AGENDA
Julho/Agosto 2022
Desenho vencedor do Tema do Mês: Pedro Cabral
urbansketchers-portugal.blogspot.pt
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AGENDA
Julho/Agosto 2022
Desenho vencedor do Tema do Mês: Pedro Cabral
ENTREVISTA Luís Pedro Cruz por Leonor Lourenço
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VIAGEM GRÁFICA Salamanca por Leonor Lourenço e Teresa Silva
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ENCONTROS Terras da Chanfana | Figueira Equipa de produção: Isa Silva, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Rosário Félix, Vicente Sardinha
da Foz | Castelo de Vide por Manuel Tavares
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Contributos e Desenhos: Leonor Lourenço Luís Pedro Cruz Lurdes Brito Manuel Tavares Teresa Silva
DICAS 1, 2, 3 20
por Lurdes Brito
Design e paginação: Isa Silva Revisão: Manuel Tavares Copyright: Urban Sketchers Portugal www.urbansketchersportugal.blogspot.pt Sugestões e contacto: uskp.actividades@gmail.com
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E D I T O R I A L Olá a todos. Pedimos desculpa por a Agenda de Julho não ter saído. Entre a coordenação e participação nos três encontros nacionais e saúde afectada em alguns membros da direcção da Associação, não tivemos hipótese. Chegámos a Agosto, época de férias e nós vamos descansar também. Estaremos em serviços mínimos. Aproveitem bem as vossas férias e desenhem muito! Em Setembro regressamos com novidades. Anotem na vossa agenda o dia 24 de Setembro para mais uma edição do (a)Riscar o Património. Este ano com o tema Património Sustentável. Temos um novo TEMA DO MÊS: Desenhar Água. O desenho com mais comentários no blog, será a capa da próxima Agenda. Não se esqueçam de passar pelo blog para mostrarem os vossos desenhos, deixarem comentários e participarem no Tema do Mês. Inspirem-se, relaxem e desenhem muito! Direcção dos USkP 3
ENTREVISTA Luís Pedro Cruz
Por
Leonor Lourenço
Luís Pedro, como e quando começaste a fazer parte dos USKP? No início, centrado na área da arquitetura e urbanismo, começo por desenvolver um trabalho persistente de sensibilização focado na análise e divulgação dos lugares onde tenho desenvolvido a atividade profissional (Alto Alentejo), recorrendo a referências que não são as dos urban sketchers. Quando começo a publicar nas redes sociais estes registos rápidos sequenciais e a expô-los refletindo uma noção de conjunto, professores da universidade de arquitetura de Sevilha interessam-se pela metodologia usada, que segue as pisadas do trabalho desenvolvido pelo arquiteto Gordon Cullen, que defendia que a relação estabelecida com o espaço urbano, nomeadamente nos centros históricos, se processa ao nível sensorial e emotivo, usando o desenho sequencial como instrumento para interpretar percursos urbanos, ricos em acontecimentos espaciais, cuja perceção, no dia-a-dia, é quase inconsciente, embora se reflita na sensação de conforto ou desconforto
perante o espaço que nos cerca. Desta forma, procurava-se apurar a sensibilidade espacial e o sentido crítico. Portanto, a minha adesão aos USkP é relativamente recente e só surge depois de ter participado em encontros em Sevilha organizados pela universidade e de ter sido convidado a realizar workshops e a apresentar o trabalho produzido baseado no desenho “passo-a-passo” (como se tratasse de animação ou cinema) que, só na altura, soube estar já a ser usado nas respetivas aulas. Contudo, é provável que o primeiro contacto com os urban sketchers tenha acontecido no primeiro encontro em Elvas, organizado pelos USk da Raia, no 4
num coletivo que partilha um gosto comum - o sketching, privilegiando a convivência, a partilha, o espírito de entreajuda e a descoberta dos lugares de forma despreocupada e numa relação de grupo desinibida.
