AGENDA Fevereiro 2021
Desenho vencedor do Tema do MĂŞs: Ana Maria Clemente
urbansketchers-portugal.blogspot.pt
1
AGENDA Fevereiro 2021
Desenho vencedor do Tema do Mês: Ana Maria Clemente Equipa de produção: Abnose, André Baptista, Carlos Matos, Henrique Vogado, Isa Silva, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Rosário Félix, Vicente Sardinha Colaboraram nesta Agenda: Abnose, Alberta Rangel, Alexandra Baptista, Ana Maria Clemente, André Baptista, António Pedro Mano, C Fidalgo, Carina Figueiredo, Carlos Matos, Carlos Rodrigues, Celeste Vaz Ferreira, Conceição Reis, Fátima Leite, Filipe Botelho, Gabriela, Isa Silva, Isabel Braga, Isabel Zilhão, João Albergaria, João Tiago Fernandes, Jolanta Mourinha, Jorge Antunes, José Louro, Ketta Linhares, Leonor Janeiro, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Manuela Rolão, Marçal Vilaça, Marcelo de Deus, Margarida Botto, Maria Inês, Marta Castro, Maura Barreto, Pedro Alegria, Pedro Cabral, Quim Ferreira, Rita Cortês, Rosário Félix, Sara Gamito, Sílvia Santos, Sofia Palma, Susana Teles Margarido, Tita, Vanda Dias Design e paginação: Isa Silva Revisão: Manuel Tavares Copyright: Urban Sketchers Portugal www.urbansketchersportugal.blogspot.pt Sugestões e contacto: uskp.actividades@gmail.com
ENTREVISTA
Alexandra Baptista por Leonor Lourenço
OS NOSSOS DESENHOS Tema: USKPdesafio1 Tema: USKPdesafio2
04 10 14
LIVRO
Diário secreto do Pequeno Polegar por Ketta Linhares
18
VIAGEM GRÁFICA Malásia por Sofia Palma
20
RUBRICA
Conversas Virtuais por André Baptista
24
INICIATIVA
Leilão Solidário por Susana Teles Margarido
26
HOMENAGEM
Até sempre, Bruno! por Margarida Botto
28
ABCDIÁRIO Letra E
por João Tiago Fernandes
30
NOSSO CONVIDADO Subitamente por José Louro
34
GRUPOS
USk Norte por Pedro Alegria
36
DICAS 1, 2, 3
por Celeste Vaz Ferreira
AGENDA
Encontros, Formações, Exposições 2
39 40
E D I T O R I A L Olá a todos. Um dia de cada vez. Está a ser a cartilha pela qual estamos todos a viver porque, infelizmente, a pandemia não nos está a querer largar. Várias iniciativas canceladas ou adiadas e várias ideias à espera de melhores dias. E a vontade de nos vermos sem ser por écran que cresce dia a dia… Mas não falemos de coisas menos boas. Vamos nos concentrar no bom que podemos ver, fazer e partilhar. Com entrada de nova quarentena, lançámos novos Desafios que, todas as quintas feiras, ajudarão todos a estarmos unidos através do desenho. Os Urban Sketchers Portugal lançaram em janeiro o seu canal de You Tube com alguns vídeos mais antigos e com os quatro feitos durante a iniciativa dos ‘9 Jardins de Lisboa’ dentro do Lisboa Capital Verde. Mas não ficámos por aqui. Mesmo no final no mês, iniciámos a rubrica Conversas Virtuais onde vamos ter sempre dois convidados de Portugal, Brasil e Espanha. Em directo, conversamos sobre desenho, sobre as experiências, sobre materiais e uma mão cheia de temas. No chat, poderão comentar e perguntar o que desejarem aos nossos convidados. Para todos os que não conseguem assistir em directo poderão fazê-lo em qualquer altura porque os vídeos permanecerão no canal. Mas fiquem atentos porque vêm aí mais novidades… Vamos ficar juntos nem que seja virtualmente. Apelamos, uma vez mais, à participação activa no blog seja através de desenhos e/ou comentários. Inspirem-se, relaxem e desenhem muito! Direcção dos USkP
3
ENTREVISTA Alexandra Baptista
Por
Leonor Lourenço
Alexandra quando nasceu o teu entusiasmo pela arte? Em criança ou em fase mais avançada? Sabes, não tenho memória do início desse processo. Sempre me fiz acompanhar de cadernos, tintas e pincéis… mergulhava no silêncio dos desenhos passando horas em contemplação e recordo-me (eu devia de ter uns sete ou oito anos) de uma prima afastada - uma mulher culta e inspiradora - numa das suas visitas, no tempo em que as pessoas se visitavam com regularidade, que me apresentou a M.Yourcenar e deixando-a delicadamente sobre o meu caderno segredou: «Vai, procura o teu caminho». Julgo que a Fuga de Wang-Fô fomentou o «embarque» nesta viagem sem fim. Esse livro ainda o tenho e a procura mantém-se. Embora já o usasse na escola secundária, foi sobretudo nas Belas Artes que o uso do Diário gráfico ou do caderno de artista foi amplamente estimulado por professores como Francisco Aquino, Pedro Saraiva ou Carlos Amado e propagado entre
