Gilles Deleuze; Félix Guattari - ¿Qué es la filosofía?

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¿Qué es l

ANAGRAMA Colección Argument



¿Qué es la filosofía?



Gilíes Deleuze y Félix Guattari

¿Qué es la filosofía? Traducción de T h o m a s Kauf

EDITORIAL ANAGRAMA


Título de la edición original: Q u ' c s t - c e q u e la p h i l o s o p h i c ? © Les É d i t i o n s de Minuit París, 1991

Publicado con la ayuda y la Comunicación

del Ministerio

francés de la

Portada: J u l i o Vivas I l u s t r a c i ó n de Julio Acórete

Primera edición: marzo 1993 Segunda edición: marzo 1994 Tercera edición: octubre 1995 Cuarta edición: octubre 1997

© EDITORIAL ANAGRAMA, S.A., 1993 P e d r o dé la Creu, 58 08034 Barcelona ISBN: 84-339-1364-6 D e p ó s i t o Legal: B. 39911-1997 P r i n t e d in Spain L i b c r d u p l e x , S.L., Conslilució, 19, 08014 Barcelona

Cultura


INTRODUCCIÓN

ASÍ P U E S L A

PREGUNTA..

Tal vez 1 n o se p u e d a plantear la p r e g u n t a ¿Qué es la filosofía?' hasta tarde, c u a n d o llegan la veje* y la hora de h a b l a r c o n c r e t a m e n t e . D e h e c h o , la bibliografía es m u y escasa. Se trata d e u n a pregunta que nos planteamos con moderada inquietud, a med i a n o c h e , c u a n d o ya no queda nada p o r p r e g u n t a r . A n t e s la p l a n t e á b a m o s , n o dejábamos d e plantearla, p e r o d e u n m o d o d e m a s i a d o i n d i r e c t o u oblicuo, d e m a s i a d o artificial, d e m a s i a d o abstracto, y, m á s q u e absorbidos p o r ella, la e x p o n í a m o s , la d o m i n á b a m o s sobrevolándola. N o estábamos s u f i c i e n t e m e n t e sobrios. T e n í a m o s demasiadas ganas d é p o n e r n o s a filosofar y, salvo c o m o ejercicio d e estilo, n o nos p l a n t e á b a m o s q u é era la filosofía; n o h a b í a m o s alcanzado ese g r a d o d e n o estilo e n el q u e p o r fin se p u e d e decir: ¿pero q u é era eso, lo q u e h e e s t a d o h a c i e n d o d u r a n t e toda mi vida? A veces ocurre q u e Ja vejez otorga, n o u n a j u v e n t u d e t e r n a , . s i n o u n a libertad soberana-, u n a necesidad p u r a e n la q u e se goza d e u n m o m e n t o d e gracia e n t r e la vida y la m u e r t e , y en el q u e todas las piezas d e la m á q u i n a encajan para enviar un mensaje hacia el f u t u r o q u e atraviesa las épocas: Tiziano, T u r n e r , M o n e t . ' T u r n e r e n la vejez adquirió o c o n q u i s t ó el d e r e c h o d e llevar la p i n t u r a p o r u n o s d e r r o t e r o s desiertos y sin r e t o r n o q u e ya n o se d i f e r e n c i a n d e u n a última p r e g u n t a . Tal vez La Vie de Raneé s e ñ a l e a la v e z la senectud d e C h a t e a u b r i a n d y el inicio d e la literatura m o d e r -

1. Cf. L'Oiuvre ultime, cio de J e a n - L o u i s P r a t .

de Cczanne a Dubuffct, Fundación Macght, prefa-

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na. 1 T a m b i é n el cine nos c o n c e d e a veces estos d o n e s d e la tercera e d a d , e n los q u e I v e n s por e j e m p l o mezcla su risa con la d e la bruja e n el v i e n t o desatado. D e l m i s m o m o d o e n filosofía, la Crítica del juicio d e K a n t es una o b r a d e s e n e c t u d , una o b r a des e n f r e n a d a d e t r á s d e la cual sus d e s c e n d i e n t e s n o dejarán d e correr: todas las facultades d e la m e n t e s u p e r a n sus límites, esos m i s m o s l í m i t e s q u e el p r o p i o K a n t h a b í a fijado con tanta m e t i c u losidad e n sus o b r a s d e m a d u r e z . N o p o d e m o s aspirar a s e m e j a n t e estatuto. S e n c i l l a m e n t e , nos h a l l e g a d o la h o r a d e p l a n t e a r n o s q u é es la filosofía, cosa q u e jam á s h a b í a m o s d e j a d o d e h a c e r a n t e r i o r m e n t e , y cuya respuesta, q u e n o h a v a r i a d o , ya t e n í a m o s : la filosofía es el a r t e d e f o r m a r , d e i n v e n t a r , d e fabricar c o n c e p t o s . P e r o n o bastaba con q u e la r e s p u e s t a c o n t u v i e r a el p l a n t e a m i e n t o , sino q u e t a m b i é n tenía que determinar un m o m e n t o , una ocasión, unas circunstancias, u n o s paisajes y u n a s p e r s o n a l i d a d e s , u n a s c o n d i c i o n e s y u n a s i n c ó g n i t a s d e l p l a n t e a m i e n t o . Se t r a t a b a d e p o d e r p l a n t e a r la c u e s t i ó n « e n t r e amigos», c o m o u n a c o n f i d e n c i a o e n c o n f i a n z a , o b i e n f r e n t e al e n e m i g o c o m o u n d e s a f í o , y al m i s m o t i e m p o llegar a esc m o m e n t o , c u a n d o t o d o s los gatos s o n p a r d o s , e n el q u e se d e s c o n f í a hasta del amigo. E s c u a n d o d e c i m o s : « E r a eso, p e r o n o sé si lo h e d i c h o b i e n , ni si h e sido b a s t a n t e c o n v i n cente.» Y c o n s t a t a m o s q u e p o c o i m p o r t a si lo h e m o s d i c h o b i e n o h e m o s sido c o n v i n c e n t e s , p u e s t o q u e d e t o d o s m o d o s d e eso se trata a h o r a . L o s c o n c e p t o s , ya lo v e r e m o s , n e c e s i t a n p e r s o n a j e s c o n c e p tuales q u e c o n t r i b u y a n a definirlos. Amigo es u n personaje d e esta í n d o l e , del q u e se dice i n c l u s o q u e a b o g a p o r u n o s o r í g e n e s griegos d e la filo-sofía: las d e m á s civilizaciones t e n í a n Sabios, p e r o los griegos p r e s e n t a n a esos «amigos», q u e n o s o n m e r a m e n t e sabios m á s m o d e s t o s . Son los griegos, al parecer, q u i e n e s ratificar o n la m u e r t e del Sabio y lo s u s t i t u y e r o n p o r los filósofos, los a m i g o s d e la Sabiduría, los q u e b u s c a n la s a b i d u r í a , p e r o n o la

1. Barbcris, Chateaubriand, ÉH. Laroussc: «Raneé, libro sobre la vejez c o m o valor imposible, es un libro escrito e n contra de la vejez en el poder: se trata de un libro de ruinas universales en el q u e se afirma vínicamente el poder de la escritura.»

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poseen formalmente. 1 Pero n o se trataría sencillamente d e u n a diferencia de nivel, c o m o en u n a gradación, entre el filósofo y el sabio: el antiguo sabio procedente ele O r i e n t e piensa tal vez p o r Figura, mientras q u e el filósofo inventa y piensa el Concepto. La sabiduría ha cambiado mucho. P o r ello resulta t a n t o más difícil averiguar q u e significa «amigo», en especial y sobre t o d o e n t r e los propios griegos. ¿Significaría acaso amigo una cierta intimidad competente, una especie d e inclinación material y u n a potencialidad, c o m o la del carpintero hacia la madera: es acaso el buen carpintero p o t e n c i a l m e n t e madera, amigo d e la madera? Se trata de un p r o b l e m a importante, puesto q u e el amigo tal c o m o aparece en la filosofía ya no designa a un personaje extrínseco, un ejemplo o una circunstancia empírica, sino una presencia intrínseca al p e n s a m i e n t o , una condición d e posibilidad del pensamiento mismo, una categoría viva, una vivencia trascendente. Con la filosofía, los griegos someten a un c a m b i o radical al amigo, que ya n o está vinculado con otro, sino relacionado con una E n t i d a d , u n a Objetividad, una Esencia. A m i g o d e Platón, pero más aún amigo de la sabiduría, d e lo v e r d a d e r o o del c o n cepto, Filaleto y Teófilo... El filósofo es u n especialista e n c o n ceptos, y, a falta d e conceptos, sabe cuáles son inviablcs, arbitrarios o inconsistentes, cuáles n o resisten ni un m o m e n t o , y cuáles por el contrario están bien concebidos y p o n e n d e m a n i f i e s t o una creación incluso perturbadora o peligrosa. ¿Qué quiere decir amigo, c u a n d o se convierte en personaje conceptual, o e n condición para el ejercicio del p e n s a m i e n t o ? ¿ O bien a m a n t e , n o será acaso más bien amante? ¿Y acaso el a m i g o no va a introducir d e n u e v o hasta en el p e n s a m i e n t o u n a relación vital con el O t r o al q u e se pensaba haber excluido del p e n samiento puro? ¿ O n o se trata acaso, también, d e alguien diferente del amigo o del amante? ¿Pues si el filósofo es el a m i g o o el a m a n t e d e la sabiduría, n o es acaso p o r q u e la p r e t e n d e , e m p e ñándose potencial m e n t e en ello más q u e poseyéndola d e h e c h o ? ¿Así pues el a m i g o será también el p r e t e n d i e n t e , y aquel d e quien dice ser a m i g o será el Objeto sobre el cual se ejercerá la 1. Kojéve, «Tyrannie ct sagesse», pág. 235 (en J x o Strauss, De ¡o Gallimartl).

tyrannie,

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p r e t e n s i ó n , p e r o n o el t e r c e r o , q u e se c o n v e r t i r á , p o r el c o n t r a r i o , e n u n rival? L a a m i s t a d c o m p o r t a r á tanta d e s c o n f i a n z a e m u l a d o r a hacia el rival c o m o t e n s i ó n a m o r o s a hacia el objeto del d e s e o . C u a n d o la a m i s t a d se v u e l v a hacia la e s e n c i a , a m b o s amig o s s e r á n c o m o el p r e t e n d i e n t e y el rival (¿pero q u i é n los difer e n c i a r á ? ) . E n e s t e p r i m e r a s p e c t o la filosofía p a r e c e algo griego y c o i n c i d e c o n la a p o r t a c i ó n d e las ciudades: h a b e r f o r m a d o soc i e d a d e s d e a m i g o s o d e iguales, p e r o t a m b i é n h a b e r i n s t a u r a d o e n t r e ellas y e n c a d a u n a d e ellas u n a s r e l a c i o n e s d e rivalidad, o p o n i e n d o a u n o s p r e t e n d i e n t e s e n t o d o s los á m b i t o s , e n el a m o r , los juegos, los t r i b u n a l e s , las m a g i s t r a t u r a s , la política, y h a s t a e n el p e n s a m i e n t o , q u e n o sólo e n c o n t r a r á su c o n d i c i ó n én e l a m i g o , s i n o e n el p r e t e n d i e n t e y e n el rival (la dialéctica q u e P l a t ó n d e f i n e c o m o amfisbetesis). La r i v a l i d a d d e los h o m b r e s lib r e s , u n a t l e t i s m o g e n e r a l i z a d o : el agón.. 1 C o r r e s p o n d e a la amist a d c o n c i l i a r la i n t e g r i d a d d e la esencia y la r i v a l i d a d d e los pret e n d i e n t e s . ¿ N o se trata a c a s o d e u n a tarea excesiva? E l a m i g o , el a m a n t e , el p r e t e n d i e n t e , el rival s o n d e t e r m i n a c i o n e s t r a s c e n d e n t a l e s q u e n o p o r ello p i e r d e n su e x i s t e n c i a intensa y a n i m a d a en un m i s m o personaje o en varios. Y cuando h o y e n d í a M a u r i c e B l a n c h o t , q u e f o r m a p a r t e d e los escasos p e n s a d o r e s q u e c o n s i d e r a n el s e n t i d o d e Ja palabra « a m i g o » e n fil o s o f í a , r e t o m a e s t a c u e s t i ó n i n t e r n a d e las c o n d i c i o n e s d e l p e n s a m i e n t o c o m o tal, ¿ n o i n t r o d u c e acaso n u e v o s p e r s o n a j e s c o n c e p t u a l e s e n e l s e n o d e l P e n s a m i e n t o m á s p u r o , u n o s personajes p o c o griegps esta vez, p r o c e d e n t e s d e o t r o lugar, c o m o si h u b i e r a n p a s a d o p o r u n a c a t á s t r o f e q u e les a r r a s t r a h a c i a n u e v a s relac i o n e s v i v a s e l e v a d a s al e s t a d o d e caracteres a p r i o r i : u n a desviación, u n cierto cansancio, u n cierto desamparo e n t r e amigos que c o n v i e r t e a la p r o p i a a m i s t a d e n el p e n s a m i e n t o d e l c o n c e p t o c o m o d e s c o n f i a n z a y p a c i e n c i a infinitas? 2 L a lista d e los p e r s o n a jes c o n c e p t u a l e s rio se c i e r r a jamás, y c o n ello d e s e m p e ñ a u n pa-

1. I'or ejemplo, Jenofonte, La república de los lacedemonios, IV, 5. Detienne y Vernant han estudiado muy particularmente estos aspectos de la ciudad. 2. Respecto a la relación de la amistad con la posibilidad de pensar en el m u n d o moderno, cf. Blanchot, L'amilié, v L'entretien Infini (el diálogo de los dos cansados), Gallimard. Y Mascolo, Autour d'un ejfort de mémoire, Éd. Nadcau.

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pcJ i m p o r t a n t e e n la e v o l u c i ó n o e n las m u t a c i o n e s d e la filosofía; hay q u e c o m p r e n d e r su d i v e r s i d a d s i n reducirla a la u n i d a d ya compleja d e l f i l ó s o f o griego. E l filósofo es el a m i g o del c o n c e p t o , está en p o d e r del c o n c e p t o . L o q u e e q u i v a l e a d e c i r q u e la filosofía n o es u n m e r o arte d e f o r m a r , i n v e n t a r o fabricar c o n c e p t o s , pues los c o n c e p t o s n o s o n n e c e s a r i a m e n t e f o r m a s , i n v e n t o s o p r o d u c t o s . L a filosofía, c o n m a y o r rigor, es la disciplina q u e consiste e n crear c o n c e p t o s . ¿ A c a s o será el a m i g o , a m i g o d e sus p r o p i a s creaciones? ¿ O bien es el a c t o del c o n c e p t o lo q u e r e m i t e al p o d e r d e l a m i g o ¿ e n la u n i d a d del c r e a d o r y d e su doble? C r e a r c o n c e p t o s s i e m p r e n u e vos, tal es el o b j e t o d e la filosofía. E l c o n c e p t o r e m i t e al filósofo c o m o aquel q u e l o t i e n e e n p o t e n c i a , o q u e t i e n e su . p o d e r o su c o m p e t e n c i a , p o r q u e t i e n e q u e ser c r e a d o . N o cabe objetar q u e la c r e a c i ó n suele adscribirse m á s b i e n al á m b i t o d e lo sensible y d e las artes, d e b i d o a lo m u c h o q u e el a r t e c o n t r i b u y e a q u e existan e n t i d a d e s espirituales, y a l o m u c h o q u e los c o n c e p t o s filosóficos son t a m b i é n senñbilia. A d e c i r v e r d a d , las ciencias, las artes, las filosofías s o n i g u a l m e n t e creadoras, a u n q u e c o r r e s p o n d a ú n i c a m e n t e a la filosofía la c r e a c i ó n d e c o n c e p t o s e n s e n t i d o es? tricto. Los c o n c e p t o s n o n o s e s t á n e s p e r a n d o h e c h o s y acabados, c o m o c u e r p o s celestes. N o hay firmamento para los c o n c e p t o s . H a y q u e i n v e n t a r l o s , fabricarlos o m á s bien crearlos, y n a d a serían sin la firma d e q u i e n e s los crean. N i e t z s c h e d e t e r m i n ó la ta^ rea d e la filosofía c u a n d o escribió: «Los filósofos ya n o d e b e n d a r s e - p o r satisfechos c o n aceptar los c o n c e p t o s q u e se les dan p a r a limitarse a l i m p i a r l o s y a darles lustre, sino q u e t i e n e n q u e e m p e z a r p o r fabricarlos, crearlos, p l a n t e a r l o s y c o n v e n c e r a los h o m b r e s d e q u e r e c u r r a n a ellos. H a s t a a h o r a , e n r e s u m i d a s c u e n t a s , cada cual c o n f i a b a en sus c o n c e p t o s c o m o en u n a d o t e •milagrosa p r o c e d e n t e d e algún m u n d o igual d e milagroso», p e r o h a y q u e sustituir la c o n f i a n z a p o r la d e s c o n f i a n z a , y d e lo q u e m á s tiene q u e d e s c o n f i a r el filósofo es d e los c o n c e p t o s m i e n t r a s n o los haya c r e a d o él m i s m o ( P l a t ó n lo sabía p e r f e c t a m e n t e , a u n q u e e n s e ñ a r a lo contrario...).' P l a t ó n decía q u e había q u e c o n -

1. Nictzschc, P o s t u m o s 1884-1885, CEuvres philosophiques, págs. 215-216 (sobre «et arte d e la desconfianza»).

XI, Gallimard,

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templar las Ideas, pero t u v o antes q u e crear el c o n c e p t o d e Idea. ¿ Q u é valor tendría un filósofo del q u e se pudiera decir: no ha c r e a d o conceptos, no ha creado sus conceptos? V e m o s p o r lo menos lo q u e la filosofía no es: n o es c o n t e m plación, ni reflexión, ni comunicación, incluso a pesar d e que haya p o d i d o creer tanto u n a cosa c o m o otra, en razón d e la capacidad q u e t i e n e cualquier disciplina d e engendrar sus propias ilusiones y d e ocultarse detrás d e u n a bruma q u e d e s p r e n d e con este fin. N o es contemplación, pues las contemplaciones son las propias cosas en tanto q u e consideradas en la creación d e sus propios conceptos. N o es reflexión p o r q u e nadie necesita filosofía alguna para reflexionar sobre cualquier cosa: g e n e r a l m e n t e se cree q u e se h a c e u n gran regalo a la filosofía considerándola el arte d e la reflexión, p e r o se la despoja d e todo, pues los m a t e m á ticos c o m o tales nunca han esperado a los filósofos para reflexionar sobre las matemáticas, n i los artistas sobre la pintura o la música; dccir q u e se vuelven entonces filósofos constituye una b r o m a d e mal gusto, debido a lo m u c h o q u e su reflexión pertenece al á m b i t o d e su creación respectiva. Y la filosofía n o encuentra a m p a r o último de ningún tipo en la c o m u n i c a c i ó n , q u e en potencia sólo versa sobre opiniones, para crear «consenso» y n o concepto. La idea d e una conversación democrática occidental e n t r e amigos jamás ha producido concepto alguno; tal vez proceda de los griegos, pero éstos desconfiaban t a n t o d e ella, y la sometían a u n trato tan d u r o y severo, q u e el c o n c e p t o se convertía más bien en el pájaro soliloquio irónico q u e sobrevolaba el c a m p o d e batalla de las opiniones rivales aniquiladas (los convidados ebrios del banquete). La filosofía n o c o n t e m p l a , n o reflexiona, n o c o m u n i c a , a u n q u e tenga q u e crear conceptos para estas acciones o pasiones. La contemplación, la reflexión, la c o m u n i cación n o son disciplinas, sino máquinas para constituir U n i v e r sales e n todas las disciplinas. Los Universales d e c o n t e m p l a c i ó n , y después d e reflexión, son c o m o las dos ilusiones q u e la filosofía ya ha recorrido en su s u e ñ o d e dominación d e las d e m á s disciplinas (idealismo objetivo e idealismo subjetivo), del m i s m o m o d o c o m o la filosofía t a m p o c o sale mejor parada p r e s e n t á n d o s e c o m o una n u e v a Atenas y volcándose sobre los Universales d e la c o m u n i c a c i ó n q u e proporcionarían las reglas d e u n a d o m i n a c i ó n

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imaginaria de los mercados y d e los media (idealismo intersubjetivo). Toda creación es singular, y el c o n c e p t o c o m o creación p r o p i a m e n t e filosófica siempre constituye u n a singularidad. E l p r i m e r principio de la filosofía consiste en q u e los Universales n o explican nada, tienen q u e ser explicados a su vez. Conocerse a sí mismo - a p r e n d e r a pensar — hacer c o m o si n a d a se diese por descontado - asombrarse, «asombrarse de q u e el e n t e sea»..., estas determinaciones d e la filosofía y m u c h a s m á s c o m p o n e n actitudes interesantes, a u n q u e resulten fatigosas a la larga, pero n o constituyen una ocupación bien d e f i n i d a , una actividad precisa, ni siquiera desde u n a perspectiva pedagógica. C a b e considerar decisiva, por el contrario, esta definición de la filosofía: conocimiento m e d i a n t e conceptos puros. P e r o o p o n e r el conocimiento mediante conceptos, y m e d i a n t e construcción d e conceptos en la experiencia posible o e n la intuición, está f u e r a de lugar. Pues, de a c u e r d o con el v e r e d i c t o nietzscheano, n o se puede conocer nada m e d i a n t e c o n c e p t o s a m e n o s q u e se los haya creado anteriormente, es decir c o n s t r u i d o e n u n a intuición q u e les es propia: un ámbito, un plano, u n suelo, q u e n o se c o n f u n d e con ellos, pero q u e alberga sus g é r m e n e s y los personajes q u e los cultivan. El constructivismo exige q u e cualquier creación sea una construcción sobre u n plano q u e le d é u n a existencia autónoma. Crear conceptos, al menos, es hacer algo. 1-a cuestión del empleo o de la utilidad de la filosofía, e incluso la de su nocividad (¿para quién es nociva?), resulta modificada. Multitud de problemas se agolpan ante la mirada alucinada d e u n anciano que verá c ó m o se e n f r e n t a n conceptos filosóficos y personajes conceptuales d e t o d o tipo. Y para empezar, los c o n ceptos tienen y seguirán t e n i e n d o su propia firma, sustancia d e Aristóteles, cogito de Descartes, mónada de Leibniz, condición d e Kant, potencia de Schelling, t i e m p o de Bergson... Pero, además, algunos reclaman con insistencia una palabra extraordinaria, a veces bárbara o chocante, q u e tiene q u e designarlos, m i e n tras a otros les basta con una palabra corriente a b s o l u t a m e n t e c o m ú n que se infla con unas resonancias tan remotas q u e c o r r e n el riesgo de pasar desapercibidas para los oídos n o filosóficos. Alg u n o s requieren arcaísmos, otros neologismos, tributarios d e ejercicios etimológicos casi disparatados: la etimología c o m o gimna-

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sia p r o p i a m e n t e filosófica. T i e n e q u e p r o d u c i r s e e n c a d a caso u n a s i n g u l a r n e c e s i d a d d e estas palabras y d e su elección, c o m o e l e m e n t o d e estilo. E l b a u t i s m o d e l c o n c e p t o r e c l a m a u n gusto p r o p i a m e n t e filosófico q u e - p r o c e d e v i o l e n t a o t a i m a d a m e n t e , y q u e constituye, e n la l e n g u a , u n a l e n g u a d e la filosofía, n o s ó l o u n v o c a b u l a r i o , s i n o u n a sintaxis q u e p u e d e alcanzar cotas s u b l i m e s o d e g r a n belleza. A h o r a bien,- a u n q u e estén fechad o s , firmados y b a u t i z a d o s , los c o n c e p t o s t i e n e n su p r o p i o m o d o d e n o m o r i r , a p e s a r d e e n c o n t r a r s e s o m e t i d o s a las exigencias de r e n o v a c i ó n , d e s u s t i t u c i ó n , d e m u t a c i ó n q u e c o n f i e r e n a la filosofía u n a historia y t a m b i é n u n a geografía agitadas, d e las cuales c a d a m o m e n t o y c a d a lugar se c o n s e r v a n , a u n q u e e n el t i e m p o , y p a s a n , p e r o f u e r a d e l t i e m p o . P u e s t o q u e los c o n c e p t o s c a m b i a n c o n t i n u a m e n t e , c a b e p r e g u n t a r s e q u é u n i d a d p e r m a n e c e p a r a las filosofías. ¿Sucede l o m i s m o c o n las ciencias, c o n las artes q u e no p r o c e d e n p o r c o n c e p t o s ? ¿ Y q u é o c u r r e c o n sus historias respectivas? Si la filosofía c o n s i s t e e n esta c r e a c i ó n c o n t i n u a d a d e conceptos, cabe e v i d e n t e m e n t e p r e g u n t a r q u é es u n c o n c e p t o en t a n t o q u e Idea filosófica, p e r o t a m b i é n e n q u é consisten las dem á s I d e a s c r e a d o r a s q u e n o son c o n c e p t o s , q u e p e r t e n e c e n a las ciencias y a las artes, q u e t i e n e n su p r o p i a historia-y su p r o p i o d e v e n i r , y sus p r o p i a s r e l a c i o n e s variables e n t r e ellas y c o n la filosofía. L a e x c l u s i v i d a d d e la c r e a c i ó n d e los c o n c e p t o s garantiza u n a f u n c i ó n para la filosofía, p e r o n o le c o n c e d e n i n g u n a preem i n e n c i a , n i n g ú n p r i v i l e g i o , p u e s existen m u c h a s m á s f o r m a s d e p e n s a r y d e crear, o t r o s m o d o s d e i d e a c i ó n q u e n o t i e n e n por q u é p a s a r p o r los c o n c e p t o s , c o m o p o r e j e m p l o el p e n s a m i e n t o c i e n t í f i c o . Y s i e m p r e v o l v e r e m o s sobre la cuestión d e saber para q u é s i r v e esta a c t i v i d a d d e c r e a r c o n c e p t o s , tal c o m o se d i f e r e n cia d e la actividad c i e n t í f i c a o artística: ¿ p o r q u é hay s i e m p r e q u e crear conceptos, y siempre conceptos nuevos, en función de qué n e c e s i d a d y para q u é ? ¿ C o n q u é fin? L a respuesta s e g ú n la cual la g r a n d e z a d e la filosofía estribaría p r e c i s a m e n t e en q u e n o sirve p a r a n a d a , c o n s t i t u y e u n a c o q u e t e r í a q u e ya n o d i v i e r t e n i a los jóvenes. E n c u a l q u i e r caso, n u n c a h e m o s t e n i d o p r o b l e m a s resp e c t o a la m u e r t e d e Ja m e t a f í s i c a o a la s u p e r a c i ó n d e la filosofía: n o se trata m á s q u e d e f u t i l i d a d e s i n ú t i l e s y fastidiosas. Se habla d e l fracaso d e los sistemas e n la a c t u a l i d a d , c u a n d o s ó l o es el

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concepto d e sistema lo q u e h a c a m b i a d o . Si hay t i e m p o y lugar para crear c o n c e p t o s , la o p e r a c i ó n c o r r e s p o n d i e n t e s i e m p r e se llamará filosofía, o n o se diferenciaría d e ella si se le diera o t r o nombre. Sabemos sin e m b a r g o q u e el a m i g o o el a m a n t e c o m o p r e t e n diente i m p l i c a n rivales. Sí la filosofía t i e n e u n o s o r í g e n e s griegos, en la m e d i d a e n q u e se está d i s p u e s t o a decirlo así, es p o r q u e la c i u d a d , a d i f e r e n c i a d e los i m p e r i o s o d e los E s t a d o s , inventa el agón c o m o n o r m a d e u n a sociedad d e «amigos», la comunidad d e los h o m b r e s libres e n t a n t o q u e rivales ( c i u d a d a n o s ) . Tal es Ja s i t u a c i ó n c o n s t a n t e q u e describe Platón: sí c a d a c i u d a d a n o p r e t e n d e algo, se t o p a r á o b l i g a t o r i a m e n t e c o n o t r o s rivales, d e modo q u e hay q u e p o d e r v a l o r a r la legitimidad d e sus p r e t e n siones. El ebanista p r e t e n d e h a c e r s e c o n la madera,- p e r o se e n frenta al g u a r d a b o s q u e , al l e ñ a d o r , al c a r p i n t e r o , q u e d i c e n : el amigo d e la m a d e r a soy yo. C u a n d o d e l o q u e se trata es d e hacerse cargo del b i e n e s t a r d e los h o m b r e s , m u c h o s s o n los q u e se presentan c o m o el a m i g o del h o m b r e , el c a m p e s i n o q u e l e alimenta, el tejedor q u e le viste, el m é d i c o q u e le cura, el g u e r r e r o q u e le protege. 1 Y si e n t o d o s los casos resulta q u e p e s e a t o d o la selección se lieva a c a b o e n u n círculo algo restringido, n o o c u rre lo m i s m o e n política, d o n d e cualquiera p u e d e p r e t e n d e r cualquier cosa e n la d e m o c r a c i a a t e n i e n s e tal c o m o la c o n c i b e P l a tón. D e a h í surge p a r a P l a t ó n la necesidad d e r e i n s t a u r a r el orden, c r e a n d o u n a s instancias gracias a las cuales p o d e r v a l o r a r la legitimidad d e t o d a s las pretcnsiones: son. las Ideas c o m o c o n ceptos filosóficos. P e r o ¿ n o se e n c o n t r a r á n acaso, i n c l u s o ahí, los p r e t e n d i e n t e s d e t o d o t i p o q u e d i r á n : el filósofo v e r d a d e r o soy yo, soy yo el a m i g o d e la Sabiduría o d e la L e g i t i m i d a d ? La rivalidad c u l m i n a c o n la del filósofo y el sofista q u e se a r r a n c a n los despojos d e l a n t i g u o sabio, ¿pero c ó m o distinguir al a m i g o falso d e l v e r d a d e r o , y el c o n c e p t o del simulacro? £ 1 s i m u l a d o r y el amigo: t o d o u n t e a t r o p l a t ó n i c o q u e h a c e proliferar los p e r sonajes c o n c e p t u a l e s d o t á n d o l o s d e los p o d e r e s d e lo c ó m i c o y lo trágico. Más cerca d e n o s o t r o s , la filosofía se h a c r u z a d o c o n m u c h o s 1. Platón, Política,

268a, 279a.

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n u e v o s rivales. Primero f u e r o n las ciencias del h o m b r e , particul a r m e n t e la sociología, las q u e pretendieron reemplazarla. Pero c o m o la filosofía había ido descuidando cada ve?, más su vocación d e crear conceptos para refugiarse en los Universales, ya n o se sabía muy bien cuál era el problema. ¿Tratábase acaso d e r e n u n c i a r a cualquier creación de conceptos para dedicarse a unas ciencias del hombre estrictas, o bien, por el contrario, d e t r a n s f o r m a r la naturaleza de los conceptos convirtiéndolos ora en representaciones colectivas, ora en concepciones del m u n d o creadas por ios pueblos, por sus fuerzas vitales, históricas o espirituales? Después les llegó el turno a la epistemología, a la lingüística, c incluso al psicoanálisis... y al análisis lógico. Así, d e prueba en prueba, la filosofía iba a tener que e n f r e n t a r s e con u n o s rivales cada vez más insolentes, cada vez más desastrosos, q u e ni el mismo Platón habría podido imaginar en sus m o m e n tos d e mayor comicidad. Por último se llegó al c o l m o de la vergüenza c u a n d o la informática, la mercadotecnia, el diseño, la publicidad, todas las disciplinas de la comunicación se apoderaron de la propia palabra concepto, y dijeron: ¡es asunto nuestro, s o m o s nosotros los creativos, nosotros somos los conceptoresl Som o s nosotros los amigos del concepto, lo m e t e m o s d e n t r o d e n u e s t r o s ordenadores. I n f o r m a c i ó n y creatividad, c o n c e p t o y e m presa: existe ya una bibliografía abundante... La mercadotecnia ha c o n s e r v a d o la idea d e u n a cierta relación e n t r e el concepto y el acontecimiento; pero ahora resulta que el c o n c e p t o se ha convert i d o en el conjunto de las presentaciones d e un p r o d u c t o (histórico, científico, sexual, pragmático...) y el a c o n t e c i m i e n t o en la exposición q u e escenifica Jas presentaciones diversas y'él «interc a m b i o d e ideas» al q u e supuestamente da lugar. Los acontecim i e n t o s por sí solos son exposiciones, y los conceptos por sí solos, productos que se p u e d e n vender. E l m o v i m i e n t o general q u e ha sustituido a la Crítica p o r la p r o m o c i ó n comercial n o ha dejado d e afectar a la filosofía. El simulacro, Ja simulación d e u n p a q u e t e d e tallarines, se ha convertido en el c o n c e p t o v e r d a d e r o , y el p r e sentador-expositor del p r o d u c t o , mercancía u obra d e arte, se h a c o n v e r t i d o en el filósofo, en el personaje conceptual o en el artista. ¿Cómo la filosofía, u n a persona d e edad venerable, iba a alin e a r s e con unos jóvenes ejecutivos para c o m p e t i r en u n a carrera

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de universales d e la comunicación con el fin de determinar una forma c o m e r c i a l del concepto, M U R Z ? Ciertamente, resulta doloroso e n t e r a r s e d e q u e «Concepto» designa una sociedad de servicios y d e ingeniería informática. Pero cuanto más se enfrenta la filosofía a u n o s rivales insolentes y bobos, c u a n t o más se encuentra con ellos e n su p r o p i o seno, más animosa se siente para cumplir la tarea, crear c o n c e p t o s , q u e son aerolitos más q u e mercancías. Es presa d e a t a q u e s d e risa incontrolables q u e enjugan sus lágrimas. Así pues, el a s u n t o d e la filosofía es el p u n t o singular en el que el c o n c e p t o y la creación se relacionan el u n o con la otra. Los filósofos n o se han ocupado lo suficiente d e la naturaleza del c o n c e p t o c o m o realidad filosófica. Han preferido considerarlo c o m o u n c o n o c i m i e n t o o una representación dados, q u e se explicaban p o r u n a s facultades capaces d e f o r m a r l o (abstracción, o generalización) o d e utilizarlo (juicio). P e r o el concepto n o viene d a d o , es creado, hay que crearlo; no está formado, se plantea a sí m i s m o e n sí mismo, autoposición. Ambas cosas están implicadas, p u e s t o q u e lo q u e es verdaderamente creado, de la materia viva a la obra d e arte, goza por este h e c h o mismo d e u n a autoposición d e sí mismo, o d e un carácter autopoictico a través del cual se lo reconoce. C u a n t o más creado es el concepto, más se plantea a sí mismo. Lo q u e depende de una actividad creadora libre t a m b i é n es lo q u e se plantea en sí mismo, independiente y necesariamente: lo más subjetivo será lo más objetivo. E n este sentido f u e r o n los poskantianos los que más se fijaron en el concepto c o m o realidad filosófica, especialmente Schelling y Hegel. Hegel d e f i n i ó con firmeza el concepto por las Figuras de su creación y los M o m e n t o s de su autoposición: las figuras se han convertido en p e r t e n e n c i a s del concepto porque constituyen la faceta bajo la cual el c o n c e p t o es creado por y en la conciencia, a través d e la sucesión de las mentes, mientras q u e los m o m e n t o s representan la otra faceta según la cual el c o n c e p t o se plantea a sí m i s m o y r e ú n e las mentes en lo absoluto del Sí mismo. Hegel demostraba de este m o d o q u e el concepto nada tiene q u e ver con una idea general o abstracta, como t a m p o c o con una Sabiduría no creada q u e no dependiese de la filosofía misma. Pero era a costa de u n a extensión indeterminada de la filosofía que apenas dejaba subsistir el m o v i m i e n t o independiente de las ciencias y d e

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las artes, p o r q u e reconstituía universales c o n sus propios m o mentos, y ya s ó l o tachaba d e comparsas fantasmas a los personajes d e su p r o p i a creación. Los poskantianos giraban en t o r n o a u n a enciclopedia universal del concepto, q u e remitía la creación d e éste a u n a pura subjetividad, en vez d e otorgarse una tarea más modesta, una pedagogía del concepto, q u e tuviera q u e analizar las c o n d i c i o n e s d e creación c o m o factores d e m o m e n t o s q u e p e r m a n e c e n singulares.' Si los tres períodos del c o n c e p t o son la enciclopedia, la pedagogía y la formación profesional comercial, sólo el s e g u n d o p u e d e evitarnos caer d e las c u m b r e s del p r i m e ro en el desastre absoluto del tercero, desastre absoluto para el p e n s a m i e n t o , i n d e p e n d i e n t e m e n t e por supuesto d e sus posibles •beneficios sociales d e s d e el p u n t o de vista del capitalismo universal.

I. Bajo una forma deliberadamente escolar, Frédéric Cossutta propuso una pedagogía del concepto muy interesante: Élémentt pour la lecture des textes philosophiques, Éd. Bordas.

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I. FilosofĂ­a



1. ¿ Q U É ES U N C O N C E P T O ?

N o hay c o n c e p t o simple. T o d o c o n c e p t o tiene componentes, y se d e f i n e p o r ellos. T i e n e p o r lo t a n t o u n a cifra. Se trata d e u n a multiplicidad, a u n q u e n o todas las multiplicidades sean c o n c e p tuales. N o existen conceptos de. un c o m p o n e n t e único: incluso el p r i m e r concepto, aquel con el q u e u n a filosofía «se inicia», t i e n e varios c o m p o n e n t e s , ya q u e n o resulta evidente que la filosofía haya de tener un inicio, y que, en el c a s o de q u e lo d e t e r m i n e , haya d e añadirle un p u n t o d e vista o u n a razón. Descartes, H e gel y Feuerbach no sólo n o empiezan por el mismo c o n c e p t o , sino q u e ni tan sólo tienen el m i s m o c o n c e p t o de inicio. T o d o c o n c e p t o es p o r lo m e n o s doble, triple, etc. Tampoco existe c o n cepto alguno q u e tenga todos los c o m p o n e n t e s , puesto q u e sería e n t o n c e s pura y sencillamente u n caos: hasta los pretendidos universales c o m o conceptos últimos t i e n e n que salir del caos circunscribiendo un universo q u e los e x p l i q u e (contemplación, reflexión, comunicación...). T o d o c o n c e p t o tiene un p e r í m e t r o irregular, d e f i n i d o por la cifra d e sus c o m p o n e n t e s . Por este m o tivo, desde P l a t ó n a Bergson, se repite la idea de que el c o n c e p t o es u n a cuestión d e articulación, d e repartición, de intersección. F o r m a u n t o d o , p o r q u e totaliza sus c o m p o n e n t e s , pero un t o d o fragmentario. Sólo c u m p l i e n d o esta condición puede salir del caos mental, q u e le acecha i n c e s a n t e m e n t e , y se pega a él para reabsorberlo. ¿ E n q u é condiciones u n c o n c e p t o es primero, n o de m o d o absoluto sino con relación a otro? P o r ejemplo, ¿es acaso Otro n e c e s a r i a m e n t e segundo respecto a u n yo.- Si lo es, es e n la

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m e d i d a en q u e su c o n c e p t o es el d e o t r o —sujeto q u e se presenta c o m o objeto— especial con relación al yo: éstos son sus dos c o m ponentes. Efectivamente, si lo identificamos con u n objeto especial, el O t r o ya n o es más q u e el o t r o sujeto tal c o m o se m e presenta a mí; y si lo identificamos c o n o t r o sujeto, yo soy el O t r o tal c o m o m e presento a él. T o d o c o n c e p t o remite a u n p r o b l e m a , a u n o s problemas sin los cuales carecería d e sentido, y q u e a su v e z sólo p u e d e n ser despejados o c o m p r e n d i d o s a m e d i d a q u e se v a y a n solucionando: nos e n c o n t r a m o s aquí m e t i d o s e n un p r o b l e m a que se refiere a la pluralidad d e sujetos, a su relación, a su presentación recíproca. P e r o t o d o c a m b i a , e v i d e n t e m e n t e , c u a n d o creemos descubrir otro p r o b l e m a : ¿en q u é consiste la posición del O t r o , q u e el o t r o sujeto sólo «ocupa» c u a n d o se m e presenta c o m o objeto especial, y q u e o c u p o yo a m i vez c o m o objeto especial c u a n d o m e p r e s e n t o a él? E n esta perspectiva, el O t r o no es nadie, ni sujeto ni objeto. Hay varios sujetos p o r q u e existe el O t r o , y no a la inversa. P o r lo t a n t o el O t r o reclama u n c o n c e p t o a priori del cual d e b e n resultar el objeto especial, el o t r o sujeto y el yo, y n o a la inversa. E l o r d e n ha c a m b i a d o , t a n t o c o m o la naturaleza de los conceptos, t a n t o c o m o los p r o b l e m a s a los que supuestamente tenían q u e d a r respuesta. D e j a m o s a u n lado la cuestión de saber q u é diferencia hay e n t r e u n p r o b l e m a en ciencia y en filosofía. Pero incluso e n filosofía s ó l o se c r e a n conceptos en función de los p r o b l e m a s q u e se c o n s i d e r a n m a l vistos o mal planteados (pedagogía de! c o n c e p t o ) . Procedamos sucintamente: c o n s i d e r e m o s u n á m b i t o d e experimentación tomado como m u n d o real ya n o con respecto a u n yo, sino a u n sencillo «hay»... H a y , e n u n m o m e n t o d a d o , u n m u n d o tranquilo y sosegado. A p a r e c e d e r e p e n t e u n rostro asust a d o que contempla algo f u e r a del á m b i t o delimitado. E l O t r o n o se presenta aquí c o m o sujeto ni c o m o objeto, sitio, cosa sensib l e m e n t e distinta, c o m o u n m u n d o posible, c o m o la posibilidad d e u n m u n d o aterrador. E s e m u n d o posible n o es real, o n o lo es a ú n , pero n o por ello deja d e existir: es algo expresado q u e sólo existe en su expresión, el rostro o u n e q u i v a l e n t e del rostro. El O t r o es para empezar esta existencia d e u n m u n d o posible. Y este m u n d o posible también t i e n e u n a realidad propia en sí m i s m o , en t a n t o q u e posible: basta c o n q u e el q u e se expresa ha-

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ble y diga «tengo miedo» para otorgar una realidad a lo posible c o m o tal (aun c u a n d o sus palabras fueran mentira). El «yo» c o m o indicación lingüística n o tiene otro sentido. Ni siquiera resulta imprescindible: China es un m u n d o posible, p e r o adquiere realidad a partir del m o m e n t o en que se habla c h i n o o q u e se habla de China en un campo de experiencia dado. Cosa muy diferente del caso en el q u e China se realiza convirtiéndose en propio c a m p o de experiencia. Así pues, t e n e m o s u n concepto del Otro q u e tan sólo presupone c o m o condición' la determinación de u n m u n d o sensible. El O t r o surge bajo esta condición c o m o la expresión de un posible. El O t r o es un m u n d o posible, tal c o m o existe en un rostro q u e lo expresa, y se efectúa e n un lenguaje q u e le confiere una realidad. E n este sentido, constituye u n concepto de tres c o m p o n e n t e s inseparables: m u n d o posible, rostro existente, lenguaje real o palabra. E v i d e n t e m e n t e , t o d o concepto tiene su historia. Este concepto del O t r o remite a Lcibniz, a los mundos posibles d e Leibniz y a la m ó n a d a c o m o expresión del m u n d o ; pero n o se trata del m i s m o problema, p o r q u e los posibles de Lcibniz n o existen e n el m u n d o real. R e m i t e también a la lógica m o d a l d e las proposiciones, p e r o éstas n o confieren a los m u n d o s posibles la realidad q u e c o r r e s p o n d e a sus condiciones d e verdad (incluso cuando Wittgenstein c o n t e m p l a proposiciones d e t e r r o r o d e dolor n o v e e n ellas modalidades expresables e n una posición del Otro, p o r q u e deja q u e el O t r o oscile e n t r e o t r o sujeto y un objeto especial). Los m u n d o s posibles poseen u n a historia muy larga.' R e s u m i e n d o , decimos d e todo concepto, q u e siempre tiene u n a historia, a u n q u e esta historia zigzaguee, o incluso llegue a discurrir por o t r o s problemas o por p l a n o s diversos. E n u n c o n c e p t o hay, las m á s d e las veces, trozos o c o m p o n e n t e s procedentes d e otros conceptos, q u e respondían a otros problemas y suponían otros planos. N o puede ser d e otro m o d o ya 1. lisra historia, que n o se inicia con Leibniz, discurre por episodios tan diversos c o m o la proposición del otro como tema constante en Witrgenstein («tiene dolor de muelas...»), y la posición del otro c o m o teoría del m u n d o posible en iMichcl T o u m i e r ( V e n d r e d i ou les timbes du Pacifique, Gallimard). (Hay versión española: Viernes o los limbos del Pacifico, Madrid: Alfaguara, 1985.)

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q u e cada c o n c e p t o lleva a cabo u n a n u e v a repartición, adquiere u n p e r í m e t r o n u e v o , t i e n e q u e ser r e a c t i v a d o o recortado. P e r o p o r otra p a r t e u n c o n c e p t o t i e n e u n devenir q u e a t a ñ e e n este caso a u n o s c o n c e p t o s q u e se sitúan en el m i s m o plano. Aquí, los c o n c e p t o s se c o n c a t e n a n u n o s a otros, se solapan m u t u a m e n t e , c o o r d i n a n sus p e r í m e t r o s , c o m p o n e n sus p r o b l e m a s respectivos, p e r t e n e c e n a la m i s m a filosofía, incluso c u a n d o tien e n historias d i f e r e n t e s . E n e f e c t o , t o d o concepto, puesto q u e t i e n e u n n ú m e r o finito d e c o m p o n e n t e s , se bifurcará sobre o t r o s c o n c e p t o s , c o m p u e s t o s d e m o d o d i f e r e n t e , p e r o q u e constituyen o t r a s r e g i o n e s del m i s m o plano, q u e r e s p o n d e n a p r o b l e m a s q u e se p u e d e n relacionar, q u e son partícipes d e una co-creación. U n c o n c e p t o n o sólo exige u n p r o b l e m a b a j o el cual modifica o sustit u y e c o n c e p t o s anteriores, s i n o u n a encrucijada d e p r o b l e m a s d o n d e se junta con o t r o s c o n c e p t o s coexistcntcs. E n el caso del c o n c e p t o del O t r o c o m o e x p r e s i ó n d e u n m u n d o posible en u n á m b i t o d e p e r c e p c i ó n , n o s v e m o s i m p u l s a d o s a considerar d e u n m o d o n u e v o los c o m p o n e n t e s d e este á m b i t o en sí mismo: el O t r o , n o s i e n d o ya u n sujeto del á m b i t o ni un objeto en el á m bito, va a c o n s t i t u i r la c o n d i c i ó n bajo la cual se redistribuyen n o sólo el objeto y el sujeto, sino la figura y el telón d e f o n d o , los m á r g e n e s y el c e n t r o , el móvil y la r e f e r e n c i a , lo transitivo y lo sustancial, la longitud y la p r o f u n d i d a d . . . E l O t r o s i e m p r e es perc i b i d o c o m o otro, p e r o en su c o n c e p t o representa la c o n d i c i ó n d e t o d a p e r c e p c i ó n , t a n t o para los d e m á s c o m o para nosotros. Es la c o n d i c i ó n bajo la cual se pasa d e u n m u n d o a otro. E l O t r o h a c e q u e pase el m u n d o , y el «yo» ya t a n sólo designa un m u n d o p r e t é r i t o («estaba tranquilo...»). P o r e j e m p l o , el O t r o es suficiente p a r a t r a n s f o r m a r toda longitud e n una p r o f u n d i d a d posible en el espacio, e i n v e r s a m e n t e , hasta tal p u n t o que, si este c o n c e p t o n o f u n c i o n a r a d e n t r o del c a m p o p e r c e p t i v o , las transiciones y las i n v e r s i o n e s se v o l v e r í a n i n c o m p r e n s i b l e s y chocaríamos contin u a m e n t e c o n t r a las cosas, p u e s t o q u e lo posible habría desapar e c i d o . O p o r lo m e n o s , filosóficamente, habría q u e e n c o n t r a r o t r a razón para q u e n o a n d u v i é r a m o s d á n d o n o s golpes... D e este m o d o , en u n p l a n o d c t e r m i n a b l e , v a m o s p a s a n d o d e un c o n c e p t o a o t r o a t r a v é s d e una especie d e p u e n t e : la creación de un c o n c e p t o del O t r o con u n o s c o m p o n e n t e s semejantes acarreará la

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creación d e u n c o n c e p t o n u e v o d e espacio perceptivo, con otros c o m p o n e n t e s p o r d e t e r m i n a r (no darse golpes, o n o darse d e m a siados golpes, f o r m a r á parte de estos c o m p o n e n t e s ) . H e m o s p a r t i d o d e un ejemplo bastante complejo. ¿ C ó m o proc e d e r d e otro m o d o , p u e s t o q u e n o existen c o n c e p t o s simples? E l lector p u e d e p a r t i r de cualquier ejemplo q u e sea d e su agrado. E s t a m o s c o n v e n c i d o s d e q u e extraerá la m i s m a s consecuencias respecto a la naturaleza del c o n c e p t o o al c o n c e p t o d e concepto. Para empezar, cada c o n c e p t o remite a otros conceptos, n o sólo e n su historia, s i n o en su d e v e n i r o en sus c o n e x i o n e s actuales. Cada c o n c e p t o t i e n e u n o s c o m p o n e n t e s q u e p u e d e n a su vez ser t o m a d o s c o m o c o n c e p t o s (así el O t r o incluye el rostro e n t r e sus c o m p o n e n t e s , p e r o el Rostro en sí m i s m o será c o n s i d e r a d o u n c o n c e p t o q u e p o s e e en sí m i s m o u n o s c o m p o n e n t e s ) . Así pues, los c o n c e p t o s se extienden hasta el infinito y, c o m o están creados, n u n c a se c r e a n a partir d e la nada. E n s e g u n d o lugar, lo p r o p i o del c o n c e p t o consiste en volver los c o m p o n e n t e s inseparables dentro de él: distintos, heterogéneos y n o obstante n o separables, tal es el estatuto de los c o m p o n e n t e s , o lo q u e d e f i n e la consistencia del c o n c e p t o , su endoconsistencia. Y es q u e resulta q u e cada c o m p o n e n t e distinto presenta u n s o l a p a m i e n t o parcial, u n a zona d e p r o x i m i d a d o u n u m b r a l d e indiscernibilidad c o n o t r o c o m p o n e n t e : por ejemplo, e n el c o n c e p t o del O t r o , el m u n d o posible n o existe al m a r g e n del r o s t r o q u e lo expresa, aun c u a n d o se diferencia d e él c o m o lo expresado y la expresión; y el rostro a su v e z es la p r o x i m i d a d d e las palabras d e las q u e ya constituye el portavoz. Los c o m p o n e n t e s siguen s i e n d o distintos, p e r o algo pasa d e u n o a otro, algo indecidiblc e n t r e ambos: hay un á m b i t o ab q u e p e r t e n e c e t a n t o a a c o m o a b, en el q u e a y b se v u e l v e n indiscernibles. Estas zonas, u m b r a l e s o devenires, esta indisolubilidad, son las q u e d e f i n e n la consistencia interna del c o n c e p t o . P e r o éste posee t a m b i é n u n a exoconsistencia, con otros conceptos, c u a n d o su creación respectiva implica la construcción d e u n p u e n t e sobre el m i s m o p l a n o . Las zonas y los p u e n t e s son las junturas del concepto. E n tercer lugar, cada c o n c e p t o será p o r lo t a n t o c o n s i d e r a d o el p u n t o d e coincidencia, d e c o n d e n s a c i ó n o d e a c u m u l a c i ó n d e sus propios c o m p o n e n t e s . El p u n t o c o n c e p t u a l r e c o r r e incesante-

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m e n t e sus c o m p o n e n t e s , subiendo y b a j a n d o d e n t r o d e ellos. C a d a c o m p o n e n t e e n este sentido es u n raigo intensivo, u n a ord e n a d a intensiva q u e n o debe ser p e r c i b i d a c o m o g e n e r a l ni c o m o particular, sino c o m o una mera s i n g u l a r i d a d —«un» m u n d o posible, «un» rostro, «unas» palabras— q u e se particulariza o se generaliza según se le otorguen unos v a l o r e s variables o se le asigne una f u n c i ó n c o n s t a n t e . Pero, a la i n v e r s a d e lo q u e s u c e d e c o n la ciencia, n o hay c o n s t a n t e ni variable en el c o n c e p t o , y n o se d i f e r e n c i a r á n especies variables p a r a u n g é n e r o c o n s t a n t e c o m o t a m p o c o una especie constante para u n o s i n d i v i d u o s variables. Las relaciones e n el c o n c e p t o n o s o n d e c o m p r e n s i ó n ni d e e x t e n s i ó n , sino sólo d e ordenación, y los c o m p o n e n t e s del c o n c e p t o n o son c o n s t a n t e s ni variables, s i n o m e r a s variaciones ord e n a d a s en f u n c i ó n d e su proximidad. S o n p r o c e s u a l e s , m o d u l a res. El c o n c e p t o d e u n pájaro no reside e n su g é n e r o o e n su especie, sino e n la c o m p o s i c i ó n de sus poses, d e su c o l o r i d o y d e sus trinos: algo indiscernible, más sineidesia q u e sinestesia. U n c o n c e p t o es u n a heterogénesis, es decir u n a o r d e n a c i ó n d e sus c o m p o n e n t e s p o r zonas d e proximidad. E s u n o r d i n a l , u n a i n t e n s i ó n c o m ú n a todos los rasgos que lo c o m p o n e n . C o m o los r e c o r r e i n c e s a n t e m e n t e s i g u i e n d o un orden sin d i s t a n c i a , el c o n c e p t o está en e s t a d o d e sobrevuelo respecto d e sus c o m p o n e n t e s . E s t á i n m e d i a t a m e n t e c o p r e s e n t e sin distancia a l g u n a e n t o d o s sus c o m p o n e n t e s o variaciones, pasa y v u e l v e a pasar p o r ellos: es u n a cantinela, u n o p u s q u e tiene su c i f r a . E l c o n c e p t o es i n c o r p ó r e o , a u n q u e se e n c a r n e o se e f e c t ú e en los cuerpos. P e r o p r e c i s a m e n t e no se c o n f u n d e c o n el e s t a d o d e c o s a s e n q u e se e f e c t ú a . C a r e c e d e c o o r d e n a d a s e s p a c i o t e m p o r a les, sólo t i e n e o r d e n a d a s intensivas. C a r e c e d e e n e r g í a , sólo t i e n e intensidades, es a n e r g é t i c o (la energía n o es la i n t e n s i d a d , s i n o el m o d o e n el q u e ésta se despliega y se a n u l a e n u n e s t a d o d e cosas extensivo). E l c o n c e p t o expresa el a c o n t e c i m i e n t o , n o la esencia o la cosa. E s u n A c o n t e c i m i e n t o p u r o , u n a h e c c e i d a d , u n a e n t i d a d : el a c o n t e c i m i e n t o d e O t r o , o el a c o n t e c i m i e n t o del r o s t r o ( c u a n d o a su v e z se t o m a e l rostro c o m o c o n c e p t o ) . O el p á j a r o c o m o a c o n t e c i m i e n t o . E l c o n c e p t o se d e f i n e p o r la inseparabilidad de un número finito de componentes heterogéneos recorridos por un punto en sobrevuelo absoluto, a velocidad infinita. Los

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c o n c e p t o s son «superficies o v o l ú m e n e s absolutos», unas f o r m a s q u e n o t i e n e n m á s objeto q u e la inseparabilidad d e variaciones distintas. 1 E l «sobrevuelo» es el e s t a d o del c o n c e p t o o su infinidad p r o p i a , a u n q u e los i n f i n i t o s sean m á s o m e n o s grandes s e g ú n la cifra d e sus c o m p o n e n t e s , d e los u m b r a l e s y d e los p u e n t e s . E l c o n c e p t o es e f e c t i v a m e n t e , en este s e n t i d o , u n acto d e p e n s a m i e n t o , p u e s t o q u e el p e n s a m i e n t o o p e r a a velocidad i n f i n i t a ( n o o b s t a n t e más o m e n o s grande). Así p u e s , e l c o n c e p t o es a b s o l u t o y relativo a la vez: reía» t i v o respecto d e sus p r o p i o s c o m p o n e n t e s , d e los d e m á s c o n ceptos, d e l p l a n o s o b r e el q u e se d e l i m i t a , d e los p r o b l e m a s q u e s u p u e s t a m e n t e d e b e resolver, p e r o absoluto p o r la c o n d e n sación q u e lleva a cabo, p o r el lugar q u e o c u p a sobre el p l a n o , p o r las c o n d i c i o n e s q u e asigna al p r o b l e m a . Es a b s o l u t o c o m o totalidad, p e r o r e l a t i v o e n t a n t o q u e f r a g m e n t a r i o . E s infinito por su sobrevuelo o su velocidad, pero finito por su movimiento que delimita el perímetro de los componentes. Un filósofo r e a justa sus c o n c e p t o s , i n c l u s o c a m b i a d e c o n c e p t o s i n c e s a n t e m e n t e ; b a s t a a v e c e s c o n u n p u n t o d e d e t a l l e q u e crece, y q u e p r o d u c e u n a n u e v a c o n d e n s a c i ó n , q u e a ñ a d e o resta c o m p o nentes. E l filósofo p r e s e n t a a veces u n a amnesia q u e casi l e convierte e n u n e n f e r m o : N i e t z s c h e , dice Jaspers, «corregía él m i s m o sus ideas para c o n s t i t u i r otras n u e v a s sin r e c o n o c e r l o explícitamente; e n sus estados d e alteración, olvidaba las c o n clusiones a las q u e h a b í a llegado a n t e r i o r m e n t e » . O Lcibniz: «Creía estar e n t r a n d o a p u e r t o , pero,., fui rechazado a alta mar.» 2 L o q u e n o o b s t a n t e p e r m a n e c e absoluto es el m o d o e n el q u e el c o n c e p t o c r e a d o se p l a n t e a e n sí m i s m o y con los demás. L a relatividad y la absolutidad del c o n c e p t o son c o m o su pedagogía y su o n t o l o g í a , su creación y su a u t o p o s i c i ó n , su idealidad y su realidad. Real sin ser actual, ideal sin ser abstracto... E l c o n c e p t o se d e f i n e p o r su consistencia, e n d o consistencia y e x o c o n s i s t e n c i a , p e r o carece de referencia-, es autorreferencial, se p l a n t e a a sí m i s m o y plantea su objeto al

1. Respecto al sobrevuelo, y a las superficies o volúmenes absolutos como entes reales, cf. R a y m o n d Ruycr, Néo-finalisme, P.U.F., caps. IX-X1. 2. Leibniz, Systkme tiouveatt de la Nalure, §12.

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m i s m o t i e m p o q u e es creado. El constructivismo u n e lo relativo y lo absoluto. Por ú l t i m o , el concepto no es discursivo, y la filosofía no es una f o r m a c i ó n discursiva, porque n o enlaza proposiciones. A la c o n f u s i ó n del c o n c e p t o y de la proposición se debe la tendencia a creer en la existencia d e conceptos científicos y a considerar la proposición c o m o una auténtica «intensión» (lo q u e la frase expresa): e n t o n c e s , las más de las veces el c o n c e p t o filosófico sólo se m u e s t r a c o m o u n a proposición carente d e sentido. Esta confusión reina en la lógica, y explica la idea pueril q u e se forma de la filosofía. Se valoran los conceptos según u n a gramática «filosófica» q u e o c u p a su lugar con proposiciones extraídas de las frases en las q u e éstos aparecen: c o n s t a n t e m e n t e nos encierran en unas alternativas e n t r e proposiciones, sin percatarse d e q u e el conc e p t o ya se ha escurrido en la p a r t e excluida. El concepto n o constituye e n m o d o alguno una proposición, n o es proposicional, y la p r o p o s i c i ó n nunca es una intensión. Las proposiciones se definen p o r su referencia, y la referencia nada tiene q u e ver con el A c o n t e c i m i e n t o , sino con una relación con el estado de cosas o d e cuerpos, así c o m o con las condiciones d e esta relación. Lejos d e constituir u n a intensión, estas condiciones son todas ellas extcnsionales: implican unas operaciones d e colocación en abscisa o d e linearización sucesivas q u e i n t r o d u c e n las o r d e n a d a s intensivas e n u n a s c o o r d e n a d a s espaciotemporales y energéticas, d e e s t a b l e c i m i e n t o d e correspondencias d e c o n j u n t o s delimitados d e este m o d o . Estas sucesiones y estas correspondencias d e f i n e n la discursividad e n sistemas extensivos; y la independencia de las variables e n las proposiciones se o p o n e a la indisolubilidad de las variaciones e n el concepto. Los conceptos, q u e tan sólo poseen consistencia o unas ordenadas intensivas fuera d e las coordenadas, e n t r a n l i b r e m e n t e e n unas relaciones d e resonancia no discursiva, o bien p o r q u e los c o m p o n e n t e s d e u n o se convierten en c o n c e p t o s q u e tienen otros c o m p o n e n t e s s i e m p r e heterogéneos, o bien p o r q u e n o presentan e n t r e ellos n i n g u n a diferencia d e escala a n i n g ú n nivel. Los c o n c e p t o s son centros d e vibraciones, cada u n o e n sí m i s m o y los unos e n relación con los otros. Por esta razón t o d o resuena, e n vez d e sucedersc o corresponderse. N o hay razón alguna para q u e los c o n c e p t o s se sucedan. Los con-

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ceptos en t a n t o q u e totalidades fragmentarias n o constituyen ni siquiera las piezas d e u n rompecabezas, p u e s t o q u e sus perímetros irregulares n o se corresponden. F o r m a n efectivamente u n a pared, p e r o u n a pared d e piedra en seco, y si se toma el conjunto, se hace m e d i a n t e caminos divergentes. Incluso los puentes d e u n c o n c e p t o a o t r o son también encrucijadas, o rodeos q u e n o circunscriben n i n g ú n c o n j u n t o discursivo. Son puentes móviles. N o resulta e q u i v o c a d o al respecto considerar q u e la filosofía está e n estado d e p e r p e t u a digresión o digresividad. Resultan d e ello importantes diferencias e n t r e la enunciación filosófica d e conceptos fragmentarios y la enunciación científica de proposiciones parciales. Bajo u n p r i m e r aspecto, toda e n u n c i a ción es d e posición; p e r o p e r m a n e c e e x t e r n o a la proposición p o r q u e tiene p o r objeto un estado d e cosas c o m o referente, y p o r condiciones las referencias q u e constituyen u n o s valores d e v e r dad (incluso c u a n d o estas condiciones p o r su cuenta son internas al objeto). P o r el contrario, la enunciación d e posición es estrict a m e n t e i n m a n e n t e al concepto, puesto q u e éste t i e n e por ú n i c o objeto la indisolubilidad d e los c o m p o n e n t e s p o r los q u e él m i s m o pasa u n a y otra vez, y q u e constituye su consistencia. E n c u a n t o al o t r o aspecto, enunciación d e creación o d e rúbrica, resulta i n d u d a b l e q u e las proposiciones científicas y sus correlatos están rubricados o creados d e igual f o r m a q u e los conceptos filosóficos; así se habla del teorema d e Pitágoras, d e c o o r d e n a d a s cartesianas, d e n ú m e r o h a m i l t o n i a n o , d e f u n c i ó n d e Lagrange, exactamente igual q u e de Idea platónica, o d e cogito d e Descartes, etc. P e r o por m u c h o q u e los n o m b r e s propios q u e a c o m p a ñan d e este m o d o a la enunciación sean históricos, y figuren c o m o tales, constituyen máscaras para otros devenires, tan sólo sirven d e s e u d ó n i m o s para entidades singulares m á s secretas. E n el caso d e las proposiciones, se trata d e observadores parciales extrínsecos, científicamente definibles con relación a tales o cuales ejes d e referencia, mientras que, e n c u a n t o a los conceptos, se trata d e personajes conceptuales intrínsecos q u e o c u p a n tal o cual p l a n o d e consistencia. N o sólo d i r e m o s q u e los n o m b r e s p r o p i o s sirven para usos muy diferentes e n las filosofías, en las ciencias o las artes: o c u r r e lo m i s m o con los e l e m e n t o s sintácticos, y partic u l a r m e n t e con las preposiciones, las conjunciones, «ahora bien»,

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«luego»... La filosofía p r o c e d e p o r frases, p e r o n o s i e m p r e son proposiciones l o q u e se extrae d e las frases e n general. Sólo disp o n e m o s por el m o m e n t o d e u n a hipótesis m u y amplia: d e frases o d e u n equivalente, la filosofía saca conceptos (que no se c o n f u n d e n c o n ideas generales o abstractas), mientras q u e la ciencia saca prospectos (proposiciones q u e n o se c o n f u n d e n con juicios), y el a r t e saca perceptos y afectos (que t a m p o c o se c o n f u n d e n c o n p e r c e p c i o n e s o sentimientos). E n cada caso, el lenguaje se v e som e t i d o a penalidades y usos incomparables, q u e n o d e f i n e n la dif e r e n c i a d e las disciplinas sin constituir al m i s m o t i e m p o sus cruz a m i e n t o s perpetuos.

EJEMPLO I

Hay que empezar por confirmar los análisis anteriores tomando el ejemplo de un concepto filosófico rubricado, entre los más famosos, el cogito cartesiano, el Yo de Descartes: un concepto de yo. Este concepto posee tres componentes, dudar, pensar, ser (no hay que llegar a la conclusión de que todos los conceptos son triples). El enunciado total del concepto como multiplicidad es: yo pienso «luego» yo existo, o más completo: yo que dudo, yo pienso, yo soy, yo soy una cosa que piensa. Es el acontecimiento siempre renovado del pensamiento tal como lo concibe Descartes. El concepto se condensa en el punto Y, que pasa poi todos los componentes, y en el que coinciden Y* — dudar. Y " — pensar, Y ' " - ser. Los componentes como ordenadas intensivas se colocan en las zonas de proximidad o deindisccinibilidad que hacen que se pase de una a otra, y q u e constituyen su indisolubilidad: una primera zona está entre dudar y pensar (yo'que dudo, no puedo dudar de que pienso), y la segunda está entre pensar y ser (para pensar hay que ser). Los componentes se presentan en este caso como verbos, pero no tiene por qué ser una norma, basta con que sean variaciones. E n efecto, la duda comporta unos momentos que no son las especies de un género, sino las fases de una variación: duda sensible, científica, ohsesiva. (Así pues, todo concepto posee un espacio de fases, aunque sea de un modo distinto que en la ciencia.) Lo mismo sucede con los modos de pensamiento: sentir, imaginar, tener ideas. Y lo mismo también con los tipos de ser, objeto o sustancia: el ser infinito, el ser pensante finito, el ser extenso. Llama Ja atención que, en este último caso, el concepto del yo tan sólo retenga la

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J-

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segunda fase del ser, y deje al margen el resto de la variación. Pero ésta es precisamente la señal de que el concepto se cierra como totalidad fragmentaria con «yo soy una cosa pensante»: sólo se podrá pasar a las demás fases del ser a través de unos puentes encrucijada que nos conduzcan a otros conceptos. De este modo, «entre mis ideas, tengo la idea de infinito» es el puente que conduce del concepto de yo al concepto de Dios, nuevo concepto que a su vez posee tres componentes que forman las «pruebas» de la existencia de Dios como acontecimiento infinito, encargándose la tercera (prueba ontológica) del cierre del concepto, pero también tendiendo a su vez un puente o una bifurcación hacia un concepto de amplitud, en tanto que garantiza el valor objetivo de verdad de las demás ideas claras y distintas que tenemos. Cuando se pregunta: ¿existen precursores del cogito?, se pretende decir: ¿existen conceptos rubricados por filósofos anteriores que tengan componentes similares o casi idénticos, pero que carezcan de alguno de ellos, O bien que añadan otros, de tal modo que un cogito no llegará a cristalizar, ya que los componentes no coincidirán todavía en un yo? Todo parecía estar a punto, y sin embargo faltaba algo. El concepto anterior tal vez remitiera a otro problema que no fuera el cogito (es necesaria una mutación de pro-

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b l c m a para q u e el c o g i t o cartesiano pueda aparecer), o incluso q u e s e desarrollara en otro plano. El p l a n o cartesiano c o n s i s t e en rechazar c u a l q u i e r presupuesto objetivo e x p l í c i t o , e n el q u e cada c o n c e p t o remitirá a otros c o n c e p t o s (por e j e m p l o , el h o m b r e a n i m a l racional). I n v o c a e x c l u s i v a m e n t e una c o m p r e n s i ó n prcfilosófica, e s d e c i r u n o s presupuestos implícitos y subjetivos: t o d o el m u n d o sabe q u é s i g n i f i c a pensar, ser, y o (se sabe h a c i é n d o l o , s i é n d o l o , d i c i é n d o l o ) . Es una distinción m u y nueva. U n p l a n o s e m e j a n t e e x i g e u n c o n c e p t o p r i m e r o q u e n o t i e n e q u e p r e s u p o n e r nada

objetivo.

H a s t a el p u n t o de q u e el problema es: ¿cuál es el p r i m e r c o n c e p t o d e e s t e p l a n o , o por d ó n d e e m p e z a r para q u e se p u e d a d e t e r m i n a r la v e r d a d c o m o c e r t i d u m b r e subjetiva a b s o l u t a m e n t e pura? E l cogito. L o s d e m á s c o n c e p t o s podrán c o n q u i s t a r la objetividad, p e r o s i e m p r e y c u a n d o estén v i n c u l a d o s por p u e n t e s al c o n c e p t o prim e r o , r e s p o n d a n a p r o b l e m a s s o m e t i d o s a las m i s m a s c o n d i c i o n e s , y p e r m a n e z c a n e n el m i s m o plano: así la objetividad adquiere un c o n o c i m i e n t o verdadero, y n o s u p o n e una verdad r e c o n o c i d a c o m o p r e e x i s t e n t e o q u e ya estaba ahí.

Resulta v a n o preguntarse si Descartes tenía razón o no. ¿Acaso tienen más valor unos presupuestos subjetivos e implícitos q u e los presupuestos objetivos explícitos? ¿Hay q u e «empezar» acaso y, en caso afirmativo, hay q u e empezar desde la perspectiva d e u n a certidumbre subjetiva? ¿Puede el p e n s a m i e n t o en este sentido ser el verbo de un Yo? N o hay respuesta directa. Los conceptos cartesianos sólo pueden ser valorados en función de los p r o b l e m a s a los que dan respuesta y del plano por el q u e pasan. E n general, si unos conceptos anteriores han podido preparar u n concepto, sin llegar a constituirlo por ello, es que su problema todavía estaba s u m i d o en otros conceptos, y el plano no tenía aún la curvatura o los m o v i m i e n t o s necesarios. Y si cabe sustituir unos conceptos por otros, es bajo la condición de problemas nuevos y de un plano distinto con respecto a los cuales (por ejemplo) «Yo» pierda todo sentido, el inicio pierde toda necesidad, los presupuestos toda diferencia - o adquieran o t r a s - . U n c o n c e p t o siempre tiene la verdad q u e le c o r r e s p o n d e en f u n c i ó n de las condiciones de su creación. ¿Existe acaso u n plano mejor q u e todos los demás, y unos problemas q u e se impongan en contra d e los demás? Precisamente, nada se p u e d e decir al respecto.

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Los planos hay q u e hacerlos, y los problemas, plantearlos, del mismo m o d o q u e hay q u e crear lc»3 conceptos. El filósofo hace cuanto está en su mano, p e r o t i e n e d e m a s i a d o q u e hacer para saber si lo q u e hace es lo mejor, o incluso para p r e o c u p a r s e por esta cuestión. P o r supuesto, los c o n c e p t o s n u e v o s tienen q u e estar relacionados con problemas q u e sean los nuestros, c o n nuestra historia y sobre t o d o con nuestros devenires. P e r o ¿qué significan c o n c e p t o s de nuestra época o d e u n a é p o c a cualquiera? Los conceptos n o son eternos, pero ¿se vuelven acaso t e m p o r a l e s por ello? ¿Cuál es la forma filosófica d e los p r o b l e m a s d e la é p o c a actual? Si un c o n c e p t o es «mejor» q u e u n o a n t e r i o r es p o r q u e permite escuchar variaciones nuevas y resonancias desconocidas, porque efectúa reparticiones insólitas, p o r q u e aporta u n A c o n t e cimiento q u e nos sobrevuela. ¿ P e r o n o es eso acaso lo q u e hacía ya el anterior? Y así, si se p u e d e seguir s i e n d o p l a t ó n i c o , cartesiano, k a n t i a n o hoy en día, es p o r q u e estamos legitimados para pensar q u e sus conceptos p u e d e n ser reactivados e n n u e s t r o s problemas e inspirar estos c o n c e p t o s nuevos q u e hay q u e crear. ¿Y cuál es la mejor m a n e r a de seguir a los g r a n d e s filósofos, repetir lo q u e dijeron, o bien hacer lo que hicieron, es d e c i r crear conceptos para unos problemas q u e n e c e s a r i a m e n t e c a m b i a n ? Por este motivo sienten los filósofos escasa afición p o r las discusiones. T o d o s los filósofos h u y e n c u a n d o escuchan la frase: vamos a discutir un poco. Las discusiones están m u y bien para las mesas redondas, pero el filósofo echa sus dados cifrados sobre otro tipo d e mesa. D e las discusiones, lo m í n i m o q u e se p u e d e decir es q u e n o sirven para adelantar en la tarea puesto q u e los interlocutores nunca hablan de lo mismo. Q u e u n o sostenga u n a opinión, y piense más bien esto q u e aquello, ¿de q u é le sirve a la filosofía, mientras no se expongan los p r o b l e m a s q u e están en juego? Y c u a n d o se expongan, ya n o se trata d e discutir, sino d e crear conceptos indiscutibles para el p r o b l e m a q u e u n o se ha planteado. La comunicación s i e m p r e llega d e m a s i a d o p r o n t o o demasiado tarde, y la conversación siempre está d e m á s c u a n d o se trata de crear. A veces se imagina u n o la filosofía c o m o una discusión perpetua, c o m o una «racionalidad comunicativa», o como una «conversación democrática universal». N a d a m á s lejos de la realidad y, cuando un filósofo critica a otro, es a partir d e

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u n o s p r o b l e m a s y sobre un p l a n o q u e n o eran los del otro, y q u e h a c e n q u e se f u n d a n los conceptos antiguos del mismo m o d o q u e se puede f u n d i r u n c a ñ ó n para fabricar armas nuevas. N u n c a se está e n el m i s m o plano. Criticar n o significa más que constatar q u e u n c o n c e p t o se desvanece, pierde sus componentes o adq u i e r e otros nuevos q u e lo t r a n s f o r m a n c u a n d o se lo sumerge en u n a m b i e n t e nuevo. P e r o quienes critican sin crear, quienes se lim i t a n a d e f e n d e r lo q u e se ha desvanecido sin saber devolverle las fuerzas para q u e resucite, constituyen la auténtica plaga de la filosofía. Es el r e s e n t i m i e n t o lo q u e anima a todos esos discutidores, a esos comunicadores. Sólo hablan de sí mismos haciendo q u e se e n f r e n t e n unas realidades huecas. La filosofía aborrece las discusiones. Siempre t i e n e otra cosa q u e hacer. Los debates le resultan insoportables, y n o p o r q u e se sienta excesivamente segura d e sí misma: al contrario, sus incertidumbres son las que la cond u c e n a otros derroteros más solitarios. N o obstante, ¿no convertía Sócrates la filosofía en u n a discusión libre e n t r e amigos? ¿No representa acaso la. c u m b r e d e la sociabilidad griega en tanto q u e conversación d e los h o m b r e s libres? D e hecho, Sócrates nunca dejó d e hacer q u e cualquier discusión se volviera imposible, t a n t o bajo la f o r m a b r e v e d e un agón de las preguntas y de las respuestas c o m o bajo la f o r m a extensa de una rivalidad de los discursos. Hizo del a m i g o el a m i g o exclusivo d e l concepto, y del c o n c e p t o el implacable m o n ó l o g o q u e elimina sucesivamente a t o d o s sus rivales.