âmbito do Festival de desenho - o “Traço”-, para o qual fui convidado para exibir e apresentar o trabalho realizado. O que consideras mais interessante neste movimento? A minha atuação resulta num trabalho isolado, intenso e com esforço físico envolvido porque ganha contornos de espírito de missão. O movimento Urban Sketcher não é nada disso. É um movimento que funciona com base
Com que grupo, mais frequentemente, te encontras para desenhar e o que preferes desenhar? Devido à proximidade, o grupo dos USk da Raia é aquele com quem tenho trabalhado embora, devido à falta de disponibilidade, a minha participação seja reduzida. 5
ENTREVISTA Luís Pedro Cruz
De que forma o facto de seres arquiteto influi, em ti, enquanto sketcher? Para mim, ser arquiteto determina uma sensibilidade própria que se reflete no olhar e nos objetivos perseguidos. Estes, no meu caso, têm a ver com a utilização do desenho não como um objetivo em si mesmo, mas como ferramenta para interagir com a população local. Daí que tenha necessidade de escrever para completar e reforçar esta interação. Tanto o livro que publiquei “(a)Riscar em Castelo de Vide - desenhos (d) escritos” como o “(a)Riscar em Póvoa e Meadas... a cores” refletem isto. Partilha um dos teus melhores momentos enquanto USK. O Encontro Nacional de USkP em Castelo de Vide e Póvoa e Meadas, de 24 a 26 de junho 2022, foi sem dúvida um momento especial.
Que sketchers mais gostas de acompanhar nas redes sociais, ou de outra forma? Partilhas connosco as tuas referências? Como muitos, sou sensível ao domínio técnico e à expressividade, embora seja adepto da simplicidade e do imediatismo, contudo o que me fascina são as diferentes expressões e as soluções adotadas por cada um para resolver os problemas que se lhe deparam na representação da realidade, aliás, entendo o “desenho de rua” como múltiplas tentativas de apreender a realidade sem nunca lá chegar, inclusivamente, considero que o erro quando não é eliminado enriquece o registo e dá-lhe vida. Acompanho o trabalho de muitos sketchers e há uns com quem me revejo mais do que outros. Interessam-me sobretudo aqueles que têm um projeto que orienta o seu percurso. Na verdade, a simples exposição é para mim a capacidade, nos sketchers, que mais aprecio. Defendo que o desenho está ao alcance de todos 6
desde que consigamos descomplexar-nos, vencer as inibições e ultrapassar os medos.
percebi que existe entre os sketchers uma forte coesão e uma relação tremendamente saudável, onde reina a boa disposição e o constante prazer do reencontro. Quanto aos cadernos gráficos, o resultado é fantástico, e até aí aprendi alguma coisa ao ver que há quem utilize o caderno não só como suporte de desenhos, mas como uma peça artística, ou seja, uma unidade em que caderno e ilustrações são um “todo”. De resto tenho recebido os scanners solicitados, no caso daqueles que não deixaram os cadernos em Castelo de Vide, e farei os possíveis para inaugurar a exposição na primeira quinzena de agosto. Para já o local previsto para a exposição será o antigo balneário das termas e, eventualmente, na Praça D. Pedro V haverá uma referência à exposição que será um chamariz para visitá-la. Prevê-se que esta esteja patente ao público durante dois meses. Estas informações serão devidamente divulgadas através dos USkP e conto
Contribuíste no Encontro Nacional dos Urban Sketchers em Castelo de Vide , Póvoas e Meadas, bastante concorrido. Que balanço fazes desse encontro? Partilha, connosco, dados sobre a exposição. O Encontro foi surpreendente, sentime muito bem por se terem criado as condições necessárias à excelente recetividade dos participantes. A organização dos USkP é bastante eficaz, o grupo adorou a região e reagiu com enorme entusiasmo à descoberta do lugar, envolvendo-se com a população local. Acredito que os eventos fazem sentido quando se estabelece este entrosamento. As pessoas reveemse nas representações da sua terra e, ainda mais, se veem os participantes a desenhar na rua, mesmo à sua frente, e falam com eles. O que aconteceu foi pura magia e para mim foi revelador quando
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ENTREVISTA Luís Pedro Cruz
com a presença de todos enquanto a exposição estiver montada. Há sempre quem anseie juntar-se a estes encontros mais receie a exposição. O que para ti, mais importante para estimular quem se inibe de participar? Mostrar o trabalhos de todos os envolvidos, para que se entenda que o universo dos sketchers é aberto a todos, divulgar e publicar, pareceme ser fundamental para estimular a participação e ajudar a vencer a