colegas que adquiriam esse hábito e o convertiam numa cumplicidade experimentalista. E relativamente ao movimento dos Urban Sketchers, quando tiveste conhecimento da sua existência? 4
foto de José Cabral
Em dois mil e pouco tropecei num blog roll com desenhos, era uma coisa estrangeira e muito ativa onde proliferavam desenhos urbanos e de arquitetura. Acompanhava-o mas não me motivou pois encarava o caderno como algo mais exploratório. Entretanto descobri o Diario gráfico, um site do Eduardo Salavisa. Percebi que além das suas viagens, compilava um conjunto incrível de artistas que faziam uso do caderno. Fiquei fascinada com a diversidade de propostas, era um trabalho de recolha notável que me apoiou em diversas aulas. Quando descobri que tinha uma secção para escolas, contactei o Eduardo -
estávamos em 2007- partilhei com ele o trabalho desenvolvido pelos meus alunos. E é certo que foram integrados naquele recanto do seu site que servia de estímulo para quem deste lado começava a desenhar. Pouco depois escrevi ao Eduardo propondo que viesse a São Miguel desafiando-o a fazer uma oficina orientada para professores no âmbito dos Diários Gráficos. Desta vez não obtive resposta (soube muito mais tarde, por ele, que tinha tido um problema com a caixa de correio) e o assunto caiu no esquecimento até que em 2013 uma antiga aluna me procurou expondo a sua intenção de trazer os Urban Sketchers para os Açores. 5
ENTREVISTA Alexandra Baptista
Em 2014 fundaste os USK dos Açores. O que te incentivou a iniciar o grupo? Embora tenha colaborado desde o seu nascimento com o grupo, não me coube a iniciativa da sua criação. Como referi atrás, a Sofia Carolina Botelho veio ao meu encontro perguntandome se estava interessada em envolver os alunos num evento que se centrava no desenho em caderno e visava lançar o movimento Urban Sketchers nos Açores e se poderia acolher na escola uma aula aberta dada pelos sketchers convidados sobre diários de viagem e sobre os Urbansketchers. Confesso que ainda não conhecia o Mário nem a Ketta, mas o nome do Eduardo era francamente referenciado nas minhas aulas e fiquei entusiasmadíssima. A mim coube-me acolher uns e contaminar os outros. Ainda em 2014 a Margarida Botto, da DGPC, contactou-
me propondo-me que fosse anfitriã do (a) Riscar o Património em São Miguel. Julgo que terá sido o Eduardo Salavisa a dar-lhe essa achega, e esse foi o momento realmente vinculativo. Nessa altura os encontros tinham pouca adesão e julgo que isso fez manterme ligada, por entender que os USK reuniam um conjunto de características que deviam ser mantidas e divulgadas. Além disso compunha-se por pessoas interessantes oriundas de «todas as confissões» que tinham por base uma filosofia de partilha desinteressada. Percebi que essa dedicação ao caderno era abrangente e multifacetada e que vinha ao encontro do que íamos fazendo na escola sendo que a melhor forma de fazer crescer o movimento seria envolver, para além de outras pessoas, os alunos e os mais jovens para garantir a continuidade. 6
Tens manifestado ser uma pessoa determinada e que gosta de desafios. Gostávamos de saber qual deles teve maior significado para ti. O desafio mais significativo do ponto de vista coletivo prende-se com o fito cúmplice entre a coesão e o informalismo existencial e do ponto de vista pessoal constitui-se diariamente na procura exaustiva de uma verdade no desenho que não se encontra à superfície nem na aparência das coisas.
por não saber bem como as coisas iam correr, pela exposição (que me é sempre penosa) e de uma tristeza – profunda - pela efemeridade do meu interlocutor. O Eduardo foi sempre muito generoso comigo, um mentor que não esquecerei. Fez sentido encetar conversas com a essência do grupo. Assim aparece também o Mário Linhares que é representativo do início do grupo aqui nos Açores e também pela sua generosidade cultural e estética cativante. O Gabi Campanário representa - internacionalmente a paixão pelo desenho no local e é um elemento agregador desta engrenagem que atingiu uma escala mundial e veio provar que este projeto não tem fronteiras, é resiliente e será uma forma de partilha informal e descomprometida que visa uma ligação e a troca entre todos os que gostam de desenhar in loco.
