AGENDA Dezembro 2022
Equipa de produção: Isa Silva, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Rosário Félix, Vicente Sardinha, Vírginia Soares
Contributos e Desenhos: Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, André Baptista, Fernando Correia, Isabel Loureiro, Leonor Lourenço, Mariana Guerra, Olga Lalanda, Pedro Gertrudes, Vicente Sardinha
Design e paginação: Isa Silva
Revisão: Manuel Tavares, Leonor Lourenço, Vírginia Soares
Copyright: Urban Sketchers Portugal www.urbansketchersportugal.blogspot.pt
Sugestões e contacto: uskp.actividades@gmail.com
Desenho vencedor do Tema do Mês: Marta Raquel Teixeira
ENTREVISTA
André Duarte Batista por Leonor Lourenço 04
LIVRO
Fullerton - Jorge Colombo por Vicente Sardinha 10
ENCONTRO
Compostela Ilustrada - Espanha por Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, Isabel Loureiro, Mariana Guerra 12
ENCONTRO
Festival OutFest - Barreiro por Pedro Gertrudes 19 DICAS 1, 2, 3 por Fernando Correia 20
AGENDA
Encontros, Formações, Exposições 21
EDITORIAL
Mais um ano passou e bem rico em actividades. A pandemia acalmou e permitiu que regressássemos a dias ‘normais’.
2023 promete ser um ano também cheio de actividades e novidades.
Apelamos à participação de todos com partilha de desenhos no blog. Lembramos que foi lá que tudo começou. O blog é o centro dos USkP.
Conhecemos bem as dificuldades de acesso (porque há muito tempo que se atingiu o limite máximo de permissões) mas a todos que não o conseguirem, enviem-nos os desenhos para o email diariosgraficos@gmail.com que identificamos a autoria e colocamos para que todos possam ver, admirar e comentar.
Um solução definitiva para este problema vai ser implementada em 2023.
Aproveitem a quadra que se aproxima para registar os momentos em família, os passeios com amigos, os doces deliciosos e natalícios, as prendas e tudo sem nunca perder a esperança que esta crise mundial que nos assola passe o mais rápido possível.
Desejamos a todos Boas Festas em nome da Associação USkP.
Temos um novo TEMA DO MÊS: Desenhar decorações de Natal. O desenho com mais comentários no blog, será a capa da próxima Agenda.
Não se esqueçam de passar pelo blog para mostrarem os vossos desenhos, deixarem comentários e participarem no Tema do Mês.
Inspirem-se, relaxem e desenhem muito! Direcção dos USkP
ENTREVISTA
André Duarte Batista Por Leonor Lourenço
André Duarte desde quando e como começaste a integrar os USKP?
Comecei a integrar os USKP em 2014, quando coordenei a organização do projecto cultural Arte ao Centro em Torres Vedras, tendo convidado Eduardo Salavisa e Nelson Paciência para orientar um Sketchcrawl.
Tens realizado vários encontros para desenhar em parceria com a Câmara Municipal de Torres Vedras e que reúne imensas pessoas a desenhar.. Qual o segredo para conseguir tal feito?
Na verdade, os encontros são da responsabilidade do Município. Eu, enquanto funcionário, sou apenas o coordenador e conto com a colaboração de uma equipa, que é curta, mas é uma equipa. E o facto de ser curta justifica ainda mais este reconhecimento, pois fazem verdadeiros milagres. O sucesso devese ao trabalho de equipa e à forma como sabemos receber quem vem de fora, e aqui refiro-me a todos os torrienses. Não há qualquer segredo,
há sim uma organização rigorosa, uma selecção criteriosa dos locais a desenhar e o envolvimento da comunidade local. Há um princípio orientador que não abdicamos – todos os encontros são feitos a pensar no sketcher que vem pela primeira vez desenhar em grupo. Se “conquistarmos” esse sketcher, conquistamos todos os outros. A comida e o vinho também têm contribuído para esse sucesso (risos). Um dos aspectos diferenciadores, é o facto de termos um conjunto significativo de aguarelistas que se juntam aos sketchers, verificandose sinergias dignas de estudo.
