AGENDA Maio 2021
Desenho vencedor do Tema do Mês: Isabel Alegria
urbansketchers-portugal.blogspot.pt
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AGENDA Maio 2021
Desenho vencedor do Tema do Mês: Isabel Alegria
ENTREVISTA
Manuel Martins por Leonor Lourenço
OS NOSSOS DESENHOS Tema: USKPdesafio12 Tema: USKPdesafio13
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LIVRO
Livros que nos acompanham… por Paula Brito Equipa de produção: Abnose, André Baptista, Carlos Matos, Henrique Vogado, Isa Silva, Leonor Lourenço, Manuel Tavares, Rosário Félix, Vicente Sardinha Colaboraram nesta Agenda: Carlos Matos, Conceição Reis, Filipe Botelho, Filipe Pinto, Hélio Boto, João Carlos Boaventura, João Pinto, João Tiago Fernandes, Jolanta Mourinha, Jorge Guedes, Jorje Borjes, Leonor Lourenço, Manuel Martins, Nuno Ricardo, Maurício Dias, Paula Brito, Paula Cabral, Pedro Cabral, Rosário Félix, Santos Maria de Fátima, Sara Figueiroa, Sónia Tomé Design e paginação: Isa Silva Revisão: Manuel Tavares Copyright: Urban Sketchers Portugal www.urbansketchersportugal.blogspot.pt Sugestões e contacto: uskp. actividades@gmail.com
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VIAGEM GRÁFICA Marraquexe por Hélio Boto
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NOSSO CONVIDADO Desenhar automóveis por Filipe Pinto
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ABCDIÁRIO Letra G
por João Tiago Fernandes
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GRUPOS
USk Beiras por Carlos Matos
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DICAS 1, 2, 3
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por Paula Cabral
AGENDA
Encontros, Formações, Exposições 2
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E D I T O R I A L Olá a todos. Já respiramos ares de relativa liberdade e muitos já começaram a desenhar no exterior. Tínhamos tantas saudades!!! Estamos com ânsia de nos vermos, de conversarmos de simplesmente desenharmos com companhia. Alguns grupos já iniciaram os seus encontros e temos o ‘Vamos Desenhar Com…’ no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, a arrancar em força este mês. Em Maio temos o Jorge Vila-Nova a 8 de Maio, o Alexandre Esgaio a 15 de Maio e a Leonor Janeiro a 29 de Maio. Mas as novidades não ficam por aqui. E já estão abertas as inscrições para a iniciativa “Do Xisto à Chanfana vai um Mundo” numa parceria com os municípios de Lousã, Miranda Do Corvo, Penela e Vila Nova De Poiares com: - um encontro de fim de semana, com algumas ofertas nomeadamente 2 vouchers de refeição e alojamento para 1 noite - 4 candidaturas para oficinas de sketching com a duração de 1 dia (manhã e tarde). Todas as informações mais adiante nesta Agenda ou no nosso blog. Não se esqueçam de passar pelo blog para mostrarem os vossos desenhos, deixarem comentários e participarem no Tema do Mês que nos desafia a desenhar os dois lados... Inspirem-se, relaxem e desenhem muito! Direcção dos USkP
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ENTREVISTA Manuel Martins
Por
Leonor Lourenço
Manuel Martins quando despertaste para o desenho? E em que momento tiveste conhecimento deste movimento? O despertar remonta para meados dos anos 60 do século passado durante o ensino secundário. Ou seja, há uma montanha de anos, e espero que a montanha aguente muito mais e saudável. Tomei conhecimento do USk, pelo amigo Emanuel Félix em maio 2015. Já nos conhecíamos de há muitos anos, a ele e há sua família, e um dia falou-me no desenho na rua e no movimento urban sketcher. Interessei-me de imediato e promovemos um primeiro encontro no Alto das Covas em Angra do Heroísmo a 3 de maio de 2015.
tivemos o gosto de ter a presença amiga de 30 colegas, de diferentes idades, desenhando. Outro momento foi a ida ao Simpósio Internacional na Cidade do Porto em julho de 2018, aonde senti a enormidade do movimento urban sketcher e o interesse que desperta nas pessoas, unindo-as em volta da prática da arte. Quando deste início à tua atividade de coordenação de um grupo regional, USKP Açores, Ilha Terceira e o que te motivou a fazê-lo? A coordenação do grupo foi mais pela minha disponibilidade e remonta há cerca de quatro anos. A motivação foi nunca deixar morrer este grupo, e como estava mais disponível, achei, e os meus colegas também, que conseguiria organizar encontros e ir ao encontro dos desejos dos outros “confrades” para que pudéssemos fazer 2 encontros ao mês sem falhar e sem falta de desenhadores, o que tem vindo a acontecer. Estamos sempre em contato uns com os outros através do Messenger para que haja consenso. Essencial.
