, priorizando os interesses coletivos. Nesse contexto, os representantes institucionais buscam, de forma permanente, construir uma representação que vá ao encontro da promoção e da atenção das necessidades dos diversos segmentos sociais, legitimando as decisões tomadas nesses colegiados. Atualmente, a Universidade de Passo Fundo (UPF) participa, regularmente, de 42 órgãos colegiados na cidade de Passo Fundo e região, os quais se reúnem, em média, uma vez ao mês, para atuarem no planejamento, na fiscalização da gestão pública e na proposição de iniciativas que atendam ao bem comum. O papel dos representantes da Instituição que participam dessa construção vai além da importância da dialogicidade e do aprendizado que retorna à Universidade, pois se constitui por ações de responsabilidade social de uma instituição de ensino que se enraíza na comunidade com o compromisso de promover um processo de formação integral e articulado com o contexto político, econômico e social no qual está inserida. Com o intuito de discutir as principais pautas que desafiam a atuação dos representantes institucionais, a vice-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC) da UPF promove um fórum semestral entre os atores dos distintos órgãos colegiados. Essa ação tem como propósito propiciar o compartilhamento das principais pautas de cada área e a construção de consensos nas posições institucionais. Além disso, constitui-se como elemento de fomento à consolidação de um espaço de avaliação, diálogo e interação entre essas representações, a fim de potencializar ações transversais e efetivas. Em suas próximas edições, a revista Universo UPF publicará informações mais detalhadas sobre esses colegiados e as principais pautas apresentadas nesses importantes espaços da vida social. (*) Vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF


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Foto: Gelsoli Casagrande

universidade Biblioteca: investindo em

CONHECIMENTO Rede de Bibliotecas da UPF recebeu mais de 14 mil exemplares no último ano

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nvestir em ferramentas qualificadas que possibilitem aos acadêmicos e professores da Instituição acesso a bases sólidas e atualizadas para o desenvolvimento de seus estudos e pesquisas é uma das prioridades da Universidade de Passo Fundo (UPF). Em 2014, a Universidade investiu na renovação do acervo de mais de trinta cursos e programas de pós-graduação, o que representou a aquisição de aproximadamente 15 mil novos exemplares, distribuídos em todas as bibliotecas da Rede. Para 2015, a intenção é ampliar e qualificar o acervo de outros 22 cursos e programas. A Rede de Bibliotecas da UPF é constituída por nove bibliotecas setoriais e uma central e conta com um acervo de mais de 106 mil títulos e 307 mil exemplares de livros. O acervo de periódicos Foto: Divulgação

Equipe da Rede de Bibliotecas UPF

é composto por cerca de 1,5 mil títulos correntes, somando quase 92 mil exemplares, além de aproximadamente 1,1 mil normas técnicas nacionais e internacionais. Atenta à importância de cumprir seu papel em favor do processo formativo do estudante, a Rede de Bibliotecas, presente em todos os campi de forma integrada e articulada, vem, ao longo dos anos, se reinventando, a partir da aproximação com seus usuários; da articulação com diferentes setores, da Instituição ou externos a ela; da diversificação e melhoria dos serviços prestados à comunidade acadêmica e, indubitavelmente, a partir da qualificação do acervo. O setor conta, ainda, com uma equipe de funcionários qualificada e comprometida com suas funções. A vice-reitora de Graduação da UPF, Rosani Sgari, destacou a importância da Biblioteca para a Instituição. “Na Universidade, compreendemos a Biblioteca como um espaço vivo, de convívio, de construção e socialização do conhecimento, de busca e investigação, onde a autonomia, a curiosidade, o espírito crítico e colaborativo do acadêmico ganham acolhimento e possibilidades de desenvolvimento”, declarou. A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UPF, na qual são disponibilizados os arquivos das teses e dis-

sertações dos cursos de Stricto Sensu da Instituição, em nível de mestrado e doutorado, conta com mais de 800 títulos. Além disso, os trabalhos de conclusão de curso (TCCs) estão sendo incorporados ao repositório institucional, que já disponibiliza mais de duas centenas de textos. Com base em política própria de aquisição e atualização, o acervo impresso e virtual da Rede de Bibliotecas é sistematicamente renovado e, consequentemente, ampliado. Busca-se, dessa forma, atender às demandas geradas pelas reformas curriculares e pelas necessidades dos cursos e alunos, que precisam acompanhar as transformações complexas e rápidas que ocorrem nas diferentes áreas do saber. “Temos a certeza de que os investimentos destinados à Rede de Bibliotecas significam melhores condições de estudo e de trabalho a todos, que refletem, diretamente, em melhores oportunidades de formação pessoal e profissional, de ampliação da bagagem cultural, de significação da realidade e da compreensão do papel de cada um na sociedade”, ressaltou a vice-reitora de Graduação. Um espaço precioso A rede conta com cerca de 21 mil usuários cadastrados, e, no ano passado, registrou aproximadamente 618 mil

Base de dados qualificada Em 2014, o número de bases de dados disponibilizadas no Portal de Periódicos Capes foi ampliado consideravelmente. Até o momento, a UPF tem acesso a 112 coleções de texto completo, além de 379 coleções de acesso aberto (referenciais, texto completo), totalizando 491 bases de dados. Neste ano de 2015, a Instituição recebeu acesso à base de dados Science Direct, considerada uma das mais importantes da atualidade, representando 25% da produção científica mundial.


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Foto: Gelsoli Casagrande

Rede de Bibliotecas da UPF é constituída por nove bibliotecas setoriais e uma central

empréstimos. “A Biblioteca Central atende aproximadamente 1,5 mil usuários por dia, número que, em período de provas, aumenta de modo expressivo”, informou a supervisora de acervos multimídias da Rede de Bibliotecas, Laíde Cristina Mühl. O professor do curso de Música da UPF, Rui Carlos Dipp Júnior, que também é formado em Direito, é um dos usuários mais assíduos da Biblioteca. Desde que chegou a Passo Fundo, ainda no ano 2000, como estudante, utiliza o espaço para estudos, pesquisas e trabalhos acadêmicos. “A Biblioteca foi fundamental para minha formação acadêmica, tanto no curso de Música quanto no de Direito, o que evidenciou que as diferentes áreas do conhecimento não estão isoladas umas das outras, havendo vários pontos de contato”, destacou Dipp Júnior. O professor da UPF ressaltou a importância desse espaço para a qualificação dos docentes e acadêmicos. “Afirmo, com toda a certeza, que a Biblioteca é um dos bens mais preciosos da Universidade de Passo Fundo, porque ela é fonte instigadora do saber, do conhecimento, da inspiração e da criação. É muito importante aproveitar os recursos por ela oferecidos, seja no ambiente físico, seja no ambiente virtual”, declarou. Centro de cultura, de conhecimento e de entretenimento Os livros são utilizados como forma de viajar, sonhar, amar e de enriquecer a cultura e o conhecimento do ser hu-

Serviços oferecidos

Além do acervo, a Rede de Bibliotecas oferece vários serviços: comutação bibliográfica; consulta local; empréstimo domiciliar; levantamento bibliográfico; orientação à normalização de trabalhos acadêmicos; orientação aos calouros; visita programada; catalogação na publicação; empréstimo entre bibliotecas; devolução multicampi; e orientação ao uso de bases de dados. A comunidade externa pode usufruir de todo o acervo, por meio da consulta local, e os 21 mil usuários cadastrados podem, pelo acesso à intranet, fazer os procedimentos de consulta ao catálogo, renovação e reserva de materiais.

mano. A funcionária da UPF, auditora interna Evelise de Souza Auler, que se declara apaixonada por livros, também é uma das usuárias fiéis da Rede. “A Biblioteca é um centro de cultura e um ambiente que nos permite viajar por diversas áreas do conhecimento. Sua estrutura, moderna, está inserida em um espaço calmo, aprazível e integrado com a natureza. É digna de destaque, ainda, a facilidade de acesso, físico e virtual, a todos os títulos disponíveis”, declarou Evelise, que costuma ler obras relacionadas à sua área de formação e profissão, além de gêneros como romance, autoajuda e conhecimentos gerais. Cresce procura pelo acervo digital Além da atenção ao acervo físico, a Instituição investe na atualização constante do material disponível em suas duas bibliotecas virtuais: a Biblioteca Universitária 3.0 Pearson e a Minha Biblioteca, nas quais são encontrados livros acadêmicos de várias editoras, com textos na íntegra. O acervo digital é atualizado sempre que houver uma nova edição e pode ser acessado de qualquer computador com acesso à internet. Em 2012, quando inicialmente disponibilizado esse serviço, quatro mil obras estavam disponíveis nessas bibliotecas. Atualmente, estão disponíveis 8,5 mil obras, relacionadas a todas as áreas do conhecimento. De acordo com a supervisora de acervos multimídias da Rede de Bibliotecas, no ano de 2014, foram computados quase 98 mil acessos, com 500 mil páginas visualizadas. “Verificamos que a procura pelo acervo digital vem aumentando ano após ano. Entendemos que a facilidade de acesso e a importância das obras disponibilizadas são fatores que contribuem na crescente demanda por esses materiais. Além disso, o serviço mostra especial relevância porque está disponível à comunidade, uma vez que, além da comunidade acadêmica (alunos, professores, funcionários), todos os egressos da Universidade de Passo

Fundo cadastrados no Programa Elos também têm acesso ao acervo digital”, ressaltou Laíde. O aluno do curso de Medicina Juliano Denardi, que também é formado em Tecnologia em Processamento de Dados, encontrou, na Biblioteca Virtual, facilidade de acesso e um acervo significativo para os seus estudos. “Como sempre tive grande familiaridade com informática e em razão de eu não morar em Passo Fundo – o que dificulta o acesso à biblioteca física –, a biblioteca virtual passou a ser um ótimo recurso. Os motivos que justificam meu acesso a ela são a facilidade de acesso, o horário e a disponibilidade, porque é possível acessar em qualquer horário e em qualquer lugar, sem as limitações da biblioteca física”, revelou o acadêmico.

Localização A Biblioteca Central e a Biblioteca do Centro de Documentação e Informação do Livro Didático estão localizadas no Campus I; a Biblioteca Biomédica, no Campus II; e a Biblioteca UPF Idiomas, no Campus III. Além dessas, há também bibliotecas nos campi de Carazinho, Casca, Lagoa Vermelha, Palmeira das Missões, Sarandi e Soledade.