Também tens promovido residências artísticas. Partilha connosco esta e outras dinâmicas em que estás envolvido? Sim, esta vertente do desenho interessa-me muito, pois junta dois mundos que me são caros – o desenho
de observação e os processos de reabilitação urbana. As residências nasceram com o projecto ENCOSTA – Desenho de Rua. A Encosta de São Vicente iniciou um processo de reabilitação urbana profunda, levando a cabo uma alteração física e social
André Duarte Batista
profundas. Iniciámos um conjunto de registos, desde a fotografia ao vídeo e foi aí que decidimos introduzir o desenho, através de um encontro anual e uma residência artística. Para as residências, que iniciaram em 2017, começámos com dois sketchers, o António Procópio e a Suzana Nobre. Eles representam bem o que era pretendido – conseguir registos que não se focassem apenas no tecido edificado e que introduzissem as pessoas e as suas histórias de vida. A aposta foi um sucesso, pois tivemos acesso a uma realidade que a maior parte das pessoas desconheciam. Isso só foi possível com a imersão que estes dois sketchers fizeram durante uma semana, convivendo com aquela comunidade. Quando os convidámos, não estabelecemos regras, à excepção do território a explorar. É muito interessante ver a reacção das pessoas quando fazemos a exposição de todos os trabalhos. É um projecto simples, no entanto foi
inscrito no plano de comunicação deste processo de reabilitação urbana e temse afirmado como um caso de estudo no meio académico. Temos contado com a participação de um sketcher residente que é arquitecto e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Brasil, que tem estudado esta prática com os seus alunos, cujas reflexões resultam em artigos académicos. Do lado dos portugueses, passaram pela Encosta ainda o Augusto Pinheiro, a Ana Ramos, a Lurdes Morais e a Dina Domingues. Para nós, o mais importante é o impacto junto dos habitantes, começando pelo fortalecimento da auto-estima.
De que forma o facto de seres arquiteto interfere positivamente ou não no teu desenho de registo uskp? É engraçado perceber a quantidade de arquitectos no movimento USK, quer a nível local, nacional e internacional. A primeira vez que eu fui confrontado com essa realidade,
foi quando me ofereceram o primeiro livro colectivo dos urban sketchers Brasil, tendo constatado que em cerca de cem sketchers, quase noventa eram arquitectos. Não sei explicar esse interesse. Talvez um certo romantismo, algo que se vai repetindo ao longo da História. Eu sempre vi (e vejo) isso com bons olhos, sobretudo numa altura em que o desenho “à mão” está a desaparecer nos cursos de arquitectura, o que na minha opinião é totalmente incompreensível e irresponsável. A arquitectura influencia a minha relação com o urban sketching, pois foi no curso que voltei a ter prazer em desenhar no caderno. O desenho de observação foi a minha principal ferramenta para conhecer o caso de estudo da minha dissertação de mestrado – o centro histórico de Torres Vedras. Não sei se a minha profissão interfere positivamente.
Tenho dias em que acho que não, pois sinto que foco-me muito no edificado, ficando por explorar o desenho de pessoas ou comida, por exemplo. Importa referir que alguns dos skechers que mais me inspiram, não são arquitectos, como por exemplo a Rosário Félix, a Ana Luísa Frazão, a Suzana Nobre, o João Catarino ou o saudoso Eduardo Salavisa, entre outros. A minha relação com o desenho não tem uma vertente lúdica ou artística, quando desenho não consigo despir a pele do arquitecto. O que me dá mais prazer não é o resultado, mas sim o tempo que passo a olhar para uma determinada paisagem e o que trago comigo fruto dessa relação. O arquitecto Fernando Távora costumava dizer que os lugares tinham as respostas todas. Pois o que eu espero sempre que termino um desenho, é que traga comigo uma parte dos
ENTREVISTA
André Duarte Batista
lugares por onde vou passando. Passados alguns anos e mais de uma centena de cadernos, não sei se sou um melhor desenhador, mas tenho a certeza que sou um arquitecto melhor.