EJEMPLO 11

Hasta qué punto domina Platón el concepto queda manifiesto en el Parménides. El Uno tiene dos componentes (el ser y el noser), fases de componentes (el U n o superior al ser, igual al ser, inferior al ser; el Uno superior al no-ser, igual al no-ser), zonas de indiscernibilidad (con respecto a sí, con respecto a los demás). Es un modelo de concepto. ¿Pero no es acaso el Uno anterior a todo concepto? En este punto Platón enseña lo contrario de lo que hace: crea conceptos, pero necesita plantearlos de forma que representen lo increado que les precede. Introduce el tiempo en el concepto, pero este tiempo tiene que ser el Anterior. Construye el concepto, pero de forma

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q u e atestigüe la p r e e x i s t e n c i a d e u n a objetividad, bajo la f o r m a d e una diferencia d e t i e m p o capaz d e m e d i r el d i s t a n d a m i e n t o o la proximidad d e l c o n s t r u c t o r e v e n t u a l . Y e s que, e n el p l a n o platón i c o , la v e r d a d s e p l a n t e a c o m o algo presupuesto, ya p r e s e n t e . A s i es la Idea. E n el c o n c e p t o p l a t ó n i c o d e Idea, primero

adquiere un

s e n t i d o m u y p r e c i s o , m u y d i f e r e n t e d e l q u e tendrá e n D e s c a r t e s : e s lo q u e p o s e e o b j e t i v a m e n t e u n a c u a l i d a d pura, o l o q u e n o e s otra c o s a m á s q u e l o q u e es. Ú n i c a m e n t e la Justicia e s justa, el V a l o r val i e n t e , así s o n las I d e a s , y h a y I d e a d e m a d r e sí hay u n a m a d r e q u e s ó l o es m a d r e ( q u e n o h u b i e r a s i d o hija a su vez), o p e l o , q u e s ó l o e s p e l o (y n o s i l i c i o t a m b i é n ) . Se d a p o r s u p u e s t o q u e las c o s a s , p o r el c o n t r a r i o , s i e m p r e s o n o t r a c o s a q u e lo q u e son: e n el m e j o r d e los casos, n o p o s e e n p o r l o t a n t o m á s q u e e n s e g u n d a s , s ó l o p u e d e n pretender

la c u a l i d a d , y t a n s ó l o e n la m e d i d a e n q u e participan

la Idea. E n t o n c e s el c o n c e p t o d e I d e a t i e n e los c o m p o n e n t e s

de si-

g u i e n t e s : la c u a l i d a d p o s e í d a o q u e hay q u e p o s e e r ; la I d e a q u e p o see e n primeras, e n t a n t o q u e imparticipable; aquello q u e pretende a la c u a l i d a d , y t a n s ó l o p u e d e p o s e e r l a e n s e g u n d a s , t e r c e r a s , cuartas...; la I d e a p a r t i c i p a d a , q u e v a l o r a las p r e t e n s i o n e s . D i r í a s e el Pad r e , u n p a d r e d o b l e , la hija y l o s p r e t e n d i e n t e s . Ésas c o n s t i t u y e n las ordenadas i n t e n s i v a s d e la I d e a : u n a p r e t e n s i ó n s ó l o estará f u n d a d a p o r una v e c i n d a d , u n a p r o x i m i d a d m a y o r o m e n o r q u e se « t u v o » respecto a la Idea, e n el s o b r c v u e l o . d e u n t i e m p o s i e m p r e anterior,

necesariamente anterior. El tiempo bajo esta forma de anterioridad p e r t e n e c e al c o n c e p t o , e s c o m o su zona. C i e r t a m e n t e , n o e s e n e s t e p l a n o g r i e g o , e n e s t e s u e l o p l a t ó n i c o , d o n d e el c o g i t o p u e d e surgir. Mientras subsista ta p r e e x i s t e n c i a d e ta I d e a ( i n c l u s o bajo la f o r m a cristiana d e a r q u e t i p o s e ñ el e n t e n d i m i e n t o d e D i o s ) , el c o g i t o p o drá ser preparado, p e r o n o l l e v a d o a c a b o . Para q u e D e s c a r t e s c r e e este c o n c e p t o será n e c e s a r i o q u e «primero» c a m b i e s i n g u l a r m e n t e d e sentido, q u e a d q u i e r a u n s e n t i d o subjetivo, y q u e e n t r e la i d e a y el alma q u e la f o r m a c o m o sujeto s e a n u l e toda d i f e r e n c i a d e t i e m p o (de ahí la i m p o r t a n c i a d e la o b s e r v a c i ó n d e D e s c a r t e s c o n tra la r e m i n i s c e n c i a , c u a n d o d i c e q u e las i d e a s innatas n o s o n «antes», s i n o «al m i s m o t i e m p o » q u e el a l m a ) . Habrá q u e c o n s e g u i r u n a i n s t a n t a n e i d a d d e l c o n c e p t o , y q u e D i o s cree i n c l u s o las v e r d a des. Será n e c e s a r i o q u e la p r e t e n s i ó n c a m b i e d e naturaleza: e l pret e n d i e n t e deja d e recibir a la hija d e las m a n o s d e u n padre para n o debérsela m á s q u e a sus propias hazañas caballerescas..., a su p r o p i o m é t o d o . La c u e s t i ó n d e saber si M a l e b r a n c h e p u e d e reactivar u n o s componentes platónicos e n un plano auténticamente cartesiano, y a

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q u é p r e c i o , d e b e r í a ser a n a l i z a d a d e s d e e s t a p e r s p e c t i v a . P e r o s ó l o pretendíamos mostrar que un concepto siempre tiene unos compon e n t e s q u e p u e d e n i m p e d i r la a p a r i c i ó n d e o t r o c o n c e p t o , o p o r el c o n t r a r i o q u e esos m i s m o s c o m p o n e n t e s s ó l o p u e d e n a p a r e c e r a costa d e l d e s v a n e c i m i e n t o

de otros conceptos. N o obstante,

un

c o n c e p t o n u n c a t i e n e v a l o r p o r lo q u e i m p i d e : s ó l o v a l e p o r su p o s i c i ó n i n c o m p a r a b l e y su c r e a c i ó n p r o p i a . S u p o n g a m o s q u e se a ñ a d e u n c o m p o n e n t e a u n c o n c e p t o : es p r o b a b l e q u e estalle, o q u e p r e s e n t e u n a m u t a c i ó n c o m p l e t a

que

i m p l i q u e tal v e z o t r o p l a n o , e n c u a l q u i e r c a s o o t r o s p r o b l e m a s . E s lo q u e s u c e d e c o n el c o g i t o k a n t i a n o . K a n t c o n s t r u y e sin d u d a u n p l a n o « t r a s c e n d e n t a l » q u e h a c e i n ú t i l la d u d a y c a m b i a u n a vex. m á s la n a t u r a l e z a d e los p r e s u p u e s t o s , P e r o es e n v i r t u d d e este p l a n o m i s m o p o r l o q u e p u e d e d e c l a r a r q u e , si «yo p i e n s o » e s u n a

minación que implica en este sentido una existencia

deter-

indeterminada

(«yo soy»), n o p o r e l l o s e s a b e c ó m o e s t e i n d e t e r m i n a d o se v u e l v e determinable,

ni a partir d e e n t o n c e s bajo q u é f o r m a a p a r e c e c o m o

determinado, Kant «critica» por lo tanto a Descartes por haber dicho: soy una sustancia pensante, puesto que nada fundamenta semejante pretensión del Yo. Kant reclama la introducción de un componente nuevo en el cogito, el que Descartes había rechazado: el tiempo precisamente, pues sólo en el tiempo se encuentra determinable mi existencia indeterminada. Pero sólo estoy determinado en el tiempo como yo pasivo y fenoménico, siempre afectable, inodificable, variable. He aquí que el cogito presenta ahora cuatro componentes: yo pienso, y soy activo en esc sentido; tengo una existencia; esta existencia sólo es determinable en el tiempo como la de un yo pasivo; así pues estoy determinado como un yo pasivo que se representa necesariamente su propia actividad pensante como un Otro que le afecta. No se trata de otro sujeto, sino más bien del sujeto que se vuelve otro... ¿Es acaso la senda de una conversión del yo a otro? ¿Una preparación del «Yo es otro»? Se trata de una sintaxis nueva, con otras ordenadas, otras zonas de indisccrnibilidad garantizadas por el esquema primero, después por la afección de uno mismo a través de uno mismo, que hacen inseparables Yo y el Yo Mismo.* Que Kant «critique» a Descartes tan sólo significa que ha levantado un plano y construido un problema que no pueden ser ocupados o efectuados por el cogito cartesiano. Descartes * Le Je et Le Mo¡: el yo, la función subjetiva y la autoconcicncia. (A', del T.)

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había creado el cogito como concepto, pero expulsando el tiempo como forma de anterioridad para hacer de este un mero modo de sucesión que remitía a la creación continuada. Kant rcimroducc el tiempo en el cogito, pero un tiempo totalmente distinto del de la anterioridad platónica. Creación de concepto. Hacc del tiempo un componente de! cogito nuevo, pero a condición de proporcionar a su vez un concepto nuevo del tiempo: el tiempo se vuelve forma de interioridad, con tres componentes: sucesión pero también simultaneidad y permanencia. Cosa que implica a su vez un concepto nuevo de espacio, que ya no puede ser definido por la mera simultaneidad, y se vuelve forma de exterioridad. Es una revolución considerable. Espacio, tiempo, Yo pienso, tres conceptos originales unidos por unos puentes que constituyen otras tantas encrucijadas. Una ráfaga de conceptos nuevos. La historia de la filosofía no sólo implica que se evalúe la novedad histórica de los conceptos creados por un filósofo, sino la fuerza de su devenir cuando pasan de unos a otros. E n c o n t r a m o s por doquier el m i s m o estatuto pedagógico del c o n c e p t o : u n a multiplicidad, u n a superficie o un volumen absolutos, autorreferentes, compuestos por u n n ú m e r o d e t e r m i n a d o de variaciones intensivas inseparables q u e siguen u n orden d e p r o x i m i d a d , y recorridos por u n p u n t o en estado d e sobrevuelo. El c o n c e p t o es el perímetro, la configuración, la constelación d e u n a c o n t e c i m i e n t o futuro. Los conceptos en este sentido pertenecen a la filosofía de pleno de derecho, p o r q u e es ella la q u e los crea, y n o deja de crearlos. El c o n c e p t o es e v i d e n t e m e n t e conocim i e n t o , p e r o conocimiento de u n o mismo, y lo q u e conoce, es el a c o n t e c i m i e n t o puro, que no se c o n f u n d e con el estado de cosas en el q u e se encarna. Deslindar siempre un acontecimiento d e las cosas y de los seres es la tarea de la filosofía c u a n d o crea c o n ceptos, entidades. Establecer el a c o n t e c i m i e n t o n u e v o de las cosas y d e los seres, darles siempre un a c o n t e c i m i e n t o nuevo: el espacio, el tiempo, la materia, el p e n s a m i e n t o , lo posible c o m o acontecimientos... Resulta vano prestar conceptos a la ciencia: ni siquiera c u a n d o se ocupa de los mismos «objetos», lo hace bajo el aspecto del c o n c e p t o , no lo hace c r e a n d o conceptos. Se objetará q u e se trata de u n a cuestión d e palabras, pero n o es frecuente q u e las

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palabras no i m p l i q u e n intenciones o argucias. Si se decidiera reservar el c o n c e p t o a la ciencia, se trataría de una mera cuestión d e palabras a u n a costa d e e n c o n t r a r otra palabra para designar el q u e h a c e r d e la filosofía. P e r o las más de las veces se procede de o t r o modo. Se empieza p o r atribuir el p o d e r del concepto a la ciencia, se d e f i n e el c o n c e p t o a través de los procedimientos creativos d e la ciencia, se lo m i d e con la ciencia, y después se p l a n t e a si n o queda u n a posibilidad para que la filosofía f o r m e a su vez conceptos d e s e g u n d a zona, q u e suplan su propia insuficiencia a través d e u n vago llamamiento a lo vivido. D e este m o d o Giíles-Gaston G r a n g e r empieza por definir el concepto c o m o una proposición o u n a f u n c i ó n científicas, y después adm i t e q u e p u e d e pese a t o d o haber unos conceptos filosóficos q u e sustituyan la referencia al objeto por el correlato d e u n a «totalidad d e lo vivido». 1 Pero, d e hecho, o bien la filosofía lo ignora t o d o del concepto, o bien lo conoce con pleno d e r e c h o y de prim e r a m a n o , hasta el p u n t o de no dejar nada para la ciencia, q u e p o r lo demás n o lo necesita para nada y que sólo se ocupa de los estados de las cosas y d e sus condiciones. La ciencia se basta con las proposiciones o f u n c i o n e s , mientras que la filosofía por su p a r t e n o necesita i n v o c a r una vivencia que sólo otorgaría una vida fantasmagórica y extrínseca á unos conceptos secundarios exangües en sí mismos. E l c o n c e p t o filosófico n o se refiere a lo vivido, por c o m p e n s a c i ó n , s i n o q u e consiste, p o r su propia creac i ó n , e n establecer u n a c o n t e c i m i e n t o que* sobrevuela toda viv e n c i a t a n t o c o m o c u a l q u i e r estado d e las cosas. Cada c o n c e p t o talla el a c o n t e c i m i e n t o , lo perfila a su m a n e r a . La grandeza d e u n a filosofía se valora p o r la naturaleza d e los acontecimientos a los q u e sus c o n c e p t o s n o s incitan, o q u e nos hace capaces d e ext r a e r d e n t r o d e unos c o n c e p t o s . P o r lo t a n t o hay q u e desmenuzar hasta sus más recónditos detalles el vínculo único, exclusivo, d e los conceptos c o n la filosofía e n t a n t o q u e disciplina creadora. E l c o n c e p t o p e r t e n e c e a la filosofía y sólo p e r t e n e c e a ella.

1. Gilles-Gaston Granger, Pour la connaiaance

Jacob, cap. VI.

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philoiophique,

Éd. Odile


2. E L P L A N O D E

INMANENCIA

Los c o n c e p t o s filosóficos son todos fragmentarios q u e no ajustan unos c o n otros, p u e s t o q u e sus bordes no coinciden. Son más p r o d u c t o d e dados lanzados al azar q u e piezas d e un r o m pecabezas. Y sin e m b a r g o r e s u e n a n , y la filosofía q u e los crea presenta s i e m p r e u n T o d o poderoso, no f r a g m e n t a d o , incluso c u a n d o p e r m a n e c e abierta: U n o - T o d o ilimitado, O m n i t u d o , q u e los incluye a t o d o s en un ú n i c o y m i s m o plano. Es u n a mesa, una planicie, u n a sección. Es un p l a n o de consistencia o, más exactamente, el p l a n o de i n m a n e n c i a d e los conceptos, el planómeno. Los c o n c e p t o s y el p l a n o son estrictamente correlativos, pero n o por ello d e b e n ser c o n f u n d i d o s . E l p l a n o d e i n m a n e n c i a n o es u n c o n c e p t o , n i el c o n c e p t o d e t o d o s los conceptos. SÍ se los c o n f u n d i e r a , n a d a i m p e d i r í a a los conceptos f o r m a r u n o único, o c o n v e r t i r s e e n universales y p e r d e r su singularidad, p e r o también el p l a n o perdería su apertura. La filosofía es u n constructivismo, y el c o n s t r u c t i v i s m o t i e n e dos aspectos c o m p l e m e n tarios q u e d i f i e r e n e n sus características: crear c o n c e p t o s y establecer u n plano. Los c o n c e p t o s son c o m o las olas m ú l t i p l e s q u e suben y bajan, p e r o el p l a n o d e i n m a n e n c i a es la ola ú n i c a q u e los enrolla y desenrolla. E l p l a n o r e c u b r e los m o v i m i e n t o s infinitos q u e los recorren y regresan, p e r o los conceptos son las velocidades infinitas d e m o v i m i e n t o s finitos q u e recorren cada vez ú n i c a m e n t e sus p r o p i o s c o m p o n e n t e s . D e s d e E p i c u r o a Spinoza (el prodigioso libro V...), d e Spinoza a Michaux, el p r o b l e m a del p e n s a m i e n t o es la velocidad infinita, p e r o ésta necesita u n m e d i o q u e se m u e v a e n sí m i s m o i n f i n i t a m e n t e , el plano, el vacío, el

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horizonte. E s necesaria la elasticidad del c o n c e p t o , p e r o t a m b i é n ja f l u i d e z del m e d i o . ' A m b a s cosas son necesarias para c o m p o n e r «los seres lentos» q u e somos. L o s c o n c e p t o s son el archipiélago o el esqueleto, más col u m n a vertebral q u e c r á n e o , m i e n t r a s q u e el plano es la respiración q u e e n v u e l v e estos isolats.1 L o s c o n c e p t o s son superficies o v o l ú m e n e s absolutos, d e f o r m e s y f r a g m e n t a r i o s , m i e n t r a s que el p l a n o es lo absoluto ilimitado, informe, ni superficie ni v o l u m e n , p e r o s i e m p r e fractal. Los conceptos son disposiciones concretas c o m o c o n f i g u r a c i o n e s d e u n a m á q u i n a , p e r o el p l a n o es la m á q u i n a abstracta cuyas disposiciones son las piezas. Los c o n c e p t o s son a c o n t e c i m i e n t o s , p e r o el plano es-el h o r i z o n t e d e los acontec i m i e n t o s , el d e p ó s i t o o la reserva d e los a c o n t e c i m i e n t o s p u r a m e n t e conceptuales: n o el horizonte r e l a t i v o que f u n c i o n a c o m o u n límite, q u e cambia con u n o b s e r v a d o r y q u e e n g l o b a estados d e cosas observables, sino el h o r i z o n t e absoluto, i n d e p e n d i e n t e d e cualquier observador, y q u e traduce el a c o n t e c i m i e n t o c o m o c o n c e p t o i n d e p e n d i e n t e d e u n estado d e cosas visible d o n d e se llevaría a cabo. 3 Los c o n c e p t o s van p a v i m e n t a n d o , o c u p a n d o o p o b l a n d o el p l a n o , p a l m o a p a l m o , m i e n t r a s q u e el p l a n o e n sí m i s m o es el m e d i o indivisible e n él q u e los c o n c e p t o s sé reparten sin r o m p e r su i n t e g r i d a d , su c o n t i n u i d a d : o c u p a n sin c o n t a r (la cifra del c o n c e p t o n o es u n n ú m e r o ) o se distribuyen sin dividir. E l p l a n o es c o m o u n desierto q u e los c o n c e p t o s p u e b l a n sin c o m p a r t i m e n t a r l o . Son los c o n c e p t o s m i s m o s las ú n i c a s regiones del p l a n o , p e r o es el p l a n o el ú n i c o c o n t i n e n t e d e los conceptos. 1. Sobre la elasticidad de! concepto, Hubert Damisch, Prefacio a Prospectus de Dubuffet, Gallimard, 1, págs. 18 y 19. 2. «Isolat» de ¡soler (aislar), tal vez formado - e n 1962- c o m o habitat, significa, según el diccionario Robert: Grupo étnico aislado, grupo de seres vivos aislados. (N. del T.) 3. Jean-Pierre Luminet distingue entre los horizontes relativos, como el horizonte terrestre centrado sobre un observador y que se desp)i2» con c), y el horizonte absoluto, «horizonte de los acontecimientos», independiente de cualquier observador y que divide los acontecimientos en dos categorías: los vistos y los no vistos, los comunicables y los no comunicables («Le trou noir ct J'infmi», en Les dimemions de l'infini, Instituto italiano de cultura de París). También puede uno remitirse al texto zen del monje japonés Dóger», que invoca el horizonte o la «reserva» de los acontecimientos: Shóbogemo, fid. de la Diffcrence, traducción y comentarios de Rene de Ccccaty y Nakamora.

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El plano no tiene m á s regiones que las tribus q u e lo pueblan y q u e se desplazan en él. El plano es lo q u e garantiza el contacto de los conceptos, con u n a s conexiones siempre crecientes, y son Jos conceptos los q u e garantizan el asentamiento d e población del plano sobre u n a curvatura siempre renovada, siempre variable. El p l a n o d e i n m a n e n c i a no es un concepto pensado ni pensable, sino la imagen d e l pensamiento, la imagen q u e se da a sí m i s m o de lo que significa pensar, hacer uso del p e n s a m i e n t o , orientarse e n el pensamiento... N o es u n m é t o d o , pues todo m é t o d o tiene q u e ver e v e n t u a l m e n t e con los conceptos y s u p o n e una imagen semejante. Tampoco es u n estado de c o n o c i m i e n t o sobre el c e r e b r o y su funcionamiento, puesto q u e en este caso el p e n s a m i e n t o n o se r e f i e r e a la lenre cerebro c o m o al estado d e cosas c i e n t í f i c a m e n t e determinable en el q u e el p e n s a m i e n t o s i m p l e m e n t e se e f e c t ú a , cualquiera q u e sea y su orientación. T a m p o c o es la o p i n i ó n que uno suele formarse del p e n s a m i e n t o , d e sus f o r m a s , de sus objetivos y sus medios e n tal o cual m o mento. La imagen del pensamiento implica u n reparto s e v e r o del hecho y del derecho: lo que pertenece al p e n s a m i e n t o c o m o tal debe ser s e p a r a d o d e los accidentes q u e r e m i t e n al cerebro, o a las o p i n i o n e s históricas. «¿Quid juris?» Por ejemplo, perder la memoria, o estar loco, ¿puede acaso pertenecer al p e n s a m i e n t o c o m o tal, o se trata s ó l o de accidentes del cerebro q u e d e b e n ser considerados m e r o s hechos? ¿V contemplar, reflexionar, c o m u n i car, acaso n o son o p i n i o n e s que uno se f o r m a sobre el p e n s a miento, e n tal é p o c a y en ta) civilización? L a imagen del p e n samiento sólo c o n s e r v a lo que el p e n s a m i e n t o p u e d e reivindicar por d e r e c h o . El p e n s a m i e n t o reivindica «sólo» el m o v i m i e n t o q u e p u e d e ser llevado al infinito. Lo q u e el p e n s a m i e n t o reivindica en d e r e c h o , lo q u e selecciona, es el m o v i m i e n t o infinito o el m o v i m i e n t o del infinito. Él es quien constituye la imagen d e l pensamiento. El m o v i m i e n t o del infinito no remite a unas coordenadas esp a c i o t e m p o r a l e s q u e definirían las posiciones sucesivas d e u n móvil y las referencias fijas respecto a las cuales éstas varían. «Orientarse en el pensamiento» no implica referencia objetiva, ni móvil q u e se sienta c o m o sujeto y que, en calidad d e tal, desee

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el i n f i n i t o o lo n e c e s i t e . E l m o v i m i e n t o l o h a a c a p a r a d o t o d o , y ya n o q u e d a sitio a l g u n o p a r a u n s u j e t o y u n o b j e t o q u e sólo p u e d e n s e r c o n c e p t o s . L o q u e está e n m o v i m i e n t o es el p r o p i o h o r i z o n t e : e l h o r i z o n t e r e l a t i v o se aleja c u a n d o el s u j e t o avanza, p e r o e n el h o r i z o n t e a b s o l u t o , e n el p l a n o d e i n m a n e n c i a , e s t a m o s a h o r a - y a y s i e m p r e . L o q u e d e f i n e el m o v i m i e n t o i n f i n i t o es u n v a i v é n , p o r q u e n o v a h a c i a u n d e s t i n o sin v o l v e r ya s o b r e sí, p u e s t o q u e la aguja e s t a m b i é n el p o l o . Si «volverse hacia...» es el m o v i m i e n t o del p e n s a m i e n t o hacia lo v e r d a d e r o , ¿ c ó m o n o iba lo v e r d a d e r o a v o l v e r s e t a m b i é n hacia el p e n s a m i e n t o ? ¿ Y c ó m o n o iba él m i s m o a alejarse d e l p e n s a m i e n t o c u a n d o éste se aleja d e él? N o se trata n o o b s t a n t e d e u n a f u s i ó n , s i n o d e u n a reversibilidad, d e un intercambio inmediato, perpetuo, instantáneo, de u n r e l á m p a g o . E l m o v i m i e n t o i n f i n i t o es d o b l e , y t a n sólo hay u n a l e v e i n c l i n a c i ó n d e u n o a otro. E n este s e n t i d o se d i c e q u e p e n s a r y ser son u n a ú n i c a y m i s m a cosa. O , m e j o r d i c h o , el m o v i m i e n t o n o es i m a g e n del p e n s a m i e n t o sin ser t a m b i é n m a t e r i a d e l ser. C u a n d o s u r g e el p e n s a m i e n t o d e T a l e s es c o m o agua q u e r e t o r n a . C u a n d o el p e n s a m i e n t o d e H e r á c l i t o se h a c e potemos, es e l f u e g o q u e r e t o r n a s o b r e él. H a y la m i s m a v e l o c i d a d e n a m b a s partes: « E l á t o m o v a t a n d e p r i s a c o m o el p e n s a m i e n t o . » ' E l p l a n o d e i n m a n e n c i a t i e n e dos facetas, c o m o P e n s a m i e n t o y c o m o N a t u r a l e z a , c o m o Physis y c o m o Nous. E s p o r l o q u e s i e m p r e hay m u c h o s m o v i m i e n t o s i n f i n i t o s e n t r e l a z a d o s u n o s d e n t r o d e los o t r o s , p l e g a d o s u n o s d e n t r o d e los o t r o s , e n la m e d i d a e n q u e el r e t o r n o d e u n o d i s p a r a o t r o i n s t a n t á n e a m e n t e , d e tal m o d o q u e el p l a n o d e i n m a n e n c i a n o p a r a d e tejerse, g i g a n t e s c a lanzadera. Volverse hacia n o implica sólo volverse sino afrontar, d a r m e d i a vuelta, v o l v e r s e , e x t r a v i a r s e , d e s v a n e c e r s e . 2 I n c l u s o l o negativo produce m o v i m i e n t o s infinitos: caer e n el error t a n t o c o m o e v i t a r lo f a l s o , dejarse d o m i n a r p o r las p a s i o n e s t a n t o c o m o superarlas. V a r i o s m o v i m i e n t o s del i n f i n i t o e s t á n t a n e n t r e m e z c l a d o s que, lejos d e r o m p e r el U n o - T o d o del p l a n o d e i n m a n e n c i a , c o n s t i t u y e n su c u r v a t u r a v a r i a b l e , sus c o n c a v i d a d e s

1. Epicuro, Carta a Herodoto, 61-62. 2. Sobre estos dinamismos, cf. Michel Courthial, Le visa ge, de próxima publicación.

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y sus convexidades, su naturaleza fractal e n cierto m o d o . Esta naturaleza fractal es lo que hace q ü e el p l a n ó m e n o sea u n infinito siempre distinto d e cualquier superficie o v o l u m e n asignable como concepto. Cada m o v i m i e n t o recorre la totalidad del p l a n o efectuando u n r e t o r n o i n m e d i a t o sobre sí mismo, plegándose, pero también p l e g a n d o a otros o dejándose plegar, e n g e n d r a n d o retroacciones, c o n e x i o n e s , proliferaciones, en la fractalización d e esta infinidad i n f i n i t a m e n t e plegada una y otra vez (curvatura variable del plano). P e r o , pese a ser cierto que el p l a n o d e i n m a nencia es s i e m p r e único, puesto q u e es en sí m i s m o variación pura, tanto m á s t e n d r e m o s q u e explicar por q u é hay planos d e inmanencia variados, diferenciados, q u e se suceden o rivalizan en la historia, p r e c i s a m e n t e según los m o v i m i e n t o s infinitos c o n servados, seleccionados. El p l a n o no es c i e r t a m e n t e el m i s m o e n la época de los griegos, en el siglo x v n , en la actualidad (y a u n estos términos son vagos y generales): n o se trata d e la m i s m a imagen del p e n s a m i e n t o , ni d e la misma materia del ser. E l plano es por l o t a n t o objeto d e u n a especificación infinita, q u e hace que tan s ó l o parezca ser el U n o - T o d o en cada caso especificado por la selección del m o v i m i e n t o . Esta dificultad referida a la naturaleza ú l t i m a del p l a n o d e i n m a n e n c i a sólo p u e d e resolverse progresivamente. Resulta esencial n o c o n f u n d i r el p l a n o d e i n m a n e n c i a y los conceptos q u e l o o c u p a n . Y sin e m b a r g o los mismos e l e m e n t o s pueden presentarse dos veces, e n el p l a n o y e n el c o n c e p t o , p e r o n o será con las m i s m a s caractérísticas, aun c u a n d o se expresen con los mismos v e r b o s y con las mismas palabras: ya lo h e m o s visto para el ser, el p e n s a m i e n t o , el u n o ; entran e n u n o s c o m p o nentes de c o n c e p t o y son ellos mismos conceptos, p e r o d e u n m o d o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o del q u e p e r t e n e c e al p l a n o c o m o imagen o m a t e r i a . I n v e r s a m e n t e , lo v e r d a d e r o s o b r e el p l a n o sólo puede sér d e f i n i d o por u n «volverse hacia...», o «hacia l o q u e se vuelve el p e n s a m i e n t o » ; p e r o n o d i s p o n e m o s así d e n i n g ú n concepto d e v e r d a d . Si el error es e n sí m i s m o u n e l e m e n t o d e derecho q u e f o r m a p a r t e del plano, sólo consiste e n t o m a r lo falso por v e r d a d e r o (caer), p e r o ú n i c a m e n t e recibe u n c o n c e p t o si se le d e t e r m i n a n u n o s c o m p o n e n t e s ( p o r ejemplo, según Descartes, los dos c o m p o n e n t e s d e u n e n t e n d i m i e n t o finito y d e una

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v o l u n t a d infinita). A s í pues, los m o v i m i e n t o s o e l e m e n t o s del p l a n o sólo p a r e c e r á n definiciones n o m i n a l e s respecto a los c o n ceptos m i e n t r a s se i g n o r e la diferencia d e naturaleza. Pero, e n realidad, los e l e m e n t o s del plano son características diagramáticas, en t a n t o q u e los conceptos son características intensivas. Los p r i m e r o s son m o v i m i e n t o s del infinito, m i e n t r a s q u e los segundos son las o r d e n a d a s intensivas d e estos m o v i m i e n t o s , c o m o secciones originales o posiciones diferenciales; m o v i m i e n t o s finitos, c u y o i n f i n i t o t a n sólo es ya d e velocidad, y que constituyen cada vez u n a s u p e r f i c i e o un v o l u m e n , u n p e r í m e t r o irregular q u e m a r c a u n a d e t e n c i ó n en el grado d e proliferación. Los prim e r o s son direcciones absolutas d e naturaleza fractal, m i e n t r a s q u e Jos s e g u n d o s s o n dimensiones absolutas, superficies o volúm e n e s s i e m p r e f r a g m e n t a r i o s , definidas i n t e n s i v a m e n t e . Los prim e r o s son intuiciones, los segundos intensiones. Q u e c u a l q u i e r filosofía d e p e n d a d e u n a intuición q u e sus conceptos n o cesan d e desarrollar c o n la salvedad de las diferencias d e intensidad, esta grandiosa p e r s p e c t i v a leibniziana o bergsoniana está f u n d a m e n tada si se c o n s i d e r a la intuición c o m o el e n v o l v i m i e n t o d e los m o v i m i e n t o s i n f i n i t o s del p e n s a m i e n t o q u e recorren sin cesar u n p l a n o d e i n m a n e n c i a . N o hay q u e concluir c i e r t a m e n t e q u e los c o n c e p t o s r e s u l t a n d e l plano: es necesaria u n a c o n s t r u c c i ó n e s p e cial distinta d e la d e l plano, y p o r este m o t i v o los c o n c e p t o s tien e n q u e ser c r e a d o s igual q u e hay q u e establecer el plano. Las características i n t e n s i v a s jamás son la consecuencia d e las características d í a g r a m á t i c a s , ni las o r d e n a d a s intensivas se d e d u c e n d e los m o v i m i e n t o s o d e las direcciones. La c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e a m b o s e x c e d e i n c l u s o las meras resonancias y hace i n t e r v e n i r u n a s i n s t a n c i a s a d j u n t a s a la creación d e los conceptos, es d e c i r a los p e r s o n a j e s c o n c e p t u a l e s . Así, si la filosofía empieza con la creación d e los c o n c e p t o s , el p l a n o d e i n m a n e n c i a tiene q u e ser c o n s i d e r a d o prefilosófico. Se lo p r e s u p o n e , n o d e l modo c o m o un c o n c e p t o p u e d e remitir a otros, s i n o del m o d o e n que los c o n c e p t o s r e m i t e n en sí m i s m o s a u n a c o m p r e n s i ó n n o conceptual. A u n así, esta c o m p r e n s i ó n intuitiva varía e n f u n c i ó n del m o d o en q u e el p l a n o es establecido. E n D e s c a r t e s , se t r a t a b a de una c o m p r e n s i ó n subjetiva e i m p l í cita supuesta p o r el Y o pienso c o m o c o n c e p t o p r i m e r o ; e n P l a -

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ron, e r a Ja i m a g e n virtual d e u n y® p e n s a d o q u e duplicaba cualq u i e r c o n c e p t o actual. H e i d e g g c r i n v o c a u n a « c o m p r e n s i ó n p r c o n t o l ó g i c a d e l Ser», u n a c o m p r e n s i ó n «preconccptual» q u e p a r e c e e f e c t i v a m e n t e i m p l i c a r la i n c a u t a c i ó n d e u n a materia del ser r e l a c i o n a d a c o n u n a d i s p o s i c i ó n d e l p e n s a m i e n t o . D e t o d o s m o d o s , la filosofía sienta c o m o p r e f i l o s ó f i c o , o incluso c o m o n o filosófico, la p o t e n c i a d e U n o - T o d o c o m o u n d e s i e r t o d e a r e n a s m o v e d i z a s q u e los c o n c e p t o s v i e n e n a poblar. Prefilosófico n o significa n a d a q u e preexista, s i n o algo que no existe allende la filosofía a u n q u e ésta lo s u p o n g a . Son sus c o n d i c i o n e s internas. Tal vez lo n o filosófico esté m á s e n el m e o l l o de la filosofía q u e la p r o p i a filosofía, y significa q u e la filosofía n o p u e d e c o n t e n t a r s e con ser c o m p r e n d i d a ú n i c a m e n t e d e u n m o d o filosófico o c o n c e p t u a l , sino q u e se dirige t a m b i é n a los n o filósofos, en su e s e n cia. 1 V e r e m o s q u e esta r e l a c i ó n c o n s t a n t e con la n o filosofía reviste aspectos variados; s e g ú n este p r i m e r aspecto, la filosofía d e f i n i d a c o m o creación d e c o n c e p t o s implica u n a presuposición q u e se d i f e r e n c i a d e ella, y q u e n o o b s t a n t e le es inseparable. La filosofía es a la vez c r e a c i ó n d e c o n c e p t o e instauración del p l a n o . El c o n c e p t o es el i n i c i o d e la filosofía, p e r o el p l a n o es su instauración. 2 E v i d e n t e m e n t e el p l a n o n o consiste e n u n p r o g r a m a , u n p r o p ó s i t o , u n o b j e t i v o o u n m e d i o ; se trata d e u n p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e c o n s t i t u y e e l s u e l o a b s o l u t o d e la filosofía, su T i e r r a o su d e s t e r r i t o r i a l i z a c i ó n , su f u n d a c i ó n , sobre los q u e crea sus c o n c e p t o s . H a c e n f a l t a a m b a s cosas, crear los c o n c e p t o s e i n s t a u r a r el p l a n o , c o m o s o n necesarias dos alas o dos aletas. P e n s a r s u s c i t a la i n d i f e r e n c i a g e n e r a l . Y n o o b s t a n t e n o es e r r ó n e o d c c i r q u e se t r a t a d e u n ejercicio peligroso. I n c l u s o resulta q u e s ó l o c u a n d o los p e l i g r o s se v u e l v e n e v i d e n t e s cesa la 1. Fran$ois La rué lie (rata de llevar a cabo una de las tentativas más interesantes de la filosofía contemporánea: invoca un Uno-Todo al que califica de «110 filosófico» y, curiosamente, de «científico», sobre el que se enraiza la «decisión filosófica». Este Uno-Todo parece próximo a Spinoza. Cf. Philosophie et nou-philosophit, Éd. Mardaga. 2. Éncnne Souriau publicó en 1939 L'instauration pkilosophique, Éd. Alcan: atento a la actividad creadora de la filosofía, invocaba una especie de plano de instauración en tanto que suelo de esta creación, o «filosofema», pictórico de dinamismos.

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indiferencia, p e r o éstos p e r m a n e c e n a m e n u d o ocultos, escasam e n t e perceptibles, i n h e r e n t e s a la propia e m p r e s a . Precisam e n t e porque el p l a n o d e i n m a n e n c i a es prefilosófico, y n o f u n ciona ya con c o n c e p t o s , implica u n a suerte d e e x p e r i m e n t a c i ó n titubeante, y su t r a z a d o recurre a medios e s c a s a m e n t e confesables, escasamente racionales y razonables. Se trata d e medios del o r d e n del s u e ñ o , d e p r o c e s o s patológicos, d e experiencias esotéricas, d e embriaguez o d e excesos. U n o se precipita al horizonte, en el plano d e i n m a n e n c i a ; y regresa con los ojos enrojecidos, aun cuando s e trate d e los ojos del espíritu. I n c l u s o Descartes tiene su sueño. P e n s a r es siempre seguir u n a línea d e brujería. Por ejemplo, el p l a n o d e i n m a n e n c i a d e M i c h a u x , con sus m o v i m i e n t o s y sus v e l o c i d a d e s infinitos, furiosos. Las m á s d e las veces, estos medios n o a p a r e c e n en el resultado, q u e tan sólo d e b e ser aprendido e n sí m i s m o y c o n tranquilidad. P e r o e n t o n c e s «peligro» a d q u i e r e o t r o sentido: se trata d e las consecuencias evidentes, cuando la i n m a n e n c i a pura suscita e n la o p i n i ó n u n a f i r m e reprobación instintiva, y c u a n d o la naturaleza d e los conceptos creados i n c r e m e n t a además esta reprobación. Y es q u e u n o n o piensa sin c o n v e r t i r s e e n o t r a cosa, e n algo q u e n o piensa, un animal, u n vegetal, u n a molécula, u n a partícula, q u e vuelven al p e n s a m i e n t o y lo relanzan. El plano d e i n m a n e n c i a es c o m o una sección del caos, y actúa c o m o un tamiz. E l caos, en efecto, se caracteriza m e n o s por la ausencia de d e t e r m i n a c i o n e s q u e por la velocidad infinita a la q u e éstas se esbozan y se desvanecen: n o se trata d e un movim i e n t o d e una hacia o t r a , sino, por el contrario, d e la imposibilid a d d e una r e l a c i ó n e n t r e dos determinaciones, puesto q u e una n o aparece sin q u e la o t r a haya desaparecido antes, y u n a aparece c o m o evanescente c u a n d o la otra desaparece c o m o esbozo. E l caos n o es un e s t a d o i n e r t e o estacionario, n o es una mezcla azarosa. El caos caotiza, y deshace en lo infinito toda consistencia. E l problema d e la filosofía consiste e n adquirir u n a consistencia sin perder lo i n f i n i t o e n el q u e el p e n s a m i e n t o se s u m e r g e (el caos e n este s e n t i d o p o s e e u n a existencia t a n t o m e n t a l c o m o física). Dar consistencia sin perder nada de lo infinito es muy difer e n t e del problema d e la ciencia, q u e trata d e d a r unas referencias al caos a c o n d i c i ó n d e renunciar a los m o v i m i e n t o s y a las

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velocidades infinitas y d e efectuar p r i m e r o u n a limitación d e velocidad: l o q u e es p r i m e r o e n la ciencia, es la luz o el horizonte relativo. La filosofía p o r el contrario p r o c e d e s u p o n i e n d o o instaurando el p l a n o d e inmanencia; e n él las curvaturas variables conservan los m o v i m i e n t o s infinitos q u e v u e l v e n sobre sí m i s m o s en el i n t e r c a m b i o incesante, y q u e a su v e z n o cesan d e liberar otros que se conservan. E n t o n c e s los c o n c e p t o s tienen q u e trazar las ordenadas intensivas d e estos m o v i m i e n t o s infinitos, c o m o movimientos e n sí mismos finitos q u e f o r m a n a velocidad infinita perímetros variables inscritos en el plano. E f e c t u a n d o u n a sección del caos, el p l a n o d e i n m a n e n c i a apela a u n a creación d e c o n ceptos. A la pregunta: ¿la filosofía p u e d e o d e b e ser c o n s i d e r a d a griega?, una p r i m e r a respuesta pareció ser q u e la ciudad griega e n efecto se p r e s e n t a c o m o la n u e v a sociedad d e los «amigos», c o n todas las ambigüedades d e esta palabra. J c a n - P i e r r e V e r n a n t a ñ a d e una segunda respuesta: los griegos p o d r í a n ser los p r i m e r o s e n h a ber concebido u n a i n m a n e n c i a estricta del O r d e n e n u n m e d i o cósmico q u e corta el caos a la m a n e r a d e u n plano. Si se llama L o gos a un plano-tamiz, hay m u c h o t r e c h o del logos a la m e r a «razón» (como c u a n d o se dice q u e el m u n d o es racional). La razón n o es más que u n c o n c e p t o , y u n c o n c e p t o m u y p o b r e para d e f i n i r el plano y los m o v i m i e n t o s infinitos q u e lo recorren. R e s u m i e n d o , los primeros filósofos son los q u e instauran u n p l a n o d e i n m a n e n cia como u n t a m i z t e n d i d o sobre el caos. Se o p o n e n e n este s e n tido a los Sabios, q u e son personajes d e la religión, sacerdotes, p o r q u e conciben la instauración d e u n o r d e n siempre t r a s c e n d e n t e , impuesto d e s d e f u e r a por u n gran déspota o por u n dios superior a los demás, a i m a g e n d e Eris, tras guerras q u e superan c u a l q u i e r agón y odios q u e recusan d e a n t e m a n o los desafíos d e la rivalidad.' Hay religión cada vez q u e hay trascendencia, Ser vertical, E s t a d o imperial e n el-cíelo o e n la tierra, y hay Filosofía cada vez q u e hay inmanencia, a u n c u a n d o sirva d e r u e d o al agón y a la rivalidad (los tiranos griegos n o serían u n a objeción, p o r q u e están p l e n a m e n t e

1. Cf. Jean-Pierrc Vernant, Les origines de la pense'e grecque, P.U.lv, págs. 105-125. (Hay versión española: ¿«i orígenes del pensamiento griego, Buenos Aires: E U D E B A , 1984.)

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del l a d o d e la sociedad d e los a m i g o s tal c o m o ésta se presenta a través d e sus rivalidades m á s insensatas, más violentas). Y tal vez estas dos d e t e r m i n a c i o n e s .eventuales de Ja filosofía c o m o griega estén p r o f u n d a m e n t e v i n c u l a d a s . Ú n i c a m e n t e los amigos p u e d e n t e n d e r u n p l a n o d e i n m a n e n c i a c o m o un suelo q u e se h u r t a a los ídolos. E n E m p é d o c l e s , lo e s t a b l e c e Filia, aun c u a n d o n o regrese a m í sin d o b l e g a r el O d i o c o m o el m o v i m i e n t o q u e se h a vuelto n e g a t i v o y q u e atestigua u n a subtrascendencia del caos (el volcán) y u n a s u p e r t r a s c e n d e n c i a d e u n dios. Tal vez los primeros filósofos, y s o b r e t o d o E m p é d o c l e s , tuvieran todavía el aspecto d e sacerdotes, o incluso d e reyes. T o m a n prestada la máscara del sabio, y, c o r n o dice N i e t z s c h e , ¿ c ó m o iba la filosofía a n o disfrazarse en sus inicios? ¿Llegará i n c l u s o alguna vez a t e n e r q u e dejar d e disfrazarse? Si la i n s t a u r a c i ó n d e la filosofía se c o n f u n d e con la s u p o s i c i ó n d e u n p l a n o prefilosófico, ¿ c ó m o iba la filosofía a n o a p r o v e c h a r p a r a e n m a s c a r a r s e ? T e n e m o s de todos m o d o s q u e los p r i m e r o s filósofos e s t a b l e c e n u n p l a n o q u e recorre incesantem e n t e u n o s m o v i m i e n t o s ilimitados, en dos facetas, d e las cuales u n a es d e t e r m i n a b l e c o m o Physis, e n t a n t o q u e c o n f i e r e una m a teria al Ser, y la otra c o m o Nous, e n t a n t o q u e da u n a imagen al p e n s a m i e n t o . A n a x i m a n d r o lleva Jiasta el m á x i m o rigor la distinc i ó n d e a m b a s facetas, c o m b i n a n d o el m o v i m i e n t o d e las cualid a d e s c o n el p o d e r d e u n h o r i z o n t e absoluto, el Apeiron o lo Ilim i t a d o , p e r o s i e m p r e e n el m i s m o p l a n o . E l filósofo efectúa u n a a m p l i a d e s v i a c i ó n d e la s a b i d u r í a , la p o n e al servicio d e la i n m a n e n c i a p u r a . Sustituye la g e n e a l o g í a por una geología. E J E M P L O III ¿ C a b e p r e s e n t a r t o d a la h i s t o r i a d e la filosofía d e s d e la p e r s p e c t i v a d e la i n s t a u r a c i ó n d e u n p l a n o d e i n m a n e n c i a ? Se d i s t i n g u i r í a e n t o n c e s e n t r e los

fisicalistas,

q u e i n s i s t e n s o b r e la m a t e r i a del Ser,

y l o s n o o l o g i s t a s , q u e l o h a c e n s o b r e la i m a g e n del p e n s a m i e n t o . P e r o hay u n riesgo d e c o n f u s i ó n q u e surge d e inmediato: en vez d e s e r el p l a n o d e i n m a n e n c i a el q u e c o n s t i t u y e e n sí m i s m o esta m a t e r i a d e l S e r o e s t a i m a g e n d e l p e n s a m i e n t o , es la i n m a n e n c i a la q u e s e r e f e r i r í a a a l g o q u e s e r í a c o m o u n «dativo», M a t e r i a o E s p í r i t u . E s l o q u e s e h a c e e v i d e n t e c o n P l a t ó n y sus s u c e s o r e s . E n v e z d e q u e u n p l a n o d e i n m a n e n c i a c o n s t i t u y a el U n o - T o d o , la i n m a -

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nencia es «del» Uno, de tal modo que otro Uno, esta vez trascendente, se superpone a aquel en el que la inmanencia se extiende o al que se atribuye: siempre un U n o más allá del Uno, tal será la fórmula de los neoplatónicos. Cada vez que se interpreta la inmanencia como «de» algo, se produce una confusión del plano y el concepto, de tal modo que el concepto se convierte en u n universal trascendente y el plano en un atributo dentro del concepto. No reconocido de este modo, el plano de inmanencia relanza lo trascendente: es un mero campo de fenómenos que ya sólo posee de segunda m a n o lo que se atribuye primero a la unidad trascendente. Con la filosofía cristiana, la situación empeora. La posición de inmanencia sigue siendo la instauración filosófica pura, pero al mismo tiempo sólo es soportada en muy pequeñas dosis, está severamente controlada y delimitada por las exigencias de una trascendencia emanativa y sobre todo creativa. Cada filósofo tiene que demostrar, arriesgando su obra y a veces su vida, que lá dosis de inmanencia que inyecta en el m u n d o y en el espíritu no compromete la trascendencia de un Dios al que la inmanencia sólo debe ser atribuida secundariamente (Nicolás de Cusa, Eckhart, Bruno). La autoridad religiosa desea que la inmanencia sólo sea soportada localmente o a un nivel intermedio, un poco como en una fuente compuesta de tazas a distinto nivel en la q u e el agua puede brotar brevemente en cada nivel, pero a condición de que proceda de una taza superior y de que descienda más abajo (trasascendencia y trasdcscc/idcncia, como decía Wahl). De la inmanencia, cabe considerar que es la piedra de toque incandescente de cualquier filosofía, porque asume todos los riesgos que ésta tiene que afrontar, todas Jas condenas y persecuciones que padece. Cosa que por lo menos convence de que el problema de la inmanencia no es abstracto o meramente teórico. N o se percibe a primera vista por qué motivo la inmanencia resulta tan peligrosa, pero es así. Engulle a sabios y dioses. Por lo que respecta a la inmanencia o al fuego se reconoce al filósofo. La inmanencia sólo lo es con respecto a sí misma, y a partir de ahí lo abarca todo, absorbe ei Todo-Uno, y no permite que subsista nada con respecto a lo cual podría ser inmanente. En cualquier caso, cada vez que se interpreta la inmanencia como inmanente a Algo, se puede tener la seguridad de que este Algo reintroduce lo trascendente. A partir de Descartes, y con Kant y Husserl, el cogito hace que sea posible tratar ei plano de inmanencia como un campo de

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conciencia. Y es qiie Ja inmanencia es considerada inmanente a una conciencia pura, a un sujeto pensante. Kant llamará a este sujeto trascendental y no trascendente, precisamente porque es el sujeto del campo de inmanencia de cualquier experiencia posible al que nada se le escapa, ni lo externo ni lo interno. Kant rechaza cualquier utilización trascendente de la síntesis, pero remite la inmanencia al sujeto de la síntesis como nueva unidad, como unidad subjetiva. Hasta puede permitirse el lujo de denunciar las Ideas trascendentes, pira convertirlas en el «horizonte» del campo inmanente del sujeto.1 Pero, por el camino, Kant encuentra la forma moderna de salvar la trascendencia: ya no se trata de la trascendencia d e un Algo, o de un U n o superior a todo (contemplación), sino d e la de un Sujeto al que no se atribuye el campo de inmanencia sin pertenecer a un yo que necesariamente se representa a un sujeto así (reflexión). El mundo griego, que no pertenecía a nadie, se convierte cada vez más en propiedad d e una conciencia cristiana. Todavía un paso más: cuando la inmanencia se vuelve inmanente a una subjetividad trascendental, tiene que aparecer en el seno de su propio campo la señal o la cifra de una trascendencia en tanto que acto que remite ahora a otro yo, a otra conciencia (comunicación). Eso es lo que sucede con HusserI y con muchos de sus sucesores, que descubren en el Otro, o en Ja Carne, la labor de topo de lo trascendente en la propia inmanencia. HusserI concibe la inmanencia corno el flujo de la vivencia hacia la subjetividad, pero como toda esa vivencia, pura e incluso salvaje, no pertenece enteramente al yo qoe se la representa, algo trascendente vuelve a establecerse en el horizonte de las comarcas de la no-pertenencia: unas veces bajo la forma de una «trascendencia inmanente o primordial», de un mondo habitado por objetos intencionales, otras como trascendencia privilegiada de un mundo intersubjetivo habitado por otros yo, y (Mías como trascendencia objetiva de un mundo idea) habitado por formaciones culturales y por la comunidad de los seres humanos. En esta época moderna, ya no nos basta con vincular la inmanencia a un trascendente, queremos concebir la trascendencia dentro de lo inmanente, y es de la inmanencia de donde esperamos una ruptura. Así, en Jaspcrs, el plano de inmanencia recibirá la determinación más profunda en tanto que «Continente», pero este 1. Kant, Crítica de la razón pura: el espacio c o m o forma de exterioridad n o está menos «en nosotros» que el tiempo c o m o forma de interioridad («Critica del cuarto paralogismo»). Y respecto a la «Idea» como «horizonte» Cf. «Apéndice a la dialéctica trascendental».

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continente tan sólo será un recipiente para las erupciones de trascendencia. La palabra judeocristiana sustituye al logos griego: ya no nos limitamos a atribuir la inmanencia, hacemos que escupa lo trascendente por doquier. No nos contentamos con remitir la inmanencia a lo trascendente, queremos que nos lo devuelva, que lo reproduzca, que lo fabrique ella misma. En realidad, no resulta difícil, basta con detener el movimiento.* En cuanto el movimiento del infinito se detiene, la trascendencia baja, aprovecha para resurgir, reaparecer, resaltar. Los tres tipos de Universales, contemplación, reflexión, comunicación, son como tres épocas de la filosofía, Íh fiidéttea, ia Crítica y la Fenomenología, que no se separan de la historia de una prolongada ilusión. Había que llegar hasta ahí en la inversión de los valores: hacernos creer que la inmanencia es una cárcel (solipsismo...) de la que nos salva lo Trascendente. El supuesto de Sartre, el de un campo trascendental impersonal, devuelve a la inmanencia sus derechos. 2 Cuando la inmanencia ya sólo es inmanente a algo distinto de sí es cuando se puede hablar de un plano de inmanencia. Tal vez un plano semejante constituya un empirismo radical: no presentaría un flujo de la vivencia inmanente a un sujeto, y que se individualizaría en lo que pertenece a un yo. Sólo presenta acontecimientos, es decir mundos posibles en tanto que conceptos, y unos Otros, como expresiones de mundos posibles o de personajes conceptuales. El acontecimiento no remite la vivencia a un sujeto trascendente = Yo, sino que se refiere al sobrevuelo inmanente de un campo sin sujeto; el Otro no devuelve trascendencia a otro yo, sino que devuelve a cualquier otro yo a la inmanencia del campo sobrevolado. El empirismo sólo conoce acontecimientos y a Otros, con lo que resulta un gran creador de conceptos. Su fuerza empieza a partir del momento que define el sujeto: un habitus, una costumbre, no más que una costumbre en un campo de inmanencia, la costumbre de decir Yo... Quien sabía plenamente que la inmanencia sólo pertenecía a sí mísma, y que por lo tanto era un plano recorrido por los movimientos del infinito, rebosante de ordenadas intensivas, era Spinoza. Por eso es el príncipe de los filósofos. Tal vez el único que no pactó con la trascendencia, que le dio caza por doquier: Hizo el 1. Rajmond Bellour, L'Entre-images, Éd. de la Differcnce, pág. 132: sobre el vinculo Je la trascendencia c o n la interrupción del movimiento o la «detención sobre b imagen». 2. Sartre, La transcendanee de i'Ego, Éd. Vrin (invocación cte Spinoza, pág. 23).

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movimiento del infinito, y confirió a! pensamiento velocidades infinitas en el tercer ripo de conocimiento, en el último libro de la Ética. Alcanzó en él velocidades inauditas, atajos tan fulminantes que ya sólo cabe hablar de música, de tornado, de vientos y de cuerdas. Encontró la única libertad en la inmanencia. Llevó a buen fin la filosofía, porque cumplió su supuesto prefilosófico. No se trata de que la inmanencia se refiera a la sustancia y a los modos spinozistas, sino que, al contrario, son los conceptos spinozistas de sustaiTCÍa v de modos los que se refieren tanto al plano de inmanencia como a su presupuesto. Este plano tiende hacia nosotros sus dos facetas, la amplitud y el pensamiento, o más exactamente sus dos potencias, potencia de ser y potencia de pensar, Spinoza es el vértigo de la inmanencia, del que tantos filósofos tratan de escapar en vano. ¿Estaremos alguna vez maduros para una inspiración spinozista? .Le sucedió a Bergson, en una ocasión: el inicio de Matiere et mémoire (Materia y memoria) traza un plano que corta el caos, a la vez movimiento infinito de una materia que no cesa de propagarse e imagen de un pensamiento que no deja de propagar por doquier una conciencia pura en derecho (no es la inmanencia la que pertenece a la conciencia, sino a la inversa).

El p l a n o es circunscrito por ilusiones. N o se trata de contrasentidos abstractos, ni siquiera de presiones del exterior, sino d e espejismos del p e n s a m i e n t o . ¿Cabe explicarlos p o r Ja pesadez d e nuestro cerebro, por el roce trillado con las o p i n i o n e s dominantes, y p o r q u e n o p o d e m o s soportar estos m o v i m i e n t o s infinitos ni d o m i n a r estas velocidades infinitas q u e nos destrozarían (entonces t e n e m o s q u e d e t e n e r el m o v i m i e n t o , volver a constituirnos presos d e u n horizonte relativo)? Y n o obstante, corremos sobre el p l a n o d e i n m a n e n c i a , estamos en el horizonte absoluto. E s necesario sin e m b a r g o , por lo m e n o s en parte, q u e las ilusiones se d e s p r e n d a n del p r o p i o plano, c o m o los vapores de un est a n q u e , c o m o las miasmas prcsocráticas q u e se exhalan d e la t r a n s f o r m a c i ó n d e los elementos siempre activos sobre el plano. A r t a u d decía: «el p l a n o d e conciencia» o p l a n o d e inmanencia ilimitado —lo q u e los indios llamaban Ciguri— e n g e n d r a también alucinaciones, percepciones erróneas, malos sentimientos... 1 H a 1. Artaud, Les Tarahumaras (Qicuvres completes, Gallimard, IX). (Hay versión española: Los Tarahu triara, Marcelo na: Tusqucts, 1985.)

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bría q u e establecer la lista de estas ilusiones, delimitarlas, c o m o hizo Nietzsche después d e Spinoza estableciendo la lista d e los «cuatro g r a n d e s errores». Pero la lista es infinita. H a y e n p r i m e r lugar la ilusión de trascendencia, q u e tal v e z a n t e c e d a a todas las demás (bajo u n a faceta doble, h a c e r q u e la i n m a n e n c i a se t o r n e i n m a n e n t e a algo, y volver a e n c o n t r a r u n a trascendencia en la propia inmanencia). D e s p u é s la ilusión de los universales, c u a n d o se c o n f u n d e n los c o n c e p t o s c o n el plano; p e r o esta c o n f u s i ó n se hace a partir del m o m e n t o e n q u e se p l a n t e a u n a i n m a n e n c i a a algo, p u e s t o q u e este algo es n e c e s a r i a m e n t e c o n c e p t o : se c r e e que el universal explica, c u a n d o es él el q u e h a d e ser explicado, y se cae e n u n a triple ilusión, la d e la c o n t e m p l a c i ó n , o la d e la reflexión, o la d e la c o m u n i c a c i ó n . D e s p u é s está la ilusión de lo eterno, c u a n d o se olvida q u e los conceptos t i e n e n q u e ser creados. Y finalmente la ilusión de la discursividadt c u a n d o se c o n f u n d e n las proposiciones con los conceptos... P r e c i s a m e n t e , n o c o n v i e n e creer q u e todas estas ilusiones se c o n c a t e n a n lógicam e n t e c o m o proposiciones, p u e s r e s u e n a n o r e v e r b e r a n , y f o r m a n u n a niebla densa alrededor del p l a n o . El p l a n o d e i n m a n e n c i a t o m a prestadas del caos d e t e r m i n a ciones q u e convierte en sus m o v i m i e n t o s i n f i n i t o s o e n sus rasgos diagramáticos. A partir d e ahí, cabe, se d e b e s u p o n e r u n a multiplicidad d e planos, p u e s t o q u e n i n g u n o abarcaría t o d o el caos sin recaer en él, y que cada u n o r e t i e n e sólo u n o s m o v i mientos q u e se dejan plegar juntos. Si la historia d e la filosofía presenta tantos planos muy diferenciados n o es sólo d e b i d o a unas ilusiones, a la variedad d e las ilusiones, n o es sólo p o r q u e cada u n o t i e n e su m o d o - s i e m p r e r e n o v a d o - d e volver a c o n f e rir trascendencia; t a m b i é n lo es, más p r o f u n d a m e n t e , a su m o d o de hacer i n m a n e n c i a . Cada p l a n o lleva a c a b o u n a selección d e lo q u e p e r t e n e c e d e p l e n o d e r e c h o al p e n s a m i e n t o , p e r o esta selección varía de u n o a otro. Cada p l a n o d e i n m a n e n c i a es u n U n o - T o d o : n o es parcial, c o m o un c o n j u n t o científico, ni fragmentario c o m o los conceptos, sino distributivo, es u n «cada uno», El p l a n o de i n m a n e n c i a es hojaldrado. Y resulta sin d u d a difícil valorar en cada caso c o m p a r a d o s¡ hay u n ú n i c o y m i s m o plano, o varios diferentes; ¿tienen los presocráticos u n a i m a g e n c o m ú n del p e n s a m i e n t o , a pesar de las d i f e r e n c i a s e n t r e H e r á -

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clito y Parménides? ¿Cabe hablar de un p l a n o d e i n m a n e n c i a o d e una imagen del pensamiento llamado clásico, y q u e tuviera u n a continuidad desde Platón a Descartes? L o q u e varia n o son sólo los planos sino la forma de distribuirlos. ¿Hay acaso p u n t o s d e vista más o m e n o s alejados o próximos q u e p e r m i t a n agrupar estratos diferentes a lo largo d e un período s u f i c i e n t e m e n t e largo o separar estratos sobre u n plano que parecía c o m ú n , y del q u e p r o v e n d r í a n estos p u n t o s de vista, a pesar del horizonte absoluto? ¿Cabe contentarse aquí con un historicismo, con un relativ i s m o generalizado? E n todos estos aspectos, la cuestión de la u n i d a d o del m ú l t i p l o vuelve a adquirir la m á x i m a importancia introduciéndose e'n el plano. Llevando las cosas al límite, ¿no resulta q u e cada gran filós o f o establece u n plano d e inmanencia n u e v o , aporta u n a materia del ser n u e v a y erige u n a imagen del p e n s a m i e n t o n u e v a , hasta el punto d e q u e n o habría dos grandes filósofos sobre el m i s m o plano? Bien es verdad que no concebimos a n i n g ú n gran filósofo del q u e n o sea obligado decir: ha m o d i f i c a d o el signific a d o d e pensar, ha «pensado d e otro modo» (según la sentencia d e Foucatilt). Y c u a n d o se distinguen varias filosofías en u n m i s m o autor, ¿no es acaso p o r q u e el propio filósofo había camb i a d o d e plano, había e n c o n t r a d o una i m a g e n n u e v a u n a vez más? N o se p u e d e p e r m a n e c e r insensible al l a m e n t o d e Biran, c e r c a n a ya la h o r a d e la muerte: «Me siento algo viejo para e m pezar d e nuevo la construcción.»* A cambio, n o son filósofos los f u n c i o n a r i o s q u e n o r e n u e v a n la imagen del p e n s a m i e n t o , q u e ni siquiera son conscientes d e este problema, e n la beatitud d e u n p e n s a m i e n t o t ó p i c o q u e ignora incluso el q u e h a c e r d e aquellos q u e p r e t e n d e t o m a r c o m o modelos. Pero e n t o n c e s , ¿ c ó m o hacer p a r a entenderse e n filosofía, si existen todos estos estratos q u e o r a se pegan y ora se separan? ¿No estamos acaso c o n d e n a d o s a tratar d e establecer nuestro propio plano sin saber c o n cuáles va a coincidir? ¿No significa acaso reconstituir u n a especie d e caos? Ésta es la m ó n p o r la q u e cada plano no sólo está hojaldrado, s i n o agujereado, p e r m i t i e n d o el paso d e estas nieblas q u e lo e n v u e l v e n e n las q u e e l filósofo q u e lo ha establecido resulta ser a

t . Biran, Sa vie et id pernees,

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&.I. Naville (año 1823), pág. 357.


m e n u d o el p r i m e r o en perderse. Q u e las nieblas q u e se desprend e n sean tantas, lo explicamos por lo tanto d e dos maneras: prim e r o porque eí p e n s a m i e n t o no p u e d e evitar interpretar la inmanencia c o m o i n m a n e n t e a algo, gran Objeto d e la c o n t e m p l a ción, Sujeto d e la reflexión, O t r o sujeto d e la comunicación: resulta fatal e n t o n c e s q u e la trascendencia se introduzca d e n u e v o . Y si n o p o d e m o s evitarlo, es p o r q u e cada plano d e i n m a nencia, al parecer, tan sólo p u e d e p r e t e n d e r ser único, ser EL p l a n o reconstituyendo el caos q u e tenía q u e conjurar: podéis escoger entre la trascendencia y el caos... EJEMPLO IV

Cuando el plano selecciona lo que corresponde de derecho al pensamiento para hacer con ello sus rasgos, intuiciones, direcciones o movimientos diagramáticos, devuelve otras determinaciones al estado de meros hechos, caracteres de estados de cosas, contenidos vividos. Y por supuesto la filosofía podrá extraer de estos estados de cosas conceptos en tanto en cuanto extraiga de ellos el acontecimiento. Pero no es ésta la cuestión. Lo que pertenece por derecho al pensamiento, lo que se percibe como rasgo diagramático en sí, repele otras determinaciones rivales (aun cuando éstas estén llamadas a recibir un concepto). De este modo Descartes convierte el error en el rasgo o en la dirección que expresa por derecho lo negativo del pensamiento. No es el primero que lo hace, y cabe .considerar el «error» como uno de los rasgos principales de la imagen clásica del pensamiento. N o se nos pasa por alto en una imagen de estas características que hay muchas más cosas que ponen en peligro pensar: la estulticia, la amnesia, la afasia, el desvarío, la locura...; pero todas estas determinaciones serán consideradas hechos que sólo tienen un efecto de derecho inmanente en el pensamiento, el error, el error una vez más. El error es el movimiento infinito que recoge todo lo negativo. ¿Cabe hacer retrotraer este rasgo hasta Sócrates, para quien el malo (de hecho) es por derecho alguien que «yerra»? Pero, aun siendo cierto que el Teeteto es una fundación del error, ¿no se reserva acaso Platón los derechos de otras determinaciones rivales, como el desvarío del Fedro, hasta el punto de que la imagen del pensamiento en Platón nos da también la impresión de trazar tantas otras vías? Se produce un gran cambio no sólo en los conceptos, sino en la

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imagen del pensamiento, cuando la ignorancia y la superstición van a sustituir el error y el prejuicio para expresar por derecho lo negativo del pensamiento: Fontenelle asume aquí un papel importante y lo que cambia son los movimientos infinitos en los que el pensamiento se pierde y se conquista a la vez. Más aún, cuando Kant señale que el pensamiento está amenazado no tanto por e) error sino por ilusiones inevitables que provienen del interior de la razón, como de una zona ártica interna en la que enloquece la aguja de cualquier brújula, una reorientación de todo el pensamiento se volverá necesaria al mismo tiempo que cierto desvarío por derecho lo penetra. El pensamiento ya no está amenazado en el plano de inmanencia por los agujeros o por las roderas de la senda que sigue, sino por las nieblas nórdicas que lo recubren todo. Hasta la cuestión misma de «orientarse en el pensamiento» cambia de sentido. Un rasgo no es aislable. En efecto, el movimiento sometido a un signo negativo se encuentra él mismo plegado en otros movimientos de signos positivos o ambiguos. En la imagen clásica, el error no expresa por derecho lo peor que le puede suceder al pensamiento sin que el pensamiento se presente él mismo como «deseando» lo verdadero, orientado hacia lo verdadero, vuelto hacia lo verdadero: lo que se supone es que todo el mundo sabe lo que quiere decir pensar, por lo tanto está capacitado por derecho para pensar, Es esta confianza no desprovista de humor lo que anima la imagen clásica: una relación con la verdad que constituye el movimiento infinito del conocimiento como rasgo diagramático. Lo que por el contrario pone de manifiesto la mutación de la luz en el siglo XVIII, de «la luz natural» a las «Luces», es la sustitución del conocimiento por la creencia, es decir un nuevo movimiento infinito que implica otra imagen del pensamiento: ya no se trata de volverse hacia, sino de seguir el rastro, de deducir antes que de aprehender y de ser aprehendido. ¿En qué condiciones puede ser legítima una creencia que se ha vuelto profana? Esta cuestión sólo tendrá respuesta con la creación de los grandes conceptos empiristas (asociación, relación, costumbre, probabilidad, convención...), pero, inversamente, estos conceptos, incluido el que la propia creencia recibe, presuponen los rasgos diagramáticos que convierten primero la creencia en un movimiento infinito independiente de la religión, que recorre el nuevo plano de inmanencia (y por el contrario será la creencia religiosa la que se convertirá en un caso conceptualizable, cuya legitimidad o ilegitimidad se podrá valorar en

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función del orden de infinito). Por supuesto, encontraremos de nuevo en Kant muchos de estos rasgos heredados de Hume, pero a costa, una vez más, de una mutación profunda, sobre un plano nuevo o de acuerdo con otra imagen. Son, cada vez, atrevimientos importantes. Lo que cambia de un plano de inmanencia a otro, cuando cambia el reparto de lo que corresponde por derecho al pensamiento, no son sólo los rasgos positivos o negativos, sino los rasgos ambiguos, que evcntualmente pueden ir multiplicándose, y que ya no se contentan con plegarse siguiendo una oposición vectorial de movimientos. Si intentamos también de forma somera esbozar los rasgos de una imagen moderna del pensamiento no lo haremos de forma triunfante, ni siquiera en el horror. Ninguna imagen del pensamiento puede limitarse a seleccionar unas determinaciones pausadas, y todas se topan con algo abominable por derecho: el error en el que el pensamiento no cesa de caer, la ilusión en la que da vueltas sin parar, la estulticia en la que no deja de recrearse, o el desvarío en el que no cesa de apartarse de sí mismo o de un dios. La imagen griega del pensamiento invocaba ya la locura del desvario doble, que sumía el pensamiento en la divagación infinita antes que en el error. La relación del pensamiento con lo verdadero jamás ha sido cosa sencilla, menos aún constante, en las ambigüedades del movimiento infinito. Por este motivo resulta inútil invocar una relación de esta índole para definir la filosofía. La primera característica de la imagen moderna del pensamiento tal vez sea la de renunciar completamente a esta relación, para considerar que la verdad es únicamente lo que crea el pensamiento, habida cuenta del plano de inmanencia que el pensamiento se da por presupuesto, y de todos ios rasgos de este plano, tanto negativos como positivos, que se han vuelto indiscernibles: el pensamiento es creación, y no voluntad de verdad, como muy bien Nietzsche supo hacer comprender. Pero si no hay voluntad de verdad, a la inversa de lo que aparecía en la imagen clásica, es porque el pensamiento constituye una mera «posibilidad» de pensar, sin definir aún un pensador que fuese «capaz» de ello y pudiese decir Yo: ¿qué violencia tiene que ejercerse sobre el pensamiento para que nos volvamos capaces de pensar, violencia de un movimiento infinito que al mismo tiempo nos priva del poder de decir Yo? Unos textos célebres de Heidegger y de Blanchot exponen esta segunda característica. Pero, como tercera característica, si de este modo existe un «Impoder» del pen-

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Sarniento, qne permanece en su corazón mismo cuando el pensamiento ha adquirido la capacidad determinadle como creación, aflora en efecto un conjunto de signos ambiguos que se convierten en rasgos ¿«gramáticos o en movimientos infinitos que adquieren •un valor de derecho, mientras que eran unos meros hechos irrisorios desechados de la selección en las demás imágenes del pensamiento: como sugieren KJeist o Artaud, el pensamiento como tal empieza a t e n e r rictus, chirridos, tartamudeos, glosolalias, gritos, .que le impulsan a crear, o a intentarlo. 1 Y si eí pensamiento busca, lo hace menos como un hombre que cuenta con un método que como un peao del que se diría que da brincos desordenados... N o ha lugar vanagloriarse d é una imagen del pensamiento semejante, q u e comporto muchos sufrimientos sin gloria y que pone de manifiesto hasta qué punto pensar se ha vuelto cada vez más difícil: la inmanencia. La historia de la filosofía es comparable al arte del retrato. No se trata de cuidar el «parecido», es decir de repetir ío que el filósofo ha dicho, sino de producir la similitud despejando a la vez el plano de inmanencia que ha instaurado y los conceptos nuevos que ha creado. Se traía de retratos mentales, nocticos, maquínicos. Y aunque habitualraente se suelan hacer recurriendo a medios filosóficos, también se los puede producir estéticamente. En este contexto Tingueiy presentó recientemente unos monumentales retratos maquínicos de filósofos ejecutando poderosos movimientos infinitos, conjuntos o alternativos, plegables y desplegables, con sonidos, relámpagos, mateáis de ser e imágenes de pensamiento según unos planos curvados complejos. 2 No obstante, si cabe objetar una crítica a u n artista de semejante importancia, parece que la tentativa no está todavía a punto. Nada hay que baile en el Nietzsche, mientras que Tinguely ha sabido hacer bailar sus máquinas con tanto acierto en otros casos. El Schopenhauer no nos revela nada decisivo, mientras que los cuatro Racines y el velo de Maya parecían listos para ocupar el plano bifacético del Mundo en tanto que voluntad y representación. El Heidegger no sugiere ninguna ocultación-revelación en el plano de un pensamiento que todavía no piensa. Tal vez hubiera sido necesario prestar mayor atención al plano de inmanencia trazado como máquina abstracta, y a los conceptos crea1. Cf. Klcist, «De la elaboración progresiva de tas ideas en c) discurso» (Ánecdotes et petiü ecriís, Bd. Payot, pág. 77). Y Artaud, «Correspondance avee Riviére» (GEuvtcs completes, I). 2. Tinguely* catálogo Beaubourg, 1989.

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dos como piezas de la máquina. Cabría figurarse en este sentido un retrato maquínico de Kant, con las ilusiones incluidas (véase ei esquema adjunto). 1.— El «Yo pienso» con cabeza de buey, sonorizado, que no para de repetir Yo = Yo. 2 . - Las categorías como conceptos universales (cuatro grandes títulos): varillas cxtensibles y retráctiles según el movimiento circular de 3. 3.— La rueda móvil de los esquemas. 4.— El riachuelo poco profundo, el Tiempo como forma de interioridad en la que se sumerge y vuelve a salir la rueda de los esquemas. 5.— El Espacio como forma de exterioridad: orillas, y fondo. 6.— El yo pasivo en el fondo del riachuelo y como unión de ambas formas. 7.— Los principios de los juicios sintéticos que recorren el espacio-tiempo. 8.— El campo trascendental de la experiencia posible, inmanente al Yo (plano de inmanencia). 9.— Las tres Ideas, o ilusiones de trascen-

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delicia ( c í r c u l o s g i r a n d o e n el h o r i z o n t e a b s o l u t o : A l m a , M u n d o y Dios).

Se plantean multitud de problemas q u e se refieren tanto a la filosofía c o m o a la historia de la filosofía. Los estratos del p l a n o de inmanencia ora se separan hasta oponerse unos a otros, y resultar c o n v e n i e n t e cada u n o para tal o cual filósofo, ora por el contrario se r e ú n e n para abarcar por lo menos períodos bastante largos. A d e m á s , e n t r e la instauración d e u n plano prefilosófico y la creación d e conceptos filosóficos, las propias relaciones son complejas. A lo largo d e u n período dilatado, unos filósofos pueden crear conceptos nuevos sin dejar d e p e r m a n e c e r e n el m i s m o p l a n o y s u p o n i e n d o la misma imagen q u e u n filósofo anterior al q u e invocarán c o m o maestro: Platón y los neoplatónicos, K a n t y los neokantianos (o incluso la f o r m a e n la que el p r o p i o K a n t reactiva d e t e r m i n a d o s retazos d e platonismo). E n t o d o s los casos, n o será sin e m b a r g o sin prolongar el p l a n o p r i m i t i v o sometiénd o l o a curvaturas nuevas, hasta tal p u n t o q u e subsiste una duda: ¿no será o t r o p l a n o que se ha tejido e n las mallas del primero? La cuestión d e averiguar e n q u é caso algunos filósofos son «discípulos» d e otro y hasta q u é punto, en q u é caso por el contrario están realizando su crítica c a m b i a n d o d e plano, estableciendo otra imagen, implica por lo tanto unas evaluaciones t a n t o más complejas y relativas cuanto que los conceptos que o c u p a n un p l a n o jamás pueden ser simplemente deducidos. Los conceptos que van o c u p a n d o un m i s m o plano, incluso en fechas muy diferentes y con concatenaciones especiales, serán llamados conceptos del m i s m o grupo; a la inversa, los q u e r e m i t e n a planos diferentes. La correspondencia e n t r e conceptos creados y p l a n o instaurado es rigurosa, p e r o se lleva a cabo bajo unas relaciones indirectas q u e están por determinar. ¿Puede decirse que un plano es «mejor» q u e otro, o por lo m e n o s q u e responde o n o a las exigencias de la época? ¿Qué significa responder a las exigencias, y q u é relación hay entre los m o v i m i e n t o s o rasgos diagramáticos d e una imagen del pensam i e n t o y los movimientos o rasgos sociohistóricos d e una época? Sólo se p u e d e adelantar en estas cuestiones r e n u n c i a n d o a la perspectiva estrechamente histórica del antes y del después, para

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c o n s i d e r a r el t i e m p o d e la filosofía más q u e la historia d e la filosofía. Se trata de un tiempo estratigráfico, en el q u e el antes y el d e s p u é s tan sólo indican u n o r d e n d e superposiciones. A l g u n o s s e n d e r o s ( m o v i m i e n t o s ) sólo a d q u i e r e n s e n t i d o y d i r e c c i ó n e n t a n t o q u e atajos o r o d e o s d e s e n d e r o s perdidos; u n a c u r v a t u r a variable sólo puede a p a r e c e r c o m o la t r a n s f o r m a c i ó n d e una o v a rias curvaturas; una c a p a o un e s t r a t o del p l a n o d e i n m a n e n c i a estará o b l i g a t o r i a m e n t e por encima o por debajo respecto d e o t r a , y las imágenes del p e n s a m i e n t o n o p u e d e n surgir e n u n o r d e n c u a l q u i e r a , puesto q u e i m p l i c a n c a m b i o s d e o r i e n t a c i ó n q u e sólo p u e d e n ser localizados d i r e c t a m e n t e s o b r e la i m a g e n a n t e r i o r (e incluso en lo q u e al c o n c e p t o se refiere el p u n t o d e c o n d e n s a ción q u e lo d e t e r m i n a s u p o n e ora el estallido d e u n p u n t o , o r a la a g l o m e r a c i ó n de p u n t o s precedentes). L o s paisajes m e n t a l e s n o c a m b i a n sin ton ni son a través d e las épocas: h a sido n e c e s a r i o q u e u n a m o n t a ñ a se yerga. aquí o q u e u n río p a s e p o r allá, y e s o r e c i e n t e m e n t e , para q u e el suelo, a h o r a seco y llano, t e n g a tal asp e c t o , cual textura. Bien es v e r d a d q u e p u e d e n a f l o r a r c a p a s m u y antiguas, abrirse paso a través d e las f o r m a c i o n e s q u e las h a b í a n c u b i e r t o y surgir d i r e c t a m e n t e s o b r e la capa actual a la q u e c o m u n i c a n u n a c u r v a t u r a n u e v a . M á s a ú n , e n f u n c i ó n d e las r e g i o n e s q u e se c o n s i d e r e n , las s u p e r p o s i c i o n e s n o s o n f o r z o s a m e n t e las m i s m a s ni t i e n e n el m i s m o o r d e n . A s í pues, el t i e m p o filosófico es u n t i e m p o g r a n d i o s o d e coexistencia, q u e n o e x c l u y e el a n t e s y el después, s i n o q u e los superpone e n u n o r d e n e s t r a t i g r á fico. Se trata d e u n d e v e n i r i n f i n i t o d e la filosofía, q u e se s o l a p a p e r o n o se c o n f u n d e c o n su historia. L a v i d a d e los filósofos, y la p a r t e m á s externa d e su obra, o b e d e c e a las leyes d e sucesión o r d i n a r i a ; p e r o sus n o m b r e s p r o p i o s coexisten y r e s p l a n d e c e n , o r a c o m o p u n t o s l u m i n o s o s q u e n o s h a c e n pasar d e n u e v o p o r los c o m p o n e n t e s d e u n c o n c e p t o , ora c o m o los p u n t o s c a r d i n a l e s d e u n a c a p a o d e u n e s t r a t o q u e v u e l v e n sin cesar hasta n o s o t r o s , c o m o estrellas m u e r t a s cuya luz está m á s viva q u e n u n c a . L a filosofía es d e v e n i r , y n o historia; es coexistencia d e p l a n o s , y n o s u c e s i ó n d e sistemas. P o r este m o t i v o p u e d e n los p l a n o s o r a separarse, o r a r e u n i r s e —bien es cierto q u e p a r a bien y p a r a mal—. C o m p a r t e n el r e s t a u rar la trascendencia y la ilusión ( n o p u e d e n e v i t a r l o ) , p e r o t a m -

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bien el combatirlas c o n ahínco, del m i s m o m o d o q u e también c a d a u n o tiene su manera particular de h a c e r ambas cosas. ¿Existe algún p l a n o «mejor» que n o entregue la i n m a n e n c i a a A l g o = x, y q u e deje de imitar algo trascendente? Diríase q u e Bip l a n o d e i n m a n e n c i a es a la vez lo q u e tiene q u e ser p e n s a d o y lo q u e n o p u e d e ser pensado. Podría ser lo no p e n s a d o en el pensam i e n t o . Es el zócalo d e todos los planos, i n m a n e n t e a cada p l a n o p e n s a b l é q u e n o llega a pensarlo. Es lo más í n t i m o d e n t r o del p e n s a m i e n t o , y n o obstante el afuera absoluto. U n afuera más lejano q u e cualquier m u n d o exterior, porque es un a d e n t r o más p r o f u n d o que cualquier m u n d o interior: es la i n m a n e n c i a , «la int i m i d a d e n t a n t o q u e Afuera, el exterior c o n v e r t i d o en la intrusión q u e sofoca y en la inversión de lo uno y l o otro». 1 E l vaivén i n c e s a n t e del plano, el movimiento infinito. Tal vez sea éste el gesto s u p r e m o d e la filosofía; no tanto pensar e l p l a n o d e i n m a n e n c i a , s i n o p o n e r de manifiesto que está ahí, n o p e n s a d o en cada plano. Pensarlo d e este modo, c o m o el a f u e r a y el a d e n t r o del p e n s a m i e n t o , el afuera no exterior o el a d e n t r o n o interior. L o q u e no p u e d e ser p e n s a d o y no obstante d e b e ser p e n s a d o f u e p e n s a d o u n a vez, c o m o Cristo, que se e n c a r n ó una vez, para m o s t r a r esta vez la posibilidad de lo imposible. P o r ello Spinoza es el Cristo de los filósofos, y los filósofos m á s g r a n d e s n o son m á s q u e apóstoles, q u e se alejan o se acercan a este misterio. Spinoza, el devenir-filósofo infinito. Mostró, estableció, pensó el p l a n o d e i n m a n e n c i a «mejor», es decir el más p u r o , el q u e n o se e n t r e g a a l o t r a s c e n d e n t e ni vuelve a conferir trascendencia, el q u e inspira m e n o s ilusiones, menos malos s e n t i m i e n t o s y percepc i o n e s erróneas...