Que momentos foram para ti mais significativos? Praticamente todos os momentos foram bons porque há um são convívio e amizade entre nós, contudo o momento muito importante foi o nosso quinquagésimo encontro no coreto do Jardim de Angra do Heroísmo aonde 4
foto de Fernando Pavão
Imaginemos que te é dada a possibilidade de desenhar e aprender com um sketcher nacional ou internacional, que tu muito admiras. Quem escolherias? Não por arrogância, coisa de que não sofro, apenas não me ocorre agora 5
ENTREVISTA Manuel Martins
um nome, além disso, procuro sempre estar bem comigo e ir aprendendo aos poucos sem me aborrecer, vendo e praticando. Afinal o Urban Sketcher não é uma escola, vamos aprendendo como na nossa vida, fazendo, vendo, e no essencial aceitar as nossas limitações e potencialidades. Tenho notado um ambiente tipo sala de escola, isso pode ser prejudicial porque impede que outros sem grande prática de entrar, porque se sentem menorizados e não querem parecer mal junto dos “bons”. Sempre que encontro alguém interessado, mostro o básico e essencial, o desenho rápido, sem requisitos sofisticados. Assim a porta fica
escancarada para todos. Também não deveremos promover a competição entre os bons, os menos bons, e os mauzinhos, é negativo para a união do movimento de desenhadores. Ninguém compete para bienal de arte nem para entrar numa galeria. Vamos todos a monte desenhar. E a cereja em cima do bolo… num lugar e contexto escolhido por ti. Não custa sonhar! Onde e como seria? Seria lindo ter todos vocês durante um mês, pelo menos, desenhando com os nossos desenhadores aqui na Ilha Terceira, com transportes, alojamento e refeições tudo grátis. E essa? 6
Que momento consideras inesquecível enquanto urban sketcher? Aquela “montanha” de artistas desenhando na Avenida dos Aliados em julho de 2018 no último dia do Simpósio Internacional no Porto. Damos contigo, em alguns encontros a desenhar uma ou outra pessoa de forma destacada, fazendo-lhe um retrato em contexto. O que te motiva mais a fazê-lo, o facto de ser um rosto caraterístico, pela amizade com o /a retratado/a ou por outro motivo aqui não referido? No restaurante em Ponta Delgada aonde os urban sketchers me viram fazer isso caricaturei o “Abnose”. Quem já não o tenha feito? O colega tem um rosto que pede para ser caricaturado. Gosto de fazer porque além de ser uma prática para conseguir desenhar deformando e ao mesmo tempo manter as parecenças com o desenhado, é um gesto de amizade, quando a outra pessoa entende assim. Geralmente as pessoas bem informadas entendem, mas há quem não gosta da brincadeira e faz cara feia.
inclusive os bisavós. Se não fosse o desenho não teria acontecido esse salto ao passado. A arte é comunicação, une as pessoas e não as divide, ou, pelo menos não deveria. Em época difícil como a que atravessamos, de ora confinamento ora saída restrita, como a tens gerido? Menos mal, dou-me bem em casa, não sou pessoa de gostar de cafés e bares, tenho imenso espaço de beira-mar e áreas verdes para ir sem ter pessoas por perto. Não vivo completamento isolado, apenas o convívio é feito com um número pequeno de pessoas e nos encontros USK mantemos as proteções recomendadas. Também a situação do COVID na Ilha Terceira não é crítica, felizmente. Tenho tido vontade de me meter num avião e fazer uma viagem, mas, por um tempo, há que ficar quieto, circundado e protegido pelo mar.
Desenhar é, para ti, uma vontade ou necessidade? Desenhar e pintar, mais aguarela do que acrílico, no óleo não navego, é uma vontade/necessidade, como distinguir as duas faces da mesma moeda? Deverá acontecer com todos, temos sempre um bloco de papel e lápis por perto, mesmo nos restaurantes. Ontem num restaurante uma menina de quatro anitos apareceu junto á minha mesa e meteu conversa. Dali pouco desenhei lhe o perfil e ofereci-lhe. A mãe veio agradecer e fiquei a saber que tanto a miúda como eu nascemos na mesma rua, e que eu conhecia a família dela 7
ENTREVISTA Manuel Martins
Alguém que não sabe bem o que é ser urban sketcher e te pergunta o que te motiva a sê-lo o que responderias? Se a pessoa não gosta de desenho, não digo nada ou pelo menos o mínimo, porque geralmente não saberão do que falo. Relacionam o desenhar e pintar a dinheiro, única e simplesmente, e não tardarão a perguntar quanto tempo levas a fazer isso e quanto custa, assim poderão saber se somos bons ou maus comerciantes. Se gostam, pinto uma bela imagem de convívio, amizade, liberdade de desenhar sem restrições e que somos muitos no mundo, para assim trazer mais adeptos para a equipa. As pessoas querem desenhar só que têm receio de se sentirem embaraçados ao mostrar os seus desenhos. Por isso há que libertar as pessoas desse trauma. Partilhar é bom, mas na altura própria quando a pessoa se sentir á vontade.
Foste entrevistado, entre outros elementos do teu grupo, para o programa Portugal em Direto na RTP1 no dia 19 onde afirmaste que arte é terapia. Recentemente começaste a dar formação em pintura. Vês a arte de ensinar também dessa forma? Algo que sinto desde há muitos anos e continuo a acreditar. Fazer arte não é negócio, a ideia de que os artistas fazem dinheiro pelo preço dos quadros, é errónea porque, como sabemos, poucos são vendidos e muitos ficam arrumados a um canto ou oferecidos a familiares e amigos. Então o que nos resta mesmo é a terapia que o desenhar, pintar, escrever, tocar música, em suma, as variadas formas de arte, são uma terapia que nos equilibra emocionalmente perante nós mesmo. Se agrada a outrem tanto melhor.
