Revista Universo UPF #12 - Dezembro de 2015

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UniversoUPF

espaço do leitor “A comunicação interna e externa promovida pelas instituições de educação superior junto à comunidade acadêmica é um dos indicadores que confirmam a qualidade e a excelência das atividades acadêmicas promovidas pelas universidades. A revista Universo UPF é um excelente exemplo dos diversos canais de informação que a nossa Instituição utiliza para realizar o processo de comunicação com os seus alunos, professores e funcionários. Somos uma universidade muito bem avaliada nesse quesito, pois temos o privilégio de poder ter acesso aos conteúdos apresentados pela Universo UPF, uma revista moderna no que diz respeito ao seu layout, contemporânea no que se refere aos mecanismos de acesso (impresso e on-line) e atual no que concerne ao escopo abordado. Parabéns à equipe responsável pela sua edição!”. Dr. Adriano Pasqualotti Coordenador da Divisão de Avaliação Institucional O espaço do leitor recebe comentários, sugestões e impressões sobre a revista Universo UPF. Para participar, escreva um e-mail para imprensa@upf.br. Nossos telefones de contato são (54) 3316-8142 e 3316-8138. Boa leitura a todos! Equipe de produção da revista Universo UPF

UPF em

NÚMEROS

9 campi instalados em Passo Fundo e região Mais de 100 municípios abrangidos em sua área de atuação 20.011 alunos matriculados na graduação, pós-graduação, extensão, UPF Idiomas e Integrado UPF 16. 225 alunos matriculados na graduação 819 alunos regulares matriculados nos programas stricto sensu 913 alunos matriculados em cursos lato sensu 372 alunos matriculados na UPF Idiomas - FUPF 768 alunos matriculados no CEMI - FUPF 914 matriculados na extensão (Creati) 9023 professores de Ensino Superior (48,67% Me., 29,18% Dr.) 1.257 funcionários 61 cursos de graduação em oferta 45 cursos de especialização em andamento 14 cursos de mestrado institucional 4 cursos de doutorado institucional 10 estágios pós-doutorais 70.260 profissionais formados 10 bibliotecas com 460.421 exemplares de livros disponíveis em 117.917 títulos 23 anfiteatros e auditórios 174 salas para ensino prático-experimental 300 laboratórios 150 clínicas 54 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio acadêmico em 15 países

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nesta

edição Pgs 6 e 7

Revista Universo UPF - nº 12 Dezembro / 2015

nPós-Graduação UPF:

A revista Universo UPF é uma publicação da Universidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita

crescimento, consolidação e resultados

Pg 11

n Projetos da UPF são contemplados no maior edital da área de extensão do MEC

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n A emissora contadora de histórias

Produção de textos: Alessandra Pasinato (MTb/ RS17292), Carla Patrícia Vailatti (MTb/RS14403), Caroline Simor da Silva (MTb/RS15861), Daniele Becker (estagiária), Filippe de Oliveira (MTb/16570), Leonardo Rodrigues Andreoli (MTb/14508), Natália Fávero (MTb/RS14761) e Silvia Brugnera (DRT/13147). Fotografias: Gelsoli Casagrande Edição e supervisão: Silvia Brugnera (DRT/13147) Revisão de textos: Cinara Sabadin Dagneze Projeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofmann Jr. Diagramação: Marcus Vinícius Freitas / Núcleo Experimental de Jornalismo FAC UPF Foto de capa: Gelsoli Casagrande

Pg 20

n Histórias

entrelaçadas

F idadeUP Univers universidadeupf

UPFOficial Universidade de Passo Fundo

Reitor n José Carlos Carles de Souza Vice-reitora de Graduação n Rosani Sgari Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação n Leonardo José Gil Barcellos Vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários n Bernadete Maria Dalmolin Vice-reitor Administrativo n Agenor Dias de Meira Junior Coordenador de Comunicação e Marketing FUPF n Cristiano Mielczarski Silva

A Revista Universo UPF também está disponível na versão digital. Ela pode ser lida no site www.upf.br e também em issuu.com/universidadeupf

Universidade de Passo Fundo - BR 285, Bairro São José - Passo Fundo/RS CEP: 99052-900 Telefone: (54) 3316 8100 www.upf.br


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institucional Reitor da UPF assume a vice-presidência do Comung

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esde 1996, o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), atua no Rio Grande do Sul como maior sistema de Educação Superior. Novidades marcam o segundo semestre para a instituição, com a eleição da direção para a gestão 2015/2016. Foi eleito para presidente o reitor da Unijuí, professor Martinho Luís Kelm. Como vice, assume o reitor da UPF, professor José Carlos Carles de Souza. O Comung é integrado por quinze instituições de ensino superior, representando uma verdadeira rede de educação, ciência e tecnologia, que abrange quase todos os municípios do estado. “São mais de três mil projetos de pesquisa que beneficiam a população gaúcha, levando para as comunidades a aplicação do conhecimento gerado pelas instituições comunitárias”, conta o presidente Martinho Luís Kelm. As universidades atendidas pelo consórcio oferecem mais de 1,4 mil cursos de graduação e de pós-graduação. Mais de 41 mil alunos são beneficiados com bolsas e pelo menos 9 mil professores integram o corpo docente. “O objetivo é viabilizar um progresso interativo que resulte no fortalecimento individual das instituições e no favorecimento da comunidade universitária sul-rio-grandense e da sociedade gaúcha”, afirma Kelm. Entre as conquistas que representam o Comung nas instituições, estão programas e experiências compartilhadas, intercâmbios de professores e alunos, qualificação de funcionários e professores, além de viagens internacionais, seminários, interação em áreas como assessorias jurídicas, recursos humanos e bibliotecas. Além disso, o Comung busca de forma conjunta, por meio de convênios e de políticas públicas, o incentivo da formação acadêmica da população, a promoção de atividades culturais, entre outras. Confira a entrevista com o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, que assumiu a vice-presidência do Comung: Universo UPF - O modelo de universidade comunitária contribui para que o estado do Rio Grande do Sul apresente um dos melhores índices de desenvolvimento humano e ocupe lugar de destaque na educação superior no Brasil. Hoje, qual o universo de alunos, professores e funcionários que integram as comunitárias? O que esse número representa, na área do ensino superior, para o estado e para o país? José Carlos Carles de Souza - As Instituições de ensino superior que integram o Comung têm aproximadamente 200 mil alunos em seus quase 1.500 cursos de graduação e pós-graduação. Atuam nas nossas instituições comunitárias de ensino (ICES) mais de 8.500 professores titulados (mestres/doutores e pós-doutores), além

de mais de 10 mil funcionários. Esses números nos permitem dimensionar a importância desse segmento educacional para o estado do Rio Grande do Sul, bem como para o Brasil. Em várias regiões do estado, as instituições comunitárias foram pioneiras no oferecimento do ensino superior. Ao longo dos últimos sessenta anos, essas ICES contribuíram para o desenvolvimento local e regional da sua área de inserção. Portanto, as atividades desenvolvidas pelas IES comunitárias foram fundamentais no desenvolvimento das comunidades. Universo UPF - No decorrer do curso, as IES comunitárias trabalham para que os alunos conheçam a realidade das comunidades onde vivem, aliando a teoria com a prática, por meio dos projetos de pesquisa, extensão e inovação. Nessa perspectiva, podemos dizer que o grande diferencial no ensino das comunitárias está no fato de que voltam os olhos para o local, buscando o progresso das comunidades? JCCS - Um dos pontos característicos das instituições de ensino superior integrantes do Comung é o permanente compromisso com os assuntos de interesse de suas comunidades. É importante repisar que todas essas IES têm como marca da sua origem o movimento comunitário e a constante interação nas questões de cunho educacional, social e econômico. Nesse sentido, são inúmeras as ações das IES que proporcionam o envolvimento comunitário nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e inovação, auxiliando e alinhando com a comunidade a melhor forma de projetar as iniciativas de seu interesse. O comportamento altivo e comprometido de professores e de alunos nesse período produziu na sociedade resultados grandiosos. A partir dessas ações que harmonizam a teoria e a prática de suas respectivas

formações, os acadêmicos passam a interagir com a comunidade, apontando soluções para as mais diversas questões que se apresentam. Visando acompanhar a evolução e as exigências das comunidades, no seu desiderato de alcançar níveis cada vez mais evoluídos de desenvolvimento econômico, as IES instalaram parques científicos e tecnológicos para, por meio desse instrumento, oferecer a inteligência científica no desenvolvimento de produtos e de inovação, articulada com projetos de interesse público e privado. Universo UPF - Em sua opinião, quais os desafios das IES Comunitárias do RS? JCCS - As IES comunitárias enfrentam vários desafios. Destaco, neste momento, apenas dois deles. O primeiro está relacionado diretamente às atividades do próprio segmento, enaltecendo a sua relevância na formação do cidadão e no desenvolvimento local e regional das comunidades. O modelo comunitário de prestação de serviços educacionais precisa ser fortalecido, por meio do reconhecimento de suas ações pela sociedade, principalmente após a legitimação do segmento no regulamento conhecido como Lei das Comunitárias. O outro grande desafio é a participação de forma mais efetiva na elaboração e na implementação das políticas públicas na área educacional do estado, em todos os seus níveis. As ICES podem contribuir decisivamente na reversão do quadro de dificuldades que o nosso estado atravessa, principalmente porque elas constituem a base de sustentação de qualquer proposta ou plano de desenvolvimento econômico e social que o governo estadual pretenda apresentar. Assim, qualquer que seja a decisão a ser implementada, ela não poderá prescindir da participação do cidadão cuja formação é oferecida com qualidade e, em larga escala, pelas IES comunitárias.