Projetos futuros Preocupada com a qualidade acadêmica, a UPF realizou, no ano de 2014, um diagnóstico de sua Rede de Bibliotecas. Esse trabalho foi estruturado com base nos resultados de uma pesquisa realizada junto aos acadêmicos sobre suas percepções e seu comportamento em relação ao uso da Biblioteca, aos serviços oferecidos, ao sistema de consulta ao acervo, dentre outros aspectos. A pesquisa revelou potencialidades e fragilidades dos serviços prestados pela Rede de Bibliotecas, assim como a necessidade de algumas mudanças. “Dentre os desafios a curto e a médio prazo, estão a inserção da Rede de Bibliotecas nas redes sociais e a ampliação do uso do acervo virtual. Entretanto, há desafios maiores e igualmente importantes, como a modernização e a reorganização dos espaços físicos para receber as novas obras adquiridas e também para os usuários da Biblioteca, que necessitam de mais e melhores ambientes para estudo, leitura e convivência”, ressaltou a vice-reitora de Graduação. Com o propósito de buscar alternativas para a remodelação dos espaços físicos, uma comissão formada por professores e funcionários foi constituída e será responsável por estudar, planejar, prospectar um novo desenho de biblioteca, mais ampla, moderna, com espaços mais dinâmicos, considerando as exigências legais, as demandas institucionais e as necessidades dos acadêmicos.


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profissões UPF fortalece e qualifica cursos de

LICENCIATURA

Criado recentemente, o Núcleo Estratégico das Licenciaturas busca aprimorar a formação de professores

Foto: Gelsoli Casagrande

A

Universidade de Passo Fundo é uma das instituições pioneiras na formação de professores da região e é, atualmente, a única universidade da região Norte do Rio Grande do Sul a oferecer 13 cursos de licenciatura. Além do cumprimento da missão de produzir e difundir conhecimentos que promovam a qualidade de vida da população, a UPF tem como finalidades manter, desenvolver e aperfeiçoar o ensino em suas várias modalidades, bem como formar recursos humanos para o exercício de diferentes profissões. Desse modo, a formação qualificada de professores é uma de suas tarefas. A fim de propor políticas para fortalecer os cursos de licenciatura, a Vice-Reitoria de Graduação (VRGRAD) constituiu, no segundo semestre de 2014, o Núcleo Estratégico das Licenciaturas (NEL). Trata-se de um grupo consultivo formado pela Vice-Reitoria de Graduação e pelos diretores das Unidades que têm cursos de licenciatura na UPF: FAC, Faed, FEEF, Iceg, ICB e IFCH. Quem educará as próximas gerações? O ingresso de jovens na carreira do magistério tem sido um dos grandes desafios da atualidade. A UPF, por meio da Vice-Reitoria de Graduação, tem acompanhado, especialmente na última década, dados do Censo do Ensino Superior que comprovam o pouco crescimento no número de matrículas nos cursos de licenciatura, em detrimento de outros cursos. Esse fato vem recebendo atenção especial na UPF, que se preocupa com a formação das próximas gerações. Grandes desafios precisam ser enfrentados pelo magistério, dentre eles a busca de melhores condições de trabalho e a maior valorização salarial e social. No entanto, alguns movimentos internos e externos têm sinalizado

Equipe da VRGRAD, coordenadores de cursos de licenciatura e diretores das unidades às quais se vinculam essas graduações se reuniram para dar sequência às atividades do NEL

aspectos positivos no que se refere a essa problemática. Nos últimos anos, importantes investimentos em políticas educacionais têm produzido algumas mudanças no cenário. Dentre esses investimentos, pode-se citar o Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Embora tenham objetivos distintos, pois o primeiro é destinado a professores que atuam em áreas nas quais ainda não têm formação e o segundo é direcionado a alunos de licenciaturas, ambos visam qualificar a docência e fomentar a escolha por essa profissão. Além de programas federais, a oferta de mais bolsas de iniciação científica e de extensão tem contemplado um número maior de alunos e tem oportunizado a eles mais tempo de estudo e de dedicação aos cursos, qualificando, dessa forma, sua formação. “É nesse cenário que surge o NEL, que, dentre um conjunto de atribuições, avaliou e propôs a atualização de normativas internas que dispõem

sobre a constituição e o funcionamento da Coordenadoria das Licenciaturas da UPF, a CoorLicen, que será reativada em 2015”, explica a vice-reitora de Graduação Rosani Sgari. A CoorLicen é um órgão de articulação dos cursos de licenciatura com vistas à proposição, à execução e à avaliação de políticas institucionais para a formação de docentes para a Educação Básica. Desse modo, em breve, NEL e CoorLicen estarão atuando conjuntamente, de modo mais intenso, com vistas a pensar criticamente os cursos de licenciatura e a formação de professores nas próximas décadas. “Mesmo com pouco tempo de atuação, o NEL tem produzido reflexões importantes relacionadas ao contexto das licenciaturas na atualidade”, considera Rosani. A vice-reitora e toda a equipe que a acompanha na VRGRAD demonstram otimismo com o ingresso de número expressivo de alunos em vários cursos de licenciatura da UPF em 2015/1, o que sinaliza mudanças substanciais no cenário educacional.


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especial

Os membros da diretoria executiva foram eleitos no dia 1º de dezembro de 2014, durante a solenidade de lançamento da Associação de Ex-Alunos UPF.

Uma vez aluno da UPF

Sempre UPF Associação de Ex-Alunos visa integrar os protagonistas da história da UPF e marca o reconhecimento da Universidade para com seus egressos

o longo de quase cinco décadas, a Universidade de Passo Fundo (UPF) transformou a vida de mais de 67 mil profissionais, pautando suas ações no ensino, na pesquisa, na extensão e na busca da inovação tecnológica. Todos esses egressos levam o conhecimento construído durante a vida acadêmica para as mais diferentes regiões, no Brasil e no mundo. No intuito de integrar os protagonistas da história da UPF, que trilharam a sua trajetória na Instituição, foi criada a Associação de Ex-Alunos Sempre UPF, iniciativa que marca o reconhecimento da Universidade para com seus egressos. Todos os ex-alunos diplomados nos cursos de graduação e/ou pós-graduação na UPF estão convidados a participar da Associação. A primeira assembleia geral foi realizada no dia 1º de dezembro de 2014, ocasião em que a diretoria executiva, que comandará a entidade por dois anos, foi eleita por unanimidade. O presidente é o egresso dos cursos de Direito e de Economia da UPF, Dárcio Vieira Marques. O vice-presidente é o professor Elmar Luiz Floss, o secretário é o professor Álvaro Della Bona, e o tesoureiro, o professor Benami Bacaltchuk. Dárcio Vieira Marques foi eleito o primeiro presidente da Sempre UPF


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MENSAGEM DO PRESIDENTE Recebi, em 1º de dezembro de 2014, a honrosa distinção de ser escolhido o primeiro Presidente desta novel Associação de Ex-alunos da UPF, que tem no emblema "Sempre UPF" a definição do seu propósito fundamental: a integração daqueles que passaram pela Universidade de Passo Fundo, ligando o passado ao presente desta Instituição cinquentenária. Minha missão primordial é, a um só tempo, estabelecer sua estrutura jurídica e fazê-la repercutir junto àqueles que algum dia passaram pela Universidade de Passo Fundo e dela levaram os conhecimentos técnicos e o diploma que os habilitou a exercer uma profissão. Penso que é impossível acreditar que essa estreita convivência, durante muito tempo, não tenha deixado marcas em seu espírito, como deixou em sua biografia. É meu desejo chegar a cada ex-aluno da Universidade de Passo Fundo, pedindo-lhe que retorne à casa, que mantenha contato conosco, nos dê o seu endereço, nos conte algo de sua vida e de seus colegas de turma, para que possamos interagir, mandando-nos também sua proposta de sócio. É desejo meu e de toda a nossa esforçada Diretoria, composta do vice-presidente, Dr. Elmar Luiz Floss, do nosso secretário, Dr. Álvaro Della Bona, e do nosso tesoureiro, Dr. Benami Bacaltchuk, que possamos formar uma grande corrente de ideias, sugestões e informações no sentido de contribuir para que esta Associação saia do papel e seja efetiva e atuante. Peço que cada um faça, em solilóquio, este questionamento: o que eu posso fazer por essa Associação que me pede ajuda? Afinal, temos todos a mesma identidade.

A Associação se revela como de extrema importância em razão de que permite o compartilhamento de conhecimentos e eterniza os laços que unem a Universidade de Passo Fundo a seus ex-alunos. A Sempre UPF oportuniza aos egressos a possibilidade de continuar participando da vida acadêmica e à Instituição a de acompanhar a vida de quem dela fez parte. Dentre os benefícios diretos proporcionados pela iniciativa, estão a valorização dos profissionais que iniciaram sua formação e sua carreira na Instituição e o suporte que a Universidade poderá receber da Associação. O presidente da Sempre UPF destacou sua dedicação e seu carinho pela Universidade. “Minha vida está intimamente ligada à UPF. Ela representa parte da minha história.

Cada aluno que passou pela Universidade ficou por ela tocado, assim como a Universidade também foi por ele marcada. Não é possível, pois, que depois de quatro ou cinco anos em comunhão de vida e de pensamentos com professores, funcionários e colegas, venhamos a virar as costas para esta Instituição e não mais voltemos a ela. Cada um traz em sua alma certo atavismo universitário; a bagagem de reminiscências culturais que precisam ser revividas permanentemente. A vivência universitária é perene na história de todos nós. Por isso, precisamos nos integrar a ela, para sempre, mantendo nosso "espírito universitário". A Universidade de Passo Fundo continua aqui, em seu Campus, com as portas abertas, cada vez mais pujante e mais bonita, e em sua história cada um de seus ex-alunos escreveu uma página. Não vamos parar, vamos contribuir para uma evolução anímica. Somos todos filhos desta Universidade e os filhos demandam certa perenidade e bastante generosidade com aquela que os gerou profissionalmente. Temos que ser uma exceção neste mundo de relacionamentos solúveis. Espero, pois, a ajuda de cada um dos ex-alunos, para tornar estas Instituições – a Universidade e a Associação dos Ex-Alunos Sempre UPF – fortes e ativas, já que a grandeza de uma instituição depende sempre, direta e permanentemente, dos seus integrantes. Um abraço a todos. Dárcio Vieira Marques Presidente

Foi nela que fiz minha formação profissional e que contribuí para a formação de milhares de alunos”, destacou Marques. A UPF tem 46 anos de história e já graduou mais de 67 mil profissionais. Em todos os setores da sociedade são encontradas pessoas que realizaram a sua formação e a preparação para a carreira na UPF e que fazem a diferença em suas áreas de atuação. O reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, um dos grandes incentivadores da Associação, enfatizou a importância de os egressos permanecerem ligados à Instituição. “A Sempre UPF permitirá o contato permanente com seus ex-alunos, que são protagonistas da história da Universidade. A história dos ex-alunos é a história da UPF”, destacou.