1. Blanchof, Veniretien infini, GaJlimard, pág. 65. Respecto a lo impensado en el pensamiento, Foucault, Les mots et les chosei, Gallimard, pág?. 333-339. (Hay versión española: Las palabras y las cosas, México: Siglo X X I , 1979.) Y la «lejanía interior» de Michaux.

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3. L O S P E R S O N A J E S C O N C E P T U A L E S

EJEMPLO V

El cogito de Descartes es creado como concepto, pero tiene presupuestos. Pero no como un concepto que supone otros conceptos (por ejemplo, «hombre» supone «animal» y «racional»). En este caso, los presupuestos son implícitos, subjetivos, preconceptuales, y forman una imagen del pensamiento: todo el mundo sabe qué significa pensar. Todo el'mundo tiene la posibilidad de pensar, todo el mundo quiere lo verdadero... ¿Hay algo además de estos dos elementos: el concepto y el plano de inmanencia o imagen del pensamiento que va a quedar ocupado por unos conceptos del mismo grupo (el cogito y los conceptos acoplables)? ¿Hay algo, en el caso de Descartes, además del cogito creado y de la imagen presupuesta del pensamiento? Hay algo en efecto, algo un poco misterioso, que aparece a tatos, o que se transparenta, y que parece tener una existencia confusa, a medio camino entre el concepto y el plano preconceptual, que va de uno a otro. Por el momento, se trata del Idiota: ¿1 es quien dice Yo, él es quien lanza el cogito, pero también él es quien controla los presupuestos subjetivos o establece el plano. El Idiota es el pensador privado por oposición al profesor público (el escolástico): el profesor remite sin cesar a unos conceptos aprendidos (el hombre-animal racional), mientras que el pensador privado forma un concepto con unas fuerzas innatas que todo el mundo posee por derecho por su cuenta (yo pienso). Nos encontramos aquí con un tipo de personaje muy extraño, que quiere pensar y que piensa por si mismo, por la «luz natural». El Idiota es personaje conceptual. Podemos precisar algo mejor la pregunta: ¿hay precursores del cogito? ¿De dónde viene el personaje del idiota,

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cómo ha surgido, acaso en una atmósfera cristiana, pero a modo de reacción en contra de la organización «escolástica» del cristianismo, en contra de la organización autoritaria de la Iglesia? ¿Se encuentran ya rastros de este personaje en san Agustín? ¿Es acaso Nicolás de Cusa quien le confiere pleno valor de personaje conceptual, con lo que este filósofo estaría cerca del cogito, pero sin poder aún hacerlo cristalizar como concepto. 1 En cualquier caso, la historia de la filosofía tiene que pasar obligatoriamente por el estudio de estos personajes, de sus mutaciones en función de los planos, de su variedad en función de los conceptos. Y la filosofía no cesa de hacer vivir a personajes conceptuales, de darles vida. El idiota reaparecerá en otra época, en otro contexto, cristiano también, pero ruso. Haciéndose eslavo, el idiota sigue siendo el singular o e) pensador privado, pero ha cambiado de singularidad. Chestov es quien descubre en Dostoievski el poder de una nueva oposición entre eJ pensador privado y el profesor público. 2 El idiota antiguo pretendía alcanzar unas evidencias a las que llegaría por sí mismo: entretanto dudaría de todo, incluso de 3 + 2 = 5; pondría en tela de juicio todas las verdades de la Naturaleza. El idiota moderno no pretende llegar a ninguna evidencia, jamás se «resignará» a que 3 + 2 » 5, quiere lo absurdo, no es la misma imagen del pensamiento, El idiota antiguo quería lo verdadero, pero el idiota moderno quiere convertir lo absurdo en la fuerza más poderosa del pensamiento, es decir crear. El idiota antiguo sólo quería rendir cuentas a la razón, pero el idiota moderno, más cercano a Job que a Sócrates, quiere que le rindan cuentas de «cada una de las víctimas de la Historia», no se trata de los mismos conceptos. Jamás aceptará las verdades de la Historia. El idiota antiguo quería darse cuenta por sí mismo de lo que era o no era comprensible, era o no era razonable, estaba perdido o a salvo, pero el idiota moderno quiere que le devucívan lo que estaba perdido, lo incomprensible, lo absurdo. A todas luces, no se trata del mismo personaje, se ha

1. Sobre c) Idiota (Jo profano, Jo privado o Jo particular, por oposición al técnico y al sabio) y sus relaciones con el pensamiento, Nicolás d e Cusa, Idiota, ((Euvres choisics, por ¡Vt. de Gatidillac, Éd. Aubicr). Descartes reconstituye los tres personajes, bajo ios nombres de Eudoxo, el idiota, Poíiandro, el técnico, y Epistemon, el sabio público: La re cherche de la vé rite par la lumiére ttalurelle ((Euvres philosophiqucs, Éd. Alcjuié, Gárnier, II). Respecto a las razones por las que N. de Cusa no desemboca en un cogito, cf. Gandillac, pág. 26. 2. Chestov toma primero de Kierkegaard esta nueva oposición: Kierkegaard el ta philosophie existeneielle, lid. Vrin.

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producido una mutación. Y, no obstante, un tenue lazo une a ambos idiotas, como si el primero tuviera que perder la razón para que el segundo volviera a encontrar lo que el otro había perdido de antemano ganándola. ¿Un Descartes en Rusia que se ha vuelto loco? P u e d e q u e el personaje conceptual aparezca por sí mismo en contadísimos casos, o por alusión. Sin embargo, ahí está; y, aun i n n o m i n a d o , s u b t e r r á n e o , siempre tiene q u e ser reconstituido por el lector. A veces, c u a n d o aparece, tiene n o m b r e propio: Sócrates es el p e r s o n a j e principal del platonismo. Muchos filósofos escribieron diálogos, p e r o se corre el riesgo de c o n f u n d i r a los personajes d e los diálogos y a los personajes conceptuales: sólo coinciden n o m i n a l m e n t c y n o d e s e m p e ñ a n el m i s m o papel. E l personaje d e diálogo e x p o n e conceptos: en el caso más sencillo, u n o de ellos, simpático, es él representante del autor, mientras q u e los demás, m á s o m e n o s antipáticos, remiten a otros filósofos cuyos c o n c e p t o s e x p o n e n d e m o d o que q u e d e n listos para las críticas o las modificaciones a las que el autor los va a someter. P o r el contrario, los personajes conceptuales ejecutan los movimientos q u e describen el p l a n o de i n m a n e n c i a del autor, c intervienen en la propia creación d e sus conceptos. Así pues, aun c u a n d o son «antipáticos», lo son p e r t e n e c i e n d o p l e n a m e n t e al p l a n o q u e el filósofo considerado establece y a los conceptos q u e éste crea: señalan e n t o n c e s los peligros propios d e este plano, las malas percepciones, los malos sentimientos o incluso los m o v i m i e n t o s negativos q u e se d e s p r e n d e n d e él, y ellos mismos v a n a inspirar c o n c e p t o s originales cuyo carácter repulsivo sigue s i e n d o una p r o p i e d a d constituyente d e esta filosofía. Con m á s razón a ú n en lo q u e se refiere a los m o v i m i e n t o s positivos del plano, a los c o n c e p t o s atractivos y a los personajes simpáticos-, toda una E i n fühlung filosófica. Y" a m e n u d o , d e u n o s a otros, hay grandes a m bigüedades. El personaje conceptual n o es el representante del filósofo, es incluso su c o n t r a r i o : el filósofo n o es m á s q u e el envoltorio d e su personaje c o n c e p t u a l principal y d e todos los demás, que son sus intercesores, los sujetos verdaderos d e su filosofía. Los personajes conceptuales son los «heterónimos» del filósofo, y el n o m b r e del filósofo, el m e r o s e u d ó n i m o d e sus personajes. Y o ya n o soy yo,

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s i n o u n a aptitud d e ! p e n s a m i e n t o para contemplarse y desarrollarse a través d e u n p l a n o q u e m e atraviesa por varios sitios. E l personaje c o n c e p t u a l n o t i e n e nada q u e ver con una personificación abstracta, c o n u n símbolo o una alegoría, pues vive, insiste. E l filósofo es la idiosincrasia de sus personajes conceptuales. El d e s t i n o del filósofo es convertirse en su o sus personajes c o n c e p tuales, al m i s m o t i e m p o q u e estos personajes se c o n v i e r t e n ellos m i s m o s e n algo distinto d e lo q u e son históricamente, mitológic a m e n t e o c o r r i e n t e m e n t e (el Sócrates d e Platón, el D i o n i s o d e Nietzsche, el I d i o t a d e Cusa). El personaje conceptual es el deven i r o el sujeto d e u n a filosofía, q u e a s u m e el valor del filósofo, d e m o d o q u e Cusa o incluso Descartes deberían firmar «el Idiota», d e la misma f o r m a q u e Nietzsche «el Anticristo» o «Dioniso crucificado». Los actos d e palabra e n la v i d a corriente r e m i t e n a u n o s tipos psicosociales q u e son prueba d e hecho d e u n a tercera p e r s o n a subyacente: decreto la movilización como p r e s i d e n t e d e la República, te h a b l o c o m o padre... D e igual modo, el c o n e c t o r filosófico es u n acto d e palabra en tercera persona e n el q u e s i e m p r e es u n personaje conceptual el q u e dice Yo: yo pienso en t a n t o q u e Idiota, yo quiero e n tanto q u e Zaratustra, yo bailo en t a n t o q u e D i o n i s o , yo p r e t e n d o en t a n t o que A m a n t e . Hasta el t i e m p o bergsoniano necesita u n mensajero. E n los e n u n c i a d o s filosóficos no se hace algo diciéndolo, p e r o se hace el m o v i m i e n t o pensándolo, por mediación d e un personaje conceptual. D e este m o d o los personajes conceptuales son los verdaderos agentes d e enunciación. ¿ Q u i é n es yo?, siempre es u n a tercera persona. Invocamos a Nietzsche p o r q u e muy pocos son los filósofos q u e h a n trabajado t a n t o con personajes conceptuales, simpáticos (Dioniso, Zaratustra) o antipáticos (Cristo, el Sacerdote, los H o m b r e s superiores, el propio Sócrates, antipático ahora...). Podría parecer q u e Nietzsche renuncia a los conceptos. Sin embargo creó algunos conceptos inmensos e intensos («fuerzas», «valor», «devenir», «vida», y otros repulsivos c o m o «resentimiento», «mala conciencia»...), igual q u e estableció u n plano d e inmanencia n u e v o (movimientos infinitos de la v o l u n t a d d e poder y del eterno retorno) q u e trastoca la imagen del p e n s a m i e n t o (crítica de la v o l u n t a d de verdad). Pero n u n c a en su caso q u e d a n sobreentendidos los personajes conceptuales implicados. Bien es

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verdad q u e su m a n i f e s t a c i ó n en sí m i s m a suscita la a m b i g ü e d a d , lo q u e hace q u e m u c h o s d e sus lectores consideren a Niet2sche un p o e t a , u n t a u m a t u r g o o un creador d e mitos. P e r o los personajes c o n c e p t u a l e s n o s o n , ni en Nietzsche ni e n n i n g ú n o t r o autor, p e r s o n i f i c a c i o n e s míticas, ni p e r s o n a s históricas, ni h é r o e s literarios o novelescos. E l Dioniso d e Nietzsche p e r t e n e c e tan poco a los m i t o s c o m o el Sócrates d e Platón a la Historia. V o l verse n o es ser, y D i o n i s o se vuelve filósofo, al m i s m o t i e m p o que Nietzsche se vuelve Dioniso. T a m b i é n en esto fue P l a t ó n quien empezó: se v o l v i ó Sócrates, al m i s m o t i e m p o q u e hizo q u e Sócrates se volviera filósofo. La diferencia e n t r e los personajes conceptuales y las figuras estéticas consiste en p r i m e r lugar en lo siguiente: unos son potencias de conceptos, y los otros potencias de afectos y d e perceptos. Unos operan sobre u n p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e es una imagen d e P e n samiento-Ser ( n o ú m e n o ) , los otros sobre un p l a n o d e composición c o m o imagen d e U n i v e r s o ( f e n ó m e n o ) . Las grandes figuras estéticas del p e n s a m i e n t o y d e la novela, p e r o también de la pintura, de la escultura y d e la música, p r o d u c e n afectos q u e rebasan las afecciones y p e r c e p c i o n e s ordinarias, igual q u e los conceptos rebasan las o p i n i o n e s corrientes. Melville decía q u e una n o v e l a c o m p o r t a una i n f i n i d a d d e caracteres interesantes p e r o u n a única Figura original c o m o el ú n i c o sol d e u n a constelación d e universos, c o m o principio d e las cosas, o c o m o el f a r o q u e saca d e la p e n u m b r a u n u n i v e r s o oculto: así el capitán Acab o Bartlcby.' El u n i v e r s o d e Kleist está r e c o r r i d o por afectos q u e lo atraviesan c o m o flechas, o q u e se petrifican d e r e p e n t e , allí d o n d e se yerguen las figuras d e H o m b u r g o o d e Pentesilea. Las figuras nada tienen q u e v e r c o n el parecido o c o n la retórica, p e r o son la condición bajo la cual las artes p r o d u c e n afectos d e piedra y d e metal, d e cuerdas y d e vientos, d e líneas y d e colores, sobre u n p l a n o d e c o m p o s i c i ó n d e universo. E l a r t e y la filosofía seccionan el caos, y se e n f r e n t a n a él, p e r o n o se trata del m i s m o p l a n o d e sección, ni d e la m i s m a m a n e r a d e p o b l a r l o , constelaciones d e universo o afectos y perceptos e n el p r i m e r caso, c o m p l e x i o n e s d e i n m a n e n c i a o c o n c e p 1. M e l v i l e , Le grand escroc, Éd. cíe Minuit, cap. 44. (Hay versión española: El limador, Madrid: Fundamentos, 1976.)

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tos en el segundo. N o es que el arte piense menos q u e la filosofía, sino q u e piensa por afectos y perceptos. Ello no impide que ambas entidades pasen a m e n u d o de una a otra, en un devenir que las arrastra a ambas, en una intensidad que las codetermina, La figura teatral y musical d e D o n Juan se convierte en personaje conceptual con Kierkegaard, y el personaje d e Zaratustra es ya en Nietzsche una gran figura d e música y de teatro. O c u r r e como si e n t r e unos y otros n o sólo se produjeran alianzas, sino también bifurcaciones y sustituciones. E n el p e n s a m i e n t o .contemporáneo, Michel G u c r i n es u n o de los q u e descubren más p r o f u n d a m e n t e la existencia d e personajes conceptuales en el corazón de la filosofía; pero los define en un «logodrama» o en una «figurología» que introduce el afecto en el pensamiento. 1 Y es que el concepto c o m o tal puede ser concepto de afecto, igual q u e el afecto puede ser afecto de concepto. El plano d e composición del arte y el plano de i n m a n e n c i a de la filosofía p u e d e n solaparse m u t u a m e n t e hasta el p u n t o d e que retazos d e u n o estén ocupados por entidades del otro. E n cada caso en efecto, el p l a n o y lo que lo ocupa son c o m o dos partes relativ a m e n t e distintas, relativamente heterogéneas. Así pues, un p e n sador p u e d e modificar decisivamente lo q u e significa pensar, trazar u n a i m a g e n nueva del pensamiento, instaurar u n plano d e i n m a n e n c i a n u e v o , pero, en vez de crear conceptos nuevos q u e lo o c u p e n , lo puebla con otras instancias, con otras entidades, poéticas, novelescas, o incluso pictóricas o musicales. Y, del m i s m o m o d o , a la inversa. Igitur constituye precisamente un caso d e esta índole, personaje conceptual transportado sobre un p l a n o d e composición, figura estética arrastrada sobre un plano d e i n m a n e n c i a : su n o m b r e p r o p i o es una conjunción. Estos p e n sadores son filósofos «a medias» pero son también m u c h o más q u e filósofos, y n o obstante n o son unos sabios. Cuánta fuerza en esas obras con los pies desequilibrados, Hólderlin, Klcist, R i m baud, M a l l a r m é , Kafka, Michaux, Pcssoa, Artaud, muchos novelistas ingleses y americanos, d e Melvillc a Lawrcnce o a Miller, cuyos lectores descubren con admiración q u e escribieron la n o vela del spinozismo... Ciertamente, no hacen una síntesis de arte 1. Michel Gucrin, La terreur

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et la pitié,

J*£d. Actcs Sud.


y de filosofía. Se bifurcan y bifurcan sin cesar. Se trata de genios híbridos q u e n o borran la diferencia d e naturaleza, no la colman, pero e m p l e a n p o r el c o n t r a r i o t o d o s los recursos de su «atletismo» para instalarse p r e c i s a m e n t e en esta diferencia, acróbatas desgarrados en un p e r p e t u o más difícil todavía. Con más razón aún, los personajes conceptuales (y también las figuras estéticas) son irreductibles a tipos psicosocialcs por m u c h o q u e sigan p r o d u c i é n d o s e e n este caso incesantes p e n e traciones. Simmel y después G o f f m a n profundizaron m u c h o en el estudio de estos tipos q u e parecen a m e n u d o inestables, en los enclaves o e n los m á r g e n e s de u n a sociedad: el extranjero, el excluido, el emigrante, el q u e está d e paso, el autóctono, el q u e regresa a su país... 1 N o es por afición por lo anecdótico. Creemos q u e un c a m p o social c o m p o r t a estructuras y funciones, pero n o por ello nos i n f o r m a d i r e c t a m e n t e respecto a determinados m o v i m i e n t o s q u e influyen sobre lo Social. Conocemos la importancia q u e tienen ya para los animales estas actividades que consisten en f o r m a r territorios, abandonarlos o salir d e ellos, o incluso en rehacer territorio e n algo de naturaleza distinta (el etólogo dice q u e el c o m p a ñ e r o o el amigo d e u n animal es «un sucedáneo d e hogar», o q u e la familia es un «territorio móvil»), Con más razón aún el h o m í n i d o : desde el m o m e n t o de nacer, desterritorializa su pata anterior, la sustrae d e la tierra para convertirla en m a n o , y Ja reterritorializa en ramas o h e r r a mientas. U n bastón a su vez t a m b i é n es una rama desterritorializada. Hay q u e ver c ó m o cada cual, en todas las épocas d e su vida, t a n t o en las cosas m á s nimias c o m o en las más importantes pruebas, se busca u n territorio, soporta o e m p r e n d e dcsterritorializaciones, y se reterritorializa casi sobre cualquier cosa, recuerdo, fetiche o sueño. Los estribillos de las canciones expresan estos poderosos dinamismos: m i casita en Canadá... adiós m e voy... si soy yo, tenía q u e volver... Ni siquiera se puede decir q u é viene antes, y t o d o territorio supone tal vez una desterritorialización previa; o bien t o d o sucede al mismo tiempo. Los c a m p o s sociales son n u d o s inextricables en los que los tres m o l. Cf. los análisis de Isaac Joscph, que invoca a Simmel y a Goffman: Le pauant

consídérablc,

Líbrame des Méridiens.

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v i m i e n t o s se mezclan: es necesario, por lo tanto, para desentrañ a r l o s , diagnosticar auténticos tipos o personajes. E l comerciante c o m p r a e n u n t e r r i t o r i o , p e r o desterritorialíza los productos en m e r c a n c í a s , y se reterritorializa en los circuitos comerciales. E n el c a p i t a l i s m o , el capital o la p r o p i e d a d se dcsterritoriaüzan, dejan d e ser i n m o b i l i a r i o s , y se reterritorializan en los medios de p r o d u c c i ó n , m i e n t r a s q u e el trabajo p o r su parte se vuelve trab a j o «abstracto» reterritorializado e n el salario: p o r este motivo M a r x n o h a b l a sólo del capital, del trabajo, s i n o q u e siente la n e c e s i d a d d e establecer auténticos tipos psicosociales, antipáticos o s i m p á t i c o s , EL capitalista, EL proletario. Puestos a buscar la o r i g i n a l i d a d del m u n d o griego, habrá q u e preguntarse qué clase d e t e r r i t o r i o i n s t a u r a n los griegos, c ó m o se desterritorializan, e n q u é se reterritorializan, y delimitar para ellos tipos prop i a m e n t e griegos' (¿el A m i g o , por ejemplo?). N o s i e m p r e resulta fácil escoger los tipos b u e n o s en u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o , en u n a sociedad d e t e r m i n a d a : así el esclavo liberado c o m o tipo de d e s t e r r i t o r i a l i z a c i ó n e n el i m p e r i o c h i n o C h e u , figura d e Exc l u i d o , q u e e l s i n ó l o g o T o k e i h a r e t r a t a d o c o n t o d o lujo d e detalles. P e n s a m o s q u e los tipos psicosociales t i e n e n precisamente este sentido: e n las circunstancias m á s insignificantes o más imp o r t a n t e s , h a c e r q u e se v u e l v a n perceptibles las f o r m a c i o n e s d e territorios, los v e c t o r e s d e desterritorialización, los procesos d e retefritorialízación. ¿ P e r o n o hay acaso t a m b i é n territorios y desterritorializaciones q u e n o son sólo físicas y mentales, sino espirituales, n o sólo relativas, s i n o absolutas e n u n sentido q u e se d e t e r m i n a r á más a d e l a n t e ? ¿Cuál es la P a t r i a o el N a c i m i e n t o invocados por el p e n s a d o r , filósofo o artista? La filosofía es inseparable d e un Nac i m i e n t o del cual dan p r u e b a tanto el a priori c o m o lo innato o la r e m i n i s c e n c i a . ¿Pero p o r q u é es esta patria desconocida, está p e r d i d a , o l v i d a d a , c o n v i r t i e n d o al pensador e n u n Exiliado? ¿ Q u é es lo q u e le d e v o l v e r á d e n u e v o un equivalente d e territorio c o m o s u c e d á n e o d e hogar? ¿Cuáles serán los estribillos filosóficos? ¿Cuál es la relación del p e n s a m i e n t o c o n la Tierra? Sócrates, el a t e n i e n s e al q u e n o le gusta viajar, es c o n d u c i d o por P a r m é n i d e s d e E l e a c u a n d o es joven, sustituido por el Extranjero c u a n d o es viejo, c o m o si e l p l a t o n i s m o tuviera necesidad d e dos

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personajes conceptuales como m í n i m o . ' ¿Qué clase d e extranjero hay en el filósofo, con su aspecto de volver del país de los m u e r tos? Los personajes conceptuales tienen este papel, manifestar los territorios, desterritorialiiaciones y reterritorializaciones absolutas del pensamiento. Los personajes conceptuales son u n o s pensadores, ú n i c a m e n t e u n o s pensadores, y sus rasgos personallsticos se u n e n e s t r e c h a m e n t e con los rasgos diagramáticos del pensam i e n t o y con los rasgos intensivos d e los conceptos. Tal o cual personaje conceptual piensa d e n t r o d e nosotros, q u e tal vez ni nos preexistía. P o r ejemplo, c u a n d o se dice q u e un personaje conceptual tartamudea, ya no es u n tipo que t a r t a m u d e a en u n a lengua, sino u n p e n s a d o r que hace q u e t a r t a m u d e e t o d o el lenguaje, y q u e convierte el t a r t a m u d e o en el rasgo del p e n s a m i e n t o m i s m o en t a n t o q u e lenguaje: lo interesante es e n t o n c e s «¿cuál es este pensamiento q u e sólo p u e d e tartamudear?». O t r o ejemplo, si se dice q u e un personaje conceptual es el Amigo, o bien q u e es el Juez, el Legislador, ya n o se trata de estados privados, públicos o jurídicos, sino de lo q u e pertenece por d e t e c h o al p e n s a m i e n t o y ú n i c a m e n t e al pensamiento. T a r t a m u d o , amigo, juez, n o p i e r d e n su existencia concreta, sino q u e p o r el contrario a d q u i e r e n u n a nueva en t a n t o q u e condiciones interiores al p e n s a m i e n t o para su ejercicio real con tal o cual personaje conceptual. N o son dos amigos los q u e se dedican a pensar, sino el p e n s a m i e n t o el q u e exige q u e el pensador sea un amigo, para q u e el p e n s a m i e n t o se reparta en sí m i s m o y pueda ejercerse. Es el p e n s a m i e n t o m i s m o el q u e exige este r e p a r t o de p e n s a m i e n t o e n t r e amigos. Y a n o se trata de d e t e r m i n a c i o n e s empíricas, psicológicas y sociales, m e nos aún d e abstracciones, sino d e intercesores, d e cristales o d e gérmenes del pensamiento. A u n q u e la palabra «absoluto» resulte exacta, n o hay q u e creer q u e las desterritorializaciones y reterritorializaciones del pensam i e n t o trascienden las psicosociales, pero t a m p o c o q u e éstas se reducen a ello o son u n a abstracción de ello, una expresión ideológica. Se trata más bien de una conjunción, d e u n sistema d e retornos o de relevos perpetuos. Los rasgos d e los personajes c o n 1. Sobre el personaje del Extranjero en Platón, J.-F. Mattói, L'étranger

et

le simuiacre, P.U.F.

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ccptuaics tienen, con la época y el a m b i e n t e históricos en los q u e aparecen, unas relaciones q u e ú n i c a m e n t e los tipos psicosociales p e r m i t e n valorar. Pero, a la inversa, los movimientos físicos y mentales de los tipos psicosociales, sus síntomas patológicos, sus actitudes relaciónales, sus modos existenciales, sus estatutos jurídicos, se vuelven susceptibles de una determinación meramente p e n s a n t e y pensada que les sustrae t a n t o a los estados de cosas históricos de una sociedad c o m o a la vivencia de los individuos, para convertirlos en rasgos de personajes conceptuales, o en acontecimientos del pensamiento sobre el plano que el pensam i e n t o establece o bajo los conceptos q u e éste crea. Los personajes conceptuales y los tipos psicosociales remiten unos a otros, y se conjugan sin c o n f u n d i r s e jamás. N i n g u n a lista de los rasgos d e los personajes conceptuales p u e d e ser exhaustiva, puesto q u e éstos nacen constantemente, y puesto q u e varían con los planos d e inmanencia. Y, sobre un p l a n o d e t e r m i n a d o , se mezclan categorías distintas de rasgos para c o m p o n e r un personaje. P r e s u m i m o s que hay rasgos páticos: el Idiota, el q u e p r e t e n d e pensar por sí mismo, y se trata de un personaje q u e p u e d e mutar, adquiere o t r o sentido. Pero también el Loco, u n a clase de loco, p e n s a d o r cataléptico o «momia» q u e e n cuentra en e! p e n s a m i e n t o una impotencia para pensar. O bien el gran maniaco, u n o q u e delira, q u e busca lo q u e precede al p e n s a m i e n t o , u n Ya-presente, p e r o e n el seno del pensamiento mismo... Se h a n establecido a m e n u d o paralelismos entre la filosofía y la esquizofrenia; p e r o en u n caso el esquizofrénico es u n personaje conceptual q u e v i v e i n t e n s a m e n t e d e n t r o del pensador y le fuerza a pensar, en el o t r o es u n tipo psicosocial que reprime lo viviente y le roba su p e n s a m i e n t o . Y a veces ambos se conjugan, se abrazan c o m o si a u n a c o n t e c i m i e n t o demasiado f u e r t e respondiese u n estado d e vivencia d e m a s i a d o difícil de-soportar. Existen rasgos relaciónales: «el Amigo», p e r o un amigo q u e sólo se relacionaba con su amigo p o r una cosa amada portadora d e rivalidad. Son el «Pretendiente» y el «Rival» q u e se pelean por la cosa o por el c o n c e p t o , p e r o el c o n c e p t o necesita un c u e r p o sensible inconsciente, a d o r m e c i d o , el «Muchacho» q u e se suma a los personajes conceptuales. ¿Acaso n o estamos ya en otro plano, ya q u e el a m o r es c o m o la violencia q u e fuerza a pensar, «Sócra-

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tes amante», m i e n t r a s q u e la amistad pedía ú n i c a m e n t e u n p o c o d e buena voluntad? ¿Y c ó m o i m p e d i r q u e a su vez u n a «Novia» asuma el p a p e l d e p e r s o n a j e c o n c e p t u a l , aun a riesgo d e correr a su perdición, p e r o n o sin q u e el p r o p i o filósofo se «vuelva» mujer? C o m o dice Kierkcgaard (o Kleist, o Proust), ¿acaso n o vale m á s una mujer q u e el a m i g o experto? ¿ Y q u é s u c e d e c u a n d o la p r o p i a mujer se c o n v i e r t e e n filósofa? ¿ O b i e n con u n a «Pareja» q u e f u e s e interna al p e n s a m i e n t o y q u e convirtiera a «Sócrates casado» e n el personaje conceptual? A m e n o s q u e u n o a c a b e r e c o n d u c i d o al «Amigo», p e r o tras u n a p r u e b a d e m a s i a d o d ü r a , u n a catástrofe indecible, p o r lo t a n t o e n o t r o s e n t i d o n u e v o u n a v e z más, e n u n d e s a m p a r o m u t u o , una fatiga m u t u a q u e f o r m a n u n n u e v o d e r e c h o del p e n s a m i e n t o (Sócrates c o n v e r t i d o en judío). N o dos amigos q u e se c o m u n i c a n y r e c u e r d a n juntos, sino p o r el c o n t r a r i o q u e pasan por u n a a m n e s i a o u n a afasia capaces d e h e n d i r el pensam i e n t o , d e dividirlo e n sí m i s m o . L o s personajes proliferan y se bifurcan, c h o c a n , se sustituyen...' Existen rasgos dinámicos: si adelantar, t r e p a r , bajar son dinamismos d e personajes c o n c e p t u a l e s , saltar c o m o K i e r k g a a r d , bailar c o m o Nietzsche, b u c e a r c o m o Melvillc son otros, para atletas filosóficos irreductibles e n t r e sí. Y si nuestros d e p o r t e s actuales están en plena m u t a c i ó n , si las viejas actividades p r o d u c t o r a s d e energía dejan paso a ejercicios q u e se insertan p o r el c o n t r a r i o e n haces energéticos existentes, n o se trata sólo d e u n a mutación en el tipo, sino de otros rasgos dinámicos, una v e z más, q u e se introducen en un p e n s a m i e n t o q u e «se desliza» c o n unas materias d e ser nuevas, ola o nieve, y c o n v i e r t e n al p e n s a d o r en una especie d e surfista en tanto q u e personaje conceptual; r e n u n c i a m o s e n t o n c e s al valor energético del tipo d e p o r t i v o , para extraer la diferencia dinámica pura q u e se expresa e n u n n u e v o personaje conceptual. Existen rasgos jurídicos, en la medida en q u e el p e n s a m i e n t o nunca cesa d e reclamar lo q u e le c o r r e s p o n d e por derecho, y d e e n f r e n t a r s e a la Justicia desde los presocráticos: p e r o ¿se trata del 1. Sólo se contemplarán aquí alusiones someras: al vinculo <lc Eros y de la Filia entre los griegos; al papel de la Novia y del Seductor en Kierkcgaard; a la función noética de la Pareja según Klossowski (Les /oís de l'hospitnlilé, Gallimard); a la constitución de la mujer-filósofo según Míchéle Le Docuff ( L ' é t u d e et le rouet, Éd. du Scuil); ai nuevo personaje del A m i g o cu Blanchot.

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p o d e r d e l P r e t e n d i e n t e , o incluso del D e m a n d a n t e , tal c o m o la filosofía se lo arranca al tribunal trágico griego? ¿Y n o le estará v e d a d o p o r m u c h o t i e m p o al filósofo ser Juez, a lo s u m o doctor al servicio d e la justicia d e Dios, mientras n o sea él m i s m o acusado? ¿Se trata acaso d e u n personaje conceptual n u e v o , c u a n d o L e i b n i z c o n v i e r t e al filósofo en el Abogado d e u n dios a m e n a zado p o r doquier? ¿Y los empiristas, con el e x t r a ñ o personaje q u e lanzan c o n el Investigador? K a n t es por fin q u i e n convierte al filósofo e n juez, al m i s m o t i e m p o q u e la razón f o r m a un tribunal, p e r o ¿se trata del p o d e r legislativo de u n juez q u e determina, o del p o d e r judicial, o d e la jurisprudencia d e u n juez q u e reflexiona? D o s personajes conceptuales harto diferentes. Salvo q u e el p e n s a m i e n t o lo trastoque todo, jueces, abogados, d e m a n d a n t e s , acusadores y acusados, c o m o Alicia en u n p l a n o d e inmanencia e n el q u e Justicia equivale a Inocencia, y e n el q u e el I n o c e n t e se c o n v i e r t e e n el personaje conceptual q u e ya n o t i e n e por q u é justificarse, u n a especie d e niño-juguetón contra el q u e ya hada se p u e d e , u n Spinoza q u e n o ha dejado subsistir ni la m á s remota ilusión d e trascendencia. Acaso no tienen q u e c o n f u n d i r s e el juez y el i n o c e n t e , es decir q u e los seres sean juzgados d e s d e dentro: e n absoluto e n n o m b r e d e la Ley o d e Valores, n i siquiera en virtud d e su conciencia, s i n o p o r los criterios p u r a m e n t e i n m a n e n tes d e su existencia («más allá del Bien y del Mal, p o r lo m e n o s eso n o quiere decir m á s allá d e lo b u e n o y d e lo malo...»). Existen e n efecto rasgos existenciales: Nietzsche decía que la filosofía i n v e n t a modos d e existencia o posibilidades d e vida. P o r este m o t i v o basta con algunas anécdotas vitales para esbozar el retrato d e u n a filosofía, c o m o supo hacerlo D i ó g e n e s Laercio al escribir el libro d e cabecera o la leyenda dorada d e los filósofos. E m pédoclcs y su volcán, D i ó g e n e s y su tonel. Cabría objetar la vida t a n burguesa d e la mayoría d e los filósofos m o d e r n o s ; ¿pero n o es acaso el sacamedias u n a anécdota vital adecuada para el sistema d e la Razón?' Y la afición d e Spinoza por las peleas d e arañas prov i e n e d e q u e éstas r e p r o d u c e n m e r a m e n t e unas relaciones de m o 1. Respecto a este aparato complejo, cf. Thornas de Quinccy, Lts derniers jours d'Emmanuet Kant, Éd. Ombrcs. (Hay versión española: Los última días de ¡mmanuel Kant, en Las confesiones y otros textos, Barcelona: BarraI Edito-

res, 1975.)

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dos en el sistema d e la Ética en t a n t o q u e etología superior. Y es q u e estas anécdotas n o r e m i t e n s i m p l e m e n t e a u n tipo social o incluso psicológico de u n filósofo (el príncipe E m p é d o c l e s o el esclavo Diógenes), sino q u e más bien p o n e n d e m a n i f i e s t o a los personajes conceptuales q u e m o r a n e n ellas. Las posibilidades d e vida o los modos d e existencia sólo p u e d e n inventarse sobre u n p l a n o de inmanencia q u e desarrolla la potencia d e los personajes c o n ceptuales. El rostro y el c u e r p o d e los filósofos albergan a esos personajes que les c o n f i e r e n a m e n u d o u n aspecto e x t r a ñ o , sobre t o d o en la mirada, c o m o si o t r a persona viera a t r a v é s d e sus ojos. Las anécdotas vitales c u e n t a n la relación d e u n p e r s o n a j e conceptual con los animales, las plantas o las piedras, r e l a c i ó n s e g ú n la cual el p r o p i o filósofo se c o n v i e r t e en algo inesperado, y a d q u i e r e u n a amplitud trágica y cómica q u e n o tendría por sí solo. N o s o t r o s los filósofos, gracias a nuestros personajes, nos c o n v e r t i m o s s i e m p r e en otra cosa, y r e n a c e m o s p a r q u e público o jardín zoológico. EJEMPLO VI

Incluso las ilusiones de trascendencia nos sirven, y producen anécdotas vitales. Pues cuando nos vanagloriamos de encontrarnos con lo trascendente en la inmanencia, no hacemos más que volver a cargar de inmanencia misma el plano de inmanencia: Kierkcgaard da un salto fuera del plano, pero lo que «vuelve a dársele» en esta suspensión, en esta detención de movimiento, es la novia o el hijo perdidos, es la existencia en el plano de inmanencia. 1 Kierkcgaard no vacila en decirlo: en lo que a la trascendencia se refiere, bastaría con un poco de «resignación», pero hace falta además que la inmanencia vuelva a darse. Pascal apuesta por la existencia tras-' cendente de Dios, pero el envite de la apuesta, aquello por lo que se apuesta, es Ja existencia inmanente de aquel que cree que Dios existe. Sólo esta existencia es capaz de cubrir el plano de inmanencia, de adquirir el movimiento infinito, de producir y d e reproducir intensidades, mientras que cae en lo negativo la existencia de aquel que cree que Dios no existe. Aquí mismo cabría decir lo que Fran5 0 Í S jullien dice del pensamiento chino, la trascendencia es en él relativa y tan sólo representa ya una «absolutización de la inmanen1. Kierkcgaard, Crainte et trembiement, Éd. Aubíer, pág. 68. (Hay versión española: Temor y temblor, Madrid: Editora Nacional, 1975.)

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cía».' Carecemos del mis mínimo motivo para pensar que los modos de existencia necesitan valores trascendentes que los comparen, los seleccionen y decidan que uno es «mejor» que otro. Al contrario, no hay más criterios que los inmanentes, y una posibilidad de vida se valora en sí misma por los movimientos que traza y por las intensidades que crea sobre un plano de inmanencia; lo que ni traza ni crea es desechado. Un modo de existencia es bueno, malo, noble o vulgar, lleno o vacío, independientemente del Bien y del Mal,.y de todo valor trascendente: nunca hay más criterio que el tenor de la existencia, la intensificación de la vida. Es algo que Pascal y Kierkegaard conocen muy bien, ellos que son expertos en movimientos infinitos, y que sacan del Antiguo Testamento nuevos personajes conceptuales capaces de plantar cara a Sócrates. El «caballero de la fe» de Kierkegaard, el que salta, o el apostador de Pascal, el que echa los dados, son los hombres de una trascendencia o de una fe. Pero vuelven una y otra vez a cargar la inmanencia: son filósofos, o más bien los intercesores, los personajes conceptuales que son válidos para estos dos filósofos, y que ya no se preocupan de la existencia trascendente de Dios, sino sólo de las posibilidades inmanentes infinitas que aporta la existencia del que cree que Dios, existe. El problema cambiaría si fuera otro plano de inmanencia. Y no es que quien cree que Dios no existe pueda entonces imponerse, puesto que pertenece aún al antiguo plano en tanto que movimiento negativo. Pero, en el plano nuevo, podría ser que el problema concerniese ahora a la existencia de aquel que cree en el mundo, ni siquiera en la existencia del mundo, sino en sus posibilidades de movimientos e intensidades para hacer nacer modos de existencia todavía nuevos, más próximos a los animales y a las piedras. Pudiera ser que creer en este mundo, en esta vida, se haya vuelto nuestra tarea más difícil, o la tarca de un modo de existencia por descubrir en nuestro plano de inmanencia actual. Es la conversión empirista (tenemos tantas razones para no creer en el mundo de los hombres, hemos perdido el mundo, peor que una novia, un hijo o un dios...). Sí, el problema ha cambiado. El personaje conceptual y el p l a n o d e i n m a n e n c i a están en presuposición recíproca. O r a el personaje p a r e c e preceder al plano, ora succdcrle. Y es q u e aparece dos veces, interviene dos 1. Fran<;ois Jullien, Procéi

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ou création,

Éd. du Scuil, prtgs, 18, 117.


veces. P o r u n a parte, se s u m e r g e e n el caos, del q u e e x t r a c u n a s d e t e r m i n a c i o n e s d e las q u e hará los rasgos d i a g r a m á t i c o s d e u n p l a n o d e i n m a n e n c i a : es c o m o si se a p o d e r a r a d e un p u ñ a d o d e dados, e n el azar-caos, p a r a e c h a r l o s s o b r e u n a mesa. P o r la o t r a , hace c o r r e s p o n d e r c o n c a d a d a d o q u e cae los rasgos i n t e n s i v o s d e u n c o n c e p t o q u e v i e n e a o c u p a r tal o cual región d e la m e s a , c o m o si ésta se h e n d i e s e e n f u n c i ó n d e las cifras. C o n sus rasgos personalísticos, el p e r s o n a j e c o n c e p t u a l i n t e r v i e n e pues e n t r e el caos y los rasgos d i a g r a m á t i c o s d e l p l a n o d e i n m a n e n c i a , p e r o t a m b i é n e n t r e el p l a n o y los rasgos i n t e n s i v o s d e los c o n c e p t o s q u e v i e n e n a poblarlo. Igitur. L o s p e r s o n a j e s c o n c e p t u a l e s c o n s tituyen los p u n t o s d e vista según los cuales u n o s p l a n o s d e i n m a n e n c i a se d i s t i n g u e n o se p a r e c e n , p e r o t a m b i é n las c o n d i c i o n e s bajo las cuales cada p l a n o se e n c u e n t r a l l e n a d o por c o n c c p t o s d e u n m i s m o g r u p o . T o d o p e n s a m i e n t o es u n Fiat, echa los d a d o s : c o n s t r u c t i v i s m o . P e r o se trata d e u n juego m u y c o m p l e j o p o r q u e la acción d e e c h a r los d a d o s se c o m p o n e d e m o v i m i e n t o s i n f i n i tos reversibles y p l e g a d o s u n o s d e n t r o d e o t r o s , d e tal m o d o q u e Ja caída d e los d a d o s s ó l o p u e d e l l e v a r s e a c a b o a u n a v e l o c i d a d i n f i n i t a c r e a n d o las f o r m a s finitas q u e c o r r e s p o n d e n a las o r d e nadas intensivas d e estos m o v i m i e n t o s : t o d o c o n c e p t o es u n a cifra q u e n o preexístía. L o s c o n c e p t o s n o se d e d u c e n del p l a n o , hace falta el p e r s o n a j e c o n c e p t u a l p a r a crearlos s o b r e el p l a no, c o m o h a c e falta para trazar el p r o p i o p l a n o , p e r o a m b a s o p e raciones n o se c o n f u n d e n en d p e r s o n a j e q u e se p r e s e n t a a sí m i s m o c o m o u n o p e r a d o r distinto. Los p l a n o s son i n n u m e r a b l e s , c a d a u n o c o n su c u r v a t u r a v a riable, y se a g r u p a n y se separan e n f u n c i ó n d e los p u n t o s d e vista constituidos p o r los personajes. Cada personaje t i e n e v a r i o s rasgos, q u e p u e d e n dar lugar a o t r o s p e r s o n a j e s , en el m i s m o p l a n o o e n otro: hay u n a p r o l i f e r a c i ó n d e p e r s o n a j e s c o n c e p t u a les. Hay s o b r e u n p l a n o una i n f i n i d a d d e c o n c e p t o s posibles: res u e n a n , se r e l a c i o n a n , c o n p u e n t e s m ó v i l e s , p e r o resulta i m p o s i ble p r e v e r el a s p e c t o q u e v a n t o m a n d o en f u n c i ó n d e las variaciones d e c u r v a t u r a . Se c r e a n p o r ráfagas y se b i f u r c a n sin cesar. El juego es t a n t o más c o m p l e j o c u a n t o q u e u n o s m o v i m i e n t o s negativos i n f i n i t o s están e n v u e l t o s e n los positivos s o b r e cada p l a n o , e x p r e s a n d o los riesgos y peligros a los q u e el p e n s a 77


m i e n t o se e n f r e n t a , Jas p e r c e p c i o n e s e q u i v o c a d a s y ios m a l o s s e n t i m i e n t o s q u e le r o d e a n ; t a m b i é n hay p e r s o n a j e s c o n c e p t u a l e s antipáticos, e s t r e c h a m e n t e p e g a d o s a los s i m p á t i c o s y q u e é s t o s n o c o n s i g u e n s a c a r s e d e e n c i m a ( n o s ó l o Z a r a t u s t r a está obsesion a d o p o r «su» s i m i o o su b u f ó n , n o s ó l o D i o n i s o n o se s e p a r a d e Cristo, s i n o q u e S ó c r a t e s n o c o n s i g u e d i s t i n g u i r s e d e «su» sofista, y el f i l ó s o f o c r í t i c o n o cesa d e c o n j u r a r sus d o b l e s malos); t a m b i é n h a y , p o r ú l t i m o , c o n c e p t o s repulsivos c o m b i n a d o s c o n los atractivos,- p e r o q u e d i b u j a n s o b r e e l p l a n o r e g i o n e s d e i n t e n s i d a d baja o v a c í a , y q u e n o p a r a n d e aislarse, d e d e s a f i n a r s e , d e r o m p e r las c o n e x i o n e s (¿acaso la p r o p i a t r a s c e n d e n c i a n ó t i e n e «sus» c o n c e p t o s ? ) . P e r o , m á s q u e u n a d i s t r i b u c i ó n v e c t o r i a l , los signos d e p l a n o s , d e p e r s o n a j e s y d e c o n c e p t o s s o n a m b i g u o s p o r q u e s e p l i e g a n - u n o s d e n t r o d e o t r o s , se e n l a z a n o se a s e m e j a n . P o r e s t e m o t i v o , la filosofía p r o c e d e s i e m p r e p o r etapas. La filosofía p r e s e n t a t r e s e l e m e n t o s d e los q u e c a d a cual resp o n d e a l o s o t r o s d o s , p e r o d e b e ser c o n s i d e r a d a p o r su c u e n t a : el plano prefilosófico que debe trazar (inmanencia), el o los personajes pro-filosóficos que debe inventar y hacer vivir (insistencia), los conceptos filosóficos que debe crear (consistencia). T r a z a r , inv e n t a r , c r e a r c o n s t i t u y e n la t r i n i d a d filosófica. R a s g o s d i a g r a m á ticos, p e r s o n a l í s t i c o s e i n t e n s i v o s . H a y g r u p o s d e c o n c e p t o s , según r e s u e n e n o t i e n d a n p u e n t e s m ó v i l e s , q u e c u b r e n u n m i s m o plano d e i n m a n e n c i a q u e los conecta u n o s a otros. Hay familias d e p l a n o s , s e g ú n q u e los m o v i m i e n t o s i n f i n i t o s d e l p e n s a m i e n t o se p l i e g u e n u n o s d e n t r o d e o t r o s y c o m p o n g a n v a r i a c i o n e s d e c u r v a t u r a , o p o r e l c o n t r a r i o s e l e c c i o n e n v a r i e d a d e s q u e n o se p u e d e n c o m p o n e r . H a y t i p o s d e p e r s o n a j e s , s e g ú n sus posibilidades de e n c u e n t r o incluso hostil sobre un m i s m o plano o en u n g r u p o . P e r o s u e l e resultar difícil d e t e r m i n a r si es e n el m i s m o g r u p o , e n el m i s m o t i p o , e n la m i s m a f a m i l i a . S e r e q u i e r e u n a b u e n a dosis d e «gusto». C o m o n i n g u n o es d e d u c i b l e d e los o t r o s dos, es n e c e s a r i a u n a c o - a d a p t a c i ó n d e los tres. S e l l a m a gusto a esta f a c u l t a d filosófica d e c o - a d a p t a c i ó n , y q u e r e g u l a la c r e a c i ó n d e los c o n c e p t o s . Si l l a m a m o s R a z ó n al t r a z a d o d e l p l a n o , I m a g i n a c i ó n a la i n v e n c i ó n d e los p e r s o n a j e s y E n t e n d i m i e n t o a la c r e a c i ó n d e c o n c e p tos, el g u s t o se p r e s e n t a c o m o la t r i p l e f a c u l t a d del c o n c e p t o t o -

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davía indeterminado, del personaje aún e n el limbo, del p l a n o todavía transparente. P o r este m o t i v o hay q u e crear, inventar, trazar, pero el gusto'es c o m o la regla de c o r r e s p o n d e n c i a d e las tres instancias q u e difieren en su propia naturaleza. N o se trata ciertamente de una facultad d e medida. N o se hallará n i n g u n a medida en estos m o v i m i e n t o s infinitos q u e c o m p o n e n el plano de inmanencia, en estas líneas aceleradas sin c o n t o r n o , en estas pendientes y curvaturas, ni en estos personajes siempre excesivos, antipáticos a veces, o e n estos conceptos d e formas irregulares, de estridentes intensidades, d e colores tan chillones y bárbaros q u e pueden inspirar una especie de «aversión» (particularmente en los conceptos repulsivos). N o obstante, lo q u e aparece en todos los casos c o m o gusto filosófico es el a m o r por el c o n c e p t o bien hecho, llamando «bien hecho» no a una m o d e r a c i ó n del concepto, sino a una especie de relanzamicnto, d e modulación en la que la actividad conceptual carece d e límites en sí misma, sino que sólo los tiene en las otras dos actividades sin límites. Si los conceptos preexistieran ya hechos y acabados, t e n d r í a n unos límites que habría que acatar; p e r o incluso el p l a n o «pre-filosófico» sólo es designado c o n este n o m b r e p o r q u e es trazado en tanto que presupuesto, y n o p o r q u e existiera sin ser trazado. Las tres actividades son e s t r i c t a m e n t e simultáneas y las únicas relaciones que tienen son incomensurables. L a creación d e los conceptos no tiene más límite q u e el plano q u e van a poblar, p e r o el propio plano es ilimitado, y su trazado sólo concuerda con los conceptos q u e se van a crear, a los q u e t e n d r á q u e enlazar, o con los personajes q u e se v a n a inventar, a los q u e tendrá q u e sostener. Es como e n la pintura: incluso para los m o n s t r u o s y para los enanos hay un gusto según el cual tienen q u e estar bien hechos, lo q u e n o significa q u e sean insulsos, sino q u e sus c o n t o r n o s irregulares estén relacionados c o n u n a textura de la piel o c o n u n f o n d o d e la Tierra en t a n t o q u e m a t e r i a germinal d e la q u e p a r e c e n d e p e n der. Existe u n gusto d e los colores q u e n o p r o v i e n e d e m o d e r a r la creación de los colores e n los grandes pintores, sino q u e por el contrario los impulsa hasta el p u n t o en el q u e se t o p a n c o n sus figuras hechas d e c o n t o r n o s , y su p l a n o h e c h o d e colores lisos, d e curvaturas, d e arabescos. V a n G o g h sólo impulsa el amarillo hasta lo ilimitado c u a n d o i n v e n t a el hombre-girasol, y c u a n d o traza el

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plano d e las p e q u e ñ a s comas infinitas. El gusto de los colores da prueba a la vez del respeto necesario para acercarse a ellos, de la larga espera por la que hay que pasar, pero también de la creación sin límites q u e los hace existir. Lo mismo sucede con ci gusto d e los conceptos: el filósofo sólo se acerca al concepto ind e t e r m i n a d o con temor y respeto, vacila m u c h o antes de lanzarse, p e r o sólo p u e d e d e t e r m i n a r conceptos creando desmesurad a m e n t e , con el plano de i n m a n e n c i a q u e traza c o m o regla única, y con los extraños personajes que hace vivir c o m o única brújula. El gusto filosófico n o sustituye la creación ni la modera, es por el contrarío la creación de conceptos la que recurre a un gusto q u e la modula. La creación libre de conceptos determinados necesita u n gusto del concepto indeterminado. El gusto es esta potencia, este ser en potencia del concepto: n o es ciertamente por razones «racionales o razonables» por lo q u e se crea tal concepto, por lo q u e se escogen tales c o m p o n e n t e s . Nietzsche presintió esta relación de la creación de los conceptos con u n gusto p r o p i a m e n t e filosófico, y si el filósofo es aquel q u e crea los conceptos es gracias a una facultad d e gusto c o m o un «sapere» instintivo casi animal: un Fiat o un Fatum que confiere a cada filósofo el d e r e c h o d e acceder a d e t e r m i n a d o s problemas c o m o un m a r c h a m o m a r c a d o sobre su n o m b r e , c o m o una afinidad d e la q u e resultarán sus obras. 1 U n c o n c e p t o carece d e sentido mientras no se enlaza con otros conceptos, y n o enlaza con u n problema q u e resuelve o q u e c o n t r i b u y e a resolver. P e r o es i m p o r t a n t e distinguir entre los p r o b l e m a s filosóficos y los problemas científicos. N o ganaríamos gran cosa d i c i e n d o q u e la filosofía plantea «cuestiones», puesto q u e las cuestiones n o son m á s q u e una palabra para designar unos problemas irreductibles a los d e la ciencia. C o m o los c o n ceptos n o son proposicionales, n o p u e d e n remitir a unos problemas q u e conccrnerían a las condiciones en extensiones d e proposiciones asimilables a las d e la ciencia. Si a pesar de t o d o nos e m p e ñ a m o s e n traducir el c o n c e p t o filosófico en proposicio1. Nietzsche, Musarion-Ausgabe, XVI, pág. 35. Nietzsche invoca a menudo un gusto filosófico, y hace que el sabio se derive de «sapere» («sapiens», el dcgustador, «sisyphos», el hombre con un gusto extremadamente «sutil»): La naissanee de la tragédie, Gallimard, pág. 46. (Hay versión española: El nacimiento de la tragedia, Madrid: Alianza, 1984.)

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nes, sólo podrá ser así bajo la f o r m a d e o p i n i o n e s m á s o m e n o s verosímiles, y c a r e n t e s d e valor c i e n t í f i c o . P e r o n o s t o p a m o s e n tonces con u n a dificultad con la q u e ya los griegos se e n f r e n t a ban. Incluso constituye el t e r c e r c a r á c t e r bajo el cual la f i l o s o f í a es considerada c o m o algo griego: la c i u d a d griega p r o m o c i o n a al amigo o al rival c o m o relación social, traza u n p l a n o d e i n m a nencia, p e r o h a c e t a m b i é n r e i n a r la libre opinión (doxa). La filosofía tiene e n t o n c e s q u e e x t r a e r d e las o p i n i o n e s u n «saber» q u e las t r a n s f o r m e , y q u e t a m p o c o se d i s t i n g u e d e la ciencia. Así pues el p r o b l e m a filosófico consistiría e n e n c o n t r a r e n cada c a s o la instancia c a p a z d e m e d i r u n v a l o r d e v e r d a d d e las o p i n i o n e s oponibles, o bien s e l e c c i o n a n d o u n a s en t a n t o q u e m á s sabias que otras, o bien d e t e r m i n a n d o cuál es la p a r t e q u e le c o r r e s p o n d e a cada cual. E s t e y n o o t r o h a sido s i e m p r e el s i g n i f i c a d o de lo que se l l a m a dialéctica, y q u e r e d u c e la filosofía a la d i s c u sión interminable. 1 L o v e m o s en P l a t ó n , d o n d e u n o s u n i v e r s a l e s de c o n t e m p l a c i ó n s u p u e s t a m e n t e h a n d e m e d i r el v a l o r r e s p e c tivo de las o p i n i o n e s rivales para elevarlas al saber; b i e n es v e r dad que las c o n t r a d i c c i o n e s q u e subsisten en P l a t ó n , e n los d i á l o gos llamados aporéticos, o b l i g a n ya a A r i s t ó t e l e s a o r i e n t a r la investigación dialéctica d e los p r o b l e m a s hacia u n o s u n i v e r s a l e s de c o m u n i c a c i ó n (los tópicos). T a m b i é n e n K a n t , el p r o b l e m a consistirá e n Ja selección o e n el r e p a r t o d e las o p i n i o n e s o p u e s tas, p e r o gracias a u n o s u n i v e r s a l e s d e r e f l e x i ó n , h a s t a q u e H e g e l tenga la o c u r r e n c i a d e utilizar la c o n t r a d i c c i ó n d e las o p i n i o n e s rivales para e x t r a e r d e ellas p r o p o s i c i o n e s s u p r a c i e n t í f i c a s , c a p a ces de m o v e r s e , d e c o n t e m p l a r s e , d e reflejarse, d e c o m u n i c a r s e en ellas m i s m a s y en lo a b s o l u t o ( p r o p o s i c i ó n e s p e c u l a t i v a e n la que las o p i n i o n e s se c o n v i e r t e n e n los m o m e n t o s del c o n c e p t o ) . Pero, bajo las a m b i c i o n e s m á s e l e v a d a s d e la dialéctica, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la genialidad d e los g r a n d e s d i a l é c t i c o s , v o l v e mos a s u m i r n o s e n Ja c o n d i c i ó n m á s m i s e r a b l e , la q u e N i e t z s c h e diagnosticaba c o m o el a r t e d e la p l e b e , o el m a l g u s t o e n f i l o s o fía: la r e d u c c i ó n del c o n c e p t o a p r o p o s i c i o n e s e n t a n t o q u e m e ras o p i n i o n e s ; la absorción del p l a n o d e i n m a n e n c i a e n las p e r -

l. Cf. Brchier, «La notion de problcmc en philosophie». Eludes phie antigüe, P.TJ.F.

de

philoso-

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cepciones erróneas y los malos sentimientos (ilusiones d e la trascendencia o d e los universales); el m o d e l o de u n saber q u e tan sólo constituye una o p i n i ó n p r e t e n d i d a m e n t e superior, Urdoxa; la sustitución de personajes conceptuales por profesores o directores de escuela. La dialéctica p r e t e n d e e n c o n t r a r una discursivid a d propiamente filosófica, p e r o tan sólo puede hacerlo concaten a n d o las opiniones unas con otras. P o r m u c h o q u e s u p e r e la o p i n i ó n hacia el saber, la opinión aflora y continúa aflorando. I n c l u s o con los recursos de una Urdoxa, la filosofía sigue siendo u n a doxografía. Surge siempre la misma melancolía de las Cuestiones disputadas y d e los Quodlibets d e la E d a d Media, d o n d e aprendemos lo que cada doctor ha p e n s a d o sin saber por q u é lo ha pensado (el A c o n t e c i m i e n t o ) , y nos topamos con m u c h a s historias de la filosofía d o n d e se pasa revista a las soluciones sin saber jamás cuál es el p r o b l e m a (la sustancia en Aristóteles, en Descartes, en Leibniz...), puesto que el p r o b l e m a tan sólo está calcado de las proposiciones q u e le sirven de respuesta. Sí la filosofía es paradójica por naturaleza, no es p o r q u e toma p a r t i d o por las opiniones m e n o s verosímiles ni p o r q u e sostiene las opiniones contradictorias, sino p o r q u e utiliza las frases d e una lengua estándar para expresar algo q u e n o p e r t e n e c e al o r d e n d e la opinión, ni siquiera d e la proposición. E l c o n c e p t o es efectivam e n t e una solución, p e r o el p r o b l e m a al q u e r e s p o n d e reside en sus condiciones d e consistencia intensional, y n o , c o m o e n la ciencia, en las condiciones d e referencia d e las p r o p o s i c i o n e s extensionales. Si el c o n c e p t o es u n a solución, las c o n d i c i o n e s del p r o b l e m a filosófico están sobre el. p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e el c o n c e p t o supone (¿a q u é m o v i m i e n t o i n f i n i t o r e m i t e e n la imag e n del pensamiento?) y las incógnitas d e l p r o b l e m a están e n los personajes conceptuales q u e moviliza (¿qué personaje precisamente?). Un c o n c e p t o c o m o el de c o n o c i m i e n t o sólo t i e n e sent i d o e n relación con u n a i m a g e n del p e n s a m i e n t o a la q u e remite, y con un personaje conceptual q u e necesita; otra i m a g e n , o t r o personaje reclaman o t r o s conceptos (la crcencia por ejemplo, y el Investigador). U n a solución n o tiene sentido al m a r g e n d e u n problema por d e t e r m i n a r e n sus condiciones y sus incógnitas, p e r o éstas t a m p o c o t i e n e n sentido i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e las soluciones determinables c o m o conceptos. Las tres instancias

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están unas d e n t r o d e otras, pero n o tienen la m i s m a naturaleza, coexisten y subsisten sin desaparecer u n a d e n t r o d e otra. Bergson, que tanto contribuyó a la comprensión d e lo q u e es u n problema filosófico, decía q u e un p r o b l e m a bien p l a n t e a d o era u n problema resuelto. L o q u e n o obstante no significa q u e u n problema sea sólo la sombra o el e p i f e n ó m e n o de sus soluciones, ni que la solución sea sólo la redundancia o la consecuencia analítica del problema. Más bien resulta q u e las tres actividades q u e componen el construccionismo se relevan sin cesar, se solapan sin cesar, una p r e c e d i e n d o a otra, ora a la inversa, una consistiendo en crear los conceptos como casos d e solución, otra en trazar un plano y un m o v i m i e n t o sobre el plano c o m o condiciones de un problema, y otra en inventar un personaje c o m o incógnita del problema. El conjunto del p r o b l e m a (del q u e la propia solución también forma parte) consiste siempre en construir los otros dos c u a n d o el tercero se está haciendo. H e m o s visto cómo, de Platón a K a n t , el pensamiento, lo «primero», el t i e m p o adquirían conceptos diferentes capaces de d e t e r m i n a r soluciones, p e r o en función d e presupuestos que d e t e r m i n a b a n problemas diferentes; pues los mismos términos p u e d e n aparecer dos veces, e incluso tres, u n a vez en las soluciones c o m o conceptos, otra en los problemas presupuestos, otra en u n personaje c o m o i n t e r m e diario, intercesor, p e r o cada vez bajo u n a f o r m a específica irreductible. Ninguna regla y sobre t o d o ninguna discusión d i r á n d e antem a n o si se trata del p l a n o bueno, del personaje b u e n o , del concepto bueno, p u e s cada u n o d e ellos d e c i d e si los otros dos están logrados o n o , p e r o cada u n o d e ellos tiene q u e ser c o n s t r u i d o por su cuenta, u n o creado, otro i n v e n t a d o , o t r o trazado. Se construyen problemas y soluciones de los q u e se p u e d e d e c i r «Fallido... Logrado...», p e r o tan sólo a medida q u e se v a n construyendo y según sus coadaptaciones. E l constructivismo descalifica cualquier discusión q u e retrase las construcciones necesarias, del mismo m o d o q u e d e n u n c i a todos los universales, la c o n t e m plación, la reflexión, la comunicación e n t a n t o q u e f u e n t e s d e los así llamados «falsos problemas» que e m a n a n d e las ilusiones q u e rodean el plano. N o se p u e d e decir m á s d e a n t e m a n o . P u e d e suceder que c r e a m o s haber e n c o n t r a d o u n a solución, p e r o u n a cur-

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vatura nueva del plano q u e no habíamos visto p r i m e r o vuelve a relanzar el conjunto y a plantear problemas nuevos, una nueva retahila de problemas, o p e r a n d o por. impulsos sucesivos y solicitando conceptos futuros q u e habrá que crear (ni tan sólo sabemos si n o se trata más bien de un plano n u e v o que se separa del anterior). Inversamente, p u e d e suceder q u e u n c o n c e p t o n u e v o se h u n d a c o m o una cuña entre dos conceptos q u e creíamos próximos, solicitando a su vez sobre la tabla d e i n m a n e n c i a la determinación d e un problema que surge c o m o una especie de añadido. La filosofía vive de este m o d o en una crisis p e r m a n e n t e . E l plano opera a sacudidas, y los conceptos p r o c e d e n por ráfagas, y los personajes a tirones. L o q u e resulta p r o b l e m á t i c o por naturaleza es la relación de las tres instancias. N o se puede decir d e a n t e m a n o si u n p r o b l e m a está bien planteado, si una solución es la q u e c o n v i e n e , es la q u e viene al caso, si u n personaje es viable. Y es q u e cada u n a de las actividades filosóficas sólo tiene criterio d e n t r o d e las otras dos, y es p o r este m o t i v o por lo q u e la filosofía se desarrolla en la paradoja. La filosofía no consiste en saber, y no es la verdad lo q u e inspira la filosofía, sino que son categorías c o m o las d e Interesante, N o table o I m p o r t a n t e lo q u e d e t e r m i n a el éxito o el fracaso. Ahora bien, n o se p u e d e saber antes d e haber c o n s t r u i d o . N o se dirá d e m u c h o s libros de filosofía q u e son falsos, p u e s eso n o es decir nada, s i n o q u e carecen d e importancia o d e interés, precisamente p o r q u e n o crean c o n c e p t o alguno, ni a p o r t a n una imagen del p e n s a m i e n t o ni e n g e n d r a n un personaje q u e valga la pena. Ú n i c a m e n t e los profesores p u e d e n escribir «falso» en el margen, y aún, p e r o los lectores tienen m á s bien d u d a s acerca d e la importancia y del interés, es decir acerca d e la n o v e d a d d e lo que se les ofrece para su lectura. Son las categorías del Espíritu. Un gran personaje novelesco tiene q u e ser un Original, un Único, decía Melville; u n personaje conceptual t a m b i é n . Incluso c u a n d o es antipático, tiene q u e ser notable; aun c u a n d o repulsivo, un c o n cepto t i e n e q u e ser interesante. C u a n d o Nietzsche construía el c o n c e p t o d e «mala conciencia», podía v e r e n él lo m á s repulsivo del m u n d o , pero n o p o r ello dejaba d e exclamar: ¡aquí es d o n d e el h o m b r e empieza a hacerse interesante!, y o p i n a b a en e f e c t o que acababa d e crear u n c o n c e p t o n u e v o para el h o m b r e , q u e

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convenía al hombre, en relación con un personaje conceptual n u e v o (el sacerdote) y con una imagen nueva del p e n s a m i e n t o (la v o l u n t a d d e poder a p r e h e n d i d a bajo el rasgo negativo del nihilismo).., 1 La crítica implica conceptos nuevos (de lo q u e se critica) t a n t o c o m o la creación más positiva. Los conceptos h a n de t e n e r c o n t o r n o s irregulares c o n f o r m a d o s según su materia viva. ¿ Q u é es lo q u e no es interesante por naturaleza? ¿Los c o n c e p t o s i n c o n sistentes, lo q u e Nietzsche llamaba los «informes y fluidos garabatos d e conceptos», o bien p o r el contrario los conceptos demasiado regulares, petrificados, reducidos a un esqueleto? Los conceptos más universales, los q u e se suele presentar c o m o f o r mas o valores eternos, son al respecto los m á s esqueléticos, los m e n o s interesantes. N o se hacc nada positivo, p e r o nada t a m p o c o en el t e r r e n o de la crítica ni d e Ja historia, c u a n d o nos limitamos a esgrimir viejos conceptos estereotipados c o m o esqueletos destinados a coartar toda creación, sin ver q u e los viejos filósofos de quienes los hemos t o m a d o prestados ya hacían lo q u e se trata d e i m p e d i r q u e hagan los m o d e r n o s : creaban sus conceptos, y n o se c o n t e n t a b a n con limpiar, roer huesos, c o m o el crítico o el historiador de nuestra época. Hasta la historia d e la filosofía carece del t o d o de interés si no se p r o p o n e despertar un c o n c e p t o adormecido, representarlo otra vez sobre un escenario n u e v o , a u n a costa d e volverlo contra sí mismo.

1. Nietzsche, Ge'ne'ahgie de la morale, I, párrafo 6. (Hay versión española: La genealogía de la moral, Madrid: Alianza, 1988.)

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4. G E O F I L O S O F Í A

E l sujeto y el objeto dan u n a mala a p r o x i m a c i ó n del pensam i e n t o . Pensar n o es un hilo tensado e n t r e u n sujeto y u n objeto, ni una revolución d e uno alrededor d e otro. P e n s a r se hace más bien en la relación entre el territorio y la tierra. K a n t es m e n o s p r i s i o n e r o de lo q u e se suele creer de las categorías d e objeto y d e sujeto, puesto q u e su idea d e revolución copernicftna p o n e el p e n s a m i e n t o directamente e n relación con la tierra; Husserl exige un suelo para el pensamiento, q u e sería c o m o la tierra en t a n t o q u e ni se m u e v e ni está e n reposo, en t a n t o q u e intuición originaria. Hemos visto no o b s t a n t e q u e la tierra p r o c e d e sin cesar a u n m o v i m i e n t o de desterritorialización in silu a t r a v é s del cual supera cualquier territorio: es dcsterritorializante y dcsterritorializada. Se c o n f u n d e ella m i s m a con el m o v i m i e n t o d e los q u e a b a n d o n a n en masa su p r o p i o territorio, langostas q u e se p o n e n e n m a r c h a en fila en el f o n d o del agua, p e r e g r i n o s o caballeros q u e cabalgan sobre una línea d e fuga celeste. La tierra n o es u n e l e m e n t o cualquiera e n t r e los demás, a u n a t o d o s los e l e m e n tos e n u n m i s m o vínculo, p e r o utiliza u n o u o t r o para desterritorializar el territorio. Los m o v i m i e n t o s d e desterritorialización n o son separables d e los territorios q u e se a b r e n s o b r e o t r o l a d o ajeno, y los procesos d e reterritorialización n o son separables d e la tierra q u e vuelve a proporcionar territorios. Se trata d e dos c o m p o n e n t e s , el territorio y la tierra, con dos zonas d e indiscernibilidad, la desterritorialización (del territorio a la tiérra) y la reterritorialización (de la tierra al territorio). N o p u e d e decirse cuál d e ellos va primero. Nos p r e g u n t a m o s en q u é s e n t i d o G r e -

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cia es el territorio del filósofo o la tierra d e la filosofía. Los Estados y las Ciudades se h a n definido a m e n u d o c o m o territoriales, sustituyendo p o r u n principio territorial el principio d e las estirpes. Pero tal cosa n o es exacta: los grupos constituidos en linajes pueden c a m b i a r d e territorio, tan sólo se d e t e r m i n a n efectivam e n t e casándose c o n u n territorio o con una residencia e n u n «linaje local». El E s t a d o y la Ciudad p o r el contrario p r o c e d e n a una desterritorialización, p o r q u e u n o yuxtapone y c o m p a r a los territorios agrícolas remitiéndolos a u n a Unidad superior aritmética, y la otra adapta el territorio a u n a extensión geométrica prolongable e n circuitos comerciales. Spatium imperial del E s t a d o o extenúo política d e la ciudad, sé trata m e n o s d e u n principio territorial q u e d e u n a desterritorialización, q u e se c o m p r e n d e c o n toda claridad c u a n d o el Estado se apropia del territorio d e los grupos locales, o c u a n d o la ciudad se desentiende d e su hinterl a n d ; la reterritorialización se hace en u n caso sobre el palacio y sus existencias, y sobre el ágora y las redes comerciales e n el otro. E n los E s t a d o s imperiales, la desterritorialización es d e trascendencia: t i e n d e a llevarse a cabo a lo alto, verticalmente, siguiendo u n c o m p o n e n t e celeste d e la tierra. E l territorio se ha convertido e n tierra desierta, p e r o u n Extranjero celeste v i e n e a re-fundar el territorio o a reterritorializar la tierra. E n la ciudad, por el contrario, la desterritorialización es de inmanencia: libera a u n A u t ó c t o n o , es decir a una potencia d e la tierra q u e sigue u n c o m p o n e n t e m a r í t i m o q u e pasa a su vez por debajo d e las aguas para r e f u n d a r el territorio (el Erecteión, templo d e A t e n e a o d e Poseidón). Bien es verdad q u e las cosas son algo m á s complicadas, p o r q u e el E x t r a n j e r o imperial necesita a su vez a autóctonos supervivientes, y q u e el A u t ó c t o n o ciudadano recurre a extranjeros en d e s b a n d a d a , p e r o n o son precisamente en absoluto los mismos tipos psicosociales, c o m o t a m p o c o el politeísmo d e imperio y el p o l i t e í s m o d e ciudad son las mismas figuras religiosas. 1 Diríase q u e G r e c i a posee u n a estructura fractal, p o r la gran 1. Marcel Detienne ha renovado profundamente estos problemas: sobre la oposición del Extranjero fundador y del Autóctono, sobre las mezclas complejas entre estos dos polos, sobre Erectea, cf. «Qu'est-cc qu'un site?», en Tracés de fondationi Ed. Pecters. Cf. también Gtulia Sissa y Marcel Dcticnne, La vie

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p r o x i m i d a d al mar d e cualquier p u n t o d e la p e n í n s u l a , y la e n o r m e l o n g i t u d d e sus costas. Los pueblos cgeos, las c i u d a d e s d e la G r e c i a a n t i g u a y sobre t o d o A t e n a s la a u t ó c t o n a n a son las p r i m e r a s ciud a d e s comerciantes. P e r o son las p r i m e r a s q u e están a u n t i e m p o lo s u f i c i e n t e m e n t e c e r c a n a s y lo s u f i c i e n t e m e n t e alejadas d e los i m p e r i o s arcaicos d e O r i e n t e para p o d e r sacarles p r o v e c h o sin seg u i r su modelo: en vez d e establecerse e n sus poros, se s u m e n e n u n c o m p o n e n t e n u e v o , hacen valer u n m o d o particular d e desterritorialización que p r o c e d e por i n m a n e n c i a , f o r m a n u n medio de inmanencia. Es c o m o u n «mercado i n t e r n a c i o n a l » en las lindes d e O r i e n t e , q u e se organiza e n t r e una multiplicidad d e ciudades i n d e p e n d i e n t e s o de sociedades diferenciadas, a u n q u e vinculadas e n t r e sí, e n el q u e los artesanos y m e r c a d e r e s hallan u n a libertad, u n a m o v i l i d a d que los i m p e r i o s les negaban. 1 E s t o s tipos p r o c e d e n d e las lindes del m u n d o griego, extranjeros q u e h u y e n , e n proceso d e r u p t u r a con el i m p e r i o , y colonizados d e A p o l o . N o sólo los artesanos y los mercaderes, sino los filósofos: c o m o dice Faye, hará falta u n siglo para q u e el n o m b r e d e «filósofo», sin d u d a i n v e n t a d o p o r H e r á c l i t o de E f c s o , e n c u e n t r e su c o r r e l a t o en la palabra «filosofía», i n v e n t a d a sin d u d a p o r Platón el a t e n i e n s e ; «Asia, Italia, Á f r i c a son las fases odiscicas del itinerario q u e v i n c u l a al philosophos a la filosofía».2 L o s filósofos son e x t r a n j e r o s , p e r o la filosofía es griega. ¿ Q u é e n c u e n t r a n estos i n m i g r a n t e s e n el m e d i o griego? T r e s cosas p o r lo m e n o s , q u e son las c o n d i c i o n e s d e h e c h o d e la filosofía: u n a sociabilidad p u r a c o m o m e d i o d e i n m a n e n c i a , «natu-

quotidienne des dieux grecs, Hachette (sobre Erecrcn, cap. XIV, y sobre la diferencia entre ambos politeísmos, cap. X). 1. Childc, L'Europe préhistorique, Éd. Payot, págs. 110-115. (Hay versión española: La prehistoria de la sociedad europea, Barcelona: Icaria, 1978.) 2. Jean-Pierrc Faye, La raison narrative, lid. Balland, págs. 15-18. Cf. Clémcnce Rainnoux, en Histoire de la phitosophie, Galliniard, 1, págs. 408-409: la filosofía prcsocrática nacc y crece «en la linde del área helénica tal como la colonización había conseguido definirla hacia finales del siglo VII y principios del siglo vi, y precisamente allí donde los griegos se enfrentan, con relaciones comerciales y bélicas, a los reinos c imperios de Oriente», después llega «al extremo occidental, a las colonias de Sicilia y de Italia, aprovechando las migraciones provocadas por las invasiones iraníes y las revoluciones políticas...». Nietzsche, Naissance de la phitosophie, Gallimard, pág. 131: «Imaginen que el filósofo es un emigrado que llega a Grecia; eso es lo que ocurre con esos preplatónicos. Son en cierta medida extranjeros desarraigados.»