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Palavra do

Reitor

Os desafios da educação em direitos humanos no ensino superior

José Carlos Carles de Souza*

Me. Marcio Tascheto da Silva*

Em resposta à crise, trabalho focado na superação e comprometimento colegiado

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ivemos, durante este ano de 2015, um momento atípico na Universidade de Passo Fundo. Um período que inquieta alguns e desacomoda a todos nós. Não há dúvida de que o momento exige muito mais do que uma reflexão profunda sobre a situação econômica conjuntural e seus desdobramentos nas atividades do dia a dia da Instituição. Alguns entendem que se trata, apenas, da repercussão das dificuldades econômicas que o país atravessa, potencializada pela ausência de recursos financeiros do estado do Rio Grande do Sul. Outros afirmam que o problema é mais particularizado e que a solução está ao nosso alcance, por meio de ações internas e pontuais. Pertinente ponderar, os dois grupos estão certos. De fato, há uma crise econômica grave que altera profundamente os índices inflacionários e desorienta os meios produtivos, acarretando sérias consequências à prestação de serviços, principalmente, na área educacional. Nessa complexa situação, refletem os números econômicos originados pela nossa atividade, cujo resultado situa-se abaixo do programado, ecoando, em boa medida, como produto do cenário externo. A questão está posta e é real. Não basta a lamentação. A situação do momento nos desafia à execução de ações firmes, conjuntas e integradas, alinhadas aos grandes propósitos da nossa universidade. Nesse sentido, contando com o comprometimento e com a elevada formação dos nossos professores, aliados à infraestrutura disponibilizada pela UPF, é possível criar caminhos seguros e duradouros para a superação das dificuldades temporárias. Soma-se a esse esforço coletivo a participação dos funcionários, que oferecem diuturnamente as suas habilidades, compondo o espaço adequado para a reação. É exatamente isto que devemos fazer: diagnosticar a dificuldade e reagir, avançar naqueles pontos que nos proporcionam melhores resultados, tanto acadêmicos quanto econômicos. Concentrar as nossas melhores energias no propósito institucional, na busca pela excelência acadêmica, nas ações previstas na responsabilidade social, no desenvolvimento, no empreendedorismo e na inovação de nossos cursos, certos de que, unidos, vamos superar as dificuldades. É hora de empreender, a partir do capital humano, da infraestrutura física e dos parcos recursos financeiros disponíveis. Oportuno mencionar que, apesar das dificuldades econômicas, a UPF continuou prestando – com a mesma motivação – os seus relevantes serviços de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica à sociedade, mercê do comprometimento de seus professores, funcionários e alunos. Assim, ao tempo em que agradecemos a cada um pela dedicação e pelo envolvimento nas nossas atividades, os exortamos a perseverarem no cumprimento da missão da UPF, para superarmos os obstáculos que se apresentam. Renovamos as nossas esperanças por dias melhores e estamos fazendo os ajustes necessários na área acadêmica e na administrativa, bem como estamos trabalhando arduamente para tornar isso concreto, mormente pelo fato de que a nossa Universidade continua com bom número de alunos, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Em que pesem as restrições econômicas, mais especificamente aquela provocada pelo Ministério da Educação e o FNDE, a UPF continua credora de milhares de contratos FIES, cujo montante, no mês de novembro de 2015, ultrapassava a cifra de R$ 30 milhões. Portanto, a conjuntura econômica e política do país continua causando prejuízos à sociedade e atrapalhando a reação da sociedade civil organizada, posto que ela impacta diretamente a vida das pessoas e das instituições. O quadro determina mais cuidado na condução das atividades e exige maior responsabilidade dos gestores, em todos os escalões, principalmente no trato com os nossos alunos. O momento exige cautela nos investimentos e firmeza nas ações cotidianas, até a superação do quadro recessivo. Estamos preparados para enfrentar o desafio do próximo ano e desejamos que 2016 seja de muito sucesso, a todos nós! (*) Reitor da UPF

A disseminação de uma estética da morte que se traduz em todas as formas de violações de direito no dia a dia da sociedade brasileira tendo como alvo privilegiado as camadas sociais menos favorecidas e as chamadas minorias, somada à necessidade da construção de uma política pública de educação em direitos humanos no Brasil, levou a Universidade de Passo Fundo a qualificar e a potencializar ainda mais o seu compromisso com a promoção de direitos. Nascida do chamamento da ONU e principalmente do acúmulo de práticas presentes nas organizações e nos movimentos populares, na década de 1970 – bem como da rica tradição da educação popular –, a educação em direitos humanos tornou-se uma das ferramentas mais potentes para o enfrentamento das grandes questões sociais brasileiras. Do racismo à violência contra as mulheres e da homofobia à violação de direitos básicos como saúde, educação e habitação, a educação em direitos humanos no ensino superior tem se configurado como uma importante estratégia de redesenho institucional na mesma medida em que promove direitos que são fundamentais ao homem/cidadão. Mais do que práticas isoladas e restritas a setores específicos das IES, ela deve subsidiar o núcleo estruturante das instituições, fundamentando iniciativas institucionais, organizacionais, normativas e práticas. Ao lado da trajetória de promoção de direitos, produção de conhecimento e educação em direitos humanos na Universidade de Passo Fundo – com especial destaque para a importância histórica da atuação da Faculdade de Educação (Faed)– na área –, outra importante iniciativa vem ganhando espaço por intermédio da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC) e da Vice-Reitoria de Graduação, qual seja a participação em uma rede de instituições que se articulam em torno do debate dessa temática no ensino superior. Composta por cerca de 15 IES do sul do Brasil, a rede se configura como um espaço de formação com enfoque no universo acadêmico que traduz no ensino, na pesquisa, na extensão e na inovação tecnológica formas consistentes de reinvenção institucional. Com esse intuito, vem promovendo debates, colóquios, conferências, seminários, cursos, projetos e ações diversas que reforçam os direitos humanos como subsídio estruturante, mantendo reuniões regulares e abertas à participação da comunidade em geral. Entendida como um campo de conhecimento, a educação em direitos humanos coaduna-se com o projeto pedagógico institucional e com a política de responsabilidade social da Instituição, avançando na implicação territorial que a Universidade tem com a comunidade e com a superação de todas formas de violência. Trata-se de um passo importante de qualificação do debate sobre tão importante temática no Brasil e na nossa universidade, buscando enrodilhar a excelência acadêmica e a indissociabilidade do conhecimento com a vocação comunitária, pois a construção de um desenvolvimento regional efetivo só é possível em uma sociedade que viva uma cidadania de alta intensidade, ou seja, com os direitos humanos presentes no cotidiano, mobilizando democrática e produtivamente o território. (*) Coordenador da Divisão de Extensão


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Foto: Gelsoli Casagrande

internacionalização Oportunidade para superar

fronteiras pessoais O intercâmbio acadêmico amplia horizontes e pode ser determinante em uma trajetória profissional. Fazer contatos e conhecer diferentes instituições e professores é a dica de quem aproveitou a experiência para alinhavar a realização de um mestrado na Europa

A

s fronteiras ultrapassadas passo. “Ainda não decidi se vou contiquando se participa de um nuar estudando no Brasil, Portugal ou intercâmbio acadêmico vão outro país”, analisa o estudante, que muito além dos limites ge- agora visualiza um número muito maior ográficos. Idioma, cultura e forma de de opções pensar estão entre as adaptações que Para quem se programa para realizar os estudantes experimentam quando intercâmbio, o agora mestrando recovivenciam uma temporada de estudos menda manter uma rede de contatos no em outros países. Mas isso é apenas exterior, conhecer diferentes universiparte de uma transformação, por meio dades e professores. da qual horizontes são ampliados e Nova forma de aprender e ensinar possibilidades que nem se conhecia Em setembro deste ano, o Ranking tornam-se acessíveis. Assim foi para o estudante Augusto Universitário da Folha (RUF 2015) Baschera, egresso do curso de Música destacou a UPF entre as melhores da UPF e mestrando da Universidade instituições privadas do Rio Grande de Lisboa, em Portugal. No primeiro do Sul. A internacionalização foi um semestre de 2012, Baschera participou dos pontos fortes da Universidade do Programa de evidenciados pelo Intercâmbio AcaRanking: a UPF Saiba mais dêmico da UPF conquistou a sexA Assessoria para Assuntos Internaciota colocação no (Piac), por meio quesito entre as do qual estudou nais e Interinstitucionais (AAII) é o setor instituições prina Universidade da UPF responsável pela divulgação da vadas do estado. do Minho, em Por- Instituição internacionalmente e pela tugal. Nesse perí- expansão e consolidação das suas relações De acordo com internacionais. No site www.upf.br/aaii, odo, esteve atento você acompanha as ações desenvolvidas e a vice-reitora de às oportunidades e oportunidades de intercâmbio. Graduação Rosani Sgari, o interfez planos de retornar para aprofuncâmbio é uma das dar os estudos, uma vez que Portugal, estratégias de internacionalização e assim como outros países da Europa, vem sendo estimulado pela UPF, que propicia diversidade cultural aliada a constantemente amplia as oportuniinstituições tradicionais de ensino. Foto: Arquivo Pessoal O intercâmbio o ajudou a ampliar as possibilidades pessoais e profissionais. “A universidade oferece muitas oportunidades, mas o interesse de aproveitá-las deve partir do aluno”, destaca, ao mencionar que encarou a distância e a solidão como combustíveis para desenvolver a autonomia. Nesse contexto, um mestrado no exterior, antes algo imaginado como muito distante, tornou-se possível. Baschera está cursando mestrado em Música – performance – guitarra clássica (violão clássico), na Escola Superior de Música de Lisboa. Após essa etapa, um doutorado deve ser o próximo

UPF recebe dezenas de estudantes estrangeiros todos os anos. Em 2015 foram 30 acadêmicos

Participação de Augusto Baschera em intercâmbio acadêmico abriu portas para a realização de mestrado no exterior

dades, tanto para quem quer ter uma experiência no exterior quanto para os estrangeiros que buscam a UPF para cursar parte de sua formação. “Essa postura demonstra nossa sintonia com as novas formas de aprender e ensinar”, avalia. A assessora internacional Gisele Benck de Moraes lembra que novas competências e conhecimentos são desenvolvidos nos participantes. “Os acadêmicos enriquecem profissional e pessoalmente, pois o contato com línguas estrangeiras, novas metodologias de trabalho e novas culturas agregam valores imensuráveis à formação, algo fundamental para se destacar no mercado de trabalho, que se apresenta cada vez mais exigente e competitivo”, analisa. Números expressivos Neste ano, por meio dos programas Ciência sem Fronteiras, Programa de Intercâmbio Acadêmico Institucional (Piac) e Marca, 41 estudantes da UPF embarcaram para 14 países, da América do Norte, do Sul, Europa e Oceania. A Universidade também recebeu estudantes de outros países em 2015: são trinta estrangeiros oriundos de diversas instituições sediadas em sete países, da América do Norte, do Sul, Europa e África, que participaram dos programas Piac, Marca e Programa de Estudantes – Convênio Graduação (Pec-G).


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ciência e inovação

PÓS-GRADUAÇÃO UPF: crescimento, consolidação e resultados

Foto: Gelsoli Casagrande

Instituição oferece cursos voltados para pesquisa acadêmica

Programas de mestrado e doutorado e as especializações da Universidade são referência, ampliando horizontes para o país e o exterior

O

primeiro curso de especialização da Universidade de Passo Fundo foi oferecido em 1975. De lá para cá, as áreas foram ampliadas, os currículos adaptados para atender às demandas do mercado e a qualificação se tornou a característica principal. A Instituição também passou a oferecer mestrados, doutorados e estágios pós-doutorais, consolidando o trabalho no estado e também no país. Com 45 cursos de especialização lato sensu em andamen-

to, 14 mestrados, quatro doutorados e dez estágios pós-doutorais, a Universidade é referência na pós-graduação e recebe cada vez mais alunos do estado, do país e do exterior. Em 2012, pesquisa feita com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), evidenciou que a procura por cursos de mestrado e doutorado começava a sair do eixo localizado entre Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, ganhando espaço em outras regiões. Nos programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade, é possível verificar essa realidade. No Programa de Pós-Graduação em Ciência

e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), por exemplo, quase 30% dos alunos são oriundos de outros estados, como Santa Catarina, Paraná, Sergipe e Maranhão. Outros programas também recebem alunos que percorrem quilômetros para buscar conhecimento e qualidade de ensino, como o mestrado e o doutorado em História (PPGH), que têm em seu corpo discente estudantes de Belém, Juazeiro do Norte e São Luiz do Maranhão. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos, o reconhecimento acontece pela dedicação e pela preocupação da Instituição em oferecer cursos de qualidade, voltados para a pesquisa acadêmica e para a realidade do mer-