Fizeste parte da direção dos USKP. Após essa experiência sentes que algo mudou em ti enquanto urban sketcher?
Tive esse privilégio, apesar de ter sido uma fase muito complicada, começando no COVID e terminando na morte de Eduardo Salavisa. Foi muito
difícil. Creio que não mudou muito a minha vertente urban sketcher.
Que momentos têm sido mais marcantes para ti enquanto usk? E alguma viagem inesquecível?
Tenho vários momentos marcantes e muitas viagens marcantes. Começaria pelo Arte ao Centro de 2014, quando conheci o Nelson Paciência e passei a conhecer melhor o Eduardo Salavisa. Esse primeiro encontro em Torres Vedras foi muito marcante na construção dos alicerces do grupo
local. O Encontro Internacional de Desenho de Rua de 2015 (Torres Vedras) também foi muito marcante, sobretudo pelo início da relação triangular entre Brasil, Portugal e Espanha. O Simpósio do Porto marcou-me pela beleza da cidade e por ter apresentado o meu filho Tomás ao Gabi Campanário. O Simpósio Vadio nos Açores, excelentemente organizado pelo Paulo Brilhante, proporcionou-me momentos inesquecíveis, talvez por terem sido partilhados com grandes sketchers que ao longo dos anos se transformaram em grandes amigos. Outro momento que é sempre riquíssimo é quando o meu filho pega no caderno e nas canetas e começa a desenhar comigo. Sou um privilegiado, pois já fiz várias viagens marcantes nas quais o desenho teve um papel importante. Destacaria Paraty, em 2014, com o 5º Simpósio dos Urban Sketchers. Para além da beleza do lugar, beneficiei do facto
de ainda ninguém me conhecer. Não havia muita conversa, só desenho, de manhã à noite (risos).
É inevitável em quase todas as entrevistas o nome de Eduardo Salavisa ser referido. Foi marcante na vida de muitos nós. Que memórias guardas dele e queiras partilhar?
Para mim é sempre difícil falar do Eduardo. Tinha, e tenho, uma profunda admiração por ele, sobretudo pela forma como ele “estava no urban sketching”, com humildade e discrição, solidário e com uma enorme verticalidade intelectual. O Eduardo era daquelas pessoas que podia passar de forma discreta pelas nossas vidas, e sem dar por isso, tinha um enorme impacto. No meu caso, muito positivo. Com o seu desaparecimento físico, o movimento USK em Portugal nunca mais foi o mesmo. Sinto muito a falta dele e de tudo aquilo que ele representava.
LIVRO
Fullerton Jorge Colombo Por Vicente Sardinha
Em 2009 um amigo chamou-me à atenção para um artigo no jornal “Público” da autoria de Laurinda Alves, sobre uma comunidade online de pessoas que desenhavam na rua chamada “Urban Sketchers”. O artigo estava ilustrado com desenhos de Gabi Campanário, fundador do movimento, e de Jorge Colombo. Eu conhecia e acompanhava o trabalho do Jorge quando ele estava em Portugal e publicava ilustrações para o “Público”, “JL”, “O Independente” e para o “Sete” e era um dos ilustradores mais conhecidos e prolíferos da altura. Moço da minha geração (somos ambos de 63) mudou-se para os Estados Unidos em 1989 e aí fez carreira de ilustrador, fotógrafo e graphic designer, tendo-se tornado conhecido por ter feito a primeira capa do “New Yorker” totalmente desenhada no iPhone. Fullerton é um pequeno livro de recolha de desenhos, publicado em 1999 por altura da exposição com o mesmo nome, que era uma retrospectiva dos seus primeiros 10 anos nos Estados Unidos.
