Fevereiro 2023
Desenho vencedor do Tema do Mês: Diana Gonçalves
urbansketchers-portugal.blogspot.pt
AGENDA
Equipa de produção: Isa Silva, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Rosário Félix, Vicente Sardinha, Vírginia Soares
Contributos e Desenhos:
Ana Maria Clemente, Carlos Fidalgo, Carlos Matos, Diana Gonçalves, Elsa Nascimento, Filipe Botelho, Graça Patrão, Isa Silva, Isabel Braga, João Luciano, João Sequeira, João Vinagre, Jolanta Rikveile
Mourinha, Jorge Borges, Leonor Janeiro, Pedro Loureiro, Pedro Mano, Tomás Reis, Vicente Sardinha
Design e paginação: Isa Silva
Revisão: Manuel Tavares, Leonor Lourenço, Vírginia Soares
Copyright: Urban Sketchers
Portugal www.urbansketchersportugal.blogspot.pt
Sugestões e contacto: uskp.actividades@gmail.com
Desenho vencedor do Tema do Mês: Diana Gonçalves
2 AGENDA Fevereiro 2023
S. Tomé e Príncipe por Pedro Mano 04 REPORTAGEM GRÁFICA A marcha pela Educação - 14 de Janeiro 2023 por Jorge Borges 10 DICAS 1, 2, 3 por Carlos Fidalgo 15 ENCONTRO Museu Nacional do Azulejo, Lisboa por Isa Silva 16 ENCONTRO Elvas por Carlos Matos, João Vinagre 20 AGENDA Encontros, Formações, Exposições 24
VIAGEM GRÁFICA
EDITORIAL
O frio típico da época não travou a nossa vontade de desenhar e foram várias as actividades durante o mês de Janeiro. Para além de alguns encontros, tivemos a inauguração da exposição comemorativa da nona edição do (a)Riscar o Património na Casa dos Patudos em Alpiarça (reportagem na Agenda de Março) em mais uma mostra dos desenhos feitos nesta parceria com a DGPC.
O Vicente Sardinha será o nosso correspondente no 11.º Simpósio Internacional de Urban Sketchers em Auckland, na Nova Zelândia, vencedor da votação que lançámos a todos os associados.
Começámos a divulgação do primeiro encontro nacional confirmado em 2023: Ilha Terceira, Açores, de 31 de Agosto a 3 de Setembro.
Estamos a preparar outros encontros nacionais. Revelaremos à medida que tivermos todas as informações. Mas podemos adiantar que um deles acontecerá no inicio de Junho.
Temos um novo TEMA DO MÊS: Músicos e Máscaras de Carnaval. A partir de agora, também, podem participar através do Instagram apesar de a prioridade ser sempre no nosso blog. Já sabem que o desenho que tiver mais comentários válidos será a capa da próxima Agenda.
Não se esqueçam de passar pelo blog para mostrarem os vossos desenhos, deixarem comentários e participarem no Tema do Mês.
Inspirem-se, relaxem e desenhem muito!
Direcção dos USkP
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VIAGEM GRÁFICA
Voa-se para Sul, encostados a um qualquer meridiano, não há jet-lag, apenas um bafo morno e húmido à chegada. É noite e os reflexos brincam na Baía Ana Chaves. A cidade está encharcada, as ruas são poças imensas e há lama por todo o lado. Ontem foi dia de tempestade, dizem-nos. Bem vindos a S.Tomé.