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DO XISTO À CHANFANA VAI UM MUNDO REDE CULTURAL TERRAS DA CHANFANA (PENELA + LOUSÃ + MIRANDA DO CORVO + VILA NOVA DE POIARES)
CANDIDATURAS PARA 4 OFICINAS DE DESENHO - JUNHO 2021 Irá decorrer nos dias 19 e 20 de Junho, um Encontro Nacional organizado pela Rede Cultural Terras da Chanfana (composta pelos Municípios de Penela, Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares) com parceria da Associação UrbanSketchersPortugal. Posteriormente será realizada uma exposição com desenhos produzidos nas Oficinas e no Encontro, que circulará pelos 4 Municípios. Integradas no projeto e com parceria da Associação USkP, irão realizar-se 4 OFICINAS DE DESENHO que decorrerão antes do Encontro Nacional, em cada um dos Municípios: OFICINA 1 - Lousã - Dia 03 de junho OFICINA 2 - Penela - Dia 05 de junho OFICINA 3 - Vila Nova de Poiares - Dia 10 de junho OFICINA 4 - Miranda do Corvo - Dia 12 de junho Relativamente a cada Oficina: - decorrerá em duas partes: manhã + tarde; - terá um formador por Oficina; - terá no máximo 15 participantes; - cada participante terá a oferta de um caderno Harmónio artesanal (papel Fabriano 300grs); - a temática terá de estar relacionada com os objetivos do projeto: “Valorização do património natural e cultural, material e imaterial, da região”; - os cadernos dos participantes deverão ser disponibilizados à organização, pois poderão integrar a Exposição. Relativamente a cada Formador: - será oferecido o valor de €500 pela realização da Oficina; - oferta de 1 caderno harmónio igual ao dos participantes; ENVIO DAS CANDIDATURAS PARA O EMAIL: uskp.actividades@gmail.com DATA LIMITE : 16 de Maio às 23h59! REQUISITOS E CRITÉRIOS DA CANDIDATURA: - Formador ser associado USkP, há pelo menos 3 meses; - Envio da proposta do programa da Oficina; - Envio de desenho(s) na proposta que dê suporte à ação formativa (que exemplifique os exercícios, por exemplo); - Indicação da ordem de preferência as oficinas (1, 2, 3 ou 4) a que se propõe. As 4 candidaturas escolhidas serão contactadas até dia 23 Maio. 9
OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO12
Todos preparados? Acção!! Corta!! Rosário Félix
Conceição Reis
Nuno Ricardo Maurício Dias
Sara Figueiroa
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João Carlos Boaventura
Jorje Borjes
João Pinto
Santos Maria de Fátima
Filipe Botelho
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OS NOSSOS DESENHOS tema do mês: #USKPDESAFIO13 Vejo tudo a preto e branco
Filipe Botelho
Jolanta Mourinha
Jorge Guedes
João Pinto
Jorje Borjes
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João Carlos Boaventura
Sónia Tomé
Rosário Félix
Pedro Cabral
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LIVRO Livros que nos acompanham… Sempre gostei de desenhar e pintar. Era capaz de passar horas a rabiscar e a desenhar. Só muito mais tarde é que comecei a usar blocos e cadernos, com o propósito de registar ideias, projetos, esboços, … O gosto pelo desenho e pelas artes, em geral, sempre me acompanhou e foi crescendo…. Acabei por me formar em Escultura. Em 2014 frequentei uma formação para docentes, em S. João da Madeira, intitulada “Património – O Diário Gráfico como suporte de aprendizagem e conhecimento da identidade local”. Formação que despertou em mim a vontade de desenhar com muito mais frequência no meu quotidiano e em Diários Gráficos. Foi nesta altura que tive o conhecimento do movimento dos Urban Sketchers Portugal e dos vários grupos regionais. Fiquei fascinada com o conceito deste Movimento. Comecei a participar nos encontros dos ASK-Aveiro e mais tarde, no Mosk- Montemor Sketchers. Em 2015 participo no 1º Encontro Internacional de Desenho de Rua, em Torres Vedras. É a partir daqui que a paixão se instala. O desenho de
Por
Paula Brito
rua era fascinante, envolvente, o prazer de desenhar em grupo, o convívio, a partilha de experiências, as oficinas de aprendizagem, … os amigos que fiz, que se mantêm até hoje… Um encontro marcante! O Desenho em Diários Gráficos tem-me proporcionado muitas viagens. Tem sido uma bela viagem, com muitas memórias e histórias! Os Diários de viagem do Eduardo Salavisa são todos eles uma referência e muito inspiradores, saliento o “Diário de Viagem. Desenhos do Quotidiano”, o primeiro livro que comprei sobre esta temática, onde tive o contacto com tantos e bons desenhadores do quotidiano, uma espécie de antologia (coletânea) de vários autores. Um livro que aborda, também, a diferença na terminologia entre “Diário de Viagem”, “Caderno de Esboço” ou de “Campo”, “Livro de Artista” e “Diário Gráfico”, e as suas finalidades. Lembro-me de ficar fascinada quando o folheei pela primeira vez. É sempre um prazer revisitá-lo. Fico maravilhada com a capacidade que cada desenhador tem em registar o que observa e como compõe cada página, cada desenho. Um livro lindíssimo e inspirador, como 14