Desenho silenciosos de cidades ruidosas, pormenores, pessoas, apontamentos de rua que muitas vezes redesenhava.
Como diz João Paulo Cotrim da Bedeteca de Lisboa, nos seus desenhos ele usa o eterno conflito entre a noite e
o dia, a luz e a sombra, interior e exterior, corpo e paisagem, detalhe e totalidade, fidelidade e reinvenção, ficção e realidade.
ENCONTRO Compostela Ilustrada
- Espanha
Por Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, Isabel Loureiro, Mariana Guerreiro
Os encontros internacionais de Cadernos de Viagens, “Compostela Ilustrada” tiveram início em 2016, tendo este ano, entre 3 e 6 de novembro, decorrido a 5ª edição. Entre conferências, exposições e workshops,
cerca de 105 participantes, “invadiram” Santiago de Compostela, munidos dos seus cadernos, lápis e aguarelas. De Portugal estiveram mais de 21 participantes de vários locais do país. Este é o testemunho de um grupo
portuguesas, muito diferentes, algumas que não se conheciam e que durante 4 dias partilharam experiências, aprendizagens e acima de tudo momentos divertidos com boas gargalhadas à volta dos desenhos. Aqui ficam os testemunhos de cada uma e a vontade geral de voltar a partilhar esta experiencia.
Assim que tive o primeiro contato com o Javier percebi que era completamente “fora da caixa”, o tipo de pessoa que muito me agrada, um homem com uma grande energia e boa disposição. A proposta de trabalho consistia em formarmos uma composição sobre uma placa de cartão, usando o material que estava à nossa disposição.
Que chatice!
Foi isto mesmo que disse quando percebi que me tinha enganado ao escolher o workshop.
- Talvez consigas mudar, dizia a Olga. - Não me parece a tua onda, dizia a Ana Clemente.
- Mudar como? Vai ser difícil, está tudo preenchido.
Pois! E não pedi para mudar, lá fomos nós, eu e a Ana Clemente, para o workshop do Javier De La Rosa. Entrámos na sala, e quase de imediato senti uma grande satisfação.
Para minha surpresa o material era recortes de caixotes de cartão, daqueles que acondicionam os produtos que usamos nas nossas casas, ou seja, letras de diversos formatos e cores, frases completas, figuras diversas, tudo o que consta impresso nas embalagens, e cola branca para fixar (Percebemos mais tarde que para obter este material varias pessoas, incluindo ele, andavam na rua “aos caixotes”).
O resultado final de todos os trabalhos foi fantástico, as abordagens foram diversas e divertidas.
Posso afirmar que, para mim, foi um dos muitos pontos altos do Encontro Compostela Ilustrada. Para além dos Workshops, o que mais me
Compostela Ilustrada - Espanha
agradou foi sem dúvida nenhuma o grupo de mulheres que que conviveu comigo durante todo o evento. Adorava repetir a experiência.
Isabel Loureiro
Foi com muito entusiasmo que fui a este encontro internacional com as minhas companheiras de viagem. Tinha-me inscrito no workshop da Marielle Durand, Sombras Azuis, e a experiência superou as minhas expectativas. Estivemos no Jardim da Praça Central da Alameda, no Palco da Música, a pintar com o azul que a
Por Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, Isabel Loureiro, Mariana Guerra
Marielle nos ofereceu e que é o que usa nas suas pinturas. Do palco, olhámos em frente, de lado, só para os espaços fora do coreto. Foi lindo e fiquei encantada com a Marielle como pessoa. O outro workshop foi com a Maru Godas. Percebi que pintar com vinho, ver as suas cores, sentir o seu cheiro, saboreá-lo e usá-lo como fundo para uma pintura era um desafio a mim própria, penetrar num mundo para além de tudo o que estou habituada a fazer. E foi uma experiência extraordinária que me levou a pintar, num desdobrável imenso, uma viagem pelo despertar dos meus sentidos. Vaguear por Santiago, desenhar e pintar,
partilhar as obras e experiências dos Urban Sketchers que estiveram connosco, os encontros e amizades ficarão registados na memória como uma visita muito especial e que gostaria de repetir.