Das gentes sobra simpatia a alegria. O sorriso é fácil e o jeito simples. A paisagem é uma paleta infindável de verdes, e há o mar, aqui e ali tornado cinzento pelo reflexo do céu, quase sempre nublado. Há um cheiro intenso a clorofila e a terra molhada. Gratidão é nome de roça que terá pertencido a um familiar longínquo e está em ruínas. Estamos em frente ao ilhéu das Cabras e a vista sobre a cidade é deslumbrante. Que sitio maravilhoso deve ter sido esta Gratidão! Percorremos estradas imper-
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S. Tomé e Príncipe
Por Pedro Mano
feitas e inexistentes, ladeadas de casas assentes em paliçadas e partilhadas por veículos, homens, mulheres, muitas crianças, galinhas, porcos, leitões, cabras...Paramos nas roças Agostinho Neto e Bela Vista. Desolador de decrepitude e abandono. Na Vila de Moro de Peixe, as pequenas canoas estão alinhadas na beira do mar. É domingo e as crianças brincam ruidosas, passamos pelas praias de Tamarindos e Micondo, com churrascos debaixo dos coqueiros, a chuva é torrencial e a cidade de Neves, terra de angolares, está deserta. A estrada para Mucumbli é perigosa com chuva porque rola muita pedra da montanha. O peixe é grelhado servido com banana frita e arroz e a vista é soberba.
Um banho matinal na Lagoa Azul e paramos no Rio Abade onde as mulheres lavam e estendem roupa e a cor é intensa. Permanecemos silenciosos em frente ao monumento alusivo ao massacre de Batepá e visitamos Monte Café, um dos poucos locais onde ainda se cultiva café. Na roça Saudade, almoçamos na Casa Almada Negreiros, onde a paisagem nos faz sentir vontade de ficar, ficar para sempre. No caminho até à cascata de S. Nicolau conhecemos a planta sabão que quando se esfrega vigorosamente entre as mãos se torna numa espuma com propriedades adstringentes, o feto que quando calcado num braço vira tatuagem, a planta cujas folhas ao simples toque de um dedo se encolhem envergonhadas,
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VIAGEM GRÁFICA
S. Tomé e Príncipe Por
Pedro Mano
Vimos de perto a planta do cacau, a da pimenta, a da baunilha e instalações de secagem de café e espreitámos o túnel de Santa Catarina, onde num dos lados a forma da montanha se assemelha a um rosto humano. Ficamos na roça de S. João dos Angolares, onde a gastronomia e a arte local se misturam. O caminho para Porto Alegre, a sul, é feito através de uma picada acidentada.
Avistamos os montes Cauê, o Grande e o Pequeno, que se erguem repentinamente no horizonte, e percorremos extensas plantações de palmeiras alinhadas em alamedas seculares, por onde habitam garças que se passeiam elegantemente aos nossos olhos. Descemos até à cascata do Miobá, que corre ligeira e cantante até desembocar no mar da praia pesqueira, que as crianças
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atravessam no fim do dia para encurtar caminho na volta da escola.
O almoço é na praia, numa cabana de madeira, a caminho do Inhame. Praia Piscina e a Praia Jalé, onde desovam anualmente milhares de tartarugas.
Chegamos ao ilhéu das Rolas onde iniciamos uma caminhada para o marco do Equador. No regresso a chuva é torrencial. Paramos na Boca do Inferno e visitamos a roça Água Izé onde habita agora a FACA - Fabrica das Artes, Ambiente e Cidadania Ativa. É tempo de irmos para a ilha do Príncipe. Santo António é um conjunto desordenado de construções em ruínas e outras de madeira ao estilo local. Vestígios da era colonial destruídos pelo tempo e em estado de puro abandono. A igreja, de Nossa senhora da Conceição, é linda e está a ser restaurada. Avançamos pela ilha, em picadas e caminhos por entre a cerrada vegetação tropical, cruzando aqui e ali pequenas comunidades locais. No Príncipe há ainda menos de tudo. Também o oposto.
A roça Belmonte é hoje um hotel de charme, com vista sobre a praia Banana onde a cor da água não cabe nas minhas aguarelas. Mergulhamos e visitamos o museu, dedicado à fauna e flora locais.