todos os outros de viagens do Eduardo Salavisa. Estes Diários despertam em mim, uma vontade imensa de um dia poder viajar com o objetivo de registar graficamente a viagem, as memórias, as paisagens, as pessoas, … Gosto de desenhar pessoas, captar a pose, o movimento, a postura, mas também o espaço envolvente, o ambiente. Gosto de desenhar pormenores, os pés por exemplo, descalços ou calçados. Apesar de serem considerados muitas vezes a parte menos glamorosa da nossa anatomia, têm a sua beleza! Há pouco tempo cruzei-me, numa
livraria, com o livro “Human Figure Drawing. Drawing Gestures, Postures and Movements, de Daniela Brambilla. Um livro grande de capa dura que ensina os segredos do desenho da figura humana. Destina-se a quem quer começar a desenhar ou aperfeiçoar as técnicas de representação da figura humana, com explicações, conselhos e dicas de diferentes técnicas e estilos. Este livro ajuda o leitor a observar os seus modelos com atenção, recorrendo a diferentes linguagens, experimentando novas abordagens com recurso da linha, da mancha, da luz-sombra, da cor, de 15
LIVRO Livros que nos acompanham…
uma forma espontânea, mais ou menos gestual para captar o gesto e o movimento recorrendo ao lápis, caneta de diferentes espessuras, pastel, carvão, aguarela, etc. Este livro tem sido um estímulo e orientação no meu processo de representação da figura humana e de desenho de modelo. Outro livro, que tem sido uma referência para mim, na área do Urban Sketching é o Guia completo de técnicas de desenho urbano – Urban Sketching, de Thomas Thorspecken. Um livro que aborda os princípios básicos de desenho, as técnicas de expressão e os recursos utilizados por diversos desenhadores/ilustradores, dando ao leitor uma série de conselhos para se tornar num desenhador urbano. O livro está dividido por 4 capítulos: “Instrumentos e Técnica”
Por
Paula Brito
(apresenta diversas ferramentas, utensílios, materiais e técnicas de desenho e de pintura), “Como Passar ao meio Urbano” (abordando as questões da perspetiva), “Coloque pessoas e animais em seu mundo” (capítulo dedicado à representação da figura humana no espaço, ambiente, aos animais,…) e “A escolha de um tema” (aborda diferentes temas possíveis a representar, a rua, os meios de transporte, espetáculos, as férias, cafés, restaurantes, etc). Um ótimo guia, muito completo quer ao nível de materiais de desenho, quer de técnicas de pintura, com muitas dicas e ilustrações de diferentes autores, para descobrir em cada página. Espero que possamos regressar, em breve, aos encontros de rua. 16
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VIAGEM GRÁFICA Por
Marraquexe
Hélio Boto
Em dezembro de 2019 partimos rumo a um inverno com temperaturas mais amenas, o destino foi a conhecida cidade vermelha, a frenética cidade de Marraquexe. Ficámos instalados numa tradicional casa marroquina, conhecida como Riad, com os seus arcos quebrados, um pátio central e com imensos detalhes no trabalhar da madeira e dos azulejos, fizeram-me recordar alguns pormenores que podemos encontrar em algumas edificações no sul da península ibérica. Apesar das instalações estarem longe de ser luxuosas, o seu staff muito simpático e sempre prestável, recebeu-nos com um jantar típico marroquino, uma
tajine de legumes, não sei se foi por ser a primeira, mas foi das melhores que degustámos durante a nossa estadia. Após uma noite de descanso, levantámo-nos bem cedo e fomos visitar o Jardim Majorelle. Outrora casa de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, um dos locais mais turísticos da cidade em que a presença de pessoas vindas de todo o mundo em enorme quantidade fazse notar, estas quase se atropelavam a tentar tirar a foto perfeita, para postar nas redes sociais, uma “loucura”; o que deveria ser um local propício à tranquilidade e bem-estar estava impregnado de ruído e de agitação, mas apesar disso, este jardim botânico não deixa ser uma pérola a visitar. 18
Continuámos a descobrir a cidade e parámos para desenhar a Koutoubia, a maior mesquita da cidade, o facto de estar parado a desenhar permite-me analisar a vida quotidiana da população, os seus hábitos e rotinas, neste caso em concreto, a chamada dos muçulmanos através dos altifalantes da mesquita para irem rezar. Visitámos vários palácios, museus e jardins, todos interessantes e com as suas particularidades, sendo que o que achei mais apelativo para desenhar foi o Palácio El Badi, pois apesar da sua visita interior indispensável, este proporciona diferentes vistas sobre a cidade, assim como sobre si mesmo. Para os amantes de arqueologia e de história aconselho a visita, sendo possível encontrar numa das salas do palácio uma exposição patente relativa a descobertas arqueológicas levadas a cabo por arqueólogos portugueses em cooperação com Marrocos. Deste palácio desenhei uma vista panorâmica sobre a cidade e aqui dissipámos todas as dúvidas em relação ao apelido de Marraquexe – a cidade vermelha. Um dos episódios mais peculiares que vi enquanto desenhava, foram duas senhoras, que pareciam turistas de origem árabe, vestidas com um véu integral preto - niqab, pelo que se tornava bastante difícil distingui-las, muito alegres a posarem em frente a tudo o que era painel de azulejo e arcada para tirarem a 19