Mais de 54 anos dedicados à Universidade O presidente da Sempre UPF, Dárcio Vieira Marques, ressaltou que a Universidade esteve presente durante a maior parte da sua trajetória. “Mais da metade da vida é ligada a essa Instituição. Comecei muito jovem na Universidade, ainda como estudante de Direito e de Economia, em 1961, concomitantemente, e depois que me formei, comecei a dar aula na Faculdade de Economia, em 1965, e no Direito, em 1966. Foram cinco anos como aluno e 49 como professor”, destacou o presidente da Associação. Marques acompanhou a criação da Universidade de Passo Fundo. “Vi a Universidade ser criada, ainda na época da Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo e do Consórcio

Instituição já formou mais de 67 mil profissionais.

Cadastro no site da Sempre UPF

Para participar da Associação, o egresso deve fazer um cadastro no endereço www.upf.br/sempreupf. A página contém notícias, vídeos, galeria de imagens e informações sobre o histórico da constituição da Associação, bem como sobre a diretoria executiva e o estatuto, dentre outros dados.


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Fotos: Gelsoli Casagrande

Momentos da solenidade de criação da Associação

Universitário Católico, e, depois, na integração delas para a formação da Universidade de Passo Fundo. Fui, inclusive, presidente da Federação Universitária de Passo Fundo. Tudo isso me permitiu uma participação intensa na Instituição. Não tenho como falar da minha vida sem falar da UPF”,

revelou o presidente da Associação de Ex-Alunos. O intento da Associação é prolongar o vínculo dos alunos com a UPF. “Sempre fui um inconformado com os alunos que se formam e esquecem a Universidade. Afinal, foi ela que nos habilitou a ganhar a vida, a exercer a

profissão. Professores marcaram nosso pensamento. Alunos e professores deixam marcas na Universidade para sempre. Quero que cada ex-aluno carregue com orgulho a marca deixada pela UPF. Com a Associação, o tempo do estudante não termina com o diploma”, ressaltou Marques.

DEPOIMENTOS José Carlos Carles de Souza Graduação na UPF: Direito (1981) Profissão: advogado e reitor da Universidade de Passo Fundo

“A minha relação com a Universidade de Passo Fundo é marcada por uma gratificante história de vida, iniciada em 1977, quando ingressei, como acadêmico, no curso de Direito. Naquele período, recebi, de meus ínclitos mestres, além de seguros ensinamentos técnicos, lições profissionais exemplares, que me motivaram a dedicar-me ao exercício da advocacia e da docência, atividades que tiveram início no ano de 1981. Desde então, gradativamente, as minhas funções na academia foram se ampliando e minha dedicação a esse exercício possibilitou que eu ocupasse as mais diferentes e honradas cadeiras nesse universo acadêmico: em 2006, assumi o cargo de Diretor da Faculdade de Direito e, na sequência, em 2010, com júbilo ainda maior, fui empossado como Reitor da UPF. Reeleito, permanecerei no cargo até julho de 2018, uma vez que recebi a confiança da UPF, representada por seus mais diferentes atores: acadêmicos, funcionários e professores! Assim, olho para minha história e vejo que todos meus grandes feitos têm, em algum momento, relação com a Universidade de Passo Fundo. Foi aqui que me formei, que conheci minha esposa, que formei meus filhos e é aqui que, a cada dia, permaneço crescendo pessoal e profissionalmente. Dessa forma, muito me orgulho em manter essa relação altaneira com a UPF, por um lado, podendo vê-la como parte de minha biografia e, por outro, contribuindo com a escrita da sua maravilhosa história. Nesse contexto, atrevo-me a dizer que a UPF faz parte da minha vida e que eu também integro a sua história. Sou grato pelas experiências magníficas que tenho vivido aqui e pelos momentos felizes que ela tem me proporcionado. UPF Sempre!”.

Luiz Juarez Nogueira de Azevedo

Graduação na UPF: Direito (1964) Profissão: oficial do Registro de Imóveis de Passo Fundo A minha história com a UPF começa em 1960, quando ingressei na quinta turma da Faculdade de Direito. Concluí o curso em 1964 e em seguida ingressei no corpo de professores daquela Faculdade, onde permaneci durante 43 anos. Enquanto aluno, professor e diretor, alimentei sempre um sentimento de gratidão, de pertinência e de compromisso com a Universidade de Passo Fundo. Há uma curiosa coincidência na minha carreira: só estou no cargo de oficial do registro de imóveis porque fui professor e pesquisador da UPF, pois, enquanto professor, eu conquistei o título de mestre em Direito e foi esse grau que me assegurou a pontuação necessária para galgar o primeiro lugar no concurso, posição que me possibilitou a escolha deste local onde hoje trabalho.

Elmar Floss

Graduação na UPF: Agronomia (1975) e Ciências (1976) Profissão: engenheiro agrônomo e consultor “A Universidade de Passo Fundo estará eternamente no meu coração. Foi nela que fiz minha formação profissional superior e que passei mais de trinta anos como professor. Guardo lindas lembranças de colegas e também de muitas atividades das quais participamos, que fizeram essa Universidade crescer, de forma quantitativa e qualitativa.”


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Foto: Gelsoli Casagrande

Integrantes da Reitoria, presidente da FUPF, presidente do Legislativo municipal, Diretoria executiva e Conselho fiscal Sempre UPF

A UPF formou alunos destaque em várias áreas do conhecimento. “Tivemos alunos brilhantes que passaram pela vida política, pelo Judiciário, pela medicina, pela engenharia e por tantas outras áreas, justificando o diploma que conquistaram. A Associação é uma tentativa de resgatar a história da Universidade por intermédio dos seus ex-alunos. Por isso, me engajei nesse movimento pela sua constituição. Desde o início, aplaudi a atitude do reitor, que deu vida para essa ideia e imprimiu ao pensamento uma ação, possibilitando que a Sempre UPF fosse criada”, garantiu o presidente da Associação. A entidade está em fase de registro e uma das principais metas é alcançar os ex-alunos e vê-los participando da Sempre UPF. “Precisamos fazer o convite e fazer com que os ex-alunos efetuem o cadastro e participem efetivamente da Associação. A Universidade não é só prédios e espaço verde, ela é formada por funcionários, alunos, professores e ex-alunos. Todos somos a Universidade”, disse Marques.

Outro objetivo é construir uma sede própria. “Formar uma instituição demanda um tempo de maturação jurídica legal. A partir do registro, precisamos uma sede provisória para armazenar os documentos da Associação e realizar as reuniões. Futuramente, queremos construir nossa sede própria dentro da UPF, para que os ex-alunos possam realizar os seus encontros e desfrutar do ambiente da Universidade, que é muito bonito”, observou Marques.

Diretoria executiva Presidente Dárcio Vieira Marques Vice-presidente Elmar Luiz Floss Secretário Álvaro Della Bona Tesoureiro Benami Bacaltchuk

Conselho Fiscal Titulares Luiz Juarez Nogueira de Azevedo Alberi Falkembach Ribeiro Adroaldo Basêggio Mallmann Suplentes Hugo Antônio Bittencourt Stela Maris Scopel Piccoli Jabs Paim Bandeira

DEPOIMENTOS

Álvaro Della Bona

Graduação na UPF: Odontologia (1987) Profissão: professor pesquisador da Faculdade de Odontologia (FO) e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGOdonto) da Universidade de Passo Fundo

“Eu sou realmente UPF. Fiz minha graduação aqui, fiz toda minha pós-graduação no exterior e nunca deixei de levar o nome da Universidade nas minhas publicações. Isso representa o amor que eu tenho por essa Instituição. Recebi uma instrução excelente na Universidade, sou muito grato à minha formação e nunca deixo de citá-la. Nunca me senti menos do que qualquer profissional, em qualquer lugar do mundo, com os conhecimentos que recebi aqui dentro. A UPF é muito importante na minha carreira e na minha vida profissional e por isso eu visto a camisa da Universidade.”

Jabs Paim Bandeira

Graduação na UPF: Direito (1967) Profissão: advogado

“Iniciei minha carreira universitária em 1962, quando a Faculdade de Direito ainda era situada na Avenida Brasil em Passo Fundo, e, já no meu primeiro ano, tive a oportunidade de ser presidente do Centro Acadêmico João Carlos Machado. A Universidade de Passo Fundo foi criada em 1968, depois de uma intervenção na Sociedade Pró-Universidade, mesmo ano em que iniciei minha atuação no Tribunal do Júri, já como advogado formado, pois havia concluído minha graduação em 1967. Existe Passo Fundo antes e depois da UPF, pois a Instituição promoveu um aquecimento do serviço médico-hospitalar, da indústria, da construção civil, do comércio e de tantas outras coisas que foram importantes para mim e para os que vivem em nosso município. Por tudo isso, a UPF tem grande significado na minha vida e na vida de todos os passo-fundenses.”

Benami Bacaltchuk

Graduação na UPF: Agronomia (1971) Profissão: professor pesquisador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) e da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC) da Universidade de Passo Fundo “Iniciei meu envolvimento com a UPF em 1968, quando fui aprovado no vestibular para cursar a Faculdade de Agronomia. Fiz parte da primeira turma de alunos que concluiu o curso em Passo Fundo, em 1971. No início, tínhamos aulas em diferentes endereços da cidade de Passo Fundo, e, posteriormente, fomos os primeiros a ter atividades regularmente no Campus I, onde tudo ainda precisava ser construído. Fizemos parte dessa construção e hoje temos um campus exemplar, no qual desenvolvemos atividades que, por sete anos consecutivos, nos proporcionaram o reconhecimento, pelo Guia do Estudante da Editora Abril, de melhor Faculdade de Agronomia, com a outorga do título de Melhor Escola em Meio Ambiente e Ciências Agrárias entre as instituições privadas do Brasil. Entre os egressos do curso, identifica-se personalidades destaque nos campos de produção, pesquisa, extensão, política e desenvolvimento. Acredito que esses fatos significam um valor adicional à titulação que traz tanto orgulho: ser formado em Passo Fundo e pela melhor escola do Brasil.”