Passeamos pelas matas verdes da ilha sempre com o mar na linha do horizonte e jantamos em casa de um local. Saímos cedo para um passeio de barco. À beira da praia Izé erguem as ruínas da primeira igreja
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VIAGEM GRÁFICA
S. Tomé e Príncipe Por Pedro Mano
que existiu na ilha. Ponta Mãe, Ponta Lola e a Baía das Agulhas. Almoçamos na praia da Lapa, linda, mas que é uma lixeira a céu aberto. De volta ao mar salvamos uma tartaruga pequenina que estava doente e à deriva e damos um mergulho na praia do resort Sundy beach. Conhecemos o Hendrick, que há 11 anos caiu no Príncipe e encontrou o seu paraíso. Visitamos a roça Sundy,
onde a teoria da relatividade de Einstein foi comprovada em 29 de maio de 1919, e que é hoje um hotel estrelado. Sentamo-nos e o tempo parou. Mergulhamos na praia Bom Bom e noite dentro vamos ver a desova das tartarugas. Cruzamo-nos com milhares de caranguejos. Noite mágica. Nos festejos do dia do achamento da ilha, as mulheres dançam em rodas ao som de música local.
A Zinha recebeu-nos na Cooperativa de Valorização dos Resíduos, onde transforma vasilhame em bijuteria. Trabalha aqui desde 2016 e adora o que faz. A vida sempre foi difícil, conta. Quando era menina e pedia dinheiro ao pai para material escolar, ele dava-lhe malaguetas e maçarocas que vendia
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no mercado para comprar os livros que metia num saco de plástico e levava à cabeça para a escola. Estudou até ao nono ano, depois foi trabalhar. Hoje, diz com orgulho, os filhos têm mochilas e tantas coisas que ela nunca pode ter. Foi mãe aos 20 anos e durante a gravidez da filha mais nova, o pai das crianças abandonou o lar… ”homem aqui faz muito isso, faz filho e abandona”... Sempre trabalhou muito, ainda hoje trabalha no projeto todo o dia e depois vai limpar e cozinhar para casa de uma senhora branca, médica aqui na ilha. Chega a casa já noite para fazer o jantar. A filha do meio, ajuda na casa, cozinha,
leva a irmã a escola…A vida é cheia de problemas, fala, nada é perfeito e ela também não, mas ”as mulheres aqui não desistem, são muito lutadoras” . Diz que é feliz … porque ama tudo o que faz e tudo o que faz é com muito amor! O Príncipe é mágico. Em S. Tomé, recuperamos o nosso tuk-tuk driver dos primeiros dias. Museu do forte, a história de São Tomé, das roças, dos escravos, da libertação, da independência. O mercado, a biblioteca e o arquivo nacionais. A CACAU que promove e expõe a arte, a cultura e a história locais. Leve-leve, mole-mole… Está um calor de morrer.
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REPORTAGEM GRÁFICA
A marcha
pela Educação
14 de Janeiro 2023 Por Jorge Borges
Saímos de casa às 8:00. Parece que vai chover. Ignoramos. Caminhamos para o local de embarque. Pelo caminho e na padaria, encomendamos o nosso almoço… dois pães com queijo. No local. O encontro. Ainda meia dúzia de gatos-pingados. Será aqui? Chega o João, de carro e com enormes balões dourados e prateados com a forma dos 6, 6, 23…
- Enganaram-se, diz o João – os outros
enganaram-se. Estão na torre do relógio e não aqui, o relógio de sol. Foi chamá-los. O embarque faz-se com alguma confusão. Faz-se a chamada dentro ou fora da camioneta? A lista de presenças não está por ordem alfabética. Acabamos por entrar. quarenta e tal mulheres e meia dúzia de homens. Seguimos viagem. À minha direita a Ana. À esquerda, provavelmente outra Ana. (a) Vamos rolando. E sai o primeiro desenho. Um clássico. No interior da camioneta.
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(a)
Quem nunca o fez? Registo o momento e dilato a memória. Passa rápido. A concentração é total e o tempo encolhe. Paramos na estação de serviço de Óbidos. Uma das marchantes trás o filho ao colo, o segundo. A idade? seis meses? Uma loucura. Aqui, trinta mulheres vão ao WC. Nós os privilegiados, dois ou três homens, será mais rápido. Não! Passa a ser fila unissexo.
Continuamos. Antes parámos na Marinha Grande. Depois de Óbidos, Torres Vedras. Duas camionetas quase cheias. Quase. O João informa – pessoal, afinal são mais dois euros, passa a dezassete. Alguns desistiram e não enchemos as camionetas.