inibição. Quem é professor de desenho e pertença aos USkP pode ter, nas suas escolas, um papel importante na captação de novos públicos. Manter a regularidade destas iniciativas e apostar na proximidade com os locais e suas gentes é também fundamental. No fundo, todos os sketchers podem dar o seu contributo para motivar aqueles que se mostram hesitantes, exercendo influência nos seus meios. A realização de workshops e a divulgação dos trabalhos são ações que podem incentivar a adesão aos USkP e a participação nos encontros. 8
INSCRIÇÕES
ATÉ 15 DE SETEMBRO 2022 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
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VIAGEM GRÁFICA
Por
Leonor Lourenço Teresa Silva
Salamanca
O apelo era grande! A necessidade de descontrair a meio de um ano cansativo, levou-nos a planear uma viagem. Vizinhas, amigas de longa data, com vários interesses comuns, em especial o facto de sermos urban sketchers, eram já por si ingredientes aliciantes. Porém tínhamos também como objetivo, ou não fossemos nós urban sketchers, poder desenhar a nossa bel-prazer. A decisão do local a visitar levou algum tempo, mas após algumas indecisões finalmente houve consenso: Salamanca. A Teresa já se via a desenhar aqueles belos monumentos e a Leonor, o registo de todos os momentos mais marcantes. Até Salamanca foi ficando o registo da viagem. A primeira impressão foi a de uma cidade pacata, o que incomodou mais à Leonor que desejava desenhar a multidão, treinar o desenho rápido, passando assim mais despercebida. A multidão sempre cria um maior anonimato… A Teresa embora ciente do desafio que
Teresa Silva
se lhe apresentava, lá foi escolhendo os motivos arquitetónicos que lhe despertaram maior interesse. Mal imaginavam, no entanto, o desafio que se lhes apresentaria logo nessa noite. Apesar de terem conhecimento da importância que os espanhóis dão às celebrações da Semana Santa, e tendo esta, em Salamanca sido inclusive declarada como festa de interesse turístico internacional, jamais imaginavam que nestes autos de paixão, fossem envolvessem tanto a comunidade. Foram tantos os andores que passaram pela 10
Leonor Lourenço
Teresa Silva
Leonor Lourenço
Leonor Lourenço 11
VIAGEM GRÁFICA
Por
Leonor Lourenço Teresa Silva
Salamanca nossa frente que nos levou a querer saber mais sobre estes atos solenes: 22 procissões organizadas por 17 confrarias, congregações e irmandades. Era tanta a imponência, a devoção e uma panóplia de sentidos que eram estimulados quer através das bandas quer pelos cheiros das diferentes flores
e incensos, que sem darem por isso, se encontraram em primeira fila a desenhar freneticamente a beleza que se deparava perante os nossos olhos, esquecendo a fome, as horas e o extremo cansaço uma vez ao longo destes dias sempre houve procissões que terminavam frequentemente perto da uma hora da manhã.
Leonor Lourenço
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Leonor Lourenço
Teresa Silva
Teresa Silva
Mas a gastronomia, o lazer, o convívio são também muitos apelativos a quem quer viver o ambiente de uma cidade. Assim tentámos descobrir o melhor que tem aquela cidade, inclusive, claro, as lojas de material artístico, e como é usual, trazer mais material de desenho. Foram dias bem passados. 13
ENCONTROS
Terras da Chanfana | Figueira da Foz | Castelo de Vide Encontro Nacional Terras da Chanfana 2022 - 28 e 29 Maio 2022 - Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares
Por
Manuel Tavares
sketches e convívios. Passando ao domingo, foi-nos comunicado na sessão de boas vindas que iria decorrer de manhã, a procissão da Nossa Sra. da Piedade, que não se realizou durante os dois anos que durou o período da pandemia Covid e que reuniu muita gente. A figura da santa sairia da Igreja Matriz onde esteve durante um período de estadia e por tradição seria reposta no Santuário numa viagem feita de regresso. Respondendo à solicitação que nos foi pedida ao início, alguns de nós registaram nos cadernos harmónios produzidos especialmente para o evento a cerimónia da Procissão que alegrou bastante os nossos anfitriões na sessão de despedida, que decorreu na Biblioteca Municipal Comendador Montenegro ali ao lado onde estavam expostos alguns dos cadernos e sketches do evento do ano passado, onde tivemos para fechar o evento a entrega de lembranças aos participantes da organização da Terras da Chanfana. Foram entregues os cadernos desta edição para novas exposições e em breve iremos receber os cadernos do Encontro do ano passado.