VIAGEM GRÁFICA Por
Marraquexe
Hélio Boto
selfie ideal, fizeram me lembrar as influenciadoras de redes sociais, mas quem sabe não seriam!? No final de tarde tornou-se hábito sentarmo-nos a beber o tradicional chá de menta numa esplanada na Jemaa el-Fna, a praça central da cidade. Este é o local onde tudo acontece, em que tudo é motivo para fazer negócio, desde mulheres que pintam os braços das turistas com henna, encantadores de serpentes, músicos, vendedores ambulantes por todo lado, discussões (às vezes com alguma violência à mistura), muito movimento e rebaldaria. Constatámos que o ambiente muda do dia para a noite, se durante o dia, a praça é um centro de negócios, à noite é palco de músicas e danças, assim como de barraquinhas de comida, que trazem os cheiros
carregados das especiarias misturandose no ar e criando um ambiente que não encontramos em países europeus. Para o último dia deixámos a visita às estreitas ruas dos souks, onde todos os olhares estão postos em quem pára, mesmo para quem tira uma foto, pois a venda, juntamente com a negociação do preço são primordiais e tradição local, por isso não consegui desenhar como gostaria, mesmo assim, escondido, consegui desenhar um dos carros puxados por bestas que serve como transporte de abastecimento das lojas. Em quatro dias visitámos os museus, palácios, os típicos mercados, as praças, comemos as típicas refeições e bebemos chá de menta, negociámos muito e desenhei como nunca o tinha feito antes, foram dias muito intensos, que um dia espero poder repetir. 20
Todos os últimos sábados do mês
Dois sketchers convidados no nosso canal de You Tube
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NOSSO CONVIDADO
Por
Desenhar automóveis
Filipe Pinto
Seja parados ou em andamento os automóveis estão por todo o lado na cidade e muitas vezes não se consegue fugir a desenhá-los. Desde que conheci os Urban Sketchers que comecei a desenhar automóveis. Desde o workshop Vintage no Diário
Gráfico que teve lugar no Museu Automóvel do Caramulo em 2012 e em que participou o desenhador francês Lapin. Para o desenho de automóveis o Lapin senta-se num banco baixo, afastado do automóvel cerca de um metro do objecto e desenha com a 22
Habitualmente começo o desenho pelo vidro da frente (pára-brisas) que fixa a medida de referência para o resto da construção. Depois de duas aguadas para a cor e sombras termino com os pormenores. Os detalhes dos faróis, os números da matrícula, o logotipo da marca, todos os detalhes que ajudem a caracterizarem aquele carro em particular. Os automóveis têm sempre imensos pormenores para nos perdermos a desenhar. Os espelhos retrovisores, as luzes de mudança de direcção, o logotipo da marca, as rodas e os pneus. A superfície dos carros é muito refletora e os reflexos de meio envolvente quando incluídos no desenho chegam a ser um desenho dentro do desenho. Quando destaco um automóvel para desenhar procuro os carros mais antigos que encontro ainda em circulação nas ruas de Lisboa e que estão prestes a desaparecer de circulação. De preferência ainda com as antigas chapas de matrículas com as letras e números de cor branca sob um fundo preto. Com os selos do imposto automóvel ainda colado no vidro. Com todos os detalhes que ajudem a contar a história daquele automóvel e de quem nele circulou.
linha do olhar à altura do farol criando uma distorção na perspectiva através do efeito de olho de peixe. Os automóveis podem ser desenhados de muito perto ou em segundo plano. Podem estar sozinhos ou integrados na paisagem urbana. Modelos mais antigos podem ser desenhados em museus ou na rua e onde por vezes não há tempo para acabar o desenho.
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G Por
ABCDIÁRIO
João Tiago Fernandes
Letra G — Grupos
Cheguei 10 minutos antes do início da aula. Os alunos pediram-me logo se podiam ir ligando os computadores. Por mim, tudo bem! - respondi, pensando que iriam aproveitar para pôr algum trabalho em dia. Qual quê!? Era vê-los a correr para o Among Us (onde um grupo de astronautas tenta perceber quem é que, de entre eles, anda a matar os outros numa estação espacial) - que nada mais é que uma cópia do jogo Os Lobisomens d’Aldeia Velha (onde um grupo de aldeões tenta perceber quem é que, de entre eles, anda a aproveitar o escuro da noite para, well… matar os outros) - já de si uma cópia do jogo do Assassino (onde um grupo de transeuntes tenta perceber quem é que, de entre eles, tem o Ás de ). Recuei 15 anos. Na mão tenho um (o polícia) e ainda não topei Rei de ninguém a piscar os olhos (o sinal mortífero do assassino). Encontramonos à volta duma mesa bem regada a cerveja e tremoços enquanto tentamos ignorar o Adorno na sebenta para o exame de amanhã. Assim eram as noites no café da (Cooperativa) Gesto, na travessa do Ferraz.