Vai-se consultando as notícias. Seis camionetas de Fafe, dez do Porto, …a GNR
está a mandar parar as camionetas. Operações STOP. Mas, STOP somos nós… - as malas devem estar guardadas. Alguém foi detido por posse de arma branca. Lembro-me, olha preciso esconder o meu SWISS Army Knife, vai pelo cano abaixo da minha bota direita. Em Lisboa, volta para a mala.
O João vai ensaiando frases. Cantam-se as Doce com letras adaptadas. Volta Zeca Afonso estás… está tudo feliz. É bom.
(b) Alguma chuva. Dizia a Ana que não ia chover. Chegamos a Lisboa, Marquês. Pouca gente, digo que já vi isto mais cheio.
Calma, ainda é cedo.
Deixo o casaco no autocarro, saímos e, encostado a uma cerca, começo a desenhar o Marquês. As camionetas que chegam e as gentes que circulam… Olho à volta e
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(b)
REPORTAGEM GRÁFICA
A marcha
pela Educação
14 de Janeiro 2023
percebo que a coisa se compõe. Música, tambores, bombos, palavras e gritos de ordem. – Não queres comer? - Na, não agora. Vêm ter comigo. – Deixe ver, que bonito. Tenho uma filha que é sketcher. Também é professor? – Mais ou menos. - Olha, ainda não fecharam o trânsito. A camionete do palanque avança pela Rotunda. Sem autorização, ao que parece. - Força João! Acabo o desenho. Passa um pouco das 14:00. Vamos marchar.
Por Jorge Borges
– Caminhamos pela Rotunda. Ficamos no arranque da Av. Da Liberdade. O palanque motorizado não avança. – Pessoal, não saímos ainda! Há camionetas que foram paradas pela polícia. Esperamos por eles.
(c)(d) No princípio da Avenida da Liberdade ali no meio da multidão, desconhecidos, saco do caderno e arrisco o terceiro desenho. Um edifício da cada vez, as janelas, os andares, a estrutura. Os ritmos e os alinhamentos. As pessoas à volta, demasiado próximas. Representá-las seria uma agressão. Não são gente é quase uma turba. Enquanto isso vou ficando mais apertado. Querem chegar mais para a frente.
– Não empurre! Não vê que a marcha está parada? – Tenha calma! Pelo canto do olho observo um jovem casal a olhar
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(c) (d)
para mim e para o telemóvel. – É ele? É ele, é ele mesmo!
- A Ana ri-se. – O que se passa? – Perguntam se és o Milhazes. - Não, não sou o Milhazes. Desilusão. - E nem fala russo? – Niet.
Deveria ter dito que era o Tartaruga Genial.
Acabo o desenho às 14:39. No mesmo local e para o lado direito, risco mais outro. São 15:11. Drones passam, gritos de protesto e lenços brancos furiosos no ar. A marcha arranca. Com licença, deixe passar. Libertamo-nos do centro da confusão. Vamos mais para a frente. Acompanhamos pelas margens da Avenida, pelo passeio e quase atropelo um polícia. Olha para mim furibundo. Na Cabeça da Marcha, três enormes faixas, amarelas e brancas. “A Lutar também estamos a Ensinar”. O André e o João vão debitando frases. – “Nós queremos usar toda a nossa força no trabalho, na Escola e nos nossos alunos.” – “É a Escola, são os nossos alunos, aquilo o que nos traz aqui. “Escola sim, cunhas não!!!”. –Chegamos aos Restauradores.
(e) Nos Restauradores, a polícia, qual guarda pretoriana, ladeia o palanque, dez de cada lado. Protegem e evitam que as enormes rodas esmaguem os
marchantes. Por uns instantes afrouxam a guarda. – Cuidado com as rodas, afastem-se. O ministro está à espera que haja um acidente para poder dizer que só fazemos asneiras… – Nos Restauradores encosto-me a um poste. Aqui serve. Com a Ana, a Maria João. Juntou-se a nós. Velha amiga, mas recente nestas coisas do ensino.