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raleza i n t r í n s e c a d e la asociación», q u e se o p o n e a la soberanía i m p e r i a l , y q u e n o implica inrerés p r e v i o a l g u n o , p u e s t o q u e los intereses rivales, p o r el c o n t r a r i o , la p r e s u p o n e n ; u n c i e r t o p l a c e r d e asociarse, q u e c o n s t i t u y e la amistad, p e r o t a m b i é n d e r o m p e r la asociación, q u e c o n s t i t u y e la rivalidad (¿no existían acaso ya «sociedades d e amigos» f o r m a d a s por los i n m i g r a n t e s , c o m o los pitagóricos, p e r o s o c i e d a d e s todavía algo secretas q u e iban a exp e r i m e n t a r su a p e r t u r a e n Grecia?); u n a i n c l i n a c i ó n p o r la o p i n i ó n , i n c o n c e b i b l e e n u n imperio, u n a i n c l i n a c i ó n p o r el i n t e r c a m b i o d e o p i n i o n e s , p o r la conversación. 1 I n m a n e n c i a , amistad, o p i n i ó n , n o s t o p a r e m o s u n a y otra vez c o n estos tres rasgos griegos. N o h a l l a r e m o s e n ellos u n m u n d o m á s a m a b l e , p u e s la r i v a lidad e n c i e r r a m u c h a s crueldades, la a m i s t a d m u c h a s rivalidades, la o p i n i ó n m u c h o s a n t a g o n i s m o s y vuelcos s a n g r i e n t o s . E l m i l a g r o g r i e g o es S a l a m i n a , d o n d e Grecia se zafa del I m p e r i o persa, y d o n d e el p u e b l o a u t ó c t o n o q u e ha p e r d i d o su t e r r i t o r i o lo e m barca s o b r e el m a r , se reterritorializa s o b r e el m a r . La liga d e D é los es c o m o la f r a c t a l i z a c i ó n d e Grecia. E l v í n c u l o m á s p r o f u n d o , d u r a n t e un periodo b a s t a n t e corto, se estableció e n t r e la ciudad d e m o c r á t i c a , la c o l o n i z a c i ó n , el mar, y u n n u e v o i m p e r i a l i s m o q u e ya n o v e e n el m a r u n límite de su t e r r i t o r i o o u n o b s t á c u l o para su e m p r e s a , sino u n b a ñ o de i n m a n e n c i a a m p l i a d a . T o d o ello, y en p r i m e r lugar el vínculo d e la filosofía con Grecia, p a r e c e p r o b a d o , p e r o i m p r e g n a d o de rodeos y d e contingencia... Física, psicológica o social, la desterritorialización es relativa m i e n t r a s a t a ñ e a la relación histórica d e la tierra con los territorios q u e e n ella se esbozan o se d e s v a n e c e n , a su relación geológica c o n eras y catástrofes, a su relación a s t r o n ó m i c a con el c o s m o s y el sistema estelar del cual f o r m a parte. P e r o la desterritorialización es absoluta c u a n d o la tierra p e n e t r a en el m e r o p l a n o d e i n m a n e n c i a d e un p e n s a m i e n t o , Ser, d e un p e n s a m i e n t o , N a t u r a l e z a d e m o v i m i e n t o s d i a g r a m á t i c o s infinitos. P e n sar consiste e n t e n d e r u n plano de i n m a n e n c i a q u e absorba la tierra (o más b i e n la «adsorba»). La desterritorialización de u n

Respecto a esta sociabilidad pura, «más acá y más allá del contenido particular», y la democracia, la conversación, cf, Simmel, Sociologie et ¿pistémologie, P.U.F., cap. MI.

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p l a n o de esta Indole no excluye una reterritorialización, p e r o la p l a n t e a c o m o creación d e u n a tierra nueva futura. N o obstante, la desterritorialización absoluta sólo puede ser pensada siguiendo unas relaciones p o r d e t e r m i n a r con Jas desterritorializaciones relativas, n o sólo cósmicas, s i n o geográficas, históricas y psicosociales. Siempre h a y u n m o d o e n el q u e la desterritorialización absoluta e n el p l a n o d e i n m a n e n c i a asume el relevo d e u n a desterritorialización relativa e n u n á m b i t o determinado. E n este p u n t o es d o n d e aparece una diferencia i m p o r t a n t e según que la desterritorialización relativa sea d e i n m a n e n c i a o d e trascendencia. C u a n d o es trascendente, vertical, celeste, p r o d u cida por la u n i d a d imperial, el elemento trascendente tiene q u e inclinarse o someterse a una especie de rotación para inscribirse en el plano del pensamiento-Naturaleza siempre i n m a n e n t e , la vertical celeste se reclina sobre la horizontal del plano d e pensam i e n t o siguiendo una espiral. Pensar implica aquí u n a proyección d e lo t r a s c e n d e n t e sobre el plano de inmanencia. La trasc e n d e n c i a p u e d e estar t o t a l m e n t e «vacía» en sí m i s m a , se va l l e n a n d o a m e d i d a q u e se inclina y cruza niveles diferentes jerarquizados que se proyectan juntos sobre una región del p i a n o , es d e c i r sobre un aspecto que corresponde a u n m o v i m i e n t o infinito. Y lo m i s m o sucede en este aspecto c u a n d o la trascendencia i n v a d e lo absoluto, o c u a n d o u n monoteísmo sustituye a la unid a d imperial: el D i o s trascendente permanecería vacío, o por lo m e n o s «absconditus», si no se proyectara sobre el p l a n o d e i n m a n e n c i a d e la c r e a c i ó n e n el q u e traza las etapas de su teofanía. E n t o d o s estos casos, unidad imperial o imperio espiritual, la trascend e n c i a q u e se proyecta sobre el p l a n o de inmanencia lo c u b r e o lo llena d e Figuras. Se trata d e u n a sabiduría, o d e una religión, da igual. Ú n i c a m e n t e desde este p u n t o de vista cabe establecer similit u d e s e n t r e los hexagramas chinos, los mandalas hindús, los sefirot judíos, las «imagínales» (imaginatix) islámicas, los iconos cristianos: pensar p o r figuras. Los hexagramas son c o m b i n a c i o n e s d e trazos continuos y discontinuos q u e derivan unos d e o t r o s según los niveles d e u n a espiral q u e representa el conjunto d e los m o m e n t o s bajo los cuales Jo trascendente se inclina. El m a n d a l a es u n a proyección sobre una superficie que hace c o r r e s p o n d e r unos niveles divino, cósmico, político, arquitectónico, orgánico, con

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otros tantos valores d e u n a m i s m a trascendencia. P o r este m o tivo la figura p o s e e una r e f e r e n c i a , q u e es una r e f e r e n c i a plurívoca y circular. N o se d e f i n e c i e r t a m e n t e p o r una s i m i l i t u d exterior, q u e sigue p r o h i b i d a , s i n o p o r una t e n s i ó n i n t e r n a q u e la relaciona c o n lo t r a s c e n d e n t e sobre el p l a n o d e i n m a n e n c i a del p e n s a m i e n t o . R e s u m i e n d o , la figura es e s e n c i a l m e n t e paradigmática, proyectiva, jerárquica, referencial (las artes y las ciencias t a m b i é n erigen poderosas figuras, p e r o lo q u e las d i f e r e n c i a d e cualquier religión es que n o persiguen esa similitud p r o h i b i d a , sino q u e e m a n c i p a n tal o cual nivel para c o n v e r t i r l o e n n u e v o s , p l a n o s d e p e n s a m i e n t o s o b r e los cuales las r e f e r e n c i a s y las proyecciones, c o m o v e r e m o s , c a m b i a n d e naturaleza). A n t e r i o r m e n t e , para r e s u m i r , d e c í a m o s q u e los griegos habían i n v e n t a d o u n plano d e i n m a n e n c i a absoluto. P e r o la originalidad d e los griegos hay q u e buscarla m á s bien e n la relación d e lo relativo y lo absoluto. C u a n d o la desterritorialización relativa es e n sí m i s m a horizontal, i n m a n e n t e , se conjuga c o n la desterritorialización absoluta d e l plano d e i n m a n e n c i a q u e lleva al i n f i n i t o , q u e impulsa a lo absoluto los m o v i m i e n t o s d e la prim e r a t r a n s f o r m á n d o l o s (el m e d i o , el a m i g o , la o p i n i ó n ) . La inm a n e n c i a se duplica. E n t o n c e s ya n o se p i e n s a p o r figuras sino p o r c o n c e p t o s . E l c o n c e p t o es lo q u e llena el p l a n o d e i n m a n e n cia. Y a n o h a y proyección e n tina figura, sino c o n e x i ó n e n el c o n c e p t o . P o r e s t e m o t i v o el p r o p i o c o n c e p t o a b a n d o n a cualq u i e r r e f e r e n c i a para n o c o n s e r v a r más q u e unas c o n j u g a c i o n e s y u n a s c o n e x i o n e s q u e c o n s t i t u y e n su consistencia. E l c o n c e p t o n o t i e n e m á s regla q u e la v e c i n d a d , interna o e x t e r n a . Su v e c i n d a d o consistencia i n t e r n a está g a r a n t i z a d a p o r la c o n e x i ó n d e sus c o m p o n e n t e s e n zonas d e i n d i s c e r n i b i l i d a d ; su v e c i n d a d e x t e r n a o exoconsistencia está g a r a n t i z a d a p o r los p u e n t e s q u e v a n d e u n c o n c e p t o a o t r o c u a n d o l o s c o m p o n e n t e s d e u n o e s t á n saturados. Y eso es e f e c t i v a m e n t e lo q u e significa la c r e a c i ó n d e los c o n c e p t o s : c o n e c t a r c o m p o n e n t e s interiores i n s e p a r a b l e s hasta su c i e r r e o s a t u r a c i ó n d e tal m o d o q u e n o s e p u e d a a ñ a d i r o q u i t a r n i n g ú n c o m p o n e n t e sin c a m b i a r el c o n c e p t o ; c o n e c t a r el c o n c e p t o c o n o t r o , d e tal m o d o q u e otras c o n e x i o n e s c a m b i a r í a n la naturaleza d e ambos. La p l u r i v o c i d a d d e l c o n c e p t o d e p e n d e ú n i c a m e n t e d e la v e c i n d a d ( u n c o n c e p t o p u e d e t e n e r varias). Los

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c o n c e p t o s son c o m o colores u n i f o r m e s sin niveles, c o m o o r d e n a das sin jerarquía. D e ahí resulta la i m p o r t a n c i a en filosofía d e las p r e g u n t a s : ¿ q u é m e t e r en un c o n c e p t o y c o n q u é c o - m e t e r l o ? ¿ Q u é c o n c e p t o h a y q u e poner junto a éste, y q u é c o m p o n e n t e s e n c a d a cual? E s t a s son las preguntas d e la creación d e c o n c e p tos. L o s p r e s o c r á t i c o s tratan a los e l e m e n t o s físicos c o m o a c o n ceptos: los t o m a n p o r sí mismos i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e cualq u i e r r e f e r e n c i a , y buscan ú n i c a m e n t e las reglas a d e c u a d a s d e v e c i n d a d e n t r e ellos y en sus c o m p o n e n t e s e v e n t u a l e s . E l q u e sus respuestas v a r í e n se debe a que no c o m p o n e n estos c o n c e p t o s e l e m e n t a l e s d e la misma manera, hacia a d e n t r o y hacia a f u e r a . E l c o n c e p t o n o es paradigmático, sino sintagmático; n o es p r o y e c t i v o , sino conectivo-, no es jerárquico, sino vecinal; n o es r e f e r e n t e , sino consistente. Resulta obligado e n t o n c e s q u e la filosofía, la ciencia y el arte dejen de organizarse c o m o los niveles d e u n a m i s m a p r o y e c c i ó n , y que ni siquiera se d i f e r e n c i e n a partir d e u n a m a t r i z c o m ú n , sino que se p l a n t e e n o se reconstituyan inm e d i a t a m e n t e d e n t r o de una i n d e p e n d e n c i a respectiva, u n a d i v i sión del trabajo q u e suscita e n t r e ellos r e l a c i o n e s d e c o n e x i ó n . ¿Hay q u e d e d u c i r de ello u n a o p o s i c i ó n radical e n t r e las figuras y los c o n c e p t o s ? La mayoría d e las t e n t a t i v a s d e d e l i m i t a r sus d i f e r e n c i a s e x p r e s a n tan sólo valoraciones subjetivas q u e se limit a n a desvalorizar u n o de los términos: u n a s veces se c o n f i e r e a los c o n c e p t o s el prestigio de la razón, m i e n t r a s se relegan las fig u r a s a la o s c u r i d a d d e lo irracional y a sus símbolos; otras se o t o r g a a las figuras los privilegios d e la v i d a espiritual, m i e n t r a s se r e l e g a n los c o n c e p t o s a los m o v i m i e n t o s artificiales d e u n e n t e n d i m i e n t o m u e r t o . Y sin e m b a r g o s u r g e n p e r t u r b a d o r a s a f i n i d a des, s o b r e u n p l a n o de i n m a n e n c i a q u e p a r e c e c o m ú n a a m b o s . ' 1. Algunos autores retoman en la actualidad sobre bases nuevas la cuestión propiamente filosófica, liberándose de los estereotipos hegelianos o heideggerianos: respecto a una filosofía judía, cf. las investigaciones de Lévinas y en torno a Lévinas (Les cohttn de ta nuil surveillée, n°. 3, 1984); respecto a una filosofía islámica, en función de las investigaciones de Corbin, cf. Jambet (La logique des Orientaux, Éd. du Seuil) } Lardreau (Discours philosophique et dúcours spirituel, Ed. du Seuil); respecto a una filosofía hindú, en función de Masson-Ourscl, cf. la aproximación de Roger-Pol Droit (L'oubli dt l'lnde, I'.U.F.); respecto a una filosofía china, ¡as publicaciones de F r a n g í s Cheng (Vide et plein, Éd. du Seuil), y de Fransois Jullien (Procés ott création, Éd. du

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El p e n s a m i e n t o c h i n o inscribe sobre el p l a n o , en una especie d e ida y vuelta, los m o v i m i e n t o s diagramáticos d e un pensamientoNaturaleza, yin y yang, y los h e x a g r a m a s s o n las intersecciones del p l a n o , las o r d e n a d a s intensivas d e estos m o v i m i e n t o s infinitos, con sus c o m p o n e n t e s en traaos c o n t i n u o s y discontinuos. Pero c o r r e s p o n d e n c i a s d e esta í n d o l e n o excluyen una frontera, incluso difícil d e percibir. Resulta q u e las figuras son proyecciones sobre el p l a n o , q u e implican algo vertical o trascendente; los conceptos por el c o n t r a r i o sólo implican vecindades y conexiones sobre el horizonte. C i e r t a m e n t e , Jo trascendente produce por proyección u n a «absolutización d e la inmanencia», c o m o ponía ya d e m a n i f i e s t o Frangois J u l l i e n e n lo q u e al p e n s a m i e n t o c h i n o se refiere. Pero la i n m a n e n c i a d e l o absoluto que reivindica la filosofía es c o m p l e t a m e n t e distinta. L o ú n i c o q u e podemos decir es q u e las figuras t i e n d e n hacia los c o n c e p t o s hasta el p u n t o d e q u e se a p r o x i m a n i n f i n i t a m e n t e a ellos. E l cristianismo d e los siglos XV a XVI) c o n v i e r t e la impresa e n el e n v o l t o r i o de u n «concetto», p e r o el c o n c e t t o todavía n o ha a d q u i r i d o consistencia y d e p e n d e d e c ó m o h a sido r e p r e s e n t a d o o incluso disimulado. La p r e g u n t a q u e se repite p e r i ó d i c a m e n t e : «¿existe una filosofía cristiana?» significa: ¿es el cristianismo capaz d e crear conceptos p r o pios? ¿La fe, la angustia, la culpa, la libertad...? Ya lo h e m o s visto en Pascal o en Kicrkegaard: tal vez la fe no se vuelve u n c o n c e p t o v e r d a d e r o hasta q u e se c o n v i e r t e e n fe en este m u n d o , y se conecta e n vez de proyectarse. Tal vez el pensamiento crist i a n o sólo p r o d u c e conceptos a través d e su ateísmo, a través del ateísmo q u e segrega en mayor m e d i d a q u e cualquier otra religión. Para los filósofos, el a t e í s m o no es ningún problema, la m u e r t e d e Dios t a m p o c o , los p r o b l e m a s n o empiezan hasta después, c u a n d o se llega al ateísmo del concepto. Resulta sorprend e n t e q u e tantos filósofos se t o m e n todavía trágicamente la m u e r t e d e Dios. El ateísmo n o es u n d r a m a , sino la serenidad del filósofo y el capital a c u m u l a d o d e la filosofía. Siempre cabe d e d u c i r algún a t e í s m o d e la religión. Tal cosa ya era cierta en

Seuíl); respecto a una filosofía japonesa, cf. Rene de Cccca fy y Nzkamura (MiHe atis de lUtératurc japonaisc, y la traducción c o m e n t a d a del monje Dógcn, Éd. de la Différencc),

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el caso del p e n s a m i e n t o judío: impulsa sus figuras hasta el c o n c e p t o , pero n o lo alcanza hasta Spinoza el ateo. Y si resulta q u e las figuras tienden d e este m o d o hacia el c o n c e p t o , lo c o n t r a r i o resulta igualmente cierto, y los conceptos filosóficos r e p r o d u c e n figuras cada vez q u e la i n m a n e n c i a es atribuida a algo, objetivid a d d e contemplación, objeto d e reflexión, intersubjetividad d e comunicación: Jas «tres» figuras d e Ja filosofía. Queda, n o obstante, todavía por constatar q u e las religiones sólo JJegan al c o n c e p t o cuando reniegan de sí, de igual m o d o q u e las filosofías sólo llegan a la figura c u a n d o se traicionan. E n t r e las figuras y los c o n c e p t o s existe u n a diferencia de naturaleza, pero también todas las diferencias d e grado posibles. ¿Cabe hablar d e una «filosofía» china, hindú, judía, islámica? Sí, en la medida q u e pensar se hace sobre u n plano de i n m a n e n cia en el que p u e d e n morar t a n t o figuras c o m o conceptos. E s t e p l a n o d e inmanencia, sin embargo, no es exactamente filosófico, sino pre-filosófico. E s tributario de lo q u e mora en él, y q u e actúa sobre él, de tal m o d o q u e sólo se vuelve filosófico bajo el e f e c t o del concepto: supuesto por la filosofía, a u n q u e no obstante instaurado por ella, se desarrolla dentro de u n a relación filosófica c o n la no-filosofía. E n el caso d e las figuras, por el contrario, lo pre-filosófico p o n e d e manifiesto q u e el p l a n o d e i n m a n e n c i a e n sí m i s m o no t e n í a c o m o destino inevitable u n a creación d e c o n c e p t o o una f o r m a c i ó n filosófica, sino q u e podía desarrollarse e n unas sabidurías y unas religiones siguiendo una bifurcación q u e conjuraba d e a n t e m a n o la filosofía desde la perspectiva d e su p r o p i a posibilidad. L o q u e n e g a m o s es q u e la filosofía presente u n a necesidad interna, o bien en sí misma, o bien en los griegos (y la ocurrencia d e u n milagro griego n o representaría más q u e o t r o aspecto d e esta seudonecesidad). Y sin e m b a r g o la filosofía f u e algo griego, a u n q u e traída p o r gentes q u e venían d e fuera. Para q u e la filosofía naciera, f u e necesario un encuentro e n t r e el . m e d i o griego y el p l a n o de inmanencia del pensamiento. Fue necesaria la conjunción d e dos movimientos de desterritorialización m u y diferentes, el relativo y el absoluto, c u a n d o el primero ejercía ya una acción en la inmanencia. Fue necesario que la desterritorialización absoluta del p l a n o del p e n s a m i e n t o se ajustara o se conectara directamente con la desterritorialización relativa d e

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la sociedad g r i e g a . F u e n e c e s a r i o el e n c u e n t r o d e l a m i g o y el p e n s a m i e n t o . R e s u m i e n d o , existe e f e c t i v a m e n t e u n a r a z ó n d e la filosofía, p e r o se t r a t a d e u n a razón sintética, y c o n t i n g e n t e , u n e n c u e n t r o , u n a c o n j u n c i ó n . N o es i n s u f i c i e n t e p o r sí m i s m a , s i n o c o n t i n g e n t e e n sí m i s m a . I n c l u s o e n el c o n c e p t o , la r a z ó n d e p e n d e d e u n a c o n e x i ó n d e los c o m p o n e n t e s , q u e p o d r í a h a b e r sido distinta, c o n v e c i n d a d e s distintas. E l p r i n c i p i o d e r a z ó n tal y c o m o se p r e s e n t a e n filosofía es un p r i n c i p i o d e r a z ó n c o n t i n g e n t e , y se f o r m u l a así: s ó l o hay b u e n a r a z ó n c u a n d o es c o n t i n g e n t e , y n o h a y m á s historia universal q u e la d e la c o n t i n g e n c i a .

EJEMPLO V I !

Resulta v a n o tratar de buscar, como Hegel o Heidegger, una razón analítica y necesaria que vincule la filosofía a Grecia. Porque los griegos son hombres libres, son ellos los primeros en aprehender el Objeto en una relación con el sujeto: tal será el concepto, según Hcgel. Pero, porque el objeto sigue siendo contemplado como «bello», sin que su relación con el sujeto sea aún determinada, hay que esperar a las etapas siguientes para que esta relación sea reflexionada en sí misma, y después puesta en movimiento o comunid e la cual todo se desarrolla interiormente al concepto. Oriente pensaba, sin duda, pero pensaba el objeto en sí como abstracción pura, la universalidad vacía idéntica a la mera particularidad: le faltaba la relación con el sujeto en tanto que universalidad concreta o en tanto que individualidad universal. Oriente ignora el concepto, porque se limita a hacer que coexista el vacío más abstracto y el estar más trivial, sin mediación de ningún tipo. N o se vislumbra sin embargo demasiado bien lo que distingue la etapa ante-filosófica de Oriente y la etapa filosófica de Grecia, puesto que el pensamiento griego no es consciente d e la relación con el sujeto que supone sin saber todavía reflexionarla. Así pues, Heidegger desplaza el problema, y sitúa el concepto en la diferencia entre el Ser y el ente más que entre la del sujeto y el objeto. Considera al griego c o m o al autóctono antes que c o m o al ciudadano libre (y toda la reflexión de Heidegger sobre el Ser y el ente se aproxima a la Tierra y al territorio, como evidencian los temas construir, morar): lo propio del griego es habitar el Ser, y tener d e él la palabra. Desterritorializado, el griego se reterritorializa en

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su propia lengua y en su tesoro lingüístico, el verbo ser. De este modo, pues, Oriente no está antes que la filosofía, sino al lado, porque piensa, pero no piensa el Ser.1 Y la propia filosofía pasa menos por grados del sujeto y del objeto, evoluciona menos de lo que frecuenta una estructura del Ser. Los griegos de Heidegger no consiguen «articular» su relación con el Ser; ios de Hegel no conseguían reflejar su relación con el sujeto. Pero Heidegger no se plantea ir más lejos que los griegos; basta con retomar su movimiento en una repetición que vuelve a empezar, iniciadora. Resulta que el Ser en función de su estructura se desvía incesantemente cuando se vuelve, y que la historia del Ser o la de la Tierra es la de su desviación, su desterritorialización dentro de) desarrollo técnico-mundial de la civilización occidental iniciada por los griegos y reterritorializada sobre el nacionalsocialismo... Lo que sigue siendo común a Hegel y a Heidegger es haber concebido la relación de Grecia y la filosofía como un origen, y por ende como el punto de partida de una historia interior de Occidente, de tal modo que la filosofía se confunde necesariamente con su propia historia. No obstante haberse aproximado mucho, Heidegger traiciona c) movimiento de la desterritorialización, porque lo fija de una vez y para siempre entre el ser y el ente, entre el territorio griego y la Tierra occidental a la que los griegos habrían nombrado Ser.

H e g e l y H e i d e g g e r siguen s i e n d o historicistas, e n la m e d i d a e n q u e p l a n t e a n la historia c o m o u n a f o r m a d e interioridad e n la q u e el c o n c e p t o d e s a r r o l l a o r e v e l a n e c e s a r i a m e n t e su destino. La n e c e s i d a d d e s c a n s a s o b r e la abstracción d e l e l e m e n t o histórico q u e se h a v u e l t o circular. Cuesta c o m p r e n d e r e n t o n c e s la c r e a c i ó n i m p r e v i s i b l e d e los c o n c e p t o s . La filosofía es una geofilosofía, e x a c t a m e n t e c o m o la h i s t o r i a es u n a geohistoria desde la p e r s p e c t i v a d e B r a u d e l . ¿ P o r q u é la filosofía e n G r e c i a en un m o m e n t o d a d o ? S u c e d e l o m i s m o c o n el c a p i t a l i s m o según Braudel: ¿por q u é el c a p i t a l i s m o e n u n o s lugares y e n u n o s m o m e n t o s d e t e r m i n a d o s , p o r q u é e n C h i n a e n u n m o m e n t o d i s t i n t o puesto q u e ya c o n c u r r í a n t a n t o s c o m p o n e n t e s ? La g e o g r a f í a n o se limita 1. Cf. Jean Beaufret: «La fuente está en todas partes, indeterminada, tanto china, como árabe o india... Pero resulta que exista el episodio griego, ios griegos tuvieron el extraño privilegio de nombrar la fuente ser...» (Élhernité, n.° 1, 1985.)

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a proporcionar a la f o r m a histórica una materia y u n o s lugares variables. N o sólo es física y h u m a n a , sino mental, c o m o el paisaje. Desvincula la historia del c u l t o d e la necesidad para hacer valer la irreductibilidad d e la contingencia. La desvincula del culto d e los orígenes p a r a afirmar el p o d e r d e un «medio» (lo q u e la filosofía e n c u e n t r a e n Grecia, decía Nietzsche, n o es un origen, sino u n m e d i o , u n a m b i e n t e , una a t m ó s f e r a a m b i e n t e : el filósofo deja d e ser u n a cometa...). La desvincula d e Jas estructuras para trazar las líneas d e fuga q u e pasan p o r el m u n d o griego a través del M e d i t e r r á n e o . F i n a l m e n t e desvincula la historia d e sí misma, para descubrir los devenires, q u e n o son historia aunque reviertan n u e v a m e n t e a ella: la historia d e la filosofía en Grecia no debe ocultar q u e los griegos, cada vez, tienen que devenir primero filósofos, tanto como los filósofos tienen que devenir griegos. El «devenir» n o es d e la historia; todavía h o y la historia designa ú n i c a m e n t e el c o n j u n t o d e condiciones, p o r muy recientes que éstas sean, d e las q u e u n o se desvía para devenir, es decir para crear algo n u e v o . Los griegos lo hicieron, p e r o no hay desviación q u e valga d e u n a vez y para siempre. N o se p u e d e reducir la filosofía a su propia historia, p o r q u e la filosofía se desvincula de esta historia i n c e s a n t e m e n t e para crear c o n c e p t o s n u e v o s q u e revierten n u e v a m e n t e a la historia p e r o n o proccdcn d e ella. ¿Cómo iba a proceder algo d e la historia? Sin la historia, el devenir permanecería i n d e t e r m i n a d o , incondicionado, pero el d e v e n i r no es histórico. Los tipos psicosociales p e r t e n e c e n a la historia, pero los personajes conceptuales pertenecen al devenir. El propio acontecimiento tiene necesidad del d e v e n i r c o m o de un elem e n t o n o histórico. El e l e m e n t o n o histórico, dice Nietzsche, «se asemeja a una atmósfera a m b i e n t e en la q u e sólo p u e d e engendrarse la vida, q u e desaparece d e n u e v o c u a n d o esta atmósfera se aniquila». Es c o m o un m o m e n t o de gracia, y «¿dónde existen actos q u e el h o m b r e haya sido capaz de llevar a cabo sin haberse arropado p r e v i a m e n t e en esta nebulosa n o histórica? - ». 1 Si la filosofía surge en Grecia, es más en f u n c i ó n d e una contingencia 1. Nietzsche, Considérations intempestives, «De l'utilité et des inconvénients des études historiques», párrafo 1. Sobre el filósofo-cometa y el «medio» que encuentra en Grecia, La naissance de la philosobhie, Gallimard, pág. 37.

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q u e d e u n a n e c e s i d a d , más d e un a m b i e n t e o de u n m e d i o que d e u n o r i g e n , m á s d e un d e v e n i r q u e de u n a historia, d e una geografía m á s q u e d e u n a historiografía, de u n a gracia m á s q u e d e u n a naturaleza. ¿Por q u e s o b r e v i v e la filosofía a Grecia? N o se p u e d e decir q u e el c a p i t a l i s m o a través d e la E d a d M e d i a sea la c o n t i n u a c i ó n d e la c i u d a d griega (incluso las formas comerciales difícilmente resultan c o m p a r a b l e s ) . Pero, en función d e unas razones siempre c o n t i n g e n t e s , el capitalismo arrastra a E u r o p a a u n a fantástica desterritorialización relativa q u e remite e n primer lugar a unas urbes-ciudades, y que también procede por inmanencia. Las prod u c c i o n e s territoriales r e m i t e n a una f o r m a c o m ú n i n m a n e n t e capaz d e r e c o r r e r los mares: la «riqueza en general», el «trabajo a secas», y el e n c u e n t r o d e ambos en tanto q u e mercancía. Marx c o n s t r u y e e x a c t a m e n t e u n c o n c e p t o d e capitalismo determin a n d o los dos c o m p o n e n t e s principales, m e r o trabajo y riqueza pura, c o n su zona d e indiscernibilidad c u a n d o la riqueza c o m p r a el trabajo. ¿Por q u é el capitalismo en O c c i d e n t e antes q u e en C h i n a e n el siglo III, o incluso en el siglo VIII?' Porque O c c i d e n t e v a p r o s p e r a n d o y ajustando p o c o a p o c o estos c o m p o n e n t e s , m i e n t r a s q u e O r i e n t e les impide madurar. Únicamente Occidente extiende y propaga sus centros de inmanencia. El t e r r e n o social ya n o r e m i t e , c o m o e n los imperios, a una l i n d e exterior q u e lo lim i t a p o r arriba, s i n o a unas lindes interiores i n m a n e n t e s q u e se desplazan sin cesar a g r a n d a n d o el sistema, y q u e se reconstituyen desplazándose. 2 L o s obstáculos externos ya tan sólo son tecnológicos, y ú n i c a m e n t e s o b r e v i v e n las rivalidades internas. M e r c a d o m u n d i a l q u e se e x t i e n d e hasta los confines d e la tierra, antes de pasar a la galaxia: hasta los cielos se v u e l v e n horizontales. N o se trata d e u n a c o n t i n u a c i ó n d e la tentativa griega, sino d e una rean u d a c i ó n a u n a escala hasta e n t o n c e s desconocida, bajo o t r a f o r m a

1. Cf. Balazs, La bureaucratie celeste, Gallimard, cap. XIII. (Hay versión española: La burocracia celeste, Barcelona: BarraI (Editores, 1974.) 2. Marx, El capital, IIT, 3, conclusiones: «La producción capitalista tiende sin descanso a superar aquellos límites que le son inmanentes, pero sólo lo consigue recurriendo a unos medios que, nuevamente, y a una escala más imponente, levantan ante ella las mismas barreras. La verdadera barrera de la - producción .capitalista es el propio capital...»

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y con otros medios, que reaviva no obstante la c o m b i n a c i ó n cuya iniciativa tuvieron los griegos, el imperialismo democrático, la democracia colonizadora. D e este modo, p u e d e n los e u r o p e o s considerarse n o c o m o u n tipo psicosocial m á s entre los d e m á s , s i n o c o m o el H o m b r e por antonomasia, tal y c o m o hicieran ya los griegos, p e r o con u n a fuerza expansiva y u n a voluntad m i s i o n e r a m u c h o mayores q u e los griegos. Husserl decía que los p u e b l o s , incluso en su hostilidad, se agrupan por tipos q u e poseen u n «hogar» territorial y u n parentesco familiar, c o m o los pueblos d e la India; pero ú n i c a m e n t e E u r o p a , a pesar d e la rivalidad que existe e n t r e sus naciones, sería capaz de proponer, a sí misma y a los d e m á s pueblos, «una incitación a europeizarse siempre más», d e tal m o d o que es la h u m a n i d a d en su conjunto la q u e acaba por asemejarse a sí misma en este Occidente, c o m o hiciera antaño en G r e c i a . ' N o obstante, resulta difícil de creer que la explicación de este privilegio d e un sujeto trascendental p r o p i a m e n t e "europeo se halle en el auge «de la filosofía y de las ciencias co-incluidas». Es preciso q u e el m o v i m i e n t o infinito del pensamiento, lo q u e Husserl llama T e los, e n t r e en conjunción con el gran m o v i m i e n t o relativo del capital q u e incesantemente se desterritorializa para asegurar el p o derío d e Europa sobre todos los demás pueblos y su reterritorialización en Europa. El vínculo d e la filosofía m o d e r n a c o n el capitalismo es por lo t a n t o d e la misma í n d o l e que el q u e u n e la filosofía de la antigüedad c o n Grecia: la conexión de un plano de inmanencia absoluto con un medio social relativo que también procede por inmanencia. L o q u e va d e G r e c i a a E u r o p a a t r a v é s del cristianismo no es una c o n t i n u i d a d necesaria, desde el p u n t o d e vista del desarrollo d e la filosofía: es el recomienzo c o n t i n g e n t e d e un m i s m o proceso c o n t i n g e n t e , con o t r o s datos. L a i n m e n s a desterritorialización relativa del capitalismo m u n dial necesita reterritorializarse en el E s t a d o nacional m o d e r n o , q u e e n c u e n t r a una resolución en la democracia, n u e v a sociedad de «hermanos», versión capitalista d e la sociedad d e los amigos. C o m o p o n e de manifiesto Braudc!, el capitalismo p a r t i ó d e las ur1. Husserl, La crise des sciences européennes..., Gallimard, págs. 353-355 (cf. los comentarios de R.-P. Droit, L'oubli de linde, págs. 203-204). (Hay versión española: La crisis de tas ciencias europeas y la fenomenología trascendental, Barcelona: Crítica, 1991.)

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bes-ciudadcs, pero éstas llevaban hasta tal e x t r e m o la dcstcrritorifllización, q u e se hizo necesario q u e los Estados modernos inmanentes m o d e r a r a n su insensatez, les dieran alcance y las tomaran para efectuar las reterritorializaciones ineludibles en tanto que nuevos límites internos. 1 El capitalismo reactiva el mundo griego sobre estas bases económicas, políticas y sociales. Se trata de la nueva Atenas. El hombre del capitalismo no es Robinson, sino Ulises, el plebeyo astuto, el h o m b r e medio.cualquiera que vive en las grandes urbes, Proletario a u t ó c t o n o o E m i g r a n t e foráneo que se lanza en el m o v i m i e n t o infinito: la revolución. N o es un grito sino dos los q u e atraviesan el capitalismo y se precipitan hacia la misma decepción: Emigrantes de todos los países, unios... Proletarios d e todos los países... E n los dos extremos d e Occidente, América y Rusia, el pragmatismo y el socialismo representan el retorno de Ulises, la nueva sociedad de los h e r m a n o s o d e los camaradas q u e recupera el sueño griego y reconstituye la «dignidad democrática». E n efecto, la conexión de la filosofía antigua con la ciudad griega, la conexión de la filosofía m o d e r n a c o n el capitalismo no son ideológicas, ni se limitan a impulsar hasta el infinito determinaciones históricas y sociales para extraer d e ellas figuras espirituales. P u e d e ciertamente parecer t e n t a d o r c o n t e m p l a r la filosofía c o m o u n c o m e r c i o agradable del espíritu q u e encontraría en el c o n c e p t o su mercancía propia, o m á s bien su valor de cambio desde la perspectiva d e una sociabilidad desinteresada nutrida de conversación democrática occidental, capaz d e suscitar un consenso d e o p i n i ó n , y d e p r o p o r c i o n a r u n a etica a la comunicación igual q u e el arte le proporcionaría u n a estética. Si a algo semejante se Jo llama filosofía, se c o m p r e n d e q u e la m e r c a d o t e c n i a se apod e r e del c o n c e p t o , y q u e el publicista se p r e s e n t e c o m o el conceptor por antonomasia, poeta y pensador: lo l a m e n t a b l e no estriba en esta apropiación desvergonzada, s i n o en p r i m e r lugar en el c o n c e p t o d e la filosofía q u e la ha v u e l t o posible. Salvando todas las proporciones, los griegos pasaron p o r vergüenzas semejantes

1. Braudel, Civilisation mate'rielle et capitalisme, Éd. Armand Colin, I, págs. 391-400. (Hay versión española: Civilización material, economía y capitalismo. siglos xv-xvm, Madrid: Alianza, 1974.)

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con determinados sofistas. Pero, para la propia salvación de la filosofía moderna, ésta es tan poco amiga del capitalismo c o m o lo era la filosofía antigua de la ciudad. La filosofía lleva a lo absoluto la desterritorialización relativa del capital, lo hace pasar p o r el plano de inmanencia en tanto q u e m o v i m i e n t o d e lo infinito, o lo suprime en tanto que límite interior, lo vuelve contra si, para apelar a una Cierra nueva, a un pueblo nuevo. P e r o alcanza de este modo la forma n o proposicional del c o n c e p t o en la que se desvanecen la comunicación, el intercambio, el consenso y la opinión. Está por Jo tanto más cerca de lo q u e A d o r n o llamaba «dialéctica negativa», y de lo que la Escuela de F r a n k f u r t designaba c o m o «utopía». Efectivamente, la utopía es la que realiza la conexión de la filosofía con su época, capitalismo europeo, pero t a m b i é n ya ciudad griega. Cada vez, es con la utopía con lo que la filosofía se vuelve política, y lleva a su m á x i m o e x t r e m o la crítica de su época. La utopía n o se separa del m o v i m i e n t o infinito: designa etimológicamente la desterritorialización absoluta, p e r o siempre en el punto crítico en el q u e ésta se conecta con el m e d i o relativo presente, y sobre t o d o con las fuerzas sofocadas en este medio. La palabra q u e emplea el utopista Samuel Butler, «Erewhon», n o sólo remite a «No-where», o N i n g u n a parte, sino a «Now-hcrc», aquí y ahora. L o q u e cuenta n o es la supuesta diferenciación e n t r e u n socialismo utópico y u n socialismo científico, sino más bien los diversos tipos de utopía, siendo la revolución u n o de estos tipos. Siempre existe en la utopía ( c o m o en la filosofía) cí riesgo d e u n a restauración d e la trascendencia, y a veces su afirmación orgullosa, con lo q u e hay q u e distinguir e n t r e las utopías autoritarias, o de trascendencia, y las utopías libertarias, revolucionarias, i n m a n e n tes. 1 P e r o precisamente decir q u e la revolución es en sí m i s m a u n a utopía d e inmanencia n o significa decir q u e sea u n sueño, algo q u e n o se realiza o q u e sólo se realiza traicionándose. Al contrario, significa plantear la revolución c o m o p l a n o d e inmanencia, m o v i m i e n t o infinito, sobrevuelo absoluto, p e r o e n la medida e n q u e cs1. Sobre estos tipos de utopías, cf. Ernst Bloch, Le principe d'esperance, Gallimard, II. Y Jos comentarios de Rene Schcrer sobre la utopía de Fouricr en relación con el movimiento, Pari sur ('imponible, Presses universitaires de Vincennes. (Hay versión española: El principio de esperanza, Madrid: Aguilar, 1977.)

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t o s rasgos se c o n e c t a n c o n l o q u e h a y d e real a q u í y a h o r a e n la luc h a c o n t r a el c a p i t a l i s m o , y r e l a n z a n n u e v a s luchas c a d a v e z q u e la a n t e r i o r es t r a i c i o n a d a . L a p a l a b r a u t o p í a d e s i g n a p o r l o t a n t o esta conjunción de la filosofía o del concepto con el medio presente: filos o f í a política (tal v e z sin e m b a r g o la u t o p í a n o sea la p a l a b r a m á s i d ó n e a , d e b i d o al s e n t i d o m u t i l a d o q u e le h a d a d o la o p i n i ó n p u blica). N o es e r r ó n e o d e c i r q u e la r e v o l u c i ó n «es culpa d e los filósofos» (a pesar d e q u e n o s o n los filósofos los q u e la l l e v a n adelante). Q u e las d o s g r a n d e s r e v o l u c i o n e s m o d e r n a s , la a m e r i c a n a y la sov i é t i c a , hayan salido tan mal n o es ó b i c e p a r a q u e e l c o n c e p t o p r o siga su senda i n m a n e n t e . C o m o p o n í a d e m a n i f i e s t o ICant, el c o n c e p t o d e r e v o l u c i ó n n o reside e n el m o d o e n q u e ésta p u e d e ser llevada a d e l a n t e e n u n c a m p o social n e c e s a r i a m e n t e r e l a t i v o , s i n o e n el «entusiasmo» c o n el q u e es p e n s a d a e n u n p l a n o d e i n m a n e n cia absoluto, c o m o u n a p r e s e n t a c i ó n d e - l o i n f i n i t o e n el a q u í y a h o r a , q u e n o c o m p o r t a nada racional o ni siquiera razonable. 1 E l c o n c e p t o libera la i n m a n e n c i a d e todos los límites q u e e l c a p i t a l t o d a v í a le i m p o n í a (o q u e se i m p o n í a a sí m i s m a bajo la f o r m a del c a p i t a l q u e se p r e s e n t a b a c o m o a l g o t r a s c e n d e n t e ) . D e n t r o d e este e n t u s i a s m o , n o o b s t a n t e , se trata m e n o s d e u n a s e p a r a c i ó n d e l esp e c t a d o r y el actor q u e d e una d i s t i n c i ó n en la propia a c c i ó n e n t r e los f a c t o r e s históricos y la «nebulosa n o histórica», e n t r e el e s t a d o d e cosas y el a c o n t e c i m i e n t o . A t í t u l o d e c o n c e p t o y c o m o a c o n t e c i m i e n t o , la r e v o l u c i ó n es a u t o r r e f e r e n c i a l o goza d e u n a a u t o p o s i c i ó n q u e se deja a p r e h e n d e r e n u n e n t u s i a s m o i n m a n e n t e sin q u e n a d a e n los e s t a d o s d e cosas o e n la v i v e n c i a p u e d a debilitarla, ni las d e c e p c i o n e s d e la razón. L a r e v o l u c i ó n es la desterritorializac i ó n absoluta e n el p u n t o m i s m o e n el q u e ésta apela a la tierra n u e v a , al p u e b l o n u e v o . L a desterritorialización a b s o l u t a n o se e f e c t ú a sin u n a reterritorialización. L a filosofía se reterritotializa e n el c o n c e p t o . E l c o n c e p t o n o es objeto, s i n o territorio. N o tiene u n O b j e t o , s i n o u n ter r i t o r i o . P r e c i s a m e n t e , e n c a l i d a d d e tal, posee u n a f o r m a pre-

1. Kant, I.e conjlit des facultés, II, párrafo 6 (este texto ha recobrado toda su importancia en la actualidad a través de los comentarios absolutamente diferentes entre sí de Foucault, HabcrmflS y LyotarH).

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térita, presente y tal vez futura. La filosofía m o d e r n a se reterritoriaÜ2a en Grecia en t a n t o q u e f o r m a de su p r o p i o pasado. Q u i e n e s más han vivido la relación con Grecia c o m o u n a relación personal son sobre t o d o los filósofos alemanes. P e r o , precisamente, se sentían como el reverso o lo c o n t r a r i o d e los griegos, la inversa simétrica: los griegos en efecto d o m i n a b a n el p l a n o de i n m a n e n c i a q u e construían desbordantes de e n t u s i a s m o y arrebatados, p e r o tenían que buscar con q u é conceptos llenarlo, para n o caer d e n u e v o en las figuras d e O r i e n t e ; mientras q u e nosotros tenemos c o n c e p t o s , creemos tenerlos, tras tantos siglos de p e n s a m i e n t o occidental, p e r o no sabemos m u y bien d ó n d e ponerlos, porque c a r e c e m o s d e auténtico plano, debido a lo distraídos q u e estamos p o r la trascendencia cristiana. R e s u m i e n d o , en su f o r m a pretérita, el c o n c e p t o es lo que todavía n o estaba. Nosotros, actualmente, t e n e m o s Tos conceptos, p e r o los griegos todavía n o los tenían; ellos tenían el plano, que nosotros ya n o tenemos. Por .este motivo los griegos d e Platón contemplan el c o n c e p t o c o m o algo q u e está todavía m u y lejos y muy arriba, mientras q u e nosotros t e n e m o s el c o n c e p t o , lo te-, nemos en la m e n t e d e f o r m a i n n a t a , basta c o n reflexionar. Es lo q u e Holderlin expresaba tan p r o f u n d a m e n t e : lo «natal» d e los griegos es n u e s t r o «ajeno», lo q u e t e n e m o s q u e adquirir, m i e n t r a s que por el contrario n u e s t r o natal los griegos tenían q u e a d q u i r i r l o c o m o su ajeno. 1 O bien Schelling: los griegos vivían y p e n s a b a n e n la Naturaleza, p e r o dejaban el Espíritu en los «misterios», m i e n t r a s q u e nosotros vivimos, s e n t i m o s y p e n s a m o s e n el E s p í r i t u , e n la reflexión, p e r o dejamos la Naturaleza en u n p r o f u n d o m i s t e r i o aiquímico que n o cesamos de p r o f a n a r . El a u t ó c t o n o y el f o r á n e o ya no se separan c o m o dos personajes diferenciados, s i n o q u e se re-

1. Holderlin; los griegos poseen el gran Plano pánico, que c o m p a r t e n con Oriente, pero tienen que adquirir el c o n c e p t o o la composición orgánica occidental; «en nuestro caso, sucede lo contrario» (carta a Bolhcndorf, 4 de diciembre de 1801, y los comentarios de Jean Bcaufret en Holderlin, Remarques sur Oedipr, Éd. 10-18, págs. 8-11; [hay versión española en Ensayos: «Notas sobre Edipo y Antlgona», Madrid: Hipcrión, 1983] cf. t a m b i é n Philippe Lacoue-Labarthe, L'imitation des moderties, Éd. Gaülée). Incluso el texto f a m o s o de Renán sobre el «milagro» griego tiene un m o v i m i e n t o complejo análogo: lo que los griegos tenían por naturaleza, nosotros sólo p o d e m o s recobrarlo a través de la reflexión, afrontando un olvido y fastidio fundamentales: ya n o somos griegos, somos bretones (Souvenin d'enfance et de jeunessé).

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p a r t e n c o m o u n ú n i c o y m i s m o p e r s o n a j e d o b l e q u e se d e s d o b l a a su vez e n dos versiones, p r e s e n t e y p r e t é r i t a : lo q u e era a u t ó c t o n o se v u e l v e f o r á n e o , lo q u e era f o r á n e o se v u e l v e a u t ó c t o n o . H ó l d e r l i n apela c o n t o d a s sus fuerzas a u n a «sociedad d e amigos» c o m o c o n d i c i ó n del p e n s a m i e n t o , p e r o es c o m o si esta s o c i e d a d h u b i e s e a t r a v e s a d o u n a c a t á s t r o f e q u e c a m b i a s e la n a t u r a l e z a d e la a m i s t a d . N o s r e t c r r i t o r i a l i z a m o s e n los griegos, p e r o e n f u n c i ó n d e l o q u e todavía n o t e n í a n n i e r a n , d e tal m o d o q u e los r e territorializamos e n n o s o t r o s m i s m o s . Así p u e s , la reterritorialización filosófica t a m b i é n t i e n e u n a f o r m a p r e s e n t e . ¿Cabe d e c i r q u e la filosofía se reterritorializa e n el E s t a d o d e m o c r á t i c o m o d e r n o y e n los d e r e c h o s del h o m b r e ? P e r o , p o r q u e n o existe n i n g ú n E s t a d o d e m o c r á t i c o u n i v e r s a l , este m o v i m i e n t o i m p l i c a la p a r t i c u l a r i d a d d e u n E s t a d o , d e u n d e r e c h o , o el espíritu d e u n p u e b l o capa?, d e e x p r e s a r los d e r e c h o s del h o m b r e e n «su» E s t a d o , y d e p e r f i l a r la sociedad m o d e r n a d e los h e r m a n o s . E f e c t i v a m e n t e , n o sólo el filósofo t i e n e u n a n a c i ó n , e n t a n t o q u e h o m b r e , sino q u e la filosofía se reterritorializa e n el E s t a d o n a c i o n a l y e n el espíritu del p u e b l o (las m á s d e las veces e n el E s t a d o y e n el p u e b l o del filósofo, p e r o n o s i e m p r e ) . Así f u n d ó N i e t z s c h e la g c o f i l o s o f í a , t r a t a n d o d e d e t e r m i n a r los caracteres d e la filosofía f r a n c e s a , inglesa y a l e m a n a . P e r o ¿ p o r q u é ú n i c a m e n t e tres países f u e r o n c o l e c t i v a m e n t e capaces d e p r o d u c i r filosofía en el m u n d o capitalista? ¿Por q u e n o E s p a ñ a , p o r q u e n o Italia? Italia en p a r t i c u l a r p r e s e n t a b a u n c o n j u n t o d e c i u d a d e s desterritorializadas y u n p o d e r í o m a r í t i m o capaces d e r e n o v a r las c o n d i c i o n e s d e u n «milagro», y m a r c ó el i n i cio d e u n a filosofía inigualable, p e r o q u e a b o r t ó , y cuya h e r e n c i a se t r a n s f i r i ó más bien a A l e m a n i a (con L e i b n i z y Schclling). T a l vez se e n c o n t r a b a E s p a ñ a d e m a s i a d o s o m e t i d a a la Iglesia, e Italia d e m a s i a d o «próxima» d e la S a n t a Sede; lo q u e e s p i r i t u a l m e n t e salvó a A l e m a n i a y a I n g l a t e r r a f u e tal v e z la r u p t u r a c o n el catolic i s m o , y a F r a n c i a el galicanismo... Italia y E s p a ñ a c a r e c í a n d e u n « m e d i o » p a r a la filosofía, c o n lo q u e sus p e n s a d o r e s s e g u í a n s i e n d o u n a s «cometas», y a d e m á s estos países e s t a b a n d i s p u e s t o s a q u e m a r a sus c o m e t a s . Italia y E s p a ñ a f u e r o n los d o s países o c c i d e n t a l e s c a p a c e s d e desarrollar c o n m u c h a f u e r z a el concettismo, es d e c i r ese c o m p r o m i s o católico del c o n c e p t o y d e la figura, q u e p o s e í a u n

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gran v a l o r estético p e r o disfrazaba la filosofía, la desviaba h a c í a una retórica e i m p e d í a u n a p o s e s i ó n p l e n a del c o n c e p t o . La f o r m a p r e s e n t e se e x p r e s a así: ¡ t e n e m o s los c o n c e p t o s ! M i e n t r a s q u e los griegos n o los «tenían» t o d a v í a , y ios c o n t e m p l a b a n d e lejos, o ios p r e s e n t í a n : d e a h í d e r i v a la d i f e r e n c i a e n t r e la r e m i n i s c e n c i a p l a t ó n i c a y ei i n n a t i s m o c a r t e s i a n o o el a priori k a n t i a n o . P e r o la p o s e s i ó n d e l c o n c e p t o n o p a r e c e c o i n c i dir c o n la r e v o l u c i ó n , el Estado' d e m o c r á t i c o y los d e r e c h o s d e l h o m b r e . Si bien es c i e r t o q u e e n A m é r i c a Ja i n f l u e n c i a filosófica deJ p r a g m a t i s m o , tan p o c o c o n o c i d o e n F r a n c i a , está e n c o n t i n u i d a d c o n la r e v o l u c i ó n d e m o c r á t i c a d e la n u e v a sociedad d e h e r m a n o s , n o s u c e d e lo m i s m o c o n la e d a d d e o r o d e la f i l o s o f í a f r a n c e s a e n el siglo XVII, n¡ c o n la d e I n g l a t e r r a e n el siglo XVIII, ni c o n la d e A l e m a n i a e n el siglo XIX. P e r o e s t o t a n sólo significa q u e la historia d e los h o m b r e s y la historia d e la filosofía n o t i e n e n el m i s m o r i t m o . Y la filosofía f r a n c e s a i n v o c a ya u n a república d e los espíritus y u n a c a p a c i d a d d e p e n s a r c o m o «lo m á s e x t e n d i d o » q u e acabará e x p r e s á n d o s e e n u n c o g i t o r e v o l u c i o n a rio; I n g l a t e r r a n o r e f l e x i o n a r á sin cesar s o b r e su experiencia rev o l u c i o n a r i a , y será la p r i m e r a e n p r e g u n t a r p o r q u é las r e v o l u ciones suelen acabar tan m a l e n los h e c h o s , c u a n d o t a n t o p r o m e t e n en espíritu. I n g l a t e r r a , A m é r i c a y F r a n c i a se s i e n t e n c o m o las tres tierras d e los d e r e c h o s del h o m b r e . E n l o q u e a A l e m a n i a respecta, n u n c a dejará p o r su l a d o d e r e f l e x i o n a r s o b r e la R e v o l u c i ó n f r a n c e s a c o m o lo q u e ella m i s m a n o p u e d e h a c e r (carece d e ciudades s u f i c i e n t e m e n t e dcsterritorializadas, s o p o r t a el peso d e un e n t o r n o territorial, el Land). P e r o se i m p o n e la tarea d e p e n s a r lo q u e n o se p u e d e hacer. E n cada caso, la f i l o s o f í a e n c u e n t r a d ó n d e reterrirorializarse en el m u n d o m o d e r n o c o n f o r m e al espíritu d e u n p u e b l o y a su c o n c e p c i ó n del d e r e c h o . Así pues, la historia d e la filosofía está m a r c a d a p o r u n o s c a r a c t e res nacionales, o m e j o r d i c h o nacionalitarios, q u e son c o m o «opiniones» filosóficas.

EJEMPLO VIII

Admitiendo que nosotros, hombres modernos, tenemos el concepto pero hemos perdido de vista el plano de inmanencia, el ca-

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rácter f r a n c é s e n filosofía p r o p e n d e a c o n f o r m a r s e c o n esta situac i ó n s o s t e n i e n d o los c o n c e p t o s m e d i a n t e u n m e r o o r d e n d e l c o n o c i m i e n t o r e f l e x i v o , u n o r d e n d e las r a z o n e s , u n a « e p i s t e m o l o g í a » . E s c o m o e l r e c u e n t o d e las t i e r r a s h a b i t a b l e s , c i v i l i z a b l e s , c o g n o s c i bles o conocidas, q u e se miden a partir de u n a «toma» d e conciencia o cogito, a u n c u a n d o este cogito tiene q u e volverse prerreflexivo, y esta conciencia

n o térica, para cultivar

las t i e r r a s

más

i n g r a t a s . L o s f r a n c e s e s s o n c o m o t e r r a t e n i e n t e s c u y a r e n t a e s el cog i t o . S i e m p r e s e h a n r e t e r r i t o r i a l i z a d o e n la c o n c i e n c i a .

Alemania,

p o r ' e l c o n t r a r i o , n o r e n u n c i a a l o a b s o l u t o : u t i l i z a la c o n c i e n c i a , p e r o c o m o u n m e d i o d e desterritorialización. Q u i e r e

reconquistar

e l p l a n o d e i n m a n e n c i a g r i e g o , la t i e r r a d e s c o n o c i d a q u e a h o r a c o m o s u p r o p i a barbarie, nómadas

s u p r o p i a anarquía

siente

e n t r e g a d a a los

d e s d e la d e s a p a r i c i ó n d e l o s g r i e g o s . ' A s í p u e s , h a y q u e

d e s b r o z a r y a f i r m a r e s t e s u c i o s i n d e s c a n s o , e s d e c i r f u n d a r . U n a rab i a f u n d a d o r a , c o n q u i s t a d o r a , i n s p i r a e s t a f i l o s o f í a ; l o q u e l o s grieg o s tenían m e d i a n t e a u t o c t o n í a , ella lo t e n d r á m e d i a n t e conquista y f u n d a c i ó n , h a s t a t a l p u n t o q u e v o l v e r á la i n m a n e n c i a i n m a n e n t e a a l g o , a s u p r o p i o A c t o d e f i l o s o f a r , a su p r o p i a s u b j e t i v i d a d f i l o s o f a n t e (el c o g i t o a d q u i e r e p o r lo t a n t o un s e n t i d o

completamente

distinto, p u e s t o q u e c o n q u i s t a y fija el suelo). D e s d e e s t e p u n t o d e vista, I n g l a t e r r a e s la o b s e s i ó n d e A l e m a n i a , p u e s l o s i n g l e s e s s o n p r e c i s a m e n t e e s t o s n ó m a d a s q u e t r a t a n el p l a n o de i n m a n e n c i a c o m o un suelo móvil y m o v e d i z o , un c a m p o d e e x p e r i m e n t a c i ó n radical, u n m u n d o e n a r c h i p i é l a g o e n el q u e se l i m i t a n a p l a n t a r sus . t i e n d a s , d e isla e n isla y e n el m a r . L o s i n g l e -

1. El lector se remitirá a las líneas iniciales del prefacio de la primera edición de la Crítica de la razón pura'. «El terreno en el q u e se libran los combates se llama la Metafísica... Al principio, bajo el reinado de los dogmáticos, su poder era despótico. P e r o c o m o su legislación todavía llevaba la impronta de la antigua barbarie, esta metafísica se sumió poco a poco, a raíz de guerras intestinas, en una total anarquía, y los escdpticos, una especie d e nómadas a quienes horroriza establecerse definitivamente en una tierra, rompían de tanto en tanto el vínculo social. Sin embargo, c o m o Felizmente eran p o c o ' n u m e r o s o s , n o pudieron impedir que sus adversarios siempre volvieran a tratar, a u n q u e de hecho sin n i n g ó n pian c o n c e r t a d o entre ellos de antemano, de restablecer este vínculo quebrado...» Y respecto a ta isla de fundación, el i m p o r t a n t e texto de «La analítica de los principios», al principio del capítulo 111. Las Críticas n o implican únicamente una «historia», sino sobre todo una geografía de la Razón, según la cual se distingue u n «campo», u n «territorio» y u n «Ambito» del concepto (Crítica del juicio, introducción, párrafo 2). Jcan-Clet Martin ha llevado a cabo un hermoso análisis de esta geografía d e la Razón pura e n Kant: Variatiotis, de próxima publicación.

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ses n o m a d i z a n sobre la a n t i g u a tierra griega f r a c t u r a d a , fractalizada, e x t e n d i d a a t o d o el u n i v e r s o . N i t a n s ó l o cabe d e c i r q u e p o s e a n los conceptos, c o m o los f r a n c e s e s o los a l e m a n e s ; p e r o los a d q u i e r e n , sólo creen e n lo a d q u i r i d o . N o p o r q u e t o d o p r o v e n g a d e los s e n t i dos, sino p o r q u e se a d q u i e r e u n c o n c e p t o h a b i t a n d o , p l a n t a n d o la tienda, c o n t r a y e n d o u n a c o s t u m b r e . E n la t r i n i d a d F u n d a r - C o n s t r u i r - H a b i t a r , los franceses c o n s t r u y e n , y los a l e m a n e s f u n d a n , p e r o los ingleses h a b i t a n . Les basta c o n u n a tienda. T i e n e n d é l a ' c o s t u m b r e u n a c o n c e p c i ó n e x t r a o r d i n a r i a : se a d q u i e r e n c o s t u m b r e s c o n t e m p l a n d o , y c o n t r a y e n d o l o q u e se c o n t e m p l a . L a c o s t u m b r e es creadora. L a planta c o n t e m p l a el a g u a , !a t i e r r a , el n i t r ó g e n o , el c a r b o n o , los c l o r u r o s y los s u l f a t o s , y los c o n t r a e p a r a a d q u i r i r su p r o p i o c o n c e p t o , y llenarse d e él ( e n j o y m e n l ) . E l c o n c e p t o es u n a c o s t u m b r e a d q u i r i d a c o n t e m p l a n d o los e l e m e n t o s d e los q u e se p r o c e d e ( d e ahí el carácter g r i e g o t a n especial d e la filosofía i n glesa, su n e o p l a t o n i s m o e m p í r i c o ) . T o d o s s o m o s c o n t e m p l a c i o n e s , p o r lo t a n t o c o s t u m b r e s . Yo es u n a c o s t u m b r e . D o n d e hay c o n c e p t o hay c o s t u m b r e , y las c o s t u m b r e s se h a c e n y se d e s h a c e n e n el p l a n o d e la i n m a n e n c i a d e la c o n c i e n c i a radical: son las « c o n v e n c i o n e s » . 1 P o r este m o t i v o la filosofía i n g l e s a es u n a c r e a c i ó n l i b r e y salvaje d e c o n c e p t o s . P a r t i e n d o d e u n a p r o p o s i c i ó n d e t e r m i n a d a , ¿a q u é

convención remite, qué costumbre constituye su concepto? Ésta es la pregunta del pragmatismo. El derecho inglés es consuetudinario o convencional, como el francés lo es contractual (sistema deductivo), y el alemán institucional (totalidad orgánica). Cuando la filosofía se reterritorializa en el Estado de derecho, el filósofo se vuelve profesor de filosofía, pero el alemán lo es por institución y fundamento, el francés por contrato, y el ingles sólo por convención.

Si no existe u n Estado d e m o c r á t i c o universal, a pesar d e los sueños d e f u n d a c i ó n de la filosofía a l e m a n a , es d e b i d o a q u e lo único que es universal en el capitalismo es el m e r c a d o . P o r o p o sición a Jos imperios arcaicos q u e procedían a u n a s sobrecodificaciones trascendentes; el capitalismo f u n c i o n a c o m o una axiomática i n m a n e n t e d e flujos descodificados (flujos d e d i n e r o , d e 1. Hume, Traiti de la nature humaine, Éd. Aubicr, II, pág. 008: «Dos hombres que reman en un bote lo hacen según un acuerdo o una convención, aunque jamás se hayan hecho promesa alguna.» (Hay versión española: Tratado de la naturaleza humana, Barcelona: Orbis, 1985.)

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trabajo, d e productos...). Los Estados nacionales ya n o son paradigmas de sobrecodíficación, sino q u e constituyen los «modelos d e realización» d e esta axiomática i n m a n e n t e . E n una axiomática, los m o d e l o s n o remiten a una trascendencia, al contrario. Es c o m o si la desterritorialización d e los Estados m o d e r a r a la del capital, y proporcionara a éste las reterritorializaciones compensatorias. A h o r a bien, los modelos de realización p u e d e n ser muy variados (democráticos, dictatoriales, totalitarios...), p u e d e n ser realmente heterogéneos, y no p o r ello son m e n o s isomorfos en relación c o n el m e r c a d o m u n d i a l , e n tanto q u e éste n o sólo s u p o n e , sino q u e p r o d u c e desigualdades d e desarrollo determinantes. D e b i d o a ello, c o m o se ha destacado c o n frecuencia, los Estados democráticos están tan vinculados —y comprometidos— con los E s t a d o s dictatoriales q u e la defensa d e los derechos del h o m b r e tiene q u e pasar n e c e s a r i a m e n t e por la crítica interna d e toda democracia. T o d o d e m ó c r a t a es también «el otro Tartufo» d e Beaumarchais, el T a r t u f o h u m a n i t a r i o c o m o decía Péguy. Ciertamente, n o hay m o t i v o para considerar q u e ya n o podemos pensar después d e Auschwitz, y q u e todos somos responsables del nazismo, en u n a culpabilidad enfermiza q u e sólo afectaría por lo d e m á s a las víctimas. P r i m o Levi dice: n o conseguirán que t o m e m o s a las víctimas p o r verdugos. P e r o lo q u e el nazismo y los campos nos inspiran, dice, es m u c h o más o m u c h o menos: «la vergüenza d e ser un hombre» (porq u e hasta los supervivientes tuvieron q u e pactar, q u e c o m p r o m e terse...).' N o son sólo nuestros Estados, es cada u n o d e nosotros, cada demócrata, quien resulta n o responsable del nazismo, sino mancillado por él. Se produce una catástrofe en efecto, p e r o la catástrofe consiste precisamente en q u e la sociedad d e los h e r m a n o s o de los amigos ha atravesado una prueba d e tal calibre que éstos ya n o p u e d e n mirarse unos a otros, o cada cual a sí m i s m o , sin u n a «fatiga», tal vez una desconfianza, que se convierten en m o v i m i e n -

1. L o que P r i m o Levi describe de este m o d o es un sentimiento «compuesto»: vergüenza de q u e hombres hayan podido hacer aquello, vergüenza de que n o hayamos podido impedirlo, vergüenza de haber sobrevivido a ello , vergüenza de haber sido envilecido o disminuido, Ver Les naujragés et tes rescapés, Gallimard (y, sobre «la zona gris», de contornos mal definidos que separa y vincula a la vez los dos campos de los amos y los esclavos..., pág. 42). (Hay versión española: Los hundidos y los salvados, Barcelona: iMuchnik Editores, 1988.)

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tos infinitos dci pensamiento q u e no s u p r i m e n la amistad pero Je dan su tono moderno, y sustituyen Ja mera «rivalidad» de los griegos. Ya no somos griegos, y la amistad ya no es la misma: Blanchot, Mascólo han vislumbrado la importancia d e esta m u t a ción para el propio pensamiento. Los derechos del h o m b r e son axiomas: p u e d e n coexistir con muchos más axiomas en el mercado —particularmente en lo q u e a la seguridad de la propiedad se refiere— q u e los ignoran o los dejan en suspenso m u c h o más aún d e lo q u e los contradicen: «la mezcla impura o la vecindad impura», decía Nietzsche. ¿Quién p u e d e mantener y gestionar la miseria, y la desterritorializaciónretcrritorialización del chabolismo, salvo unas policías y u n o s ejércitos poderosos que coexisten con las democracias? ¿Qué socialdemocracia no ha d a d o la orden de disparar c u a n d o la miseria sale de su territorio o gueto? Los derechos n o salvan a los hombres, ni a una filosofía q u e se reterritorializa en el E s t a d o democrático. Y mucha ingenuidad, o m u c h a perfidia, precisa u n a filosofía de la comunicación q u e p r e t e n d e restaurar la sociedad de los amigos o incluso de los sabios f o r m a n d o u n a o p i n i ó n universal c o m o «consenso» capaz d e moralizar las naciones, los Estados y el mercado.' N a d a dicen los d e r e c h o s del h o m b r e sob r e los modos de existencia i n m a n e n t e s del h o m b r e provisto d e derechos. Y la vergüenza d e ser u n h o m b r e n o sólo la experim e n t a m o s en las situaciones extremas descritas p o r P r i m o L e v i , s i n o en condiciones insignificantes, a n t e la vileza y la vulgaridad d e la existencia q u e acecha a Jas democracias, a n t e la p r o p a g a ción de estos modos d e existencia y d e p e n s a m i e n t o - p a r a - e l - m e r cado, ante los valores, los ideales y las o p i n i o n e s d e n u e s t r a época. La ignominia d e las posibilidades d e vida q u e se nos o f r e cen surge de dentro. N o nos sentimos ajenos a nuestra época, p o r el contrario contraemos c o n t i n u a m e n t e c o n ella c o m p r o m i s o s vergonzosos. Este s e n t i m i e n t o d e vergüenza es u n o d e los t e m a s m á s poderosos de la filosofía. N o s o m o s responsables d e las víctimas, sino ante las víctimas. Y n o q u e d a m á s r e m e d i o q u e h a c e r 1. Sobre la critica de la «opinión democrática», su modeio americano y las mistificaciones de los derechos del hombre o del Estado de derecho internacional, uno de los análisis más penetrantes es el de Michel Butel, l.'Autre journol, n * 10, marzo de 1991, págs. 21-25.

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el a n i m a l (gruñir, escarbar, r e í r sarcástocamente, c o n v u l s i o n a r s e ) p a r a librarse d e lo abyecto: el p r o p i o p e n s a m i e n t o está a veces m á s cerca de u n a n i m a l m o r i b u n d o q u e d e Un h o m b r e vivo, i n cluso demócrata. A u n q u e la filosofía se reterritorialice e n el c o n c e p t o , n o p o r ello halla su c o n d i c i ó n e n la f o r m a p r e s e n t e d e l E s t a d o d e m o c r á tico, o e n un cogito d e c o m u n i c a c i ó n m á s d u d o s o a ú n q u e e l cog i t o d e reflexión. N o c a r e c e m o s d e c o m u n i c a c i ó n , p o r el c o n t r a rio n o s sobra, c a r e c e m o s d e c r e a c i ó n . Carecemos de resistencia al presente. La creación d e c o n c e p t o s apela e n sí m i s m a a u n a f o r m a futura, p i d e u n a t i e r r a n u e v a y u n p u e b l o q u e n o existe t o davía. L a europeización n o constituye u n d e v e n i r , c o n s t i t u y e ú n i c a m e n t e la historia del c a p i t a l i s m o q u e i m p i d e el d e v e n i r d e los pueblos sometidos. E l a r t e y Ja f i l o s o f í a se u n e n e n este p u n t o , la constitución d e u n a tierra y d e u n p u e b l o q u e f a l t a n , e n t a n t o q u e correlato d e la c r e a c i ó n . N o s o n los a u t o r e s populistas s i n o los más aristocráticos los q u e r e c l a m a n e s t e f u t u r o . E s t e p u e b l o y esta tierra n o se e n c o n t r a r á n e n n u e s t r a s d e m o c r a c i a s . Las democracias son mayorías, p e r o u n d e v e n i r es p o r n a t u r a l e z a lo q u e se sustrae s i e m p r e a la mayoría. L á posición d e m u c h o s autores respecto a la d e m o c r a c i a es c o m p l e j a , a m b i g u a . E l c a s o H e i d e g g e r ha c o m p l i c a d o m á s las cosas: h a h e c h o f a l t a q u e u n g r a n filósofo se reterritorializara e f e c t i v a m e n t e e n el n a z i s m o p a r a q u e los c o m e n t a r i o s m á s s o r p r e n d e n t e s se o p o n g a n , o r a p a r a p o n e r en tela d e juicio su filosofía, o r a para absolverle e n n o m b r e d e unos a r g u m e n t o s t a n c o m p l i c a d o s y r e b u s c a d o s q u e u n o se queda dubitativo. N o s i e m p r e es fácil ser h e i d e g g e r i a n o . Se c o m p r e n d e r í a mejor q u e u n g r a n p i n t o r , u n g r a n m ú s i c o se s u m i e r a n de este m o d o e n la i g n o m i n i a ( p e r o p r e c i s a m e n t e n o lo hicieron). Tenía q u e ser u n f i l ó s o f o , c o m o si la i g n o m i n i a tuviera q u e e n t r a r eri la filosofía m i s m a . P r e t e n d i ó alcanzar a los griegos a través de los a l e m a n e s e n el p e o r m o m e n t o d e su historia: ¿hay algo p e o r , decía Niet2sche, q u e e n c o n t r a r s e a n t e u n a l e m á n c u a n d o se esperaba a u n g r i e g o ? .¿Cómo n o iban los c o n c e p t o s (de Heidegger) a estar i n t r í n s e c a m e n t e m a n c i l l a d o s p o r u n a reterritoriaiización abyecta? S a l v o q u e todos los c o n c e p t o s n o c o m p o r t e n esta zona gris y d e i n d i s c e r o i b i l i d a d e n la q u e los luchad o r e s se enredan d u r a n t e u n o s instantes e n el suelo, y e n la q u e

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la m i r a d a cansada del p e n s a d o r c o n f u n d e a u n o c o n o t r o : n o sólo c o n f u n d e al a l e m á n con u n griego, s i n o a u n fascista c o n u n creador d e existencia y d e libertad. H e i d c g g e r se p e r d i ó p o r las sendas d e la reterritorialización, pues se trata d e c a m i n o s sin balizas ni parapetos. Tal vez aquel estricto p r o f e s o r e s t u v i e r a m á s loco d e lo q u e parecía. Se e q u i v o c ó d e p u e b l o , d e t i e r r a , d e sangre. Pues la raza llamada p o r el arte o la filosofía n o es la q u e se p r e t e n d e p u r a , s i n o una raza o p r i m i d a , bastarda, i n f e r i o r , a n á r quica, n ó m a d a , i r r e m e d i a b l e m e n t e m e n o r , a q u e l l o s a los q u e K a n t excluía d e los c a m i n o s d e la n u e v a Crítica... A r t a u d decía: escribir para los a n a l f a b e t o s , hablar para los afásicos, p e n s a r para los acéfalos. ¿ P e r o q u é significa «para»? N o es «dirigido a..,», ni siquiera «en lugar de...». E s «ante». Se trata d e u n a c u e s t i ó n d e devenir. El p e n s a d o r no es acéfalo, afásico o a n a l f a b e t o , p e r o lo deviene. D e v i e n e indio, n o acaba d e d e v e n i r l o , tal vez «para que» el indio q u e es indio d e v e n g a él m i s m o algo m á s y se libere de su agonía. Se piensa y se escribe para los m i s m í s i m o s a n i m a les. Se d e v i e n e a n i m a l para q u e el a n i m a l t a m b i é n d e v e n g a otra cosa. La agonía d e u n a rata o la ejecución d e u n t e r n e r o p e r m a necen presentes e n el p e n s a m i e n t o , n o p o r p i e d a d , s i n o c o m o zona d e i n t e r c a m b i o e n t r e el h o m b r e y el a n i m a l e n la q u e algo de u n o pasa al otro. Es la r e l a c i ó n c o n s t i t u t i v a d e la filosofía c o n la n o filosofía. E l d e v e n i r s i e m p r e es d o b l e , y este d o b l e d e v e n i r es lo q u e c o n s t i t u y e el p u e b l o v e n i d e r o y la tierra n u e v a . L a filosofía tiene q u e d e v e n i r n o filosofía, p a r a q u e la n o filosofía devenga la tierra y el p u e b l o d e la filosofía. Hasta u n filósofo t a n bien c o n s i d e r a d o c o m o el o b i s p o Berkeley r e p i t e sin cesar: n o s o tros los irlandeses, el p o p u l a c h o . . . El p u e b l o es i n t e r i o r al p e n s a dor p o r q u e es u n «devenir-pueblo» d e igual m o d o q u e el p e n s a dor es i n t e r i o r al p u e b l o , e n t a n t o q u e d e v e n i r n o m e n o s ilimitado. E l artista o el filósofo son del t o d o i n c a p a c e s d e c r e a r uft pueblo, sólo p u e d e n l l a m a r l o con t o d a s sus f u e r z a s . U n p u e blo sólo p u e d e crearse c o n s u f r i m i e n t o s a b o m i n a b l e s , y ya n o p u e d e o c u p a r s e m á s d e a r t e o d e filosofía. P e r o los libros d e filosofía y las o b r a s d e arte t a m b i é n c o n t i e n e n su s u m a i n i m a g i n a b l e d e s u f r i m i e n t o q u e h a c e p r e s e n t i r el a d v e n i m i e n t o d e u n p u e b l o . T i e n e n e n c o m ú n la resistencia, la resistencia a la m u e r t e , a la s e r v i d u m b r e , á l o intolerable, a la v e r g ü e n z a , al p r e s e n t e .