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entrevista Arnaldo Carlos Porto Neto Entendendo as alergias

ALIMENTARES

n Dr. Arnaldo Carlos Porto Neto fala sobre as diferentes alergias alimentares que acometem uma grande parcela da população

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alergia alimentar consiste em uma resposta anormal do sistema imunológico de determinada pessoa a algum alimento. A maioria das reações alérgicas ocorre entre 5 minutos e 2 horas após a ingestão e pode ter origem em decorrência de ingestão, toque ou inalação do alimento causador. A informação é do professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF), PhD Arnaldo Carlos Porto Neto. De acordo com o docente, é fundamental saber a diferença entre os sintomas das outras doenças e os das alergias alimentares. Estas se desenvolvem quando o sistema imunológico do corpo tem uma reação anormal para uma ou mais proteínas dos alimentos. Podem levar a reações graves e, até mesmo, fatais. Existem também outras reações alimentares, não causadas pelo sistema imunológico, que geram sintomas desagradáveis e que são muito mais comuns do que as alergias. Exemplos incluem intolerância à lactose, azia (refluxo gastroesofágico), intoxicação alimentar bacteriana e sensibilidade à cafeína. Em pessoas com alergias alimentares “clássicas”, ocorre uma produção de anticorpos alérgicos chamados IgE como resposta a proteínas presentes em certos componentes. Quando a pessoa é exposta à proteína (por exemplo, pela ingestão de amendoim), a ligação da proteína do alimento com o anticorpo IgE desencadeia a liberação de produtos químicos, que causam os sintomas de uma reação alérgica. Isso normalmente ocorre de forma rápida, em um período que pode variar de poucos minutos a duas horas depois da ingestão.

Quais os sintomas apresentados por quem tem alergia alimentar? Os sintomas de uma alergia alimentar podem variar do nível leve ao grave. No entanto, nem sempre é possível prever se os sintomas graves terão relação com os sinais apresentados durante a reação anterior. Como exemplo, em uma ocasião, uma pessoa pode ter urticária leve depois de comer amendoins, e, em um momento futuro, pode desenvolver uma reação anafilática após a ingestão do petisco. No entanto, as reações não são necessariamente piores depois de cada exposição. Sintomas repentinos - os sintomas mais comuns de alergia alimentar podem estar presentes na pele, sob a forma de prurido, vermelhidão, urticária (semelhante a picadas de mosquito), ou inchaço (angioedema); ou nos olhos, ao apresentar coceira, lacrimejamento, vermelhidão ou inchaço da pele nessa região. Podem estar presentes, ainda, no nariz e na boca, detectados pelo gosto metálico, inchaço da língua, espirros, coriza nasal ou congestão nasal, ou em pulmões e garganta, com dificuldade de respirar, tosse repetida, aperto no peito, chiado no peito ou outros sons de respiração ofegante, aumento da produção de muco, inchaço da garganta ou prurido, rouquidão, alteração na voz, ou uma sensação de asfixia. No coração e na circulação, os sintomas são reconhecidos pela presença de episódios de tonturas, fraqueza, desmaios, palpitações, ou pressão arterial baixa. No sistema digestivo, pela decorrência de náuseas, vômitos, cólicas abdominais ou diarreia. E, no sistema nervoso, se manifestam sob a forma de ansiedade, confusão, ou uma sensação de morte iminente. Anafilaxia - anafilaxia generalizada é o tipo mais grave de reação alérgica e pode causar sinais e sintomas que implicam risco de vida, dentre os quais se destacam dificuldade em respirar, inchaço da garganta superior

e/ou língua, ritmo cardíaco muito rápido ou irregular e pressão arterial baixa. Começa, geralmente, dentro de 5 a 60 minutos da exposição a um gatilho, embora os sintomas possam, ainda que raramente, iniciar várias horas depois. A pessoa que apresentar sintomas de anafilaxia deve ser tratada imediatamente com uma injeção de adrenalina. Muitos alimentos diferentes podem desencadear anafilaxia. Em adultos, amendoim, nozes (como castanhas, por exemplo), peixes e mariscos são os que mais causam reações anafiláticas. Em crianças, a ingestão de amendoim e nozes é a causa mais comum dentre as desencadeadoras do problema. Rinite e conjuntivite alérgicas - alergias alimentares podem desencadear reações alérgicas no nariz, nos olhos ou na garganta. No entanto, esses sintomas geralmente ocorrem em conjunto com outras manifestações, que aparecem no corpo inteiro, como urticária, dificuldade em respirar, diarreia, etc.


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Os sintomas mais prevalentes ocorrem no nariz, nos olhos e na garganta, incluindo corrimento nasal, congestão, espirros, prurido nasal, olhos vermelhos lacrimejantes ou mudanças na voz. O que é e como ocorre a Síndrome de alergia oral? A Síndrome de alergia oral, ou Síndrome de alergia ao pólen/alimentos, é encontrada em até 50% das pessoas com rinite alérgica causada pelo pólen. Nessa condição, as pessoas que são alérgicas a esse elemento têm uma reação alérgica depois de comer certas frutas ou legumes crus. A reação é imediata e pode causar coceira, irritação e leve inchaço de lábios, língua, céu da boca e garganta. Os sintomas geralmente desaparecem minutos após a alimentação ser interrompida e, na maioria das pessoas, ocorrem apenas sintomas localizados (por exemplo, na boca). No que concerne à Síndrome de alergia oral, as reações podem ser mais perceptíveis durante a temporada de maior produção de pólen associado (primavera). Pessoas com história de sintomas sistêmicos devem portar consigo um kit com adrenalina. Menos de 10% das pessoas têm sintomas sistêmicos (por exemplo, vômitos ou diarreia) para frutas e vegetais e de 1 a 2% das pessoas desenvolvem anafilaxia generalizada. A reação não costuma ocorrer se as frutas ou os legumes são cozidos, regra que não se aplica a frutos de casca rija e a amendoins, o que significa que qualquer pessoa com uma história de alergia oral a nozes deve evitá-las em todas as formas (crua, assada ou cozida). Como ocorre a reação causada por alimentos dependentes de anafilaxia induzida por exercício? Há algumas pessoas que desenvolvem uma reação anafilática após a ingestão de um determinado alimento combinada com a prática de exercícios, em um período de até quatro horas de intervalo. A comida em particular não causa anafilaxia se a pessoa não se exercitar. Esse processo acaba por configurar o que se chama de alimentos dependentes de anafilaxia induzida pelo exercício. O rol dos alimentos mais comuns associados a essa condição inclui trigo, aipo e frutos do mar, no entanto, em algumas pessoas, a reação ocorre depois da ingestão de qualquer alimento associada à prática de exercício físico. Não comer durante várias horas antes do exercício geralmente pode evitar esse tipo de reação. Quais as condições que podem estar relacionadas a alergias alimentares? Existem várias condições que podem constituir alimentos relacionados, tais como distúrbios gastrointestinais eosinofílicos (esofagite eosinofílica) e dermatite atópica (eczema). Existem alergias alimentares não IgE mediadas? Alergias alimentares podem ocorrer sem en-

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Entre 20 e 30% das pessoas relatam a ocorrência de alergia alimentar em si mesmas ou em seus filhos, no entanto, apenas 6 a 8% das crianças com menos de cinco anos e 3 a 4% dos adultos efetivamente têm alergia alimentar. volver o anticorpo IgE. Os sintomas desse tipo de alergia são geralmente mais lentos para desenvolver e mais duradouros do que os de alergias alimentares clássicas. Os três principais tipos de alergias alimentares não IgE mediadas são enterocolite induzida por proteína alimentar; proctite e retocolite induzidas por proteína alimentar; e doença celíaca e dermatite herpetiforme. A maior parte dessas condições causa sintomas do trato digestivo, tais como vômitos, diarreia, dor abdominal e/ou presença de sangue nas fezes. Enterocolite induzida por proteína alimentar e proctite/retocolite são mais comumente vistas em crianças. Em média, quantas pessoas sofrem com esse problema? Qualquer pessoa que apresente sinais ou sintomas de uma alergia alimentar deve consultar um médico alergista. Entre 20 e 30% das pessoas relatam a ocorrência de alergia alimentar em si mesmas ou em seus filhos, no entanto, apenas 6 a 8% das crianças com menos de cinco anos e 3 a 4% dos adultos efetivamente têm alergia alimentar. Os testes de laboratório e/ou testes de pele são muitas vezes usados para confirmar a alergia alimentar e determinar se a exclusão de um determinado alimento na dieta é necessária. Quais os testes indicados? Teste alérgico - testes para alergias alimentares incluem, muitas vezes, testes de pele e/ou exames de sangue. Dependendo da situação, podem ser feitos para determinar se uma pessoa é alérgica a pólen, insetos, látex e outros alérgenos. No entanto, o teste só é recomendado se a pessoa é suspeita de ter uma alergia. Como exemplo, se uma pessoa teve uma reação depois de comer amendoim, mas nunca reagiu ao trigo ou a ovos e os utiliza regularmente na dieta, não é necessário testar a alergia a esses ingredientes. Teste cutâneo - o teste cutâneo envolve a perfuração da pele com uma pequena agulha revestida com extrato de comida ou alimentos frescos. As picadas são feitas geralmente no antebraço ou no dorso superior, após a limpeza da pele com álcool, e geralmente não são dolorosas, no entanto, um sintoma comum é a ocorrência de ligeira urticária (como uma picada de mosquito) no local da picada. O teste pode

