Boletim do Centro Regional de Informação das Nações Unidas Bruxelas, Março de 2009, N.º 44
É necessário um bilião de dólares para os países em desenvolvimento, afirma Ban Ki-moon em carta aos dirigentes do G-20 Numa carta enviada aos dirigentes do G-20, que irão reunir-se em Londres a 2 de Abril, o Secretário-Geral da ONU estima que é necessário pelo menos 1 bilião de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a superarem a crise económica e financeira mundial. “Se não se responder de uma forma corajosa, prestando atenção às necessidades das pessoas vulneráveis, poderia haver uma recessão grave e
prolongada com consequências maior parte poderia ser mobilizada profundas para a segurança e a recorrendo aos mecanismos e estabilidade de todos nós”, declara instituições existentes”. Ban Ki-moon, nessa carta. Segundo o Secretário-Geral, que “Precisamos de um verdadeiro plano deverá participar na Cimeira, um de relançamento mundial”, acescenta. quarto da soma mencionada destina“A ONU estimou que o financiamento se a proteger os países e as pessoas total necessário para ajudar os países mais vulneráveis. O outro quarto do em desenvolvimento a superar a crise montante citado é necessário para ascende, no mínimo, a 1 bilião de permitir que todos os países dólares para 2009 e 2010. Embora se desenvolvimento obtenham crédito a trate de uma soma importante, a longo prazo para investimentos cruciais
Editorial - Afsane Bassir-Pour, Directora
Nos últimos meses, enquanto nos preparávamos freneticamente para o lançamento da iniciativa CoolPlanet2009, a campanha de informação pública das Nações Unidas sobre alterações climáticas, ficámos surpreendidos – ou melhor, verdadeiramente estupefactos – com a quantidade de informação que existe sobre o tema das alterações climáticas. Uma quantidade de informação literalmente esmagadora, capaz de confundir qualquer leigo. E, no entanto, é precisamente devido a toda essa informação que a maioria das pessoas já sabe que o perigo mais grave que o nosso planeta enfrenta são as alterações climáticas e que é necessário fazer alguma coisa, para as combater, e fazê-lo rapidamente. É evidente que ainda há uma série de pessoas que não acreditam nas alterações climáticas, mas são cada vez menos. Contudo, continua a não haver protestos por parte do público, nem um verdadeiro movimento popular a favor de um novo tratado sobre as alterações climáticas destinado a substituir o Protocolo de Quioto.
Com a campanha CoolPlanet2009 pretendemos, portanto, chamar a atenção para as negociações que estão a decorrer sobre um novo tratado que, esperamos, será concluído em Copenhaga, em Dezembro de 2009, e também ver o que a Europa está a fazer para combater as alterações climáticas. Assim, pedimos a todos os Europeus – governos, instituições, ONG, artistas, indivíduos e todos os outros actores da sociedade civil – que nos falem dos seus projectos e eventos e, sobretudo, de todas as inovações tecnológicas. E é com grande prazer que constatamos que a Europa está a fazer muita coisa. Em finais de Março, menos de uma semana antes de o sítio Web entrar em linha, já tínhamos mais de cem projectos, eventos e inovações no nosso Painel de Eventos. Há centenas de conferências, seminários, concursos, exposições, etc., mas também uma enorme quantidade de vídeos e fotografias para explicar as alterações climáticas. Esperamos, evidentemente, ter conhecimento de muitos mais, até à Conferência de Copenhaga, em Dezembro. Portanto, se estão preocupados com as alterações climáticas, vejam o sítio W e b d a ca mp a nh a C o o l P l anet (www.CoolPlanet2009.org), e se estão a fazer alguma coisa sobre o assunto, digam-nos. É cool preocuparmo-nos e o nosso planeta precisa de atenção.
destinados ao desenvolvimento das infra-estruturas, à realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e à adaptação às alterações climáticas. Os restantes 500 mil milhões de dólares são necessários para resolver os problemas de liquidez e permitir a continuação dos fluxos comerciais bem como para evitar condições de crédito restritivas q u e a ce n t u a r i a m o i m p a c t o económico e social da crise.
Importantes negociações com vista a novo acordo sobre alterações climáticas arrancaram na Alemanha A primeira série de negociações apoiadas pelas Nações Unidas tendo em vista a conclusão de um novo e ambicioso tratado internacional sobre alterações climáticas em Copenhaga, em Dezembro, teve início a 29 de Março, em Bona.
países ainda têm muito trabalho a fazer", frisou Yvo de Boer no início da conferência, que se prolonga por nove dias.
"Os países industrializados estão empenhados em dar o exemplo e o mundo espera que s cheguem a acordo, em Copenhaga , em Dezembro, sobre metas ambiciosas, compatíveis com aquilo que os cientistas nos estão a dizer", " E s t a p r i m e i r a s e s s ã o d e disse Harald Dovland, que preside negociações deste ano é vital para ao grupo de trabalho que está a fazer avançar o mundo em direcção dirigir as negociações. a uma solução política para as alterações climáticas", disse Yvo de "Temos de criar as bases para esse Boer, Secretário Executivo da acordo em Bona, nesta sessão, Convenção-Quadro das Nações mudando de atitude e iniciando Unidas sobre as Alterações negociações sérias e aprofundadas", Climáticas (CQNUAC). acrescentou. "O tempo começa a escassear e os Para mais informações (em inglês)
Aliança das Civilizações 6-7 de Abril de 2009 O Primeiro-Ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, o PrimeiroMinistro de Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, o SecretárioGeral da ONU, Ban Ki-moon, e o Presidente Jorge Sampaio, Alto Representante para a Aliança das Civilizações, encontram-se entre as figuras públicas que irão participar no Fórum da Aliança das Civilizações, em Istambul.
Tal como o fórum inaugural da Aliança, que teve lugar em Madrid, em Janeiro de 2008, o Fórum de Istambul será firmemente orientado para a acção, dando destaque à realização de projectos concretos e a resultados práticos. Serão anunciadas várias iniciativas importantes. Para mais informações