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Fotos: Gelsoli Casagrande

“Temos o desafio de oferecer cursos de qualidade, que permitam ao aluno o acesso a bons conteúdos, a estrutura adequada e a oportunidades de crescimento. Nosso objetivo é formar profissionais, na pesquisa ou no mercado, diferenciados e capazes de contribuir com a sociedade” Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo Barcellos

cado de trabalho. “Temos o desafio de oferecer cursos de qualidade, que permitam ao aluno o acesso a bons conteúdos, a estrutura adequada e a oportunidades de crescimento. Nosso objetivo é formar profissionais, na pesquisa ou no mercado, diferenciados e capazes de contribuir com a sociedade”, pontua. Vários sotaques na UPF Além de receber alunos de outros estados, principalmente de Santa Catarina e do Paraná, alguns programas também contam com a presença de estrangeiros. É o caso do Programa de Pós-Graduação em Engenharia (PPGEng), que, nos últimos quatro anos, teve alunos da Bolívia, Colômbia e Portugal. Tecnóloga em alimentos formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Nathanyelle Soraya Martins Aquinho viu no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) da UPF uma oportunidade para complementar sua formação. “Ainda não temos cursos de mestrado na área, por isso procurei em outros estados. Vi que o edital estava aberto e me inscrevi. Pesquisei sobre a Universidade de Passo Fundo e vi que tem

boa reputação. Consegui uma bolsa da Capes e isso ajudou. Além disso, recebi bastante estímulo de minha orientadora, que, desde o processo de seleção, se mostrou muito prestativa e me incentivou a vir”, conta. Especializações para atender à demanda A coordenadora da pós-graduação lato sensu da Instituição, professora Me. Dirce Teresinha Tatsch, destaca que a Universidade sempre teve a preocupação de atender às demandas da sociedade. De acordo com ela, os cursos têm hoje uma característica identificada em três perspectivas. A primeira é composta por propostas focadas no mercado de trabalho dos pós-graduandos, ou seja, por propostas que fomentam a possibilidade de o profissional realizar especializações e MBAs, qualificando suas atividades, trazendo suas indagações para a academia e retornando para o mercado capacitado a fazer a diferença. Outra perspectiva relaciona-se aos cursos de lato sensu lincados com os programas de stricto sensu, fortalecendo a possibilidade da educação continuada ao aluno de graduação. E a terceira modalidade é aquela pela qual são oferecidos cursos sob deman-

da, in company, ou que atendam a editais públicos. Nesses casos, a Universidade é procurada por instituições sociais, governamentais ou privadas, como os casos das residências multiprofissionais e profissionais em saúde, e oferece cursos em parceria com os Ministérios da Educação e da Saúde, da Prefeitura Municipal de Passo Fundo e com os hospitais locais.

Sensibilidade para seguir em frente Dirce acredita que, com o crescimento das ofertas de cursos de especialização, o futuro em si já é um grande desafio. Mas, para a Universidade, que conta com uma estrutura completa e com importantes diferenciais de mercado, é possível seguir em frente, ampliando ações e ofertas. “Somos sensíveis às mudanças de realidade, mas comprometidos com a oferta da melhor qualificação aos nossos estudantes lato sensu. O fato de sermos a maior instituição universitária da região Norte do estado já nos coloca numa condição diferenciada. Além disso, somos sabedores de que temos a perspectiva de seguir sempre de forma crescente com nossas pesquisas, descobertas e avanços, que estão fazendo a diferença na vida das pessoas em seus cotidianos”, pontua.

Assim como o stricto sensu, as especializações ampliaram horizontes nos últimos anos, passando a ser referência na formação não somente no estado. Para a professora Dirce, a amplitude do alcance demostra que o crescimento e o comprometimento da Instituição com a pesquisa científica e com as mudanças na vida das pessoas não se restringe somente à comunidade local. “Vivemos no contemporâneo o desafio de estar conectado com os acontecimentos na modalidade on-line, instantânea.Com a qualidade que temos de nossos professores/pesquisadores, a infraestrutura disponível em tecnologias, os espaços físicos e de network, não poderíamos nos limitar a uma região geográfica específica. Hoje, somos todos mundiais”, ressalta a coordenadora.

Programas recebem alunos de diversos estados do país


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especial

UPF ENTRE AS

MELHORES UNIVERSIDADES

DO PAÍS

Universidade consolida seu protagonismo na área das Ciências Biológicas e da Terra, sendo a melhor Instituição do país, de acordo com o Guia do Estudante da Editora Abril

A

busca pela qualificação contínua no ensino, os avanços na pesquisa e na inovação e as ações constantes na área da extensão são características marcantes da Universidade de Passo Fundo. Os resultados são identificados pela formação de bons profissionais e no reconhecimento pelos órgãos que avaliam a educação no país. Recentemente, a UPF foi apontada, pelo oitavo ano consecutivo, como a

melhor universidade do país nas áreas de Ciências Biológicas e da Terra pelo Guia do Estudante da Editora Abril. Nessa avaliação, também teve 50 cursos de graduação estrelados. Também, pelo Ranking Universitário da Folha (RUF), a UPF foi considerada a sexta melhor instituição de ensino superior entre as privadas no Rio Grande do Sul e 12 de seus cursos integram o rol dos cinco melhores no estado em suas categorias.


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“Além dos investimentos em infraestrutura, a Universidade tem se empenhado em oferecer ferramentas de formação continuada. Entendemos que esse apoio à aprendizagem tem apresentado bons resultados, o que nos motiva a continuar nesse caminho” Vice-reitora de Graduação, Rosani Sgari

Para a vice-reitora de Graduação, Rosani Sgari, os investimentos da Universidade na capacitação e na formação docente, em infraestrutura, em atualização do acervo bibliográfico, assim como na ampliação de parcerias com outras instituições, têm produzido reflexos na formação dos discentes e no reconhecimento da UPF em nível nacional e internacional. “Trabalhamos para que a nossa Instituição seja, cada vez mais, uma referência, e, para isso, não medimos esforços. Os índices crescentes refletem esse compromisso e evidenciam a dedicação de todos os envolvidos nos processos que permeiam a Universidade, o que nos motiva para que sejamos sempre inovadores e transformadores”, destaca. A política de formação de professores, a renovação de práticas pe-

dagógicas e a constante atualização dos gestores também são fatores que contribuíram para as conquistas, conforme pontua Rosani. Para ela, a Universidade tem um compromisso com a formação de profissionais qualificados e que contribuam com o desenvolvimento da sociedade. “Além dos investimentos em infraestrutura, a Universidade tem se empenhado em oferecer ferramentas de formação continuada. Entendemos que esse apoio à aprendizagem tem apresentado bons resultados, o que nos motiva a continuar nesse caminho”, frisa. Na opinião do reitor, José Carlos Carles de Souza, avaliações como essa reconhecem o comprometimento, a dedicação e o esforço da Instituição em buscar novas possibilidades, novas metodologias e novos meios de

oferecer uma educação de qualidade. “Enquanto gestores, procuramos oferecer ferramentas que subsidiem o trabalho da comunidade acadêmica, garantindo condições para o desenvolvimento de metodologias inovadoras que vão ao encontro das necessidades dos acadêmicos. Com políticas de incentivo à pesquisa, à extensão e à inovação tecnológica, ampliamos o acesso ao conhecimento e temos como retorno a formação de excelentes profissionais”, pontua. A melhor em Ciências Agrárias e da Terra O Guia do Estudante também concedeu à Universidade de Passo Fundo, pelo oitavo ano consecutivo, o Prêmio Melhores Universidades. Na categoria “As melhores por área de conheciFotos: Gelsoli Casagrande

Para a diretora do Instituto de Ciências Biológicas, Dra. Jurema Schons, o prêmio é o reconhecimento do trabalho realizado por todos os professores, funcionários e gestores, em todos os níveis.


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mento”, a Instituição, por meio da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), foi considerada a melhor do país em Ciências Biológicas e da Terra, entre as instituições privadas. A premiação tem como objetivo identificar, valorizar e recompensar as melhores instituições de ensino superior brasileiras que venham a obter estrelas na avaliação efetuada pelo Guia do Estudante. A excelência na estrutura e no corpo docente, formado em sua maioria por mestres e doutores, foi um dos aspectos que garantiu a primeira colocação entre as privadas. Para o diretor da FAMV, Dr. Hélio Rocha, vários fatores contribuem para que a Universidade seja novamente contemplada. “O curso de Agronomia tem tido destaque, sendo referência entre as escolas não públicas do estado. Essa condição, somada à estrutura, à qualidade da pesquisa e à localização geográfica, compõe os fatores que nos impulsionam para, mais uma vez, figurar entre os melhores do país”, destaca. Na opinião da diretora do ICB, Dra. Jurema Schons, o prêmio é o reconhecimento do trabalho realizado por todos os professores, funcionários e gestores, em todos os níveis. Para ela, quando cada um, em sua função, oferece o melhor, os resultados aparecem. “A infraestrutura que está disponível para o curso de Ciências Biológicas é excelente, pois, além dos laboratórios e dos setores de apoio, contamos com a própria natureza, a qual se constitui no melhor laboratório de aprendizagem. A coordenação do curso e o quadro de professores são qualificados e comprometidos, o que faz com que o curso venha se destacando ao longo dos anos. Pelo trabalho realizado, entendemos merecer o

prêmio, que se soma às conquistas da Unidade durante os seus 45 anos de trajetória”, frisa. Ranking da Folha O RUF colocou 12 cursos da UPF no rol dos cinco melhores do estado em suas categorias. Ao todo, 33 cursos da instituição foram avaliados. A Universidade também conquistou importantes espaços, ficando em quarto lugar no ranking de inovação, sexto em qualidade de pesquisa e sexto no quesito internacionalização, todos entre as privadas do estado. Desde 2012, o RUF faz o levantamento e a avaliação do ensino superior do Brasil e a UPF tem figurado entre as melhores instituições avaliadas, institucionalmente e por seus cursos. Em 2015, além da primeira colocação do curso de Medicina Veterinária, os cursos de Medicina, Fisioterapia e Geografia ficaram em segundo lugar; os de Enfermagem, Farmácia e Engenharia Civil, em terceiro; os de Engenharia Elétrica, Nutrição e Psicologia conquistaram o quarto lugar e os de Odontologia e Agronomia figuraram na quinta posição.

Cursos estrelados Todos os anos, a Editora Abril publica o Guia do Estudante, destacando um seleto grupo de instituições de ensino superior que têm os trabalhos e esforços voltados para a qualidade da educação. Em 2015, a UPF foi um dos destaques, com 50 cursos estrelados, dentre os quais Agronomia, Pedagogia e Psicologia, que conquistaram o conceito máximo, cinco estrelas. Outras graduações dos campi Passo Fundo, Carazinho, Casca, Lagoa Vermelha, Palmeira das Missões, Sarandi e Soledade receberam quatro e três estrelas. Para chegar aos cursos estrelados, a pesquisa verifica a atualização dos dados das instituições; a definição dos cursos que serão avaliados; o preenchimento do formulário com informações específicas de cada curso e a pesquisa de opinião com os pareceristas (especialistas que dão as notas aos cursos, os quais recebem notas de, no mínimo, seis pareceristas cada). O questionário enviado aos educadores é composto por 13 questões, com temas relativos a corpo docente, produção científica, infraestrutura, relação com o mercado de trabalho e inserção internacional.

O diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Dr. Hélio Rocha, afirma que à estrutura, à qualidade da pesquisa e à localização geográfica, compõe os fatores que impulsionam para, mais uma vez, figurar entre as melhores do país.