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ser realizado em adultos e crianças de qualquer idade, mas apenas um profissional de saúde treinado, geralmente um especialista em alergia, deve fazer o teste de pele. Esse especialista vai avaliar os resultados para ajudar a fazer um diagnóstico. Exames de sangue - os exames de sangue estão disponíveis para auxiliar os médicos a fazerem um diagnóstico. Nem o teste de pele, nem o exame de sangue devem ser realizados para definir um diagnóstico sem que haja a orientação de um clínico, baseada no histórico médico e em outras informações de apoio. Dietas de eliminação - dieta de eliminação é uma dieta especialmente planejada que elimina um ou mais alimentos ou grupos de alimentos da dieta de uma pessoa por um período de tempo (15 a 30 dias), após o qual a comida é adicionada de volta à dieta e é observado se os sinais ou sintomas antes presentes se desenvolvem novamente ou não. Uma dieta de eliminação pode ser recomendada como parte do processo para determinar se uma pessoa tem alergias alimentares, no entanto, por si só, muitas vezes não revela o diagnóstico. Um alergista ou nutricionista deve ser envolvido na proposta de uma dieta de eliminação, pois evitar grupos inteiros de alimentos (por exemplo, leite) pode levar à desnutrição, especialmente em lactentes e crianças. Durante uma dieta de eliminação, é importante ler cuidadosamente os rótulos dos alimentos e ter a ciência de que os alimentos “substitutos”, que reduzem ou eliminam os componentes de gordura ou outros tipos de um alimento, ainda podem conter proteínas alergênicas. Como um exemplo, alguns substitutos de ovo (que são mais baixos em nível de colesterol) ainda contêm proteínas de clara de ovo. Diário alimentar - um profissional de saúde pode solicitar que uma pessoa mantenha um registro completo de tudo o que comer durante um período de tempo, incluindo alimentos, bebidas, condimentos e doces. Teste de provocação alimentar - se, com base em seu histórico médico e testes de alergia, não está claro se uma pessoa tem uma alergia alimentar, pode ser oferecido um teste de provocação com o alimento suspeito ou a introdução gradual de algum alimento sob supervisão médica. Um desafio alimentar também pode ser recomendado se houver razão para crer que a pessoa não mais apresente alergia alimentar, dando-lhe uma pequena quantidade de alimento potencialmente alergênico para comer. Quando a pessoa deve procurar ajuda? Às vezes é difícil saber se uma reação é causada por uma verdadeira alergia alimentar ou por intolerância alimentar. Qualquer pessoa que apresente um ou mais dos seguintes sintomas após a ingestão deve procurar cuidados médicos: náuseas ou vômitos; vergões acompanhados de coceira na pele; inchaço em lábios, boca, face ou garganta; chiado no peito, tosse ou dificuldade para respirar; tontura e desmaio. *Colaborou Monyke Strezeleski, acadêmica da FM


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ciência e inovação UPF Parque terá Laboratório de Desenvolvimento e Avaliação de Alimentos Funcionais e Nutracêuticos Projeto visa desenvolver um ambiente de negócios envolvendo empresários, docentes e discentes da UPF e região

Foto: Gelsoli Casagrande

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ano de 2015 será movimentado na Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Em razão do empenho dos corpos docente e discente, vários projetos de pesquisa foram aprovados, gerando recursos que serão fundamentais para a realização de ações e para a construção de novos espaços na Instituição. Uma dessas conquistas é o Laboratório de Desenvolvimento e Avaliação de Alimentos Funcionais e Nutracêuticos (Nutri-Ali), que será coordenado pela professora Dra. Luciane Colla. A estruturação do espaço será feita com recursos oriundos de edital da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Estado, aguardados ainda para este primeiro semestre de 2015, quando o Nutri-Ali deve iniciar suas atividades. De acordo com a coordenadora, o projeto tem como objetivo desenvolver um ambiente de negócios envolvendo empresários, docentes e discentes da UPF e região, baseado na produção e na avaliação de alimentos funcionais e de compostos nutracêuticos, na intenção de que sejam obtidos produtos de elevado valor agregado. “Esperamos potencializar ações de desenvolvimento de novas empresas nos setores alimentício, farmacêutico, cosmético e nutracêutico a partir dos ingredientes funcionais”, ressalta. Luciane explica que os ingredientes funcionais ou nutracêuticos são compostos que afetam beneficamente uma ou mais funções no organismo humano. Além disso, possuem nutrientes básicos, sendo importantes tanto para a manutenção do bem-estar e da saúde quanto para a redução do risco de uma doença. De acordo com ela, a necessidade desses ingredientes funcionais pode ser suprida por meio de dieta, pelo consumo de alimentos denominados

Coordenado pela professora Luciane Colla, o laboratório irá ampliar as ações já realizadas pelos cursos envolvidos

funcionais, que são aqueles nos quais esses ingredientes são encontrados. “Os alimentos oportunizam a combinação de produtos comestíveis com moléculas biologicamente ativas, como estratégia para consistentemente corrigir distúrbios metabólicos, resultando em redução dos riscos de doenças, oferecendo benefícios à saúde e importante valor nutritivo inerente à sua composição química”, pontua. Multidisciplinaridade e trabalho conjunto Para o desenvolvimento do projeto, a Universidade de Passo Fundo conta com uma equipe qualificada e multidisciplinar ancorada em cursos de graduação das áreas de Engenharia de Alimentos, Engenharia Química, Química, Farmácia, Biologia e principalmente em cursos de pós-graduação como os Programas de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, em Envelhecimento Humano e em Bioexperimentação.

Os recursos oriundos desse edital, num montante de aproximadamente R$ 1,5 milhão, serão utilizados para a aquisição de equipamentos que qualificarão as pesquisas na área de alimentos funcionais, viabilizando as pesquisas de estudantes de graduação e de pós-graduação da Universidade. Além disso, a UPF entrará com uma contrapartida e investimento pessoal, fazendo com que o projeto ultrapasse os R$ 2 milhões. Na opinião da coordenadora, as pesquisas que serão realizadas trarão benefícios a toda sociedade. “Além das metas científicas, o projeto tem metas tecnológicas, como a geração de patentes, e metas sociais, que envolverão o uso e a aplicação dos produtos desenvolvidos (alimentos, suplementos alimentares, cosméticos), bem como prevê a realização de cursos e palestras, fomentando a divulgação da ciência”, observa. O projeto tem duração de dois anos a partir da liberação dos recursos.


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universidade Estudante de Medicina Veterinária, Talita acredita que o Prouni permitiu a realização de seu sonho

Como ingressar

Oportunidade para

TODA A

VIDA

Programa que concede bolsas de estudos a acadêmicos, Prouni já beneficiou mais de 20 mil pessoas na UPF

I

ngressar em uma universidade e poder realizar o sonho de frequentar um curso de graduação já é uma realidade vivenciada por grande parte da população brasileira. Além do tradicional vestibular, existem outras formas que facilitam o acesso ao ensino superior em instituições privadas e/ou a permanência nele, tais como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da Educação (MEC). Atenta a esse cenário, a UPF adequou-se às normas desses programas, a fim de contribuir com a formação de futuros profissionais que, sem tal incentivo, não teriam a mesma oportunidade.

O advogado Silmar Borin foi um dos acadêmicos que cursou a graduação por meio do Prouni.

Criado pelo Governo Federal no ano de 2004 e institucionalizado pela Lei n° 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o Prouni tem por objetivo conceder bolsas de estudos integrais e parciais de 50% em cursos de graduação e sequenciais de formação específica a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. A UPF aderiu ao programa desde seu início, tendo ofertado as primeiras vagas no mesmo ano da institucionalização do Universidade Para Todos. Com oferta inicialmente tímida, a Universidade viu, dois anos mais tarde, em 2007 – quando constatou que as questões relativas a bolsas e filantropia também passariam a fazer parte da área administrativa e não somente da área de extensão –, expressivo aumento no número de alunos ingressantes aos bancos universitários. Após um intenso investimento, uma vez que o Prouni se tornou o pilar da filantropia na Instituição, a UPF adotou a estratégia de conceder bolsas adicionais de 50% aos acadêmicos assistidos pelo Programa, ação que, em 2010, ganhou amparo e referência nacional, quando o MEC remodelou o Fies e criou uma nova forma de financiamento estudantil. Essa modalidade permite o financiamento do restante da mensalidade do acadêmico que já tem 50% de desconto, ou seja, ambos os programas podem ser acumulados, proporcionando ainda mais benefícios para os alunos. Segundo o vice-reitor Administrativo da UPF, Agenor Dias de Meira Junior, a importância do Prouni se revela em vários aspectos. “Para permanecermos como entidade filantrópica, é necessário que um em cada cinco alunos pagantes seja contemplado com o benefício. Além disso, no aspecto social, é preciso oportunizar cada vez mais o acesso da comunidade ao ensino superior”, comenta.

Mais de 20 mil estudantes já foram contemplados pelo Programa. No final de 2014, 4.445 acadêmicos da UPF recebiam o benefício do Prouni. Os interessados em realizar estudos em nível de terceiro grau com bolsa de estudos nessa modalidade devem, inicialmente, realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, depois de já matriculados em curso de graduação, precisam entregar documentação comprobatória concernente aos requisitos do Programa. Podem receber o benefício alunos que tenham cursado o ensino médio integralmente em escola pública, ou em escola privada com bolsa de 100%, e cuja renda per capita do grupo familiar não ultrapasse um salário mínimo e meio, para bolsas 100%, e três salários mínimos, para bolsas 50%. Tendo sido contemplado com a bolsa de 50%, o acadêmico que necessitar auxílio para integralizar o pagamento de seu curso pode acumular o benefício com o Fies, que lhe possibilitará financiar o restante do valor. O custo financiado poderá ser pago após a formatura.

Sonhos concretizados O hoje advogado Silmar Borin foi um dos estudantes da UPF que cursaram a graduação por meio do Prouni. Em 2011, Borin se formou em Direito e viu sua vida mudar graças à oportunidade que teve. De família humilde, prestou a prova do Enem e foi contemplado com a bolsa integral de estudos. Na carreira profissional, trabalhou na UPF e no Banco Itaú, participou de um concurso público e, atualmente, é funcionário de uma agência da Caixa Econômica Federal, em Passo Fundo. Segundo ele, o benefício contribuiu com o seu crescimento pessoal e profissional. Talita Girardi, acadêmica de Medicina Veterinária, entende que a oportunidade possibilita a realização de seu sonho. “Se não fosse o auxílio, provavelmente hoje não estaria no quarto ano da graduação. Sem ter condições financeiras para pagar o curso, que é de turno integral, o Prouni foi a resposta perfeita para a minha situação. Pude entrar em uma faculdade muito bem conceituada, sem custo nenhum com as mensalidades”. Aluno do quinto semestre do curso de Medicina, Lucas Strauss Boss conta com bolsa integral do Prouni. O acadêmico acredita que em universidades públicas há muita concorrência pelas vagas e afirma que o Programa facilitou o seu ingresso em uma universidade particular.