Coincidentemente, antes do confinamento, esse (agora Rosa Imunda) era um dos pontos de encontro dos Drink & Draw, do Porto — um grupo composto maioritariamente por estudantes universitários que se juntam semanalmente para desenhar criativamente. Quando os visitei, a atividade da noite era desenhar objetos fechados dentro de caixas de papelão, não através do som que pudessem fazer ao chocalhar as caixas, mas colocando a mão num buraco para sentir o objeto com os dedos. (Ai, longe vai o tempo em que se podiam fazer brincadeiras destas sem medo da pandemia…) Se alguns grupos viviam deste regime de tertúlia entre os seus membros[1], outros fizeram por continuar a sua prática pela Internet, mesmo ao longo do confinamento. Exemplo disso são os encontros organizados pelos Montemor Sketchers (MoSk), em parte aproveitando a sinergia resultante dos encontros do Salão 40, em Coimbra (desenho de modelo nu), em parte aproximando gente de várias zonas do país à frente do ecrã; ou os encontros 24
- Misantrópico: Este tipo gosta imenso de ir a todos os eventos e mais algum, mas depois do encontro inicial desaparece completamente e só o voltamos a ver no final. . “Então onde é que depois nos encontramos?” - Turista: Esta gente costuma andar de câmara fotográfica às costas e, depois de um ou dois desenhos de aquecimento, passa o resto do encontro a tirar fotografias a tudo e todos, que depois sempre se esquecem de partilhar. Frase típica: “Eu depois mando pró email.” - Ginasta: Um tipo específico de fotógrafo que se coloca nas poses mais esquisitas para conseguir capturar o ângulo perfeito. Frase típica: “Magoei-me no joelho mas nem sei como é que foi.”
mensais dos Aveiro Sketchers (ASk) que vão aproveitando Apps e plataformas online para continuar a experienciar o desenho em conjunto. Mas mais do que falar de grupos, que há mil e uma formas de olhar para o desenho, interessa-me falar dessa miríade de gente que os compõe. Letra G — Gente Todos nos revemos na troca de experiências, na troca de material, nos almoços, nos cafés, nas tertúlias… Mas enquanto os encontros presenciais não voltam em força, vamos tentar criar aqui uma coleção de cromos que já todos encontrámos nos vários grupos que frequentamos e que tanta cor dão aos nossos encontros:
[1] Num qualquer encontro, em conversas amenas. 25
ABCDIÁRIO
João Tiago Fernandes
[2] Tudo sentadinho no chão...
[3] Sem comentários
- Apressado: Este tipo desenha mais rápido do que toda a gente e depois não tem paciência de ficar ali à espera que os outros terminem. Também costuma aparecer com as mãos nas ancas. Frase típica: “Isso tá ou quê?” (cof cof) - Ultra-Preparado: Trazem um banco de pesca às costas, 3 tipos diferentes de caderno, 2 estojos (um limpo e um sujo), aguarelas de pastilha, aguarelas de bisnaga, gouache (que nunca chegam a usar), um conjunto de 5 godés à la matrioska, pincéis de pêlo de orelha de boi, pincéis de pêlo artificial, pincéis com depósito, uma caixa de chicletes tutti-frutti e uma banana para os níveis de
potássio. Frase típica: “Queres que te empreste?” - Hippie: Pelo contrário, os hippies atiram-se ao chão à primeira oportunidade[2]. É vê-los a sentar-se lado a lado nas escadarias poeirentas de um antigo monumento, tal qual os pássaros nos fios elétricos de uma torre de alta tensão — completamente despreocupados. Frase típica: “Tens papel?” - Materialista: Não confundir com os agarrados ao dinheiro. Este tipo de sketcher acredita que é o material que faz o desenho e não consegue aceitar que os outros tenham a sorte de fazer um bom desenho. Frase típica: “De que marca é essa caneta?” 26
- Prodígio: Aquela pessoa que até sem querer lhe sai um traço perfeito de fazer roer inveja a toda a gente e oxalá nunca lhe aconteça um acidente às mãozinhas. Frase típica: “Se continuares a praticar também chegas lá.” - Techno-lover: Podem encontrar esta estirpe de cócoras junto a uma parede, com um iPad preso entre o peito e o queixo, com um foco numa mão e o telemóvel na outra a tentar fotografar uma racha debaixo de um muro de pedras para ver se consegue descobrir para onde é que a stylus terá caído. Frase típica: “É que no caderno não tens Undo.” - Canário: Este tipo não consegue desenhar sem música. Por isso, mais vezes do que poucas, é encontrá-lo a assobiar aquele hit que mais ninguém conhece. Frase típica: “Fiuuu, fu-fiuuu…” - Viciado: Tomam café à chegada, tomam café a meio da manhã, tomam café antes do almoço, tomam café depois do almoço, tomam café durante a foto de grupo, desenham com café… Frase típica: “E um cafezito, não?” - Secretário: Como normalmente vivem para lavrar atas na reunião de condomínio, vendo-se aqui fora da sua zona de conforto, decidem distribuir cópias do Manifesto USk por toda a gente. Frase típica: “Mas o manifesto diz que (inserir algo contrário ao que já desenhaste).” - Gótica: Vestida do mais profundo preto, podemos encontrá-la tipicamente sentada à sombra para não queimar o marfim. Num dia mais feliz, talvez use meias às riscas. Frase típica: “...”