Segunda edição do Encontro Nacional Terras da Chanfana, que reuniu cerca de 60 participantes, desta vez sem as surpresas de última hora dos bloqueios devido à pandemia que impactaram a participação na primeira edição. Foi no último fim de semana de Maio, dias 28 e 29 que decorreu o evento. Descrevo o testemunho da Lousã onde fiquei colocado este ano, onde fomos recebidos pelo Sr. Vítor Maia Costa e a Alice Francisco por parte da CM da Lousã que foram os nossos anfitriões. Terminada a sessão de boas vindas, em que fizemos algum tempo para a chegada de todos os participantes, optou-se por alterar o programa e começámos por nos deslocar para a zona do Castelo, da praia fluvial e do Santuário da Nossa Senhora da Piedade todos muito próximos, numa sessão que acabou por ser curta no tempo. Para a sessão da tarde, após o almoço, fomos até à aldeia de xisto do Talasnal onde passámos grande parte da tarde em 14
Lousã
Miranda do Corvo
Penela
Vila Nova de Poiares
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ENCONTROS
Terras da Chanfana | Figueira da Foz | Castelo de Vide Encontro Nacional Figueira da Foz - 10, 11 e 12 de Junho 2022
Por
Manuel Tavares
do Miradouro do Cabo Mondego, perto da Amonite gigante da autoria do Bordallo II, peça escultórica com restos de plásticos que foi o alvo preferencial dos sketchers presentes. A peça resulta da descoberta de fósseis destes seres do Cretácio numa zona próxima. Regressámos depois mais atrás para Buarcos, uma antiga vila piscatória onde passámos o resto da manhã, num dia bem solarengo e de muito calor. Tivemos no centro da vila piscatória a Igreja da Misericórdia, que foi aberta de propósito para nós a desenharmos no interior se quiséssemos. Depois de almoço seguimos para o Núcleo Museológico do Sal onde passámos praticamente toda a tarde a desenhar nas salinas, a descobrir e provar a salicórnia, antiga praga das salinas, mas que hoje a descobrimos em saladas e outros pratos, conhecida também por Sal Verde. Para o ultimo dia na sessão da manhã em que ficámos na Figueira da Foz, com tema livre mas onde havia a sugestão e desafio de desenharmos os muitos edifícios Art Noveau presentes na cidade. Para a sessão de encerramento no Museu Municipal Santos Rocha, onde decorria a Exposição das Máscaras do Oriente, fizemos partilha final dos sketches realizados neste excelente Encontro Nacional, que promete repetir-se no futuro.
Realizou-se pela primeira vez um Encontro Nacional na bela e pitoresca cidade da Figueira da Foz. Fomos muito bem recebidos no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) onde ficou logo expresso o alto nível de organização por parte da Inês Pinto e de todo o staff da C.M da Figueira da Foz. A sessão de arranque na manhã da sexta-feira dia 11 começou mesmo no CAE, onde tivemos uma visita guiada e acesso aos espaços do mesmo, inclusive ao auditório cujo palco dava acesso ao jardim das traseiras do mesmo, a lembrar o Auditório Gulbenkian. Após o almoço que decorreu com o grupo de participantes todo junto, cerca de 30, fomos de autocarro até ao Mosteiro de Santa Maria de Seiça, ruína Romântica em pleno, com vizinhança da capela de Nossa Sra de Seiça por onde se distribuiram os participantes. Terminada a curta sessão, dirigimo-nos para Alqueidão onde estava previsto uma actividade sobre os arrozais, mas que por dificuldades de acesso do autocarro e pelo atraso no crescimento das plantas do arroz plantadas mais tarde por causa do tempo, acabámos por ficar a desenhar na aldeia do Alqueidão, numa sessão que ficou aquém do esperado, reconhecido pela organização da CM da Figueira da Foz. No dia seguinte começamos cedo na zona norte da Figueira, a meio caminho 16
Salinas
Buarcos
Alqueidão
Foto final no Museu Municipal Santos Rocha
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ENCONTROS
Terras da Chanfana | Figueira da Foz | Castelo de Vide
Encontro Nacional Castelo de Vide e Póvoa e Meadas - 24, 25 e 26 de Junho 2022
Por
Manuel Tavares