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La desterritorialización y la reterritorialización se cruzan e n el doble devenir. A p e n a s se p u e d e ya d i s t i n g u i r lo a u t ó c t o n o d e lo foráneo, p o r q u e el forastero d e v i e n e a u t ó c t o n o j u n t o al o t r o q u e n o lo es, al m i s m o t i e m p o q u e el a u t ó c t o n o d e v i e n e forastero, a sí m i s m o , a su propia clase, a su propia n a c i ó n , a su propia lengua: h a b l a m o s la misma lengua, y sin e m b a r g o n o le c o m p r e n d o . D e v e n i r f o r a s t e r o respecto a u n o m i s m o , y a su p r o p i a lengua y n a c i ó n , ¿ n o es acaso lo p r o p i o del filósofo y d e la filosofía, su «estilo», l o q u e se llama u n galimatías filosófico? Resumiendo, la filosofía se reterritorialoza tres veces, u n a vez en el pasado en los griegos, una vez e n el p r e s e n t e e n el E s t a d o d e m o c r á t i c o , u n a vez e n el f u t u r o e n el p u e b l o n u e v o y e n la tierra nueva. L o s griegos y los d e m ó c r a t a s se d e f o r m a n singularm e n t e en este espejo del f u t u r o . La utopía n o es u n b u e n c o n c e p t o p o r q u e , i n c l u s o c u a n d o se o p o n e a la H i s t o r i a , sigue r e f i r i é n d o s e a ella c i n s c r i b i é n d o s e e n ella c o m o ideal o m o t i v a c i ó n . P e r o el d e v e n i r es el c o n c e p t o mismo. N a c e en la Historia, y se s u m e d e n u e v o e n ella, p e r o n o le pertenece. N o t i e n e en sí m i s m o p r i n c i p i o ni fin, sólo m i t a d . Así, resulta m á s geográfico q u e histórico. Así s o n las r e v o l u c i o nes y las sociedades d e amigos, sociedades d'c resistencia, p u e s crear es resistir: m e r o s devenires, m e r o s a c o n t e c i m i e n t o s e n u n p l a n o de i n m a n e n c i a . L o q u e la Historia a p r e h e n d e del a c o n t e c i m i e n t o es su e f e c t u a c i ó n en u n o s estados d e cosas o e n la v i v e n cia, p e r o el a c o n t e c i m i e n t o en su d e v e n i r , en su consistencia p r o pia, en su autoposición c o m o c o n c e p t o , es a j e n o a la Historia. Los tipos psicosociales son históricos, p e r o los p e r s o n a j e s c o n c e p tuales son a c o n t e c i m i e n t o s . O r a e n v e j e c e m o s s i g u i e n d o la Historia, y con ella ora nos h a c e m o s viejos e n un a c o n t e c i m i e n t o muy discreto (tal vez el m i s m o a c o n t e c i m i e n t o q u e p e r m i t e p l a n t e a r el p r o b l e m a «¿qué es la filosofía»?). Y lo m i s m o s u c e d e con q u i e nes m u e r e n jóvenes, existen varias m a n e r a s d e m o r i r d e este m o d o . Pensar es e x p e r i m e n t a r , p e r o la e x p e r i m e n t a c i ó n es s i e m pre lo que se está haciendo: lo n u e v o , lo d e s t a c a b l e , lo i n t e r e sante, q u e sustituyen a la apariencia d e v e r d a d y q u e son m á s exigentes q u e ella. L o que se está h a c i e n d o n o es lo q u e acaba, a u n q u e t a m p o c o es lo q u e empieza, La historia n o es e x p e r i m e n tación, es sólo el c o n j u n t o d e c o n d i c i o n e s casi n e g a t i v a s q u e ha-

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cen posible 3a experimentación de algo q u e es ajeno a Ja historia. Sin la historia, la experimentación permanecería indeterminada, incondicionada, pero la experimentación no es histórica, es filosófica. EJEMPLO IX P é g u y e x p l i c a e n u n g r a n libro d e f i l o s o f í a q u e h a y d o s m a n e r a s d e c o n s i d e r a r el a c o n t e c i m i e n t o , u n a q u e c o n s i s t e e n r e c o r r e r el a c o n t e c i m i e n t o , y e n registrar su e f e c t u a c i ó n e n la h i s t o r i a , su c o n d i c i o n a m i e n t o y su p u d r i m i e n t o e n la h i s t o r i a , y o t r a q u e c o n s i s t e e n r e c a p i t u l a r el a c o n t e c i m i e n t o , e n i n s t a l a r s e e n él c o m o e n u n d e v e n i r , e n r e j u v e n e c e r y e n v e j e c e r d e n t r o d e él a la vez, e n p a s a r p o r t o d o s sus c o m p o n e n t e s o s i n g u l a r i d a d e s . P u e d e q u e n a d a c a m b i e o p a r e z c a c a m b i a r e n la h i s t o r i a , p e r o t o d o c a m b i a e n el a c o n t e c i m i e n t o , y n o s o t r o s c a m b i a m o s e n el a c o n t e c i m i e n t o : « N o h u b o n a d a . Y u n p r o b l e m a del cual n o s e v i s l u m b r a b a el f i n a l , u n p r o b l e m a sin salida,., d e r e p e n t e deja d e e x i s t i r y u n o s e p r e g u n t a d e q u e s e h a b l a b a » ; eí p r o b l e m a p a s ó a o t r o s p r o b l e m a s ; « n o

hubo

nada y nos e n c o n t r a m o s en un p u e b l o nuevo, en un m u n d o nuevo, e n u n h o m b r e n u e v o » . ' Y a n o se t r a t a d e a l g o h i s t ó r i c o , ni t a m p o c o d e a l g o e t e r n o , d i c e P é g u y , se t r a t a d e l o hiternal. nombre

que

Péguy

tuvo que crear

H e aquí un

para designar un

concepto

n u e v o , y los c o m p o n e n t e s , las i n t e n s i d a d e s d e e s t e c o n c e p t o . N o se t r a t a a c a s o d e a l g o p a r e c i d o a lo q u e u n p e n s a d o r a l e j a d o d e P é g u y h a b í a d e s i g n a d o c o n el n o m b r e d e Intempestivo

o d e Inactval:

la

n e b u l o s a n o histórica q u e nada cieñe q u e ver c o n lo e t e r n o , el d e v e n i r s i n e l c u a l n a d a s u c e d e r í a e n la h i s t o r i a , p e r o q u e n o s e c o n f u n d e c o n e l l a . P o r d e b a j o d e los g r i e g o s y d e los E s t a d o s , lanza u n p u e b l o , u n a t i e r r a , c o m o Ja flecha y e l d i s c o d e u n m u n d o n u e v o q u e n o a c a b a , s i e m p r e h a c i é n d o s e : « a c t u a r c o n t r a el t i e m p o , y d e e s t e m o d o s o b r e el t i e m p o , a f a v o r ( l o e s p e r o ) d e u n t i e m p o v e n i d e r o » . A c t u a r c o n t r a e l p a s a d o , y d e e s t e m o d o s o b r e el p r e s e n t e , a f a v o r ( l o e s p e r o ) d e u n p o r v e n i r , p e r o el p o r v e n i r n o e s u n f u t u r o d e la h i s t o r i a , n i s i q u i e r a u t ó p i c o , es el i n f i n i t o A h o r a , el A't/« q u e P l a t ó n ya d i s t i n g u í a d e t o d o p r e s e n t e , l o I n t e n s i v o o l o I n t e m p e s tivo, n o u n i n s t a n t e , sino un d e v e n i r . ¿ N o se trata acaso u n a vez m á s d e l o q u e F o u c a u l t l l a m a b a l o Actual?

¿ P e r o c ó m o iba e s t e

c o n c e p t o a r e c i b i r a h o r a el n o m b r e d e a c t u a l m i e n t r a s q u e N i c t z s -

1. Péguy, Clio, GalJjmard, págs. 266-269.

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c h e lo llamaba inactual? Resulta que, para Foucault, lo q u e c u e n t a e s la d i f e r e n c i a d e l p r e s e n t e y l o actual. L o n u e v o , - l o i n t e r e s a n t e , e s l o a c t u a l . L o a c t u a l n o es l o q u e s o m o s , s i n o m á s b i e n l o q u e d e v e n i m o s , l o q u e e s t a m o s d e v i n i e n d o , es d e c i r el O t r o , n u e s t r o d e v e n i r - o t r o . E l p r e s e n t e , por el c o n t r a r i o , es l o q u e s o m o s y, p o r e l l o m i s m o , l o q u e e s t a m o s ya d e j a n d o d e ser. N o s ó l o t e n e m o s q u e d i s t i n g u i r la p a r t e d e l p a s a d o y la d e l p r e s e n t e , s i n o , m á s p r o f u n d a m e n t e , la d e l p r e s e n t e y la d e l o actual. 1 N o p o r q u e l o a c t u a l s e a la p r e f i g u r a c i ó n i n c l u s o utópica d e u n p o r v e n i r d e n u e s t r a h i s t o r i a t o d a v í a , s i n o p o r q u e e s el a h o r a d e n u c s i r o d e v e n i r . C u a n d o F o u c a u l t a d m i r a a K a n t p o r h a b e r p l a n t e a d o el p r o b l e m a d e la f i l o s o f í a n o c o n r e l a c i ó n a lo e t e r n o sino c o n r e l a c i ó n al A h o r a , q u i e r e d e c i r q u e e l o b j e t o d e la filosofía n o c o n s i s t e e n c o n t e m p l a r l o e t e r n o , n i e n r e f l e j a r la h i s t o r i a , s i n o e n d i a g n o s t i c a r n u e s t r o s d e v e n i r e s a c t u a les: u n d e v e n i r - r e v o l u c i o n a r i o q u e , según e l p r o p i o K a n t , n o se. c o n f u n d e c o n el p a s a d o , ni el p r e s e n t e , n i el f u t u r o d e las r e v o l u c i o n e s . U n d e v e n i r - d e m o c r á t i c o q u e n o se c o n f u n d e c o n lo q u e s o n l o s E s t a d o s d e d e r e c h o » o i n c l u s o u n d e v e n i r - g r i e g o q u e n o se c o n f u n d e c o n l o q u e f u e r o n los g r i e g o s . Diagnosticar

los d e v e n i r e s e n

c a d a presente que p a s a es lo q u e N i c t z s c h e a s i g n a b a al

filósofo

en

t a n t o q u e m é d i c o , « m é d i c o d e la civilización» o i n v e n t o r d e n u e v o s m o d o s de existencia i n m a n e n t e . La filosofía e t e r n a , p e r o t a m b i é n la historia de la f i l o s o f í a , a b r e p a s o a un d e v e n i r - f i l o s ó f i c o . ¿ Q u é d e v e n i r e s n o s atraviesan hoy, q u e s e s u m e n d e n u e v o e n la historia p e r o q u e n o p r o c e d e n d e ella, o m á s bien q u e s ó l o p r o c e d e n para salirse d e ella? L o Intcrnal, lo I n t e m p e s t i v o , l o A c t u a l , h e aquí tres e j e m p l o s d e c o n c e p t o s e n filosofía; c o n c e p t o s ejemplares... Y si h a y u n o q u e llama A c t u a l a lo q u e o t r o llamaba I n a c t u a l , s ó l o e s e n f u n c i ó n d e una cifra del c o n c e p t o , e n f u n c i ó n d e sus p r o x i m i d a d e s y c o m p o n e n t e s c u y o s l e v e s d e s p l a z a m i e n t o s p u e d e n acarrear, c o m o d e c í a Peguy, la m o d i f i c a c i ó n d e u n p r o b l e m a ( l o T e m p o r a l m e n t e e t e r n o e n Péguy, la Eternidad d e l d e v e n i r s e g ú n N i e t z s c h e ,

el

A f u e r a - i n t e r i o r c o n Foucault).

1. Foucault, Archéotogie du savoir, Gallimard, pág. 172. (Hay versión española: La arqueología del saber, México: Siglo X X I , 1970.)

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II. Filosofía, ciencia lógica y a r t e



5. F U N C T O R E S Y

CONCEPTOS

E l objeto d e la ciencia n o son c o n c e p t o s , sino f u n c i o n e s q u e se p r e s e n t a n c o m o p r o p o s i c i o n e s d e n t r o d e unos sistemas discursivos. L o s e l e m e n t o s d e estas p r o p o s i c i o n e s se llaman functores. U n a n o c i ó n c i e n t í f i c a n o se d e t e r m i n a p o r conceptos, s i n o p o r f u n c i o n e s o p r o p o s i c i o n e s . Se trata d e u n a idea muy v a r i a d a , m u y compleja, c o m o ya se d e s p r e n d e del e m p l e o respectivo q u e d e ella h a c e n las m a t e m á t i c a s y la biología; sin e m b a r g o esta idea d e f u n ción es lo q u e p e r m i t e q u e las ciencias p u e d a n reflexionar y c o m u nicar. La ciencia n o necesita para n a d a a la filosofía p a r a llevar a cabo estás tareas. P o r el c o n t r a r i o , c u a n d o un objeto está científicam e n t e c o n s t r u i d o p o r f u n c i o n e s , u n e s p a c i o geométrico p o r ejemplo, todavía hay q u e e n c o n t r a r su c o n c e p t o filosófico q u e e n m o d o a l g u n o v i e n e i m p l í c i t o en su f u n c i ó n . Más aún, un c o n c e p t o p u e d e t o m a r c o m o c o m p o n e n t e s los f u n c t o r e s d e cualquier f u n c i ó n posible sin a d q u i r i r p o r ello el m e n o r v a l o r científico, y c o n el fin d e señalar las d i f e r e n c i a s d e naturaleza e n t r e conceptos y f u n c i o n e s . E n estas c o n d i c i o n e s , la p r i m e r a diferencia estriba e n la actitud respectiva d e la ciencia y d e la filosofía con respecto al caos. E l caos se d e f i n e m e n o s p o r su d e s o r d e n q u e por la v e l o c i d a d infinita a la q u e se e s f u m a c u a l q u i e r f o r m a q u e se esboce e n su interior. E s u n v a c í o q u e n o es u n a n a d a , sino un virtual, q u e c o n t i e n e t o d a s las partículas posibles y q u e extrae todas las f o r m a s posibles q u e s u r g e n para d e s v a n e c e r s e e n el acto, sin consistencia ni r e f e r e n c i a , sin c o n s e c u e n c i a . ' E s u n a velocidad i n f i n i t a d e na1. Jlya Prigoginc c Isabelle Stcngers, Entre

le temp¡ et l'éternité,

éd.

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c i m i e n t o y d e d e s v a n e c i m i e n t o . A h o r a bien, la filosofía p l a n t e a c ó m o c o n s e r v a r las velocidades infinitas sin dejar d e ir a d q u i r i e n d o m a y o r consistencia, o t o r g a n d o una consistencia propia a lo virtual. E l c e d a z o filosófico, e n t a n t o q u e p l a n o d e i n m a n e n cia q u e solapa el caos, selecciona m o v i m i e n t o s i n f i n i t o s del p e n s a m i e n t o , y se s u t f e d e c o n c e p t o s formados así c o m o d e p a r t í c u las consistentes q u e v a n t a n deprisa c o m o el p e n s a m i e n t o . La c i e n c i a a b o r d a el caos d e u n m o d o t o t a l m e n t e d i s t i n t o , casi inv e r s o : r e n u n c i a a l o infinito, a la velocidad infinita, p a r a a d q u i r i r una referencia capaz de actualizar lo virtual. C o n s e r v a n d o lo infinito, la filosofía c o n f i e r e u n a consistencia a lo virtual p o r c o n c e p t o s ; r e n u n c i a n d o a lo i n f i n i t o , la ciencia c o n f i e r e a l o v i r t u a l u n a r e f e r e n c i a q u e l o actualiza p o r funciones. La filosofía p r o c e d e c o n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a o de consistencia; la ciencia c o n u n p l a n o d e referencia. E n el caso d e la ciencia, e s c o m o u n a d e t e n c i ó n d e la i m a g e n . Se trata d e u n a desaceleración fantástica, y la m a t e r i a se actualiza p o r desaceleración, p e r o t a m b i é n el p e n s a m i e n t o c i e n t í f i c o c a p a z d e penetrarla m e d i a n t e p r o p o s i c i o n e s . U n a f u n c i ó n es u n a Desaceleración. Por s u p u e s t o , la c i e n c i a i n c e s a n t e m e n t e p r o m u e v e aceleraciones, n o s ó l o e n las catálisis, sino e n los aceleradores d e partículas, en las e x p a n s i o n e s q u e alejan las galaxias. E s t o s f e n ó m e n o s sin e m b a r g o n o hallan e n la d e s a c e l e r a c i ó n p r i m o r d i a l u n m o m e n t o - c e r o c o n el q u e r o m p e n , s i n o más bien u n a condición coextensiva a la totalidad d e su desarrollo. R e d u c i r la velocidad es p o n e r u n límite e n el caos p o r d e b a j o del cual pasan todas las velocidades, d e tal m o d o q u e f o r m a n u n a v a r i a b l e d e t e r m i n a d a e n t a n t o q u e abscisa, al m i s m o t i e m p o q u e el límite forma una c o n s t a n t e u n i v e r s a l q u e n o se p u e d e s u p e r a r (por ejemplo una c o n t r a c c i ó n m á x i m a ) . Los p r i m e r o s f u n c t o r e s constituyen por lo t a n t o el lím i t e y la variable, y la r e f e r e n c i a representa una r e l a c i ó n e n t r e v a l o r e s d e la variable, o con m a y o r p r o f u n d i d a d la r e l a c i ó n d e

Fayard, págs. 162-163 (los autores recurren al ejemplo de la cristalización de un líquido hiperfundido, líquido a una temperatura inferior A Su temperatura de cristalización: «En un líquido de estas características! se forman pequeños g é r m e n e s de cristales, pero estos gérmenes aparecen y se disuelven sin acarrear consecuencias»).

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la variable e n tanto q u e abscisa de las velocidades con el límite. Puede ocurrir que la constante-límite aparezca e n sí misma c o m o una relación en el conjunto del universo al q u e todas las partes están sometidas bajo una condición finita (cantidad de movimiento, d e fuerza, d e energía...). A u n q u e es necesario que existan unos sistemas de coordenadas, a los que r e m i t a n los términos de la relación: así pues, se trata d e un segundo sentido del límite, d e u n encuadre externo o d e u n a exorreferencia, ya q u e los protolímites, fuera de las coordenadas, e n g e n d r a n primero abscisas d e velocidades sobre las q u e se erigirán los ejes coordinablcs. U n a partícula tendrá una posición, u n a energía, una masa, un valor d e spin, pero siempre y c u a n d o reciba una existencia o u n a realidad física, o «aterrice» en unas trayectorias que unos sistemas de coordenadas puedan recoger. E s t o s límites primeros constituyen la desaceleración d e n t r o del caos o el umbral de suspensión d e lo infinito, que sirven d e e n d o r r e f e r e n c i a y que efectúan un recuento: no son relaciones, sino n ú m e r o s , y toda la teoría d e las funciones d e p e n d e d e los n ú m e r o s . Así por ejemplo la velocidad d e la luz, el cero absoluto, el c u a n t o d e acción, el Big B a n g r ' e l cero absoluto d e las t e m p e r a t u r a s es d e - 2 7 3 , 1 5 grados; la velocidad d e la luz d e 299 796 k m / s , allí d o n d e las longitudes se contraen hasta el cero y d o n d e los relojes se detienen. U n o s límites d e este tipo n o valen por el valor empírico q u e a d q u i e r e n ú n i c a m e n t e d e n t r o de u n o s sistemas d e coordenadas, actúan e n p r i m e r lugar c o m o condición d e desaceleración primordial q u e se extiende en relación con lo infinito por toda la escala d e las velocidades correspondientes, p o r sus aceleraciones o desaceleraciones condicionadas. Y lo q u e permite dudar d e la vocación unitaria d e la ciencia n o es únicamente la diversidad de estos límites; resulta e n e f e c t o q u e engendra p o r su c u e n t a sistemas de coordenadas heterogéneos irreductibles, e i m p o n e umbrales de discontinuidad, e n f u n c i ó n d e la proximidad o d e la lejanía d e la variable (por e j e m p l o el alejamiento d e las galaxias). La ciencia n o está obsesionada por su propia u n i d a d , sino por el plano d e referencia constituido por todos los límites o linderos bajo los cuales se e n f r e n t a al caos. Estos linderos son l o q u e confieren al plano sus referen-

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en cuanto a los sistemas de coordenadas, pueblan o surten el propio plano de referencia.

cías;

EJEMPLO X

R e s u l t a difícil c o m p r e n d e r

c ó m o el l í m i t e se i m b r i c a

inme-

d i a t a m e n t e e n l o i n f i n i t o , e n lo i l i m i t a d o . Y sin e m b a r g o n o es la cosa l i m i t a d a l o q u e i m p o n e u n l í m i t e a l o i n f i n i t o , s i n o q u e es el l í m i t e lo q u e h a c e p o s i b l e algo l i m i t a d o . P i t á g o r a s , A n a x i mandro,

hasta

el

propio

Platón

así

lo c r e e r á n :

un

cuerpo

a

c u e r p o del l í m i t e c o n l o i n f i n i t o , d e d o n d e p r o v e n d r á n las cosas. T o d o l í m i t e es i l u s o r i o , y t o d a d e t e r m i n a c i ó n e s n e g a c i ó n , si la determinación

n o está en relación inmediata c o n

lo

indetermi-

n a d o . L a t e o r í a d e la c i e n c i a y d e las f u n c i o n e s d e p e n d e d e ello. M á s a d e l a n t e , es C a n t o r q u i e n c o n f i e r e a la t e o r í a sus f ó r m u l a s m a t e m á t i c a s , desde u n a perspectiva doble, intrínseca y extrínseca. D e a c u e r d o c o n e l p r i m e r p u n t o d e vista, se d i c e q u e u n

con-

j u n t o es i n f i n i t o c u a n d o p r e s e n t a u n a c o r r e s p o n d e n c i a e n

todos

sus t é r m i n o s c o n

u n a d e sus p a r t e s o s u b c o n j u n t o s , s i e m p r e y

c u a n d o el c o n j u n t o y el s u b c o n j u n t o t e n g a n la m i s m a p o t e n c i a o el m i s m o n ú m e r o d e e l e m e n t o s d e s i g n a b l e s c o m o «aleph 0»: así p o r e j e m p l o p a r a el c o n j u n t o d e los n ú m e r o s e n t e r o s . E n f u n c i ó n d e la s e g u n d a d e t e r m i n a c i ó n , el c o n j u n t o d e l o s s u b c o n j u n t o s d e u n c o n j u n t o d e t e r m i n a d o e s n e c e s a r i a m e n t e m a y o r q u e el

con-

j u n t o inicial: el c o n j u n t o d e l o s a l e p h 0 s u b c o n j u n t o s r e m i t e p o r l o t a n t o a o t r o n ú m e r o t r a n s f i n i t o , a l e p h 1, q u e p o s e e la p o t e n c i a d e l c o n t i n u o o c o r r e s p o n d e a! c o n j u n t o d e l o s n ú m e r o s r e a l e s (se p r o s i g u e d e s p u é s c o n a l e p h 2, etc.). A h o r a b i e n , r e s u l t a ext r a ñ o q u e se haya v i s l u m b r a d o en esta c o n c e p c i ó n una

reintro-

d u c c i ó n d e l o i n f i n i t o e n las m a t e m á t i c a s : s e t r a t a m á s b i e n d e la ú l t i m a c o n s e c u e n c i a

d e la d e f i n i c i ó n d e l l í m i t e p o r u n

m e r o , s i e n d o e s t e el p r i m e r n ú m e r o e n t e r o q u e c o n t i n ú a los n ú m e r o s enteros

finitos

nútodos

d e los c u a l e s n i n g u n o e s m á x i m o . L o

q u e h a c e la t e o r í a d e los c o n j u n t o s e s i n s c r i b i r e l l í m i t e e n

el

p r o p i o i n f i n i t o , s i n l o q u e j a m á s existiría el l í m i t e : e n el i n t e r i o r d e su r i g u r o s a j e r a r q u i z a c i ó n , i n s t a u r a u n a d e s a c e l e r a c i ó n , o m á s b i e n , c o m o d i c e el p r o p i o C a n t o r , u n a d e t e n c i ó n , u n de

detención»

según

el

cual

n u e v o « c u a n d o la c o m p i l a c i ó n

sólo se crea

un

«principio

número

d e t o d o s los n ú m e r o s

entero

anteriores

t i e n e la p o t e n c i a d e u n a c l a s e d e n ú m e r o s d e f i n i d a , ya d e t e r m i -

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n a d a e n t o d a s u e x t e n s i ó n » . 1 Sin e s t e p r i n c i p i o d e d e t e n c i ó n o d e d e s a c e l e r a c i ó n , e x i s t i r í a u n c o n j u n t o d e t o d o s los c o n j u n t o s , q u e C a n t o r ya r e c h a z a , y q u e s ó l o p o d r í a s e r el c a o s , c o m o l o d e m u e s t r a R u s s e l l . L a t e o r í a d e l o s c o n j u n t o s e s la c o n s t i t u c i ó n d e plano de referencia que n o

sólo comporta

una

un

endorreferencia

(determinación intrínseca de u n conjunto infinito), sino también ya u n a cxorreferencia

( d e t e r m i n a c i ó n e x t r í n s e c a ) . A p e s a r d e l es-

f u e r z o e x p l í c i t o d e C a n t o r p a r a u n i r el c o n c e p t o f i l o s ó f i c o y la f u n c i ó n c i e n t í f i c a , la d i f e r e n c i a c a r a c t e r í s t i c a s u b s i s t e , ya q u e el p r i m e r o se desarrolla e n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a o d e consistenc i a s i n r e f e r e n c i a , m i e n t r a s la s e g u n d a l o h a c e e n u n p l a n o d e referencia desprovisto de consistencia

(Gódel).

C u a n d o el límite e n g e n d r a por desaceleración u n a abscisa d e las velocidades, las f o r m a s virtuales del caos t i e n d e n a actualizarse según u n a o r d e n a d a . Y e v i d e n t e m e n t e el p l a n o d e referencia efectúa ya u n a preselección q u e e m p a r e j a las f o r m a s con los límites o incluso con las regiones d e abscisas consideradas. P e r o n o por ello las f o r m a s dejan d e constituir variables indep e n d i e n t e s d e las q u e se desplazan en abscisa. Cosa q u e es c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e del c o n c e p t o filosófico: las o r d e n a d a s intensivas ya n o designan c o m p o n e n t e s inseparables aglomerados d e n t r o del c o n c e p t o en t a n t o q u e sobrevuelo absoluto (variaciones), sino d e t e r m i n a c i o n e s distintas q u e t i e n e n q u e emparejarse d e n t r o de una f o r m a c i ó n discursiva con otras d e t e r m i n a c i o n e s tomadas en extensión (variables). Las o r d e n a d a s intensivas de formas tienen q u e c o o r d e n a r s e con las abscisas extensivas d e velocidad d e tal m o d o q u e las velocidades d e desarrollo y la actualización de las formas estén relacionadas e n t r e sí c o m o det e r m i n a c i o n e s distintas, extrínsecas. 2 Bajo este s e g u n d o aspecto el límite está ahora en el origen d e un sistema d e c o o r d e n a d a s 1. Cantor, Fondetnents d'une théorie genérale des ensembles (Cahiers pour l'analysc, n°. 10). Desde el inicio de su texto, Cantor invoca el Límite platónico. 2. Respecto a la instauración de coordenadas por Nicolás Oresmc, las ordenadas intensivas y su puesta en relación con líneas extensivas, cf. D u h c m , Le systeme du monde, Éd. H e r m a n n , V1J, cap. 6. Y Gilíes Chátelet, «La toile, le spectre, le pendule», Les enjeux du mobile, de próxima publicación: respecto a la asociación de un «espectro c o n t i n u o y de una secuencia discreta», y los diagramas de Oresmc.

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c o m p u e s t o p o r dos variables i n d e p e n d i e n t e s p o r lo menos; p e r o éstas e n t r a n e n una relación de la q u e d e p e n d e una tercera variable, e n calidad d e e s t a d o de las cosas o de m a t e r i a f o r m a d a en el s i s t e m a (estados d e cosas d e este t i p o p u e d e n ser matemáticos, físicos, biológicos...). Se trata e f e c t i v a m e n t e d e l n u e v o sentido d e la r e f e r e n c i a c o m o f o r m a de la p r o p o s i c i ó n , d e la relación de un e s t a d o d e cosas c o n el sistema. E l estado d e cosas es una f u n c i ó n : se trata d e u n a variable compleja q u e d e p e n d e d e una relación e n t r e dos variables i n d e p e n d i e n t e s p o r lo m e n o s . La i n d e p e n d e n c i a respectiva d e las v a r i a b l e s se presenta e n las m a t e m á t i c a s c u a n d o una es u n a potencia m á s elevada q u e la p r i m e r a . P o r este m o t i v o Hcgel d e m u e s t r a q u e la variabilidad e n la f u n c i ó n n o se l i m i t a a u n o s valores q u e se p u e d e n c a m 2 4 biar ( — y —), o q u e se dejan i n d e t e r m i n a d o s (a = 2b), sino 4 6 q u e exige q u e u n a de las variables este e n u n a p o t e n c i a superior

y2

(—— = P), p u e s e n t o n c e s una relación p u e d e ser d i r e c t a m e n t e x d e t e r m i n a d a c o m o relación diferencial — b a j o la cual el valor d e las variables n o t i e n e más d e t e r m i n a c i ó n q u e la d e d e s v a n e cerse o n a c e r , a u n q u e se la desgaje d e las v e l o c i d a d e s infinitas. D e u n a r e l a c i ó n d e este t i p o d e p e n d e u n estado d e cosas o una f u n c i ó n «derivada»: se h a e f e c t u a d o u n a o p e r a c i ó n d e despotencializ a c i ó n q u e p e r m i t e c o m p a r a r p o t e n c i a s distintas, a partir d e las c u a l e s p o d r á n incluso desarrollarse u n a cosa o u n c u e r p o (integrac i ó n ) . ' P o r regla g e n e r a l , u n estado d e cosas n o actualiza un virtual c a ó t i c o sin t o m a r d e él u n potencial q u e se d i s t r i b u y e en el sistema d e c o o r d e n a d a s . E x t r a c d e lo virtual q u e actualiza u n potencial del q u e se a p r o p i a . E l sistema más c e r r a d o t a m b i é n t i e n e un hilo q u e a s c i e n d e hacia lo virtual, y por el c u a l d e s c i e n d e la araña. P e r o la c u e s t i ó n d e s a b e r si el potencial p u e d e ser r e c r e a d o e n lo actual, si p u e d e ser r e n o v a d o y a m p l i a d o , p e r m i t e d i s t i n g u i r con m a y o r e x a c t i t u d los estados d e cosas, las cosas y los c u e r p o s . C u a n d o pa1. Hcgcl, Science de la logique, lid. Aubicr, 11, pág. 277 (y sobre las operaciones de despotencialización y de potencialización de la función según Lagrangp). (Hay versión española: OVhcio de la lógica, Buenos Aires: Solar/Hachette, 1968.)

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samos del estado d e cosas a la cosa en sí, v e m o s q u e u n a cosa se relaciona siempre a la ve2 con varios ejes siguiendo unas variables q u e son f u n c i o n e s unas d e otras, aun c u a n d o la u n i d a d interna p e r m a n e c e i n d e t e r m i n a d a . P e r o c u a n d o la propia cosa pasa por cambios d e c o o r d e n a d a s , se vuelve un cuerpo p r o p i a m e n t e dicho, y la f u n c i ó n ya n o t o m a c o m o referencia el límite y la variable, sino más bien u n i n v a r i a n t e y un g r u p o de t r a n s f o r m a c i o nes (el cuerpo e u c l i d i a n o d e la geometría, por ejemplo, estará constituido por i n v a r i a n t e s en relación con el g r u p o d e los m o v i mientos). El «cuerpo», en efecto, n o representa aquí u n a especialidad biológica, y halla u n a d e t e r m i n a c i ó n m a t e m á t i c a a partir d e un m í n i m o absoluto r e p r e s e n t a d o por los n ú m e r o s racionales, e f e c t u a n d o extensiones i n d e p e n d i e n t e s de este c u e r p o d e base q u e limitan cada vez más las sustituciones posibles hasta llegar a una individuación perfecta. La diferencia e n t r e el c u e r p o y el estado de cosas (o d e la cosa) estriba en la individuación del cuerpo, q u e p r o c e d e m e d i a n t e actualizaciones en cascada. C o n los cuerpos, la relación e n t r e variables i n d e p e n d i e n t e s c o m p l e t a s u f i c i e n t e m e n t e su razón, aun a costa de tenerse q u e p r o v e e r d e un potencial o d e u n a potencia q u e renueva su individuación. E s p e c i a l m e n t e c u a n d o el c u e r p o es un ser v i v o , q u e p r o c e d e p o r diferenciación y ya n o por extensión o por a d j u n c i ó n , u n a vez más surge un tipo n u e v o d e variables, unas variables i n t e r n a s q u e d e t e r m i n a n u n a s f u n c i o n e s p r o p i a m e n t e biológicas e n relación con unos m e d i o s interiores (endorrcferencia), p e r o q u e también e n t r a n e n unas f u n c i o n e s probabilitarias con las variables externas del m e d i o exterior (exorreferencia). 1 Así pues, nos e n c o n t r a m o s ante una n u e v a sucesión d e f u n c tores, sistemas d e c o o r d e n a d a s , potenciales, estados d e cosas, cosas, cuerpos. Los estados de cosas son mezclas o r d e n a d a s , d e tipos m u y variados, q u e p u e d e n incluso tan sólo c o n c e r n i r a trayectorias. P e r o las cosas son interacciones, y los cuerpos, comunicaciones. Los estados d e cosas r e m i t e n a las c o o r d e n a d a s geométricas de sistemas s u p u e s t a m e n t e cerrados, las cosas, a las 1. Pierre Vendrycs, Déterminisme et autonomie, É d . A r m a n d Colin. El interés de las investigaciones de Vendrycs n o estriba en una m a t e m a t i l a c i ó n d e !a biología, sino más bien en una homogencización de !a función matemática y de la función biológica.

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c o o r d e n a d a s energéticas de sistemas acoplados, los cuerpos, a c o o r d e n a d a s informáticas de sistemas separados, no entrelazados. La historia de las ciencias es inseparable de la construcción de ejes, de su naturaleza, d e sus dimensiones, de su proliferación. La ciencia n o efectúa unificación alguna del R e f e r e n t e , sino todo tipo d e bifurcaciones en un plano d e referencia q u e no es preexistente a sus rodeos o a su trazado. O c u r r e c o m o si la bifurcación tratara de e n c o n t r a r en el infinito caos de lo virtual nuevas formas d e actualizar, e f e c t u a n d o una especie de potencialización d e la materia: el c a r b o n o introduce en la tabla de Mendelcíev u n a bifurcación q u e ki convierte, por sus propiedades plásticas, en el estado de una materia orgánica. N o hay q u e plantear por lo t a n t o el p r o b l e m a d e u n a unidad o multiplicidad d e la ciencia en f u n c i ó n d e un sistema d e coordenadas e v e n t u a l m c n t e único en u n m o m e n t o dado; igual que succdc con el plano de inmanencia e n la filosofía, hay q u e plantear el estatuto q u e adquieren el antes y el después, s i m u l t á n e a m e n t e , en u n p l a n o d e referencia de d i m e n s i ó n y evolución temporales. ¿Hay varios planos d e referencia o bien u n o único? La respuesta n o será la m i s m a q u e en el caso del p l a n o de i n m a n e n c i a filosófico, d e sus capas o estratos superpuestos. Resulta q u e la referencia, p u e s t o q u e implica una r e n u n c i a a lo infinito, sólo p u e d e p r o c e d e r d e las cadenas d e f u n c t o r e s q u e n e c e s a r i a m e n t e se r o m p e n en algún m o m e n t o . Las bifurcaciones, las desaceleraciones y aceleraciones producen unos agujeros, u n o s cortes y rupturas q u e r e m i t e n a otras variables, a otras relaciones y a otras referencias. Siguiendo ejemplos sumarios, se dice q u e el n ú m e r o fraccionario r o m p e con el n ú m e r o e n t e r o , el n ú m e r o irracional con los racionales, la geometría ricm a n n i a n a c o n la cuclidiana. P e r o en el o t r o sentido simultáneo, del d e s p u é s al antes, el n ú m e r o e n t e r o se presenta c o m o un caso particular d e n ú m e r o fraccionario, o el racional, c o m o u n caso particular d e «corte» en un c o n j u n t o lineal d e puntos. Bien es v e r d a d q u e este proceso u n i f i c a d o r q u e opera en el sentido retroactivo p r o v o c a q u e i n t e r v e n g a n necesariamente otras referencias, cuyas variables n o sólo están sometidas a unas c o n d i c i o n e s d e restricción para p r o d u c i r el caso particular, s i n o q u e en sí m i s m a s están sometidas a nuevas rupturas y bif u r c a c i o n e s q u e c a m b i a r á n sus propias referencias. E s lo q u e

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ocurre c u a n d o se d e r i v a a N e w t o n d e E i n s t e i n , o bien los n ú m e ros reales del corte, o la geometría euclidiana d e una g e o m e t r í a métrica abstracta, cosa q u e equivale a decir, c o n K u h n , q u e la ciencia es paradigmática, mientras q u e la filosofía era sintagmática. C o m o a la filosofía, a la ciencia t a m p o c o le basta con u n a sucesión temporal lineal. Pero, e n vez d e u n t i e m p o estratigráfico que expresa el antes y el después e n u n o r d e n d e las superposiciones, la ciencia desarrolla u n t i e m p o p r o p i a m e n t e serial, r a m i ficado, e n el q u e el antes (lo q u e precede) designa siempre b i f u r caciones y rupturas futuras, y el después, r e e n c a d e n a m i e n t o s retroactivos, lo q u e le c o n f i e r e al p r o g r e s o científico un a s p e c t o c o m p l e t a m e n t e distinto. Y los n o m b r e s p r o p i o s d e los sabios se inscriben en este t i e m p o otro, e n este e l e m e n t o o t r o , s e ñ a l a n d o los p u n t o s d e ruptura y los p u n t o s d e r e e n c a d e n a m i e n t o . P o r supuesto, siempre se p u e d e , y a veces resulta f r u c t í f e r o , i n t e r p r e t a r la historia d e la filosofía d e a c u e r d o c o n este r i t m o científico. Pero decir q u e K a n t r o m p e con Descartes, y q u e el cogito cartesiano se convierte e n u n caso particular del cogito k a n t i a n o n o resulta p l e n a m e n t e satisfactorio, p u e s t o q u e p r e c i s a m e n t e significa hacer de la filosofía u n a ciencia. ( I n v e r s a m e n t e , t a m p o c o resultaría más satisfactorio establecer e n t r e N e w t o n y E i n s t e i n u n orden d e superposición.) Lejos d e h a c e r n o s pasar d e n u e v o por los mismos c o m p o n e n t e s , la f u n c i ó n del n o m b r e p r o p i o del sabio estriba en evitárnoslo, y en persuadirnos de q u e n o hay razón para volver a medir el trayecto q u e ha sido recorrido: n o se pasa por una ecuación n o m i n a d a , se la utiliza. Lejos d e distribuir u n o s puntos cardinales q u e organizan los sintagmas sobre un p l a n o d e inmanencia, el n o m b r e propio del sabio erige u n o s paradigmas que se proyectan en los sistemas d e referencias n e c e s a r i a m e n t e orientados. Por ú l t i m o , lo que plantea u n p r o b l e m a es m e n o s la relación d e la ciencia con la filosofía q u e el v í n c u l o m u c h o más pasional de la ciencia con la religión, c o m o se manifiesta en todos los intentos de uniformización y de universalización científicos q u e tratan de e n c o n t r a r una ley única, una fuerza única, u n a interacción única. L o q u e hace q u e la ciencia y la religión se aproximen es que los functores n o son conceptos, sino figuras, que se definen m u c h o más por una tensión espiritual q u e por

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u n a i n t u i c i ó n espacial. Los f u n c t o r c s p o s e e n e n sí alga figural q u e f o r m a u n a ideografía p r o p i a d e ía ciencia, y q u e hace que ya la v i s i ó n se c o n v i e r t a en u n a lectura. P e r o lo q u e incesantem e n t e r e a f i r m a la oposición d e la ciencia a t o d a religión, y al m i s m o t i e m p o h a c e f e l i z m e n t e imposible la unificación d e la ciencia, es la s u s t i t u c i ó n d e la referencia a c u a l q u i e r trascendencia, es la c o r r e s p o n d e n c i a f u n c i o n a l del p a r a d i g m a con u n sist e m a d e r e f e r e n c i a q u e imposibilita cualquier utilización infinita religiosa d e la figura d e t e r m i n a n d o u n m o d o exclusivamente c i e n t í f i c o s e g ú n el cual ésta d e b e ser construida, vista y leída por functores.1 L a p r i m e r a d i f e r e n c i a e n t r e la filosofía y la ciencia reside en el p r e s u p u e s t o r e s p e c t i v o del c o n c e p t o y la f u n c i ó n : u n p l a n o d e i n m a n e n c i a o d e consistencia e n el p r i m e r caso, u n plano d e ref e r e n c i a e n e l s e g u n d o . El p l a n o d e referencia es u n o y múltiple a la vez, p e r o d e o t r o m o d o q u e el p l a n o d e i n m a n e n c i a . La seg u n d a d i f e r e n c i a a t a ñ e más d i r e c t a m e n t e al c o n c e p t o y a la f u n ción: la i n s e p a r a b i l i d a d d e las variaciones es lo p r o p i o del conc e p t o i ' n c o n d i c i o n a d o , mientras q u e la i n d e p e n d e n c i a d e Jas variables, e n u n a s relaciones condicíonables, p e r t e n e c e a la f u n ción. E n u n caso, t e n e m o s u n c o n j u n t o d e variaciones inseparables bajo «una razón c o n t i n g e n t e » q u e constituye el concepto d e las variaciones; e n el o t r o caso, u n c o n j u n t o d e variables independientes bajo «una razón necesaria» q u e constituye la función d e las variables. P o r este m o t i v o , desde esta última perspectiva, la teoría d e las f u n c i o n e s presenta dos polos, según que, t e n i e n d o n variables, u n a p u e d a ser considerada c o m o f u n c i ó n d e las n - 1 variables i n d e p e n d i e n t e s , con n - 1 derivadas parciales y una diferencial total d e la f u n c i ó n ; o bien, según q u e n — 1 magnitudes sean por el c o n t r a r i o f u n c i o n e s d e u n a m i s m a variable i n d e p e n diente, sin diferencial total de la f u n c i ó n c o m p u e s t a . Del m i s m o m o d o , el p r o b l e m a d e las tangentes (diferenciación) requiere

1. Respecto a] sentido q u e adquiere el t ¿ r m i n o figura (o imagen, Bild) en una teoría d e las f u n c i o n e s , cf. el análisis d e VuiHemin a propósito de Riem a n n : en la proyección de una figura compleja, la figura «pone de manifiesto el curso de la f u n c i ó n y sus diferentes afecciones», «hace ver inmediatamente la correspondencia funciona!» de la variable y ja función (La philoíopkie de l'algebre, P.U.F., págs. 320-326).

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tantas variables corno curvas hay cuya derivada para cada u n a d e ellas es cualquier tangente en un p u n t o cualquiera; pero el problema inverso d e las tangentes (integración) sólo considera una variable única, q u e es la curva en sí misma tangente a todas las curvas d e m i s m o orden, bajo condición de un cambio de coordenadas. 1 U n a dualidad análoga atañe a la descripción d i n á m i c a d e un sistema de n partículas independientes: el estado i n s t a n t á n e o puede ser representado por n p u n t o s y n vectores de velocidad en un espacio d e tres dimensiones, pero también por un p u n t o ú n i c o en un espacio de fases. Diríase q u e la ciencia y la filosofía siguen dos sendas opuestas, porque los conceptos filosóficos tienen c o m o consistencia acontecimientos, mientras que las funciones científicas tienen c o m o referencia unos estados de cosas o mezclas: la filosofía, m e d i a n t e conceptos, no cesa de extraer del estado d e cosas un acontecimiento consistente, una sonrisa sin gato* en cierto modo, m i e n t r a s que la ciencia no cesa m e d i a n t e funciones, d e actualizar el aconte-' cimiento en un estado d e cosas, una cosa o un cuerpo referibles. Desde esta perspectiva, los presocráticos poseían ya lo esencial d e una d e t e r m i n a c i ó n d e la ciencia, válida hasta nuestros días, cuando d e la física hacían una teoría de las mezclas y d e sus diferentes tipos. 2 Y los estoicos llevarán a su desarrollo c u l m i n a n t e la distinción f u n d a m e n t a l e n t r e los estados d e cosas o mezclas d e cuerpos en los q u e se actualiza el acontecimiento, y los acontecimientos incorpóreos, q u e se elevan c o m o u n a h u m a r e d a d e los

1. Leibniz, D'une ligne issue de lignes, y Nouvelle applicalion du ealcul (trad. francesa CEuvre concernant le calcul injinitésimal, Éd. Blanchard). Estos textos de Lcibniz están considerados c o m o u n a s bases de la teoría d e las funciones. 2. Tras describir la «mezcla íntima» d e las trayectorias de tipos d i f e r e n t e s en cualquier región del espacio de fases de u n sistema d e reducida estabilidad, Prigoginc y Stcngers concluyen: «Se p u e d e pensar en una situación familiar, la de los números sobre el eje en el q u e cada racional está rodeado de irracionales, y cada irracional de racionales. T a m b i é n cabe pensar e n el m o d o q u e utiliza Anaxágora (para mostrar c ó m o ) cualquier cosa c o n t i e n e en todas sus partes, hasta en las más ínfimas, una multiplicidad infinita d e gérmenes cualitativamente diferentes íntimamente mezclados» (La nouvelle alliance, G a l l i m a r d , pág. 24 i). (Hay versión española; La nueva alianza, Madrid: Alianza, 1983.)

* Probable tefccencia-ftl gato de Cheshire, personaje de Alicia cu el país de las maravillas

de J.cwis CarrolI. (N. del

T.)

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propios 'estados de cosas. Así pues, e) concepto filosófico y la f u n ción científica se distinguen de acuerdo con dos caracteres vinculados: variaciones inseparables, variables independientes; acontecimientos e n un plano de inmanencia, estados d e cosas en un sistema d e referencia (de lo que se desprende el estatuto de las ordenadas intensivas diferente en ambos casos, puesto q u e constituyen los c o m p o n e n t e s interiores del concepto, p e r o son sólo c o o r d e n a d a s a las abscisas extensivas en las funciones, c u a n d o la variación n o es más q u e u n estado de variable). Ahí pues, los conceptos y las funciones se presentan como dos lipos de multiplicidades o variedades que difieren por su naturaleza. Y, a pesar de q u e los tipos d e multiplicidades científicas poseen por sí m i s m o s u n a gran diversidad, dejan fuera d e sí las multiplicidades p r o p i a m e n t e filosóficas, para las q u e Bergson reclamaba u n estatuto particular defin i d o por la duración, «multiplicidad d e fusión» q u e expresaba la inseparabilidad d e las variaciones, por oposición a las multiplicidades d é espacio, n ú m e r o y tiempo, q u e o r d e n a b a n mezclas y remitían a la variable o a las variables independientes. 1 Bien es verdad q u e esta misma oposición e n t r e las multiplicidades científicas y filosóficas, discursivas e intuitivas, cxtcnsionalcs e intensivas, también es apta para enjuiciar la correspondencia e n t r e la ciencia y la filosofía, su colaboración eventual, su inspiración m u t u a . Hay p o r último una tercera gran diferencia, q u e ya no a t a ñ e al presupuesto respectivo ni al e l e m e n t o c o m o c o n c e p t o o f u n c i ó n , sino al modo de enunciación. N o cabe d u d a d e q u e hay tanta exper i m e n t a c i ó n c o m o experiencia de p e n s a m i e n t o en la filosofía c o m o en la ciencia, y en ambos casos la experiencia p u e d e ser perturbadora, ya q u e está muy cerca del caos. Pero t a m b i é n hay tanta creación e n la ciencia c o m o en la filosofía o c o m o en las artes. N i n g u n a creación existe sin experiencia. Sean cuales sean las diferencias e n t r e el lenguaje científico, el lenguaje filosófico y sus rela1. La teoría de los dos tipos de «multiplicidades» aparece en Bergson desde Le¡ données immediates, cap. II: las multiplicidades de conciencia se d e f i n e n por la «fusión», la «penetración», términos que también se encuentran en HusScrl desde la Filosofía de la aritmética. La similitud entre ambos autores es extrema en este aspecto. Bergson definirá sin cesar el objeto d e la ciencia mediante mezclas de espacios-tiempos, y su acto principal m e d i a n t e la tendencia a concebir el tiempo como «variable independiente» mientras q u e la duración en el otro e x t r e m o pasa por todas las variaciones.

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ciernes con las lenguas llamadas naturales, los f u n c t o r e s (ejes d e coordenadas incluidos) n o preexisten h e c h o s y acabados, c o m o tampoco los conceptos; G r a n g e r ha p o d i d o d e m o s t r a r la existencia de «estilos» q u e remiten a n o m b r e s p r o p i o s en los sistemas c i e n t í ficos, n o c o m o d e t e r m i n a c i ó n extrínseca, sino por lo m e n o s c o m o dimensión d e su creación e incluso e n c o n t a c t o c o n u n a e x p e r i e n cia o una vivencia. 1 Las coordenadas, las f u n c i o n e s y ecuaciones, las leyes, los f e n ó m e n o s o efectos p e r m a n e c e n vinculados a u n o s nombres propios, de igual m o d o q u e u n a e n f e r m e d a d queda designada por el n o m b r e del m é d i c o q u e supo aislar, r e u n i r o r c a g r u p a r sus síntomas variables. Ver, ver lo q u e sucede, s i e m p r e ha t e n i d o una importancia esencial, mayor q u e las d e m o s t r a c i o n e s , i n c l u s o en las matemáticas puras, q u e cabe llamar visuales, figúrales, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e sus aplicaciones: hay m u c h o s m a t e m á t i c o s h o y en día q u e piensan q u e u n o r d e n a d o r es m u c h o m á s valioso q u e una axiomática, y el estudio de las f u n c i o n e s n o lineales se v e sometido a lentitudes y a aceleraciones e n u n a s series d e n ú m e r o s observables. Q u e la ciencia sea discursiva n o significa e n m o d o alguno q u e sea deductiva. Al contrario, e n sus bifurcaciones, se v e sometida a otras tantas catástrofes, r u p t u r a s y r e e n c a d e n a m i e n t o s que llevan n o m b r e y apellido. E n el s u p u e s t o d e q u e la c i e n c i a conserve con respecto a la filosofía u n a d i f e r e n c i a i m p o s i b l e d e salvar, tal cosa se d e b e a q u e los n o m b r e s propios m a r c a n e n u n caso u n a yuxtaposición d e referencia y e n el o t r o u n a s u p e r p o s i ción d e estrato: los n o m b r e s se o p o n e n p o r todos los caracteres d e la referencia y d e la consistencia. P e r o la filosofía y la ciencia c o m portan p o r ambos lados ( c o m o el p r o p i o arte con su tercer l a d o ) un no sé q u e se ha c o n v e r t i d o en positivo y creador, c o n d i c i ó n d e la propia creación, y q u e consiste en d e t e r m i n a r mediante lo q u e no se sabe —como decía Galois: «indicar el c u r s o d e los cálculos y prever los resultados sin poder efectuarlos jamás». 2 Y es q u e se nos remite a otro aspecto d e la e n u n c i a c i ó n q u e ya n o se refiere al n o m b r e p r o p i o de u n sabio o de u n filósofo, s i n o a sus intercesores ideales d e n t r o d e los á m b i t o s considerados: ya h e 1. G . - G . Grangpr, Essai d'une philosofthie du slyle, Éd. O d i l e Jacob, págs. 10-11, 102-105. 2. Cf. los grandes textos de Galois sobre la e n u n c i a c i ó n matemática, A n d r é iDalmas, Évariste Galois, Éd. Fasquelle, págs. 117-132.

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m o s c o n t e m p l a d o a n t e r i o r m e n t e el papel filosófico d e los personajes conceptuales e n relación c o n los conceptos fragmentarios e n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a , p e r o ahora la ciencia hace que aparezcan unos observadores parciales en relación c o n las funciones e n los sistemas d e referencia. El q u e n o haya n i n g ú n observador total, c o m o lo sería el «demonio» d e Laplace capaz d e calcular el f u t u r o y el p a s a d o a partir d e u n estado d e cosas d e t e r m i n a d o , significa ú n i c a m e n t e q u e Dios t a m p o c o es un observador científico d e la m i s m a f o r m a q u e h o era un personaje filosófico. P e r o el n o m b r e d e d e m o n i o sigue s i e n d o excelente t a n t o e n filosofía c o m o e n ciencia para indicar n o algo q u e superaría nuestras posibilidades, sino u n g é n e r o c o m ú n de esos intercesores necesarios c o m o «sujetos» d e e n u n c i a c i ó n respectivos: el amigo filosófico, el p r e t e n d i e n t e , el idiota, el s u p e r h o m b r e . . . son d e m o n i o s , d e igual m o d o q u e el d e m o n i o d e Maxwell, el observador d e Einstein o d e Heisenberg. La cuestión n o es saber lo q u e p u e d e n o n o p u e d e n hacer, sino hasta q u é p u n t o son p e r f e c t a m e n t e positivos, d e s d e el p u n t o d e vista del c o n c e p t o o d e la f u n c i ó n , incluso en lo q u e n o saben o n o p u e d e n . E n cada u n o d e ambos casos, la v a r i e d a d es inmensa, p e r o no hasta el p u n t o d e hacer olvidar la d i f e r e n c i a d e naturaleza e n t r e los d o s g r a n d e s tipos. P a r a c o m p r e n d e r q u é son los observadores parciales q u e van f o r m a n d o núcleos e n todas las ciencias y todos los sistemas de ref e r e n c i a , hay q u e evitar atribuirles el papel d e u n límite del con o c i m i e n t o , o d e u n a subjetividad d e la e n u n c i a c i ó n . H e m o s pod i d o observar q u e las c o o r d e n a d a s cartesianas privilegiaban los p u n t o s situados cerca del origen, m i e n t r a s q u e las d e la geometría proyectiva d a b a n «una i m a g e n finita d e todos los valores d e la variable y la función». P e r o la perspectiva limita a u n observador parcial c o m o u n ojo e n el vértice d e u n cono, d e m o d o q u e éste capta los c o n t o r n o s sin captar los relieves o la calidad de la superficie q u e r e m i t e n a o t r a posición d e observador. Por regla general, el observador n o es insuficiente n i subjetivo: incluso en la física cuántica, el d e m o n i o d e H e i s e n b e r g n o expresa la imposibilidad d e m e d i r a la vez la velocidad y la posición d e una partícula, so pretexto d e u n a interferencia subjetiva d e la medida e n lo q u e se está m i d i e n d o , sino q u e m i d e con exactitud u n estado de cosas objetivo q u e deja f u e r a d e c a m p o d e su actualización Ja

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posición respectiva d e dos d e sus partículas, s i e n d o el n ú m e r o d e variables independientes reducido y t e n i e n d o los valores d e las coordenadas la m i s m a probabilidad. Las i n t e r p r e t a c i o n e s subjetivistas d e la t e r m o d i n á m i c a , d e la relatividad y d e la física c u á n tica son tributarias d e las mismas insuficiencias. E l perspectivismo o relativismo científico n u n c a se refiere a u n sujeto: n o constituye una relatividad d e lo v e r d a d e r o , s i n o p o r el c o n t r a r i o una verdad d e lo relativo, es decir d e las variables cuyos casos ordena c o n f o r m e a los valores q u e extrae d e n t r o d e su sistema d e coordenadas (por ejemplo, el o r d e n d e los cónicos c o n f o r m e a las secciones del c o n o c u y o vértice está o c u p a d o por el ojo). I n d u d a blemente, un observador bien d e f i n i d o e x t r a e t o d o lo q u e p u e d e extraer, todo lo q u e p u e d e ser extraído, d e n t r o d e l sistema correspondiente. R e s u m i e n d o , el papel d e o b s e r v a d o r parcial c o n siste en percibir y experimentar, a u n q u e estas p e r c e p c i o n e s y afecciones no sean las d e u n h o m b r e , e n el s e n t i d o q u e se suele admitir, sino q u e pertenezcan a las cosas objeto d e su e s t u d i o . Pero no por ello el h o m b r e deja d e sentir su e f e c t o ( q u e m a t e m á tico no experimenta p l e n a m e n t e el e f e c t o d e u n a sección, d e u n a ablación, de una adjunción), a u n q u e sólo reciba este e f e c t o d e l observador ideal q u e él m i s m o h a instalado c o m o u n golem e n el sistema de referencia. Estos observadores parciales están e n las cercanías de las singularidades d e u n a c u r v a , d e u n sistema físico, d e u n organismo vivo; e incluso el a n i m i s m o se e n c u e n t r a m á s cerca d e la ciencia biológica d e lo q u e se suele decir, c u a n d o multiplica las d i m i n u t a s almas i n m a n e n t e s a los ó r g a n o s y a las funciones, a condición d e desproveerlas d e c u a l q u i e r papel activo o eficiente para convertirlas ú n i c a m e n t e e n focos d e p e r cepción y d e afección moleculares: d e este m o d o los c u e r p o s están llenos de u n a infinidad d e p e q u e ñ a s m ó n a d a s . Se l l a m a r á emplazamiento a la región d e u n estado d e cosas o d e u n c u e r p o a p r e h e n d i d o por un o b s e r v a d o r parcial. Los o b s e r v a d o res parciales constituyen fuerzas, p e r o la fuerza n o es lo q u e actúa, es, c o m o ya sabían Leibniz y Nietzsche, lo q u e p e r c i b e y experimenta. Hay observadores e n todos los sitios d o n d e surjan u n a s p r o piedades p u r a m e n t e f u n c i o n a l e s d e r e c o n o c i m i e n t o o d e selección, sin acción directa: c o m o en la totalidad d e la biología m o -

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lecular, e n i n m u n o l o g í a , o con las enzimas alostéricas.' Ya Maxwell suponía un d e m o n i o capaz de distinguir en u n a mezcla las moléculas rápidas y lentas, de alta y d e baja energía. Bien es verdad que, en u n sistema en estado d e equilibrio, este d e m o n i o d e Maxwell asociado al gas sería n e c e s a r i a m e n t e presa d e una afección d e a t u r d i m i e n t o ; puede n o obstante pasar m u c h o t i e m p o e n u n estado metastable p r ó x i m o a una enzima. La física d e las partículas necesita innumerables observadores i n f i n i t a m e n t e sutiles. Cabe concebir u n o s observadores cuyo e m p l a z a m i e n t o es t a n t o m á s r e d u c i d o c u a n t o q u e el estado d e cosas pasa por cambios d e coordenadas. P o r último, los observadores parciales ideales son las percepciones o afecciones sensibles de los propios functores. Hasta las figuras geométricas poseen afecciones y p e r c e p c i o n e s (paternas y síntomas, decía Proclo) sin las cuales los p r o b l e m a s m á s sencillos p e r m a n e c e r í a n ininteligibles. Los observadores parciales son seniibilia q u e se s u m a n a los functores. M á s q u e o p o n e r el conocim i e n t o sensible y el c o n o c i m i e n t o científico, hay q u e extraer estos sensibilia q u e están en los sistemas d e c o o r d e n a d a s y q u e p e r t e n e cen a la ciencia. N o otra cosa hacía Russell c u a n d o e v o c a b a estas cualidades desprovistas d e cualquier subjetividad, datos sensoriales diferentes de toda sensación, e m p l a z a m i e n t o s establecidos e n los estados d e cosas, perspectivas vacías p e r t e n e c i e n t e s a las propias cosas, pedazos contraídos d e e s p a c i o - t i e m p o q u e correspond e n al c o n j u n t o o a las partes de una f u n c i ó n . Russell las asimila a unos aparatos e instrumentos, i n t e r f e r ó m e t r o d e Michaelson, o m á s s e n c i l l a m e n t e placa fotográfica, c á m a r a , espejo, q u e captan lo q u e n a d i e está allí para ver y hacen q u e resplandezcan estos sensibilia no-sentidos. 2 Pero, lejos d e q u e estos sensibilia se d e f i n a n p o r

1. J. M o n o d , Le hasard et la nécessité, lid. d u Senil, pág. 91: «Las interacciones slostéricas son indirectas, debidas exclusivamente a las propiedades diferenciales de r e c o n o c i m i e n t o cstercocspcciTico de la proteína en los dos o más estados q u e le son accesibles.» Un proceso de r e c o n o c i m i e n t o molecular p u e d e hacer intervenir unos mecanismos, unos umbrales, unos emplazamientos y unos observadores muy diferentes, c o m o en t i reconocimiento m a c h o - h e m b r a de las plantas. (Hay versión española: El amor y ¡a necesidad, Barcelona: Barral E d i tores, 1975.) 2. Russell, Mysticism and Logic, «The reí a t ion of sense-data to physics», Petiguin Books. (Hay versión española: Mhtic.iimo y Lógica, Barcelona: E d h a sa, 1987.)

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los i n s t r u m e n t o s , puesto q u e éstos están a la espera d e un observad o r real q u e acuda a ver, son los i n s t r u m e n t o s los q u e s u p o n e n al o b s e r v a d o r parcial ideal situado en el p u n t o d e vista c o r r e c t o d e n tro d e las cosas: el o b s e r v a d o r n o subjetivo es p r e c i s a m e n t e lo sensible q u e califica (a veces a miles) u n e s t a d o d e cosas, una cosa o un c u e r p o c i e n t í f i c a m e n t e d e t e r m i n a d o s . P o r su parte, los personajes c o n c e p t u a l e s son los sensibilia filosóficos, las percepciones y a f e c c i o n e s d e los p r o p i o s c o n c e p t o s f r a g m e n t a r i o s : a través d e ellos los c o n c e p t o s n o sólo son p e n s a dos, s i n o percibidos y sentidos. U n o n o p u e d e sin e m b a r g o limitarse a d e c i r q u e se d i s t i n g u e n d e los o b s e r v a d o r e s científicos igual que los c o n c e p t o s se d i s t i n g u e n d e los f u n c t o r e s , p u e s t o q u e e n este caso n o aportarían n i n g u n a d e t e r m i n a c i ó n s u p l e m e n t a r i a : los dos a g e n t e s de e n u n c i a c i ó n n o sólo d e b e n distinguirse p o r l o p e r cibido, sino por el m o d o d e p e r c e p c i ó n ( n o n a t u r a l e n a m b o s c a sos). N o basta, de a c u e r d o con Bergson, con asimilar ai o b s e r v a d o r c i e n t í f i c o (por ejemplo, el viajero e n proyectil d e la relatividad) a un m e r o símbolo, q u e indicaría estados d e v a r i a b l e s , m i e n t r a s q u e el p e r s o n a j e filosófico t e n d r í a el p r i v i l e g i o d e l o vivido ( u n ser q u e dura), p o r q u e pasaría p o r las p r o p i a s v a r i a c i o n e s . ' T a n p o c o v i v i d o es el p r i m e r o c o m o s i m b ó l i c o es el s e g u n d o . E n a m b o s casos hay p e r c e p c i ó n y afección ideales, p e r o m u y distintas. Los p e r s o najes c o n c e p t u a l e s están s i e m p r e y a h o r a ya e n el h o r i z o n t e y o p e ran s o b r e u n f o n d o d e velocidad i n f i n i t a , y las d i f e r e n c i a s a n e r g é ticas e n t r e lo r á p i d o y lo l e n t o sólo p r o c e d e n d e las superficies q u e s o b r e v u e l a n o d e los c o m p o n e n t e s a t r a v é s d e los cuales pasan e n u n ú n i c o instante; d e este m o d o , la p e r c e p c i ó n n o t r a n s m i t e a q u í n i n g u n a i n f o r m a c i ó n , sino q u e c i r c u n s c r i b e un a f e c t o ( s i m p á t i c o o a n t i p á t i c o ) . Los o b s e r v a d o r e s científicos, p o r el c o n t r a r i o , c o n s t i t u y e n p u n t o s d e vista d e n t r o d e las p r o p i a s cosas, q u e s u p o n e n u n c o n t r a s t e d e horizontes y u n a sucesión d e e n c u a d r e s sobre u n f o n d o d e desaceleraciones y aceleraciones: los afectos se c o n v i e r t e n a q u í e n relaciones energéticas, y la propia p e r c e p c i ó n e n u n a c a n t i d a d d e i n f o r m a c i ó n . N o nos es posible desarrollar m u c h o 1. E n toda su obra, Bergson o p o n e al observador científico y al personaje filosófico q u e «pasa» por la duración; y sobre t o d o trata de mostrar que el prim e r o s u p o n e al segundo, n o sólo en la física ncwtoniana (Donne'es ¡mmédiates, cap. III), sino en la Relatividad (üurée el simvUaniitf).

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m á s estas d e t e r m i n a c i o n e s , p o r q u e el e s t a t u t o d e los p e r c e p t o s y d e los afectos p u r o s t o d a v í a se n o s escapa, ya q u e r e m i t e a la existencia de las artes. P e r o p r e c i s a m e n t e q u e existan percepcion e s y afecciones p r o p i a m e n t e filosóficas y p r o p i a m e n t e científicas» resumiendo, sensibilia d e c o n c e p t o y d e f u n c i ó n , i n d i c a ya el f u n d a m e n t o d e u n a relación e n t r e la ciencia y la filosofía p o r u n a parte, y el a r t e p o r la otra, d e tal m o d o q u e se p u e d e decir d e u n a función q u e es h e r m o s a y d e u n c o n c e p t o q u e es bello. L a s percepciones y afecciones especiales d é la filosofía o d e la ciencia se pegarán n e c e s a r i a m e n t e a los p e r c e p t o s y afectos del arte, tanto las d e la ciencia c o m o las d e Ja filosofía. E n cuanto a la c o n f r o n t a c i ó n directa d e la ciencia y la filosofía, ésta se lleva a c a b o e n tres, a r g u m e n t o s d e o p o s i c i ó n principales q u e agrupan las series d e f ú n c t o r e s p o r u n a parte y las pert e n e n c i a s de c o n c e p t o s p o r otra. Se trata e n p r i m e r lugar del sistema d e referencia y el p l a n o d e i n m a n e n c i a ; - d e s p u é s , d e las variables independientes y las variaciones inseparables; y p o r últ i m o , d e los observadores parciales y los personajes conceptuales. Se trata de dos tipos d e multiplicidad. U n a f u n c i ó n p u e d e ser d a d a sin que el c o n c e p t o e n sí sea d a d o , a u n q u e p u e d a y deba serió; una función d e espacio p u e d e ser d a d a a u n q u e el c o n c e p t o d e este espacio todavía n o haya s i d o d a d o . L a f u n c i ó n e n la ciencia determina u n e s t a d o d e cosas, u n a cosa o u n c u e r p o q u e actualiza lo virtual e n u n p l a n o d e r e f e r e n c i a y e n u n sistema d e coordenadas; el c o n c e p t o e n filosofía expresa u n a c o n t e c i m i e n t o q u e da a lo virtual u n a consistencia e n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a y e n u n a forma o r d e n a d a . E l c a m p o d e creación respectivo se e n c u e n t r a por lo t a n t o j a l o n a d o por e n t i d a d e s m u y d i f e r e n t e s e n a m b o s casos, p e r o q u e n o o b s t a n t e p r e s e n t a n cierta analogía e n sus tareas: un problema, e n ciencia o en filosofía, n o consiste e n responder a una p r e g u n t a , s i n o e n adaptar, coadaptar, c o n u n «gusto» superior c o m o facultad p r o b l e m á t i c a , los e l e m e n t o s correspondientes e n p r o c e s o d e d e t e r m i n a c i ó n ( p o r ejemplo, para la ciencia, escoger las variables i n d e p e n d i e n t e s adecuadas, instalar al observador parcial eficaz en u n recorrido d e estas características, elaborar las c o o r d e n a d a s ó p t i m a s d e u n a e c u a c i ó n o d e u n a función). Esta analogía i m p o n e dos tareas más. ¿ C ó m o concebir los pasos prácticos e n t r e los d o s tipos d e problemas? P e r o

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ante todo, t e ó r i c a m e n t e , ¿impiden los a r g u m e n t o s d e oposición cualquier u n i f o r m i z a c i ó n , incluso cualquier reducción d e los conceptos a los functores, o la inversa? Y, si cualquier reducción es imposible, ¿ c ó m o concebir un conjunto d e relaciones positivas entre ambos?

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6. P R O S P E C T O S Y C O N C E P T O S

La lógica es reduccionista, y no por accidente sino por esencia y necesariamente: pretende convertir el c o n c e p t o en una función de acuerdo con la senda que trazaron Frege y Russell. Pero, para ello, es preciso primero q u e la función no se defina sólo en una proposición matemática o científica, sino q u e caracterice un o r d e n d e proposición más general c o m o lo expresado por las frases d e u n a lengua natural. Por lo t a n t o hay que i n v e n t a r u n tipo n u e v o de función, propiamente lógica. La función proposicional «x es h u m a n o » señala perfectamente la posición d e u n a variable indep e n d i e n t e q u e no pertenece a la función c o m o tal, p e r o sin la cual la f u n c i ó n queda incompleta. La función c o m p l e t a se c o m p o n e d e una o varias «parejas de ordenadas». L o q u e d e f i n e la función es una relación de dependencia o d e correspondencia (razón necesaria), d e m o d o q u e «ser h u m a n o » ni siquiera es la f u n c i ó n , sino el valor d e f(a) para una variable x. Q u e la mayoría d e proposiciones tengan varias variables independientes carece d e importancia; y también incluso q u e la noción d e variable, en t a n t o q u e vinculada a u n n ú m e r o indeterminado, sea sustituida p o r la d e argumento, q u e implica una asunción disyuntiva d e n t r o d e u n o s límites o d e u n intervalo. La relación con la variable o con el a r g u m e n t o ind e p e n d i e n t e d e la función proposicional d e f i n e la referencia d e la proposición, o el valor-dc-verdad («verdadero» o «falso») d e la f u n c i ó n para el argumento: J u a n es u n h o m b r e , p e r o Bill es un gato... E l conjunto d e valores d e verdad de u n a f u n c i ó n q u e determ i n a n unas proposiciones afirmativas verdaderas constituye la extensión d e un concepto: los objetos del c o n c e p t o o c u p a n el lugar

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d e las variables o d e los argumentos d e la f u n c i ó n proposicional para los q u e la proposición resulta verdadera, o su referencia c u m plida. D e este m o d o el propio concepto es f u n c i ó n para el conjunto d e objetos q u e constituyen su extensión. T o d o c o n c e p t o c o m p l e t o es un conjunto en este sentido, y posee un n ú m e r o determinado; los objetos del concepto son los elementos del c o n junto. 1 T o d a v í a q u e d a n por fijar las condiciones d e la referencia q u e marcan los límites o intervalos en el interior d e los cuales una variable e n t r a en u n a proposición verdadera: X es un h o m b r e , J u a n es un h o m b r e , p o r q u e ha hecho esto, p o r q u e se presenta de este modo... U n a s condiciones de referencia de esta índole constituyen no la c o m p r e n s i ó n , sino la intensión del concepto. Se trata de p r e sentaciones o d e descripciones lógicas, d e intervalos, de potenciales o d e « m u n d o s posibles», como dicen los lógicos, d e ejes d e coordenadas, d e estados de cosas o de situaciones, de subconjuntos del concepto: la estrella de la noche y la estrella del alba. Por ejemplo, u n c o n c e p t o d e un único elemento, el c o n c e p t o d e N a p o l e ó n I, posee c o m o intensión «el vencedor de Jcna», «el v e n c i d o de W a terloo»... Q u e d a perfectamente claro q u e no hay en este caso n i n guna diferencia d e naturaleza que separe la intensión y Ja e x t e n sión, puesto q u e ambas tienen que ver con la referencia, siendo la intensión ú n i c a m e n t e condición de referencia y c o n s t i t u y e n d o u n a c n d o r r c f e r c n c i a de la proposición, constituyendo ia extensión su exorreferencia. N o se desborda d e la referencia elevándola hasta su condición; se permanece dentro d e la extensionalidad. E l problema consiste más bien en saber c ó m o se llega, a través d e estas presentaciones intencionales, a una d e t e r m i n a c i ó n unívoca d e los objetos o elementos del concepto, d e las variables proposicionales, d e los argumentos de la función desde el p u n t o de vista d e 1. Cf. Russcll, Principes de ta mathématique, P.U.F., particularmente el apéndice A (hay versión española: Los principios de la matemática, Madrid: Espasa-Calpe, 1983), y Frcgc, Les Jondíments de l'arilhmélique, Éd. du Seuil, párrafos 48 y 54 (hay versión española: Furidamentos de la aritmética, Barcelona: J„a¡a, 1972); Écrits logiques et philosophiques, especialmente «Fontion et concept», «Conccpt et objcct», y respecto a la crítica de la variable «Qu'est-ce q u ' u n jonction?», Cf. los comentarios de Claude Imbert en ambos libros m e n cionados, y PhiJippc de RouUhan, Frege, Íes paradaxes de la représentation, Éd. de Miiuiít,

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la exorrcferencia (o de la representación): es el p r o b l e m a del n o m b r e propio, y la cuestión d e u n a identificación o individuación lógica q u e nos haga pasar d e los estados d e cosas a la cosa o al c u e r p o (objeto), m e d i a n t e operaciones de cuantificación q u e t a n t o p e r m i t e n asignar los predicados esenciales d e la cosa c o m o lo q u e const i t u y e por fin la comprensión del c o n c e p t o . V e n u s (la estrella d e la n o c h e y la estrella del alba) es un p l a n e t a cuyo t i e m p o d e rotación es inferior al d e la Tierra... «Vencedor d e Jena» es u n a descripción o u n a presentación, mientras q u e «general» es u n p r e d i c a d o d e Bonaparte, «emperador» u n predicado d e N a p o l e ó n , a u n q u e ser n o m b r a d o general o ser investido e m p e r a d o r sean descripciones. Así pues, el «concepto proposicional» e v o l u c i o n a e n su totalidad e n el círculo d e la referencia, e n t a n t o q u e p r o c e d e a u n a logicización d e los functores que se convierten d e este m o d o e n los prospectos de una proposición (paso de la proposición científica a la proposición lógica). Las frases carecen de.autorreferencia, c o m o lo d e m u e s t r a la paradoja del «yo miento». Ni los p e r f o r m a t i v o s son a u t o r r e f e r e n ciales, sino que implican una exorreferencia d e la proposición (la acción que le está vinculada por c o n v e n c i ó n , y q u e se efectúa e n u n c i a n d o la proposición) y una e n d o r r e f e r e n c i a (el título o el e s t a d o de cosas bajo los cuales se está habilitado para f o r m u l a r el e n u n c i a d o : por ejemplo, la intensión del c o n c e p t o e n el e n u n c i a d o «lo juro» es un testigo ante u n tribunal, u n n i ñ o al q u e se le está rep r o c h a n d o algo, u n e n a m o r a d o q u e se declara, etc.). 1 P o r el contrario, cuando se otorga a la frase una autoconsistencia, ésta sólo p u e d e estribar e n la n o contradicción f o r m a l d e la proposición o d e las proposiciones entre sí. Pero eso equivale a decir q u e las proposiciones no gozan materialmente d e endoconsistencia ni exoconsistencia d e ningún tipo. E n la m e d i d a en q u e u n n ú m e r o cardinal pertenece al concepto proposicional, la lógica d e las proposiciones exige-una demostración científica d e la consistencia d e la aritmética d e los números enteros a partir d e axiomas; ahora b i e n , d e acuerdo con los dos aspectos del t e o r e m a d e G o d c l , la 1. Oswald D u c r o t criticó el carácter autorrcfcrencial q u e se otorga a los enunciados performativos (lo que se hace diciéndolo: juro, p r o m e t o , ordeno..-)Diré el ne pos diré, Éd. Hermann, pág. 72 y siguientes. (Hay versión española: Decir y no decir, Barcelona: Anagrama, 1982.)

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demostración d e consistencia de la aritmética no p u e d e representarse dentro del sistema (no hay endoconsistencia), y el sistema tropieza necesariamente con enunciados verdaderos q u e sin e m bargo no son demostrables, que p e r m a n e c e n indecidibles (no hay cxoconsistencia, o el sistema consistente no p u e d e estar c o m pleto). R e s u m i e n d o , haciéndose proposicional, el concepto pierde todos los caracteres que poseía como concepto filosófico, su autor referencia, su endoconsistencia y su exoconsistcncia. Resulta q u e un régimen d e independencia ha sustituido al de la inseparabilidad (independencia de las variables, d e los axiomas y d e las proposiciones indecidibles). Incluso los m u n d o s posibles c o m o c o n diciones d e referencia están separados del concepto d e O t r o q u e les otorgaría consistencia (de tal m o d o q u e la lógica se e n c u e n t r a insólitamente desarmada ante el solipsismo). El c o n c e p t o en general deja de poseer una cifra, para poseer sólo u n n ú m e r o aritmético; lo indecidible ya no señala la inseparabilidad d e los c o m ponentes intencionales (zona de indisccrnibilidad) sino por el contrario la necesidad de distinguirlos en función d e la exigencia d e la referencia q u e hace q u e toda consistencia (la autoconsistencia) se vuelva «insegura». El propio n ú m e r o señala u n principio general de separación: «el c o n c e p t o letra de la palabra Zahl separa la Z d e la a, la a d e la h, etc.». Las funciones extraen toda su potencia d e la referencia bien quitándosela a unos estados d e cosas, bien a unas cosas, bien a otras proposiciones: resulta fatal q u e la reducción del c o n c e p t o a la f u n c i ó n lo prive d e t o d o s sus caracteres p r o p i o s q u e remitían a otra dimensión. Los actos d e referencia son movimientos finitos del p e n s a m i e n t o m e d i a n t e los cuales la ciencia constituye o modifica estados de cosas o cuerpos. T a m b i é n cabe decir que el h o m b r e histórico lleva a cabo modificaciones d e este tipo, p e r o en u n a s condiciones q u e son las d e la vivencia e n las q u e los f u n c t o r e s se sustituyen p o r percepciones, afecciones y acciones. N o o c u r r e lo mismo c o n la lógica: c o m o ésta considera la referencia vacía e n sí misma e n t a n t o q u e m e r o vaíor d e verdad, sólo p u e d e aplicarla a estados d e cosas o cuerpos ya constituidos, bien a proposiciones establecidas d e la ciencias, bien a proposiciones d e h e c h o ( N a p o león es el v e n c i d o de Waterloo), bien a meras o p i n i o n e s («X cree que.*»). T o d o s estos tipos d e proposiciones son prospectos d e va-

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lor d e i n f o r m a c i ó n . La lógica tiene por lo t a n t o un paradigma, es incluso el tercer caso de paradigma, que ya n o es el d e la religión ni el d e la ciencia, y q u e es c o m o la recognición de lo verdadero en los prospectos o en las proposiciones informativas. La expresión docta «meta-matemática» pone perfectamente d e manifiesto el paso del e n u n c i a d o científico a la proposición lógica bajo u n a f o r m a d e recognición. La proyección d e este paradigma es lo q u e hace q u e a su vez los conceptos lógicos sólo se v u e l v a n figuras, y q u e la lógica sea una ideografía. La lógica de las proposiciones necesita u n m é t o d o de proyección, y el propio t e o r e m a d e G ó d e l i n v e n t a u n m o d e l o proyectivo.' Es c o m o una deformación regulada, oblicua, d e la referencia respecto a su estatuto científico. P a r e c e c o m o si la lógica anduviera siempre debatiéndose con el p r o b l e m a complejo d e su diferencia con la psicología; sin e m bargo, se a d m i t e generalmente sin dificultad q u e erige c o m o m o delo u n a i m a g e n legítima del pensamiento q u e nada tiene q u e v e r c o n la psicología (sin ser normativa p o r ello). El problema estriba m á s b i e n en el valor de esta imagen, y en lo q u e pretende e n s e ñ a r n o s sobre los mecanismos de un p e n s a m i e n t o puro. D e todos los movimientos incluso finitos del pensamiento, la forma d e la recognición es sin duda la q u e llega m e n o s lejos, la más p o b r e y la más pueril. Desde siempre, la filosofía h a corrido el peligro de medir el pensamiento en f u n c i ó n d e ocurrencias d e tan escaso interés c o m o decir «Buenos días, Teodoro», c u a n d o quien en realidad pasa es Teeteto; la imagen clásica del pensam i e n t o n o estaba a salvo de este tipo de aventuras q u e persiguen la recognición d e lo verdadero. Cuesta creer q u e los problemas del p e n s a m i e n t o , tanto en la ciencia c o m o en la filosofía, p u e d a n ser tributarios d e casos semejantes: un p r o b l e m a e n t a n t o quecreación de p e n s a m i e n t o nada tiene q u e v e r con u n a interrogación, q u e no es más q u e una proposición suspendida, la copia exsangüe d e una proposición afirmativa q u e s u p u e s t a m e n t e debería servirle d e respuesta («¿Quien es el autor d e Waverley?», «¿Es acaso Scott el autor d e Waverley?»). La lógica siempre resulta vencida p o r sí misma, es decir por la insignificancia d e los casos 1. Sobre la proyección y el método de Godcl, Nagel y N c w m a n , Le théoreme de Godel, É d . du Seuil, págs. 61-69.