- Faladora: Contrastando com a gótica, que raramente solta um pio, as faladoras deslocam-se quase sempre em pares e, ao longo de todo o encontro, conseguem abstrair-se completamente dos seus cadernos ao ponto de, muitas vezes, não fazerem um único desenho. Mas a conversa fica em dia, isso sem dúvida! Frase típica: “Tu já sabes como é que eu sou!” - Bon-vivant: De um barro semelhante, o bon-vivant prefere passar o tempo todo na esplanada a desenhar de imperial na mão e a apagar o cigarro na água dos tremoços. Frase típica: “Eu já comia.” - Perfeccionista: Este tipo de sketcher divide-se em três sub-tipos: - Demorado: Contrastando com o apressado, este tipo demora tempos infinitos num só desenho[3]. Frase típica: “Nem dei pl’o tempo a passar…” - Caseiro: Preferindo acompanhar as gentes ao longo da sketchcrawl, este tipo acaba por ir para casa mais cedo por forma a ter tempo de concluir os desenhos e os conseguir partilhar em toda a sua plenitude cromática. Muitas vezes deixa os desenhos por terminar quando vê o secretário a aproximar-se. Frase típica: “Depois termino em casa.” - Oops: Faz tudo para colocar todos os detalhes no papel — só não sabe parar antes de estragar o desenho. Frase típica: “Ó caraças!” Tantos outros haveria para enumerar, mas isto não é a Herman Enciclopédia. O desconfinamento está aí e dentro em breve poderemos voltar a encontrar todos estes tipos de sketchers no seu habitat natural. Quem sabe quantos mais ainda faltam descobrir…? 27
GRUPOS Por
USk Beiras
Carlos Matos
Em 2008, quando os blogs eram os reis das redes sociais, Eduardo Salavisa publicou no Desenhador do Quotidiano um desenho que legendou como Juncal do Campo aldeia de Castelo Branco, terra dos meus avós. Daí a estabelecer-se o contacto foi um ápice. E logo se combinou um encontro/ /oficina. Com o Eduardo, com o Pedro Cabral e o Luís Ançã os desenhadores de castelo Branco tiveram pela primeira vez contacto com o Urban Sketching. No ano seguinte organizou-se o XII Encontro Nacional dos Urban Sketchers Portugal e nesse encontro, a 21de março de 2011, criou-se o núcleo regional Urban Sketchers Portugal Beiras. No ano seguinte organizamos o Encontro Urban Sketchers Beiras de Castelo Branco. Nesse encontro estiveram connosco o Mário Linhares, o Tiago Cruz, a Alexandra Belo e o Vitor Mingacho, nele, começámos também a apontar para uma direção que temos mantido: a relação com os vizinhos, sejam os vizinhos portugueses mas também os espanhóis. E aqui
estiveram no Encontro seguinte, a Cristina Urdialles e o Álvaro Carniceiro. Também ficou clara outra matriz identitária do grupo, com uma comunicação da Mariana Martins, aluna de 9º ano naquela altura do Mário Linhares que nos explicou porque desenha e também uma intervenção no mesmo sentido do Enfermeiro José Preto Ribeiro. O desenho para aqueles que nunca tiveram formação académica para ele e a relação com o publico estudantil no ensino básico. Desse encontro iniciou-se uma atividade que apenas a pandemia interrompeu, a Oficina do Desenho. Nela, pelo menos, uma vez por semana, os desenhadores de rua de Castelo Branco, professores, militares, engenheiros civis, enfermeiros, médicos, técnicos de finanças, de turismo, alunos do ensino secundário, reformados e ativos, encontram-se para em conjunto descobrirem o desenho como forma de expressão e ferramenta para conhecer a comunidade, na sua riqueza patrimonial e cultural. Conhecer o nosso território e a sua identidade através do desenho, 28
tem sido, também um dos nossos propósitos. Estamos desde a primeira edição com o (a) Riscar o Património. E em 2019, organizamos, com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco o encontro “A Espessura do Tempo”. Através da Espessura dos traços e com Tempo, 20 desenhadores daqui e amigos que fomos fazendo com o desenho, percorreram em seis dias, um percurso de 380 quilómetros que passou por todas as freguesias do concelho de Castelo Branco. Com esses desenhos, organizou-se num dos locais
emblemáticos da cidade, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, uma exposição que recriava esse percurso e que nela os visitantes puderam também conhecer o nosso território através do traço desses desenhadores. Nesse ano voltámos aos Encontros de junho, desta vez a propósito de um tema que também nos é muito caro: a Gastronomia. No encontro Sabores de Desenho, integrado na Feira Anual, Sabores de Perdição desenhadores de Lisboa, Covilhã, Torres Vedras, Coimbra, Montemor o Velho, Madrid, Cáceres, 29
GRUPOS USk Beiras
Carlos Matos
Plasência, Badajoz e Mérida aliaram dois prazeres: a gastronomia e a comida com o desenho. Para 2021, os desenhadores de Castelo Branco e os seus amigos vão-se juntar à comemoração dos 250 anos de Castelo Branco como cidade e volvidos dois
séculos e meio, também eles, através do projeto 250 anos 250 desenhos, vão deixar no papel os traços, a leitura visual e o registo gráfico que hoje fazemos da cidade e seu território municipal. Bem Hajam!
http://urbansketchers-portugal-beiras.blogspot.com/ encontro.usk.cbranco@gmail.com 30
Por
DICAS 1, 2, 3
Paula Cabral
Registar o nosso modelo em diferentes posições ou visto de ângulos diversos, permite uma melhor compreensão do que estamos a desenhar. As sobreposições ajudam a tornar a composição mais dinâmica. A linha é muito importante no meu processo de desenho. Ténis
#1 - Fiz um primeiro registo com desenho de contorno. Utilizei uma Rotring Tikky Graphic 0.5
#2 - Nova posição e novo desenho, sobreposto ao primeiro.