“Enquanto gestores, procuramos oferecer ferramentas que subsidiem o trabalho da comunidade acadêmica, garantindo condições para o desenvolvimento de metodologias inovadoras que vão ao encontro das necessidades dos acadêmicos. Com políticas de incentivo à pesquisa, à extensão e à inovação tecnológica, ampliamos o acesso ao conhecimento e temos como retorno a formação de excelentes profissionais” Reitor, José Carlos Carles de Souza


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comunidade

Projetos da UPF são contemplados

no maior edital da área de extensão do MEC Foto: Gelsoli Casagrande

Universidade teve 18 propostas classificadas e sete delas receberão recursos do ProExt

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Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC), conquistou recursos e teve aprovação em projetos no edital do Programa de Extensão Universitária (ProExt/2016), que é o maior edital na área de Extensão do Ministério de Educação. Ao todo, foram classificadas 18 propostas (13 projetos e cinco programas), das quais, em 11, obteve nota superior a 90, e sete delas receberão recursos no ano de 2016. Conforme a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitário, Bernadete Maria Dalmolin, a conquista foi possível devido ao caráter comunitário da UPF e representa a consolidação de todo um trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos na extensão universitária dos diferentes cursos. “Essa consolidação diz respeito a uma busca coletiva pela qualidade do projeto acadêmico, num movimento integrador e indissociável, o que envolve pensar de que modo a extensão pode contribuir para o aprofunda-

UPF é a universidade comunitária do Brasil com mais projetos contemplados no ProExt

Confira o resultado dos projetos/programas da UPF contemplados

mento do ensino e da pesquisa e em que medida também pode se deixar por elas ser alimentada. Nesses últimos anos, investimos numa concepção de extensão que evidencie, que proporcione a reflexão e que oportunize a vivência aos problemas reais que os profissionais têm de enfrentar, usando abordagens múltiplas e interdisciplinares, pautadas nas transformações sociais”, destaca. O ProExt tem o objetivo de apoiar as instituições públicas e comunitárias de ensino superior no desenvolvimento de programas ou projetos de extensão que contribuam para a implementação de políticas públicas.

Com recursos financeiros - Projeto Mundo da Leitura, modos de ler - O contexto das escolas municipais. Nota/colocação: 98,5/15º. Linha temática 2: Cultura e arte. - Projeto educação em direitos humanos nas relações de consumo. Nota/colocação: 100/1º. Linha temática 10: Direitos humanos. - Projeto Projur Mulher: acompanhamento jurídico processual, empoderamento e emancipação para a igualdade de gênero. Nota/colocação: 100/7º. Linha temática 12: Mulheres e relações de gênero. - Projeto Audioteca: acervo de áudio para cegos. Nota/colocação: 98/3º. Linha temática 14: Comunicação.

Criado em 2003, o Programa abrange a extensão universitária com ênfase na inclusão social. Um dos principais requisitos para participar do edital era apresentar programas ou projetos já institucionalizados voltados para as atuais políticas públicas, em especial as políticas sociais, e envolver os estudantes de graduação regularmente matriculados na Instituição. O edital contemplou vinte linhas temáticas e cada instituição poderia apresentar dois projetos e dois programas em cada uma das linhas. Este foi o segundo ano em que a Universidade de Passo Fundo concorreu nesse edital.

Classificados sem recursos - Projeto UPF e movimentos sociais: desafio das relações étnico-raciais. Nota/colocação: 100/2º. Linha temática 16: Justiça e direito do indivíduo privado de liberdade. - Projeto Transformando espaços, transformando vidas. Nota/colocação: 100/1º. Linha temática 17: Ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social. - Projeto Produção de biocombustível com resíduos de óleo usado na região de abrangência da UPF. Nota/colocação: 99,5/3º. Linha temática 17: Ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social.

- Programa Integração da Universidade com a educação básica. - Programa Cultura e patrimônio. - Programa ComSaúde. - Programa Mutirão pela inclusão digital. - Programa Comunidades sustentáveis. - Projeto Ponto de cinema. - Projeto O autocuidado às pessoas com lesão medular. - Projeto Extensão universitária e trabalho decente: assessoria em economia solidária no município de Passo Fundo/RS. - Projeto Apoio ao uso público em unidades de conservação e áreas de preservação. - Projeto Charão e suas ações para a conservação da natureza. - Projeto Observatório da juventude, educação e sociedade (Cátedra Unesco - UPF).


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Fotos: Gelsoli Casagrande

universidade

O esporte como promoção de

cultura e cidadania

Atletas apoiados pela UPF conquistam reconhecimento da comunidade por meio de vitórias e títulos Atletas e treinadores são destaque em muitas competições

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prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios às pessoas. Além de fazer bem à saúde e melhorar a qualidade de vida, as modalidades esportivas ajudam a transmitir valores, como respeito, e passam noções de regras e limites. Neste sentido, de contribuir com a cidadania por meio do esporte, a Universidade de Passo Fundo (UPF) apoia diversos atletas locais e regionais. O apoio abrange diferentes esportes, tais como atletismo, basquetebol, caratê, ciclismo, futebol, triathlon e voleibol. Por meio do incentivo, os atletas Ricardo e Luana Machado, Manuela Spessatto, Gustavo Henz e Maicon Mancuso, as equipes BSBios/UPF e Amigos do Basquetebol de Passo Fundo (ABPF), e os times de futebol Esporte Clube Passo Fundo, Sport Clube Gaúcho e Esporte Clube Vila Nova têm uma melhor preparação para as competições e, consequentemente, para buscar vitórias. De acordo com a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, a prática esportiva é um elemento cultural relevante e abrangente na formação humana, capaz de oferecer múltiplas possibilidades para o desenvolvimento de crianças e jovens, quer pela sociabilidade, quer pela aqui-

sição de habilidades físicas e emocionais, pela construção de conhecimentos e de valores éticos, pelo exercício com as coletividades ou pela promoção da saúde e lazer. “O papel da UPF é oferecer oportunidades culturais mais amplas como as relacionadas ao esporte, contribuindo para uma melhor formação integral, tanto no âmbito acadêmico quanto no âmbito comunitário, o que nos leva a incentivar várias modalidades e diferentes públicos”, considera. Ciclistas vencedores Tendo conquistado títulos como o bicampeonato pan-americano e o hexacampeonato brasileiro, além de competir em campeonatos internacionais, o ciclista Ricardo Machado recebe o apoio da UPF há 16 anos. Sua história com a Instituição começou quando era acadêmico do curso de Educação Física no Campus Lagoa Vermelha, período no qual o então reitor Ilmo Santos lhe concedeu uma bolsa de estudos e apoio para custear as despesas das competições. O tempo passou e, junto com a intensa preparação e as conquistas, veio o sentimento de realização. “O que de melhor aconteceu em minha vida foi ter me tornado atleta da UPF. Aprendi muito com os mestres e seus ensinamentos e tive a

oportunidade de conhecer países e pessoas incríveis”, relata A Universidade de Passo Fundo também apoia a filha de Ricardo, a ciclista Luana Machado, que é pentacampeã brasileira; campeã do Ride Velo Mag, no Canadá; campeã no 30k, na Bolívia; e campeã no MTB 12 horas. Com tantos títulos acumulados entre pai e filha, o ciclista acredita que hoje em dia a modalidade esportiva que pratica é mais reconhecida pela comunidade. “Muitas pessoas começaram a admirar o esporte e a pedalar. Quando se fala em ciclismo na região de abrangência da UPF, somos sempre lembrados”, comemora. BSBios/UPF: projeto referência Apoiada pela UPF desde 2013, por meio de um convênio firmado entre a Associação Esportiva Recreativa Voleibol Passo Fundo (AER), a Universidade e a empresa BSBios, a equipe de voleibol feminino BSBios/UPF tem se destacado nos campeonatos que participa. Tetracampeão municipal, vice-campeão dos Jogos Intermunicipais do RS 2014 e campeão da Copa RS 2015, o time comandado pelo técnico Gilberto Bellaver é composto por 15 atletas, em sua maioria, acadêmicas dos cursos da Instituição. Para Bellaver, o apoio, que objetiva


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Gustavo Henz: o mais novo dos atletas a receber apoio O triatleta Gustavo Henz é o atleta cujo apoio dado pela Universidade é mais recente. Natural de Passo Fundo, a carreira no triathlon começou em 2012, quando mudou-se de Santa Catarina para o Rio de Janeiro em busca de novos objetivos. A volta para o RS e para a sua cidade natal possibilitou que a parceria com a UPF acontecesse, em junho deste ano. Henz participou do Triathlon Longa Distância, realizado em Osório, no mês de outubro, esteve entre os cinco melhores competidores do estado, e do Itaipu Ironman 70.3 Brasil Paraguay, que aconteceu em agosto, reunindo cerca de dois mil competidores em um percurso na Usina de Itaipu, e se sente honrado em poder levar o nome da Instituição nas provas que compete. “Além de levar o nome da UPF comigo em cada pódio, levo também um pedacinho da minha cidade e de minha família. Estar em diferentes lugares do país e do mundo e representar a UPF me encoraja demais”, comenta. Único atleta do triathlon a fazer parte da elite do esporte no norte do estado, juntamente com outros quatro atletas de Porto Alegre, Gustavo Henz desenvolve um projeto que visa incentivar crianças de escolas públicas e municipais a praticarem qualquer esporte, sem nenhum custo. “O apoio demonstra não só o meu papel como atleta, mas como agente incentivador do esporte na comunidade”, conta.

incentivar a prática do vôlei, aliando a vida acadêmica e a vida esportiva das jogadoras, ajuda no desenvolvimento e na evolução da equipe. “Hoje, a BSBios/UPF é um projeto referência no estado. Se todas as universidades tivessem a inciativa da UPF, trabalhando paralelamente a academia e o voleibol, o fomento ao esporte seria maior”, pondera.

do Campeonato Sul-Americano de Karate-Do, ocorrido em setembro, em São Paulo. Aluna da Especialização em Treinamento e Reabilitação Esportiva, a carateca acredita que, a nível acadêmico, o apoio é muito importante, devido, principalmente, ao fato de a vida de atleta ter a característica de ter tempo determinado.

Carateca campeã mundial Manuela Spessatto é a carateca da UPF. Foi no ano de 2011, por ocasião do Campeonato Mundial de Karatê, realizado na Tailândia, que a atleta começou a receber o apoio da Instituição. Muitos foram os títulos conquistados até o momento, com destaque para o campeonato mundial deste ano, na Eslovênia, no qual sagrou-se campeã em Kogo, vice-campeã mundial em Kata individual, vice-campeã mundial em Kata equipe e vice-campeã mundial em Kumite equipe. Também em 2015, se tornou pentacampeã

Ingresso ao ensino superior Maicon Mancuso, praticante do atletismo, tem apoio da UPF há quatro anos, quando recebeu bolsa integral e ingressou no curso de Educação Física. Atual campeão da prova dos cinco mil metros dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), o atleta considera fundamental a parceria com a Instituição. “Não haveria possibilidade de estar no ensino superior sem o apoio. Posso evoluir como pessoa e conquistar estabilidade, diferentemente da maioria dos atletas, que se preocupam apenas com o rendimento e deixam de

lado a vida profissional”, menciona. Segundo ele, o atletismo tem reconhecimento. “Como a UPF é comunitária, há um convívio com o público que frequenta o Campus I e a pista de atletismo. As pessoas acompanham os treinamentos, fazem perguntas sobre as atividades e sabem dos resultados das competições”, relata. Trabalho com a Feff Unidade acadêmica que forma profissionais em sintonia com as demandas do mercado de trabalho, a Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) é um espaço onde os atletas executam suas atividades. Gustavo Henz, Maicon Mancuso e os integrantes das equipes BSBios/UPF, Esporte Clube Passo Fundo, Sport Clube Gaúcho, Esporte Clube Vila Nova e ABPF realizam treinos na piscina, na pista de atletismo, nas quadras de vôlei e de basquete e no campo de futebol. Quando necessário, fazem avaliações físicas. Os cursos da Feff têm participação nas ações trabalhadas. É na Clínica de Fisioterapia que os atletas, quando acometidos por alguma lesão, são atendidos gratuitamente por acadêmicos de Fisioterapia, sob a supervisão de professores. Já a equipe ABPF recebe o acompanhamento dos professores do curso de Educação Física Cleiton Bona e Eoil Lopes Costa, que são os treinadores do time, assim como a BSBios/UPF, treinada pelo professor Gilberto Bellaver. Conforme o diretor da Feff, Marcio Tellechea Leiria, o trabalho feito de forma conjunta permite que os alunos vivenciem o dia a dia de um atleta e vejam as variáveis que podem intervir em um treinamento.