O teu projeto a que denominaste de “oficina singular” tem sido bastante apreciado e com um leque de pessoas muito diversificado. Nesse espaço já foi inclusive, o Gabi Campanário, o mentor dos Urban Sketchers. Como tem sido esta nova experiência? As «oficinas singulares» foram batizadas pela Sara Rocha Silva, uma sketcher que faz parte da atual organização. A ideia decorreu do primeiro confinamento e da consequente impossibilidade de sairmos e de nos juntarmos para desenhar. Apercebi-me que tínhamos ao nosso dispor uma ferramenta potenciadora de proximidade (embora virtual), onde finalmente podíamos criar pontes com as pessoas e grupos que partilham dos nossos interesses. Com a pandemia, as barreiras criadas pela contingência geográfica parecem diluir-se. É possível fazer coisas que permitam unir, divulgar pedagogicamente a nossa natureza e posicionamento e foi nesse sentido que avançámos. Atualmente, pergunto-me porque motivo nunca tirámos partido destes recursos informáticos que já existiam e que viviam adormecidos ao nosso lado. A primeira oficina foi para mim uma aventura incrível, tecnológica e de grande ansiedade
Há sempre alguém cujo trabalho artístico mais admiramos. Partilha connosco essa /essas referências. Há muitos sketchers que admiro, pelas suas características únicas e pela coragem que demonstram, a começar pelo Eduardo Salavisa que é um desenhador de excelência, João Catarino, José louro, Mário Linhares e Tiago Cruz pela tensão dos «olhares». Gosto também muito da Inma Serrano, da Ketta, do Felix Scheinberger e de mil e um outros nomes cujos desenhos me fazem vibrar. Há várias pessoas que gostariam de se juntar a grupos de USKP mas que têm muitos receios e desculpas tais como “não sei desenhar mas gostava muito de saber”. Sendo professora de arte gostaríamos que comentasses a tua visão sobre este fenómeno. 7
ENTREVISTA Alexandra Baptista
Que projetos futuros tens em vista e que querias divulgar? Tenho vários que envolvem os USK a começar pela recuperação da liberdade que a pandemia nos roubou. Depois ambiciono levar a cabo alguns projetos que 2020 inquinou, como por exemplo o evento nacional que organizamos, conforme anunciado no 10º aniversário dos USkP e que está a ser reescrito para 2021 com base em muitas incertezas.
Ahh, todas as pessoas sabem desenhar, muitas acreditam que o desenho reside na mimese e quando não alcançam o que visualizam sentem frustração. Nem todos serão eventualmente artistas, mas todos podem desenhar. A essas pessoas costumo dar como exemplo a Helena Monteiro ou a Teresa Ruivo que não sendo da área das expressões adquiriram uma expressão própria ao (a)riscar sem medo. Apropriandome do K. Nicolaïdes, digo que só se desenha desenhando. Parece uma redundância, mas o gerúndio aqui empregue prolonga a ação e remete-a para a continuidade. É igualmente importante que as pessoas encarem com naturalidade os «erros» e/ou que os explorem expressivamente, suponho que os mais novos tenham mais flexibilidade e compreenderão melhor o que isso significa. Como professora cabeme a tarefa de aguçar o olhar, mas não é como professora que me enquadro no grupo. É enquanto pessoa, perante os desafios que o quotidiano nos prepara e é equidistante dos meus pares que tento transmitir segurança e desmistificar algumas incertezas. Aos poucos as pessoas expõem-se revelando a sua autenticidade.
Há alguma questão que não tenha sido contemplada, mas que gostarias de acrescentar? Gostava de agradecer este convite e de vos felicitar pelo trabalho desenvolvido na agenda. Abraço a todos e bons desenhos.
8
Todos os últimos sábados do mês
Dois sketchers convidados no nosso canal de You Tube
9
OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO1
Querido rolo de papel higiénico Pedro Cabral
Sara Gamito
Leonor Janeiro
Sílvia Santos Carlos Matos
10
Antรณnio Pedro Mano
Isa Silva
Manuela Rolรฃo
Carina Figueiredo
Abnose
11
OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO1
Querido rolo de papel higiénico
Alexandra Baptista
Manuel Tavares C Fidalgo
Gabriela
12
JoaĚƒo Albergaria
Filipe Botelho
Jolanta Mourinha
Alberta Rangel Marcelo de Deus
13
OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO2 Descoberta Verde Caseira
Vanda Dias
Marta Castro
Rosário Félix
Carlos Rodrigues
14
Quim Ferreira
Rita Cortês Isabel Zilhão
Jorge Antunes
Isabel Braga
15
OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO2 Descoberta Verde Caseira
Fátima Leite Conceição Reis
Ana Maria Clemente
Maria Inês 16
Maura Barreto
Marçal Vilaça Tita
17
LIVRO
Diário secreto do Pequeno Polegar
Por
Ketta Linhares
Sempre fui apaixonada por livros infantis. Principalmente por aqueles que me permitem viajar pelos desenhos e criar outras histórias além daquelas que já foram escritas. Quando comecei a desenhar em cadernos, debatia com o facto de não conseguir colocar no caderno o que os meus olhos viam com o que a minha cabeça contava! Talvez se devesse ao facto de estar sempre a comparar-me com outros desenhadores. É um desafio desenhar e deixar os leitores criarem a sua própria história. E muitas vezes não reconhecem o meu desenho da mesma forma como o criei. E não tem de ser assim. Desenho para mim porque permito-me viajar pelo lugar e criar mil e uma histórias à volta do mesmo desenho. Aos outros deixo espaço para interpretarem uma outra narrativa, consoante a forma como vêem o mundo. “Diário secreto do Pequeno Polegar” conta, com um humor hilariante, a história de uma família de 7 irmãos pobres na sociedade medieval e tem os ingredientes certos para me colocar numa outra atmosfera: a narrativa é apaixonante e a ilustração é deveras
impressionante, com uma mistura de diversas técnicas tão bem aplicadas que é de deixar qualquer um de queixo caído. A Rébecca Dautremer é das minhas ilustradoras favoritas. Inspira-se em personagens e acontecimentos reais para contar graficamente uma história que não tem de ser única. É um diário, uma constante revelação gráfica que acontece em cada dupla página do livro, que mais se parece com um laboratório de experiências, onde a ilustradora mistura o desenho inacabado 18
do meu diário gráfico sem a preocupação de expôr ou justificar. Contar histórias sem medo de riscar o erro, desenhar por cima ou não acabar o desenho. Deixei de me comparar aos outros desenhadores quando este livro me veio parar, acidentalmente, às mãos. Encontrei-o numa livraria, escondido atrás de livros grandes! Foi por curiosidade que peguei nele, pois na verdade estava à procura de um outro livro. Devorei as páginas todas nessa tarde. Trouxe-o comigo. Já o li inúmeras vezes e de todas as vezes inspira-me para novas páginas no meu diário gráfico! Ousar riscar, usar, cortar, pintar, rasgar, colar… Sem medo de ser criança em idade adulta. Sem medo de ver o mundo como uma criança e narrar histórias como um adulto.