#3 - Terceiro registo e nova sobreposição. Escolhi, em seguida, um dos desenhos da minha composição e atríbui cor e volume. Utilizei aguarelas White Nights e caneta de gel branca Uniball Signo para alguns pormenores.
Experimentem e partilhem. Técnicas, truques, efeitos. Querem partilhar? Enviem para uskp.actividades@gmail.com Mandem-nos uma introdução (máximo 450 caracteres) + título da dica + 3 imagens dos desenhos e indicação dos materiais usados. 31
AGENDA maio 2021
ENCONTROS
toda a informação actualizada em USkP ENCONTROS
8 Maio | LARGO DE MASSARELOS, PORTO PoSk #87 14h30 - 18h00 Org. PoSk 8 Maio | ILHA TERCEIRA AÇORES Encontro 54 - Porto de Pescas 14h - Praia da Vitória Org. USK Açores, Ilha Terceira 8 Maio | VAMOS CONVERSAR COM... JORGE VILA-NOVA 9h30 - 12h30 - Museu Bordalo Pinheiro, Campo Grande - Lisboa Org. USkP + Museu Bordalo Pinheiro 15 Maio | VAMOS CONVERSAR COM... ALEXANDRE ESGAIO 9h30 - 12h30 - Museu Bordalo Pinheiro, Campo Grande - Lisboa Org. USkP + Museu Bordalo Pinheiro 16 Maio | ÉVORA Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo - Museu de Évora Ponto de encontro: 10h00 à entrada Comemorações do dia Internacional dos Museus Org. ÉvoraSketchers 22 Maio | LISBOA 10h - 13h00 - Forte de Sacavém Ponto de encontro: Junto à entrada do Forte (perto do estacionamento) NOTA: Se chover, o encontro não se realiza Org. USKP, Câmara Municipal de Loures
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22 Maio | ILHA TERCEIRA AÇORES Encontro 55 - Fortaleza São João Baptista 14h - Angra do Heroísmo Org. USK Açores, Ilha Terceira 29 Maio | VAMOS CONVERSAR COM... LEONOR JANEIRO 9h30 - 12h30 - Museu Bordalo Pinheiro, Campo Grande - Lisboa Org. USkP + Museu Bordalo Pinheiro
FORMAÇÃO
toda a informação actualizada em USkP FORMAÇÕES
ALFABETO LISBOETA DESALINHADO - Mário Linhares, José Louro, Ketta Linhares 10 de outubro a 10 de julho - Sábados, 10h30 - 13h00 Mário Linhares, José Louro, Ketta Linhares LISBOA ANTI-POSTAL - Mário Linhares 14 de outubro a 30 de junho Quartas feiras, 14h30 - 17h00 ou 18h00 - 20h30 Info: https://hakunamatatayeto.blogspot.com/2020/09/lisboa-anti-postal.html DIÁRIO GRÁFICO | INICIAÇÃO - Mário Linhares 17 de novembro a 15 de junho - 3.ª feiras, 15h00 - 17h30 Org. Nextart
EXPOSIÇÕES
toda a informação actualizada em USKP EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÃO | 9 JARDINS DE LISBOA - Cadernos e desenhos - USkP Até 30 Maio 2021 Todos os dias, 10h-18h (encerramento às 13h em caso de estado de emergência) Estufa Fria de Lisboa Org. Câmara Municipal de Lisboa/Lisboa Cidade Verde 2020 | Estufa Fria de Lisboa | UrbanSketchersPortugal DESENHO EM CADERNOS E FOTOGRAFIA - Grupo do Risco Museu Nacional de História Natural e da Ciência Até 14 de Março de 2022 Org. GdoR/LxVerde 33
AGENDA maio 2021
OFICINAS SINGULARES
todas as edições em YouTube UrbanSketchers Açores
À CONVERSA COM MANUELA ROSA- Sessão #11 Facebook USK Açores - 8 de Maio, 17h Açores / 18h Continente Org. USK Açores
CONVERSAS VIRTUAIS
todas as edições em YouTube Urban Sketchers Portugal
CONVERSAS VIRTUAIS You Tube dos Urban Sketchers Portugal - 29 de Maio, 18h (GTM - Hora PT) Org. Urban Sketchers Portugal
Comuniquem-nos actividades relacionadas com sketching para o e-mail uskp.actividades@gmail.com
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USkP ASSOCIAÇÃO Urban Sketchers Portugal
urbansketchers-portugal.blogspot.pt Instagram: @urbansketchersportugal YouTube: urbansketchersportugal Facebook: urbansketchersportugal
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