– Vão passando e risco o que vejo e ouço. –Está na hora do ministro ir embora.”- “Tchibum, Tchibum…”
- Três brasileiros, ao meu lado, de olhos arregalados observam os marchantes. O céu não abre, as cores são muitas e acabo este às 16:30.
(f) Seguimos para o Rossio. Novo poiso, volto a riscar. Primeiro a construção como fundo. Mil selfies para aqui e para ali, casais e carrinhos de bebé, gente que assiste. – A Maria João conta as peripécias pelas quais passou nos recentes e seus primeiros dias de aula/ substituição de colega de atestado, surreal. A MJ tem 55 anos. E sobre os concursos? Diz ter telefonado para a escola. – Colega, escusa de concorrer para esta vaga pois o processo está a ser formalizado para que entre uma professora que já cá está. - Como? ... Adiante. Acabo este às 17:08.
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(f)
(e)
REPORTAGEM GRÁFICA
A marcha
pela Educação
14 de Janeiro 2023
(g) Seguimos pela rua do Ouro. Fugimos à rua do Ouro. A rua Augusta está livre. Passamos o Arco do Triunfo e o Terreiro do Paço recebe-nos. –- Fiquemos aqui no meio. Olho em volta, respiro fundo. – Lá vou ter que desenhar mais um. Vai ser o último. Este é diferente. Registo as caras, a Ana, uma relação de proximidade, no coração do evento. Ao longe, André Pestana discursa… Um colega com um cartaz, a cabeça de João Costa, o Ministro e com orelhas de burro. É um sucesso. Fotos e mais fotos. Desenho-o.
Olá colega. Também é professor? - Claro. E prossegue - sou um preguiçoso, em tempos fazia diários gráficos. Agora, nada. Parabéns. - Obrigado, são só riscos. É para sentir o agora e reviver no futuro.
Por Jorge Borges
Continuo a desenhar, já sem luz natural, é escuro à volta e com muitos reflexos. Risco quase sem ver…
Fecho o caderno... São 17:47.
Mais algumas frases de André Pestana e tudo termina. Cameramans e repórteres à procura de gente…O paquete gigantesco que passa no Estuário do Tejo. Vamos embora. Seguimos com os nossos companheiros de viagem até às camionetas fintando as trotinetas. O resto não tem história. Voltaremos.
Material utilizado, o costume – Unipim fine line 0,2, Moleskine 13x21 – Art collection – water color notebook 200g/m2
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–
(g)
DICAS 1, 2, 3
Por Carlos Fidalgo
Por vezes queremos registar um local que visitamos, mas quando o tempo não é muito, ou temos alguém à nossa espera, a nossa abordagem terá que ser ainda mais rápida! Assim, normalmente o desenho irá ser mais solto, contudo, garantindo que o essencial fica registado...não nos podemos perder nos pormenores!
Desenhar quando o tempo é pouco
#1 - Começo por fazer a linha dos olhos, ponto de fuga e os traços gerais. Caneta calibrada Sakura Pigma Micron 01 (0,25 mm).
#2 - Completo o desenho, compondo o edifício e restante paisagem, aplicando também algumas texturas. Caneta calibrada Sakura Pigma Micron 01 (0,25 mm).
#3 - Aplico a cor ao desenho, não esquecendo as sombras. Marcadores de Aguarelas Brush Pen Ecoline, da Royal Talens (várias cores).
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ENCONTRO
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa Por Isa Silva
Os Urban Sketchers regressaram ao Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, no passado dia 21 de Janeiro seguindo uma sugestão da sketcher Zélia André e aproveitando o facto de estar patente a exposição temporária de obras do ceramista escultor António Vasconcelos Lapa: ‘Viagens’.
Numa manhã bem fria, juntaram-se mais de 40 participantes que puderam descobrir ou redescobrir este museu cujas instalações estão no antigo convento de clarissas da Madre de Deus fundado em Junho de 1509 pela rainha D. Leonor.
Espalhados pelas várias salas, claustros, igreja e outros recantos estão azulejos
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desde os finais do século XV até à actualidade, maioritariamente manufacturados em Portugal, em harmonia com vários objectos cerâmicos tridimensionais.