Castelo de Vide e depois de almoço haveria a troca e assim aconteceu, sendo que o grupo da manhã em Póvoa e Meadas foi bem maior do que o que ficou em Castelo de Vide. Do castelo medieval, da Sinagoga, da fonte da Vila, do Forte e Igreja de São Roque, Castelo de Vide tem uma larga oferta de locais de interesse desenháveis. Póvoa e Meadas também mas apresentou-se mais humilde numa pura representação do Alentejo, com uma rara Torre do Relógio, ex-líbris desta povoação e as suas casas tradicionais, mas também dispunha de alguns imóveis apalaçados. Domingo de manhã foram gastos os últimos cartuchos para o preenchimento dos cadernos, já com o encontro marcado no pelourinho junto à Câmara Municipal para a visita à exposição do Arq. Nuno Teotónio Pereira através do Luís Pedro Cruz que teve a oportunidade de partilhar com todos o seu percurso e trabalho, e também a evolução das fases de intervenção urbana em Castelo de Vide. E no final, para concluir este Encontro Nacional tivemos um Beberete com petiscos da região, dos doces aos salgados que deliciaram todos.
Antecedido por um encontro informal de sketching promovido pela Direção dos USkP para a tarde de sexta-feira no Jardim João José da Luz no centro de Castelo de Vide, já que o inicio do programa só decorreu no final da tarde, na receção e sessão de boas vindas aos cerca de 60 participantes que decorreu no salão principal do edifício da Câmara pelo presidente António Pita e pelo anfitrião e organizador do Encontro Nacional, o Luís Pedro Cruz. A previsão de calor habitual para esta altura do ano nesta zona não se confirmou e acabámos até por passar bastante frio, com temperaturas noturnas a rondar os 10 graus. Fomos brindados por uma visita noturna à vila em que apenas os corajosos e resistentes ao frio permaneceram até ao final da sessão a rondar a meia-noite. Houve a entrega de cadernos harmónios na sessão de boas vindas onde se definiu logo a divisão dos participantes em dois grupos em que no sábado, de manhã seguiam uns para Póvoa e Meadas enquanto o outro grupo ficava por 18
Póvoa e Meadas (manhã)
Póvoa e Meadas (manhã)
Salão Nobre da Câmara Municipal
Foto final
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Por
DICAS 1, 2, 3
Lurdes Brito
Desenhar animais exige muita observação e alguma rapidez de execução, pois movimentam-se muito. Assim a dica principal, é observar as suas formas, características, posição das orelhas em comparação com os olhos, a forma dos olhos e relação com a boca, etc.. Depois temos de aguardar que se coloquem numa posição confortável e que se preveja demorarem alguns minutos. A base de desenho para representar qualquer animal é o círculo. A cabeça, o corpo, o pescoço, as patas são círculos. Como desenhar em diário gráfico é também experimentar materiais e sendo um exercício de observação rápido, utilizei carvão e caneta pincel Kuretake, cor sépia aguarelável. Desenhar animais
#1 – Se for mais do que um animal, desenhar com a maior simplicidade os círculos que os constituem e a sua relação um com o outro, considerando que o que está mais próximo tem círculos maiores e o mais longe, mais pequenos. Utilizar lápis de grafite B ou carvão, para desenhar em movimento, ligando as formas dos dois corpos.
#2 – Com a caneta pincel Kuretake, desenhar os pormenores e as formas dos dois animais com o apoio do desenho prévio, mas sem o repetir, observando e comparando sempre os animais. Ter o cuidado para que as linhas sejam interrompidas para dar mais expressividade e carregando mais na linha do animal mais próximo, afinando a linha para o que está mais longe. Desenhar também o movimento do pelo sem insistir demais. 20
#3 – Com um pincel com reservatório de água, vamos então dar algum volume ao desenho mantendo sempre a mesma expressão: mais forte nos primeiros planos, mais suave nos últimos. Podemos voltar de novo à caneta Kuretake para marcar o contraste de alguma parte do desenho, sempre procurando a expressividade do traço.
USkP ASSOCIAÇÃO Urban Sketchers Portugal
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