com carimbos, o esboço com a fita cola, etiquetas vintage com listas de compras, rendas com fotografias antigas, a caligrafia de criança que se mistura com a máquina de escrever, enfim, uma explosão de imagens que me faz sentir capaz de de usar qualquer material e qualquer técnica que me apareça à frente. Provavelmente são páginas trabalhadas posteriormente no computador. Não me interessa. Interessa-me antes o facto de a ilustração revelar o adulto-criança que existe em mim. A capacidade de me fazer sentir livre como a criança que risca uma página em branco sem ter qualquer razão para isso. Poder arriscar no branco 19
VIAGEM GRÁFICA Malásia
Por
Sofia Palma
desenho 1 Em Janeiro de 2020 fizemos as malas e saímos da China para umas pequenas férias na Malásia. O plano era ficarmos duas semanas numa residência artística em Rimbun Dahan e uma semana a passear pelo país. 2020 foi um ano estranho. A
pandemia de Covid-19 foi declarada Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional, as fronteiras com a China fecharam, os aviões desapareceram e as nossas pequenas férias… tornaram-se permanentes. Hoje, dia 18 de Janeiro de 2021, ainda cá continuamos, com um bilhete de 20
desenho 2
avião que teima em ser cancelado. Estamos “encalhados”. Encalhados no paraíso. A Malásia é um pais incrível, multicultural de uma beleza indescritível. Acreditem, os meus desenhos não lhe fazem muita justiça! Tenho uma torre de cadernos desenhados, o suficiente para um livro, mas como aqui só temos algumas páginas partilho os primeiros desenhos do ano, aqueles onde ainda não se usavam as máscaras e os desinfetantes gel. Rimbun Dahan é a casa do arquiteto Hijjas Kasturi e da sua mulher Angela que disponibiliza o espaço para residências artísticas. Durante a residência ficamos hospedados numa casa tipicamente Malaia que foi salva de uma demolição agendada em Penang e transplantada
para a propriedade. (Desenho 1 e Desenho 2) O meu objectivo era fazer uma reportagem desenhada do local e a partir dos desenhos do diário gráfico criar uma série de gravuras representativas do tempo que passamos na residência. Durante 15 dias desenhei a propriedade e os seus jardins (Desenho 3) e também o nosso dia a dia que desenho 3
21
VIAGEM GRÁFICA Malásia
Sofia Palma desenho 4
consistia em pequenos e grandes passeios, visitas aos mercados noturnos, as famosas Batu Caves (Desenho 4, Desenho 5), muitas idas à piscina (Desenho 6, Desenho 7), jogos noturnos de tabuleiro (Desenho 8), e as idas aos muitos restaurantes com o seus pratos de comida maravilhosamente exótica (Desenho 9, Desenho 10). Ainda consigo lembrar-me daquela primeira sensação de… como seria viver na Malásia? A minha resposta passado um ano é: uma grande aventura!
desenho 6
desenho 5
22
desenho 7
desenho 8
desenho 9
desenho 10
23
RUBRICA
Por
Conversas Virtuais
André Baptista
Em tempos de Pandemia, com o objetivo de manter o contacto com a comunidade urban sketcher e proporcionar momentos de partilha, a Associação decidiu avançar com um ciclo de conversas virtuais, para as quais serão convidados vários sketchers nacionais e internacionais, destacando os portugueses, espanhóis e brasileiros. As conversas terão lugar nos últimos sábados de cada mês. A primeira conversa, com o tema Viagens, aconteceu no passado dia 30 de janeiro, às 17h, tendo como convidados a espanhola Cristina Urdiales e o português Luís Simões, contando com a moderação de André Duarte Baptista e do Vicente Sardinha. Isa Silva, presidente da Associação USK Portugal, deu as boas vindas aos convidados e aos participantes, fazendo um breve enquadramento da iniciativa. A conversa teve como ponto de partida a apresentação feita pela Cristina, que nos deu a conhecer um pouco do seu percurso pelo desenho em caderno, destacando que, paralelamente à paixão pelo
desenho, cultiva a paixão pelas viagens, e segundo a mesma, são duas paixões inseparáveis. Ao viajarmos pelos seus cadernos, ficámos a conhecer os locais por onde viajou, bem como as técnicas que pratica, o tipo de cadernos que utiliza e as suas influências. A segunda apresentação, coube ao Luís Simões que também nos deu a conhecer alguns dos locais por onde andou a viajar e a desenhar, pelo menos desde 2012, ano em que iniciou o famoso projeto world sketching tour. Ficou claro que, para o Luís, o desenho é muito mais que uma forma 24
de expressão artística, é sobretudo uma ferramenta de interação social. Findadas as apresentações, houve tempo para uma conversa, onde foram colocadas algumas questões tanto pelos moderadores, como pelo público que teve oportunidade de assistir em direto através do youtube.