Este museu tem na sua esmagadora maioria, visitas de estrangeiros que ficam fascinados com a nossa longa história ligada ao azulejo. Ainda hoje faz parte da nossa cultura, artes e dia-a-dia.
A todo este espólio visual, juntaram-se algumas obras de Vasconcelos Lapa que nos convidavam a usar os nossos sentidos da visão, audição e tacto. A cor, formas e tamanhos fascinaram todos e inspiravam ao registo gráfico.
A tudo isto juntou-se o facto da presença do pró-
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Isa Silva
Jolanta Rikveile Mourinha
Filipe Botelho
ENCONTRO
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa Por Isa Silva
prio Vasconcelos Lapa a partir das 12h para uma única e personalizada visita guiada à sua exposição. Foi-nos dito que era uma pessoa reservada mas naquele dia conversou, riu e esteve visivelmente feliz com a companhia de muitos sketchers.
Para terem uma noção, na altura da partilha final e foto de grupo, metade dos participantes esta-
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Tomás Reis
Leonor Janeiro
Ana Maria Clemente
vam ausentes porque ainda acompanhavam o ceramista. A nós juntou-se um casal de sketchers espanhóis em passagem por Lisboa
Este museu é sempre um excelente lugar para andarmos a desenhar e certamente que lá regressaremos noutra altura.
Esta exposição temporária ficará parente até 30 de Abril de 2023.
Queremos agradecer a total disponibilidade do Museu Nacional do Azulejo e em especial à Dora Fernandes pela sua simpatia e apoio.
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Graça Patrão
Isabel Braga
ENCONTRO
Elvas
Sábado, 14 de Janeiro, realizou-se em Elvas, o Encontro de Desenho Transfronteiriço, USk Raia, USk Badajoz e USk Cáceres.
Um ambiente, atmosférico, a fazer lem-
brar a chegada eminente de El rei D. Sebastião, mas extremamente caloroso entre os cerca de 70 participantes, que vindos de vários cantos da península, como Coimbra, Évora, Sevilha, Córdova, Lisboa, Madrid, Cas-
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Por Carlos Matos João Vinagre
telo Branco, Badajoz, Covilhã, se reuniram em Elvas para desenhar. Após a apresentação feita pelos três anfitriões, com a sugestão de locais a desenhar, os participantes espalharam-se e espalharam a alegria do desenho pela zona antiga de Elvas.
Para além dos espaços patrimoniais, também houve a particularidade de sermos recebidos em dia de festa, com charanga afinada, a propósito das comemorações do aniversário dos 364 anos
da batalha das linhas de Elvas. Enquanto as nossas Forças Armadas, desfilavam com a sua tropa, Nós, os desenhadores transfronteiriços, reunidos em formatura de ordem unida, tivemos mais um motivo de desenho e apresentamos, Lápis, canetas, pincéis e cadernos!
Daqui, e depois da habitual fotografia de grupo, marchou-se para o restaurante e ao som de várias salvas de gargalhadas, em diversas pronúncias da língua portuguesa
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Elsa Nascimento
João Luciano
Pedro Loureiro
ENCONTRO
Elvas
e espanhola, (e até inglesa,) atacou-se os pratos (e copos) e como é habitual, os desenhos continuaram à mesa pela tarde fora.
Para além do reencontro de alguns, de novas amizades, também nasceram intenções de novas realizações conjuntas,
Por Carlos Matos João Vinagre
com mais um grupo, o USk Beiras, e desta vez, um pouco mais a norte, no centro. Muito Obrigado por tão caloroso acolhimento!
Parabéns aos organizadores desde encontro Transfronteiriço de Desenho. USk Raia, USk Badajoz e USk Cáceres!