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con los q u e se alimenta. E n su deseo d e suplantar a U filosofía la lógica desvincula la proposición de todas sus dimensiones psicológicas, p e r o por ello m i s m o conserva más aún el conjunto d e los postulados q u e limitaba y somería el p e n s a m i e n t o a las servid u m b r e s d e u n a recognición d e lo v e r d a d e r o en la proposición.' Y c u a n d o la lógica se a v e n t u r a en un cálculo de los problemas, lo hace calcándolo del cálculo d e las proposiciones, isomórñcam e n t e con él. Más parecido a u n concurso televisivo que a u n juego de ajedrez o d e lenguaje. Pero los problemas nunca son proposicionales. Más q u e a una c o n c a t e n a c i ó n de proposiciones, sería m e j o r dedicarse a extraer el flujo del m o n ó l o g o interior, o las insólitas bifurcaciones d e la conversación más corriente, separándolos a ellos t a m b i é n de sus a d h e r e n c i a s psicológicas y sociológicas, para p o d e r mostrar c ó m o el p e n s a m i e n t o c o m o tal p r o d u c e algo d i g n o de interés c u a n d o alcanza el m o v i m i e n t o i n f i n i t o q u e l o libera t a n t o d e lo v e r d a d e r o c o m o del paradigma supuesto y reconquista u n a potencia i n m a n e n t e d e creación. A u n q u e para ello haría falta q u e el p e n s a m i e n t o retrocediera al interior d e los estados de cosas o d e c u e r p o s científicos en vías d e constitución, c o n el fin d e p e n e t r a r e n la consistencia, es decir en la esfera d e l o virtual q u e n o hace m á s q u e actualizarse en ellos. Habría que deshacer el camino que la ciencia recorre, en cuyo e x t r e m o final la lógica aposenta sus reales. ( L o m i s m o sucede con la Historia, d o n d e habría q u e llegar a la nebulosa no histórica q u e se sale d e los factores actuales en beneficio de una creación de novedad.) P e r o esta esfera d e lo virtual, este Pensamiento-Naturaleza, es lo q u e la lógica sólo es capaz d e mostrar, según una famosa frase, sin p o d e r l o nunca a p r e h e n d e r en proposiciones, ni referirlo a u n a referencia. E n t o n c e s la lógica se calla, y sólo es interesante c u a n d o se calla. Puestos a haccr paradigmas, alcanza una especie d e b u d i s m o zcn. 1. Sobre la concepción de la proposición interrogativa según Frcge, «Recherchcs logiques» (Ücrils lugiques el philosophiques, pág. 1 75). (Hay versión española: Investigaciones lógicas, Madrid: Tecnos, 1984.) También sobre los tres elementos: la aprehensión del pensamiento o el acto de pensar; la recognición de la verdad de u n pensamiento, o el juicio; la manifestación del juicio o la afirmación. V Russell, Principes de la mathématique, párrafo 477.

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C o n f u n d i e n d o los c o n c e p t o s con f u n c i o n e s , la lógica hace c o m o si h ciencia se ocupara ya d e conceptos, o f o r m a r a c o n c e p t o s de primera zona. P e r o ella misma t i e n e q u e s u m a r a las f u n c i o n e s científicas f u n c i o n e s lógicas, q u e s u p u e s t a m e n t e h a n d e formar una nueva clasc d e conceptos m e r a m e n t e lógicos, o d e segunda zona. E n su rivalidad o en su v o l u n t a d d e s u p l a n t a r a la filosofía, lo q u e m u e v e a la ciencia es u n a u t é n t i c o odio. M a t a al concepto dos veces. Sin embargo el c o n c e p t o rcnace, p o r q u e no es u n a f u n c i ó n científica, y p o r q u e n o es u n a p r o p o sición lógica: n o pertenece a ningún sistema discursivo, carece d e referencia. E l concepto se muestra, y n o hace más q u e mostrarse. Los conceptos son en efecto monstruos q u e renacen d e sus ruinas. L a propia lógica permite a veces que los c o n c e p t o s filosóficos renazcan, ¿pero bajo q u é f o r m a y en qué estado? C o m o ios c o n c e p t o s en general han hallado un estatuto seudocientífico en las f u n c i o n e s científicas y lógicas, la filosofía recibe c o m o legado conceptos dt tercera zona, q u e n o son tributarios del n ú m e r o y q u e ya no constituyen conjuntos bien definidos, bien circunscritos, relacionables con unas mezclas asignables c o m o estados d e cosas fisicotnatemáticos. Se trata más bien d e conjuntos i m p r e c i sos o vagos, m e r o s agregados de percepciones y d e afecciones, q u e se forman e n la vivencia en tanto q u e i n m a n e n t e a u n sujeto, a una conciencia. Se trata d e multiplicidades cualitativas o intensivas, c o m o lo «rojo», lo «calvo», en las q u e n o se p u e d e dec i d i r sí determinados elementos pertenecen al c o n j u n t o o no. Estos conjuntos vivencialcs se expresan en u n a tercera especie d e prospectos, ya n o enunciados científicos o proposiciones lógicas, s i n o puras y meras opiniones del sujeto, evaluaciones subjetivas o preferencias d e gustos: eso ya es rojo, está casi calvo... Sin e m b a r g o , ni siquiera para u n e n e m i g o de la filosofía, no es e n estos juicios empíricos d o n d e p u e d e encontrarse i n m e d i a t a m e n t e el a m p a r o de los conceptos filosóficos. Hay q u e extraer u n a s f u n ciones de las q u e estos conjuntos imprecisos, estos c o n t e n i d o s vivenciales, son ú n i c a m e n t e las variables. Y, e n este p u n t o , nos encontramos ante una alternativa: o bien, por u n lado, se conseguirá reconstituir para estas variables unas f u n c i o n e s científicas o lógicas que harán d e f i n i t i v a m e n t e inútil recurrir a c o n c e p t o s fi-

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losófícos; 1 o bien, p o r el otro, habrá q u e i n v e n t a r u n n u e v o tipo de f u n c i ó n p r o p i a m e n t e filosófica, tercera zona e n la q u e curios a m e n t e t o d o p a r e c e invertirse, puesto q u e tendrá q u e encargarse de sostener a las otras dos. Si el m u n d o d e la vivencia es c o m o la tierra q u e d e b e f u n d a r o sostener la ciencia y la lógica d e los estados de cosas, resulta claro q u e h a c e n falta u n o s c o n c e p t o s a p a r e n t e m e n t e filosóficos para llevar a cabo esta p r i m e r a f u n d a c i ó n . El c o n c e p t o filosófico requiere e n t o n c e s u n a «pertenencia» a u n sujeto, y ya n o u n a p e r t e n e n c i a a un c o n j u n t o . N o p o r q u e el c o n c e p t o filosófico se c o n f u n d a con la m e r a v i v e n c i a , incluso d e f i n i d o c o m o u n a multiplicidad d e fusión, o c o m o i n m a n e n c i a d e un flujo al sujeto; la vivencia sólo p r o p o r ciona variables, m i e n t r a s q u e los conceptos tienen t o d a v í a q u e definir a u t é n t i c a s f u n c i o n e s . E s t a s f u n c i o n e s sólo t e n d r á n referencia c o n la v i v e n c i a , c o m o las f u n c i o n e s científicas c o n los estados d e cosas. Los c o n c e p t o s filosóficos, serán f u n c i o n e s d e la vivencia, c o m o los c o n c e p t o s científicos son f u n c i o n e s d e estados d e cosas; p e r o a h o r a el o r d e n o la d e r i v a c i ó n c a m b i a n de s e n t i d o p u e s t o q u e estas f u n c i o n e s d e la v i v e n c i a se c o n v i e r t e n e n p r i m e r a s ; Se trata d e u n a lógica t r a s c e n d e n t a l ( t a m b i é n p u e d e llamársela dialéctica), q u e a s u m e la tierra y t o d o lo q u e ésta c o m p o r t a , y q u e sirve d e suelo p r i m o r d i a l para la lógica f o r m a l y las ciencias regionales derivadas. Será p o r lo t a n t o n e c e s a r i o q u e e n el p r o p i o s e n o d e la inm a n e n c i a d e la v i v e n c i a a u n sujeto se descubran actos d e trascend e n c i a de e s t e sujeto capaces de constituir las nuevas funciones de variables o las referencias conceptuales: el sujeto, e n este sentido, ya n o es solipsista y e m p í r i c o , s i n o trascendental. Y a h e m o s visto q u e K a n t había e m p e z a d o a realizar esta tarea, m o s t r a n d o c ó m o los c o n c e p t o s filosóficos se r e f e r í a n n e c e s a r i a m e n t e a la experiencia vivida a t r a v é s d e p r o p o s i c i o n e s o juicio a priori c o m o f u n c i o n e s d e un t o d o d e la e x p e r i e n c i a posible. P e r o q u i e n llega hasta el fi1. Por ejemplo, se introducen grados de verdad entre lo v e r d a d e r o y lo falso (1 y 0) que n o son probabilidades p e r o q u e efectúan una especie d e fractalización de las crestas d e verdad y de los valles de falsedad, d e tal m o d o q u e los conjuntos imprecisos vuelven a ser numéricos, p e r o con u n n ú m e r o fraccionario entre 0 y 1. Con la condición no obstante de q u e el conjunto impreciso sea el subconjunto de un c o n j u n t o normal, que remita a una función regular. Cf. A r n o l d K a u f m a n n , Introduclion a la théorie de sotií-ensembles Jlous, Ed. Masson. Y Pascal Engcl, La norme de vrai, Gallimard, q u e dedica un capítulo a lo «vago».

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nal es Husscrl, descubriendo, en las multiplicidades no numéricas o e n los conjuntos fusiónales inmanentes perccptivo-afcctivos, la triple raíz d e los actos d e trascendencia (pensamiento) a través d e los cuales el sujeto constituye primero un m u n d o sensible p o b l a d o d e objetos, después un m u n d o intersubjetivo poblado por otros seres, y p o r ú l t i m o u n m u n d o ideal c o m ú n q u e poblarán las f o r m a c i o n e s científicas, matemáticas y lógica. Los n u m e rosos c o n c e p t o s f e n o m e n o l ó g i c o s o filosóficos (tales c o m o «el ser en el m u n d o » , «la carnc», «la idealidad», etc.) serán la expresión d e estos actos. N o se trata ú n i c a m e n t e d e vivencias inmanentes al sujeto solipsista, sino d e las referencias del sujeto trascendental a la vivencia; n o se trata d e variables pcrccptivo-afcctivas, sino d e las g r a n d e s f u n c i o n e s q u e encuentran en estas variables su rec o r r i d o respectivo d e verdad. N o se trata de conjuntos imprecisos o vagos, d e subconjuntos, sino d e totalizaciones q u e exceden c u a l q u i e r p o t e n c i a d e los conjuntos. N o son sólo juicios u opiniones empíricas, s i n o protocreencias, Urdoxa, opiniones originarias como proposicionesNo son los contenidos sucesivos del flujo d e i n m a n e n c i a , s i n o los actos d e trascendencia q u e lo atraviesan y lo arrastran d e t e r m i n a n d o las «significaciones» d e la totalidad potencial d e la vivencia. El concepto c o m o significación es t o d o esto a la vez, i n m a n e n c i a de la vivencia del sujeto, acto de trasc e n d e n c i a del sujeto respecto a las variaciones de la vivencia, totalización d e la vivencia o función de estos actos. Diríase q u e los c o n c e p t o s filosóficos sólo se salvan aceptando convertirse en f u n c i o n e s especiales, y desnaturalizando la inmanencia que todavía necesitan: c o m o la inmanencia ya no es más q u e la de la vivencia, ésta es forzosamente inmanencia a un sujeto, cuyos actos (funciones) serán los conceptos relativos a esta vivencia - c o m o ya h e m o s visto siguiendo la prolongada desnaturalización del plano de inmanencia.

1. Respecto a las tres trascendencias que aparecen en el campo de inmanencia, la primordial, la intersubjetiva y la objetiva, cf. Husserl, Méditations carte'siennes, lid, Vrin, especialmente los párrafos 55-56. (Hay versión española: Meditaciones cartesianas, Madrid: Tecnos, 1986.) Respecto a la Urdoxa, Idees directrices pour une phénoménologie, Gallimard, especialmente los párrafos 103-104 (hay versión española: Ideas relativas a una fenomenología pura y una filosofía fenornenológica, Madrid: FCE, 1985); Expérience et jugement, P.U.F.

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Por muy peligroso q u e resulte para la filosofía d e p e n d e r d e la generosidad d e los lógicos, o d e sus a r r e p e n t i m i e n t o s , cabe preguntarse si n o se p u e d e e n c o n t r a r un equilibrio precario entre los conceptos científico-lógicos y los c o n c e p t o s fenomenológicos-filosóficos. Gilles-Gaston G r a n g e r p u d o p r o p o n e r d e este modo una división en la q u e el c o n c e p t o , c o m o estaba determinado p r i m e r o c o m o f u n c i ó n científica y lógica, deja sin embargo un lugar d e tercera zona, a u n q u e a u t ó n o m o , a unas funciones filosóficas, f u n c i o n e s o significaciones de la vivencia c o m o totalidad virtual (los conjuntos imprecisos parecen asumir u n papel d e bisagra e n t r e ambas f o r m a s d e conceptos). 1 Así pues, la ciencia se lia arrogado el c o n c e p t o , p e r o hay de t o d o s m o d o s conceptos no científicos, soportables a dosis homeopáticas, es decir fenomenológicas, d e d o n d e p r o c e d e n los más asombrosos híbridos, q u e vem o s surgir en la actualidad, d e frego-husserlianismo o incluso de wittgensteino-heidcggerianismo. ¿No se trataba acaso de la misma situación d e la filosofía q u e ya se v e n í a prolongando desde hacía m u c h o en Estados U n i d o s , con u n e n o r m e departam e n t o d e lógica y u n o d i m i n u t o d e f e n o m e n o l o g í a , aunque ambos bandos a n d u v i e r a n las m á s d e las veces a la greña? Es c o m o el patc de alondra, p e r o la p a r t e d e la a l o n d r a fenomenológica ni siquiera es la más exquisita, es la q u e el caballo lógico concede a veces a la filosofía. Es más bien c o m o el r i n o c e r o n t e y el pájaro q u e vive d e sus parásitos. Se trata de una inacabable retahila de malentendidos sobre el concepto. Bien es verdad que el c o n c e p t o es impreciso, vago, pero n o p o r q u e carezca d e contornos: es porque es errab u n d o , no discursivo, en m o v i m i e n t o sobre un plano de inmanencia. Es intencional o modular no p o r q u e tenga unas condiciones de referencia, sino p o r q u e se c o m p o n e de variaciones inseparables q u e pasan por zonas de indisccrnibilidad y cambian

1. G.-G. Granger, Pour la connaiuance philoiophiquc, caps. VI y VII. El conocimiento del concepto filosófico se reduce a la referencia ,1 la vivencia, en la medida en que esta referencia lo constituye c o m o "totalidad virtual», ¡o cual implica un sujeto trascendental, y Granger no parece otorgar a «virtual» más •sentido que e) sentido kantiano de un todo de Ja experiencia posible (págs. 174-175). Obsérvese el papel hipotético que Granger confiere a los «conceptos imprecisos» al pasar de los conceptos científicos a los conceptos filosóficos.

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su c o n t o r n o . N o hay referencia en absoluto, ni a la vivencia ni a los estados d e cosas, sino una consistencia definida por sus comp o n e n t e s internos: el concepto, ni d e n o t a c i ó n d e estado de cosas ni significación de la vivencia, es el a c o n t e c i m i e n t o como mero s e n t i d o q u e recorre i n m e d i a t a m e n t e los componentes. N o hay n ú m e r o , ni e n t e r o ni fraccionario, para c o n t a r las cosas que p r e s e n t a n sus propiedades, sino una cifra q u e condensa, acumula sus c o m p o n e n t e s recorridos y sobrevolados. El concepto es una f o r m a o una fuerza, p e r o jamás una f u n c i ó n en ningún sentido posible. R e s u m i e n d o , el único concepto es filosófico en el plano d e i n m a n e n c i a , y las f u n c i o n e s científicas o las proposiciones lógicas n o son conceptos. Los prospectos designan en primer lugar los elementos de la p r o p o s i c i ó n (función proposicional, variables, valor de verdad...), p e r o t a m b i é n los tipos diversós de proposiciones o modalidades d e l juicio. Si se c o n f u n d e el c o n c e p t o filosófico con una función o u n a proposición, n o será bajo una especie científica o incluso lógica, sino por analogía, c o m o una función d e la vivencia o una p r o p o s i c i ó n de o p i n i ó n (tercer tipo). E n t o n c e s hay que producir u n c o n c e p t o q u e d é cuenta d e esta situación: lo que la opinión p r o p o n e es u n a relación d e t e r m i n a d a e n t r e u n a percepción exterior c o m o estado d e u n sujeto y una afección interior como paso d e u n estado a o t r o (exo y endorreferencia). T o m a m o s una cualid a d s u p u e s t a m e n t e c o m ú n a varios objetos q u e percibimos, y una a f e c c i ó n s u p u e s t a m e n t e c o m ú n a varios sujetos q u e la experim e n t a n y q u e a p r e h e n d e n c o n nosotros esta cualidad. La opinión es la regla d e correspondencia de una a otra, es una junción o una proposición cuyos argumentos son percepciones y afecciones, e n este sentido f u n c i ó n d e la vivencia. Por ejemplo, aprehendem o s u n a cualidad perceptiva c o m ú n a los gatos, o a los perros, y u n s e n t i m i e n t o d e t e r m i n a d o q u e nos hace a m a r , u odiar, a unos o a otros: para u n g r u p o d e objetos, pueden tomarse muchas cualidades diversas, y f o r m a r m u c h o s grupos d e sujetos muy diferentes, atractivos o repulsivos («sociedad» d e q u i e n e s aman a los gatos, o d e q u i e n e s los odian...), d e tal m o d o q u e las opiniones son e s e n c i a l m e n t e el objeto d e u n a lucha o d e u n intercambio. Es la c o n c e p c i ó n popular y democrática occidental d e la filosofía, en la q u e ésta se p r o p o n e p r o p o r c i o n a r temas d e conversación agra-

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dables o agresivos para las cenas en casa del señor Rorthy.* Las opiniones rivalizan d u r a n t e el banquete, ¿ n o es acaso la eterna Atenas, nuestra m a n e r a d e seguir siendo griegas? Los tres caracteres q u e remitían la filosofía a la ciudad griega eran precisam e n t e la sociedad d e los amigos, la mesa d e inmanencia y las opiniones q u e se e n f r e n t a n . Cabe objetar q u e los filósofos griegos jamás dejaron d e p o n e r en tela d e juicio la doxa, y d e o p o n e r l e una episteme c o m o ú n i c o saber adecuado para la filosofía. Pero se trata d e u n asunto h a r t o embrollado, y c o m o los filósofos sólo son amigos y n o sabios, m u c h o les cuesta abandonar la doxa. La doxa es un tipo d e proposición q u e se presenta d e la manera siguiente: dada u n situación vivida perceptivo-afectiva (por ejemplo, se sirve queso e n la mesa del banquete), alguien extrae u n a cualidad pura (por ejemplo, el olor apestoso); pero al m i s m o t i e m p o q u e abstrae esta cualidad, el m i s m o se identifica c o n u n sujeto genérico q u e experimenta una afección c o m ú n (la sociedad de quienes odian el queso, q u e rivaliza en este sentido c o n aquellos a quienes les gusta, las más de las veces en f u n c i ó n d e otra cualidad). Así pues, la «discusión» trata de la elección d e la cualidad perceptiva abstracta, y d e la potencia del sujeto genérico afectado. Por ejemplo, odiar el queso ¿significa privarse d e ser u n sibarita? Pero «sibarita» ¿es acaso una afección g e n é r i c a m e n t e e n vidiable? ¿ N o habría q u e decir acaso q u e aquellos a q u i e n e s les gusta el queso, y todos los sibaritas, apestan ellos mismos? A m e nos q u e sean los e n e m i g o s del queso quienes apesten. O c u r r e c o m o con el chiste q u e contaba Hegel, d e la tendera a la q u e le dicen: «Sus huevos están podridos, vieja», y q u e responde: « l a d r i d o estará usted, y su m a d r e , y su abuela»: la o p i n i ó n es u n p e n s a m i e n t o abstracto, y el insulto d e s e m p e ñ a u n papel eficaz e n esta abstracción, p o r q u e la o p i n i ó n expresa las funciones generales d e u n o s estados particulares. 1 Extrae d e la percepción u n a cualidad abstracta y d e la afección una potencia general: toda o p i n i ó n ya es política e n este sentido. P o r este motivo tantas discusiones p u e d e n e n u n c i a r s e del m o d o siguiente: «Yo, c o m o h o m * Se refiere a Richard Rorty, filósofo norteamericano ncopragmaticista q u e concibe el contraste de ideas en la filosofía como u n a conversación. (N- del T.) 1. Sobre el p e n s a m i e n t o abstracto y el juicio popular, cf. el texto breve d e Hegel ¿Quién piensa abstracto? (Sámtlicke Werke, X X , págs. 445-450).

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brc, estimo q u e todas las mujeres son infieles», «Yo. c o m o mujer, p i e n s o q u e los hombres son unos mentirosos». La o p i n i ó n es un pensamiento q u e se ciñe estrechamente a la f o r m a d e la recognición: recognición d e una cualidad en la percepción (contemplación), recognición d e u n g r u p o en la afección (reflexión), recognición de un rival en la posibilidad de otros grupos y d e otras cualidades (comunicación). Otorga a la recognición d e lo verdadero una extensión y unos criterios que por naturaleza son los de una «ortodoxia»: será verdad una opinión q u e coincida con la del grupo al q u e se pertenece cuando se la dice, cosa q u e queda manifiesta en determinados concursos: tiene usted q u e decir su opinión, p e r o usted «gana» (dice la verdad) siempre y c u a n d o haya dicho lo m i s m o q u e 1?. mayoría de los q u e participan en el concurso. La opinión en su esencia es v o l u n t a d d e mayoría, y habla ya en n o m b r e d e una mayoría. Incluso el h o m b r e de la «paradoja» sólo se expresa con tantos guiños, y con tanta estúpida seguridad en sí mismo, porque pretende expresar la opinión secreta d e t o d o el mundo, y ser el portavoz de lo que los demás n o se atreven a decir. Y eso q u e tan sólo se trata del primer paso del r e i n o de la opinión: ésta triunfa c u a n d o la cualidad escogida deja d e ser la condición d e constitución de un grupo, y n o es m á s q u e la imagen o la «marca» d e un grupo constituido q u e d e t e r m i n a él mismo el m o delo p e r c e p t i v o y afectivo, la cualidad y la afección que cada cual t i e n e q u e adquirir. E n t o n c e s el m a r k e t i n g se presenta c o m o el c o n c e p t o mismo: «nosotros, los conceptuadores...». Estamos en la era d e la c o m u n i c a c i ó n , pero toda alma bien nacida huye y se escabulle cada vez q u e le p r o p o n e n u n a discusioncilla, un coloquio, o una mera conversación. E n cualquier conversación, siempre está presente en el d e b a t e el destino d e la filosofía, y m u c h a s discusiones filosóficas c o m o tales n o superan la del queso, insultos incluidos y e n f r e n t a m i e n t o d e concepciones del m u n d o . L a filosofía d e la c o m u n i c a c i ó n se agota en la búsqueda d e u n a o p i n i ó n universal liberal c o m o consenso, bajo el q u e nos t o p a m o s d e n u e v o con las percepciones y afecciones cínicas del capitalista en persona.

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EJEMPLO XI ¿ Q u é t i e n e q u e v e r esta s i t u a c i ó n c o n los g r i e g o s ? Se s u e l e d e cir, d e s d e P l a t ó n , q u e los g r i e g o s o p o n e n la

filosofía

q u e t o d a v í a i n c l u y e las c i e n c i a s , y la opinión-doxa,

como

saber

que ellos r e m i -

ren a l o s s o f i s t a s y a l o s r e t ó r i c o s . P e r o n o s o t r o s - h e m o s a p r e n d i d o q u e n o se t r a t a b a d e u n a s i m p l e o p o s i c i ó n t a n clara. ¿ C ó m o i b a n los f i l ó s o f o s a p o s e e r el s a b e r , e l l o s q u e n o p u e d e n n i q u i e r e n r e s t a u r a r el s a b e r d e l o s s a b i o s , y q u e ú n i c a m e n t e son a m i g o s ?

¿Y

c ó m o iba a ser la o p i n i ó n t o t a l m e n t e a s u m o d e Jos s o f i s t a s ya q u e ésta r c c i b c u n

valor-dc-vcrdad?1

A d e m á s , p a r e c e e f e c t i v a m e n t e q u e los griegos tenían u n a idea d e la c i e n c i a b a s t a n t e c l a r a q u e n o se c o n f u n d í a c o n la filosofía: s e t r a taba d e u n c o n o c i m i e n t o d e la c a u s a y d e la d e f i n i c i ó n , ya e n t o n c e s d e u n a e s p e c i e d e f u n c i ó n . E n t o n c e s , el p r o b l e m a se r e d u c í a a: ¿ c ó m o se p u e d e l l e g a r a ias d e f i n i c i o n e s , a e s t a s p r e m i s a s d e l s i l o g i s m o c i e n t í f i c o o l ó g i c o ? P u e s g r a c i a s a la d i a l é c t i c a : u n a i n v e s t i g a c i ó n q u e t e n d í a , s o b r e u n t e m a d a d o , a d e t e r m i n a r e n t r e ias o p i n i o n e s c u á l e s e r a n las m á s v e r o s í m i l e s p o r la c u a l i d a d q u e e x t r a í a n , las m á s s a b i a s p o r l o s s u j e t o s q u e l a s p r o f e r í a n . I n c l u s o e n A r i s t ó t e l e s , la d i a l é c t i c a

de las opiniones era necesaria para determinar las proposiciones cientificas posibles, y en Platón la «opinión verdadera» era el requisito del saber y de las ciencias. Parménides ya no planteaba el saber y la opinión como dos vías disyuntivas. 2 Demócratas o no, los griegos oponían menos el saber y la opinión de lo que se debatían entre las opiniones, y de lo que se oponían unos a otros, de lo que rivalizaban unos con otros en el elemento de la mera opinión. Lo que los filósofos reprochaban a los sofistas consistía menos en atenerse a la doxa que en elegir equivocadamente la cualidad que había que extraer de las percepciones y el sujeto genérico que había que sacar de las afecciones, de tal modo que los sofistas no podían alcanzar lo que había de «verdadero» en una opinión: permanecían prisioneros de las variaciones de la vivencia. Los filósofos reprochaban a los sofistas que se atuviesen a cualquier cualidad sensible, en relación con un honi-

1. Marccl D e t i e n n e p o n e de m a n i f i e s t o q u e los filósofos apelan a un saber que no se c o n f u n d e con la antigua sabiduría, y a u n a opinión q u e n o se conf u n d e con la d e los sofistas: Les maítres de ve'rite dans la (¡rece archaíque, lid. Maspero, cap. V I , págs. 131 y siguientes. (Hay versión española: Los maestros de la verdad en la Grecia antigua, Madrid: Ta o rus, 1981.) 2. Cf. el famoso análisis de Heidcggcr y de Bcaufret (Le poeme de Par menide, P.U.F., págs. 31-34).

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bre individual, o en relación con el género humano, o en relación con el nomos de la ciudad (tres interpretaciones del Hombre como potencia, o «medida de todas las cosas»). Pero ellos, los filósofos platónicos, tenían una respuesta extraordinaria que les permitía, eso pensaban, seleccionar las opiniones. Había que elegir la cualidad que era como el despliegue de lo Bello en una situación vivencia! determinada, y tomar como sujeto genérico al Hombre inspirado por el Bien. Las cosas tenían que desplegarse dentro de lo bello, y sus usuarios que inspirarse en el bien para que la opinión alcanzara lo Verdadero. No era fácil en cada caso. Lo bello en la N a t u r a l e z a y el b i e n e n las m e n t e s e r a n l o q u e iba s d e f i n i r la

filo-

s o f í a c o m o f u n c i ó n d e la vida v a r i a b l e . A s í , la filosofía g r i e g a e s el m o m e n t o d e l o b e l l o ; lo b e l l o y el b i e n s o n las f u n c i o n e s c u y o v a l o r d e v e r d a d e s la o p i n i ó n . H a b l a q u e l l e v a r la p e r c e p c i ó n h a s t a la b e l l e z a d e lo p e r c i b i d o {dokounta)

y la a f e c c i ó n h a s t a la p r u e b a d e l

b i e n (dokimós) p a r a a l c a n z a r la o p i n i ó n v e r d a d e r a : é s t a ya n o s e r í a la o p i n i ó n c a m b i a n t e y a r b i t r a r i a , s i n o una opinión proto-opinión

originaria,

una

q u e n o s r e m i t i r í a ¿ la p a t r i a o l v i d a d a d e l c o n c e p t o ,

c o m o e n la g r a n t r i l o g í a p l a t ó n i c a , el a m o r del Banquete, d e l Fed.ro, la m u e r t e del Y edén.

el d e l i r i o

P o r el c o n t r a r i o , a l l í d o n d e l o s e n -

s i b l e s e p r e s e n t a r a s i n belleza, r e d u c i d o a la i l u s i ó n , y la m e n t e sin b i e n , e n t r e g a d a al m e r o p l a c e r , la p r o p i a o p i n i ó n p e r m a n e c e r í a s o -

fística y falsa - e l queso tal vez, el barro, el pelo...—. N o obstante,

¿acaso esta búsqueda apasionada de la opinión verdadera no conduce a los platónicos á una aporía, la misma que se expresa en el diálogo más sorprendente, el Teeteto? Es necesario que el saber sea trascendente, que se sume a la opinión y se distinga de ella para convertirla en verdadera, pero también es necesario que sea inmanente para que la opinión sea verdad como opinión. La filosofía griega sigue todavía ligada a esta antigua Sabiduría siempre dispuesta a volver a desplegar su trascendencia, a pesar de que ya no conserve de ella más' que la amistad, la afección. Hace falta la inmanencia, pero que sea inmanente a algo trascendente, la idealidad. Lo bello y el bien siempre nos reconduccn a la trascendencia. Es como si la opinión verdadera todavía reclamara un saber que sin embargo ha destituido. ¿No vuelve a iniciar acaso la fenomenología una tentativa análoga? Pues también ella va en busca de opiniones originarías que nos vinculen al mundo como a nuestra patria (Tierra). Y necesita lo bello y el bien para que éstas no se confundan con la opinión empírica variable, y para que la percepción y la afección alcancen

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su v a l o r d e v e r d a d : se t r a t a e s t a v e z d e l o b e l l o e n el a r t e y d e la c o n s t i t u c i ó n d e la h u m a n i d a d e n la h i s t o r i a . L a f e n o m e n o l o g í a n e cesita al a r t e c o m o la lógica a la c i e n c i a ; E r w i n Strauss, M e r l e a u P o n t y o M a l d i n e y n e c e s i t a n d e C é z a n n e o d e la p i n t u r a c h i n a . L a v i v e n c i a n o c o n v i e r t e al c o n c e p t o e n o t r a c o s a q u e e n u n a o p i n i ó n empírica c o m o tipo psicosociológico. E s necesario por lo t a n t o q u e la i n m a n e n c i a d e l o v i v i d o a u n s u j e t o t r a s c e n d e n t a l c o n v i e r t a !a o p i n i ó n en u n a p r o t o - o p i n i ó n en cuya c o n s t i t u c i ó n entran el arte y la c u l t u r a , y q u e se e x p r e s a c o m o u n a c t o d e t r a s c e n d e n c i a d e e s t e s u j e t o e n lo v i v i d o ( c o m u n i c a c i ó n ) , d e t a l m o d o q u e f o r m e u n a c o m u n i d a d d e los a m i g o s . P e r o el s u j e t o t r a s c e n d e n t a l

husserliano,

¿ n o o c u l t a a c a s o al h o m b r e e u r o p e o c u y o p r i v i l e g i o c o n s i s t e

en

«europeizan» sin c e s a r , c o m o e l g r i e g o « h e l e n i z a b a » , es d e c i r e n s u p e r a r los l í m i t e s d e las d e m á s c u l t u r a s c o n s e r v a d a s c o m o t i p o s p s i c o s o c i a l e s ? ¿ N o n o s e n c o n t r a m o s e n t o n c e s r e c o n d u c i d o s a la m e r a o p i n i ó n d e l C a p i t a l i s t a m e d i o , el g r a n S u p e r i o r , el U l i s e s m o d e r n o cuyas percepciones son tópicos, y cuyas afecciones son m a r c a s , e n u n m u n d o d e c o m u n i c a c i ó n c o n v e r t i d o e n marketing,

del q u e ni

tan sólo C d z a n n e o V a n G o g h p u e d e n escapar? La distinción e n t r e

lo originario y lo derivado no basta por sí misma para hacernos salir del mero dominio de !a opinión, y la Urdoxa no nos eleva hasta el concepto. Como en la aporía platónica, jamás la fenomenología ha tenido tanta necesidad de una sabiduría superior, de una «ciencia rigurosa», como cuando nos invitaba sin embargo a renunciar a ella. La fenomenología pretendía renovar nuestros conceptos, dándonos percepciones y afecciones que nos hicieran nacer al mundo: no como bebés o como homínidos, sino como seres de derecho cuyas proto-opiniones serían los cimientos de este mundo. Pero no se lucha contra los tópicos perceptivos y afectivos si no se lucha también contra la maquinaria que los produce. Invocando la vivencia primordial, haciendo de la inmanencia una inmanencia a un sujeto, la fenomenología no podía impedir que el sujeto formara únicamente unas opiniones que ya elaborarían el tópico a partir de las nuevas percepciones y afecciones prometidas. Seguiríamos evolucionando dentro de la forma de la recognición; invocaríamos el arte, pero sin llegar jamás a los conceptos capaces de enfrentarse al afecto y al percepto artísticos. Los griegos con sus ciudades y la fenomenología con nuestras sociedades occidentales tienen probablemente razón al considerar la opinión como una de las condiciones de la filosofía. Pero ¿encontrará la filosofía la vía que lleva al concepto invocando el arte como el medio de profundizar la opinión, y

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de descubrir opiniones originarias, 0 bien hay que darle la vuelta a la opinión con el arte, elevarla al movimiento infinito que la sustituye precisamente por el concepto? La c o n f u s i ó n de! c o n c e p t o con la f u n c i ó n resulta d e v a s t a d o r a p a r a el c o n c e p t o filosófico e n varios aspectos. C o n v i e r t e a la c i e n c i a e n el c o n c e p t o p o r excelencia, q u e se expresa e n la p r o p o s i c i ó n c i e n t í f i c a (el p r i m e r p r o s p e c t o ) . Sustituye el c o n c e p t o fil o s ó f i c o p o r u n c o n c e p t o lógico, q u e se expresa e n las p r o p o s i c i o n e s d e h e c h o ( s e g u n d o prospecto). Deja al c o n c e p t o filosófico u n a p a r t e r e d u c i d a o d e g e n e r a d a , q u e éste se gana a p u l s o en el d o m i n i o d e la o p i n i ó n (tercer p r o s p e c t o ) , sacando p a r t i d o d e su a m i s t a d con u n a sabiduría s u p e r i o r o u n a ciencia rigurosa. P e r o el c o n c e p t o n o tiene cabida e n n i n g u n o d e estos tres sistemas discursivos. E l c o n c e p t o n o es u n a f u n c i ó n d e la v i v e n c i a , c o m o t a m p o c o es u n a f u n c i ó n científica o lógica. La irreductibilidad d e los c o n c e p t o s a las f u n c i o n e s sólo se d e s c u b r e c u a n d o , e n vez d e c o n f r o n t a r l o s d e f o r m a i n d e t e r m i n a d a , se c o m p a r a lo q u e constit u y e la r e f e r e n c i a d e éstas con lo q u e h a c e la c o n s i s t e n c i a d e a q u é l l o s . L o s estados de cosas, los objetos o cuerpos, los estados vividos f o r m a n las r e f e r e n c i a s d e f u n c i ó n , m i e n t r a s q u e los acontecimientos c o n s t i t u y e n la c o n s i s t e n c i a d e c o n c e p t o . É s t o s son los t é r m i n o s q u e hay q u e c o n s i d e r a r d e s d e el p u n t o d e vista d e u n a reducción posible.

E J E M P L O XII

liste es el tipo de comparación que parece corresponder a la investigación emprendida por Badiou, particularmente interesante en el pensamiento contemporáneo. Se propone escalonar en una línea ascendente una serie de factores que van de las funciones a los conceptos. Parte de una base, neutralizada tanto respecto a los conceptos como a las funciones: una multiplicidad cualquiera presentada como Conjunto elevable al infinito. La primera instancia es la situación, cuando el conjunto se refiere a unos elementos que son sin duda multiplicidades, pero que están sometidos a un régimen del «cuenta por uno» (cuerpos u objetos, unidades de la situación). E n segundo lugar, los estados de situación son los subconjuntos,.siempre en exceso respecto a los elementos del conjunto o a los objetos

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de la situación; pero este exceso del estado ya no se deja jerarquizar como en Cantor, es «inasignable», siguiendo una «linea de errancia» c o n f o r m e al d e s a r r o l l o d e la t e o r í a d e los c o n j u n t o s . Sin o l v i d a r q u e t i e n e q u e ser r e - p r e s e n t a d o en la s i t u a c i ó n , esta v e z c o m o « i n d i s c e r nible» ai m i s m o t i e m p o q u e la s i t u a c i ó n se v u e l v e casi c o m p l e t a : Ja línea d e e r r a n c i a f o r m a a q u í c u a t r o f i g u r a s , c u a t r o b u c l e s c o m o ciones genéricas

fun-

(científica, artística, política o dóxica, a m o r o s a o vi-

vida), a las q u e c o r r e s p o n d e n u n a s p r o d u c c i o n e s d e « v e r d a d e s » . P e r o tal v e z se l l e g u e e n t o n c e s a u n a c o n v e r s i ó n d e i n m a n e n c i a d e la si-' t u a c i ó n , c o n v e r s i ó n d e l e x c e s o al v a c í o q u e va a i n t r o d u c i r d e n u e v o lo t r a s c e n d e n t e : es el emplazamiento mentiel),

del acontecimiento

(site

événc-

q u e se sitúa al b o r d e d e l v a c í o e n Ja s i t u a c i ó n , y q u e ya no

comporta unidades, sino singularidades c o m o elementos que depend e n d e las f u n c i o n e s a n t e r i o r e s . F i n a l m e n t e s u r g e ( o d e s a p a r e c e ) el

propio acontecimiento, menos como una singularidad que como un punto aleatorio separado que se suma o se resta al emplazamiento, e n la t r a s c e n d e n c i a d e l v a c í o o e n LA v e r d a d c o m o v a c í o , sin q u e

quepa decidir respecto a la pertenencia del acontecimiento a la situación en la que se halla su emplazamiento (Jo indecidibJe). Ta] vez, por el contrario, haya una intervención como una tirada de dados sobre el emplazamiento que califica el acontecimiento y hace que entre en la situación, una potencia de «hacer» el acontecimiento. Y es que el acontecimiento es el concepto, o la filosofía como concepto, que se distingue de las cuatro funciones anteriores, a pesar de que reciba de ellas unas condiciones, y se las imponga a su vez —que el arte sea fundamentalmente «poema», y la ciencia, conjuntista, y que el amor sea el inconsciente de Lacan, y que la política se sustraiga a la opinión-doxa. 1 Partiendo de una base neutralizada, el conjunto, que señala una multiplicidad cualquiera, Badiou establece una línea, única a pesar de ser muy compleja, sobre la cual las funciones y c) concepto van a ir escalonándose, este por encima de aquéllas: así pues la filosofía parece flotar dentro de una trascendencia vacía, concepto Acondicionado que encuentra en las funciones la totalidad de sus condiciones genéricas (ciencia, poesía, política y amor). ¿No nos encontramos, bajo la apariencia de lo múltiple, ante el retorno a una vieja concepción de la filosofía superior? Nos parece que la teoría de las

1. Alain Badiou, L'étre et l'évenement, y Manifesté pour la philosophic, fid. du Seuil. La teoría fie Badiou es muy compleja; tememos haberla s o m e t i d o a unas simplificaciones excesivas.

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m u l t i p l i c i d a d e s n o r e s i s t e la h i p ó t e s i s d e u n a m u l t i p l i c i d a d cualq u i e r a ( h a s t a las m a t e m á t i c a s e s t á n h a r t a s d e l c o n j u n t i s m o ) . L a ¡ m u l t i p l i c i d a d e s , s e r e q u i e r e n p o r l o m e n o s d o s , d o s t i p o s , d e s d e el p r i n c i p i o . Y n o p o r q u e el d u a l i s m o t e n g a m á s v a l o r q u e la u n i d a d ; p e r o la m u l t i p l i c i d a d es p r e c i s a m e n t e lo q u e o c u r r e e n t r e a m b o s . A s í , a m b o s t i p o s n o e s t a r á n c i e r t a m e n t e u n o e n c i m a d e o t r o , sino u n o j u n t o a o t r o , u n o c o n t r a o t r o , cara a c a r a o e s p a l d a c o n t r a esp a l d a . L a s f u n c i o n e s y los c o n c e p t o s , los e s t a d o s d e c o s a s a c t u a l e s y los a c o n t e c i m i e n t o s virtuales son dos tipos d e m u l t i p l i c i d a d e s que n o s e d i s t r i b u y e n s o b r e u n a l í n e a d e e r r a n c i a , s i n o q u e se r e f i e r e n a d o s v e c t o r e s q u e s e c r u z a n , u n o e n f u n c i ó n d e l c u a l los e s t a d o s d e c o s a s a c t u a l i z a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s , y e l o t r o s e g ú n el cual los a c o n t e c i m i e n t o s a b s o r b e n ( o m e j o r a ú n a d s o r b e n ) los e s t a d o s d e cosas.

Los estados d e cosas salen del caos virtual bajo u n a s condiciones constituidas por el límite (referencia): son actualidades, a u n q u e todavía n o sean c u e r p o s ni tan sólo cosas, unidades o conjuntos. Son masas d e variables independientes, partículastrayectorias o signos-velocidades. Son mezclas. Estas variables d e t e r m i n a n unas singularidades, e n la m e d i d a en q u e e n t r a n en unas c o o r d e n a d a s , y se e n c u e n t r a n cogidas e n u n a s relaciones seg ú n las cuales u n a d e ellas d e p e n d e d e u n g r a n n ú m e r o d e otras, o i n v e r s a m e n t e m u c h a s d e ellas d e p e n d e n d e una. A u n estado d e cosas semejante se e n c u e n t r a asociada u n a potencia (la importancia d e la f ó r m u l a leibniziana m v 2 se d e b e a q u e introduce una p o t e n c i a e n el estado d e cosas). O c u r r e q u e el estado d e cosas actualiza u n a virtualidad caótica a r r a s t r a n d o c o n el u n espacio que, sin d u d a , ha dejado d e ser virtual, p e r o r e s p o n d e todavía a su orig e n y sirve d e c o r r e l a t o p r o p i a m e n t e indispensable al estado. Por e j e m p l o , e n la actualidad d e l n ú c l e o atómico, el nucleón todavía está cerca dél caos y. se e n c u e n t r a r o d e a d o por u n a n u b e d e partículas virtuales e m i t i d a s y reabsorbidas c o n s t a n t e m e n t e ; pero, a u n nivel más e x t r e m o d e la actualización, el electrón está relacion a d o c o n u n f o t ó n p o t e n c i a l q u e interactúa sobre el nucleón para f o r m a r u n estado n u e v o d e la materia nuclear. No se puede separar un estado de cosas de ta potencia a través de la cual opera, y sin la q u e n o t e n d r í a actividad o e v o l u c i ó n (por ejemplo, catálisis). A través d e esta p o t e n c i a p u e d e a f r o n t a r accidentes,

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adyunciones, a b l a c i o n e s o i n c l u s o proyecciones, tal c o m o ya vemos e n las figuras g e o m é t r i c a s ; o bien p e r d e r y ganar variables, extender singularidades h a s t a la v e c i n d a d d e otras n u e v a s ; o bien seguir b i f u r c a c i o n e s q u e lo t r a n s f o r m a n ; o b i e n pasar p o r u n espacio d e las fases c u y o n ú m e r o d e d i m e n s i o n e s a u m e n t a c o n las variables s u p l e m e n t a r i a s ; o b i e n s o b r e t o d o i n d i v i d u a r c u e r p o s en el c a m p o q u e f o r m a c o n la p o t e n c i a . N i n g u n a d e estas o p e r a ciones se lleva a c a b o sola, t o d a s c o n s t i t u y e n «problemas». Y el privilegio d e lo v i v o c o n s i s t e e n r e p r o d u c i r desde d e n t r o la p o tencia asociada e n la cual actualiza su e s t a d o e individualiza su cuerpo. Pero, e n c u a l q u i e r á m b i t o , el p a s o d e u n e s t a d o d e cosas a u n c u e r p o p o r m e d i a c i ó n d e u n a p o t e n c i a , o más b i e n la d i v i sión d e los c u e r p o s i n d i v i d u a d o s e n el e s t a d o d e cosas subsistente, representa u n m o m e n t o esencial. Se pasa e n este c a s o d e la mezcla a la interacción. Y p o r ú l t i m o , las i n t e r a c c i o n e s d e los cuerpos c o n d i c i o n a n u n a sensibilidad, u n a p r o t o - p c r c e p t i b i l i d a d y una p r o t o - a f e c t i v i d a d q u e se e x p r e s a ya e n los o b s e r v a d o r e s parciales ligados al e s t a d o d e cosas, a u n q u e sólo c o m p l e t e n su actualización en lo v i v o . L o q u e se l l a m a «percepción» ya n o es u n estado de cosas, s i n o u n e s t a d o d e l c u e r p o e n t a n t o q u e i n d u c i d o p o r o t r o cuerpo, y «afección» es el p a s o d e e s t e e s t a d o a o t r o e n t a n t o que a u m e n t o o d i s m i n u c i ó n del e x p o n e n t e - p o t e n c i a (potentiel-puissance), b a j o la a c c i ó n d e o t r o s cuerpos: n i n g u n o es p a sivo, sino q u e t o d o es i n t e r a c c i ó n , incluso la g r a v e d a d . É s t a e r a la definición q u e d a b a S p i n o z a d e la «ajfectio» y del « a j f e c t u s » para los cuerpos c o g i d o s e n u n e s t a d o d e cosas, y q u e W h i t e h e a d volvía a r e c u p e r a r c u a n d o hacía d e c a d a cosa una « p r e h e n s i ó n » de otras cosas, y d e l p a s o d e u n a p r e h e n s i ó n a otra u n mfeeling» positivo o n e g a t i v o . L a i n t e r a c c i ó n se v u e l v e comunicación. El estado d e cosas («público») era la mezcla d e los datos actualizados p o r el m u n d o e n su e s t a d o a n t e r i o r , m i e n t r a s q u e los c u e r p o s s o n n u e v a s actualizaciones c u y o s estados «privados» dan a su v e z estados d e cosas p a r a c u e r p o s n u e v o s . 1 I n c l u s o n o vivas, o m e j o r n o orgánicas, las cosas t i e n e n u n a v i v e n c i a , p o r q u e s o n p e r c e p c i o nes y afecciones. C u a n d o la filosofía se c o m p a r a c o n la ciencia, s u e l e s u c e d e r 1. Cf. Whitehead, Process and

Htatiiy,

Frcc Press, págs. 22-26.

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q u e p r o p o n g a de ésta una imagen demasiado simple que provoca las carcajadas de los científicos. Sin embargo, aun c u a n d o la filosofía tiene d e r e c h o a presentar de la ciencia una imagen carente d e valor científico (por conceptos), nada tiene q u e ganar asign á n d o l e u n o s límites q u e los científicos superan c o n t i n u a m e n t e e n sus procederes más elementales. Así, c u a n d o la filosofía rem i t e a la ciencia a lo «ya hecho», y se queda para sí el «haciéndose», c o m o Bergson o c o m o la fenomenología, especialmente E r w i n Strauss, n o sólo se corre el riesgo de reducir la filosofía a una mera vivencia, sino q u e se presenta d e la ciencia una mala caricatura: p r o b a b l e m e n t e Paul Klee presenta u n a visión más acertada c u a n d o dice que, e m p r e n d i é n d o l a con lo funcional, las m a t e m á t i c a s y la física t o m a n , por objeto la propia formación, y n o la f o r m a acabada. 1 Más aún, c u a n d o se c o m p a r a n las multiplicidades filosóficas y las multiplicidades científicas, las multiplicidades conceptuales y las multiplicidades funcionales, tal vez resulte excesivamente sumario definir estas últimas m e d i a n t e conjuntos. Los conjuntos, c o m o hemos visto, sólo poseen interés c o m o actualización del límite; d e p e n d e n d e las funciones y n o a la inversa, y la función es el verdadero objeto d e la ciencia. E n p r i m e r lugar, las f u n c i o n e s son f u n c i o n e s d e estados d e cosas, y constituyen entonces proposiciones científicas en t a n t o q u e p r i m e r tipo d e prospectos: sus a r g u m e n t o s son variables ind e p e n d i e n t e s sobre las q u e se ejercen unas puestas e n coordinación y unas potencializaciones q u e d e t e r m i n a n sus relaciones necesarias. E n segundo lugar, las funciones son f u n c i o n e s d e cosas, objetos o cuerpos individuados, q u e constituyen proposiciones lógicas. Sus argumentos son términos singulares t o m a d o s c o m o á t o m o s lógicos independientes, sobre los q u e se ejercen descripciones (estado d e cosas lógico) q u e d e t e r m i n a n sus predicados. E n tercer lugar, las funciones d e vivencia tienen c o m o a r g u m e n tos percepciones y afecciones, y constituyen o p i n i o n e s (doxa c o m o tercer tipo d e prospecto): t e n e m o s opiniones sobre cada cosa q u e percibimos y q u e nos afecta, hasta tal p u n t o q u e las ciencias del h o m b r e p u e d e n ser consideradas c o m o u n a amplia doxología, 1. Klcc, Théorie de l'art moderne, Éd. G o n t h i c r , págs. 48-49. (Hay versión española: Teoría del arte moderno, Buenos Aires, 1971.)

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p e r o las propias cosas son opiniones genéricas en la medida en q u e tienen percepciones y afecciones moleculares, en el sentido en el q u e ei organismo más elemental se forma una proto-opinión con respecto al agua, al carbono y a las sales d e los que dep e n d e n su estado y su potencia. Así es la senda q u e desciende d e lo virtual a los estados d e cosas y a las demás actualidades: n o nos topamos con conceptos en esta senda, sino con funciones. La ciencia desciende de la virtualidad, caótica a los estados de cosas y cuerpos que la actualizan; n o obstante, el a n h e l o d e unificarse en un sistema actual o r d e n a d o la impulsa menos q u e un deseo d e n o alejarse demasiado del caos, d e hurgar en las potencias para captar y arrastrar consigo u n a parte de lo q u e la obsesiona, el secreto del caos a sus espaldas, la presión de lo virtual. 1 Ahora bien, si recorremos la línea e n sentido inverso, d e los estados de cosas a lo virtual, n o será la misma línea p o r q u e n o es el mismo virtual (del m i s m o m o d o también se p u e d e descender por ella sin que se c o n f u n d a con la anterior). Lo virtual ya n o es la virtualidad caótica, sino la virtualidad q u e se ha v u e l t o consistente, una entidad que se f o r m a en el p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e secciona el caos. Es lo q u e se llama el A c o n t e c i m i e n t o , o la p a r t e en todo lo que se sucede d e lo q u e escapa a su p r o p i a actualización. El acontecimiento no es eí estado d e cosas e n absoluto, se actualiza en un estado d e cosas, e n u n c u e r p o , en u n a vivencia, p e r o tiene una parte tenebrosa y secreta q u e se resta o se s u m a a su actualización incesantemente: a la inversa del estado d e cosas, no empieza ni acaba, sino q u e ha a d q u i r i d o o c o n s e r v a d o el m o vimiento infinito al q u e da consistencia. E s lo virtual lo q u e se distingue de lo actual, p e r o u n virtual q u e ya n o es caótico, q u e se ha vuelto consistente o real en el p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e lo arranca del caos. Real sin ser actual, ideal sin ser abstracto. D i ríase que es trascendente p o r q u e sobrevuela el estado de cosas, p e r o la mera inmanencia es lo que le confiere la capacidad d e sobrevolarse a sí mismo en sí mismo y en el plano. L o q u e es trascendente, tras-descendente, es más bien el estado de cosas en el 1. La ciencia no sólo experimenta la necesidad de ordenar el caos, sino de verlo, de tocarlo, de hacerlo; cf. J a m e s Gleick, La tkéorie du chaos, isd. Albín AJi» chcl. Gilíes Chátelct muestra cómo las matemáticas y la física tratan de retener algo de una esfera de lo virtual: Les enjeux du mobile, de próxima publicación.

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q u e se actualiza, pero, hasta en este estado d e cosas, es mera inmanencia d e lo q u e n o se actualiza o d e lo q u e p e r m a n e c e indif e r e n t e a la actualización, ya q u e su realidad n o d e p e n d e de ello. El acontecimiento es inmaterial, incorpóreo, invivible: reservo pura. D e los d o s pensadores q u e más h a n p r o f u n d i z a d o en el acontecimiento, P é g u y y Blanchot, u n o dice q u e hay q u e distinguir, por una p a r t e , e n t r e el estado d e cosas, realizado o en potencia d e realización, relacionado p o r lo m e n o s p o t e n c i a l m e n t e con m i cuerpo, c o n m i g o m i s m o , y, por la otra, el acontecimiento, que su p r o p i a realidad n o p u e d e realizar, lo interminable q u e no cesa ni empieza, q u e n o termina ni t a m p o c o sucede, q u e permanece sin relación c o n m i g o y m i c u e r p o sin relación con el, el movimiento infinito, y el otro, entre, p o r u n a parte, el estado d e cosas a lo largo del cual pasamos, nosotros mismos y nuestro cuerpo, y, por la otra, el a c o n t e c i m i e n t o en el cual nos h u n d i m o s o volvemos a e m e r g e r , lo que vuelve a e m p e z a r sin jamás haber empezado ni c o n c l u i d o , lo internal inmanente. 1 A lo largo d e un estado d e cosas, incluso nebulosa o flujo, tratamos de aislar unas variables pertenecientes a tal o cufll instante, de ver c u á n d o intervienen en ellas nuevas variables a partir de una potencia, en q u é relaciones d e d e p e n d e n c i a p u e d e n entrar, a través d e q u é singularidades pasan, q u é u m b r a l e s superan, qué bifurcaciones t o m a n . Trazamos las f u n c i o n e s del estado d e cosas: las diferencias e n t r e lo local y lo global son interiores al d o m i n i o de las f u n c i o n e s (por ejemplo, en f u n c i ó n d e q u e todas las variables i n d e p e n d i e n t e s p u e d a n ser eliminadas excepto una). Las diferendas entre /o físico-matemático, lo lógico y la vivencia pertenecen también a las f u n c i o n e s (según q u e se cojan los cuerpos en las singularidades d e estados de cosas, o c o m o términos singulares ellos mismos, o d e a c u e r d o con los umbrales singulares de percepción y de afección d e u n o a otro). Un sistema actual, u n estado d e cosas o un á m b i t o d e f u n c i ó n se d e f i n e d e todos modos c o m o u n t i e m p o e n t r e dos instantes, o tiempos e n t r e muchos instantes. Por este motivo, c u a n d o Bergson dice q u e entre dos instantes, por muy p r ó x i m o s q u e e s t é n , siempre hay

1. P¿guv, Clio, Gallimard, págs. 230, 265. Blanchot, L'espace Galiimard, págs. 104, 155. 160.

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litléraire,


tiempo, sigue sin salir todavía del ámbito de las funciones y no hace más q u e introducir un p o c o d e vivencia. Pero c u a n d o ascendemos hacia lo virtual, c u a n d o nos volvemos hacia la virtualidad que se actualiza en el estado d e cosas, descubrimos u n a realidad c o m p l e t a m e n t e distinta en la q u e ya no tenemos q u e buscar lo que sucede de un p u n t o a otro, d e u n instante a otro, p o r q u e desborda cualquier f u n c i ó n posible. D i cho e n lenguaje corriente, q u e cabe poner e n boca d e u n científico, el acontecimiento «no se preocupa del sitio e n el q u e está, y le importa un c o m i n o saber c u á n t o t i e m p o hace q u e lleva existiendo», de tal m o d o que el arte e incluso la filosofía p u e d e n aprehenderlo mejor que la ciencia. 1 Ya n o resulta q u e el t i e m p o está e n t r e dos instantes, sino q u e el a c o n t e c i m i e n t o es u n entretiempo: el e n t r e - t i e m p o no es lo eterno, pero t a m p o c o es t i e m p o , es devenir. El entre-tiempo, el a c o n t e c i m i e n t o siempre es u n t i e m p o muerto, en el que nada sucede, una espera infinita q u e ya ha pasado i n f i n i t a m e n t e , espera y reserva. E s t e t i e m p o m u e r t o no viene después d e lo que sucede, coexiste c o n el instante o el t i e m p o del accidente, pero c o m o la i n m e n s i d a d del t i e m p o vacío en el q u e todavía se lo percibe c o m o v e n i d e r o y ya pasado, e n la extraña indiferencia de una intuición intelectual. T o d o s los e n tre-tiempos se s u p e r p o n e n , m i e n t r a s q u e los t i e m p o s se s u c e d e n . E n cada a c o n t e c i m i e n t o hay m u c h o s c o m p o n e n t e s h e t e r o g é n e o s , siempre simultáneos, puesto q u e cada u n o es u n e n t r e - t i e m p o , todos en el e n t r e - t i e m p o q u e los hace c o m u n i c a r por zonas d e indisccrnibilidad, d e indecidibilidad: son variaciones, m o d u l a c i o nes, intermezzi, singularidades d e u n o r d e n n u e v o infinito. C a d a c o m p o n e n t e d e a c o n t e c i m i e n t o se actualiza o se efectúa e n u n instante, y el acontecimiento e n el t i e m p o q u e transcurre e n t r e estos instantes; p e r o nada ocurre en la virtualidad q u e sólo t i e n e entre-tiempos c o m o c o m p o n e n t e s y u n a c o n t e c i m i e n t o c o m o d e venir compuesto. N a d a sucede allí, p e r o t o d o d e v i e n e , d e tal m o d o q u e el acontecimiento t i e n e el privilegio d e volver a e m pezar c u a n d o el t i e m p o ha transcurrido. 2 N a d a sucede, y n o obs-

1. Glcick, La ihéorie du chaos, pág. 236. 2. Sobre el entre-tiempo, cf. un artículo muy intenso de Groethuysen, «Acerca de algunos aspectos del tiempo», Hccherches fihiloiophiques, V,

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tnnre t o d o cambia, p o r q u e el devenir n o cesa d e pasar u n a y otra vez por sus c o m p o n e n t e s y de volver a traer el a c o n t e c i m i e n t o q u e se actualiza en o t r o lugar, en o t r o m o m e n t o . C u a n d o el t i e m p o pasa y se lleva el instante, siempre hay un entre-tiemp o para volver a traer el acontecimiento. E s u n concepto q u e a p r e h e n d e el acontecimiento, su devenir, sus variaciones inseparables, m i e n t r a s q u e u n a función capta u n estado d e cosas, un t i e m p o y u n a s variables, con sus relaciones según el tiempo. El concepto posee una potencia de repetición, q u e se distingue d e la potencia discursiva d e la función. E n su p r o d u c c i ó n y su reproducción, el concepto posee la realidad d e u n virtual, d e u n incorpóreo, d e un impasible, a la inversa d e las f u n c i o n e s d e estado actual, de las funciones d e c u e r p o y vivencia. Establecer u n concepto n o es lo mismo que trazar u n a f u n c i ó n , a pesar d e q u e haya m o v i m i e n t o en ambos lados, a pesar d e q u e haya transformaciones y creaciones t a n t o en un caso c o m o e n el otro. Los dos tipos d e multiplicidades se entrecruzan. El acontecimiento sin duda no se c o m p o n e sóJo d e variaciones inseparables, él mismo es inseparable del e s t a d o d e cosas, d e los cuerpos y d e la vivencia en los q u e se actualiza o se efectúa. P e r o también se dirá lo contrario: tampoco ei estado d e cosas es separable del acontecimiento q u e desborda n o o b s t a n t e su actualización por todas partes. T a n t o hay q u e r e t r o c e d e r hasta el acontecimiento q u e da su consistencia virtual al c o n c e p t o c o m o hay q u e descender hasta el estado d e cosas actual q u e da sus referencias a la función. D e todo lo q u e u n sujeto p u e d e vivir, del c u e r p o q u e le pertenece, d e los cuerpos y objetos q u e se d i s t i n g u e n del suyo, y del estado d e cosas o del c a m p o f i s i c o m a t e m á t i c o q u e los d e t e r m i nan, se d e s p r e n d e un v a h o q u e n o se les p a r e c e , y q u e toma el c a m p o d e batalla, la batalla y la herida c o m o los c o m p o n e n t e s o variaciones d e un acontecimiento p u r o , en el q u e ú n i c a m e n t e subsiste u n a alusión a lo q u e concierne a nuestros estados. La filosofía c o m o gigantesca alusión. Se actualiza o se efectúa el acontecim i e n t o cada vez q u e se lo introduce, d e l i b e r a d a m e n t e o no, en u n

1935-1936: «Todo acontecimiento está por así decirlo en el tiempo en el que no ocurre nada...» Toda la obra novelesca de I^crnct-Holonia transcurre en entretiempos.

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estado d e cosas, p e r o se lo contra-efectúa cada vez q u e se lo abstrae d e Jos estados d e cosas para extraer d e éJ u n concepto. H a y u n a d i g n i d a d del acontecimiento q u e siempre ha sido inseparable d e Ja filosofía c o m o «amor fati»: igualarse c o n el acontecim i e n t o , o volverse hijo de los propios acontecimientos: «Mi h e rida existía antes q u e yo, he nacido para encarnarla.»' H e n a c i d o para e n c a r n a r l a c o m o acontecimiento p o r q u e h e sabido d e s e n carnarla c o m o estado d e cosas o situación vivida. N o hay m á s ética q u e el amor fati de la filosofía. La filosofía siempre es e n t r e - t i e m p o . Al q u e contra-efectúa el acontecimiento, M a l l a r m é lo llamaba el M i m o , p o r q u e esquiva el estado d e cosas y «se lim i t a a u n a alusión perpetua sin r o m p e r el hielo». 2 Semejante m i m o n o r e p r o d u c e el estado d e cosas, c o m o t a m p o c o imita la vivencia, n o da u n a imagen sino q u e construye el concepto. N o busca la f u n c i ó n d e lo que sucede, sino q u e extrae el acontecim i e n t o o la parte d e lo que n o se deja actualizar, la realidad del c o n c e p t o . N o desear lo que ocurre, con esta falsa voluntad q u e se queja y se defiende, y que se pierde en la mímica, sino llevar Ja queja y Ja furia hasta el p u n t o e n el q u e se vuelven contra l o q u e o c u r r e , para establecer el acontecimiento, extraerlo, sacarlo en el c o n c e p t o vivo. La filosofía n o tiene más objetivo q u e v o l verse digna del acontecimiento, y quien contra-efectúa el acontec i m i e n t o es precisamente el personaje conceptual. M i m o es u n n o m b r e ambiguo. E l es el personaje conceptual efectuando el m o v i m i e n t o infinito. Desear la guerra contra las guerras f u t u r a s y pasadas, la agonía contra todas las muertes, y la herida c o n t r a todas las cicatrices, en n o m b r e del devenir y n o de lo eterno: ú n i c a m e n t e en este sentido el c o n c e p t o agrupa. Se desciende de los virtuales a los estados de cosas actuales, se sube d e los estados de cosas a los virtuales, sin poder aislarlos unos d e otros. Pero de este m o d o no se sube y se desciende p o r la m i s m a linca: la actualización y la contra-efectuación no son dos s e g m e n t o s de la misma línea, sino líneas diferentes. Si nos a t e n e m o s a las funciones científicas de estados de cosas, d i r e m o s q u e n o se dejan aislar de un virtual q u e actualizan, sino q u e este 1. J o c Dousquet, Les Capitales, Le Cerclc du livre, pág. 103. 2. Mallarmé, «Mímica», Ch'uvres, La Plciadu, pág. 310.

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v i r t u a l se presenta p r i m e r o c o m o u n a nebulosa o una niebla, o incluso como u n caos, una virtualidad caótica antes q u e c o m o la realidad de u n a c o n t e c i m i e n t o o r d e n a d o en el concepto. P o r este m o t i v o , para la ciencia, a m e n u d o la filosofía p a r e c e recubrir u n m e r o caos, q u e impulsa a ésta a decirle: sólo tenéis elección ent r e el caos y yo, la ciencia. La línea d e actualidad establece un p l a n o d e referencia q u e secciona el caos: saca d e él unos estados d e cosas que, ciertamente, actualizan t a m b i é n en sus c o o r d e n a d a s los acontecimientos virtuales, pero sólo c o n s e r v a n d e ellos unos potenciales ya en vías d e actualización, q u e forman parte de las f u n c i o n e s . Inversamente, si c o n s i d e r a m o s los c o n c e p t o s filosóficos d e acontecimientos, su virtualidad remite al caos, p e r o e n un p l a n o de inmanencia que lo secciona a su vez, y del q u e sólo ext r a e la consistencia o realidad d e lo virtual. E n c u a n t o a los estad o s d e cosas demasiado densos, resultan sin d u d a adsorbidos, contra-efectuados por el a c o n t e c i m i e n t o , p e r o sólo e n c o n t r a m o s alusiones a él en el plano d e i n m a n e n c i a y en el a c o n t e c i m i e n t o . P o r lo tanto a m b a s líneas son inseparables p e r o i n d e p e n d i e n t e s , c a d a u n a completa en sí misma: son c o m o los e n v o l t o r i o s d e dos p l a n o s tan diversos. La filosofía sólo p u e d e h a b l a r d e la ciencia p o r alusión, y la ciencia sólo p u e d e hablar d e la filosofía c o m o de u n a nube. Si ambas lineas son inseparables, es e n su suficiencia respectiva, 7 los conceptos filosóficos i n t e r v i e n e n tan p o c o e n la constitución d e las f u n c i o n e s científicas c o m o las f u n c i o n e s int e r v i e n e n en la d e los conceptos. Es e n su p l e n a m a d u r e z , y n o e n el proceso d e su constitución, c u a n d o los c o n c e p t o s y las f u n c i o n e s se cruzan necesariamente, e n t a n t o q u e cada cual s ó l o está c r e a d o por sus propios medios, en cada caso u n p l a n o , u n o s elem e n t o s , unos agentes. Por este m o t i v o s i e m p r e resulta n e f a s t o q u e los científicos hagan filosofía sin m e d i o s r e a l m e n t e filosóficos o q u e los filósofos hagan ciencia sin m e d i o s e f e c t i v a m e n t e científicos (no h e m o s p r e t e n d i d o hacerlo). E l concepto n o reflexiona sobre la f u n c i ó n , c o m o t a m p o c o la f u n c i ó n se aplica al concepto. C o n c e p t o y f u n c i ó n d e b e n cruzarse, cada cual según su línea. Las f u n c i o n e s r i e m a n n i a n a s d e espacio, por ejemplo, nada nos dicen d e un c o n c e p t o d e espació r i e m a n n i a n o p r o p i o d e la filosofía. E n la m e d i d a e n q u e la filosofía es a p u p a r a crearlo, t e n d r e m o s el c o n c e p t o d e una f u n c i ó n .

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D e igual m o d o , el n ú m e r o irracional se define por una f u n c i ó n c o m o límite c o m ú n d e dos series d e racionales d e las cuales u n a 110 t i e n e m á x i m o , o la otra n o tiene mínimo; el concepto, por el c o n t r a r i o , n o r e m i t e a series de números sino a sucesiones d e ideas q u e v u e l v e n a encadenarse por encima d e u n h u e c o (en vez d e e n c a d e n a r s e p o r prolongación). Cabe asimilar la m u e r t e a u n e s t a d o d e cosas c i e n t í f i c a m e n t e determinable, c o m o f u n c i ó n d e variables i n d e p e n d i e n t e s , o c o m o función d e estado vivido, p e r o t a m b i é n se presenta c o m o un m e r o acontecimiento cuyas variaciones son coextensivas a la vida: ambos aspectos m u y diferentes se e n c u e n t r a n e n Bichat. G o e t h e construye un concepto d e color grandioso, c o n las variaciones inseparables de luz y d e sombra, las zonas d e indiscernibilidad, los procesos d e intensificación q u e p o n e n d e m a n i f i e s t o hasta q u é p u n t o hay también e n filosofía e x p e r i m e n t a c i o n e s , mientras q u e N e w t o n había c o n s t r u i d o la f u n c i ó n de variables i n d e p e n d i e n t e s o la frecuencia. Si la filosofía tiene una necesidad f u n d a m e n t a l de la ciencia q u e le es c o n t e m p o r á n e a , es p o r q u e la ciencia topa sin cesar con la posibilidad d e conceptos, y p o r q u e los conceptos comportan necesariamente alusiones a la ciencia q u e n o son ejemplos, ni aplicaciones, ni siquiera reflexiones. ¿Existen inversamente funciones d e c o n c e p tos, f u n c i o n e s p r o p i a m e n t e científicas? Es c o m o p r e g u n t a r si la ciencia, c o m o p e n s a m o s , necesita del m i s m o m o d o e intensam e n t e a la filosofía. P e r o sólo los científicos están capacitados p a r a d a r respuesta a esta cuestión.

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7. P E R C E P T O , A F E C T O Y C O N C E P T O

E l joven sonreirá en el lienzo m i e n t r a s éste d u r e . La sangre l a t e d e b a j o d e la piel d e este rostro d e mujer, y el v i e n t o m u e v e u n a r a m a , u n g r u p o d e h o m b r e s se p r e p a r a para partir. E n u n a n o v e l a o e n una película, el joven dejará d e sonreír, p e r o v o l v e r á a h a c e r l o s i e m p r e q u e nos traslademos a tal página o a tal m o m e n t o . E l arte conserva, y es lo ú n i c o en el m u n d o q u e se c o n serva. C o n s e r v a y se conserva en sí (quid juris?), a u n q u e d e h e c h o n o d u r e más q u e su soporte y sus materiales {quid facti?), p i e d r a , lienzo, color q u í m i c o , etc. La joven conserva la pose q u e t e n í a h a c e c i n c o mil años, un a d e m á n q u e ya n o d e p e n d e d e lo q u e hizo. E l aire conserva el m o v i m i e n t o , el soplo y la luz q u e t e n í a a q u e l día del a ñ o pasado, y ya n o d e p e n d e d e q u i e n lo inh a l a b a a q u e l l a m a ñ a n a . E l arte n o c o n s e r v a del m i s m o m o d o q u e la i n d u s t r i a , q u e a ñ a d e una sustancia para c o n s e g u i r q u e la cosa d u r e . L a cosa se ha vuelto desde el p r i n c i p i o i n d e p e n d i e n t e d e su «modelo», p e r o t a m b i é n lo es d e los d e m á s p e r s o n a j e s e v e n t u a l e s , q u e son a su vez ellos m i s m o s cosas-artistas, p e r s o n a jes d e p i n t u r a q u e respiran esta a t m ó s f e r a d e p i n t u r a . D e l m i s m o m o d o q u e t a m b i é n es i n d e p e n d i e n t e del e s p e c t a d o r o del o y e n t e a c t u a l e s , q u e n o hacen m á s q u e sentirla a posteriori, si p o s e e n la f u e r z a p a r a ello. ¿Y el creador e n t o n c e s ? L a cosa es i n d e p e n d i e n t e d e l c r e a d o r , por la auto-posición d e l o c r e a d o q u e se c o n serva en sí. L o q u e se c o n s e r v a , la cosa o la obra d e arte, es un bloque de sensaciones, es decir un compuesto de perceptos y de afectos. L o s p e r c e p t o s ya n o son p e r c e p c i o n e s , s o n i n d e p e n d i e n t e s d e

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un estado d e q u i e n e s los experimentan; los afectos ya no son sentimientos o afecciones, desbordan la fuerza de aquellos q u e pasan por ellos. Las sensaciones, perceptos y afectos son seres q u e valen por sí mismos y exceden cualquier vivencia. Están en la ausencia del hombre, cabe decir, porque ei hombre, tal c o m o ha sido cogido por la piedra, sobre el lienzo o a lo largo de palabras, es él m i s m o un c o m p u e s t o d e perceptos y de afectos. La obra d e arte es un ser d e sensación, y nada más: existe en sí. Los acordes son afectos. Consonantes o disonantes, los acordes de t o n o s o de colores son los afectos de música o de pintura. R a m e a u destacaba la identidad del acorde y del afecto. El artista crea bloques d e perceptos y de afectos, pero la única ley de la creación consiste en que el compuesto se sostenga por sí mismo. Q u e el artista consiga que se sostenga en pie por sí mismo es lo más difícil. Se requiere a veces una gran dosis de inverosimilitud geométrica, d e imperfección física, de anomalía orgánica, desde la perspectiva de un modelo supuesto, desde la perspectiva de las percepciones y de las afecciones experimentadas, p e r o estos errores sublimes acceden a la necesidad del arte si son los medios i n t e r n o s d e sostenerse en pie (o sentado, o t u m b a d o ) . Hay una posibilidad pictórica q u e nada t i e n e q u e ver con la posibilidad física, y q u e confiere a las posturas más acrobáticas -la fuerza d e sostenerse e n pie. Por el contrario, hay tantas obras q u e aspiran a ser arte q u e n o se sostienen en pie ni un instante. Sostenerse e n pie por sí m i s m o no es tener u n arriba y u n abajo, n o es estar d e r e c h o (pues hasta las casas se tambalean y se inclinan), sino ú n i c a m e n t e es el acto mediante el cual el c o m p u e s t o d e sensaciones c r e a d o se conserva en si mismo. U n m o n u m e n t o , p e r o ei m o n u m e n t o p u e d e caber en unos pocos trazos o e n c u a t r o líneas, c o m o u n p o e m a d e Emily Dickinson. Del esbozo d e u n viejo a s n o d e r r e n g a d o , «¡qué maravilla!, con dos trazos ya está hecho, p e r o asentados sobre bases inmutables», en los q u e la sensación refuerza m á s aún la evidencia d e los m u c h o s años d e «trabajo persistente, tenaz y altanero».' El m o d o m e n o r 1. E d i t h W h a r r o n , Les metteurs en jcene, Éd. 10-18, pág. 263. (Se trata de un pintor académico y m u n d a n o que renuncia a la pintura tras haber descubierto un p e q u e ñ o c u a d r o de uno de sus contemporáneos desconocido: «Y yo, yo n o había c r e a d o n i n g u n a de mis obras, sencillamente las había adoptado...»)