Ana Fernandes
Foram dias ricos, de partilha e de consumo de conhecimento.
Considero que o Encontro Internacional de Cadernos de Viagem foi uma plataforma para a junção de pessoas com interesses em comum, como a paixão pela arte e pelos livros. Houve espaço para convívio, para partilha e para
aplicar as técnicas e know-how que fomos aprendendo ao longo dos vários dias de encontro.
Juntámo-nos cinco e partimos de Lisboa rumo a Santiago de Compostela, instalámo-nos e no dia seguinte fomos desenhar a Catedral.
Rapidamente encontrámos mais urban sketchers portugueses e a Mariana juntou-se ao grupo. Gargalhadas, experiências, percursos no desenho e na vida acompanharam-nos a cada minuto e houve espaço para todos e cada um. Foi uma festa!
Nestes três dias do encontro foram partilhadas experiências muito diversificadas de várias áreas, exposições,
Compostela
Ilustrada - Espanha
pinturas murais, comics, urban sketching, experiências e projetos editoriais, apresentação de livros e outras. Também houve a apresentação do Sketch Tour Reload com a viagem aos Açores feita pelo Mário Linhares e a Maru Godas. Na inscrição incluía a frequência de 2 workshops que decorriam em vários locais da cidade. As minhas opções foram o da Rita Sabler no Mercado de Abastos e Paula Varona no museu da
Por Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, Isabel Loureiro, Mariana Guerra
Fundacão Eugénio Granell. No primeiro aprendi a contar uma história visual com 4 ou 5 vinhetas numa página e no segundo a explorar a luz e a sombra exprimindo as minhas emoções com cores num espaço como um museu.
Mariana Guerra
Um dos workshops em que participei foi orientado pela Rita Sabler, onde tive a oportunidade de aprender que, por trás
de qualquer desenho, há uma história. A Rita Sabler ensinou-nos a contar essa história em formato de vinhetas, o que tornou o processo de sketch num momento de conhecimento de algumas das pessoas que trabalham no Mercado de Abastos, de Santiago de Compostela, onde decorreu o workshop. Decidi desenhar a banca de “Pescados e Mariscos da Carmen”, onde, durante uma hora, entre turistas e mariscos desenhei quem lá trabalhava, enquanto me contavam as suas histórias e o seu processo de preparação do marisco. Também este workshop deu origem a uma ótima experiência gastronómica no Mercado, com o grupo de portuguesas que conheci nestes dias e que espero levar comigo para muito mais encontros e viagens!
A cumplicidade que se gerou dentro do grupo foi deliciosa, onde até a “generation gap” se tornou motivo para umas boas gargalhadas. Formações avançadas em: como tirar selfies em condições, o domínio do Instagram, ou cursos de “portinhol”, decorreram em paralelo com os workshops oficiais das Jornadas. O nosso grupo esteve mais uma vez em alta no jantar de encerramento, onde foram sorteados alguns livros e materiais. Contra todas as probabilidades a nossa mesa recebeu o prémio por 3 vezes! Penso que a malta da organização ainda deve estar a tentar perceber como é que isso aconteceu. O meu objetivo ao participar, para além de uns dias de férias bem passados a fazer o que gosto, era experimentar novas
Compostela
Ilustrada - Espanha
abordagens artísticas diferentes das que com que habitualmente tenho contacto. Por isso escolhi fazer os workshops, “A Prova Ilustrada” com a Maru Godas e “Junk Art/Arte com lixo” com o Javier de
Por Ana Fernandes, Ana Maria Clemente, Ana Maria Pereira, Isabel Loureiro, Mariana Guerra
la Rosa, e não me arrependi. Outro momento emocionante da viagem foi sem dúvida a visita à Catedral, onde me senti transportada para dentro do livro de Umberto Eco , “O Nome da Rosa”.