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364 anos da Batalha das Linhas de Elvas vistas pelos sketchers da Raia
João Vinagre (escritor e jornalista de Elvas)
No passado sábado, 14 de janeiro, Elvas viveu o seu feriado municipal, correspondente aos 364 anos da Batalha das Linhas de Elvas. Um dos pontos altos das comemorações foram as cerimónias militares, com a presença de forças em parada. Este foi um dos aspetos considerados no encontro internacional que, durante essa manhã, reuniu cerca de 70 sketchers por-
tugueses e espanhóis, por iniciativa dos USk Raia (de Elvas), Badajoz e Cáceres. Além dos sketchers daquela cidade alentejana, o evento contou com a participação de desenhadores oriundos de Évora, Castelo Branco, Azeitão, Lisboa, Badajoz, Cáceres, Mérida, Sevilha, Córdoba, Madrid e Maiorca. Os desenhos incidiram sobre a parada militar, a antiga Sé e o Castelo de Elvas. Esta foi uma excelente oportunidade para praticar o desenho de modelo humano e de animais - graças aos militares e cavalos da GNR -, bem como naturezas mortas (viaturas militares), tendo abrangido todos os momentos da parada e o desfile que se lhe seguiu.
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João Sequeira
Carlos Matos
Vicente Sardinha
AGENDA
Fevereiro 2023
ENCONTROS toda a informação actualizada em USkP
11 FEVEREIRO | QUELUZ, SINTRA
Encontro no Palácio Nacional de Queluz, Sintra, 10h00-13h00,
Entrada gratuita para 40 participantes - inscrição obrigatória
Mais informações e inscrição - > https://urbansketchers-portugal.blogspot.com/2023/01/ encontro-no-palacio-de-queluz-sintra-11.html - ESGOTADO
Org. USkP + USk Sintra + Parques Sintra
11 FEVEREIRO | PORTIMÃO
Excursão USk Algarve em busca do realismo na arte contemporânea, 11h00-15h00,
Ponto de encontro: Portimão Arena (junto da cafetaria/bar)
Ver a Art Expo Algarve
Org. USk Algarve
Mais informações -> http://urbansketchers-algarve.blogspot.com/
11 FEVEREIRO | PORTO NOVO
41.º Encontro Oeste Sketchers - Encontro em Porto Novo, 10h30-16h00,
Manhã - Miradouro da Praia de Sta Rita
Tarde - Praia de Porto Novo
Mais informações -> http://oestesketchers-portugal.blogspot.com/2023/02/encontro-41porto-novo.html
Org. Oeste Sketchers
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FEVEREIRO | MATOSINHOS
Mercado Municipal de Matosinhos
10h00-17h30
Oferta de almoço aos primeiros 25 participantes. Inscrição necessária.
Informações e inscrições --> https://urbansketchers-portugal-norte.blogspot. com/?fbclid=IwAR1oXR1aTS29_O1Z57FqotjR_LzxslUj4HMbTX0PepLQ8sS9OgPhFzSnz4w Org. USk Norte + Câmara Municiapl Matosinhos
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ENCONTROS
AGENDA
Fevereiro 2023
FORMAÇÃO toda a informação actualizada em USkP FORMAÇÕES
GINÁSIO DO GRUPO RISCADO - FEVEREIRO
Formador: Pedro Loureiro
Sessões: quartas-feiras, 18h30-20h30 (via zoom)
Tema: Pessoas em movimento
Mais informações e inscrição > https://docs.google.com/forms/d/ e/1FAIpQLScOebzlqiGHj1Uf28CH7C1_Jow_iemy5nSq2hFC85NQSvz5oA/viewform
EXPOSIÇÕES toda a informação actualizada em USKP EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÃO “LAGOA: OLHAR A TERRA, OLHAR O MAR”
Desenhos de Luís Ançã e textos de Luís Gaivão
De 18 Janeiro a 24 de Fevereiro, Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues, Lagoa
EXPOSIÇÃO DE DESENHO (A)RISCAR O PATRIMÓNIO
A celebrar o desenho na Casa dos Patudos
De 28 Janeiro até 20 de Fevereiro 2023, Casa dos Patudos, Alpiarça
OFICINAS SINGULARES
À CONVERSA COM VANESSA BRANCO - SESSÃO #32
todas as edições em YouTube UrbanSketchers Açores
Facebook USK Açores - 11 Fevereiro, 10h Açores / 11h Continente
Org. USK Açores
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USkP
ASSOCIAÇÃO
Urban Sketchers Portugal
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