Reitor da UPF José Carlos Carles de Souza com atletas e treinadores das diferentes modalidades esportivas


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universidade

Pibid UPF: licenciaturas integrando saberes

Em uma integração direta da universidade com escolas públicas, inovações metodológicas desenvolvidas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência transformam o ensino e a aprendizagem

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inserção na realidade cotidiana da escola é sinônimo de qualificação, especialmente quando instiga o desenvolvimento de inovações metodológicas. Essa formação continuada é a proposta do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com as instituições de ensino superior do país. Desde 2010, a UPF integra o Pibid, desenvolvendo, atualmente, subprojetos em todos os cursos de licenciatura da Instituição. Com isso, consolida seu compromisso com a formação do professor, numa integração direta da Universidade com as escolas públicas de educação básica de Passo Fundo, Carazinho, Palmeira das Missões, Lagoa Vermelha e Soledade. Institucionalmente, o Pibid é coordenado pelos professores Dra. Marlete Sandra Diedrich, Me. Luis Marcelo Darroz e Me. Maria de Fátima Baptista Betencourt. Conforme a professora Marlete, o Pibid é uma proposta baseada na oferta de bolsas de incentivo aos licenciandos e professores supervisores das escolas conveniadas: ao se tornar bolsista do Programa, o licenciando passa a fazer parte de uma rede de estudos sob a coordenação de um professor da Universidade, a fim de aprofundar as pesquisas acerca do objeto de estudo específico da sua área e das metodologias de ensino e aprendizagem, as quais serão postas em prática nas escolas conveniadas, sob a condução de um professor da rede pública, o supervisor do Programa.

Coordenadora do curso de Artes Visuais, a professora Me. Mariane Loch Sbeghen acompanha os acadêmicos nas diferentes atividades

Em 2010: - 5 subprojetos A partir de 2013: - 17 subprojetos 45 escolas públicas conveniadas - atualmente 300 bolsistas participantes Licenciaturas envolvidas: - Artes Visuais - Biologia Educação Física (Passo Fundo, Soledade e Palmeira das Missões) - Filosofia - Física - Geografia - História - Letras - Interdisciplinar - Letras - Espanhol (Lagoa Vermelha) - Letras - Português - Matemática - Música - Pedagogia (Passo Fundo e Carazinho) - Química

Para a coordenadora institucional, mais do que um programa de bolsas, o Pibid promove a iniciação à docência. “O graduando que busca um curso de licenciatura terá condições de conhecer e acompanhar a realidade na qual irá trabalhar desde o início de sua formação, e isso garante a ele muitos benefícios em sua carreira acadêmica: experiência consolidada na prática, inserção pedagógica, aprofundamento teórico, participação em eventos e publicação das experiências vivenciadas”, destaca Marlete, ressaltando que, dessa forma, o licenciando do Pibid enriquece o seu currículo, por meio das diversas atividades que realiza em sua formação. Integração com a comunidade Apesar de ter um trabalho voltado às escolas públicas, as ações do Pibid vão

além da sala de aula e ganham a comunidade. Em outubro, o campus da UPF recebeu a Mateada do Pibid, com diversas atividades promovidas pelos subprojetos Pibid: esportes como slackline, atividades culturais que envolveram contação de histórias, apresentações musicais, exposições de materiais pedagógicos e de trabalhos científicos e, principalmente, muita interação com a comunidade. Para a coordenadora institucional, com atividades como essas o Pibid contribui também para a ampliação dos espaços educadores para além da sala de aula, uma vez que socializar experiências no convívio da comunidade pode ser uma oportunidade singular de aprendizagem para todos: escolas, universidade e comunidade. Ela explica que, para 2016, a UPF pretende dar Foto: Alessandra Pasinato

Mateada do Pibid integrou com a comunidade todos os cursos de licenciatura que participam do Programa


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Fotos: Gelsoli Casagrande

continuidade aos subprojetos em desenvolvimento e estreitar ainda mais os laços com a rede pública de ensino, uma parceria que tem tido êxito. “Para tanto, necessitamos que o governo federal, por meio da Capes, garanta a oferta de bolsas aos licenciandos e professores supervisores da rede pública, uma vez que é essa oferta, principalmente, que propicia aos envolvidos a participação no Programa e a manutenção das atividades desenvolvidas”, declara. Teoria e prática em prol do saber A experiência oferecida pelo Pibid é vivenciada pelo acadêmico do sexto nível do curso de Física da UPF Gustavo de Gasperi. Desde 2013 ele integra o programa e destaca que, como pibidiano, pode vivenciar as práticas educacionais, entre elas, a criação de mapas conceituais e de portfólios sobre temas como hidrostática e calorimetria. Dentre as atividades desenvolvidas com os alunos, o projeto Física na Cozinha ganha destaque, na opinião do acadêmico. “Envolvemos todas as escolas que têm atuação do Pibid de Física e propomos o desenvolvimento de um vídeo apresentando a

Física na cozinha. Todas as escolas se empenharam na atividade, apresentando conceitos como termodinâmica e trocas de calor. Percebemos que os alunos compreenderam na totalidade o conteúdo abordado e se divertiram aprendendo”, destaca. Atuando especialmente no ensino médio, o acadêmico comenta que pode observar as aulas e auxiliar no aprendizado dos alunos. “Pela própria preparação que contempla, o Pibid foi fundamental para a minha formação como professor, o que também se estende ao aluno, que tem novas práticas de aprendizado”, considera. Formanda, a acadêmica de Artes Visuais Amábile Scortegagna atua desde 2012 no Pibid e não esconde o orgulho pelo aprendizado que teve nos três anos em que esteve presente nas escolas. Nesse período, conta, atuou com crianças de 8 a 12 anos do ensino fundamental das escolas municipais Coronel Sebastião Rocha e Georgina Rosado, ambas de Passo Fundo, e, finalizando sua participação no programa, neste ano tem tido contato direto com alunos do ensino médio da Escola Estadual Cecy Leite Costa, também de Passo Fundo. No últi-

Gustavo de Gasperi é acadêmico de Física e integra o programa desde 2013

mo nível do curso, ela sente-se preparada para atuar como professora. “O Pibid contribui muito porque comecei cedo e tive experiência de sala de aula. Perdi o medo dos estágios e aprendi que posso ministrar uma aula que os alunos gostem e na qual aprendam com facilidade. Isso vou levar sempre comigo, quero fazer a diferença quando for professora”, declara a acadêmica, que se sente feliz em passar o seu espaço para que outros acadêmicos possam vivenciar as experiências do Pibid. Coordenadora do curso de Artes Visuais, a professora Me. Mariane Loch Sbeghen avalia que a formação permite que os acadêmicos pibidianos possam instigar aos alunos das escolas públicas essa conexão da arte com a comunidade, promovendo reflexões acerca do que se expressa por meio das diferentes expressões artísticas. “Existe uma falsa ideia do que é fazer arte. Arte é mais do que decoração, é uma reflexão acerca do contexto social, numa tentativa de conversa com a comunidade por meio de uma obra. Só se ama o que se conhece e, no Pibid, os acadêmicos fazem isso: promovem esse diálogo e desenvolvem a expressão com reflexão e sentido”, afirma ela, salientando que a grande ação do curso nas escolas é promover, dentro da educação, um olhar que pensa e reflete sobre como os movimentos artísticos podem somar à comunidade.

Inovações metodológicas

O acadêmico participante do Pibid desenvolve diversas atividades com propostas inovadoras, como revitalização de laboratórios nas escolas, preservação de espaços públicos por meio de intervenções artísticas e culturais, debates de temas como o racismo e as relações étnico-raciais, folclore e tradições culturais, interação por meio de jogos lúdico-pedagógicos, cuja exploração permitiu a reflexão acerca da competitividade, do espírito de equipe e da importância do trabalho colaborativo. Na opinião da professora Marlete, o resultado dessas propostas é verificado em duas grandes frentes: a escola pública de educação básica recebe o incremento da pesquisa acadêmica e, ao mesmo tempo, se torna protagonista da formação do acadêmico, o qual ganha experiência a partir da troca de conhecimentos. “Isso é visível, em especial, nos espaços das escolas públicas nas quais o Pibid desenvolve suas atividades, que se destacam pela possibilidade de realização de trabalhos mais complexos, uma vez que têm o apoio dos bolsistas na execução das atividades propostas; e nos cursos de licenciatura da UPF, que encontram nos espaços escolares o ambiente necessário para complementar a formação dos futuros professores, por meio da vivência de experiências pedagógicas concretas, sob a orientação de professores experientes e bem preparados”, reitera.

Professora Dra. Marlete Sandra Diedrich integra a coordenação institucional do Pibid na UPF


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ciência e inovação Fotos: Gelsoli Casagrande

Um

PEIXE

bom de pesquisa

O zebrafish tem sido utilizado no mundo todo como animal modelo de pesquisa. Acompanhando os novos avanços e as novas tecnologias, a UPF não só utiliza o peixe em seus estudos, mas provoca debates e incentiva essa prática

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zebrafish, ou peixe-zebra, como também é conhecido, tem sido utilizado em pesquisas de diferentes áreas, como genética, cardiologia, embriologia, metabolismo e oncologia, além de ser um excelente modelo para estudos sobre doenças neurodegenerativas e sobre comportamento e testes de novos fármacos. A principal justificativa é a sua semelhança genética com os seres humanos. Considerado uma importante ferramenta para a realização de estudos bioquímicos, comportamentais e toxicológicos, ele apresenta um rápido metabolismo e grande sensibilidade a fármacos. No ritmo dos maiores centros de pesquisa do mundo, a Universidade de Passo Fundo desenvolve pesquisas utilizando o modelo e lidera importantes debates sobre o tema. Segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, além do fato de o zebrafish ter o genoma (genes) parecido com o dos humanos, o que o coloca no centro das atuais discussões é a sua alta capacidade reprodutiva, a transparência dos embriões nas fases iniciais do desenvolvimento, a facilidade de manipulação genética e também a praticidade de criação e o baixo custo em relação a outros modelos animais.

