Boletim do Centro Regional de Informação das Nações Unidas Bruxelas, Maio de 2010, N.º 56
Conferência de Revisão do TNP adopta documento final que inclui planos de acção sobre os três pilares do Tratado A Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares (TNP) adoptou, a 28 de Maio, um documento final que contém três planos de acção sobre os três pilares do Tratado e recomendações com vista à criação de uma zona livre de armas nucleares no Médio Oriente. Após quatro semanas de trabalho, a Conferência, na qual participaram 172 Estados Partes no TNP, chegou a acordo sobre uma série de recomendações destinadas a relançar os esforços multilaterais em prol do desarmamento nuclear e da não proliferação e a promover o desenvolvimento responsável das utilizações da energia nuclear para fins pacíficos.
O documento final contém também medidas práticas para aplicar plenamente a resolução de 1995 sobre a criação de uma zona livre de armas nucleares e de outras armas de destruição maciça no Médio Oriente. Neste contexto, as partes no TNP decidiram, nomeadamente, organizar, em 2012, uma conferência sobre a referida resolução.
todos os casos de desrespeito das obrigações decorrentes dos acordos de garantias desta Agência. Quanto ao terceiro pilar, os Estados Partes reafirmam, nomeadamente, que o Tratado incentiva o desenvolvimento das utilizações da energia nuclear para fins pacíficos e fornece um quadro de confiança e de cooperação no qual essas utilizações podem concretizar-se.
No que se refere ao primeiro pilar, isto é, o desarmamento nuclear, a Conferência reafirma a importância da aplicação plena, eficaz e urgente do artigo VI do Tratado, sobre a eliminação total dos arsenais nucleares. Relativamente ao segundo pilar, sublinha a importância de resolver no quadro da Para mais informações sobre a Conferência Agência Internacional de Energia Atómica (em inglês)
Editorial — Afsané Bassir-Pour, Directora
Ela é...
O mundo deve ultrapassar preconceitos e reforçar o diálogo, afirmou Ban Ki-moon no III Fórum da Aliança das Civilizações
A zona euro poderá estar em crise, mas aqui no UNRIC estamos exultantes. A campanha europeia dos ODM, "Podemos eliminar a pobreza", está a ter mais êxito do que alguma vez sonhámos! Ainda não estamos sequer a meio da campanha "Dá largas à tua criatividade" e já recebemos mais de 250 Anúncios contra a Pobreza. França e Portugal estão nos primeiros lugares. Vejam os anúncios e votem a favor do vosso preferido. Os 30 anúncios que receberem mais votos serão submetidos à apreciação de um júri. Uma das principais razões do êxito da campanha europeia sobre os ODM é a nossa pareceria com os principais jornais diários de todo o continente. Em França, estabelecemos uma parceria com o Libération, e em Portugal, com o Público. A outra razão é, evidentemente, o trabalho maravilhoso dos núcleos francês e português aqui no UNRIC. Merci. Obrigada. A campanha europeia faz parte da campanha mundial das Nações Unidas sobre os ODM. A ideia que está por detrás da campanha "Podemos eliminar a pobreza" é fazer com que a voz dos cidadãos europeus se oiça na cimeira sobre os ODM, que terá lugar a 20 de Setembro, em Nova Iorque. E quem é a senhora misteriosa da fotografia que apresentamos no princípio deste editorial? É Myrtis, uma rapariga que viveu há 2500 anos e que usámos no cartaz da campanha europeia sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio – ela é um dos Amigos do Milénio. Haverá alguém que o possa ser mais do que ela? E por que razão é ela um dos Amigos do Milénio? Visitem o sítio Web www.WeCanEndPoverty.eu
A segunda razão para aprofundar o trabalho da Aliança é que o processo de construção de sociedades inclusivas deve ser ele próprio inclusivo”. Sublinhando que todos nós somos necessários, lembrou que a paz e a reconciliação não podem ser impostas, sendo antes sementes plantadas por pessoas e ajudadas a crescer pelas comunidades.
Os governos, a sociedade civil, o sector privado, as comunidades religiosas, os jovens do mundo inteiro representam um “movimento social global e uma Aliança da Humanidade” que deve privilegiar o diálogo para resolver os seus conflitos e “desaprender” os preconceitos, defendeu o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, no 3º Fórum da Aliança das Civilizações que reuniu no Rio de Janeiro, Brasil, milhares de responsáveis de governos, parlamentares e representantes de organizações internacionais e da sociedade civil.
Em terceiro lugar, a Aliança das Civilizações deve enfrentar, hoje em dia, o desafio da globalização, que, paradoxalmente, “une e aliena”. Os benefícios da globalização são mais visíveis, mas também o é a sensação de que esses benefícios estão fora do alcance de muitos, reconheceu, acrescentando que esses medos provocam a retracção das pessoas, que se afastam da globalização, isolando-se em posições do tipo “o nosso caminho é o melhor” ou “não há outro caminho senão o meu”.
A seu ver, a Aliança é fundamental por três razões. Em primeiro lugar, porque a sua missão é uma das mais importantes do século XXI, uma era em que “três quartos dos conflitos no mundo inteiro têm uma dimensão cultural”. Ver também O Secretário-Geral sublinhou o papel crucial da educação, “que é mais do que aprender”. Por vezes, trata-se de “desaprender”, de pôr de lado os estereótipos do “outro” e de acabar com os rótulos que contribuem mais para dividir do que para definir.
Mais informações em português no sítio Web do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil Sítio Web da Aliança das Civilizações (em inglês)