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universidade

RECONHECIMENTO da comunidade marca posse da Reitoria 1

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1) Vereador Márcio Patussi, reitor José Carlos Carles de Souza, secretária adjunta de Estado de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Ghissia Hauer, deputado Gilmar Sossella e prefeito Luciano Azevedo; 2) Reitor José Carlos Carles de Souza e sua esposa Moema de Souza, com a secretária adjunta de Estado de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Ghissia Hauer; 3) Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos, vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Dalmolin, reitor José Carlos Carles de Souza, professora Neusa Rocha, vice-reitora de Graduação Rosani Sgari e vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior; 4) Presidente do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Passo Fundo Alexandre Augusto Nienow e reitor José Carlos Carles de Souza durante a cerimônia; 5) Autoridades compuseram a mesa durante a cerimônia; 6) Público prestigiou a posse da Reitoria; 7) Cerimônia foi realizada no Centro de Eventos da UPF; 8) Reitor José Carlos Carles de Souza recebe diploma das mãos do presidente do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Passo Fundo Alexandre Augusto Nienow; 9) Diretores de unidades acadêmicas também foram diplomados na cerimônia; 10) Integrantes da Gestão 2014-2018.

Autoridades presentes no evento de posse evidenciaram o momento promissor vivido pela UPF

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Universidade de Passo Fundo conta com a parceria e o reconhecimento do poder público em suas diferentes esferas. Tal engajamento ficou evidenciado na posse da Reitoria, ocorrida em julho de 2014, quando várias autoridades prestigiaram tão significativo momento para a Instituição. Na solenidade, diferentes manifestações marcaram a história da Universidade, os avanços celebrados no presente e a certeza de um futuro promissor. O prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, destacou a contribuição da UPF para o desenvolvimento regional. “São tantas gerações formadas, tantas obras capitaneadas nesses 46 anos, que não é exagero dizer que a UPF é a maior obra coletiva construída pela nossa cidade, pela nossa região, nos últimos 100 anos”, considera. Para Azevedo, a Universidade vive seu momento de maior proximidade com a comunidade regional. “Não há outro coletivo tão importante na metade norte do estado”, acredita. Presidente em exercício da Câmara de Vereadores de Passo Fundo na ocasião da posse, o vereador Marcio Patussi frisou a importância do trabalho que a UPF desenvolve no município e na região. “Não é possível desvincular da Universidade a história do crescimento e do desenvolvimento de Passo Fundo. A Instituição tem um trabalho reconhecido nos níveis regional, nacional e internacional, prova disso são as constantes expansões em seus cursos e em sua estrutura multicampi”, considerou. Também presente no evento de posse, o então presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gilmar Sossella, lembrou o mais importante legado da Instituição: os profissionais formados. “Os mais de 60 mil graduados pela Instituição hoje fazem carreira em diversas regiões do país”, referiu. A secretária adjunta da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Ghissia Hauer, mencionou a parceria entre a UPF e o governo do estado na implantação do UPFParque. “A UPF constituiu um Parque Tecnológico com muita rapidez e eficácia”, considerou. Ghissia destacou ainda a preocupação do estado em aproximar a pesquisa universitária das empresas e pontuou que, nesse contexto, a Universidade, por meio do UPFParque, é estratégica no planejamento da Secretaria.


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institucional

REVOLUÇÕES

das universidades são

tema de Aula Magna na UPF Foto: Gelsoli Casagrande

Integrantes da Reitoria e coordenadores de cursos de graduação

Atividade marcou o início oficial das atividades acadêmicas neste ano de 2015

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s universidades vão mudar mais nos próximos trinta anos do que mudaram nos últimos 300. A afirmação é do professor português Dr. António Sampaio Nóvoa, que ministrou a Aula Magna que marcou o início das atividades acadêmicas na Universidade de Passo Fundo (UPF). Os professores da Instituição lotaram o Centro de Eventos para ouvir a conferência de Nóvoa e refletir sobre os rumos no ensino universitário e sobre a importância do papel docente nesse cenário.

Para Nóvoa, é preciso que os professores percebam que estão num tempo muito diferente e frente a uma enorme revolução das questões da aprendizagem. “É preciso mudar a nossa forma de ensinar, de modo que se torne mais participativa e menos transmissiva, mais envolvente, para que coloque os alunos em situação de pesquisa, de experimentação, e para que se consiga levar tudo isso para a sociedade. São três as revoluções desse cenário: a do ensino e da pedagogia; a revolução na ciência e no conhecimento; e uma re-

volução na sociedade, quando esse conhecimento é trazido de dentro da universidade para dentro da sociedade. Creio que se conseguirmos fazer essas três revoluções teremos a universidade à altura do século XXI”, ressaltou. Para que essa revolução aconteça, é necessário que os professores alterem o seu modo de trabalhar. “Muitas vezes, há, nos professores, uma atitude de desconfiança, por falta de perceberem como fazer de outra maneira. Hoje, há milhões de experiências em todo o mundo e sabemos como se faz, como

Reitoria, diretores de unidade e campi, com o prof. Dr. António Nóvoa


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Abril / 2015 Fotos: Gelsoli Casagrande

Integrantes da Reitoria e Coordenadores de cursos de graduação

se instaura essa outra forma de trabalhar e é isso que precisa se dizer aos outros professores. É preciso trazê-los para essa nova revolução. Retirá-los, às vezes, de um espaço de conforto, de um espaço de fechamento disciplinar, de um espaço mais coorporativo, para desafiá-los para o que são as aventuras do conhecimento do século XXI”, convida o professor. O pesquisador destaca ainda que as universidades têm uma responsabilidade perante à sociedade. “A extensão deve estar no coração da universidade e não com qualquer coisa que se faz pós-universidade ou no prolongamento do trabalho desta. É a centralidade dessa instituição no espaço social, econômico e cultural, que conta hoje nas sociedades”, enfatiza. Aposta nas universidades O professor enfatiza que, hoje, há uma grande aposta nas universidades. “As pessoas esperam muito hoje das universidades e nem sempre os universitários têm estado à altura dessas expectativas. Muitas vezes, as instituições estão bloqueadas por questões corporativas, por uma burocracia sem nenhum sentido. Bloqueadas porque no seu coração não está a liberdade que é essencial a uma universidade: a liberdade acadêmica, a liberdade de pesquisa, a liberdade dos professores, a liberdade dos estudantes e a liberdade de podermos contribuir com o melhor de nós mesmos para uma universidade diferente. Se conseguirmos ganhar essa ideia da autonomia, essa ideia de liberdade, certamente teremos os professores conosco. Se não conseguirmos, vai continuar a haver uma espécie de desmotivação, de lamen-

tação permanente, que não se traduz numa atitude positiva e construtiva”, conclui. Aula Magna O reitor da UPF José Carlos Carles de Souza deu as boas-vindas a todos os professores participantes. Ele destacou a importância do trabalho coletivo desenvolvido na UPF, em um processo no qual cada um desempenha um importante papel. “Nos últimos anos, todos os cursos da UPF apresentaram crescimento e melhorias no desenvolvimento de seus índices oficiais, em razão do planejamento de cada unidade acadêmica e da efetiva participação dos professores e dos alunos em todas as instâncias dos processos. O resultado da ação particular de cada professor po-

tencializou as iniciativas institucionais que culminaram nos elevados índices avaliativos dos nossos cursos”, afirma. O reitor lembrou ainda de uma das principais conquistas institucionais no ano de 2014, a avaliação com conceito 4 no Índice Geral de Cursos, e motivou a todos os professores, funcionários e acadêmicos da UPF a engajarem-se na busca da sustentabilidade acadêmica. A Aula Magna contou com a presença do presidente da Fundação UPF Alexandre Nienow, da vice-reitora de Graduação Rosani Sgari, do vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos, da vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Dalmolin e do vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior.

Nóvoa convidou os professores a refletir sobre os rumos no ensino universitário e sobre a importância do papel docente nesse cenário


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Foto: Gelsoli Casagrande

faço parte dessa história Uma

na Universidade Formado na UPF, advogado Jorge Buaes Sobrinho atuou na Instituição ao longo de quatro décadas

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roduzir e difundir conhecimentos que promovam a melhoria da qualidade de vida e formar cidadãos competentes, com postura crítica, ética e humanista, preparados para atuarem como agentes transformadores. É com essa missão que, há 46 anos, a Universidade de Passo Fundo (UPF) contribui com a formação de pessoas e com o desenvolvimento da região Norte do Rio Grande do Sul. Nesse período, o intenso trabalho e o esforço dos milhares de professores e funcionários que já atuaram nos bancos universitários da Instituição ajudaram a formar mais de 67 mil profissionais em diferentes áreas do conhecimento. Um dos docentes que faz parte dessa história é o professor Jorge Buaes Sobrinho, que, durante anos, atuou em cursos como o de Direito e o de Administração, e em alguns cursos técnicos da Faculdade de Educação. Graduado em Direito pela UPF, Buaes iniciou sua vida acadêmica no ano de 1962, quando prestou vestibular. No mesmo ano, foi contratado como funcionário da Sociedade Pró-Universidade, uma das instituições que deu origem à Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF). Após concluir a graduação, em 1967, mesmo ano da criação da FUPF, começou a ministrar aulas, atividade que desenvolvia paralelamente à sua atuação como funcionário do setor de contabilidade e, posteriormente, da secretaria da Faculdade de Direito (FD). Outras funções importantes de sua trajetória profissional foram a de secretário da reitoria durante a gestão do então reitor Murilo Coutinho Annes, entre 1968 e 1974, e a de diretor do curso de Direito, de 1974 a 1982. A relação com a Faculdade de Direito Com mais de meio século de trabalho dedicado à formação de bacharéis, a Faculdade de Direito é uma das unidades acadêmicas que deu origem à UPF. A qualificação dos profissionais formados e a atuação de destaque desses egressos nas variadas esferas do Poder Judiciário, sejam elas municipais, estaduais ou federais, bem como em tantas outras áreas de expressão jurídica, administrativa e social no país, fez com que a Faculdade de Direito da UPF se tornasse reconhecida como uma das mais respeitáveis instituições jurídicas no Brasil. Sua infraestrutura, hoje localizada no Campus I e nos campi de Carazinho, Casca, Lagoa Vermelha, Palmeira das Missões, Sarandi e Soledade, abriga o mais antigo curso homônimo do sul do Brasil oriundo de instituições privadas do interior.