Simpósio reuniu estudantes, pesquisadores e professores para debater a importância do modelo animal de pesquisa

Em laboratório, o zebrafish é bastante utilizado em pesquisas na UPF

Tudo isso torna esse pequeno teleósteo – animal vertebrado mandibulado, com grande flexibilidade no corpo – uma excelente alternativa para o estudo de mecanismos de doenças humanas. “A Universidade toma a frente das discussões no estado e, com a parceria de outras instituições, busca ampliar o debate e a conscientização sobre a importância da utilização do zebrafish em pesquisas. Além dos nossos estudos, com o Simpósio sobre o zebrafish e as redes de cooperação que estão sendo criadas, pretendemos utilizar ainda mais o modelo para potencializar nossas pesquisas”, destaca. Modelo simples para questões complexas Um dos grandes nomes da área de genética comportamental e neurociência, Robert Gerlai estuda o comportamento animal por meio de roedores e peixes, na Universidade de Toronto, no Canadá. Precursor na utilização do zebrafish e um dos incentivadores do seu uso, ele esteve na UPF durante o II Simpósio “O zebrafish como modelo animal de pesquisa”, realizado no mês de outubro. Em seus estudos, Robert ressalta que o objetivo final da genética do compor-

tamento é entender de que modo os genes influenciam a função do cérebro e o comportamento. Usando zebrafish como modelo, o laboratório fará o rastreio de mutantes comportamentais interessantes gerados através de mutagenese química. Uma vez encontrados, esses mutantes permitirão a identificação de novos genes envolvidos na aprendizagem e na memória, comportamentos sociais e comportamentos relacionados ao álcool. De acordo com Robert, o interesse em pesquisas utilizando o zebrafish é justo, uma vez que a simplicidade do seu organismo o torna muito mais fácil de ser analisado. “É um organismo simples em termos de características e de biologia, então, é muito mais fácil de estudar questões complicadas e complexas. Se você o estuda, há uma grande chance de que possa cruzar o conhecimento adquirido em aplicações clínicas em humanos, pois a principal razão de os cientistas preferirem esse animal como um modelo para o estudo de doenças em humanos está relacionada à possibilidade de compreender várias questões relativas ao funcionamento do corpo humano, em situação de normalidade e de doenças”, explica.

Nos laboratórios da UPF Capaz de absorver de forma rápida os compostos que são diretamente adicionados na água e acumulá-los em diferentes tecidos, o zebrafish pode ser uma ferramenta promissora para o processo de descoberta de novas drogas. Nos laboratórios da UPF, o peixe está sendo utilizado em vários estudos, que já renderam mais de sessenta artigos e resumos em importantes revistas científicas, como a Nature Scientific Reports. Entre os mais recentes, está o estudo “Acute exposure to waterborne psychoactive drugs attract zebrafish” (Medicamentos psicoativos na água atraem o zebrafish), resultado de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação da UPF, o Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Laboratório de Neuroquímica e Psicofarmacologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Além desse, está também o recém-publicado estudo “Waterborne risperidone decreases stress response in zebrafish” (Resíduos de risperidona na água diminuem a resposta ao estresse em zebrafish), resultante de uma dissertação do mestrado em Bioexperimentação da UPF.


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institucional A emissora

contadora de histórias Com caráter educativo, a UPFTV dá visibilidade às boas iniciativas da Instituição e fortalece a relação da Universidade com a comunidade

Fotos: Gelsoli Casagrande

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ma emissora de televisão educativa, que atua com o propósito de oferecer ao telespectador uma programação diferenciada da TV comercial. É assim que, há 10 anos, a UPFTV vem se consolidando como uma emissora “contadora de histórias”. Pertencente à Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) e retransmissora do Canal Futura, é hoje a emissora de TV local com maior tempo de programação. Mais do que apresentar índices, os jornalistas da UPFTV estão focados em mostrar quem são as pessoas que fazem parte desses números, como explica a supervisora da emissora, Taís Rizzotto. “Acreditamos que a educação pode mudar uma realidade e, com isso, entendemos que ‘boas’ notícias e ‘boas’ iniciativas podem influenciar uma população”, frisa. Em suas pautas, os assuntos selecionados pela emissora envolvem educação, desenvolvimento, inovação, empreendedorismo e geração de emprego e renda. A UPFTV não apresenta apenas respostas, a emissora acredita em um jornalismo que provoque perguntas, destacando, também, o conhecimento produzido pela UPF. “Em um mundo que muda tão depressa e com tantas notícias negativas, poder mostrar boas iniciativas é um privilégio. Isso reforça a relação que a UPF tem com sua comunidade”, explica Taís.

Ao passar por constantes encontros de formação e a partir do resultado de uma pesquisa realizada com os telespectadores, a UPFTV pretende colocar em prática algumas mudanças na programação, o que permite que a emissora esteja sempre atualizada. Acompanhando esse desenvolvimento, o processo de migração para o sinal digital, que está em andamento, irá oferecer um sinal com mais qualidade, e seu alcance, que hoje é de 18 municípios, passará a ser de 24 cidades. Na FUPF, a emissora também tem um importante papel, como destaca a presidente, professora Me. Maristela Capacchi. “O caráter institucional que a UPFTV tem permite que os propósitos de desenvolvimento da cidadania e da responsabilidade social que norteiam a

Programação UPFTV

Em setembro, evento comemorativo marcou a celebração pelos 10 anos da UPFTV

A UPFTV tem, em sua grade, seis programas. Entre eles, um telejornal diário, o Canal de Notícias, apresentado de segunda a sexta-feira, e o programa Mundo da Leitura na TV, que é produzido em Passo Fundo e vai ao ar pelo Canal Futura para todo o Brasil. Com cinco milhões de espectadores, essa produção é campeã de audiência do Futura. Além desses, a emissora também produz os programas Estúdio 4, Universidade Aberta, Fim de Semana e Momento Patrimônio.

FUPF, quando unidos com as produções educativas da emissora, conduzam a uma maior visibilidade para a Instituição. Esses conteúdos levam conhecimento e informação a diversos municípios da região, atendendo ao interesse da comunidade”, destaca. A Fundação Universidade de Passo Fundo também mantém a Rádio UPF. Atendendo às cidades de Passo Fundo na frequência 99,9 MHz, Carazinho na 90,5, Soledade na 106,5 e Palmeira das Missões e Sarandi na frequência 106,3, a UPF opera a maior rede de rádios universitárias do sul do Brasil. Sob a supervisão de Gerson Pont, desde o mês de agosto a Rádio apresenta nova programação. Com mais espaço destinado ao news, o destaque está na criação do Café Expresso, apresentado de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h, com foco em informações que interessam à região, aliadas com serviços, como tempo e trânsito. A grade musical agora apresenta um formato “adulto contemporâneo”, adaptado a uma rádio que trabalha com informações. A nova programação pretende atender ao público. Como explica Pont, “a reformulação veio com a intensão de falar com o público formador de opinião. Esse público não tem uma idade definida, mas sim um perfil: é quem decide e tem visão crítica e diferenciada. Por isso, focamos no jornalismo bem feito e em programação musical de qualidade”, comenta.

Nova programação da Rádio busca atender ao público, com foco no jornalismo bem feito e em programação musical de qualidade

Para sintonizar a UPFTV Passo Fundo: canais 4 da TV aberta e 14 da NET. Carazinho: canal 20 da TV aberta. Soledade: canal 30 da TV aberta. Palmeira das Missões e Sarandi: canal 45 da TV aberta. Marau: canal 54 da TV aberta.


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curso de graduação Arquitetura e Urbanismo : área visa o

desenvolvimento de projetos sustentáveis

Fotos: Gelsoli Casagrande

Com 20 anos de existência, o curso é reconhecido internacionalmente

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onstruir um mundo onde as relações do ambiente desenvolvido, seja ele arquitetônico ou urbano, ofereçam melhores condições de vida e habilidade, além de eficiência e sustentabilidade. Esse é um dos desafios que os arquitetos enfrentam em suas rotinas de trabalho e, nesse sentido, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Passo Fundo (UPF) atua, há 20 anos, na formação de profissionais com capacidades técnicas, científicas e humanísticas para projetar e adequar espaços internos e externos com tais características. Ofertado pela primeira vez no processo seletivo de inverno do ano de 1995, ao longo das últimas duas décadas o curso de Arquitetura já formou 723 arquitetos e urbanistas. De acordo com o coordenador da graduação, professor Me. Carlos Leonardo Sgari Szilagyi, os egressos da UPF estão aptos a trabalharem na resolução de problemas cotidianos da construção civil, bem como a propor novas soluções, tecnologias e melhorias urbanas e regionais. Ampla infraestrutura e reconhecimento internacional Para que os acadêmicos obtenham as competências exigidas no mercado de trabalho, o curso, vinculado à Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear), é constituído de alguns diferenciais. Dentre eles, a infraestrutura é com-

Curso de Arquitetura e Urbanismo é coordenado pelo professor Me. Carlos Leonardo Sgari Szilagyi

Nos laboratórios, acadêmicos desenvolvem projetos

posta por diferentes laboratórios, tais como: o laboratório de áudio e vídeo, de conforto ambiental, de modelos e protótipos, de arquitetura de interiores, de paisagismo, de urbanismo, de sistemas prediais, de estruturas, de construção civil, de materiais, de instalações elétricas; de informática, de topografia, e o laboratório de projetos, além do Escritório-escola de Arquitetura e do Núcleo de Desenvolvimento Urbano e Comunitário. Segundo o docente, o espaço da Fear proporciona uma preparação mais adequada aos alunos. “Focamos nas habilidades das atividades práticas do profissional, elencando conhecimentos teóricos diretamente em ações práticas acadêmicas que ajudam no desenvolvimento da futura carreira. Dessa forma, garantimos a excelência do serviço prestado pelo egresso”, comenta Sgari. Além disso, as conquistas dos últimos anos distinguem o curso das demais graduações: em 2012, a Arquitetura e Urbanismo da UPF obteve reconhecimento internacional no Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do Mercosul (Arco-Sul), mediante acordo firmado entre os Ministérios de Educação da Argentina, do Brasil, do Paraguai, do Uruguai, da Bolívia, do Chile, da Colômbia e da Venezuela. Também, no mesmo ano, recebeu conceito 4, numa escala de 1 a 5, no Exame Nacional

Mercado de trabalho permite atuação diversificada Depois da conclusão do curso, que, na UPF, tem a duração de cinco anos, o profissional pode trabalhar em escritórios; em instituições e autarquias públicas, como prefeituras ou bancos; e nos setores imobiliário, empresarial e industrial, com consultorias e auditorias. Poderá realizar atividades que englobam o projeto e a execução de obras arquitetônicas, paisagísticas, de arquitetura de interiores e comercial, além de realizar trabalhos de restauração e reciclagem de edifícios. Pesquisas e inventário do patrimônio construído, projetos e execução de espaços urbanos e regionais e coordenação e gerenciamento de empreendimentos arquitetônicos, urbanísticos e habitacionais são outras responsabilidades assumidas pelo arquiteto e urbanista. Mais informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da UPF podem ser obtidas no site www.upf.br.

de Desempenho de Estudantes (Enade), e no Conceito Preliminar de Curso (CPC). Uma parceria com a Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura (Fenea) para o funcionamento do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau), um corpo docente formado por mais de 70% de mestres e doutores com experiência acadêmica e profissional e a inserção de egressos no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEng) possibilitam também um melhor aprendizado aos profissionais. Para Sgari, todos esses fatores demonstram a qualidade dos estudantes e do ensino da arquitetura e urbanismo da Instituição.