Para quem não teve oportunidade de assistir ao vídeo Conversas Virtuais Edição 1 pode fazê-lo AQUI, e fica desde já convidado a participar na próxima Conversa Virtual que terá lugar no dia 27 de Fevereiro, às 17h. Contamos com a tua participação.
25
INICIATIVA
Por
Leilão Solidário
Susana Teles Margarido
A Associação de Desenhadores de Rua – Vadios Azores Sketchers – é ainda muito jovem; constituiu-se em setembro de 2019, por iniciativa do seu presidente, Paulo Brilhante, frequente na arte de rabiscar. O grupo “apareceu” na sequência do Simpósio Vadio em S. Miguel. Vieram novos elementos após este evento. Gente que nunca tinha desenhado, ou com pouca experiência nestas lides do desenho à vista. Com a persistência de todos, demos os primeiros passos numa imensa escuridão que se foi fazendo luz à medida que caminhávamos. Nos nossos encontros semanais, cada vez com mais participantes, vamos aprendendo a observar, a rabiscar, a pincelar, mas sobretudo a criar laços cada vez mais estreitos; somos assim uma família que já não se sente bem se não estiver junta. Mas como entendemos que, para além de tirarmos prazer dos encontros com riscos e cores, também deveríamos partilhar um pouco de nós, de modo a darmos alegria a mais pessoas,
no Natal de 2019 fomos desenhar para a Pediatria do Hospital de Ponta Delgada e oferecemos às crianças, cadernos, lápis e aguarelas entre outros miminhos. Foi uma forma de colocarmos a nossa arte ao serviço dos mais pequenos. Neste Natal não poderíamos fazer nada semelhante, pois a proximidade está barrada a todos nós. Mas como continuarmos a partilhar o nosso prazer com outras pessoas? 26
Foi então que surgiu a ideia do “Leilão Solidário”, cujas receitas reverteriam a favor de crianças e jovens institucionalizados. E assim foi… Vários de nós, oferecemos aguarelas e fizemos um leilão no Facebook. A adesão foi fantástica; de 14 trabalhos obtivemos cerca de 900 euros. Sorteamos os Lares de Crianças e Jovens de S. Miguel e oferecemos 6 bicicletas e 6 capacetes (para diferentes idades) de forma a promovermos o
desporto ao ar livre. As instituições premiadas ficaram radiantes e as crianças e jovens ainda mais. Não tirámos fotografias, pois não pretendíamos transformar a nossa ação em propaganda, no entanto, para que mais grupos possam ter ideias semelhantes, partilhamos aqui a nossa. E esperamos continuar, de uma ou outra forma, a envolver os que nos rodeiam e dar-lhe um pouco de nós. 27
HOMENAGEM Até sempre, Bruno!
Por
Margarida Botto
O (a)Riscar o Património não pode deixar de prestar homenagem ao Presidente da Fundação Côa Parque, o Doutor Bruno Navarro, prematuramente falecido no passado dia 30 de Janeiro. No fim-de-semana de 19 e 20 de Outubro de 2019, o (a)Riscar o Património, em parceria com os USKP e o apoio da Fundação Côa Parque e da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, preparou o Encontro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, que reuniu cerca de 40 sketchers de todo o país que puderam, assim, conhecer ou revisitar o Museu e o extraordinário conjunto de arte rupestre do Côa, classificada como Monumento Nacional em 1997 e inscrito na Lista de Património da Humanidade em 1998 pela UNESCO. A colaboração prestada pela Fundação foi inexcedível, 28
proporcionando a todos os participantes visitas guiadas ao Museu, transporte em jipe para os sítios arqueológicos, alojamento no magnífico Centro de Alto Rendimento do Pocinho (com transporte da Câmara Municipal de e para o Museu durante os dois dias), um jantar convívio no belo restaurante do Museu e dois almoços a preços simbólicos, com o acompanhamento profissional e entusiástico de toda a equipa do Museu. Um encontro inesquecível, proporcionando momentos de descoberta, entusiasmo, bom convívio e partilha entre os
desenhadores, de que resultaram belos registos gráficos, com a promessa ainda não cumprida, por todas as razões que conhecemos - de organizarmos uma exposição no Museu e nas instalações da Câmara Municipal assim que possível. Nada teria acontecido sem o Bruno Navarro que, enquanto Presidente da Fundação Côa Parque, concordou com entusiasmo e apoiou esta iniciativa deste o primeiro momento. Para ele, o nosso imenso agradecimento! Ariscaropatrimonio - Vale-do-coa 29
E Por
ABCDIÁRIO
João Tiago Fernandes
[1] Aula de esgrima, Coimbra
Era a quarta vez que me dirigia ao Gabinete de Apoio ao Consumidor, na estação de São Bento, só para me dizerem o mesmo que das outras vezes: “Não temos nada com essa descrição nos perdidos-e-achados. Volte cá daqui a dois ou três dias…” E lá me vinha eu embora, derrotado, a sentir-me completamente despido. Mas não regressaria lá uma quinta vez — por mais triste que estivesse, pensava agora na oportunidade que tinha pela frente: voltar a adquirir todo o material de desenho que tinha no estojo-vermelho-com-uma-roda-dentadade-lado que me tinha acompanhado já desde o liceu e que tinha deixado ficar numa qualquer carruagem…
De que serve um estojo se depois pões tudo ao calha dentro da mochila? Se tens um… - Olha lá, ó estojo... Não queres parar de me envergonhar!? A verdade é que, por mais que tentemos aproximar a nossa prática do método científico (v. letra D), nunca sabemos o que nos espera lá fora, pelo que é mais que normal andar com tudo e mais alguma coisa à trela. Nos últimos tempos, tenho andado com uma mochila para máquinas fotográficas que tem o tamanho perfeito para um par de cadernos
Letra E — Estojo Se o meu estojo falasse teria muitas queixas para fazer: Para que é a safa* se nunca a usas? Porque é que o fecho está pelas costuras se usas sempre a mesma caneta?