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e n m ú s i c a constituye u n a prueba tanto más esencial c u a n t o q u e p l a n t e a al músico el desafío de atrancarlo d e sus c o m b i n a c i o nes efímeras para volverlo sólido y duradero, a u t o - c o n s e r v a n te, incluso en posturas acrobáticas. El sonido ha d e estar tan c o n t e n i d o en su extinción c o m o en su producción y desarrollo. A través de su admiración por Pissarro, por M o n e t , lo q u e C é z a n n e reprochaba a los impresionistas era que la mezcla óptica d e los colores n o bastaba para hacer un c o m p u e s t o suficient e m e n t e «sólido y d u r a d e r o c o m o el arte de los muscos», c o m o «la perpetuidad d e la sangre» en Rubens. 1 E s u n a man e r a d e hablar, p o r q u e Cézanne no añade nada q u e pudiera c o n s e r v a r el impresionismo, busca otra solidez, otras bases y o t r o s bloques. E l problema d e saber si las drogas ayudan al artista a crear estos seres de sensación, si f o r m a n p a n e de los medios interiores, si n o s c o n d u c e n r e a l m e n t e a las «puertas de la percepción», si nos entregan a los perceptos y los afectos, recibe u n a resp u e s t a general en la m e d i d a en que los compuestos bajo efectos d e las drogas resultan las más de las veces e x t r a o r d i n a r i a m e n t e frágiles y desmenuzables, incapaces de conservarse a sí m i s m o s y se deshacen al m i s m o que tiempo que se h a c e n o se los c o n t e m p l a . T a m b i é n p u e d e u n o admirar los dibujos realizados p o r n i ñ o s , o mejor d i c h o sentirse emocionado: pero m u y pocas veces se sostienen, y sólo se asemejan a cuadros d e K l e e o d e M i r ó c u a n d o n o se los contempla detenidamente. Las p i n t u r a s d e d e m e n t e s , p o r el contrario, suelen sostenerse, p e r o siempre y c u a n d o estén atiborradas y n o subsista ningún vacío e n ellas. Sin e m b a r g o los bloques necesitan bolsas de aire y de vacío, pues hasta el vacío es sensación, cualquier sensación se c o m p o n e con el vacío c o m p o n i é n d o s e consigo misma, todo se sostiene en la t i e r r a y en el aire, y conserva el vacio, se conserva e n el vacío c o n s e r v á n d o s e a sí mismo. U n lienzo p u e d e estar c u b i e r t o d e l t o d o , hasta tal p u n t o q u e ni siquiera el aire pase ya, sólo será u n a obra de arte s i e m p r e y c u a n d o conserve n o obstante, c o m o dice el pintor c h i n o , suficientes vacíos para q u e p u e d a n retozar

1. Conversations

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avec Cézanne,

Éd. Macula (Gasquct), pág. 121.


e n ellos u n o s caballos ( a u n q u e sólo f u e r a por la v a r i e d a d d e planos). 1 Se pinta, se esculpe, se c o m p o n e , se escribe con sensaciones. Se p i n t a n , se e s c u l p e n , se c o m p o n e n , se escriben sensaciones. Las sensaciones c o m o perceptos n o son p e r c e p c i o n e s q u e r e m i t i rían a u n objeto (referencia): si a algo se parecen, es p o r u n p a r e c i d o p r o d u c i d o p o r sus p r o p i o s m e d i o s , y la sonrisa e n el lienzo está hecha ú n i c a m e n t e con colores, trazos, sombra y luz. P u e s si la similitud p u e d e c o n v e r t i r s e en u n a obsesión para la o b r a d e arte, es p o r q u e la sensación sólo se r e f i e r e a su material: es el p e r c e p t o o el a f e c t o del p r o p i o m a t e r i a l , la sonrisa d e óleo, el a d e m á n d e t e r r a c o t a , e! impulso d e metal, lo a c h a p a r r a d o d e la p i e d r a r o m á n i c a y lo e l e v a d o de la p i e d r a gótica. El material es t a n diverso en cada caso (el soporte del lienzo, el a g e n t e del p i n cel o d e la b r o c h a , el color e n el t u b o ) q u e resulta difícil d e c i r d ó n d e empieza y d ó n d e acaba la sensación d e h e c h o ; la p r e p a r a c i ó n del lienzo, la huella del pelo del pincel f o r m a n e v i d e n t e m e n t e p a r t e d e la sensación, y otras m u c h a s cosas m á s acá. C ó m o iba a p o d e r c o n s e r v a r s e la sensación sin u n material capaz d e d u rar, y, p o r m u y c o r t o q u e sea el t i e m p o , este t i e m p o es c o n s i d e r a d o c o m o u n a d u r a c i ó n ; v e r e m o s c ó m o el p l a n o del m a t e r i a l sube i r r e s i s t i b l e m e n t e e i n v a d e el p l a n o d e c o m p o s i c i ó n d e las p r o p i a s sensaciones, h a s t a f o r m a r p a r t e d e el o ser indiscernible. Se dice e n este s e n t i d o q u e el p i n t o r es p i n t o r , y sólo u n p i n t o r , «con el color a p r e h e n d i d o c o m o tal c o m o c u a n d o se lo e x t r a e del t u b o , con la h u e l l a d e t o d o s y c a d a u n o d e los pelos del pincel», c o n ese azul q u e n o es u n azul d e agua s i n o «un azul d e p i n t u r a líquida». Y sin e m b a r g o la sensación n o es lo m i s m o q u e el m a terial, p o r l o m e n o s p o r d e r e c h o . L o q u e p o r d e r e c h o se c o n s e r v a n o es el m a t e r i a l , q u e sólo constituye la c o n d i c i ó n d e h e c h o , sino, m i e n t r a s se c u m p l a esta c o n d i c i ó n (mientras el lienzo, el color o la p i e d r a n o se d e s h a g a n e n p o l v o ) , lo q u e se c o n s e r v a e n sí es el p e r c e p t o o el a f e c t o . A u n c u a n d o el material sólo d u r a r a u n o s s e g u n d o s , d a r í a a la sensación el p o d e r d e existir y d e c o n servarse e n sí en la eternidad que coexiste con esta breve dura1. Cf. Fran$ois Cheng, Vide et plein, Huang Pin-Hung).

Éd du Scuil, pág. 63 (cita del pintor

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ción. Mientras el material dure, la sensación goza d e una eternid a d d u r a n t e esos mismos instantes. La sensación no se realiza en el material sin q u e el material se traslade por c o m p l e t o a la sensación, al p e r c c p t o o al afecto. Toda la materia se vuelve expresiva. E s el afecto lo q u e es metálico, cristalino, pétreo, etc., y la sensación n o está coloreada, es coloreante, c o m o dice Cczannc. P o r este m o t i v o quien sólo es pintor también es algo más q u e pintor, p o r q u e «hace q u e surja ante nosotros, sobresaliendo del lienzo fijo», n o la similitud, sino la sensación pura «de la flor torturada, del paisaje lacerado por el sable, arado y prensado», dev o l v i e n d o «el agua de la pintura a la naturaleza». 1 Sólo se cambia d e u n material a otro, c o m o del violin al piano, del pincel a la b r o c h a , del ó l e o al pastel en tanto en c u a n t o lo exija el comp u e s t o d e sensaciones. Y por muy grande q u e sea el interés del artista p o r la ciencia, jamás un compuesto d e sensaciones se conf u n d i r á con las «mezclas» del material q u e la ciencia determina en los estados d e cosas, c o m o e m i n e n t e m e n t e p o n e de manifiesto la «mezcla óptica» de los impresionistas. La finalidad del arte, con los medios del material, consiste en arrancar el p e r c e p t o de las percepciones de objeto y d e los estados d e u n sujeto percibiente, en arrancar el afecto d e las afecciones c o m o paso de u n estado a otro. Extraer un bloque d e sensaciones, un m e r o ser d e sensación. Para ello hace falta un m é t o d o , q u e varía con cada autor y q u e forma parte de la obra: basta con comparar a Proust y a Pessoa, en quien la búsqueda d e la sensación c o m o ser inventa procedimientos diferentes. 2 Los escritores n o se e n c u e n t r a n al respecto en una situación diferente d e los pintores, d e los músicos, d e los arquitectos. El material particular d e los escritores son las palabras, y la sintaxis, la sintaxis creada q u e 1. Artaud, Van Gogh, le suicide de la société, Gallimard, edición a cargo d e Paule T h e v e n i n , págs. 74, 82 (hay versión española: Van Gogh: el suicida de la sociedad, Madrid: Fundamentos, 1983): «Pintor, y sólo pintor, Van G o g h , cogió los medios de la mera pintura y n o los superó... pero lo maravilloso es q u e este pintor q u e sólo es pintor... tambicn es entre todos los pintores natos el q u e más nos hace olvidar q u e estamos tratando de pintura...» 2. J o s é Gil dedica un capítulo a los procedimientos mediante los cuales Pessoa extrae el perccpto a partir de percepciones vividas, particularmente en la «Oda marítima» (Fernando Pesioa ou la me'laf/hysiyvc des sensations, Éd. de la Différencc, cap. II).

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sube irresistiblemente en su obra y pasa a Ja sensación. Para salir de las p e r c e p c i o n e s vividas n o basta e v i d e n t e m e n t e con la m e m o ria, q u e sólo invoca percepciones antiguas, ni con una memoria involuntaria q u e a ñ a d e la reminiscencia c o m o factor conservante del presente. La m e m o r i a i n t e r v i e n e m u y poco en el arte (incluso y sobre t o d o e n Proust). Bien es verdad q u e toda obra de arte es u n monumento, p e r o el m o n u m e n t o n o es en este caso lo que conmemora un pasado, sino u n bloque d e sensaciones presentes que sólo a ellas m i s m a s deben su p r o p i a conservación, y otorgan al acontecimiento el c o m p u e s t o q u e lo c o n m e m o r a . E l acto del m o n u m e n t o n o es la m e m o r i a , sino la fabulación. N o se escribe con recuerdos d e la infancia, sino p o r bloques de infancia que son d e v e n i r e s - n i ñ o del presente. La música está llena de ellos. N o hace falta m e m o r i a , sino un material complejo q u e no se encuentra en la m e m o r i a , sino en las palabras, e n los sonidos: «Memoria, te odio.» Sólo se alcanza el p e r c e p t o o el afecto como seres autónomos y suficientes q u e ya nada d e b e n a quienes los experimentan o los han e x p e r i m e n t a d o : Combray tal c o m o jamás f u e vivido, c o m o jamás es ni será, C o m b r a y c o m o catedral o m o n u m e n t o . Y a u n c u a n d o los m é t o d o s son m u y diferentes, n o sólo según las artes s i n o según cada a u t o r , se p u e d e no obstante caracterizar grandes tipos m o n u m e n t a l e s , o «variedades» d e compuestos d e sensación: la vibración q u e caracteriza la sensación simple (aunq u e ya es d u r a d e r a o c o m p u e s t a , p o r q u e sube o baja, implica una diferencia d e nivel constitutiva, sigue u n a c u e r d a invisible m á s nerviosa q u e cerebral); el abrazo o el cuerpo a cuerpo (cuando d o s sensaciones r e s u e n a n u n a d e n t r o d e la otra entrelazándose tan e s t r e c h a m e n t e e n u n c u e r p o a c u e r p o q u e tan sólo es ya d e «energías»); el retraimiento, la división, la distensión (cuando p o r el c o n t r a r i o dos sensaciones se alejan, se aflojan, pero para estar tan sólo ya unidas por la luz, el aire o el vacío q u e penetran e n tre ellas o d e n t r o d e ellas c o m o u n a c u ñ a , a la vez tan densa y tan ligera q u e se va e x t e n d i e n d o e n t o d o s los sentidos a medida q u e la distancia crece, y f o r m a u n b l o q u e q u e ya n o necesita n i n gún sostén). Vibrar la sensación, acoplar la sensación, abrir o h e n d i r , vaciar la sensación. L a escultura presenta estos tipos casi e n estado p u r o , c o n sus sensaciones d e piedra, d e mármol o d e metal q u e vibran siguiendo el o r d e n d e los t i e m p o s fuertes y d e

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los tiempos débiles, de las protuberancias y de los huecos, sus poderosos cuerpo a cuerpo q u e los entrelazan, su disposición d e los g r a n d e s vacíos d e u n grupo al otro y d e n t r o de un m i s m o g r u p o e n el q u e ya n o se puede saber si es la luz, si es el aire lo q u e esc u l p e o lo q u e es esculpido. La novela ha alcanzado a m e n u d o el perceptor no la percepc i ó n d e la landa, sino la landa c o m o percepto en Hardy; los perceptos oceánicos de Melville; los perceptos urbanos o los del espejo e n Virginia Woolf. E l paisaje ve. E n general, ¿que gran escritor no ha sabido crear estos seres d e sensación que conserv a n dentro de sí el m o m e n t o de un día, el grado de calor d e un m o m e n t o (las colinas de Faulkner, la estepa de Tolstói o la de Chéjov)? El p e r c e p t o es el paisaje de antes del hombre, e n la ausencia del h o m b r e . Pero, e n todos estos casos, ¿por qué decirlo así, puesto que el paisaje no es i n d e p e n d i e n t e de las percepciones supuestas de los personajes, y, por mediación de ellos, de las percepciones y recuerdos del autor? ¿Y c ó m o podría existir la ciud a d sin el h o m b r e o antes d e él, el espejo sin la anciana q u e se refleja en él aun c u a n d o no se está mirando? Es el enigma (que se ha c o m e n t a d o a m e n u d o ) d e Cézanne: «el hombre ausente, p e r o por c o m p l e t o en el paisaje». Los. personajes sólo p u e d e n existir, y el autor sólo los p u e d e crear, p o r q u e n o perciben sino q u e h a n entrado e n el paisaje y f o r m a n ellos mismos p a r t e del c o m p u e s t o d e sensaciones. E s Acab e n efecto quien tiene las percepciones d e la m a r , p e r o sólo las t i e n e p o r q u e ha e n t r a d o en u n a relación c o n Moby D i c k q u e le hace volverse ballena, y f o r m a u n c o m p u e s t o d e sensaciones q u e ya no tiene necesidad d e nadie: Océano. E s Mrs. Dalloway quien percibe la ciudad, p e r o p o r q u e ha e n t r a d o e n la ciudad, c o m o «una hoja de cuchillo a t r a v é s d e todas las cosas» y se vuelve ella misma imperceptible. Los afectos son precisamente estos devenires no humanos del hombre c o m o los perceptos (ciudad incluida) son los paisajes no humanos de la naturaleza. «Está pasando u n m i n u t o del m u n d o » , n o l o conservaremos sin «volvernos él mismo», dice Cézanne.'

1. Cczanne, op. pág. 113. Cf. Erwiti Strauss, Du sens dt¡ Sínj, Éd. Milloh, pág. 519: «Todos los grandes paisajes tienen un carácter visionario. T..a visión es lo que se vuelve visible de lo invisible... El paisaje es invisible, p o r q u e c u a n t o más lo conquistamos, más nos perdemos en él. Para llegar al paisaje, te-

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N o se está e n el m u n d o , se d e v i e n e con el m u n d o , se d e v i e n e c o n t e m p l á n d o l o . T o d o es visión, devenir. Se d e v i e n e universo. D e v e n i r e s a n i m a l , vegetal, molecular, devenir cero. KJeist f u e sin d u d a q u i e n m á s escribió p o r afectos, empleándolos c o m o piedras o a r m a s , a p r e h e n d i é n d o l o s e n devenires d e petrificación brusca o d e aceleración infinita e n el devenir-perra d e Pentesilea y sus perceptos alucinados. E s cierto e n todas las artes: ¿qué extraños d e v e n i r e s p r o v o c a la música a través de sus «paisajes m e lódicos» y sus «personajes rítmicos», c o m o dice Messiaen, c o m p o n i e n d o e n u n m i s m o ser d e sensación lo molecular y lo cósmico, las estrellas, los á t o m o s y los pájaros? ¿ Q u é terror obsesiona la m e n t e d e V a n G o g h , prisionera d e u n devenir girasol? Cada vez hace falta el estilo —la sintaxis d e u n escritor, los m o d o s y ritmos d e u n m ú s i c o , los trazos y los colores d e u n pintor— para elevarse d e las p e r c e p c i o n e s vividas al p e r c e p t o , d e las afecciones vividas al afecto. Insistimos sobre el a r t e d e la n o v e l a p o r q u e es f u e n t e d e u n m a l e n t e n d i d o : m u c h a g e n t e cree q u e se p u e d e h a c e r u n a novela c o n las p e r c e p c i o n e s y afecciones propias, recuerdos o archivos, viajes y obsesiones, hijos y padres, personajes interesantes q u e h a p o d i d o c o n o c e r y sobre t o d o el personaje interesante q u e forzosam e n t e ella m i s m a es (¿quién n o lo es?), y por ú l t i m o las o p i n i o nes propias para q u e t o d o fragüe. Se suele invocar, llegado el caso, a g r a n d e s autores q u e n o habrían hecho más q u e c o n t a r sus vidas, T h o m a s W o l f e o Miller. Por lo general se o b t i e n e n obras compuestas d e e l e m e n t o s diversos en las que los personajes se agitan m u c h o , p e r o a la búsqueda d e u n padre q u e tan sólo está d e n t r o d e u n o mismo: la novela del periodista. C u a n d o u n a labor r e a l m e n t e artística brilla por su ausencia, no se nos suele ahorrar nada. N o es necesario t r a n s f o r m a r m u c h o la crueldad d e lo q u e se ha p o d i d o c o n t e m p l a r , ni el desespero por el q u e se ha pa-

liemos que sacrificar, tanto c o m o nos sea posible, cualquier determinación temporal, espacial, objetiva; p e r o este a b a n d o n o n o sólo alcanza el objetivo, nos afecta a nosotros mismos en la misma medida. E n el paisaje, dejamos de ser seres históricos, es decir seres por sí mismos objetivablcs. No tenemos memoria para el paisaje, t a m p o c o la t e n e m o s para nosotros en el paisaje. Soñamos de día y con los ojos abiertos. Somos sustraídos al m u n d o objetivo pero también » 'nosotros mismos. Es el sentir.»

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sado, para plasmar una vez más la opinión que generalmente se d e s p r e n d e acerca de las dificultades para comunicar. Rossellini v i o en ello una razón para renunciar al arte: el arte se había dejado invadir e n exceso por el infantilismo y la crueldad, ambas cosas a la vez, cruel y quejumbroso, lastimero y satisfecho, de tal m o d o q u e m á s valía renunciar. 1 Lo más interesante es q u e Rossellini veía la misma invasión en la pintura. Pero en primer lugar la literatura es la que siempre ha m a n t e n i d o este equívoco con la vivencia. P u e d e suceder incluso q u e se tenga un gran sentido de la observación y m u c h a imaginación: ¿es posible escribir con per» cepciones, afecciones y opiniones? Hasta en las novelas menos autobiográficas vemos c ó m o se e n f r e n t a n , sé cruzan las opiniones de una multitud d e personajes, siendo cada opinión función d e las percepciones y afecciones de cada cual, de acuerdo con su posición social y sus aventuras individuales, t o m a n d o el conjunto d e n t r o d e u n a amplia corriente q u e sería la opinión del autor, p e r o dividiéndose ésta para rebotar sobre Jos personajes, y ocult á n d o s e para que el lector p u e d a formarse la suya propia: así incluso e m p i e z a la gran teoría d e Ja novela de Bajtin (menos mal q u e n o se q u e d a en eso, q u e es lo q u e precisamente constituye la base «paródica» de la novela...). La fabulación creadora n a d a tiene q u e ver con u n recuerdo incluso amplificado, n i con u n a obsesión. D e hecho, el artista, el novelista incluido, desborda los estados perceptivos y . las fases afectivas d e la vivencia. E s u n vidente, alguien q u e deviene. ¿ C ó m o p o d r í a contar lo q u e le ha sucedido, o lo q u e imagina, p u e s t o q u e es u n a sombra? H a visto en la vida algo demasiado g r a n d e , d e m a s i a d o i n t o l e r a b l e también, y los estrechos abrazos d e la vida c o n lo q u e la amenaza, d e tal m o d o q u e el rincón d e naturaleza q u e percibe, o los barrios d e la ciudad, y sus personajes, acceden a una visión q u e c o m p o n e a través d e ellos los perceptos d e esta vida, d e este m o m e n t o , haciendo estallar las percepciones vividas e n u n a especie d e cubismo, d e simultaneísmo, d e luz c r u d a o crepuscular, d e p ú r p u r a o d e azul, q u e n o tienen ya m á s o b j e t o y sujeto q u e ellos mismos. «Llamamos estilos», decía G i a c o m e t t i , «a esas visiones detenidas en el t i e m p o y en el 1. Rosscllini, Le cinema

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re've'lé, Éd. de l'Étoilc, págs. 80-82.


espacio.» D e lo q u e siempre se trata es d e liberar la vida allí d o n d e está cautiva, o d e intentarlo en u n incierto combate. I.a muerte del puercoespín en L a w r e n c e , la m u e r t e del topo en Kafka, constituyen actos de novelista casi insoportables; y a veces requieren t u m b a r s e por el suelo, c o m o t a m b i é n lo hace el pintor para alcanzar el «motivo», es decir el percepto. Los perceptos pueden ser telescópicos o microscópicos, otorgan a los personajes y a los paisajes d i m e n s i o n e s d e gigantes, c o m o si estuvieran henchidos d e una vida q u e n i n g u n a percepción vivida puede alcanzar. G r a n d e z a d e Balzac. P o c o i m p o r t a q u e estos personajes sean mediocres o no: se toman gigantes, c o m o Bouvard y Pécuchet, Bloom y Molly, Mercier y Camíer, sin dejar de ser lo q u e son. A fuerza d e mediocridad, a fuerza incluso d e estulticia o d e infamia, p u e d e n volverse n o ya simples (nunca lo son) sino gigantescos. Incluso los e n a n o s o los tullidos: toda fabulación es fabricación d e gigantes. 1 Mediocres o grandiosos, están demasiado vivos para ser vivibles o vividos. T h o m a s W o l f e extrae d e su p a d r e a u n gigante, y Miller, d e la ciudad, un planeta negro. W o l f e puede describir a los h o m b r e s del viejo Catawha a través d e sus opiniones estúpidas y d e su manía d e discutir; lo q u e hace es erigir el m o n u m e n t o secreto d e su soledad, d e su desierto, de su tierra eterna y de sus vidas olvidadas, desapercibidas. C o m o Faulkner, que p u e d e exclamar: ¡Oh, h o m b r e s d e Yoknapatawpha..J Se dice q u e el novelista m o n u m e n t a l «se inspira» a su vez de lo vivido, y es cierto; M. d e Charlus se parece m u c h o a M o n tesquiou, pero e n t r e Montesquiou y M. d e Charlus, echadas las cuentas, existe más o m e n o s la misma relación q u e entre el perro-anima! q u e ladra y el P e r r o constelación celeste. ¿Cómo hacer para q u e un m o m e n t o del m u n d o se vuelva duradero o que exista por sí mismo? Virginia Woolf da una respuesta que t a n t o vale para la p i n t u r a o la música c o m o para la escritura: «Saturar cada átomo», «Eliminar todo lo q u e es escoria, m u e r t e y superfluidad», t o d o lo q u e se adhiere a nuestras percep1. Hn el capítulo II de Les deux sources, licrgson analiza la fabulación como una facultad visionaria muy diferente de ia imaginación, que consiste en crear dioses y gigantes, «fuerzas se mi persona les o presencias eficaces». Se ejerce en primer lugar en Jas religiones, p e r o se desarrolla libremente en el arte y la literatura.

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c i o n e s c o r r i e n t e s y vividas, t o d o lo q u e constituye el a l i m e n t o del n o v e l i s t a m e d i o c r e , n o c o n s e r v a r m á s q u e la saturación q u e nos da u n p e r c e p t o , «Incluir e n el m o m e n t o el absurdo, los hechos, lo s ó r d i d o , pero tratados en transparencia», «Meterlo t o d o y n o obst a n t e saturar». 1 P o r h a b e r alcanzado el p e r c e p t o c o m o «el m a n a n tial sagrado», p o r h a b e r visto la V i d a e n lo v i v o o lo V i v o e n lo viv i d o , el novelista o el p i n t o r regresan con los ojos enrojecidos y sin a l i e n t o . Son atletas: n o u n o s atletas q u e h u b i e r a n m o l d e a d o sus c u e r p o s y c u l t i v a d o la vivencia, a u n q u e m u c h o s escritores n o h a y a n resistido la t e n t a c i ó n d e ver en los deportes u n m e d i o d e inc r e m e n t a r el a r t e y la vida, s i n o más bien unos atletas insólitos del t i p o « c a m p e ó n d e ayunos» o «gran Nadador» q u e n o sabía nadar. U n A t l e t i s m o q u e n o es o r g á n i c o o muscular, s i n o «un atletismo afectivo», q u e sería el d o b l e inorgánico del o t r o , u n atletismo del d e v e n i r q u e revela ú n i c a m e n t e unas fuerzas q u e n o son las suyas, « e s p e c t r o plástico». 2 Los artistas son c o m o los filósofos e n este asp e c t o . T i e n e n a m e n u d o u n a salud precaria y d e m a s i a d o frágil, p e r o n o p o r c u l p a d e sus e n f e r m e d a d e s ni d e sus neurosis, sino p o r q u e h a n v i s t o en la vida algo demasiado g r a n d e para cualq u i e r a , d e m a s i a d o g r a n d e para ellos, y q u e los ha m a r c a d o discret a m e n t e con el sello d e la m u e r t e . Pero este algo también es la f u e n t e o el soplo q u e los h a c e vivir a través d e las e n f e r m e d a d e s de la v i v e n c i a (lo q u e Nietzschc llama salud). «Algún día tal vez se sabrá q u e n o había arte, sino sólo medicina...». 3 N o supera m e n o s el afecto las afecciones d e lo q u e el perc e p t o supera las percepciones. E l afecto no es el paso d e un e s t a d o vivido a o t r o , s i n o el d e v e n i r no h u m a n o del hombre. A c a b n o imita a M o b y D i c k , y Pentesilca no «hace» la perra: no es u n a imitación, u n a simpatía vivida ni tan sólo una identificac i ó n imaginaria. N o es u n a similitud, a u n q u e haya similitud. 1. Virginia W o o l f , Journal d'un écrivain, Éd. 10-18, 1, pág. 230. (Hay versión española: Diario de una escritora, Barcelona: I . u m c n , 1982.) 2. A r t a u d , Le théátre et son double (CEuvrcs completes, Gallimard, IV, pág. 154). (Hay versión española: El texto y su doble, Barcelona: Edhasa, 1983.) 3. L e Clézio, HAl, Éd. F l a m m a r i o n , pág. 7 («Soy un indio... aunque no sepa cultivar maíz ni tallar una piragua...»). En un texto famoso, Míchaux hablaba d e la «salud» propia del arte: postfacio a «Mes proprietés», La nuil remite, G a l l i m a r d , pág. 193.

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P e r o precisamente no es más q u e una similitud plasmada. E s m á s bien u n a contigüidad extrema, en un abrazo de dos sensaciones sin similitud, o por el contrario en el alejamiento de u n a luz q u e las a p r e h e n d e a las dos en un m i s m o reflejo. A n d r é D h ó t e l s u p o p o n e r a sus personajes en extraños devenires-vegetales, dev e n i r árbol o d e v e n i r áster: n o es que, dice, u n o se t r a n s f o r m e en el otro, sino q u e algo pasa d e u n o a otro.' Este algo sólo p u e d e ser precisado c o m o sensación. Es una zona de i n d e t e r m i n a c i ó n , d e indiscernibilidad, c o m o si cosas, animales y personas (Acab y M o b y Dick, Pentesilea y la perra) hubieran alcanzado en cada caso ese p u n t o en el infinito q u e antecede i n m e d i a t a m e n t e a su diferenciación natural, Es lo q u e se llama un afecto. E n Pierre ou les ambigüités, Pierre alcanza la zona en la que ya n o se p u e d e distinguir d e su medio h e r m a n a Isabel le, y se vuelve mujer. Ú n i c a m e n t e la vida crea zonas semejantes en las que se a r r e m o l i n a n los vivos, y ú n i c a m e n t e el arte puede alcanzarlas y p e n e t r a r e n ellas en su e m p r e s a d e cocreación. Y es que resulta q u e el p r o p i o a r t e vive d e estas zonas de indeterminación, en c u a n t o el material entra en la sensación, c o m o en una escultura d e R o d i n . Son bloques. La pintura necesita algo más que la destreza del d i b u jante que marcaría la similitud de formas h u m a n a y a n i m a l , y nos haría asistir a su transformación: se requiere por el c o n t r a r i o la potencia de u n f o n d o capaz d e disolver las formas, y d e i m p o n e r la existencia d e u n a zona d e estas características e n la q u e ya n o se sabe q u i é n es a n i m a l y quien es h u m a n o , p o r q u e algo se yerg u e c o m o el t r i u n f o o el m o n u m e n t o d e su indistinción; c o m o e n Goya, o incluso e n D a u m i e r , e n R e d o n . Hace falta q u e el artista cree los p r o c e d i m i e n t o s y los materiales sintácticos o plásticos necesarios para t a m a ñ a empresa, q u e recrea p o r d o q u i e r las marismas primitivas d e la vida (la utilización del a g u a f u e r t e y del aguatinta e n Goya). E l afecto, p o r supuesto, n o lleva a cabo u n regreso a los orígenes c o m o si volviéramos a e n c o n t r a r , e n t é r m i n o s d e semejanza, la persistencia d e u n h o m b r e bestial o p r i m i t i v o p o r debajo del civilizado. E n los ambientes templados d e nuestra civilización es d o n d e a c t u a l m e n t e actúan y prosperan las zonas ecuatoriales o glaciares q u e escapan a la diferenciación d e los géneros,

1. Andró Dhótel, Terres de mémoire,

Éd. Universitaires, págs. 225-226.

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d e los sexos, d e los órdenes y d e los reinos. Sólo se trata de nosotros, aquí y ahora; p e r o lo q u e en nosotros es animal, vegetal, mineral o h u m a n o , ya n o se distingue, a u n q u e nosotros salgamos p a r t i c u l a r m e n t e beneficiados e n distinción. El m á x i m o de determ i n a c i ó n escapa c o m o u n rayo d e este bloque de vecindad. P r e c i s a m e n t e p o r q u e las opiniones son funciones d e la vivencia, p r e t e n d e n t e n e r u n cierto c o n o c i m i e n t o d e las afecciones. Las o p i n i o n e s son ó p t i m a s para las pasiones del h o m b r e y su eternid a d . P e r o , c o m o subrayaba Bergson, t e n e m o s la impresión de q u e la o p i n i ó n d e s c o n o c e los estados afectivos, y d e q u e agrupa o sep a r a los q u e n o deberían agruparse o separarse.' Ni siquiera basta, c o m o h a c e el psicoanálisis, c o n dar objetos prohibidos a las afecciones inventariadas, ni con sustituir las zonas de indeterminación p o r meras ambivalencias. U n gran novelista es ante t o d o un artista q u e i n v e n t a afectos desconocidos o mal conocidos, y los saca a la Iu2 c o m o el d e v e n i r d e sus personajes: los estados crepusculares d e los caballeros en las novelas d e Chrétien d e Troycs (en relación c o n u n c o n c e p t o eventual d e caballería), los estados d e «reposo» casi catatónicos q u e se c o n f u n d e n con el d e b e r según Madame d e Lafayette (en relación con u n concepto d e quietismo)..., hasta los estados d e Beckett, c o m o afectos tanto más grandiosos cuanto q u e son pobres en afecciones. C u a n d o Zola sugiere a sus lectores: «Cuidado, lo q u e mis personajes e x p e r i m e n t a n no son remordimientos», n o t e n e m o s que ver en ello la expresión de una tesis fisiologista, sino la asignación de nuevos afectos que emergen con la creación d e personajes en el naturalismo, el Mediocre, el Perverso, la Bestia (y lo q u e Zola llama instinto n o se separa d e un deveniranimal). C u a n d o Emily B r o m e esboza el lazo q u e u n e a Heathcliff y a Catherine, inventa un afecto violento q u e sobre todo no debe ser c o n f u n d i d o con el amor, c o m o una fraternidad entre dos lobos. C u a n d o Proust parece describir con tanta minuciosidad los celos, inventa u n afecto p o r q u e invierte sin cesar el orden q u e la o p i n i ó n s u p o n e en las afecciones, según el cual los celos serían u n a consecuencia desdichada del amor: para él, por el contrario,

1. Bergson, La pensée et le mouvant, Ed. du Ccntcnairc, págs. 1293-1294. (Hay versión española: El pensamiento y lo moviente, Madrid: Espasa-Calpe, 1976.)

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son finalidad, destino, y, si hay q u e a m a r , es para poder estar celoso, siendo los celos el s e n t i d o d e los signos, el afecto c o m o semiología. C u a n d o Claude S i m ó n describe el prodigioso a m o r p a sivo d e la mujer-tierra esculpe un a f e c t o d e arcilla, p u e d e decir: «Es mi madre», y le c r e e m o s ya q u e lo dice, p e r o u n a m a d r e a la q u e ha h e c h o pasar d e n t r o d e la sensación, y a la q u e erige un m o n u m e n t o tan original q u e ya no es c o n su hijo real con q u i e n t i e n e una relación asignable, s i n o más lejos, c o n un personaje d e creación, con el Eula de Faulkner. D e este m o d o , d e u n escritor a o t r o , los grandes afectos creadores p u e d e n c o n c a t e n a r s e o derivar e n compuestos de sensaciones q u e se t r a n s f o r m a n , vibran, se abrazan o se resquebrajan: son estos seres d e sensación quienes p o n e n d e manifiesto la relación del artista c o n u n público, la relación d e las obras d e un m i s m o artista o incluso u n a e v e n t u a l afinidad d e artistas entre sí.1 El artista s i e m p r e añade variedades nuevas al m u n d o . Los seres d e sensación son variedades, c o m o los seres d e c o n c e p t o son variedades, y los seres d e f u n c i ó n , variables. D e t o d o arte habría q u e decir: el artista es p r e s e n t a d o r d e afectos, i n v e n t o r de afectos, creador d e afectos, e n relación c o n los perceptos o las visiones q u e nos da. N o sólo los crea en su obra, nos los da y nos h a c e d e v e n i r c o n ellos, nos t o m a e n el c o m p u e s t o . Los girasoles d e V a n G o g h son d e v e n i r e s , c o m o los cardos d e D u rero o las mimosas d e B o n n a r d . R e d o n tituló u n a litografía: «Tal vez hay u n a visión p r i m e r a intentada e n la flor». La flor ve. P u r o y mero terror: «¿Ves ese girasol q u e m i r a hacia d e n t r o p o r la v e n tana d e la habitación? Se pasa el día m i r a n d o d e n t r o d e m i casa.» 2 U n a historia floral d e la p i n t u r a es c o m o la creación reiniciada y continuada sin cesar d e los afectos y d e los perceptos d e las flores. E l arte es el lenguaje d e Jas sensaciones t a n t o c u a n d o pasa p o r las palabras c o m o c u a n d o pasa por los colores, los sonidos o las piedras. E l arte n o t i e n e o p i n i ó n . E l a r t e d e s m o n t a la organización triple d e las percepciones, afecciones y o p i n i o n e s , y la sustituye por u n m o n u m e n t o c o m p u e s t o d e perceptos, d e afectos y d e blo1. Estas tres cuestiones surgen con frecuencia e n Proust: especialmente Le tempi retrouvé, La Pl¿iade, 111, págs. 895- 8 9 6 (sobre la vida, la visión y el arte como creación de universo). 2. Lowry, Au-dessous du vetean, >5d. Buchct-Chastel, pág. 203. (Hay versión española: Hajo el volcán, México: E R A , 1980.)

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q u c s d e sensaciones q u e hacen las veces d e lenguaje. EL escritor e m p l e a palabras, p e r o c r e a n d o u n a sintaxis q u e las hace entrar e n la sensación, o q u e h a c e tartamudear a la lengua corriente, o estremecerse, o gritar, o hasta cantar: es el estilo, el «tono», el lenguaje d e las sensaciones, o la lengua extranjera en la lengua, la q u e reclama u n p u e b l o f u t u r o , oh, gentes del viejo Catawba, o h , gentes de Y o k n a p a t a w p h a . El escritor retuerce el lenguaje, lo h a c e vibrar, lo abraza, lo h i e n d e , para arrancar el perccpto d e las percepciones, el afecto d e las afecciones, la sensación d e la opinión,, con vistas, eso esperamos, a ese pueblo q u e todavía falta. «Mi m e m o r i a n o es de amor, sino de hostilidad, y se e m p e ñ a n o en reproducir sino en alejar el pasado... ¿Qué quería decir mi familia? N o lo sé. E r a tartamuda d e nacimiento y sin e m b a r g o tenía algo q u e decir. Sobre mí m i s m o y sobre muchos d e m i s c o n t e m p o r á n e o s , pesa el tartamudeo del nacimiento. H e m o s a p r e n d i d o no a hablar sino a balbucear, y sólo prestando el o í d o al ruido creciente del siglo, y una vez blanqueados por la e s p u m a de su cresta, h e m o s adquirido una lengua.» 1 Precisam e n t e , ésa es la tarca de todo arte, y la pintura, la música a r r a n c a n por igual de los colores y de los sonidos los acordes n u e v o s , los, paisajes plásticos o melódicos, los personajes rítmicos q u e las elevan hasta el c a n t o d e la tierra y el grito d e los h o m b r e s : lo q u e constituye el t o n o , la salud, el devenir, un bloq u e visual y sonoro. U n m o n u m e n t o no c o n m e m o r a , n o honra algo q u e ocurrió, sino q u e susurra al o í d o del porvenir las sensaciones persistentes q u e e n c a r n a n el acontecimiento: el sufrim i e n t o e t e r n a m e n t e r e n o v a d o d e los h o m b r e s , su protesta rec r e a d a , su lucha s i e m p r e retomada. ¿Resultaría acaso t o d o en v a n o p o r q u e el s u f r i m i e n t o es eterno, y p o r q u e las revoluciones n o sobreviven a su victoria? P e r o el éxito d e una revolución sólo reside e n la revolución m i s m a , precisamente en las vibraciones, los abrazos, las aperturas q u e d i o a los hombres en el m o m e n t o en q u e se llevó a cabo, y que c o m p o n e n en si un m o n u m e n t o siempre en d e v e n i r , c o m o esos t ú m u l o s a los q u e cada n u e v o viajero a ñ a d e u n a piedra. La victoria d e una revolución es i n m a n e n t e , y consiste e n los nuevos lazos q u e instaura e n t r e

1. Mandelstam, Le bruit

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du temps, Éd. L'Age d ' h o m m e , pág. 77.


los hombres, aun c u a n d o estos n o d u r e n m á s q u e su materia e n fusión y muy p r o n t o d e n paso a la división, a la traición. Las figuras estéticas (y el estilo q u e las crea) nada t i e n e n q u e v e r con la retórica. Son sensaciones: perceptos y afectos, paisajes y rostros, visiones y devenires. P e r o ¿ n o d e f i n i m o s acaso el c o n c e p t o filosófico a través del devenir, y casi con los m i s m o s t é r m i nos? Sin e m b a r g o las figuras estéticas n o son idénticas a los p e r sonajes conceptuales. Tal vez pasen u n o s d e n t r o d e los otros, e n u n sentido o e n el o t r o , c o m o Igitur o c o m o Zaratustra, p e r o e n la medida en la q u e hay sensaciones d e c o n c e p t o s y c o n c e p t o s d e sensaciones. N o se trata del m i s m o d e v e n i r . E l d e v e n i r sensible es el acto a través del cual algo o alguien i n c e s a n t e m e n t e se vuelve otro (sin dejar d e ser lo q u e es), girasol o Acab, m i e n t r a s q u e el devenir c o n c e p t u a l es el acto a través del cual el p r o p i o acontecimiento c o m ú n burla lo q u e es. É s t e es la h e t e r o g e n e i d a d comprendida e n u n a f o r m a absoluta, aquél la alteridad i n t r o d u cida en una m a t e r i a d e expresión. E l m o n u m e n t o n o actualiza el acontecimiento virtual, s i n o q u e lo incorpora: o lo e n c a r n a : le confiere u n c u e r p o , u n a vida, u n universo. Así es c o m o P r o u s t definía el a r t e - m o n u m e n t o a través d e esta vida s u p e r i o r a la «vivencia», de sus «diferencias cualitativas», d e sus «universos» q u e construyen sus p r o p i o s límites, sus alejamientos y sus acercamientos, sus constelaciones, los bloques d e sensaciones q u e arrastran, u n i v e r s o - R e m b r a n d t o universo-Debussy. Estos universos n o son virtuales ni actuales, son posibles, lo posible c o m o categoría estética («un p o c o d e posible, si n o m e ahogo»), la existencia de lo posible, m i e n t r a s q u e los a c o n t e c i m i e n t o s son la realidad d e lo virtual, f o r m a s d e u n p e n s a m i e n t o - N a t u r a l e z a q u e sobrevuelan t o d o s los universos posibles, lo q u e n o significa d e cir q u e el c o n c e p t o a n t e c e d e d e d e r e c h o la sensación: incluso u n concepto d e sensación t i e n e q u e ser c r e a d o c o n sus p r o p i o s m e dios, y una sensación existe e n su u n i v e r s o posible sin q u e el concepto exista n e c e s a r i a m e n t e en su f o r m a absoluta. ¿Se p u e d e asimilar la sensación a u n a o p i n i ó n originaria, Urdoxa c o m o f u n d a c i ó n del m u n d o o base i n m u t a b l e ? La f e n o m e nología busca la sensación en unos «a priori materiales», p e r c e p tivos y afectivos, q u e trascienden las p e r c e p c i o n e s y afecciones experimentadas: el a m a r i l l o d e V a n G o g h , o las sensaciones in-

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natas d e Cézanne. La f e n o m e n o l o g í a tiene q u e volverse f e n o m e nología del arte, c o m o h e m o s visto, p o r q u e la inmanencia d e la vivencia a u n sujeto trascendente necesita expresarse e n unas funciones trascendentes q u e n o sólo d e t e r m i n a n la experiencia en general, s i n o q u e atraviesan aquí y ahora la vivencia m i s m a , y se e n c a r n a n e n ella c o n s t i t u y e n d o sensaciones vivas. El ser d e la sensación, el b l o q u e del p e r c e p t o y el afecto, surgirá c o m o la u n i d a d o la reversibilidad del q u e siente y d e lo sentido, su e n t r e l a z a m i e n t o í n t i m o , del m i s m o m o d o q u e dos m a n o s q u e se juntan: la carne es lo q u e va a extraerse a la vez del c u e r p o vivido, del m u n d o percibido, y d e la intencionalidad d e u n o a o t r o demasiado vinculada todavía a la experiencia, mientras q u e la c a r n e nos da el ser d e la sensación, y es p o r t a d o r a d e la o p i n i ó n originaria diferenciada del juicio d e experiencia. C a r n e del m u n d o y c a r n e de! c u e r p o c o m o correlatos q u e se i n t e r c a m b i a n , coincidencia óptima. 1 U n e x t r a ñ o C a r n i s m o propicia esta última peripecia d e la f e n o m e n o l o g í a y la s u m e en el m i s t e r i o d e la encarnación: es u n a noción pía y sensual a la vez, u n a mezcla d e sensualidad y d e religión, sin la que, tal vez, la c a r n e n o se sostendría por sí m i s m a (iría bajando p o r los huesos, c o m o en las figuras d e Bacon). La pregunta d e saber si la carne es adecuada para el arte p u e d e formularse así: ¿es la carne capaz d e llevar el p e r c e p t o y el afecto, d e constituir el ser d e sensación, o bien por el contrario es ella la q u e ha d e ser llevada, y pasar a otras fuerzas d e vida? La c a r n e n o es la sensación, a u n q u e participe en su revela-

1. A partir de la Phénoménologie de l'expérience eslhétiifite (P.U.F., 1953) (hay versión española: Fenomenología de la experiencia ate'lica, Madrid: Fern a n d o Torres, 1982), Mikel D u f r e n n e ya hacía una especie de analítica d e los a priori perceptivos y afectivos q u e f u n d a b a n la sensación como relación e n t r e el c u e r p o y el m u n d o . Permanecía próximo a E r w i n Strauss. P e r o ¿existe u n ser de la sensación q u e podría manifestarse en la carne? P o r esa vía andaba MerJeau-Ponty e n Le visible el l'invisible: D u f r e n n e planteaba muchas reservas respecto a una ontologia de la carne d e características semejantes (L'ceil et l'oreillet É d . L'Hcxagone). Recientemente, D i d i e r Franck r e t o m ó el t e m a de Mcrleau-Ponty d e m o s t r a n d o la importancia decisiva de la carne según Heidegger y ya según Husserl {Heidegger et le probléme de l'espace, Chair et corps, Ed. de Minuit). T o d o este problema se sitúa e n el c e n t r o de una f e n o m e n o l o g í a del arte. Tal vez el libro todavía inédito d e Foucault Les aveux de la chair nos podría a p o r t a r i n f o r m a c i ó n respecto a los orígenes más generales de la noción de la c a r n e , y respecto a su importancia e n t r e los Padres de la Iglesia.

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ción. C o r r i m o s d e m a s i a d o d i c i e n d o q u e la sensación e n c a r n a . J_a p i n t u r a hace ía c a r n e ora con el e n c a r n a d o ( s u p e r p o s i c i o n e s d e rojo y d e b l a n c o ) , ora c o n t o n o s r o t o s (yuxtaposición d e o p u e s t o s e n p r o p o r c i o n e s desiguales). P e r o l o q u e constituye la s e n s a c i ó n es el d e v e n i r - a n i m a l , vegetal, etc., q u e asciende p o r d e b a j o d e las superficies d e e n c a r n a d o , e n el d e s n u d o m á s grácil, m á s d e l i c a d o , c o m o la presencia d e l a n i m a l despellejado, d e u n a f r u t a m o n dada, V e n u s del espejo; o q u e s u r g e e n )a f u s i ó n , la c o c c i ó n , el flujo d e t o n o s rotos, c o m o la z o n a d e indiscernibilidad e n t r e la bestia y el h o m b r e . T a l vez f o r m a r í a u n a n e b u l o s a o u n caos, si n o existiera u n s e g u n d o e l e m e n t o p a r a h a c e r q u e la c a r n e se sostenga. La c a r n e n o es m á s q u e el t e r m ó m e t r o d e u n d e v e n i r . L a c a r n e es d e m a s i a d o t i e r n a . E l s e g u n d o e l e m e n t o es m e n o s e l h u e s o o la o s a m e n t a q u e la casa, la estructura. E l c u e r p o p r o s pera e n la casa (o u n e q u i v a l e n t e , u n m a n a n t i a l , u n b o s q u e c i l l o ) . A h o r a b i e n , lo q u e d e f i n e la casa s o n sus «lienzos d e pared», es decir los p l a n o s d e o r i e n t a c i o n e s diversas q u e c o n f i e r e n a la c a r n e su a r m a z ó n : p l a n o d e l a n t e r o y p l a n o trasero, lienzos d e p a red horizontales, verticales, izquierdo, d e r e c h o , d e r e c h o s o inclinados, rectilíneos o curvados... 1 E s t o s lienzos son p a r e d e s , p e r o t a m b i é n s o n suelos, puertas, v e n t a n a s , p u e r t a s vidrieras, espejos, q u e dan p r e c i s a m e n t e a la sensación el p o d e r d e s o s t e n e r s e p o r sí m i s m a d e n t r o de u n o s «marcos» a u t ó n o m o s . Son las facetas d e l b l o q u e d e sensación. Hay sin d u d a dos signos q u e p o n e n d e m a nifiesto la genialidad d e los g r a n d e s pintores, así c o m o su h u m i l dad: el respeto, casi terrorífico, c o n q u e se acercan a] c o l o r y p e netran e n él; el esmero con que l l e v a n a cabo la u n i ó n e n t r e los lienzos d e p a r e d o los planos, d e la q u e d e p e n d e el t i p o d e p r o f u n d i d a d . Sin este respeto y este e s m e r o , la p i n t u r a n o vale n a d a , sin trabajo, sin p e n s a m i e n t o . L o difícil n o es u n i r las m a n o s , s i n o los planos. Hacer q u e sobresalgan u n o s p l a n o s q u e se u n e n , o p o r e! c o n t r a r i o h u n d i r l o s , cortarlos. A m b o s p r o b l e m a s , la a r q u i tectura d e los planos y el régimen del color, suelen c o n f u n d i r s e a m e n u d o . L a u n i ó n d e los planos horizontales y verticales e n C é 1. C o m o pone de manifiesto Georges Didi-Hubertnan, la carne e n g e n d r a una «duda»: está demasiado cerca del caos; lo que origina la necesidad d e una c o m plcmcntariedad catre la «encarnación» y el «lienzo de pared», tema esencial de La peinture incaniée, que retoma y amplía en Devant l'image, Éd. d e Minuit.

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z a n n e : «¡Los p l a n o s e n el color, los planos! E l sitio c o l o r e a d o d o n d e el alma d e los planos se fusiona...» N o hay dos grandes p i n t o r e s , ni siquiera dos grandes obras, q u e o p e r e n del m i s m o m o d o . Existen n o o b s t a n t e t e n d e n c i a s e n u n p i n t ó n e n Giacom e t t i , por ejemplo, los planos horizontales q u e h u y e n s o n distintos a d e r e c h a e izquierda, y p a r e c e n u n i r s e e n el objeto (la carne d e la manzanita), p e r o c o m o u n a pinza q u e la estirara hacia atrás y la hiciera desaparecer, si n o hubiera u n p l a n o vertical d e l q u e sólo v e m o s el filo sin espesor q u e la fija, q u e la r e t i e n e e n el últ i m o m o m e n t o , q u e le da u n a existencia d u r a d e r a , c o m o u n alfiler alargado q u e la atraviesa, y la volverá f i l i f o r m e a su vez. La casa f o r m a p a r t e d e t o d o u n devenir. E s v i d a , «vida n o orgánica d e las cosas». Bajo todas las modalidades posibles, la u n i ó n d e los p l a n o s con sus miles d e orientaciones es l o q u e d e f i n e la casasensación. La p r o p i a casa (o su e q u i v a l e n t e ) es la u n i ó n finita d e los p l a n o s coloreados. E l tercer e l e m e n t o es el universo, el cosmos. Y n o sólo la casa abierta c o m u n i c a con el paisaje, a t r a v é s d e u n a v e n t a n a o d e u n espejo, sino q u e la casa m á s cerrada t a m b i é n se a b r e sobre un universo. La casa d e M o n e t está i n c e s a n t e m e n t e e n t r a n c e d e ser engullida por las fuerzas vegetales d e u n jardín d e s e n f r e n a d o , c o s m o s d e rosas. U n universo-cosmos n o es carne. T a m p o c o son lienzos de pared, trozos d e p l a n o q u e se u n e n , planos o r i e n t a d o s d e f o r m a diversa, a pesar d e q u e el e m p a l m e d e todos los planos en el infinito p u e d a llegar a constituirlo. P e r o el universo se presenta e n el límite c o m o el color liso, el g r a n p l a n o único, el vacío coloreado, el i n f i n i t o m o n o c r o m o . La p u e r t a vidriera, c o m o e n Matisse, n o se abre m á s q u e sobre u n color liso negro. La c a r n e , o mejor d i c h o la figura, ya n o es el m o r a d o r del lugar, d e la casa, sino el m o r a d o r d e u n universo q u e soporta la casa (devenir). Es como un paso de lo finito a lo infinitoy p e r o también del territorio a la desterritorialización. E s e n e f e c t o el m o m e n t o d e l o infinito: d e los infinitos i n f i n i t a m e n t e variados. E n Van G o g h , en G a u g u i n , e n el Bacon actual, se v e surgir la tensión inm e d i a t a de la c a r n e y del color liso, d e los flujos d e t o n o s rotos y d e la superficie i n f i n i t a d e u n color p u r o y h o m o g é n e o , chillón y s a t u r a d o («en vez d e p i n t a r la p a r e d banal del m e z q u i n o apartam e n t o , pinto el i n f i n i t o , hago u n simple f o n d o c o n el azul más

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vivo, más intenso...»).' Bien es verdad q u e el color liso m o n o c r o m o es algo distinto d e u n fondo. Y c u a n d o la pintura q u i e r e volver a empezar p a r t i e n d o d e cero, construyendo el percepto c o m o un m í n i m o ante el vacío, o acercándolo al m á x i m o al c o n cepto, procede por m o n o c r o m í a liberada d e cualquier casa o d e cualquier carne. P a r t i c u l a r m e n t e el azul, q u e es lo q u e se encarga del infinito, y q u e hace del p e r c e p t o u n a «sensibilidad cósmica», o lo más conceptual q u e hay e n la naturaleza, o lo m á s «proposicional», el color c u a n d o el h o m b r e está ausente, el h o m b r e c o n vertido en color; p e r o si el azul (o el negro, o el blanco) es perfectamente idéntico en el cuadro, o d e un cuadro a o t r o , es el pintor quien se vuelve azul —«Yves, el m o n o c r o m o » - siguiendo un mero afecto q u e hace q u e el universo bascule en el vacío, y n o deje al pintor por excelencia nada más por hacer. 2 E l vacío coloreado, o m á s bien coloreante, ya es fuerza. La mayoría de los grandes cuadros m o n o c r o m o s de la pintura m o d e r n a ya n o necesitan recurrir a ramitos murales, sino q u e presentan variaciones sutiles e imperceptibles (sin e m b a r g o constitutivas de un percepto), ora p o r q u e están cortados o ribeteados p o r u n lado por u n a banda, una cinta, u n lienzo d e pared d e o t r o color o de otro t o n o , q u e c a m b i a n la intensidad del color liso p o r vecindad o alejamiento, ora p o r q u e p r e s e n t a n unas figuras lineales o circulares casi virtuales, entonadas, ora p o r q u e e s t á n agujereados o hendidos: se trata d e problemas d e unión, e n este caso también, pero singularmente ampliados. R e s u m i e n d o , el color 1. Van G o g h , carta a Theo, Correspondance complete, Gallimard-Grasset, III, pág. 165. (Hay versión española: Cartas a Theo, Barcelona: Barral E d i t o res, 1984.) Los tonos rotos y su relación con el color liso son un t e m a f r e c u e n t e en la correspondencia. Como en Gauguin, carta a Schuffenecker, del 8 de octubre de 1888, Lettres, Éd. Grasset, pág. 140: «He hecho un retrato mío para Vincent... Creo que es de lo mejor que he hecho: absolutamente incomprensible (por ejemplo) de tan abstracto... El dibujo es algo muy especial, abstracción completa... El color es un color muy alejado de la naturaleza; imagínese u n recuerdo difuso de una vasija de b a r r o retorcida por un gran fuego. T o d o s los rojos, los violetas, rayados por los destellos del f u e g o c o m o un h o r n o cegador para la mirada, sede de las' luchas en el pensamiento del pintor. T o d o ello sobre un fondo cromado salpicado de ramos infantiles. Habitación de jovencita pura.» Es la representación del «colorista arbitrario» según Van Gogh. 2. Ver Artstudio, n.° 16, «Monochromes» (sobre Klein, artículos de G e n e vieve Monnier y de Denys Riout; y sobre las «vicisitudes actuales del m o n o cromo», el artículo de Pierre Stcrckx).

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liso vibra, se estrecha o se hiende, porque es portador d e fuerzas vislumbradas. Y eso es lo que hacía la pintura abstracta para e m pezar: convocar las fuerzas, llenar el color liso de las fuerzas q u e c o n t i e n e , mostrar en sí mismas las fuerzas invisibles, erigir figuras d e apariencia geométrica, pero que ya sólo serían fuerzas, fuerza d e gravitación, d e gravedad, de rotación, d e torbellino, d e explosión, de expansión, 4 de germinación, fuerza del t i e m p o ( c o m o cabe decir de la música que hace que se oiga la fuerza sonora del tiempo, por ejemplo con Messiaen, o d e la literatura, con Proust, q u e hace leer y concebir la fuerza ilegible del tiempo). ¿No es ésa acaso la definición del p e r c e p t o personificado: volver sensibles las fuerzas insensibles que pueblan el m u n d o , y q u e nos afectan, q u e nos hacen devenir? Cosa q u e M o n d r i a n consigue mediante diferencias simples e n t r e los lados d e u n cuadrado, y Kandinsky mediante las «tensiones» lineales, y K u p k a m e d i a n t e los planos curvos alrededor de un p u n t o . D e los t i e m p o s más remotos nos llega lo que Worringer llamaba la línea septentrional, abstracta e infinita, línea de universo q u e f o r m a cintas y correas, ruedas y turbinas, toda una «geometría viva» «que eleva hasta la intuición las fuerzas mecánicas», q u e constituye u n a poderosa vida no orgánica. 1 El objeto e t e r n o d e la p i n tura: p i n t a r las fuerzas, c o m o Tintoretto. ¿Acabaremos tal vez por volver a e n c o n t r a r la casa y el c u e r p o ? Y es q u e el color liso infinito es a m e n u d o aquello a lo q u e se abre la ventana o la puerta; o bien es la pared d e la propia casa, o el suelo. V a n G o g h y G a u g u i n salpican el color liso con ramitos d e flores para convertirlo en el e m p a p e l a d o d e la p a r e d sobre el q u e destaca el rostro d e tonos rotos. Y en efecto, la casa no nos protege d e las fuerzas cósmicas, c o m o m u c h o las filtra, las selecciona. Las convierte a veces en fuerzas bondadosas: la p i n tura n u n c a ha mostrado la fuerza d e A r q u í m e d e s , la fuerza d e e m p u j e del agua sobre un cuerpo grácil q u e flota en la bañera d e la casa, c o m o lo consiguió B o n n a r d en el « D e s n u d o e n el baño». P e r o t a m b i é n las fuerzas más maléficas p u e d e n e n t r a r p o r la puerta, e n t o r n a d a o cerrada: las propias fuerzas cósmicas p r o v o can las zonas d e indiscernibilidad e n los tonos rotos d e u n rostro, 1. Worringer, L'art

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gothique,

Gallimard.


abofeteándolo, arañándolo, f u n d i é n d o l o en todos los sentidos, y estas zonas de indiscernibilidad desvelan las fuerzas ocultas en el color liso. (13acon). Se da una c o m p l e m e n tari edad plena, un abrazo de las fuerzas c o m o perceptos y d e los d e v e n i r e s c o m o afectos. La línea d e fuerza abstracta, según Worringer, abunda en motivos de animales. A las fuerzas cósmicas o cosmogenéticas corresponden unos devenires-animales, vegetales, moleculares: hasta que el cuerpo se desvanezca en el color liso o vuelva a f u n dirse en la pared, o, inversamente, q u e el color liso se tuerza y se revuelva en la zona de indiscernibilidad del c u e r p o . Resumiendo, el ser de sensación no es la carne, sino el c o m p u e s t o d e fuerzas no h u m a n a s del cosmos, d e los devenires n o h u m a n o s del hombre, y de la casa ambigua que ios intercambia y Jos ajusta, los hace girar c o m o veletas. La carne es ú n i c a m e n t e el revelador que desaparece en lo q u e revela: el c o m p u e s t o d e sensaciones. Como cualquier pintura, la pintura abstracta es sensación, y sólo sensación. E n M o n d r i a n , la habitación es lo q u e accede al ser d e sensación dividiendo m e d i a n t e lienzos de pared coloreados el plano vacío infinito q u e a cambio le devuelve un i n f i n i t o d e apertura. 1 E n Kandinsky, las casas constituyen u n a d e las f u e n t e s de la abstracción que consiste m e n o s en figuras geométricas q u e en trayectos dinámicos y líneas d e crrancia, «caminos q u e andan» p o r los alrededores. E n K u p k a , p r i m e r o es en los c u e r p o s d o n d e el pintor recorta unas cintas o u n o s lienzos d e pared coloreados q u e abrirán al vacío los planos curvos q u e los p u e b l a n v o l v i é n dose sensaciones cosmogenéticas. ¿Se trata d e la sensación espiritual, o ya de u n c o n c e p t o vivo: la habitación, la casa, el u n i verso? El arte abstracto y después el arte c o n c e p t u a l p l a n t e a n directamente la cuestión q u e obsesiona a toda la p i n t u r a : su relación con el concepto, su relación con la f u n c i ó n . El arte empieza tal vez con el animal, o p o r io m e n o s con el animal q u e delimita u n territorio y hace una casa ( a m b o s son c o 1. Mondrian, «Realidad natural y realidad abstracta» (en Scuphor, Piet Mondrian, sa vie. son cetivre, É d . Fiammarion): sobre la habitación y su despliegue. Michel Butor a na I/2Ó este despliegue de la habitación e n cuadrados o rectángulos, y la apertura a u n cuadrado interior vacío y blanco c o m o «promesa d e habitación futura»: RépeTtoire III, «El cuadrado y su morador», É d . de Minuit, págs. 307-309, 314-315.

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rrelativos o incluso se c o n f u n d e n a veces con lo q u e se llama u n hábitat). Con el sistema territorio-casa, muchas f u n c i o n e s orgánicas se transforman, sexualidad, procreación, agresividad, alimentación, pero no es esta t r a n s f o r m a c i ó n lo q u e explica la aparición d e l territorio y de la casa, sería más bien la inversa - , el territorio implica la emergencia d e cualidades sensibles puras, sensibilia q u e dejan d e ser únicamente f u n c i o n a l e s y se v u e l v e n rasgos d e expresión, haciendo posible una t r a n s f o r m a c i ó n d e las funciones. 1 Esta expresión sin duda está ya difusa en la vida, y se p u e d e decir q u e la m o d e s t a azucena silvestre celebra la gloria d e los cielos. P e r o con el territorio y la casa es c u a n d o se v u e l v e constructiva, y erige los m o n u m e n t o s rituales de una misa animal q u e celebra las cualidades antes de extraer de ellas causalidades y finalidades nuevas. Esta emergencia ya es arte, n o sólo por el t r a t a m i e n t o d e los m a t e riales exteriores sino por las posturas y colores del cuerpo, p o r los cantos y los gritos que m a r c a n el territorio. Es u n c h o r r o d e rasgos, d e colores y de sonidos, inseparables en tanto q u e se v u e l v e n expresivos (concepto filosófico d e territorio). E l Scenopoietes dentirostris, pájaro de los bosques lluviosos d e Australia, hace caer del árbol las hojas que corta cada m a ñ a n a , las gira para q u e su cara int e r n a más pálida contraste c o n la tierra, se construye d e este m o d o u n escenario c o m o u n «ready-made», y se p o n e a c a n t a r justo e n c i m a , e n una liana o u n a ramita, c o n un c a n t o c o m p l e j o c o m p u e s t o d e sus propias notas y d e las d e otros pájaros q u e i m i t a en los intervalos, mientras saca la base amarilla d e las p l u m a s debajo del pico: es un artista completo. 2 N o son las sinestesias en p l e n a c a r n e , sino los bloques d e sensaciones en el territorio, los colores, posturas y sonidos los q u e esbozan u n a obra d e arte total. Esrós b l o q u e s sonoros son estribillos; p e r o también hay estribillos posturales y d e colores; y las posturas y los colores siempre se i n t r o d u c e n e n los estribillos. Reverencias y posturas erguidas, rondas, trazos d e colores. T o d o el estribillo e n su c o n j u n t o es el ser d e sensación. Los m o n u m e n t o s son estribillos. E n este sentido, el 1. Pensamos que en esto consiste el error de Lorenz, p r e t e n d e r explicar el territorio p o r una evolución d e las funciones: L'agrcssion, lid. Flaimnarion. (Hay versión espaBob: Sobre la agresión, Madrid: Siglo X X J , 1985.) 2. Marshali, Bowler Birdi, O x f o r d at the Clarendon Press; Gilliord, Birds of Paradise and Bowler Birdi, Weidenfeld,

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a r t e nunca dejará d e estar obsesionado por el animal. El arte d e Kafka constituirá la meditación más p r o f u n d a sobre el territorio y la casa, la madriguera, las posturas-retrato (la cabeza inclinada del habitante con la barbilla hundida en el pecho, o por el contrario «el gran vergonzoso» q u e agujerea el t e c h o con su c r á n e o anguloso), los sonidos-música (los perros q u e son músicos por sus propias posturas, Josefina, la ratita cantante d e la q u e jamás se sabrá si canta, Gregorio, q u e u n e su piar al violín d e su h e r m a n a d e n t r o d e u n a relación compleja habitación-casa-territorio). N o hace falta nada más para hacer arte: una casa, unas posturas, unos colores y u n o s cantos, a c o n d i c i ó n d e q u e todo esto se abra y se yerga hacia u n vector loco c o m o el m a n g o de una escoba d e bruja, u n a línea d e universo o d e desterritorialización. «Perspectiva d e una habitación con sus moradores» (Klee). Cada territorio, cada hábitat, une sus planos o sus lienzos d e p a r e d no sólo espacio-temporales, sino cualitativos: por ejemplo u n a postura y u n canto, u n canto v un color, u n o s perceptos y u n o s afectos. Y cada territorio engloba o secciona territorios d e otras especies, o intercepta unos trayectos d e animales sin territorio, f o r m a n d o u n i o n e s interespecíficas. E n este sentido U e x k ü h l , bajo un p r i m e r aspecto, desarrolla una c o n c e p c i ó n d e la N a t u r a leza melódica, polifónica, contrapuntística. N o sólo el c a n t o d e u n pájaro tiene sus relaciones de c o n t r a p u n t o , s i n o q u e p u e d e encontrar otras con el c a n t o d e otras especies, y p u e d e a su v e z él m i s m o imitar estos otros cantos como si se tratara d e o c u p a r el mayor n ú m e r o d e frecuencias. La tela d e araña c o n t i e n e «un retrato muy sutil d e la mosca» q u e le sirve d e c o n t r a p u n t o . La concha como casa del molusco se vuelve, c u a n d o éste ha m u e r t o , el contrapunto del e r m i t a ñ o q u e la convierte en su p r o p i o hábitat, gracias a su cola q u e no es natatoria, s i n o prensil, y le p e r m i t e capturar la c o n c h a vacía. La garrapata está o r g á n i c a m e n t e construida de f o r m a q u e encuentra su c o n t r a p u n t o en el m a m í f e r o i n d e t e r m i n a d o q u e pasa por debajo d e su rama, c o m o las hojas del roble están dispuestas c o m o tejas para las gotas del agua de lluvia que gotean. N o se trata de una concepción finalista sino melódica, en la q u e ya n o se sabe lo q u e es arte o lo q u e es naturaleza («la técnica natural»): hay c o n t r a p u n t o cada vez q u e una melodía i n t e r v i e n e c o m o «motivo» en otra melodía, c o m o en las 187


b o d a s del m o s c a r d ó n y d e Ja boca del lobo. E s t a s relaciones d e c o n t r a p u n t o u n e n planos, f o r m a n c o m p u e s t o s d e sensaciones, bloques, y d e t e r m i n a n devenires. P e r o n o sólo e s t o s compuestos melódicos d e t e r m i n a d o s constituyen la n a t u r a l e z a , ni siquiera generalizados; t a m b i é n es necesario, bajo o t r o a s p e c t o , u n plano de composición sinfónica infinito: d e la Casa al u n i v e r s o . D e la e n d o sensación a la exo-sensación. Y es q u e el t e r r i t o r i o n o se limita a aislar y a juntar, se abre hacia u n a s fuerzas c ó s m i c a s q u e s u b e n d e d e n t r o o q u e p r o v i e n e n d e f u e r a , y v u e l v e n sensibles su e f e c t o s o b r e el m o r a d o r . U n p l a n o d e c o m p o s i c i ó n del r o b l e lleva o c o m p o r t a la fuerza d e desarrollo d e la b e l l o t a y la f u e r z a d e f o r m a c i ó n d e las gotas, o d e la garrapata, lleva la f u e r z a d e la luz c a paz d e a t r a e r al a n i m a l al e x t r e m o d e u n a r a m a , a u n a altura s u f i c i e n t e , y la fuerza d e la g r a v e d a d con la q u e se deja c a e r s o b r e el m a m í f e r o q u e pasa, y e n t r e a m b a s n a d a , u n v a c í o a t e r r a d o r q u e p u e d e d u r a r a ñ o s si el m a m í f e r o n o pasa.' Y o r a las fuerzas se f u n d e n u n a s d e n t r o d e otras e n sutiles t r a n s i c i o n e s , se d e s c o m p o nen a p e n a s vislumbradas, ora a l t e r n a n o se e n f r e n t a n . O r a se d e jan seleccionar p o r el territorio, y las m á s b o n d a d o s a s s o n las q u e e n t r a n e n la casa. O r a lanzan u n a l l a m a d a m i s t e r i o s a q u e a r r a n c a al m o r a d o r del territorio, y l o precipita e n u n viaje irresistible, c o m o los p i n z o n e s q u e se j u n t a n d e r e p e n t e a m i l l o n e s o las l a n gostas q u e e m p r e n d e n c a m i n a n d o u n a p e r e g r i n a c i ó n i n m e n s a e n el f o n d o del agua. Ora c a e n s o b r e el t e r r i t o r i o y lo t r a s t o c a n , m a léficas, r e s t a u r a n d o el caos del q u e a p e n a s a c a b a b a n d e salir. P e r o s i e m p r e , si la naturaleza es c o m o el arte, es p o r q u e c o n j u g a d e todas las m a n e r a s estos dos e l e m e n t o s vivos: la Casa y el U n i verso, Jo Heimlich y lo Unheimlick, el t e r r i t o r i o y la d e s t e r r i t o r i a lización, los c o m p u e s t o s m e l ó d i c o s f i n i t o s y el g r a n p l a n o d e c o m p o s i c i ó n infinito, el estribillo p e q u e ñ o y el g r a n d e . E l arte n o empieza con la c a r n e , s i n o c o n la casa; p o r este m o t i v o la a r q u i t e c t u r a es la p r i m e r a d e las artes. C u a n d o D u b u f fet trata d e d e l i m i t a r u n e s t a d o d e t e r m i n a d o d e a r t e b r u t o , se v u e l v e p r i m e r o hacia la casa, y toda su o b r a se y e r g u e e n t r e la ar-

1. Cf. la obra maestra de J. von Ucxkülil, Mondes animaux et monde humain, Théorie de la signijication, Éd. G o n t h i e r (págs. 137-142: «El contrapunto, causa del desarrollo y de la morfogénesis»).

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quitectura, la escultura y la pintura. Y, ateniéndonos a la forma, la a r q u i t e c t u r a más inteligente hace sin cesar planos, lienzos d e p a r e d , y los junta. Por este motivo cabe definirla por el «marco», u n encaje d e marcos con diversas orientaciones, q u e se i m p o n d r á a las d e m á s artes, de la pintura al cine. Se ha presentado la p r e historia del cuadro c o m o pasando por el fresco en el marco d e la p a r e d , por la vidriera en el marco de la ventana, por el mosaico e n el m a r c o del suelo: «El marco es el ombligo q u e relaciona el c u a d r o con el m o n u m e n t o del q u e es la reducción», como el m a r c o gótico con sus columnitas, su ojiva y su aguja calada. 1 A l h a c e r de la arquitectura el primer arte del marco, Bernard Cache p u e d e e n u m e r a r cierto n ú m e r o de formas cuadrantes que no p r e juzgan n i n g ú n c o n t e n i d o concreto ni función del edificio: la pared q u e aisla, la v e n t a n a que capta o selecciona (en contacto c o n el territorio), el suelo-piso q u e conjura o enrarece («enrarecer el relieve d e la tierra para dejar c a m p o libre a las trayectorias h u manas»), el techo q u e envuelve la singularidad del lugar («el tec h o i n c l i n a d o sitúa el edificio sobre una colina...»). Encajar estos marcos o u n i r todos estos planos, lienzo d e pared, lienzo de v e n tana, lienzo de suelo, lienzo d e p e n d i e n t e , es un sistema c o m puesto, pletórico d e p u n t o s y d e contrapuntos. L o s marcos y sus u n i o n e s sostienen los compuestos d e sensaciones, hacen q u e se sostengan las figuras, se c o n f u n d e n con su hacer-que-se-sostenga, su p r o p i a f o r m a d e sostenerse. T e n e m o s aquí las caras d e u n d a d o d e sensación. Los marcos o los lienzos d e pared n o s o n c o o r d e n a d a s , pertenecen a los compuestos de sensaciones cuyas facetas, interfaces, constituyen. Pero, p o r m u y extensible q u e sea el sistema, falta todavía un amplio p l a n o d e composición q u e o p e r e u n a especie d e desmarcaje d e acuerdo con unas líneas d e f u g a q u e sólo pasan p o r el territorio para abrirlo hacia el u n i verso, q u e va de la casa-territorio a la ciudad-cosmos, y q u e d i suelve a h o r a la identidad del lugar e n variación d e la Tierra, ya q u e una ciudad tiene más unos vectores q u e plisan la línea abstracta del relieve q u e un lugar. E n este p l a n o d e composición c o m o «un espacio vectorial abstracto» se trazan unas figuras g e o 1. H c n r y van de Veide, Déblaiement d e r n o , pág. 20.

d'art,

Archives darchitecture m o -

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métricas, cono, prisma, diedro, p l a n o estricto, q u e ya n o son m á s q u e fuerzas cósmicas capaces d e fundirse, d e t r a n s f o r m a r s e , d e e n f r e n t a r s e , de alternar, m u n d o anterior al h o m b r e , a u n c u a n d o esté producido por el hombre.' Hay ahora q u e separar los planos, p a r a relacionados m á s con sus intervalos q u e u n o s c o n otros y p a r a c r e a r afectos nuevos. 2 Pero resulta, c o m o h e m o s visto, q u e la p i n t u r a seguía el m i s m o m o v i m i e n t o . E l m a r c o o el b o r d e del c u a d r o es en primer lugar el envoltorio exterior d e u n a sucesión d e m a r c o s o de lienzos d e pared q u e se juntan, o p e r a n d o c o n t r a p u n t o s d e líneas y d e colores, d e t e r m i n a n d o c o m p u e s t o s d e sensaciones. Pero el c u a d r o también se e n c u e n t r a a t r a v e s a d o p o r u n a fuerza d e desmarcaje q u e lo a b r e hacia u n p l a n o d e c o m p o s i c i ó n o u n campo d e fuerzas infinito. Estos p r o c e d i m i e n t o s p u e d e n ser muy variados, incluso en el nivel del m a r c o exterior: form a s irregulares, lados q u e no se juntan, m a r c o s p i n t a d o s o p u n t e a d o s de Seurat, cuadrados sobre la p u n t a d e M o n d r i a n , t o d o l o q u e confiere al cuadro el p o d e r d e salirse del lienzo. .El gesto d e l pintor n u n c a p e r m a n e c e d e n t r o del m a r c o , se sale del m a r c o y n o se inicia con él. N o parece que la literatura y p a r t i c u l a r m e n t e la n o v e l a se enc u e n t r e n e n una situación distinta. L o q u e c u e n t a n o son las opin i o n e s d e los personajes en función d e sus tipos sociales y d e su carácter, como en las nóvelas malas, sino las relaciones d e c o n t r a p u n t o en las que intervienen, y los c o m p u e s t o s d e sensaciones q u e estos personajes experimentan e n c a r n e p r o p i a o h a c e n exper i m e n t a r , en sus devenires y en sus visiones. El c o n t r a p u n t o n o sirve para referir conversaciones, reales o ficticias, sino para hacer aflorar la insensatez d e cualquier c o n v e r s a c i ó n , d e cualquier diálogo, incluso interior. T o d o esto es lo q u e el novelista tiene

1. Respecto a codos estos puntos, el análisis de las formas m a r c a n t e s y d e la ciudad-cosmos (ejemplo d e La usa na), cf. Bernard Cache, L'ameublement du territoirg (de próxima publicación). 2. Pascal Bonfcer fue quien formó el concepto de desmarcaje, para poder i m p o n e r en d cine unas relaciones nuevas e n t r e los planos (Cahiers du cinéma, n.° 284, e n e r o de 1978): planos «sueltos, triturados o fragmentados», gracias a los cuales el cine se convierte en arte liberándose de las e m o c i o n e s más c o m u nes q u e amenazaban con impedir su desarrollo estético, y p r o d u c i e n d o afectos n u e v o s (Le champ aveugle, Éd. Cahiers d u c i n é m a - G a l l i m a r d , «sistema de las emociones»).

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q u e extraer de las percepciones, afecciones y opiniones de sus «modelos» psicosociales, q u e se trasladan por completo a los perceptos y a los afectos a los q u e el personaje debe ser elevado sin conservar m á s vida q u e ésta. Cosa que implica un extenso p l a n o d e composición, n o preconcebido e n abstracto, sino q u e se .construye a m e d i d a q u e la obra va avanzando, abriendo, r e m o v i e n d o , d e s h a c i e n d o y v o l v i e n d o a hacer unos compuestos cada vez m á s ilimitados en f u n c i ó n d e la penetración de las fuerzas cósmicas. La teoría d e la novela d e Bakhtin va en este sentido, d e m o s t r a n d o , d e Rabelais a Dostoievski, la coexistencia de compuestos contrapuntísticos, polifónicos y plurivocales con u n plano d e c o m p o s i c i ó n arquitectónico o sinfónico. 1 U n novelista c o m o D o s Passos alcanzó u n a maestría inaudita en el arte del c o n t r a p u n t o c o n los c o m p u e s t o s q u e f o r m a e n t r e personajes, noticias d e actualidad, biografías, objetivos d e cámara, y al m i s m o t i e m p o u n p l a n o d e c o m p o s i c i ó n q u e se amplía hasta el infinito y acaba p o r arrastrarlo t o d o a la Vida, a la Muerte, la ciudad-cosmos. Y si siempre v o l v e m o s a P r o u s t , es porque, más q u e nadie, hizo q u e a m b o s e l e m e n t o s casi f u e r a n sucesivos, a pesar d e estar presentes u n o d e n t r o d e otro; el p l a n o d e composición va separándose p o c o a p o c o , para la vida, para la muerte, de los compuestos d e sensación q u e va e r i g i e n d o e n el transcurso del t i e m p o perdido, hasta aparecer en sí m i s m o con el tiempo recobrado, habiéndose v u e l t o sensibles la fuerza o mejor dicho las fuerzas del t i e m p o p u r o . T o d o empieza con unas Casas, cuyos lienzos d e pared c a d a cual tiene q u e unir, y hacer q u e se sostengan unos compuestos, Combray, la m a n s i ó n d e los G u e r m a n t e s , el salón de los V e r d u r i n , y las casas se juntan solas siguiendo unos interfaces, p e r o ya hay en ello u n C o s m o s planetario, visible con un telescopio, q u e las arruina o las t r a n s f o r m a , y las absorbe en un infinito del color liso. T o d o e m p i e z a con unos estribillos, de los que cada u n o , c o m o la frasecita d e la sonata de Vinteuil, se c o m p o n e no sólo en sí m i s m o sino con otras sensaciones variables, la de una transeúnte desconocida, la del rostro de Odette, la del follaje del bosq u e de B o u l o g n e , y t o d o concluye en el infinito en el gran Estri1. Bajtin, Esthétique ñola: Teoría y enética

et théorie du román, Gallimnrd. (Hay versión espade La novela, Madrid: Taurus, 1989.)