Jorge Buaes Sobrinho foi um dos responsáveis pela migração do curso de Direito para o Campus I

O envolvimento com a educação e com a formação de profissionais marca grande parte da vida do professor Jorge Buaes. Segundo ele, um dos momentos mais memoráveis vividos na Universidade foi marcado pela oportunidade de estar à frente da direção da FD. A migração do curso para o Campus I foi um dos principais desafios enfrentados. “Na época, o curso funcionava no centro de Passo Fundo, no Campus III. Fui um dos responsáveis por realizar sua transferência para o espaço onde se encontra atualmente, que, naquele tempo, estava em desenvolvimento e era de difícil acesso para a comunidade”, conta.

Empenho da comunidade acadêmica contribuiu com reconhecimento da Universidade Além de ter sido diretor da Faculdade de Direito, sua carreira foi marcada pela atuação como vice-diretor da unidade, no início da década de 1970, e como coordenador do curso no qual se formou. Atualmente aposentado, Buaes sente-se orgulhoso pelo trabalho prestado durante décadas. “É uma satisfação poder ter acompanhado o crescimento da UPF, que em muito contribuiu para o desenvolvimento do município e da região onde está localizada”, relata. Considerada uma universidade filantrópica e comunitária, a Universidade de Passo Fundo é reconhecida nacional e internacionalmente, atendendo mais de 21 mil acadêmicos e fazendo parte do cotidiano das pessoas em mais de 100 municípios do norte gaúcho. Vários são os aspectos que comprovam esses fatos. Dentre eles, o professor destaca a profunda dedicação das equipes que já administraram a Instituição, como as reitorias, e a atuação dos professores, que, em sua opinião, foram fundamentais em sedimentar

com seriedade a UPF. Buaes reconhece, ainda, o importante papel dos funcionários para com o crescimento da instituição de ensino. “Os funcionários sempre foram muito dedicados com suas respectivas demandas e atividades. O esforço deles contribuiu muito ao longo desses 46 anos”, comenta


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universidade Crescimento do

STRICTO SENSU

na UPF reflete a qualidade de ensino e da pesquisa Programas de pós-graduação já titularam 1.330 mestres e 43 doutores em diferentes áreas.

Foto: Gelsoli Casagrande

Integrantes da Reitoria com coordenadores do Stricto Sensu UPF

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implantação e o controle de políticas de pesquisa e pós-graduação no Brasil são fruto de um processo ainda em construção. O início remonta ao ano de 1948, porém, é a partir de 1970 que os programas de pós-graduação Stricto Sensu passam a ser avaliados por um rigoroso processo de avaliação periódica pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes. O cenário atual é de franca expansão. Os dados da avaliação trienal de 2013, última disponibilizada até agora pela Capes, apontam para a existência de 3.337 programas de pós-graduação, que compreendem 5.082 cursos, sendo 2.893 de mestrado, 1.792 de doutorado

e 397 de mestrado profissional. Nesse sentido e frente a esse cenário, há um forte movimento das instituições de ensino superior para a expansão de sua pós-graduação Stricto Sensu. Não foi diferente com a Universidade de Passo Fundo (UPF), na qual o processo de expansão resultou em uma ampliação de 150% na oferta de cursos de pósgraduação Stricto Sensu. Conforme o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, em 2010, a Instituição tinha 309 alunos regulares e 226 alunos especiais, totalizando 535 matriculados. Sete programas de pós-graduação estavam em funcionamento, com uma média geral de aproximadamente 76 alunos por pro-

grama. No ano de 2014, o total de alunos foi de 865 (530 regulares e 335 especiais). Ao todo, 13 programas estavam em atividade, gerando uma média de cerca de 66 alunos por programa. “Comparando 2014 com 2010, o número de alunos da pós-graduação sofreu um aumento na ordem de 64%”, afirma. Recursos humanos e apoio institucional A formação de recursos humanos em nível superior é apontada como fator chave para o desenvolvimento do Brasil. A UPF, por intermédio de seus programas de pós-graduação, já titulou, até o final de 2014, 1.330 mestres e 43 doutores em diferentes áreas. “A partir de ju


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Mestrado em Administração lho de 2010, com a mudança de gestão, a UPF mudou também seu posicionamento, passando a entender o Stricto Sensu como parte essencial da qualidade e da excelência acadêmica. De imediato, esforços começaram a ser empreendidos para o fomento à expansão e à consolidação do Stricto Sensu institucional. Além disso, garantiu-se apoio irrestrito a comissões, para o desenvolvimento de trabalhos de elaboração dos projetos, bem como foram realizados esforços de retenção de talentos na Instituição, e articulados movimentos com vistas a instituir a cultura de planejamento e restruturação, dentre outros fatores”, comenta. Para Barcellos, a política de capacitação docente trouxe diversos benefícios à Instituição, dentre os quais, a formação de quadros para novos programas de pós-graduação e a ampliação e renovação de quadro docente nos programas existentes. “Como principais resultados, tivemos, de 2010 até 2014, 50 licenças para doutorado (19 concluídas e 31 em andamento); 38 licenças para pós-doutorado (26 concluídas e 12 em andamento); e 73 bolsas dissídio 50% para docentes nos PPGs UPF (42 em andamento e 31 concluídas). Assim, o total de docentes que receberam apoio institucional para capacitação no período foi de 161, dos quais 63 em mestrado, 60 em doutorado e 38 em pós-doutorado”, informa o vice-reitor, reiterando que há 27 docentes realizando estágio pós-doutoral em universidades estrangeiras, dos quais 18 na Europa, seis na América do Norte e três na América do Sul. Na opinião do professor, esses pós-doutoramentos no exterior se constituíram em importante braço da política de internacionalização da UPF, com desdobramentos muito positivos, principalmente no campo da pesquisa. “Essa é uma das razões pelas quais a reativação da política de capacitação docente é considerada um dos principais pontos embasadores da política de expansão do Stricto Sensu UPF”, considera. Apoio à internacionalização Na UPF, destaca Barcellos, a internacionalização vem sendo fomentada em suas mais diversas instâncias, o que é comprovado, por exemplo, pela aprovação, no Conselho Universitário, da resolução que regra o intercâmbio discente com instituições estrangeiras no âmbito da pós-graduação Stricto Sensu. O estímulo se dá, também, por meio de projetos de cooperação internacional e do envio de docentes dos PPGs da UPF para pós-doutoramento em universidades no exterior.

A Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis da UPF passa a oferecer, em 2015, o Mestrado em Administração. A área de concentração do Programa é em Gestão Estratégica das Organizações, a qual contempla estudos com ênfase na geração de conhecimento sobre as organizações e sua relação com o desenvolvimento da sociedade. Tem como público-alvo graduados em Administração e áreas afins e profissionais com sólida experiência na área de administração – privilegiando-se as áreas estratégicas de marketing e de gestão de pessoas – e que atuam ou pretendem atuar no ensino superior e/ou na administração de organizações privadas ou públicas. A primeira turma inicia as aulas em abril de 2015.

A partir dessa iniciativa, a captação de recursos via projetos de pesquisa e desenvolvimento no triênio 2011-2014 foi um dos principais avanços da Instituição. “A viabilização dessa captação só foi possível com a melhoria qualitativa dos projetos e dos processos de gestão da pesquisa institucional. A discussão passou a ser coletiva e participativa e a UPF acabou captando valores significativos”, aponta. Segundo o vice-reitor, dentre as principais fontes, estão as iniciativas relacionadas ao UPF Parque, que, com quatro projetos em nível estadual e uma emenda parlamentar em nível federal, captou recursos em um montante de R$ 12.659.899,45. Ainda, junto à Finep, com o edital Pró-Infra Comunitárias, três projetos propiciaram a captação de R$ 2.957.763,43. Junto à Capes, nos editais Pró-Equipamentos Comunitárias, foram, em dois projetos, captados R$ 674 mil. Já nos editais relacionados aos polos de inovação tecnológica, sete projetos geraram, juntos, a captação de R$ 6.056.644,50. Além dessas, destaca Barcellos, ainda há a captação direta feita por professores, com recursos outorgados diretamente pelas agências de fomento, totalizando cerca de R$ 10 milhões. Segundo Barcellos, na realidade da UPF, paulatinamente a pesquisa “fora do Stricto Sensu” vai cedendo espaço para a pesquisa no âmbito da pós-graduação, com a expansão do número de programas. “É nesse contexto que há a interação da pós-graduação Stricto Sensu com a graduação, com setores de inovação e transferência de tecnologia e com a extensão universitária, o que se revela indispensável e é meta para o período de gestão compreendido entre 2015 e 2018. Como perspectiva futura, à medida que a pesquisa na UPF concentrar a pesquisa no âmbito do Stricto Sensu, a interação dos mestrados e dou-

torados com os cursos de graduação, com os setores de inovação e transferência de tecnologia e com a extensão universitária se torna meta indispensável”, finaliza o vice-reitor. Ensino além fronteiras A qualificação e o crescimento do Stricto Sensu geram também mais procura pelos cursos oferecidos, reunindo alunos de todo o Brasil. Natural de Fortaleza, no Ceará, Paulo Vinícius de Medeiros escolheu o Programa de Pós-Graduação em Educação da UPF (PPGEdu/UPF) para realizar seu mestrado. Formado em Direito, com especialização em direito empresarial, foi aprovado em um concurso no Instituto Federal do Paraná (IFPR) como professor e, então, buscou aperfeiçoamento a nível Stricto Sensu. “Recebi indicação de um amigo que havia feito mestrado em História na Instituição e comentou que as inscrições estavam abertas, ponderando que seria interessante fazer mestrado. Fiz a seleção e comecei o curso no segundo semestre de 2014”, conta o mestrando.