* Termo para borracha, no Porto.. 30
[2] Pincel branco, POSCA
A5, um estojo, uma lata cheia de marcadores, uma caixa de aguarelas, uma garrafa de água, um pacote de bolachas, uma maçã Granny Smith e ainda tem bolsos laterais para lenços de papel e pastilhas elásticas. Mas muitas são as vezes em que faço uma pequena seleção de material e ando com tudo no bolso… O que é que a minha demanda de reaquisição de material acabou por me trazer? Cá têm uma lista em nada estanque, que vai flutuando com o tempo: - Lápis de grafite (4H e B) - Lápis de grafite (4B), modelo Jumbo - Barra de grafite pura (6B) - Borracha de precisão, Tombow - Borracha em caixa de madeira (lápis) com vassourinha
[3] Estátua de Pedro Álvares Cabral, Santarém
- - - - - - - - - - - -
[5] Castelo de São Jorge, Lisboa
- - - -
31
Borracha branca (PVC-free) Fita corretora (E1) Pincel branco, Posca Lápis branco, Viarco (E2) Bisturi ou X-acto (E3) Lápis de duas cores – modelo Olímpico, Viarco (E4) Lápis de animação COL-ERASE, Prismacolor (E5) Esferográfica azul, BIC Caneta preta PITT (XS, S, F, M e B), Faber-Castell (E6) Caneta sépia PITT (F e M), Faber-Castell Caneta sépia, PILOT Caneta sanguínea PITT (S e F), FaberCastell Pincel de reservatório, Pentel (E7) Lata de grafite aguarelável ArtGraf, Viarco Marcadores coloridos PITT (B), FaberCastell (E8) Marcadores de aguarela, Winsor & Newton (E9)
ABCDIÁRIO
João Tiago Fernandes
[4] Praça do Mercado, Aveiro E1 – Quando fui assistir a uma aula de esgrima1, achei por bem levar corretor comigo para ser mais rápido cobrir zonas brancas, e depois lá acabou por ir ficando dentro do estojo. Mais tarde passei a usar canetas Posca2 com bico de pincel para maior controle. E2 – Desde que experimentei desenhar em papel preto3 que ando sempre com um lápis branco no estojo. E3 – Prefiro usar um X-acto por vez duma afia** para afiar o lápis. Desta forma, posso optar por aguçá-lo como se fosse um cinzel para obter linhas ora grossas ora finas.
E4 – Uso muito este lápis da Viarco para capturar pessoas sem perder muito tempo: para além de ser azul e vermelho, tem um bico mais grosso que o normal e, quando usado em conjugação com lápis branco sobre papel colorido4, resulta num efeito que me agrada bastante.
** Afiadeira (abrev.); no Porto chamam-lhe aguça — e ainda há quem lhe chame aparalápis e apontador. Tudo gente esquisita! 32
[7] Cine-Teatro Messias, Mealhada
E5 – Existem lápis de animação de várias cores (sendo as mais comuns o azul, o vermelho e o verde), mas podem ser apagados normalmente com borracha, fazendo deles o material ideal para esboçar. E6 – Desenhar com canetas de ponta fina permite utilizar várias técnicas, sendo o uso da trama para criar efeitos de sombra e textura a mais usual. Além disso, gosto de utilizar canetas de espessuras diferentes para assinalar diferenças na profundidade, por exemplo. Outra forma de criar profundidade é utilizar tons sépia para elementos próximos e sanguínea para elementos mais afastados. Além disso, a temperatura do traço acastanhado5, que nos remete para a fotografia antiga, traz outra dimensão ao desenho. E7 – Não sou muito de usar aguarela mas, quando o faço, acabo sempre por misturar com outra técnica: seja com canetas de ponta fina para o contorno, seja com grafite aguarelável (em lápis ou lata). O advento dos pincéis de reservatório veio ajudar imenso ao praticante de aguarela de rua mas eu acabo por preferir enchê-los com uma mistura de tinta da china e água, em partes iguais — perfeito para sombrear desenhos de forma rápida e gestual.