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curso de graduação

SERVIÇO SOCIAL:

porque o desenvolvimento social é fundamental Fotos: Gelsoli Casagrande

Com atividades práticas desde o início do curso de Serviço Social, também é possível ter momentos de interação com o cotidiano dos profissionais da área

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ara formar profissionais que formulem e executem propostas em conformidade com a realidade social, o curso de Serviço Social da Universidade de Passo Fundo (UPF) atua há 11 anos na formação de assistentes sociais. Esse profissional é capaz de produzir ideias para minimizar as expressões da questão social e para contribuir com a melhoria da qualidade de vida do público a quem destina o seu trabalho. Vinculado à Faculdade de Educação (Faed), no Campus I da UPF, o curso de Serviço Social, que existe desde 2004, já formou cerca de duzentos profissionais capazes de compreender a realidade social de forma crítica. O curso habilita a desenvolver pesquisas sociais, a realizar consultorias, a prestar assessoria em serviço social e a elaborar perícias técnicas, laudos, pareceres e estudos sociais. Com projeto pedagógico estruturado de modo a possibilitar a realização de atividades práticas desde o início da formação, o curso tem duração de oito sementes, com aulas ministradas à noite. A coordenadora do curso, professo-

ra Me. Cristina Fioreze, explica que o acadêmico tem momentos de interação com o cotidiano do assistente social. “Essas atividades são realizadas em campo, nos espaços de trabalho em que os profissionais se inserem, e, além dessas ações práticas ligadas às disciplinas, há também o estágio obrigatório, em que o aluno formula e desenvolve seu próprio projeto de intervenção na realidade social”, conta.

Curso oportuniza a participação de acadêmicos em projetos de extensão e pesquisa

Coordenadora do curso, Me. Cristina Fioreze

A partir de uma formação de caráter interdisciplinar, o curso conjuga distintas áreas do saber, como Antropologia, Sociologia, Direito, Filosofia, Psicologia, Economia e História. Com isso, os assistentes sociais egressos da UPF sabem acolher e escutar os indivíduos a partir de seus contextos de vida e, ao mesmo tempo, têm um perfil propositivo. Com quadro docente composto por mestres e doutores, o curso, avaliado com quatro estrelas na última edição do Guia do Estudante, oportuniza que os acadêmicos, ao longo de sua graduação, participem de projetos de extensão e pesquisa como bolsistas remunerados ou voluntários. Mercado de trabalho A sociedade e o poder público, cada vez mais, compreendem que, além do desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social também tem importância fundamental. Esse entendimento colabora para o crescimento do mercado de trabalho para o profissional qualificado, com capacidade teórica e técnica para enfrentar as diferentes expressões da questão social que emergem na sociedade. Os assistentes sociais podem trabalhar em instituições públicas ou privadas, no âmbito da gestão, do planejamento, da execução e da avaliação de serviços e projetos sociais. Desse modo, o profissional se insere em diferentes espaços de trabalho, como no Poder Judiciário e em prefeituras, centros de referência de assistência social, centros de atenção psicossocial, hospitais, casas de acolhimento de crianças e adolescentes, instituições de longa permanência para idosos, ONGs ou escolas. Segundo a professora Cristina, o reconhecimento da importância do trabalho dos assistentes sociais traz também exigências. “Além da tarefa de executar projetos sociais, os profissionais têm sido cada vez mais demandados a ocupar espaços de gestão nas políticas e nos serviços sociais, o que exige uma qualificação ainda maior e coloca a formação continuada e a especialização como uma exigência”, comenta. Para dar continuidade na formação, a coordenadora do curso explica que a UPF oferece cursos de especialização e programas de pós-graduação stricto sensu. Como a formação em Serviço Social é caracterizada pela multidisciplinariedade, os egressos encontram identidade em pós-graduações de diferentes áreas. Nesse sentido, se destaca a entrada dos egressos do curso nos mestrados em Educação e em Envelhecimento Humano e, também, em especializações nas áreas de Arteterapia, Ciências Sociais, Psicologia Social e de Família.


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faço parte desta história

Foto: Carla Vailatti

Histórias

entrelaçadas Nélio e Geny Cerbaro participaram da criação da UPF Casca e estão à frente do Campus há 23 anos. A história da Instituição no município é também um capítulo importante de suas vidas

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asca é um município pequeno, mas o arrojo e o empenho de alguns moradores o levou a se tornar referência regional na educação superior. Desde 1992, a UPF oferece cursos no município e isso se deve a uma intensa mobilização, protagonizada pelo então prefeito, Ivan Carlos Bordin, bem como outros representantes do poder executivo, do legislativo, entidades de classe, prefeituras da região e empresários. Esse movimento foi organizado por uma comissão que teve como integrantes Nélio e Geny Cerbaro, que têm na educação o norte de suas trajetórias. Nélio nasceu em São Domingos do Sul, que, na época, fazia parte do município de Casca. Desde muito jovem, com seu jeito expansivo e agregador, integrou comissões para implantação do ensino ginasial e segundo grau. Formou-se no curso Normal Rural, graduou-se em Ciências Naturais e Biológicas e atuou em funções públicas, como a de vereador, que desempenhou entre 1977 e 1983. Geny, sua esposa, também tem formação e atuação na docência. A história de vida deles – bem como a de milhares de pessoas que vivem na região – ganhou um novo capítulo a partir de 1989. Uma dupla imbatível Nesse ano, Geny era secretária de Educação em Casca e Nélio ocupava o cargo de delegado da então 7ª Delegacia Regional de Educação, hoje Coordenadoria Regional de Educação. Um ofício enviado pela UPF às prefeituras da região, que tratava da possibilidade de oferecer cursos relacionados às licenciaturas em municípios interessados, motivou a formação de uma comissão em Casca, que atuou continuamente até janeiro de 1992, quando foi instalado o Centro de Extensão Universitária da UPF.

Para mostrar que o município tinha condições de sediar o Centro, os integrantes da comissão elaboraram uma pesquisa, que contempla população, números de professores, posição geográfica, abrangência e muitos outros detalhes que convenceram a reitoria do potencial da região. Todo este material está preservado. Mesmo após mais de vinte anos, Geny se emociona ao lembrar dos esforços dedicados. “Até hoje, me orgulho a cada diploma entregue aos nossos acadêmicos”, afirma. Dedicação reconhecida Nélio foi escolhido pela Reitoria, a partir de sugestões apontadas pela comissão, para ser o diretor da UPF Casca. Geny, pelo trabalho demonstrado durante o processo de criação do campus, foi convidada a exercer a coordenação interna. O casal até hoje desempenha essas funções com o mesmo entusiasmo, contando com o reconhecimento e o carinho da comunidade de Casca, da região, dos alunos e dos professores. O diretor sempre acreditou no potencial de Casca e que a localização do município é estratégica para a educação superior. “Entre a Serra e Passo Fundo, ocupamos uma posição privilegiada. Ter uma universidade de qualidade próxima da comunidade facilita a vida dos

Diretor da UPF Casca Nélio Cerbaro e coordenadora Geny Cerbaro são reconhecidos regionalmente por sua dedicação integral à UPF Casca

De Centro de Extensão a Campus Em dezembro de 1993, o Conselho Federal de Educação aprovou o Projeto de Regionalização da UPF, e a Instituição teve consolidada sua estrutura multicampi. O Centro de Extensão passou a ser campus e a UPF teve sua presença oficializada no município. No mesmo ano, foi ofertada a primeira graduação, em Administração, e, nos anos seguintes, diversos outros cursos atraíram estudantes da região de abrangência do campus, composta por mais de vinte municípios. Desde então, a UPF Casca coleciona conquistas, a cada nova graduação oferecida, cursos de nível médio e de extensão, mudança para as dependências atuais (inicialmente, funcionava em prédio da Mitra Diocesana) e com a imensurável contribuição para o desenvolvimento regional.

estudantes e é decisivo para que muitos deles façam ou não um curso superior”, acredita. Nélio também percebe que a qualidade da formação da UPF Casca é reconhecida. “Temos grandes empresas em toda a região. Seja nesses locais, ou no serviço público, é notória a presença, a valorização e o destaque dos profissionais formados pela UPF Casca”, afirma. Às reitorias que estiveram à frente da UPF, Nélio e Geny destacam o bom relacionamento estabelecido. “Agradecemos a cada um pela atenção que nos foi dedicada. Sempre fomos muito bem atendidos e tivemos, conforme foi possível, as necessidades contempladas”, fazem questão de ressaltar. Nélio e Geny também consideram que o Campus Casca sempre esteve bem assessorado por uma equipe de funcionários responsáveis e que assumiram juntos o desafio de tornar a UPF uma referência regional. A humildade e a simplicidade com que se dedicam, tanto à UPF Casca quanto a todos os desafios que superaram, inspiram quem está no início da caminhada profissional. Nélio e Geny cuidam pessoalmente de cada pormenor do Campus, desde a recepção diária dos professores até a oferta de novos cursos, bem como dão atenção a cada detalhe da estrutura física e da representação regional da Instituição e comemoram cada inscrição no vestibular ou matrícula, apesar disso já ter se repetido milhares de vezes. “Nunca nos acomodamos, sempre fomos à luta por aquilo que acreditávamos. Isso nos leva a olhar para trás e ter a tranquilidade de dizer que fizemos tudo que estava ao nosso alcance”, concordam.


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comunidade Curricularizar a extensão ou extensionalizar o currículo? UPF integra grupo internacional que discute e partilha experiências de curricularização da extensão nas universidades

Foto: Gelsoli Casagrande

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inclusão da extensão nos currículos universitários tem motivado uma série de discussões, especialmente nos países do Mercosul. A UPF, juntamente com a Universidade Nacional do Centro da Província de Buenos Aires (Unicen), tem sido grande motivadora desse debate, especialmente por meio da promoção das Jornadas de Extensão do Mercosul. Ambas as instituições integram e envolvem uma rede de universidades: a UPF integra o Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias do Brasil (Forext) e a Unicen faz parte da Red de Extension Universitária (Rexuni). Apesar de não haver uma receita pronta no que concerne à condução desses trabalhos, as instituições participantes aprofundam teorias e socializam experiências de sucesso como forma de multiplicar os avanços alcançados internamente. Assim, ao tempo em que se questiona se o apropriado é “curricularizar a extensão ou extensionalizar o currículo”, são partilhadas muitas respostas e experiências bem sucedidas. Uma das grandes atividades relacionadas ao tema neste ano aconteceu no Campus I da UPF e reuniu representantes de mais de trinta instituições de ensino superior, principalmente do Brasil e da Argentina. O Fórum de Extensão do Mercosul foi realizado em agosto, em preparação à IV Jornada de Extensão do Mercosul, que acontece em 2016, na Argentina. A vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF, Bernadete Dalmolin, destaca que a extensão já deveria integrar a vida curricular de todos os cursos das universidades,

Experiência argentina O secretário de Extensão da Unicen Daniel Herrero destaca aspectos da inclusão da extensão nos currículos universitários. “Por um lado, a extensão não deveria ser uma obrigação para cumprir um requisito legal, mas um processo de consciência de responsabilidade social”, considera. Para ele, a extensão tem a necessidade de incluir uma dimensão social nos currículos e nas prioridades de investigação. “Nós extensionistas estamos aqui para incomodar a docência e a pesquisa, porque insistimos na necessidade de inserir a dimensão social nas prioridades e trabalhos. Sentimos a necessidade de transversalizar o conhecimento e de analisar interdisciplinarmente a realidade de vida em que estamos inseridos”, acrescenta.