Evolução qualitativa da pesquisa Com novos professores pesquisadores e a clara expansão do Stricto Sensu na UPF, houve um aumento quantitativo e qualitativo da produção científica, com ampliação dos conceitos dos PPGs obtidos na avaliação trienal 2013 da Capes. Dentre os fatores de qualificação, destacaram-se atividades de formação continuada em pesquisa, por meio de cursos de redação científica, de estatística e de planejamento da vida acadêmica, e da aquisição e distribuição de literatura sobre esses temas. De acordo com o vice-reitor, destacam-se ainda dois grandes editais muito comemorados pela comunidade acadêmica, o Pró-Publicações e o Pró-Taxa, custeando, respectivamente, a versão e a revisão em língua inglesa e as taxas em revistas de acesso aberto. Barcellos comenta que uma boa pesquisa, metodologicamente correta, logicamente escrita em bom e fluente inglês, gera boas publicações, e é, segundo ele, um dos elementos base para que um grupo efetivamente existente proponha um novo PPG, bem como para que um PPG existente evolua e se consolide, crescendo em conceito e visibilidade a ponto de poder almejar a criação de um doutorado.

Atualmente, Medeiros reside em Palmas, no Paraná, onde fica o campus do IFPR no qual trabalha, e, a cada semana, percorre 600 quilômetros para participar das aulas. “Gosto do mestrado. O curso realmente abriu oportunidades de leituras dinâmicas, de contexto e teorias que eu não sabia, autores que desconhecia e que passei a ler, e outros que proporcionam uma série de aprendizados. Por ser uma área diferente da minha, consigo sempre fazer um paralelo, dialogando entre as áreas. O curso atende plenamente às expectativas: gosto muito dos professores, do meu orientador, da estrutura da UPF e da biblioteca”, declara.


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Fotos: Arquivo Pessoal

reconhecimento DORIS HEXSEL: uma dermatologista que faz diferença como profissional de excelência Passo-fundense aproveitou as oportunidades oferecidas pelo curso de Medicina da UPF e se tornou uma profissional renomada, reconhecida internacionalmente

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simplicidade de quem não esconde o amor pela sua origem e a especialidade de uma profissional de excelência que é apaixonada pelo trabalho são as marcas de Doris Maria Hexsel. “Nasci em Passo Fundo, pelas mãos do querido médico Dr. Sabino Arias, fato que muito me orgulha”, afirma. Formada em Medicina pela UPF em 1980, ela optou pelo curso por vocação: “Hoje posso falar isso com muito mais certeza, porque amo minha profissão muito além dos limites da minha especialidade”, garante. A escolha pela dermatologia, ela diz, nasceu de um “amor à primeira vista”, já que desde a primeira aula na área teve uma forte identificação com a especialidade. “Essa paixão teve um ‘cupido’ ou uma ‘musa inspiradora’: a excelente professora que tive, Dra. Marilene Ughini. Além dela, não posso deixar de mencionar e de dar créditos a todos os meus professores da Faculdade de Medicina da UPF, grandes médicos e mestres”, constata a especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para Doris, uma carreira de sucesso é resultado do trabalho dos professores juntamente com o empenho pessoal do acadêmico.

Aproveitar oportunidades Do tempo em que era acadêmica do curso de Medicina, Doris declara ter maravilhosas lembranças de professores e colegas. “Posso dizer que fui muito feliz durante o curso de Medicina e nos anos em que estudei na UPF. E, também, tive oportunidades que me marcaram, como a convivência profissional com Dr. Danton Piana, a quem atribuo o meu gosto pela cirurgia cutânea”, pontua. Ministrando aula nos cursos de férias da UPF, Doris aponta que teve a oportunidade de tornar-se uma pessoa versátil, estudando matérias relacionadas com Enfermagem e Biologia. “Me tornar professora e dar aulas de dermatologia também foram desafios que só me fizeram crescer. Vejo que realmente fui privilegiada pela vida, por tantas oportunidades, a maioria delas ao lado de grandes professores”, observa. Aproveitar as oportunidades é um dos segredos de Doris, mas, pontua a dermatologista, somente isso não basta: “em qualquer profissão, é fundamental um profundo amor, daqueles que não passa nunca”, declara. Além do amor pela sua área de atuação, ela não esconde o orgulho que sente das suas origens. “Definitivamente, a minha vida não seria a mesma em outra universidade ou outra cidade. A UPF me deu muitas chances e eu fui feliz em aproveitar todas elas, mesmo as que

Junto à Dra. Doris, a médica canadense que descobriu os efeitos cosméticos do botox, Dra. Jean Carruthers

Formada em Medicina pela UPF em 1980, Dra. Doris dedicou sua vida à dermatologia

"

Em qualquer profissão, é fundamental um profundo amor, daqueles que não passa nunca”, Doris Hexsel.

implicaram muito trabalho”, afirma, enfatizando que foi na Universidade de Passo Fundo que realizou suas primeiras pesquisas, outra área na qual atua e que dá visibilidade ao seu trabalho, tornando-o conhecido no mundo inteiro. De Passo Fundo para o mundo A dedicação e a paixão que dedica à dermatologia fazem de Doris uma profissional reconhecida internacionalmente. Esse reconhecimento não é materializado tão somente por troféus e homenagens: Doris Hexsel é a primeira médica brasileira a receber o President's Award da American Society for Dermatologic Surgery, honraria recebida em novembro de 2014. “Anualmente, sou reconhecida como convidada especial de muitos congressos médicos internacionais, palestrando ao lado dos maiores expoentes, como Pierre Fournier (lipoaspiração) e outros, em sessões de destaque”, salienta. O mérito desse reconhecimento internacional na área de atuação é atribuído pela médica ao empenho e à dedicação. “Acredito que uma carreira é o resultado das oportunidades que acontecem na nossa vida e da forma com que as aproveitamos. No caso da Medicina, conta muito a dose de dedicação, de empenho, de amor, respeito e ética com seus pacientes”, finaliza a dermatologista.


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fique por dentro

UPF entre as preferidas dos gaúchos em educação superior

Representação institucional Fortalecendo seu caráter comunitário, UPF representa Passo Fundo e região em ações que visam ao crescimento local e regional O reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, integrou a comitiva que participou de uma audiência, realizada em janeiro, em Brasília, com o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha. Também participaram da reunião o presidente da Frente Parlamentar da Aviação Civil, deputado estadual Diógenes Basegio (PDT); o presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, Marcio Patussi (PDT) e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da Silva. No início de março, o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, cumpriu agenda no Senado Federal, em Brasília. Ele realizou visitas aos gabinetes dos senadores gaúchos Ana Amélia Lemos, Lasier Martins e Paulo Paim. Os encontros foram acompanhados pela coordenadora da Divisão de Assuntos Comunitários da UPF, professora Munira Awad. Na ocasião, o reitor José Carlos entregou convites aos senadores para que participem da próxima Jornada Nacional de Literatura, que acontece de 28 de setembro a 02 de outubro deste ano.

UPF é reconhecida como Instituição Comunitária

A diretoria do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) esteve reunida, em fevereiro, com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco. No encontro, realizado em Porto Alegre, além do reitor da UPF e tesoureiro do Comung José Carlos Carles de Souza; estiveram presentes o presidente do Comung Ney José Lazzari (Univates); o primeiro vice-presidente Martinho Luis Kelm (Unijuí); a segunda vice-presidente Irmã Iraní Rupolo (Unifra); o secretário José Carlos Pereira Bachettini Júnior (UCPel) e o consultor Renato de Oliveira. Durante a reunião, foram discutidos assuntos relacionados aos polos e parques científicos e tecnológicos, considerados fundamentais no incentivo ao desenvolvimento da ciência, promoção da inovação e da tecnologia no estado. O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, recebeu, no Palácio Piratini, comitiva da Universidade de Passo Fundo (UPF). A audiência contou com a presença do reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF) José Carlos Carles de Souza, da coordenadora das Jornadas Literárias Tania Rösing, do chefe da Casa Civil gaúcha Márcio Biolchi, do secretário estadual da Cultura Vitor Hugo, do coordenador de projetos especiais e captação de recursos de Passo Fundo Edson Nunes, no ato representando o Poder Executivo Municipal, e da coordenadora da Divisão de Assuntos Comunitários da UPF, professora Munira Awad.

Lançamentos da UPF Editora Planejamento, orçamento e contabilidade aplicada ao setor público Autores: Nelton Carlos Conte e Sandra Regina Toledo dos Santos

História regional em sala de aula Autora: Ironita P. Machado

Força, campo e potencial elétrico Autores: Luiz Eduardo Schardong Spalding, Mauro Martins da Fonseca e Carlos Ariel Samudio Pérez

Comprometida com a formação acadêmica de profissionais capacitados para a atuação no mercado de trabalho e engajada com o desenvolvimento regional por meio da presença marcante em seis campi em diferentes cidades, a Universidade de Passo Fundo (UPF) tem se destacado constantemente quando o assunto é educação superior. A pesquisa Marcas de Quem Decide, realizada pelo Jornal do Comércio e pela Qualidata, traz as marcas mais lembradas e preferidas pelos gaúchos, a partir de um levantamento que abrange cem categorias de produtos e bens de serviços. A UPF está entre as preferidas do segmento educação, no quesito graduação, ocupando a quinta colocação no ranking e se consolidando como uma das marcas preferidas no estado.

A Universidade de Passo Fundo (UPF) está oficialmente qualificada pelo Governo Federal como Instituição Comunitária de Educação Superior (ICES). O reconhecimento foi oficializado por meio da portaria 220, publicada no Diário Oficial da União de 02 de março. A qualificação, emitida nos termos da Lei das Universidades Comunitárias do Ministério da Educação (MEC), referenda o trabalho desenvolvido pela UPF, uma das mais importantes instituições do norte do Rio Grande do Sul, em prol da comunidade. De acordo com o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, foi preciso percorrer um longo caminho até a definição conceitual e jurídica própria para as comunitárias, envolvendo articulação político-institucional. Isso porque, até 2013, as instituições de ensino superior no Brasil eram divididas tão somente entre públicas ou privadas. Com o reconhecimento da nova modalidade, as universidades qualificadas como ICES poderão, dentre outras prerrogativas, concorrer a editais que eram direcionados somente às instituições públicas e receber recursos de órgãos governamentais.

Paisagens e paisagismo: do apreciar ao fazer e usufruir Autora: Cláudia Petry

Física: fluidos e calor Autores: Álvaro Becker da Rosa, Cleci Teresinha Werner da Rosa e Luiz Marcelo Darroz

Todos com e-book disponível para download gratuito www.upf.br/editora


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Abril / 2015

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