E8 – Ainda assim, a minha escolha quase sempre recai nos marcadores PITT da Faber-Castell: a gama de cores agrada-me bastante e permite-me, de forma rápida, colorir e desenhar7 ao mesmo tempo! Só tenho pena que não comercializem em Portugal todas as cores do formato “big brush” - mas também não haveria estojo que aguentasse… E9 - Finalmente, para quem goste de técnicas mistas e queira experimentar marcadores com tinta aguarelável, têm ainda as Water Colour Marker, da Winsor & Newton, com cores vibrantes e duas pontas (bico fino e brush, maior e mais flexível que o das PITT). Aconselho o seguinte conjunto: Terra de sombra - 554, Carmesim-deAlizarina - 003, Amarelo de Goma-Guta - 266, Azul Turquesa - 654 (ou Azul da Prússia - 541) e Violeta - 231. Como vês, caro estojo, transportas em ti um verdadeiro tesouro e não te quero voltar a perder por nada deste mundo! Por isso, não tens razão de queixa — vê mas é se te calas!***.
*** Curiosidade: A minha avó costumava usar “estojo” como um insulto. Muitas vezes a ouvi berrar: “Caaala-te, estojo!” Não me perguntem porquê…
[6] Casario, Aveiro
33
NOSSO CONVIDADO
Por
Subitamente
José Louro
Subitamente, comecei a usar uma palavra nova - confinamento. Aprendi também a estar em casa e a fazer coisas impensáveis de tão simples que são: desenhar a máquina do café, os peluches que restam de outros tempos,
o jantar da parceira e a parceira, os vizinhos e os vizinhos dos vizinhos. Subitamente, é-me permitido caminhar a pé na via rápida que liga a minha casa à marginal. Confinamento geral também significa desconfinamentos privados:
34
cada um arranja o seu programa de saída de modo a estar isolado da multidão. A polícia agora fecha os olhos a quem anda a pé em estradas com trânsito proibido a peões. Caminhar em zonas que eram proibidos e poder ver de perto viadutos e placas de trânsito, operações stop e ciclistas, semáforos e veículos longos é, para mim, uma festa do desenho. Subitamente, há riscas laranjas em todo o lado. E gente com máscaras em filas iguais às bichas de antigamente. Ir ao supermercado tornou-se, por vezes, o ponto alto do dia. E ao centro comercial, então nem falar... Experimentem desenhar num centro comercial, nos dias que correm. Mais uma coisa que agora, ninguém repara. Nem os chatos dos seguranças que proibiam, quando se lembravam, de desenhar num caderno
(não fosse eu um perigoso terrorista). Estes desenhos são destes estranhos dias. São imagens que não foram limpas pelo Photoshop. Saíram do scanner diretamente para aqui. São, por assim dizer, desenhos que não foram “desinfetados”. Senti que deste modo estariam mais de acordo com o tempo que os viu nascer.
35
GRUPOS USk Norte
Por
Pedro Alegria
Convívio e Clausura - Porto, Ano I DC
e não apenas o espreitar por cima do muro de pano. Tristemente, nestes tempos de pandemia, impõe-se a escassez de encontros de desenho. Apesar de nos parecer que a nossa actividade não é especialmente mais atreita à transmissão do vírus que as restantes actividades quotidianas, temos que contribuir para não multiplicar, na vida dos nossos amigos desenhadores, momentos que incrementem as probabilidades de transmissão. Sabemos que grande parte das pessoas que participam nos nossos encontros pertence a grupos de risco e temos a obrigação de ser especialmente cuidadosos e optar por um posicionamento passivo-resistente sem promover encontros a todo o custo. Deste modo, após o encontro do (a) Riscar o Património em Outubro de 2020 – na foto, no início do ano lectivo, e quando havia ainda um número reduzido de casos – optámos por adiar todos os encontros. Foi uma decisão árdua: tínhamos vários encontros previstos, nomeadamente o já famoso encontro da Covilhã, adiado por duas
Sentimos falta da companhia do desenho, de ver tocar nos desenhos em papel, de cumprimentar pele-napele os codesenhadores. De elogiar e ser alvo de críticas. De andar, almoçar, viajar na companhia dos amigos já de longa data. De ver as feições por inteiro
João Pereira
36
vezes. Alguns encontros já combinados com várias entidades continuam em suspenso, à espera, porventura, de tempos mais solarengos. O grupo Urbansketchers Portugal Norte, que teve a sua origem em 2011 pela mão do nosso amigo Tiago
Cruz, é um dos grupos mais antigos do país. Tem a sua base na cidade do Porto, mas uma actividade que se estende a todo o norte de Portugal e outros locais para os quais temos sido convidados. Nos nossos encontros passados sempre acolhemos com
Marco António Costa
37
GRUPOS USk Norte
agrado todos os sketchers de variadas origens que se quiseram juntar a nós. Continuaremos a promover uma abordagem democrática e que valorize a livre expressão individual que podem ver nos desenhos que acompanham esta peça. Inspiremo-nos no nosso amigo Romeu, que na magnífica foto abaixo (tirada pela Sandra), nos faz crer
Pedro Alegria que voltámos ao quattrocento. De facto, já parece que foi noutra época que estivemos juntos. Melhores tempos virão, melhores desenhos se farão. urbansketchers-portugal-norte.blogspot.com Facebook: urbansketchersportugalnorte diariosgraficosnorte@gmail.com
Hélio Peixoto
38
Por
DICAS 1, 2, 3
Celeste Vaz Ferreira
É sempre um desafio desenhar comida antes de a comermos para não a deixarmos arrefecer por isso começo por um esboço rápido e, como dou sempre cor no local, tenho duas maneiras de o fazer: uma é começar a comer enquanto dou a cor, mas só de um lado, deixando as cores e sombras como referência intactas do outro, ou então, opto por tirar uma foto depois de fazer o esboço e quando termino de comer pinto tendo a foto como referência e, se possível, o prato com alguns restos para poder ver as cores originais. Neste caso foi mais fácil porque desenhei o salmonete antes de o grelhar. Desenhar peixe
#1 - Usei um lápis PITT OIL BASE Soft, da FABBERCASTELL, para fazer um esboço rápido da forma, sem detalhes. Gosto destes lápis porque não sujam a aguarela. Utilizei papel FABRIANO STUDIO, 160g.