Fórum realizado pela UPF, juntamente com a Unicen, é preparativo para a Jornada de Extensão do Mercosul que acontece no próximo ano

envolvendo o coletivo dos estudantes, não apenas por um quesito legal, mas por um princípio epistemológico fundamental à instituição universitária, contudo, ainda fica circunscrita em torno de um grupo de professores e de alunos que, após selecionados nas vagas disponíveis, que em geral são poucas, conseguem dispor de tempo para o desenvolvimento dos projetos e de ações dessa natureza. A extensão, chamada por muitos de terceira função universitária, nasceu e foi impulsionada por esses movimentos, por ter, na inserção social, seu objeto central. No Brasil, ganhou alguns reforços legais nos últimos anos, dentre os quais a Lei das Comunitárias, de dezembro de 2013, que explicita a necessária institucionalização de programas permanentes de extensão e de ação comunitária voltados à formação e ao desenvolvimento dos alunos e ao desenvolvimento da sociedade. Na mesma linha, o Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, estipula a meta de, no mínimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social. Seguindo na mesma direção, a Capes vem qualificando a avaliação da inserção social nos programas de pós-graduação stricto sensu. Os estudos acadêmicos no campo da formação universitária, em especial nos países do Mercosul, permitem afirmar que a inserção da extensão é a compreensão do currículo como um fenômeno que não pode ser distanciado

das demandas da realidade e disso decorre a ideia de “extensionalizar os currículos”, considerando a necessária indissociabilidade com o ensino e com a pesquisa. É preciso continuar avançando rumo a uma extensão que ofereça com mais qualidade os seus elementos mais consistentes, promovendo práticas educativas e reflexivas para e com todos os sujeitos envolvidos, com vistas à coletividade. Esse processo não se efetiva sem uma profunda revisão curricular permeada por reflexões acerca de que universidade ou de que formação se quer construir. A vice-reitora esclarece ainda que o processo de curricularização da extensão não pode ser pensado de forma estática e hegemônica a todas as formações, tampouco como buscas paralelas. “Talvez o grande exercício que devamos fazer seja o deslocamento dos percursos tradicionais, avaliando os impasses e as aberturas dos dispositivos que desenvolvemos na extensão, no ensino e na pesquisa. Nessa direção, entendemos que a “curricularização” necessita ser discutida e problematizada e deve ser compreendida num contexto mais amplo e mais complexo do que a simples inserção curricular, seja como uma disciplina, seja como projeto ou programa”, detalha. Por outro lado, a inclusão dentro do formato curricular tradicional poderá ser (mais) um apêndice para satisfazer algumas das ansiedades e/ou as exigências legais, correndo o risco de destruir a potência que a extensão pode ter em si, pela sua dialogicidade, porosidade e capacidade de captar distintas realidades.


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reconhecimento Acadêmico da UPF recebe prêmio em Simpósio realizado nos Estados Unidos Fábio Ivan Seibel, de 22 anos, integra o Programa Ciência sem Fronteiras e está fazendo intercâmbio nos EUA há quatro meses

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acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Passo Fundo (Fear/UPF) Fábio Ivan Seibel, que é integrante do Programa Ciência sem Fronteiras e que está realizando intercâmbio nos Estados Unidos, foi premiado no 1º Simpósio Internacional da Juventude Ambiental (1st International Environmental Youth Symposium), realizado nos dias 01 e 02 de outubro, em Atlanta, nos Estados Unidos. O evento teve como tema “Um mundo, um ambiente” (One world, one environment) e foi promovido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). O intercambista foi convidado a participar do evento pelo Consulado Brasileiro em Atlanta, juntamente com outros bolsistas do Programa Ciência Sem Fronteiras. Seibel inscreveu um resumo do seu projeto de pesquisa, intitulado “Acúmulo de Carboidratos na microalga Spirulina platensis adicionando efluente de laticínio” (Accumulation of carbohydrates on microalgae Spirulina Platensis adding dairy wastewater), na área de energias renováveis. Esse projeto foi desenvolvido na UPF, juntamente ao Laboratório de Fermentações, e tem como objetivo preparar/melhorar a qualidade da biomassa das microalgas para produzir bioetanol. O acadêmico confeccionou um pôster, que foi exposto durante o evento, no qual eram evidenciados os elementos básicos do projeto. “Trabalhei alguns anos nessa área e já tinha uma boa experiência. Com a ajuda das professoras do Laboratório de Fermentações da UPF, Dra. Luciane Maria Colla, Dra. Ana Claudia Margarites e e da mestranda do curso de Ciências e Tecnologia de Alimentos da UPF, Ana Claudia Salla, finalizei o pôster. Foi uma exposição gráfica simples do projeto, com introdução, objetivo, metodologia, resultados e conclusão. Tive que apresentar o pôster para os avaliadores, alguns americanos, outros também estrangeiros”, revelou o intercambista.

Uma comissão avaliou os trabalhos. O aluno da UPF venceu na categoria energias renováveis. “Recebi o primeiro lugar na categoria energias renováveis e fiquei em segundo lugar no quadro geral. O simples fato de sair da Mostra de Iniciação Científica da UPF, de passar por congressos e eventos regionais no Brasil e de ir para um simpósio internacional já era uma grande transformação. Ganhar um prêmio, então, é muito recompensante”, disse Seibel. O intercambista destacou a importância da Universidade de Passo Fundo nessa trajetória. “A UPF foi a porta de entrada para tudo que estou vivendo hoje. Ressalto principalmente os ensinamentos dos meus professores e orientadores, que foram meus mentores e preparadores. Também não posso esquecer o Programa Ciência Sem Fonteiras, que foi o trampolim para colocar em prática tudo o que aprendi na UPF e com os professores”, ressaltou. A experiência de fazer um intercâmbio também foi enfatizada. “Acredito que a maior dificuldade que tive foi sair da zona de conforto. Morar no exterior por si só já é desafiador, então, sair da zona de conforto nem sempre é fácil, mas certamente foi recompensador. A experiência foi ótima, consegui entender vários pontos de vista, conheci pessoas de vários países, fiz muitos contatos profissionais”, salientou o estudante, que também pretende realizar um estágio acadêmico internacional. O Simpósio O aluno relatou que a dinâmica do Simpósio foi semelhante a dos eventos no Brasil, com palestras e presença de

Fotos: Divulgação

Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Fear/UPF Fábio Ivan Seibel foi premiado em Simpósio realizado em Atlanta, nos Estados Unidos

profissionais da área. A diferença foi apenas no público, já que os participantes eram de diversas nacionalidades. Durante o evento internacional, o acadêmico da UPF também participou de um debate sobre as mudanças climáticas, no qual os estrangeiros defenderam seu ponto de vista sobre o assunto. “Tive inicialmente um pouco de receio de falar tudo o que eu pensava, mas, após ser incentivado, falei, e os participantes aceitaram todos os comentários que fiz. Percebi a necessidade de falar e de mostrar a todos que estamos aqui e que não somos apenas passivos espectadores do mundo”, frisou o intercambista. O acadêmico também destacou a presença no evento da administradora da EPA, Regina McCarthy, escolhida pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama, e do cônsul brasileiro em Atlanta, Hermano Telles Ribeiro.


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fique por dentro Representação institucional Fortalecendo seu caráter comunitário, UPF representa Passo Fundo e região em ações que visam ao crescimento local e regional

A Reitoria da UPF participou da solenidade de posse da nova diretoria da Associação dos Professores UPF O reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, e a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, acompanharam o governador do estado, José Ivo Sartori, durante agenda em Passo Fundo. Dentre as atividades desenvolvidas, Sartori assinou, na presença de lideranças políticas e comunitárias, um acordo de gestão com a Prefeitura de Passo Fundo, visando à ampliação, à melhoria e à qualificação do Aeroporto Lauro Kortz.

A vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, proferiu conferência no V Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão, do sistema Acafe, ocorrido na Universidade do Contestado, em Concórdia, SC.

Iniciativas da UPF são apresentadas ao secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

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secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Fábio de Oliveira Branco esteve na Universidade de Passo Fundo (UPF), no dia 20 de outubro. O secretário foi recebido pelo reitor José Carlos Carles de Souza, pelo vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo Barcellos, por dirigentes do Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio e por representantes de empresas vinculadas ao Parque. A relação de simbiose entre universidade e setor produtivo permeou a pauta do encontro, no qual o secretário pôde conhecer o trabalho desenvolvido pelo UPF Parque, que conta com investimentos do governo estadual. Para o secretário, é uma satisfação ver um investimento do governo estadual gerando benefícios para a comunidade. “Isso é resultado de uma ação estratégica, que vincula as universidades ao setor produtivo, à iniciativa privada, sempre colocando a sociedade como beneficiada”, destacou. Conforme o secretário, investir em parques tecnológicos é uma forma inteligente de aplicar recursos, especialmente em época de escassez. O reitor afirmou que tais iniciativas demonstram a forma com que a UPF tem buscado a inovação, bem como evidenciam a valorização dos investimentos concedidos pelo estado. “Acreditamos que a parceria entre o governo estadual, universidades e iniciativa privada é o modelo ideal para darmos um salto de qualidade nos diversos setores que compõem a economia do Rio Grande do Sul”, evidenciou.

VI Encontro de Professores A Vice-Reitoria de Graduação da Universidade de Passo Fundo (VRGRAD/UPF) promoveu, em setembro, o VI Encontro de Professores da UPF, juntamente com o XVI Seminário de Avaliação Institucional, no Centro de Eventos da UPF. O Encontro também foi uma forma de comemorar antecipadamente o Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro. A programação contou com a presença do professor Dr. Alberto Manuel de Sampaio e Castro Amaral, exreitor da Universidade do Porto, em Portugal, que ministrou uma conferência sobre a “Avaliação, gestão e governança”. O evento integrou as atividades do Programa de Formação Docente da UPF e teve como objetivo proporcionar um espaço de integração entre os professores da Instituição, reiterando o compromisso com as discussões acerca da prática pedagógica do professor universitário, em favor da qualidade educativa e da formação de profissionais comprometidos com a comunidade. A vice-reitora de Graduação da UPF Rosani Sgari enfatizou a importância desse momento de formação pedagógica e também do encontro dos docentes da Instituição. “Temos consciência de que a prática pedagógica é um processo a ser revisitado todos os dias e em todos os momentos. Temos também a clareza de que somos uma universidade capaz de abrigar experiências pedagógicas múltiplas e flexíveis, disposta a identificar e testar modelos e assinar a diversidade”, declarou Rosani.

Lançamentos da UPF Editora Educação científica e tecnológica: reflexões e investigações Org: Cleci T. Werner da Rosa

Harmonia e ruptura: a crítica da faculdade do juízo e os rumos da arte contemporânea Gerson Luís Trombetta

Transnacionalidade, direito ambiental e sustentabilidade: contribuições para a discussão na sociedade hipercomplexa Orgs: Marcelo Buzaglo Dantas, Maria Claudia da Silva Antunes de Souza, Liton Lanes Pilau Sobrinho

Todos com e-book disponível para download gratuito www.upf.br/editora


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Somos universais. Como uma aquarela,

nosso mundo em todas as cores.

FAC

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Em cada traço, compartilhamos ideias, opiniões, inquietações. Juntos, descobrimos caminhos, meios e fins, pois nossa força está na diversidade dos tons, na intensidade de cada olhar.


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