ENCONTRO Festival OutFest - Barreiro
E foi entre os dias 5 e 8 de Outubro de 2022 que se realizou mais uma edição do OUT.FEST, o Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro, e este ano os Urban Sketchers Barreiro foram convidados para desenhar os espetáculos e toda a energia que envolve os mesmos. Foram vários os concertos com diferentes estilos musicais que pude assistir nestes 4 dias de festival nos mais icónicos locais do Barreiro, desde as oficinas da CP, Biblioteca Municipal, coletividades ou espaços artísticos como a ADAO.
Em todos os locais em que estive presente, senti um prazer enorme de poder partilhar com o Henrique, a Inês, a Margherita e o Miguel o gosto pelo desenho e em conjunto, por vezes até desenhando “às cegas”, tentar aperfeiçoar o traço e experimentar novas técnicas, deixando-me envolver num turbilhão de sentimentos e emoções.
Obrigado a todos, mas em especial ao Rui Dâmaso pelo desafio lançado. Fico mais rico musicalmente... Fico mais rico como sketcher... Fico mais rico como pessoa...
Até 2023 OUT.FEST.
Pedro Gertrudes Pedro GertrudesDICAS 1, 2, 3
Por Fernando Correia
Comecei por ser aguarelista mas nunca me adaptei a pintar ao ar livre. Para mim era um trabalho de atelier que eu considerava muito monótono e demorado.
Para poder estar no exterior e executar uma obra que não demorasse muito tempo a ver o resultado, comecei a juntar-me aos Urban Sketchers e a partir daí a actividade tornouse quase uma obrigação, e a sentir-me mais espontâneo a desenhar do que a pintar.
Programo a minha vida de modo a não coincidir com a quarta-feira. É sagrada.
Com a prática comecei a ver qual era o melhor papel, a melhor caneta, a melhor tinta e a melhor aguarela, e o trabalho foi melhorando e a ter melhor “mão”..
Como costumo desabafar, desenhar faz-me bem à alma.
Desenhar o Panteão Nacional
#1 - Iniciei o trabalho com um esquisso feito com a caneta UniPin 0,1
#2 - Nesta fase foi usada a caneta TWSBI-Eco, com tinta Carbon Ink da Platinum e aparo extra fino
#3 - Nesta fase final o acabamento foi feito com uns breves apontamentos de aguarela em pastilha de várias marcas.
AGENDA
Dezembro 2022
ENCONTROS
17 DEZEMBRO | LISBOA
toda a informação actualizada em USkP ENCONTROS
Encontro no Centro Ismaili, 10H00 - 13h00, Requer inscrição - limite de 25 pessoas Org. USkPortugal + Centro Ismaili Mais info e inscrição > https://urbansketchers-portugal.blogspot.com/2022/12/encontrono-centro-ismaili-lisboa-17-de.html
FORMAÇÃO
GINÁSIO DO GRUPO RISCADO - DEZEMBRO
toda a informação actualizada em USkP FORMAÇÕES
Formador: Pedro Loureiro, Sessões: quartas-feiras, 18h00-19h30 (via zoom), Tema: Caminhos da multidão (desenhar pessoas e fazer composições com pessoas), Mais informações e inscrição >
EXPOSIÇÕES
toda a informação actualizada em USKP EXPOSIÇÕES
NÃO CONHEÇO NINGUÉM QUE NÃO CONSIGA DESENHAR
Mostra de Urban Sketchers Ilha Terceira De 29 Outubro até 31 de Janeiro 2023, Edifício de São Francisco, Sala do Capítulo, Museu de Angra do Heroísmo
OFICINAS SINGULARES
À CONVERSA COM HENRIQUE VOGADO - SESSÃO #30
todas as edições em YouTube UrbanSketchers Açores
Facebook USK Açores - 17 Dezembro, 10h Açores / 11h Continente Org. USK Açores