#2 - Dei cor com aguarela para captar os tons gerais. Usei uma mistura de Transparent Pyrrol Orange, Permanent Alizarin Crimson, Rose Madder Permanent, Quinacridone Gold e Ultramarine Blue, utilizando um pincel de viagem R2 da ROSEMARY & Co.
#3 - Terminei colocando detalhes com lápis aguarela, PROGRESSO da KOH-I-NOOR, porque permitem controlar a intensidade do traço ou retirar o excesso depois de adicionar água. A cor utilizada para o prato foi Ultramarine Blue e para a sombra uma mistura do mesmo azul com Permanent Alizarin Crimson. Aguarela branca directamente do tubo e espalhada com o dedo serviu para realçar alguns brancos.
Experimentem e partilhem no blog com a etiqueta #dicafevereiro Técnicas, truques, efeitos. Querem partilhar? Enviem para uskp.actividades@gmail.com Mandem-nos uma introdução (máximo 450 caracteres) + título da dica + 3 imagens dos desenhos e indicação dos materiais usados. 39
AGENDA
fevereiro 2021
ENCONTROS
toda a informação actualizada em USkP ENCONTROS
24 FEVEREIRO | ILHA TERCEIRA, AÇORES Encontro 48 - DESENHAR no Palácio dos Capitães-Generais” 14h - Angra do Heroísmo Org. USK Açores, Ilha Terceira
FORMAÇÃO
toda a informação actualizada em USkP FORMAÇÕES
ALFABETO LISBOETA DESALINHADO - Mário Linhares, José Louro, Ketta Linhares 10 de outubro a 10 de julho - Sábados, 10h30 - 13h00 Mário Linhares, José Louro, Ketta Linhares LISBOA ANTI-POSTAL - Mário Linhares 14 de outubro a 30 de junho Quartas feiras, 14h30 - 17h00 ou 18h00 - 20h30 Info: https://hakunamatatayeto.blogspot.com/2020/09/lisboa-anti-postal.html DIÁRIO GRÁFICO EM CASA - Mário Linhares 7 de novembro a 17 de abril (curso online) - Sábados, 18h00 - 20h30 Org. Nextart DIÁRIO GRÁFICO | INICIAÇÃO - Mário Linhares 17 de novembro a 15 de junho - 3.ª feiras, 15h00 - 17h30 Org. Nextart
40
EXPOSIÇÕES
toda a informação actualizada em USKP EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÃO | 9 JARDINS DE LISBOA - Cadernos e desenhos - USkP Até 21 Março 2021 Todos os dias, 9h-16h30 (encerramento às 13h em caso de estado de emergência) Estufa Fria de Lisboa Org. Câmara Municipal de Lisboa/Lisboa Cidade Verde 2020 | Estufa Fria de Lisboa | UrbanSketchersPortugal DESENHO EM CADERNOS E FOTOGRAFIA - Grupo do Risco Museu Nacional de História Natural e da Ciência Até 14 de Março de 2021 Org. GdoR/LxVerde
OFICINAS SINGULARES
todas as edições em You Tube UrbanSketchers Açores
À CONVERSA COM LUÍS ANÇÃ- Sessão #8 Facebook USK Açores - 6 de Fevereiro, 10h Açores / 11h Continente Org. USK Açores
CONVERSAS VIRTUAIS
todas as edições em You Tube Urban Sketchers Portugal
CONVERSAS VIRTUAIS You Tube dos Urban Sketchers Portugal - 27 de Fevereiro, 17h (GTM - Hora PT) Org. Urban Sketchers Portugal
Comuniquem-nos actividades relacionadas com sketching para o e-mail uskp.actividades@gmail.com 41
USkP ASSOCIAĂ‡ĂƒO Urban Sketchers Portugal
urbansketchers-portugal.blogspot.pt Instagram: @urbansketchersportugal You Tube: urbansketchersportugal
42