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billo, la frase del septeto en perpetua metamorfosis, el canto d e los universos, el m u n d o d e antes o d e después del hombre. Proust convierte cada cosa terminada en un ser de sensación, q u e se conserva siempre, pero fugándose en un plano de c o m p o sición del Ser: «seres de fuga»... EJEMPLO XIII

N o parece que la música se encuentre en una situación distinta, tal vez incluso la encarne con más fuerza todavía. Se dice sin embargo que el sonido no tiene marco. Pero no por ello los compuestos de sensaciones, los bloques sonoros, poseen menos lienzos de pared o formas enmarcantes que en cada caso deben juntarse para garantizar cierto cierre. Los casos más sencillos son el aire melódico, que es un estribillo monofónico; el motivo, que ya es polifónico, puesto que un elemento de una melodía interviene en el desarrollo de otra y hace contrapunto; el tema, como objeto de modificaciones armónicas mediante las líneas melódicas. Estas tres formas elementales construyen la casa sonora y su territorio. Corresponden a las tres modalidades de un ser de sensación, ya que el aire es una vibración, el motivo un abrazo, un acoplamiento, mientras que el tema no concluye sin aflojar, hendir y también abrir. En efecto, el fenómeno musical m á s i m p o r t a n t e q u e s u r g e a m e d i d a q u e los c o m p u e s t o s d e s e n s a c i o n e s s o n o r a s s e v a n v o l v i e n d o m á s c o m p l e j o s , c o n s i s t e e n q u e su c o n c l u s i ó n o c i e r r e ( p o r u n i ó n d e sus m a r c o s , d e sus lienzos d e p a red) va a c o m p a ñ a d a de una posibilidad d e apertura hacia un p l a n o d e c o m p o s i c i ó n q u e p o c o a p o c o se h a c e i l i m i t a d o . L o s seres d e m ú -

sica son como los vivos según Bergson, que compensan su clausura individuante mediante una apertura compuesta de modulación, re-

petición, transposición, yuxtaposición... Si se considera la sonata, hal l a m o s e n ella u n a f o r m a c n m a r c a d o r a p a r t i c u l a r m e n t e rígida, b a sada e n un b i t e m a t i s m o , y cuyo p r i m e r m o v i m i e n t o presenta los l i e n z o s d e p a r e d siguientes: e x p o s i c i ó n d e l p r i m e r t e m a , t r a n s i c i ó n , e x p o s i c i ó n d e l s e g u n d o t e m a , d e s a r r o l l o s s o b r e el p r i m e r o el seg u n d o t e m a , c o d a , d e s a r r o l l o del p r i m e r t e m a c o n m o d u l a c i ó n , etc, Se t r a t a d e t o d a u n a casa c o n sus h a b i t a c i o n e s . A u n q u e d e este m o d o

el primer movimiento más bien forma una celda, y no es frecuente que un gran músico se atenga a la forma canónica; los demás movimientos pueden abrirse, en especial el segundo, por el tema y la variación, hasta que Liszt fije una fusión de los movimientos en el «poema sinfónico». La sonata se presenta entonces más bien como

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u n a f o r m a - e n c r u c i j a d a , en la q u e , de la u n i ó n de los lienzos d e p a r e d musicales, d e la c o n c l u s i ó n d e los c o m p u e s t o s sonoros, n a c e la apertura de un plano de composición. Al r e s p e c t o , el v i e j o p r o c e d i m i e n t o d e tema y variación, q u e c o n s e r v a el m a r c o a r m ó n i c o del t e m a , deja paso a una especie d e d e s m a r c a j e c u a n d o el p i a n o e n g e n d r a los estudios de composición ( C h o p i n , S c h u m a n n , Liszt): se trata d e un n u e v o m o m e n t o e s e n cial, p o r q u e la l a b o r c r e a d o r a ya n o se ejerce sobre los c o m p u e s t o s s o n o r o s , m o t i v o s y t e m a s , a u n a costa d e extraer u n p l a n o d e ellos, sino, p o r el c o n t r a r i o , d i r e c t a m e n t e sobre el p r o p i o p l a n o d e c o m p o s i c i ó n , p a r a h a c e r q u e surjan d e él u n o s c o m p u e s t o s m u c h o m á s libres y d e s m a r c a d o s , casi u n o s agregados i n c o m p l e t o s o sob r e c a r g a d o s , e n d e s e q u i l i b r i o p e r m a n e n t e . E s el «color» del s o n i d o lo q u e c a d a vez c u e n t a m á s . P a s a m o s d e la Casa al C o s m o s ( d e a c u e r d o c o n la f ó r m u l a q u e r e t o m a r á la obra d e S t o c k h a u s e n ) . L a labor d e l p l a n o d e c o m p o s i c i ó n se desarrolla e n dos d i r e c c i o n e s q u e a c a r r e a r á n u n a d e s a g r e g a c i ó n del m a r c o tonal: los i n m e n s o s c o l o r e s lisos d e la v a r i a c i ó n c o n t i n u a q u e h a c e n q u e se

abracen y se unan las fuerzas que se han vuelto sonoras, en Wagner, o bien los tonos rotos que separan y dispersan las fuerzas combinando sus pasajes reversibles, en Debussy. UniversoWagner, universo-Debussy. Todos los aires, todos los estribillos, enmarcantes o enmarcados, infantiles, domésticos, profesionales, nacionales, territoriales, son arrastrados hasta el gran Estribillo, un poderoso canto de la tierra —la dcsterritorializada— que se eleva con Mahlcr, Berg o Bartók. Y sin duda, cada vez, el plano d e composición engendra nuevos cercados, como en la serie. Pero, cada vez, el gesto del músico consiste en desmarcar, encontrar la apertura, retomar el plano de composición, de acuerdo con la fórmula que obsesiona a Boulcz: trazar una transversal irreductible tanto a la vertical armónica como a la horizontal melódica que arrastre unos bloques sonoros a la individuación variable, pero también abrirlos o hendidos en un espacio-tiempo que determine su densidad y su recorrido en el plano. 1 El gran estribillo

1. Boulez, especialmente Poitits de repere, Éd. Bourgois-Le Scuil, págs. 159 y siguientes (Pensez In musique aujourd'hui, Éd. Gontliicr, pág*. 59-62). (Hay versión española: Puntos de referencia, Barcelona: Gedisa, 1984.) La extensión de la serie a las duraciones, intensidades y rimbres no es un acto d e cercado, sino por el contrario una apertura de lo que se cerraba en lá serie de las alturas.

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s e e l e v a a m e d i d a q u e u n o se aleja d e la casa, a u n c u a n d o sea p a r a v o l v e r , p u e s t o q u e ya n a d i e n o s r e c o n o c e r á c u a n d o

volvamos.

Composición, composición, ésa es la única definición del arte. La composición es estética, y lo q u e n o está c o m p u e s t o no es u n a obra d e arte. N o hay q u e c o n f u n d i r sin embargo la c o m p o s i c i ó n técnica, el trabajo del material q u e implica a m e n u d o u n a i n t e r v e n c i ó n de la ciencia (matemáticas, física, química, anat o m í a ) c o n la c o m p o s i c i ó n estética, q u e es el trabajo d e la sensac i ó n . Ú n i c a m e n t e este ú l t i m o merece p l e n a m e n t e el n o m b r e d e c o m p o s i c i ó n , y una obra de arte jamás se hace mediante la técn i c a o para la técnica. P o r supuesto, la técnica engloba m u c h a s cosas q u e se individualizan según cada artista y cada obra: las palabras y la sintaxis en literatura; n o sólo el lienzo e n pintura, sino su p r e p a r a c i ó n , los p i g m e n t o s , las mezclas, los métodos de persp e c t i v a ; o bien los d o c e sonidos d e la música occidental, los inst r u m e n t o s , las escalas, las alturas... Y la relación entre a m b o s p l a n o s , el p l a n o de composición técnica y el plano de c o m p o sición estética, n o deja d e variar históricamente. Supongamos d o s estados oponibles e n la pintura al óleo: en u n primer caso, el lienzo se p r e p a r a m e d i a n t e un f o n d o blanco con tiza, sobre el cual se dibuja y se lava el dibujo (esbozo), por último se p o n e el c o l o r , las.sombras y las luces. E n el o t r o caso, el f o n d o se v a esp e s a n d o cada vez más, o p a c o y absorbente, hasta el p u n t o d e q u e se colorea al lavarlo y q u e el trabajo se realiza bien e m p a s t a d o sob r e u n a gama parda en la q u e los «arrepentimientos» sustituirán al esbozo: el p i n t o r pintará sobre color, y después c o n color j u n t o al color, volviéndose los colores paulatinamente acentos, y est a n d o la arquitectura garantizada por «el contraste de los c o m p l e m e n t a r i o s y la concordancia d e los análogos» (Van Gogh); p o r y e n el color se encontrará la arquitectura, aun c u a n d o haya q u e r e n u n c i a r a los acentos para reconstituir grandes unidades coloreantes. Bien es verdad q u e Xavier d e Langlais ve en la totalidad d e este s e g u n d o caso una dilatada decadencia que cae en lo efím e r o y n o consigue restaurar una arquitectura: el cuadro se ens o m b r e c e , se deslustra o se cuartea rápidamente. 1 Y sin duda este 1. Xavier de Langlais, La technique de la peinturr

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á l'hvile, lid. I-Iamma-


c o m e n t a r i o plantea, por lo m e n o s negativamente, la cuestión del progreso e n el arte, puesto q u e Langlais considera que la decadencia se inicia ya después d e Van Eyck (en cierta medida c o m o para algunos la música se detiene con el c a n t o gregoriano, o la filosofía c o n Santo T o m á s ) . P e r o se trata d e un c o m e n t a r i o técn i c o q u e c o n c i e r n e exclusivamente a los materiales: además d e q u e la duración d e los materiales es algo m u y relativo, la sensación p e r t e n e c e a o t r o o r d e n , y posee una existencia en sí miehtras los materiales d u r e n . La relación d e la sensación con los materiales d e b e por lo t a n t o evaluarse d e n t r o d e los límites d e la duración d e los materiales, f u e r e cual fuere. Si hay progresión en el arte, es p o r q u e el arte sólo puede vivir c r e a n d o perceptos nuevos y afectos nuevos c o m o otros tantos rodeos, regresos, líneas divisorias, cambios d e niveles y de escalas... D e s d e esta perspectiva, la distinción d e dos estados d e la p i n t u r a al óleo adquiere u n aspecto c o m p l e t a m e n t e distinto, q u e es estético y ya n o técnico: esta distinción n o se reduce e v i d e n t e m e n t e a «representativo o no», puesto q u e n i n g ú n arte, n i n g u n a sensación h a n sido jamás representativos. E n el p r i m e r caso, la sensación se realiza en el material, y n o existe al margen d e esta realización. Diríase q u e la sensación (el c o m p u e s t o d e sensaciones) se proyecta sobre el plano d e composición técnica bien preparado, d e tal m o d o q u e el plano d e composición estética acaba recubriéndolo. Es necesario por lo t a n t o q u e el p r o p i o material c o m p r e n d a unos mecanismos de perspectiva gracias a los cuales la sensación proyectada no sólo se realiza c u b r i e n d o el cuadro, sino siguiendo una p r o f u n d i d a d . El arte goza entonces de una apariencia d e trascendencia, q u e se expresa n o en una cosa q u e tiene q u e representar, sino en el carácter paradigmático d e la proyección y en el carácter «simbólico» d e la perspectiva. La Figura es c o m o la fabulación según Bergson: tiene u n origen religioso. Pero, c u a n d o se vuelve estética, su trascendencia sensitiva entra en una oposición soterrada o abierta con la trascendencia supra-sensible d e las religiones. rion. (Y G o e t h e , Traiti sión española: Tratado

des couleurs, Éd. Tríades, párrafos 902-909.) (Hay verde los colores, en Obras completas, Madrid: 1963.)

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E n el segundo caso, la sensación ya no se realiza en los materiales, más bien los materiales penetran en la sensación. Por supuesto, la sensación t a m p o c o existe al margen de esta penetración, y el plano d e composición técnica tampoco tiene más a u t o n o m í a que en el p r i m e r caso: nunca vale para sí mismo. P e r o diríase ahora q u e sube en el plano de composición estética, y le da u n espesor propio, c o m o dice Damisch, independiente d e cualquier perspectiva y profundidad. E n este m o m e n t o las figuras del arte se liberan de u n a trascendencia aparente o d e un m o delo paradigmático, y confiesan su ateísmo inocente, su paganismo. Y sin duda entre estos dos casos, estos dos estados de la sensación, estos dos extremos de la técnica, las transiciones, las c o m b i n a c i o n e s y las coexistencias se van haciendo constantem e n t e (por ejemplo el trabajo muy empastado de Tiziano o d e Rubens): se trata más de polos abstractos que de movimientos r e a l m e n t e diferentes. A u n así, la pintura m o d e r n a , incluso c u a n d o se limita al óleo y al disolvente, se vuelve cada vez más hacia el segundo polo, y hace subir y penetrar los materiales «en el espesor» del p l a n o de composición estética. Por este motivo resulta tan e r r ó n e o definir la sensación en la pintura m o d e r n a c o m o asunción d e una planeidad visual pura: el error procede tal vez d e q u e el espesor n o necesita ser fuerte o p r o f u n d o . Se ha p o d i d o decir d e M o n d r i a n q u e era u n pintor del espesor; y a Seurat, c u a n d o define la pintura c o m o «el arte d e ahuecar una superficie», le basta con basarse en las rugosidades d e la hoja de papel Cansón. Se trata d e una pintura que ya n o tiene f o n d o , p o r q u e «lo q u e hay debajo» emerge: la superficie es ahuecable o el p l a n o d e composición adquiere espesor en la medida en q u e los materiales s u b e n , i n d e p e n d i e n t e m e n t e de u n a profundidad o perspectiva, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e las sombras y hasta del orden crom á t i c o del color (el coloreador arbitrario). Ya n o se recubre, se hace subir, acumular, apilar, atravesar, levantar, doblar. Es u n a p r o m o c i ó n del suelo, y la escultura p u e d e volverse plana, puesto q u e el p l a n o se estratifica. Ya n o se pinta «encima», sino «debajo». E l arte informal, con D u b u f f e t , ha llevado m u y lejos estas nuevas potencias d e textura, esta elevación del suelo; y también el e x p r e s i o n i s m o abstracto, el arte minimalista, procediendo p o r e m p a p a m i e n t o s , fibras, hojaldres, o e m p l e a n d o tarlatana o tul, d e

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tal m o d o q u e el pintor pueda pintar p o r detrás de su cuadro, en u n estado d e ceguera. Con Hantai, los plegados ocultan a la visión del p i n t o r lo q u e muestran a los ojos del espectador una vez desplegados. D e todos modos y en t o d o s sus estados, la pintura es pensamiento: la visión es m e d i a n t e el pensamiento, y el ojo piensa, m á s a ú n d e lo que escucha. H u b e r t D a m i s c h ha c o n v e r t i d o el espesor del plano en un v e r d a d e r o c o n c e p t o , m o s t r a n d o q u e «el trenzado podría en efecto c u m p l i r , para la pintura del f u t u r o , un cometido análogo al que f u e el d e la perspectiva», lo cual n o es propio de la pintura, p u e s t o q u e D a m i s c h establece d e n u e v o la misma distinción en el nivel del p l a n o arquitectónico, c u a n d o Scarpa por ejemplo rechaza el m o v i m i e n t o de la proyección y los mecanismos de perspectiva para inscribir los v o l ú m e n e s e n el espesor del propio plano. Y d e la literatura a la música, se afirma un espesor que n o se deja reducir a ninguna p r o f u n d i d a d formal. Se trata de u n rasgo característico d e la literatura m o d e r n a , c u a n d o las palabras y la sintaxis suben e n el p l a n o d e c o m p o s i c i ó n , y lo ahuecan, en vez de llevar a cabo una puesta en perspectiva. Y la música c u a n d o r e n u n c i a t a n t o a la proyección c o m o a las perspectivas q u e i m p o n e n la altura, el t e m p e r a m e n t o y el cromatismo, para conferir al p l a n o s o n o r o u n espesor singular del q u e dan fe elem e n t o s m u y diversos: la evolución d e los estudios para piano, q u e dejan d e ser ú n i c a m e n t e técnicos para convertirse en «estudios d e c o m p o s i c i ó n » (con la a m p l i t u d q u e les da Debussy); la i m p o r t a n c i a decisiva q u e a d q u i e r e la orquestación en Berlioz; la subida d e los t i m b r e s en Stravinski y e n Boulez; la proliferación d e los a f e c t o s d e percusión con los metales, las pieles y las maderas, y su aleación c o n los i n s t r u m e n t o s d e v i e n t o para constituir bloques inseparables del material (Várese); la rcdefinición del p e r c e p t o e n f u n c i ó n del ruido, del s o n i d o b r u t o y complejo (Cage); n o sólo la ampliación del c r o m a t i s m o a otros c o m p o n e n tes aparte d e la altura, sino la t e n d e n c i a a una aparición no cromática del s o n i d o e n un c o n t i n u o i n f i n i t o (música electrónica o electroacústica). N o hay más q u e un p l a n o , e n el sentido d e q u e el arte n o c o m p o r t a m á s p l a n o q u e el d e la c o m p o s i c i ó n estética: el p l a n o técnico e n e f e c t o está n e c e s a r i a m e n t e recubierto o absorbido p o r

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el p l a n o d e composición estética. C o n esta condición la materia se hace expresiva: el c o m p u e s t o d e sensaciones se realiza en los materiales, o los materiales penetran e n el compuesto, p e r o siemp r e d e m a n e r a q u e se sitúan e n un p l a n o d e composición propiam e n t e estética. Hay m u c h o s problemas técnicos e n el arte, y la ciencia p u e d e intervenir e n su solución; pero sólo se plantean en f u n c i ó n d e los problemas d e composición estética q u e conciern e n a los compuestos d e sensaciones y al p l a n o al q u e se remiten n e c e s a r i a m e n t e con sus materiales. T o d a sensación es u n a preg u n t a , aun c u a n d o sólo el silencio responda. E l p r o b l e m a en el a r t e consiste siempre e n e n c o n t r a r q u é m o n u m e n t o hay q u e erigir e n u n p l a n o d e t e r m i n a d o , o q u é plano hay q u e despejar por d e b a j o d e un m o n u m e n t o determinado, o ambas cosas a la vez: d e este m o d o en Klee el « m o n u m e n t o en el límite del país fértil» y el « m o n u m e n t o en país fértil». ¿ N o hay acaso tantos planos dif e r e n t e s c o m o universos, c o m o autores o hasta incluso c o m o obras? D e hecho, los universos, tanto d e un arte a o t r o c o m o e n el m i s m o arte, pueden derivarse los unos d e los otros, o bien entrar e n relaciones d e c a p t u r a y formar constelaciones d e universos, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e toda derivación, p e r o t a m b i é n dispersarse en nebulosas o sistemas estelares diferentes, bajo unas distancias cualitativas q u e ya no son d e espacio y t i e m p o . Sobre estas lineas de fuga los universos se concatenan o se separan, d e tal m o d o q u e el plano p u e d e ser único al m i s m o t i e m p o q u e los universos p u e d e n ser múltiples irreductibles. T o d o sucede (la técnica incluida) e n t r e los compuestos d e sensaciones y el p l a n o d e - c o m p o s i c i ó n estética. Pero éste no se sitúa antes, ya q u e n o es deliberado o preconcebido, ni nada t i e n e q u e ver c o n u n p r o g r a m a , p e r o t a m p o c o se sitúa después, a pesar d e q u e su t o m a d e conciencia se efectúe progresivamente y surja a m e n u d o a posterior i. L a ciudad n o se sitúa después q u e la casa, ni el cosmos después q u e el territorio. El universo n o se sitúa después q u e la figura, y la figura es aptitud de universo. Hem o s i d o d e la sensación compuesta al p l a n o de composición, p e r o para reconocer su estricta coexistencia o su c o m p l c m e n t a r i d a d , ya q u e u n a cosa n o progresa más q u e a través d e la otra. La sensación compuesta, q u e se c o m p o n e d e perceptos y d e afectos, desterritorializa el sistema d e la o p i n i ó n q u e reunía las perccp-

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ciones y las afecciones d o m i n a n t e s en u n m e d i o natural, histórico y social. P e r o la sensación c o m p u e s t a se reterritorializa en el p l a n o de composición, p o r q u e erige en él sus casas, p o r q u e se presenta en él en marcos encajados o en lienzos de pared agrupados q u e circunscriben sus c o m p o n e n t e s , paisajes convertidos en meros perceptos, personajes convertidos en meros afectos. Y al m i s m o tiempo el p l a n o d e composición arrastra la sensación a una desterritorialización superior, haciéndola pasar por u n a especie d e desmarcaje q u e la abre y la h i e n d e en un cosmos infinito. C o m o en Pessoa, una sensación en u n p l a n o no ocupa u n lugar sin extenderlo, d i s t e n d e r l o a la totalidad de la Tierra, y liberar todas las sensaciones q u e contiene: abrir o hendir, igualar lo ínfinito. Tal yez sea esto lo p r o p i o del arte, pasar por lo finito, para volver a e n c o n t r a r , v o l v e r a dar lo infinito. L o que d e f i n e el p e n s a m i e n t o , las tres grandes formas del pensamiento, el arte, la ciencia y la filosofía, es afrontar siempre el caos, establecer u n p l a n o , trazar u n plano sobre el caos. P e r o la filosofía p r e t e n d e salvar lo infinito d á n d o l e consistencia: traza u n plano de i n m a n e n c i a , q u e lleva a lo infinito acontecimientos o conceptos consistentes, p o r efecto d e la acción de personajes conceptuales. L a ciencia, p o r el contrario, renuncia a lo i n f i n i t o para conquistar la referencia: establece un p l a n o d e c o o r d e n a d a s ú n i c a m e n t e i n d e f i n i d a s , q u e d e f i n e cada vez unos estados d e cosas, unas f u n c i o n e s o unas proposiciones rcfcrenciales, por e f e c t o d e la acción d e u n o s observadores parciales. El arte se p r o p o n e crear u n finito q u e d e v u e l v a lo infinito: traza un p l a n o d e c o m posición, q u e a su v e z es p o r t a d o r d e los m o n u m e n t o s o d e las sensaciones c o m p u e s t a s , p o r efecto d e unas figuras estéticas. D a misch analizó p r e c i s a m e n t e el c u a d r o d e Klee, «Igual infinito». N o se trata p o r s u p u e s t o d e u n a alegoría, sino del a d e m á n d e p i n t a r q u e se p r e s e n t a c o m o pintura. N o s parece q u e las m a n chas pardas q u e bailan e n el b o r d e y q u e atraviesan el lienzo son el paso infinito d e l caos; la disposición d e la siembra d e p u n t o s sobre la tela, d i v i d i d a p o r u n o s palitos, es la sensación c o m p u e s t a finita, pero se a b r e sobre el p l a n o d e composición q u e n o s restituye lo infinito, = oo. N o hay q u e pensar sin embargo q u e el arte es c o m o una síntesis d e la ciencia y la filosofía, d e la vía finita y la vía infinita. L a s tres vías son específicas, tan directas unas

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c o m o otras, y se diferencian por la naturaleza del plano y cié lo q u e lo ocupa. P e n s a r es pensar m e d i a n t e conceptos, o bien med i a n t e f u n c i o n e s , o bien m e d i a n t e sensaciones, y uno de estos p e n s a m i e n t o s n o es mejor q u e otro, o más plena, más completa, más s i n t é t i c a m e n t e «pensamiento», Los marcos del arte no son c o o r d e n a d a s científicas, c o m o t a m p o c o las sensaciones son conceptos o a la inversa. Los dos intentos recientes de acercar el arte a la filosofía son el arte abstracto y el arte conceptual; pero no sustituyen el c o n c e p t o por la sensación, sino que crean sensaciones y n o conceptos. El arte abstracto ú n i c a m e n t e trata de afinar la sensación, d e desmaterializarla, trazando un plano de composición arquitectónica en el q u e se volvería un m e r o ser espiritual, una materia resplandeciente p e n s a n t e y pensada, y ya no una sensación d e m a r o de árbol, sino u n a sensación del concepto de m a r o del c o n c e p t o de árbol, El arte conceptual se propone una desmateriaiización opuesta, por generalización, instaurando un p l a n o d e composición s u f i c i e n t e m e n t e neutralizado (el catálogo e n el q u e figuran unas obras q u e n o se han expuesto, el terreno c u b i e r t o p o r su p r o p i o m a p a , los espacios abandonados sin arquitectura, el p l a n o «flatbed») para q u e t o d o adquiera un valor de sensación reproducible al infinito: las cosas, las imágenes o los clichés, las proposiciones, u n a cosa, su fotografía a la misma escala y en el m i s m o lugar, su definición sacada del diccionario. N o es n a d a s e g u r o sin e m b a r g o , en este último caso, que se alc a n c e así la sensación ni el c o n c e p t o , p o r q u e el plano de composición p r o p e n d e a volverse «informativo», y p o r q u e la sensación d e p e n d e d e la m e r a «opinión» d e un espectador al q u e pertenece la decisión e v e n t u a l de «materializar» o no, es decir d e decidir si a q u e l l o es o n o es arte. T a n t o esfuerzo para volver a encontrarse e n el i n f i n i t o c o n las percepciones y las afecciones comunes, y reducir el c o n c e p t o a una doxa del c u e r p o social o de la gran metrópoli a m e r i c a n a . L o s tres pensamientos se cruzan, se entrelazan, pero sin síntesis ni identificación. La filosofía hace surgir acontecimientos con sus c o n c e p t o s , el arte erige m o n u m e n t o s con sus sensaciones, la ciencia construye estados d e cosas c o n sus funciones. Una tupida red d e correspondencias p u e d e establecerse entre los planos. P e r o la red t i e n e sus p u n t o s c u l m i n a n t e s allí d o n d e la propia

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sensación se vuelve sensación de c o n c e p t o o de f u n c i ó n , el concepto, concepto d e f u n c i ó n o de sensación, y la f u n c i ó n , f u n c i ó n d e sensación o d e concepto. Y u n o d e los e l e m e n t o s n o surge sin q u e el otro pueda estar todavía por llegar, todavía i n d e t e r m i n a d o o desconocido. Cada e l e m e n t o c r e a d o en u n p l a n o exige otros elementos heterogéneos, q u e todavía están p o r crear e n los otros píanos: el p e n s a m i e n t o c o m o heterogenesis. Bien es v e r d a d q u e estos p u n t o s culminantes c o m p o r t a n dos peligros extremos: o bien retrotaernos a la o p i n i ó n d e la cual p r e t e n d í a m o s escapar, o bien precipitarnos e n el caos q u e p r e t e n d í a m o s a f r o n t a r .

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CONCLUSIÓN

D E L CAOS AL

CEREBRO

Sólo p e d i m o s u n p o c o d e o r d e n para protegernos del caos. N o hay cosa q u e resulte más dolorosa, más angustiante, q u e u n p e n s a m i e n t o q u e se escapa d e sí m i s m o , que las ideas que h u y e n , q u e d e s a p a r e c e n apenas esbozadas, roídas ya por el olv i d o o precipitadas e n otras ideas q u e t a m p o c o d o m i n a m o s . Son variabilidades i n f i n i t a s cuyas desaparición y aparición coincid e n . Son v e l o c i d a d e s infinitas q u e se c o n f u n d e n c o n la i n m o v i lidad d e la n a d a inc&lora y silenciosa q u e recorren, sin naturaleza n i p e n s a m i e n t o . E s el instante del q u e n o sabemos si es dem a s i a d o largo o d e m a s i a d o c o r t o para el tiempo. R e c i b i m o s latigazos q u e restallan c o m o arterias. I n c e s a n t e m e n t e extraviamos nuestras ideas. P o r este m o t i v o nos e m p e ñ a m o s t a n t o e n agar r a r n o s . a o p i n i o n e s establecidas. Sólo pedimos q u e nuestras ideas se c o n c a t e n e n d e a c u e r d o c o n un m í n i m o d e reglas constantes, y jamás la asociación d e ideas ha t e n i d o o t r o sentido, facilitarnos estas reglas protectoras, similitud, contigüidad, causalidad, q u e nos p e r m i t e n p o n e r u n p o c o d e orden en las ideas, pasar d e una a o t r a d e a c u e r d o con un o r d e n del espacio y del t i e m p o , que i m p i d a a n u e s t r a «fantasía» (el delirio, la locura) rec o r r e r el u n i v e r s o e n u n instante para e n g e n d r a r d e él caballos alados y d r a g o n e s d e fuego. P e r o no existiría un p o c o de orden e n las ideas si n o h u b i e r a t a m b i é n en las cosas o estado d e cosas u n anticaos objetivo: «Si el cinabrio f u e r a ora rojo, ora negro, ora ligero, ora pesado..., m i imaginación n o encontraría la ocasión d e recibir e n el p e n s a m i e n t o el p e s a d o cinabrio con la re-

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p r e s e n t a c i ó n del c o l o r rojo.»' Y p o r ú l t i m o , c u a n d o se p r o d u c e el e n c u e n t r o d e las cosas y el p e n s a m i e n t o , es necesario q u e la sensación se r e p r o d u z c a c o m o la garantía o el t e s t i m o n i o d e su acuerdo, la s e n s a c i ó n d e pesadez c a d a vez q u e s o p e s a m o s el cinabrio, la d e rojo c a d a vez q u e lo c o n t e m p l a m o s , ' c o n n u e s t r o s órganos d e l c u e r p o q u e n o p e r c i b e n el p r e s e n t e sin i m p o n e r l e la c o n f o r m i d a d c o n el pasado. T o d o e s t o es .lo q u e p e d i m o s para forjar nos una opinión, c o m o u n a especie d e «paraguas» q u e nos proteja d e l caos. D e t o d o e s t o se c o m p o n e n n u e s t r a s o p i n i o n e s . P e r o el a r t e , la ciencia, la filosofía e x i g e n algo más: trazan planos e n el caos. Estas tres d i s c i p l i n a s n o son c o m o las religiones q u e i n v o c a n dinastías d e dioses, o la e p i f a n í a d e u n ú n i c o dios para p i n t a r s o b r e el paraguas u n firmamento, c o m o las figuras d e u n a U r d o x a , d e la que d e r i v a r í a n n u e s t r a s o p i n i o n e s . La filosofía, la c i e n c i a y el arte q u i e r e n q u e d e s g a r r e m o s el firmamento y q u e n o s s u m e r j a m o s en el caos. S ó l o a este p r e c i o le v e n c e r e m o s . Y tres, veces vencedor c r u c é el A q u e r o n t e . E l filósofo, el científico, el artista parecen r e g r e s a r del país d e los m u e r t o s . L o q u e el filósofo t r a e del caos s o n u n a s variaciones q u e permanecen infinitas, p e r o convertidas e n i n s e p a r a b l e s , e n u n a s superficies o e n u n o s v o l ú menes absolutos q u e trazan u n p l a n o d e i n m a n e n c i a s e c a n t e : ya n o se.trata d e asociaciones d e ideas diferenciadas, s i n o . d e r e c o n catenaciones p o r z o n a d e i n d i s t i n c i ó n e n u n c o n c e p t o . E l c i e n t í fico trae d e l caos u n a s variables c o n v e r t i d a s en i n d e p e n d i e n t e s p o r desaceleración, es decir p o r e l i m i n a c i ó n d e las d e m á s variabilidades c u a l e s q u i e r a susceptibles d e interferir, d e tal m o d o q u e las variables c o n s e r v a d a s e n t r a n bajo unas relaciones d e t e r m i n a bles en u n a f u n c i ó n : ya n o se trata d e lazos d e p r o p i e d a d e s e n las cosas, s i n o d e c o o r d e n a d a s finitas en u n p l a n o secante d e referencia q u e v a d e las p r o b a b i l i d a d e s locales a una c o s m o l o g í a global. El artista t r a e del caos u n a s variedades q u e ya n o c o n s t i t u y e n una r e p r o d u c c i ó n d e lo sensible e n el ó r g a n o , sino q u e e r i g e n u n ser de lo sensible, u n ser d e la sensación, e n u n p l a n o d e c o m p o sición a n o r g á n i c a c a p a z d e v o l v e r a dar lo infinito. L a l u c h a con

1. Kant, Critica de la ratón pura, Analítica, «De la síntesis de la reproducción en la imaginación».

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el caos q u e C é z a n n e y K l e e han m o s t r a d o en acción en la pintura, en el corazón de la p i n t u r a , v u e l v e a surgir de otra manera en la ciencia, en la filosofía: s i e m p r e se trata d e vencer el caos m e d i a n t e u n p l a n o secante q u e l o atraviesa. El pintor pasa por u n a catástrofe, o p o r u n arrebol, y deja s o b r e el lienzo el rastro d e este paso, c o m o el del salto q u e le lleva del caos a la c o m p o sición. 1 Las propias ecuaciones m a t e m á t i c a s n o gozan de una c e r t i d u m b r e apacible q u e sería c o m o la sanción de una opinión científica d o m i n a n t e , sino que salen de u n abismo q u e hace q u e el m a t e m á t i c o «salte a pies juntillas sobre los cálculos», prevea o t r o s q u e n o p u e d e e f e c t u a r y n o alcance la verdad sin «darse g o l p e s a u n o y o t r o lado». 2 El p e n s a m i e n t o filosófico n o r e ú n e sus c o n c e p t o s d e n t r o d e la a m i s t a d sin estar también atravesado p o r u n a fisura q u e los r e c o n d u c e al o d i o o los dispersa en el caos existente, d o n d e hay q u e r e c u p e r a r l o s , buscarlos, dar u n salto. E s c o m o si se echara u n a red, p e r o el pescador siempre c o r r e el riesgo d e verse a r r a s t r a d o y e n c o n t r a r s e en m a r abierto c u a n d o p e n s a b a llegar a p u e r t o . Las tres disciplinas p r o c e d e n p o r crisis o sacudidas, d e m a n e r a d i f e r e n t e , y la sucesión es l o q u e p e r m i t e hablar d e «progresos» e n c a d a caso. Diríase q u e la lucha contra el caos n o p u e d e d a r s e sin afinidad con el e n e m i g o , p o r q u e hay otra l u c h a q u e se desarrolla y adquiere mayor i m p o r t a n c i a , contra la opinión q u e p r e t e n d í a n o obstante proteg e r n o s del p r o p i o caos. E n u n t e x t o v i o l e n t a m e n t e p o é t i c o , L a w r e n c e describe lo q u e h a c e la poesía: los h o m b r e s i n c e s a n t e m e n t e se fabrican u n p a r a g u a s q u e les resguarda, e n cuya p a r t e inferior trazan un firm a m e n t o y escriben sus c o n v e n c i o n e s , sus opiniones; p e r o el p o e t a , el artista, practica u n c o r t e e n el paraguas, rasga el prop i o f i r m a m e n t o , para d a r e n t r a d a a u n p o c o del caos libre y v e n t o s o y p a r a e n m a r c a r e n u n a luz r e p e n t i n a una visión q u e s u r g e a t r a v é s d e la rasgadura, p r i m a v e r a d e W o r d s w o r t h o m a n z a n a d e C é z a n n e , silueta d e M a c b e t h o d e Acab. E n t o n c e s 1. Sobre Cézanne y el caos, cf. Gasquct, en Convenatiom avec Cézanne, sobre KJcc y el caos, cf. la «note sur 1c point gris» en Théorie de Vari moderne, lid. G o n t h i e r . Y los análisis de Hcnri Maldincy, Regará Parole Eipace, Éd. L'Agc d ' h o m m c , pág?. 150-151, 183-185. 2. Galois, en Dalmas, Evarisíe Galois, págs. 121, 130.

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aparece la multitud de imitadores q u e restaura el paraguas c o n un p a ñ o q u e v a g a m e n t e se parece a la visión, y la multitud d e glosadores q u e r e m i e n d a n la h e n d i d u r a con opiniones: comunicación. Siempre harán falta otros artistas para h a c e r otras rasgaduras, llevar a cabo las destrucciones necesarias, quizá cada vez mayores, y volver a d a r así a sus antecesores la i n c o m u n i c a b l e novedad q u e ya n o se sabía ver. L o q u e significa q u e el artista se pelea m e n o s contra el caos (al q u e llama c o n todas sus f u e r zas, en cierto m o d o ) q u e c o n t r a los «tópicos» d e la opinión. 1 El pintor n o pinta sobre u n a tela virgen, ni el escritor escribe e n una página e n blanco, sino q u e la página o la tela están ya tan cubiertas d e tópicos preexistentes, preestablecidos, q u e hay prim e r o q u e tachar, limpiar, laminar, incluso d e s m e n u z a r para h a cer q u e p a s e una c o r r i e n t e d e aire surgida del caos q u e n o s aporte la visión. C u a n d o F o n t a n a corta el lienzo coloreado d e u n navajazo, n o es el color lo q u e h i e n d e d e este m o d o , al c o n trario, nos hace ver el color liso del color p u r o a través d e la h e n d i d u r a . E l arte e f e c t i v a m e n t e lucha con el caos, pero para hacer q u e surja una visión q u e lo i l u m i n e un instante, una S e n sación. H a s t a las casas...: las casas t a m b a l e a n t e s d e Soutinc salen del caos, t r o p e z a n d o a u n o y o t r o lado, i m p i d i é n d o s e m u t u a m e n t e q u e se d e s m o r o n e n d e n u e v o ; y la casa d e M o n e t surge c o m o u n a h e n d i d u r a a través d e la cual el caos se vuelve la visión de las rosas. Hasta el e n c a r n a d o más delicado se abre e n el caos, c o m o la carne e n el despellejado. 2 U n a obra d e caos n o es c i e r t a m e n t e mejor q u e u n a obra d e o p i n i ó n , el arte se c o m p o n e tan poco d e caos c o m o d e o p i n i ó n ; pero, si se pelea contra el caos, es para arrebatarle las armas q u e vuelve c o n t r a la o p i n i ó n , para vencerla mejor con unas armas d e eficacia c o m p r o b a d a . I n cluso p o r q u e el c u a d r o está en p r i m e r lugar cubierto d e tópicos, el pintor t i e n e que a f r o n t a r el caos y acelerar las destrucciones, para producir una sensación q u e desafíe cualquier o p i n i ó n , cualquier tópico (¿durante c u á n t o tiempo?). E l arte no es el caos, sino u n a composición del caos q u e da la visión o sensa1. Lawrencc, «El caos en la poesía», en Lawrcnce, Cahicrs de l'I-Iernc, págs. 189-191. 2. D i d i - H u b e r m a n , La peinture incamée, págs. 120-123: sobre la c a r n e y el caos.

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ción, d e tal m o d o q u e constituye u n caosmos, c o m o dice joyce, un caos compuesto - y n o previsto ni preconcebido—. El arte t r a n s f o r m a la variabilidad caótica en variedad caoidea, p o r ejemplo el arrebol gris-negro y verde d e E l Greco; el arrebol dorado de T u r n e r o el arrebol rojo d e Staél. El arte lucha con el caos, p e r o p a r a hacerlo sensible, incluso a través del personaje más enc a n t a d o r , el paisaje más e n c a n t a d o (Watteau). U n m o v i m i e n t o similar, sinuoso, serpentino, anima tal vez la ciencia. Una lucha contra el caos parece pertenecerle esencialm e n t e cuando hace pasar la variabilidad desacelerada bajo unas constantes o unos límites, c u a n d o la relaciona de este m o d o con unos centros d e equilibrio, c u a n d o la somete a una selección que sólo conserva u n n ú m e r o p e q u e ñ o d e variables independientes en u n o s ejes d e coordenadas, c u a n d o instaura e n t r e estas variables unas relaciones cuyo estado f u t u r o p u e d e determinarse a partir del presente (cálculo determinista), o por el contrario c u a n d o hace intervenir tantas variables a la vez q u e el estado de cosas es ú n i c a m e n t e estadístico (cálculo de probabilidades). Se hablará en este sentido de una o p i n i ó n p r o p i a m e n t e científica conquistada sobre el caos c o m o d e una comunicación definida ora p o r unas i n f o r m a c i o n e s iniciales, ora por unas informaciones a gran escala, y q u e va las m á s de las veces d e lo e l e m e n t a l a lo c o m p u e s t o , o bien del p r e s e n t e al f u t u r o , o bien d e lo molecular a lo m o l a r . Pero, e n este caso t a m b i é n , la ciencia n o p u e d e evitar e x p e r i m e n t a r u n a p r o f u n d a atracción hacia el caos al q u e combate. Sí la desaceleración es el fino ribete q u e nos separa del caos o c e á n i c o , la ciencia se a p r o x i m a t o d o lo q u e p u e d e a las olas más cercanas, estableciendo u n a s relaciones q u e se c o n s e r v a n con la aparición y la desaparición d e las variables (cálculo diferencial); la diferencia se v a h a c i e n d o cada vez más p e q u e ñ a e n t r e el estado caótico e n el q u e la aparición y la desaparición d e una variabilidad se c o n f u n d e n , y el estado semicaótico q u e presenta u n a relación c o m o el límite d e las variables q u e aparecen o desap a r e c e n . C o m o dice Michel Serres a propósito d e Leibniz, «existirían d o s infraconscientes: u n o , el m á s p r o f u n d o , estaría estruct u r a d o c o m o u n c o n j u n t o cualquiera, mera multiplicidad o posibilidad en general, mezcla aleatoria d e signos; el o t r o , el menos p r o f u n d o , estaría recubierto d e esquemas combinatorios de

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esta multiplicidad...». 1 Cabría concebir u n a serie d e c o o r d e n a d a s o de espacios d e fases c o m o u n a sucesión d e tamices, d e los q u e el anterior sería cada vez r e l a t i v a m e n t e u n estado caótico y el siguiente un estado caoideo, d e tal m o d o q u e se pasaría p o r u n o s umbrales caóticos e n vez d e ir d e lo e l e m e n t a l a lo c o m p u e s t o . La opinión n o s presenta u n a ciencia q u e a n h e l a r í a la u n i d a d , la unificación d e sus leyes, y q u e hoy en día seguiría a ú n b u s c a n d o una comunidad d e las c u a t r o fuerzas. T o d a v í a es m á s o b s t i n a d o , sin embargo, el a n h e l o d e captar un pedazo d e caos a u n c u a n d o las fuerzas m á s diversas se agiten en él. La ciencia daría t o d a la unidad racional a la q u e aspira a c a m b i o d e u n trocito d e caos q u e pudiera explorar. El arte t o m a u n trozo d e caos e n u n m a r c o , para f o r m a r u n caos compuesto q u e se v u e l v e sensible, o del q u e extrae u n a s e n sación caoidea c o m o variedad; p e r o la ciencia t o m a u n o e n u n sistema d e c o o r d e n a d a s y f o r m a un caos r e f e r i d o q u e se v u e l v e Naturaleza, y del q u e extrae u n a f u n c i ó n aleatoria y unas variables caoideas. D e este m o d o u n o d e los aspectos m á s i m p o r t a n t e s d e la física m a t e m á t i c a m o d e r n a surge en unas transiciones hacia el caos bajo los efectos d e los atractores «extraños» o caóticos: dos trayectorias contiguas e n u n sistema d e t e r m i n a d o d e c o o r d e n a d a s no permanecen así, y divergen d e f o r m a e x p o n e n c i a l antes d e aproximarse m e d i a n t e operaciones d e e s t i r a m i e n t o y d e repliegue que se r e p i t e n , y q u e seccionan el caos. 2 Si los atractores d e equilibrio ( p u n t o s fijos, ciclos límites, toros) expresan en e f e c t o la lucha de la ciencia con el caos, los atractores extraños desvelan su p r o f u n d a atracción por el caos, así c o m o la c o n s t i t u c i ó n de un caosmos interior a la ciencia m o d e r n a (cosas todas ellas que de u n m o d o u n o t r o se detectaban en los períodos a n t e r i o res, especialmente en la fascinación por las turbulencias). N o s encontramos pues ante u n a conclusión análoga a aquella a la q u e nos llevaba el arte: la lucha con el caos no es m á s q u e el instrumento - de u n a lucha más p r o f u n d a contra la o p i n i ó n , pues d e la 1. Scrrcs, Le systéme de Leibniz, P.U.F., I, pág, 111 (y sobre la sucesión de los tamices, págs. 120-123). 2. Sobre los atractores extraños, las variables i n d e p e n d i e n t e s _y las «vías hacia el caos», Prigogin y Stcngcrs, Entre le temps et l'étetnité, Ed. Fayard, cap. IV. Y Gleick, La théorie du chaos, Éd. Albin Michel.

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o p i n i ó n p r o c e d e la desgracia d e los hombres. La ciencia se v u e l v e c o n t r a la o p i n i ó n q u e le c o n f i e r e u n sabor religioso d e u n i d a d o d e unificación. P e r o también se r e v u e l v e en sí misma c o n t r a la o p i n i ó n p r o p i a m e n t e científica en t a n t o q u e Urdoxa q u e consiste ora en la previsión determinista (el Dios d e Laplace), o r a e n la evaluación probabilitaria (el d e m o n i o d e Maxwell): desvinculándose d e las informaciones iniciales y d e las inf o r m a c i o n e s a gran escala, la ciencia sustituye la comunicación por unas condiciones d e creatividad definidas a través d e los efectos singulares d e las fluctuaciones mínimas. L o q u e es creación son las variedades estéticas o las variables científicas q u e surgen en u n plano c a p a / de seccionar la variabilidad caótica. E n c u a n t o a las seudociencias q u e p r e t e n d e n considerar los f e n ó m e nos d e o p i n i ó n , los cerebros artificiales q u e utilizan conservan c o m o m o d e l o s unos procesos probabilitarios, u n o s atractores estables, toda u n a lógica d e la recognición de las formas, p e r o tien e n q u e alcanzar estados caoideos y atractores caóticos para c o m p r e n d e r a la vez la lucha del p e n s a m i e n t o c o n t r a la o p i n i ó n y la d e g e n e r a c i ó n del p e n s a m i e n t o en la propia o p i n i ó n (una d e las vías d e evolución d e los o r d e n a d o r e s va en el sentido d e asumir u n sistema caótico o caotizante). E s t o lo c o n f i r m a el tercer caso, ya n o la variedad sensible ni la variable funcional, sino la variación conceptual tal y c o m o se presenta en filosofía. La filosofía a su vez lucha con el caos c o m o abismo i n d i f e r e n c i a d o u o c é a n o d e la disimilitud. N o hay q u e concluir p o r ello q u e la filosofía se alinea junto a la o p i n i ó n , ni q u e ésta p u e d a sustituirla. U n c o n c e p t o n o es un c o n j u n t o d e ideas asociadas c o m o u n a o p i n i ó n . T a m p o c o es un o r d e n d e razones, u n a serie d e razones o r d e n a d a s q u e p o d r í a n , llegado el caso, constituir una especie d e U r d o x a racionalizada. Para alcanzar el c o n c e p t o , ni tan sólo basta c o n q u e los f e n ó m e n o s se som e t a n a u n o s principios análogos a los q u e asocian las ideas, o las cosas, a los principios q u e o r d e n a n las razones. C o m o dice Michaux, l o q u e es suficiente para las «ideas corrientes» n o lo es para las «ideas vitales», las q u e hay q u e crear. Las ideas sólo son asociables c o m o imágenes, y sólo son ordenables c o m o abstracciones; para llegar al c o n c e p t o , t e n e m o s q u e superar a m b a s cosas, y q u e llegar lo más rápidamente posible a objetos mentales

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d e t c r m i n a b l c s c o m o seres reales. E r a ya lo q u e m o s t r a b a n Spinoza o Fichte: t e n e m o s q u e utilizar ficciones y abstracciones, p e r o sólo en c u a n t o sea n e c e s a r i o para a c c e d e r a u n p l a n o e n el q u e iríamos d e ser real e n ser real y p r o c e d e r í a m o s m e d i a n t e c o n s t r u c c i ó n d e conceptos. 1 H e m o s visto c ó m o p o d í a alcanzarse este resultado en la m e d i d a e n q u e u n a s variaciones se v o l v í a n inseparables siguiendo u n a s zonas d e v e c i n d a d o d e indiscernibilidad: dejan e n t o n c e s d e ser asociables según los caprichos d e la i m a g i n a c i ó n , o disccrnibles y o r d e n a b l e s según las exigencias d e la razón, para f o r m a r a u t é n t i c o s b l o q u e s c o n c e p t u a l e s . U n c o n c e p t o es u n c o n j u n t o d e variaciones i n s e p a r a b l e s q u e se p r o d u c e o se construye e n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a e n t a n t o q u e éste secc i o n a la variabilidad caótica y le da consistencia (realidad). P o r l o t a n t o u n c o n c e p t o es u n e s t a d o c a o i d e o p o r excelencia; r e m i t e a u n caos q u e se ha v u e l t o c o n s i s t e n t e , q u e se ha v u e l t o P e n s a m i e n t o , c a o s m o s m e n t a l . ¿Y q u é sería pensar si el p e n s a m i e n t o n o se m i d i e r a i n c e s a n t e m e n t e con el caos? La R a z ó n sólo n o s m u e s t r a su v e r d a d e r o r o s t r o c u a n d o « t r u e n a d e n t r o d e su cráter». Hasta el cogito n o es m á s q u e u n a o p i n i ó n , una U r d o x a e n el m e j o r d e los casos, m i e n t r a s n o se e x t r a i g a n d e él las v a r i a c i o nes inseparables q u e lo c o n v i e r t e n e n u n c o n c e p t o , s i e m p r e y c u a n d o se r e n u n c i e a b u s c a r e n el u n p a r a g u a s o u n r e f u g i o , se deje d e s u p o n e r u n a i n m a n e n c i a q u e se h a r í a a si mismo, p a r a p l a n t e a r l o él m i s m o p o r el c o n t r a r i o e n u n p l a n o d e i n m a n e n c i a al q u e p e r t e n e c e y q u e le d e v u e l v e al m a r abierto. R e s u m i e n d o , el caos tiene tres hijas e n f u n c i ó n del p l a n o q u e lo secciona: s o n las Caoideas, el arte, la c i e n c i a y la filosofía, c o m o f o r m a s del p e n s a m i e n t o o d e la c r e a c i ó n . Se l l a m a n c a o i d e a s las r e a l i d a d e s p r o d u c i d a s en u n o s p l a n o s q u e s e c c i o n a n el caos. La junción (que n o la u n i d a d ) de los tres planos es el cerebro. P o r supuesto, c u a n d o el c e r e b r o es c o n s i d e r a d o c o m o u n a f u n ción d e t e r m i n a d a se p r e s e n t a a la v e z c o m o u n c o n j u n t o c o m plejo d e c o n e x i o n e s h o r i z o n t a l e s y d e i n t e g r a c i o n e s verticales q u e r e a c c i o n a n unas c o n otras, c o m o p o n e n d e m a n i f i e s t o los «mapas» cerebrales. E n t o n c e s la p r e g u n t a es doble: ¿las c o n e x i o -

1. Cf. Gucroult, L'e'volvtion et la slructure de ¡a Doctrine chez Fichte, Éd. Les Bcllcs Lcttrcs, I, pág. 174.

de la

uience

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ncs están preestablecidas, c o m o guiadas por rieles, o se hacen y d e deshacen en c a m p o s d e fuerzas? ¿Y los procesos d e integración son centros jerárquicos localizados, o m á s bien f o r m a s {Cestalten) que alcanzan sus c o n d i c i o n e s d e estabilidad en u n c a m p o del q u e depende la posición del p r o p i o centro? La i m p o r t a n c i a d e la teoría de la G e s t a l t al respecto incide t a n t o en la teoría del c e r e b r o como en la c o n c e p c i ó n d e la p e r c e p c i ó n , p u e s t o q u e se o p o n e directamente al estatuto del córtex tal c o m o se presentaba desde el punto d e vista d e los reflejos condicionados. Pero, indep e n d i e n t e m e n t e d e las perspectivas consideradas, n o resulta difícil mostrar que u n o s c a m i n o s , ya hechos o h a c i é n d o s e , u n o s centros, mecánicos o d i n á m i c o s , se topan con dificultades del m i s m o tipo. Unos caminos ya h e c h o s q u e se van s i g u i e n d o progresivam e n t e implican u n trazado p r e v i o , p e r o u n o s trayectos q u e se constituyen en u n c a m p o d e fuerzas p r o c e d e n m e d i a n t e resoluciones d e tensión q u e t a m b i é n actúan p r o g r e s i v a m e n t e (por ejemplo la tensión d e a p r o x i m a c i ó n e n t r e la f o v e a y el p u n t o lum i n o s o proyectado sobre la retina, ya q u e ésta p o s e e u n a estructura análoga a la d e u n área cortical): ambos e s q u e m a s s u p o n e n u n «plan», que no u n objetivo o un p r o g r a m a , s i n o u n sobrevuelo de la totalidad del campo. "Esto es lo q u e la teoría d e la Gestalt n o explica, c o m o t a m p o c o el m e c a n i s m o explica el p r e m o n t a j e . N o hay que s o r p r e n d e r s e d e q u e el cerebro, t r a t a d o c o m o objeto constituido d e ciencia, sólo p u e d a ser u n ó r g a n o d e f o r m a ción y de comunicación d e la o p i n i ó n : y es q u e las c o n e x i o n e s progresivas y las i n t e g r a c i o n e s centradas siguen bajo el e s t r e c h o m o d e l o de la r e c o g n i c i ó n (gnosis y praxis, «es u n cubo», «es u n lápiz»...), y la biología del c e r e b r o s e - a l i n e a e n este caso sig u i e n d o los mismos p o s t u l a d o s q u e la lógica m á s terca. Las opiniones son formas q u e se i m p o n e n , c o m o las burbujas d e jabón según la Gestalt, h a b i d a c u e n t a d e u n o s medios, d e u n o s intereses, d e unas creencias y d e u n o s obstáculos. P a r e c e e n t o n c e s difícil tratar la filosofía, el a r t e c incluso la ciencia c o m o «objetos mentales», meros e n s a m b l a j e s d e n e u r o n a s e n el c e r e b r o objetiv a d o , puesto q u e el m o d e l o irrisorio d e la r e c o g n i c i ó n los acant o n a en la doxa. Si los objetos m e n t a l e s de la filosofía, del arte y d e la ciencia (es decir las ideas vitales) tuvieran u n lugar, éste estaría en l o más p r o f u n d o d e las h e n d i d u r a s sinópticas, e n los hia-

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tos, los intervalos y los entretiempos d e u n cerebro inobjetivable, allí donde penetrar para buscarlos sería crear. Sería un poco como en la regulación de una pantalla d e televisión cuyas i n t e n sidades hicieran surgir lo que escapa al p o d e r d e definición objetivo. 1 Es c o m o decir q u e el pensamiento, hasta bajo la f o r m a q u e toma activamente en la ciencia, no d e p e n d e de u n cerebro h e c h o de conexiones y de integraciones orgánicas: según la f e n o m e n o logía, d e p e n d e r í a de las relaciones del h o m b r e con el m u n d o , con las q u e el cerebro concuerda necesariamente p o r q u e p r o c e d e de ellas, c o m o las excitaciones proceden del m u n d o y las reacciones del h o m b r e , incluso en sus incertidumbres y sus flaquezas. «El h o m b r e piensa y n o el cerebro»; p e r o este m o v i m i e n t o ascendente de la fenomenología que supera el cerebro hacia u n Ser en el mundo, bajo una crítica doble del m e c a n i s m o y el d i n a m i s m o , n o nos saca d e la esfera d e las opiniones, sólo nos lleva a u n a Urdoxa planteada c o m o opinión originaria o sentido d e los sentidos. 2 ¿No se situará el p u n t o d e inflexión e n o t r o lugar, allí d o n d e el cerebro es «sujeto», se vuelve sujeto? E l c e r e b r o es el q u e piensa y n o el h o m b r e , siendo el h o m b r e ú n i c a m e n t e u n a cristalización cerebral. Se hablará del cerebro c o m o C é z a n n e del paisaje: el h o m b r e ausente, pero todo él d e n t r o del cerebro... La filosofía, el arte, la ciencia n o son los objetos m e n t a l e s d e u n cerebro objetivado, sino los tres aspectos bajo los cuales el cerebro se v u e l v e sujeto, Pensamiento-cerebro, los tres planos, las balsas con las q u e se sumerge en el caos y se e n f r e n t a a él. ¿Cuáles son los caracteres d e este cerebro q u e ya n o se d e f i n e p o r unas conexiones y unas integraciones secundarias? N o es u n cerebro detrás del cerebro, sino primero un estado d e sobrevuelo sin distancia, a ras d e suelo, autosobrevuelo al q u e n i n g u n a sima, n i n g ú n pliegue ni hiato se le escapa. Es una «forma verdadera», primaria, c o m o la definía Ruyer: n o una Gestalt ni u n a forma percibida, sino u n a forma en si q u e n o r e m i t e a n i n g ú n p u n t o de vista exterior, c o m o tampoco la retina o el área estriada del córtex remite a otra, una forma consistente absoluta q u e se 1. Jean-CIct Martin, Variation (de próxima publicación). Z Erwin Srrauss, Du sens des sens, Éd, Millón, parte III.

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sobrevuela i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e cualquier dimensión suplem e n t a r i a , q u e por lo t a n t o no exige ninguna trascendencia, q u e sólo t i e n e un lado i n d e p e n d i e n t e m e n t e del n ú m e r o d e sus dim e n s i o n e s , q u e p e r m a n e c e copresente a todas sus determinaciones sin proximidad ni alejamiento, q u e las recorre a velocidad infinita, sin velocidad límite, y q u e hace d e ellas otras tantas variaciones inseparables a las que confiere una equipotencialidad sin confusión. 1 H e m o s visto q u e ese era el estatuto del c o n c e p t o c o m o m e r o acontecimiento o realidad de lo virtual. Y sin duda los c o n c e p t o s n o se r e d u c e n a u n único y m i s m o cerebro, puesto q u e cada u n o de ellos constituye u n «dominio d e sobrevuelo», y los pasos d e u n concepto a otro p e r m a n e c e n irreductibles m i e n tras q u e u n n u e v o c o n c e p t o n o vuelva necesaria a su vez la coprescncia o la equipotencialidad d e las determinaciones. T a m p o c o se p u e d e decir q u e todo concepto es un cerebro. Pero el cerebro, bajo este p r i m e r aspecto d e forma absoluta, se presenta e n e f e c t o c o m o la facultad d e los conceptos, es decir c o m o la facultad d e su creación, al m i s m o t i e m p o q u e establece el plano d e i n m a n e n c i a en el q u e los conceptos se sitúan, se desplazan, cambian d e o r d e n y de relaciones, se r e n u e v a n y se crean sin cesar. El cerebro es el espíritu mismo. Al m i s m o t i e m p o q u e el c e r e b r o se vuelve sujeto, o mejor dicho «superjeto» d e acuerdo con el térm i n o d e Whitehead, el concepto se vuelve el objeto e n t a n t o q u e creado, el acontecimiento o la propia creación, y la filosofía, el p l a n o d e inmanencia q u e sustenta los conceptos y q u e el cerebro traza. Así pues, los movimientos cerebrales e n g e n d r a n personajes conceptuales. Es el cerebro quien dice Yo, pero Y o es otro. N o es el m i s m o c e r e b r o que el de las conexiones c integraciones segundas, aun c u a n d o no haya trascendencia. Y este Y o n o sólo es el «yo concibo» del c e r e b r o c o m o filosofía, también es el «yo siento» del cerebro c o m o arte. La sensación no es m e n o s c e r e b r o q u e el concepto, Si se consideran las conexiones nerviosas excitación-reacción y las integraciones cerebrales percepción-acción,

1. Ruycr, Néo-Jinatismc, P.U.P., caps. VII-X. Irn toda su obra, Ruyer lleva a cabo una doble crítica del mecanismo y el d i n a m i s m o (Geslail), diferente d e la d e la fenomenología.

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no nos p r e g u n t a r e m o s e n q u é m o m e n t o del c a m i n o ni en q u é nivel aparece la sensación, p u e s ésta está supuesta y se m a n t i e n e alejada. E l a l e j a m i e n t o n o es lo c o n t r a r i o del s o b r e v u e l o , s i n o u n correlato. L a sensación es la p r o p i a excitación, n o e n t a n t o q u e ésta se p r o l o n g a p r o g r e s i v a m e n t e y pasa a la r e a c c i ó n , s i n o e n tanto q u e se c o n s e r v a a sí m i s m a o c o n s e r v a sus v i b r a c i o n e s . L a sensación c o n t r a e las vibraciones d e lo e x c i t a n t e e n u n a s u p e r f i c i e nerviosa o e n u n v o l u m e n cerebral: la a n t e r i o r n o h a d e s a p a r e cido aún c u a n d o aparece la siguiente. E s su f o r m a d e r e s p o n d e r al caos. La p r o p i a sensación vibra p o r q u e c o n t r a e v i b r a c i o n e s . Se conserva a sí m i s m a p o r q u e c o n s e r v a u n a s v i b r a c i o n e s : es M o n u m e n t o . R e s u e n a p o r q u e h a c e r e s o n a r sus a r m ó n i c o s . L a sensación es la v i b r a c i ó n contraída, q u e se h a v u e l t o c a l i d a d , v a r i e d a d . P o r este m o t i v o se llama e n este c a s o al c e r e b r o - s u j e t o alma o fuerza, p u e s t o q u e ú n i c a m e n t e el a l m a c o n s e r v a c o n t r a y e n d o l o q u e la m a t e r i a disipa, o irradia, h a c e a v a n z a r , refleja, r e f r a c t a o convierte. Así p u e s , b u s c a r e m o s e n v a n o la s e n s a c i ó n m i e n t r a s nos l i m i t e m o s a u n a s reacciones y a las e x c i t a c i o n e s q u e éstas p r o l o n g a n , a u n a s acciones y a las p e r c e p c i o n e s q u e éstas r e f l e jan: y es q u e el a l m a (o m e j o r d i c h o la fuerza), c o m o decía L e i b niz, no hace n a d a o n o actúa, s i n o q u e ú n i c a m e n t e está p r e s e n t e , conserva; la c o n t r a c c i ó n n o es u n a acción, s i n o u n a p a s i ó n p u r a , una c o n t e m p l a c i ó n que c o n s e r v a l o q u e p r e c e d e e n lo q u e sigue.' Por lo t a n t o la sensación se sitúa e n o t r o p l a n o q u e los m e c a n i s mos, los d i n a m i s m o s y las finalidades: es u n p l a n o d e c o m p o s i ción, en el q u e la sensación se f o r m a c o n t r a y e n d o l o q u e la c o m pone, y c o m p o n i é n d o s e con otras sensaciones q u e c o n t r a e a su vez. La sensación es c o n t e m p l a c i ó n p u r a , pues es p o r c o n t e m p l a ción c o m o u n o c o n t r a e , e n la c o n t e m p l a c i ó n d e u n o m i s m o a medida q u e se c o n t e m p l a n los e l e m e n t o s d e los q u e se p r o c e d e . C o n t e m p l a r es crear, m i s t e r i o d e la c r e a c i ó n pasiva, s e n s a c i ó n . La sensación llena el p l a n o d e c o m p o s i c i ó n , y se llena d e sí misma l l e n á n d o s e d e lo q u e c o n t e m p l a : es « e n j o y m e n t » , y «selfenjoyment». E s u n sujeto, o más b i e n u n injeto. P l o t i n o p o d í a d e finir todas las cosas c o m o c o n t e m p l a c i o n e s , n o sólo los h o m b r e s

!. Hume, en el Tratado de la Naturaleza humana, d e f i n e la imaginación a través de csra contemplación-contracción pasiva (parte III, sección 14).

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y los animales, sino las plantas, la tierra y las rocas. N o son Ideas lo q u e contemplamos por concepto, sino e l e m e n t o s d e la materia, p o r sensación. La planta contempla c o n t r a y e n d o los e l e m e n tos d e los que procede, la luz, el carbono y las sales, y se llena ella m i s m a de colores y de olores q u e califican cada vez su varied a d , su composición: es sensación e n sí.' C o m o si las flores se s i n t i e r a n a sí mismas sintiendo lo q u e las c o m p o n e , intentos d e visión o d e olfato primeros, antes d e ser percibidos o incluso sentidos por un agente nervioso y cerebrado. L a s rocas y las plantas carecen por supuesto d e sistema nervioso. Pero si las conexiones nerviosas y las integraciones cerebrales suponen u n a fuerza-cerebro c o m o facultad d e sentir coe x i s t e n t e a los tejidos, resulta verosímil s u p o n e r también u n a facultad d e sentir q u e coexiste con los tejidos embrionarios, y q u e se presenta e n la Especie c o m o cerebro colectivo; o con los tejidos vegetales e n las «especies menores». Y las propias afinidades químicas y causalidades físicas r e m i t e n a unas fuerzas primarias capaces de conservar sus largas cadenas c o n t r a y e n d o sus elem e n t o s y haciéndolos resonar: la m á s m í n i m a causalidad p e r m a n e c e ininteligible sin esta instancia subjetiva. T o d o o r g a n i s m o n o es cerebrado, y t o d a vida n o es orgánica, p e r o hay e n t o d o unas fuerzas que constituyen unos microcerebros, o una vida inorgánica d e las cosas. Si la espléndida hipótesis de un sistema nervioso d e la Tierra n o resulta imprescindible, c o m o para F e c h n e r o C o n a n Doyle, es porque la fuerza d e contraer o d e conservar, es d e c i r de sentir, sólo se presenta c o m o un cerebro global en relación con unos elementos directamente contraídos y con un m o d o d e contracción determinados q u e difieren según los ámbitos y constituyen precisamente unas variedades irreductibles. P e r o , a fin de cuentas, son los mismos e l e m e n t o s últimos y la m i s m a fuerza algo alejada los que constituyen u n único plano de composición q u e sustenta todas las variedades del Universo. El vitalismo siempre ha tenido dos interpretaciones posibles: la de u n a Idea que actúa; pero que 110 es, q u e por lo t a n t o sólo actúa

1. El gran texto de Piotino sobre las contemplaciones está al principio de Las Enéadas, III, 8. Desde H u m e a Butler y a Whitehead, los empíricos recuperarán el tema, decantándolo hacia la materia: de ahí su neoplatonismo.

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desde el p u n t o de vista de un conocimiento cerebral exterior (de Kant a Claude Bernard); o la de una fuerza que es pero que n o actúa, que por lo tanto es un mero Sentir interno (de Leibniz a Ruyer). Si nos parece que la segunda interpretación es la q u e se impone, es porque la contracción que conserva siempre está descolgada con respecto a la acción o incluso al movimiento, y se presenta c o m o una mera contemplación sin conocimiento, lo cual resulta manifiesto hasta en el campo cerebral por excelencia, el del aprendizaje o de la formación de las costumbres: a pesar de que todo parece que ocurre en conexiones de integraciones progresivamente activas, de una prueba a la siguiente, es necesario, c o m o demostraba Hume, que las pruebas o los casos, las ocurrencias, se contraigan en una «imaginación» c o n t e m plante, mientras permanecen diferenciados tanto con respecto a las acciones como con respecto al conocimiento; e incluso cuando se es una rata, es por contemplación como se «contrae» una costumbre. Todavía queda por descubrir, por debajo del ruido de las acciones, esas sensaciones creadoras interiores o esas contemplaciones silenciosas que abogan por un cerebro. Estos dos primeros aspectos o estratos del cerebro-sujeto, tanto Ja sensación c o m o el concepto, son muy frágiles. N o sólo desconexiones y desintegraciones objetivas, sino una fatiga inmensa hacen q u e las sensaciones, una vez se han vuelto pastosas, dejen escapar ios elementos y las vibraciones q u e cada vez les cuesta más y más contraer. La vejez es esta fatiga misma: e n t o n ces, o bien es una caída en el caos mental, fuera del p l a n o d e composición, o bien es un repliegue sobre opiniones establecidas, tópicos q u e p o n e n d e manifiesto que u n artista ya n o t i e n e nada más qué decir, puesto q u e ya n o es capaz de crear sensaciones nuevas, q u e ya n o sabe c ó m o conservar, contemplar, contraer. El caso de la filosofía es ligeramente diferente, a pesar d e q u e dependa de u n a fatiga similar; en este caso, incapaz d e m a n t e n e r s e en el plano de inmanencia, el pensamiento fatigado ya n o p u e d e soportar las velocidades infinitas del tercer género q u e m i d e n , como lo haría u n torbellino, la copresencia del concepto e n todos sus c o m p o n e n t e s intensivos a la vez (consistencia); el pensamiento es remitido a las velocidades relativas q u e sólo se refieren a la sucesión del m o v i m i e n t o de un p u n t o a otro, de u n

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c o m p o n e n t e extensivo a otro, de una idea a otra, y q u e miden meras asociaciones sin poder reconstituir el concepto. Y sin duda puede suceder q u e estas velocidades relativas sean muy grandes, hasta el p u n t o d e q u e simulan lo absoluto; sólo son sin e m b a r g o velocidades variables de opinión, de discusión o d e «réplicas ocurrentes», c o m o suele suceder entre los jóvenes infatigables cuya rapidez de espíritu se alaba, pero también entre los ancianos cansados que prosiguen opiniones desaceleradas y m a n t i e n e n discusiones q u e no llevan a ninguna parte hablando a solas, en el interior d e sus cabezas vaciadas, c o m o un remoto recuerdo d e sus antiguos conceptos a los que todavía se agarran para no volver a sumergirse totalmente en el caos. Sin duda las causalidades, las asociaciones, las integraciones nos inspiran opiniones y creencias, c o m o dice H u m e , q u e son formas de esperar y de reconocer algo («objetos mentales» incluidos): va a llover, el agua va a hervir, es el c a m i n o más corto, es la misma figura bajo otro aspecto... Pero, pese a q u e semejantes opiniones se cuelen a veces entre las proposiciones científicas, no f o r m a n parte d e ellas, y la ciencia somete estos procesos a operaciones de otra naturaleza que constituyen u n a actividad d e conocer, y remiten a una facultad d e c o n o c i m i e n t o c o m o tercer estrato de un cerebro-sujeto, no menos creador q u e los otros dos. El c o n o c i m i e n t o no es una forma, ni una fuerza, sino u n a función: «yo funciono». El sujeto se presenta ahora c o m o u n «ejeto», p o r q u e extrae unos elementos cuya característica principal es la distinción, el discernimiento: límites, constantes, variables, f u n ciones, todos estos functorcs o prospectos que f o r m a n los t é r m i nos d e la proposición científica. Las proyecciones geométricas, las sustituciones y transformaciones algebraicas n o consisten en reconocer algo a través de las variaciones, sino en distinguir unas variables y unas constantes, o en discernir progresivamente los términos que tienden hacia unos límites sucesivos. Del m i s m o m o d o , c u a n d o se asigna una constante en una operación científica, n o se trata d e contraer unos casos o unos m o m e n t o s en u n a misma contemplación, sino de establecer una relación necesaria e n t r e factores que permanecen independientes. E n este sentido, los actos fundamentales de la facultad científica d e c o n o c e r nos han parecido q u e son los siguientes: establecer u n o s límites q u e

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m a r q u e n una renuncia a las velocidades infinitas, y que tracen un p l a n o d e referencia; asignar unas variables q u e se organicen en series q u e tiendan hacia esos límites; coordinar las variables i n d e p e n d i e n t e s d e forma que establezcan entre ellas o sus límites unas relaciones necesarias de las que d e p e n d e n unas funciones distintas, siendo el plano de referencia una coordinación en acto; d e t e r m i n a r las mezclas o estados de cosas que se refieren a las coordenadas, y a los que las funciones se refieren. N o basta con decir q u e estas operaciones del conocimiento científico son f u n ciones del cerebro; las propias funciones son los pliegues d e u n cerebro q u e traza las coordenadas variables de u n plano de conoc i m i e n t o (referencia) y que envía a todas partes a observadores parciales. Hay todavía otra operación q u e p o n e de manifiesto precisam e n t e la persistencia del caos, n o sólo alrededor del plano d e referencia o de coordinación, sino en los rodeos d e su superficie variable q u e siempre se vuelve a p o n e r en juego. Se trata d e las operaciones de bifurcación y d e individuación: si los estados d e cosas están sometidos a ellas es p o r q u e son inseparables d e p o tenciales q u e t o m a n del propio caos, y a los q u e n o actualizan sin correr el riesgo d e resultar dislocados o sumergidos. C o r r e s p o n d e por lo t a n t o a la ciencia poner d e manifiesto el caos en el q u e el p r o p i o c e r e b r o se sumerge c o m o sujeto d e conocimiento. El cerebro constituye sin cesar límites q u e d e t e r m i n a n funciones d e variables en unas áreas particularmente extensas; las relaciones e n t r e estas variables (conexiones) presentan un carácter aún m á s incierto y a v e n t u r a d o , no sólo en las sinapsis eléctricas q u e evid e n c i a n u n caos estadístico, sino en las sinapsis químicas q u e remiten a u n caos determinista. 1 Hay m e n o s centros cerebrales q u e puntos, c o n c e n t r a d o s en un área, diseminados e n otra; y «osciladores», moléculas oscilantes q u e pasan d e u n p u n t o a otro. Hasta en u n m o d e l o lineal como el d e los reflejos condicionados, E r win Strauss mostraba que lo esencial era c o m p r e n d e r los intermediarios, los hiatos y los vacíos. Los paradigmas arborificados

1. Burns, The Uncertain Ncrvoui System, Ed. Arnold. Y Stcvcn Rose, Le cerveav conscient, Éd. Le Scuil, pág. 84: «El sistema nervioso es incierto, probabilista, por lo tanto interesante,»

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del c e r e b r o dejan p a s o a figuras rizomáticas, sistemas acentrados, redes d e autómatas finitos, .estados caoidcos. Este caos q u e d a sin d u d a oculto por el reforzamicnto de los flujos generadores de o p i n i ó n , bajo la acción d e las costumbres o de los modelos d e recognición; pero se volverá aún más sensible si se t o m a n en consideración por el c o n t r a r i o procesos creadores y las bifurcaciones q u e éstos implican. Y la individuación, en el estado d e cosas cerebral, es tanto m á s funcional c u a n t o que sus variables n o son sus propias células, ya q u e éstas mueren incesanteniente sin ren o v a r s e , convirtiendo el cerebro en un conjunto d e p e q u e ñ o s m u e r t o s que introducen en nosotros la muerte incesante. R e m i t e a u n potencial que se actualiza sin duda en las vinculaciones det e r m i n a b l e s que resultan d e las percepciones, pero más a ú n en el e f e c t o libre que varía según la creación de los conceptos, de las sensaciones o de las propias funciones. L o s tres planos son irreductibles con sus elementos: plano de inmanencia de la filosofía, plano de composición del arte, plano de referencia c de coordinación de la ciencia; forma del concepto, fuerza de la sensación, función del conocimiento; conceptos y personajes conceptuales, sensaciones y figuras estéticas, funciones y observadores parciales. Para cada plano se plantean p r o b l e m a s análogos: ¿en qué sentido y c ó m o el plano, en cada caso, es u n o o m ú l t i p l e , que u n i d a d , q u e multiplicidad? P e r o todavía m á s imp o r t a n t e s nos parecen ahora los problemas d e interferencia e n t r e p l a n o s q u e se juntan en el cerebro. Un primer tipo d e i n t e r f e r e n cia surge cuando u n filósofo trata d e crear el c o n c e p t o d e u n a sensación, o de u n a f u n c i ó n (por ejemplo u n c o n c e p t o p r o p i o del e s p a c i o riemanniano, o u n n ú m e r o irracional...); o bien u n científico, unas funciones d e sensaciones, c o m o F e c h n e r o e n las teorías d e l color o del sonido, c incluso unas f u n c i o n e s d e c o n c e p tos, c o m o muestra L a u t m a n para las matemáticas e n t a n t o q u e éstas actualizarían u n o s conceptos virtuales; o bien c u a n d o u n artista crea meras sensaciones d e conceptos, o d e f u n c i o n e s , c o m o se v e e n las variedades d e arte abstracto o en Klee. L a regla en t o d o s estos casos es q u e la disciplina que interfiere d e b e p r o c e d e r c o n sus propios medios. P o r ejemplo, c u a n d o se habla d e la belleza intrínseca d e una figura geométrica, d e u n a "operación o d e u n a demostración, pero esta belleza carece d e t o d o e l e m e n t o es-

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íctico mientras se la defina con criterios tomados de la ciencia, tales como p r o p o r c i ó n , simetría, disimetría, proyección, transformación: eso es lo q u e d e m o s t r ó K a n t con tanta fuerza. 1 Es necesario que la f u n c i ó n sea aprehendida en una sensación q u e le confiera u n o s perceptos y unos afectos compuestos exclusivam e n t e por el arte, en u n plano de creación específica que la sustraiga a toda referencia (el cruce de las líneas negras o las capas d e color en los ángulos rectos de M o n d r i a n ; o bien la aproximación al caos por sensación d e atractores extraños de N o l a n d o de Shirley Jaffe). Son por lo t a n t o interferencias extrínsecas, porque cada disciplina se m a n t i e n e en su propio plano y emplea sus elementos propios. P e r o u n s e g u n d o tipo de interferencia es intrínseco c u a n d o u n o s c o n c e p t o s y unos personajes conceptuales parecen salir de un p l a n o d e i n m a n e n c i a q u e les correspondería, para meterse en o t r o p l a n o e n t r e las funciones y los observadores parciales, o e n t r e las sensaciones y las figuras estéticas; y de igual m o d o en los d e m á s casos. Estos deslizamientos son tan sutiles c o m o el d e Zaratustra en la filosofía d e Nietszche o el de Tgitur en la poesía d e M a l l a r m é , que nos e n c o n t r a m o s en unos planos complejos difíciles d e calificar. A su vez los observadores parciales i n t r o d u c e n e n la ciencia unos sensibilia q u e están a veces muy cerca de las figuras estéticas en u n plano mixto. T a m b i é n hay, p o r último, interferencias ilocalizables. Y es q u e cada disciplina distinta está a su m a n e r a relacionada con un negativo: hasta la ciencia está relacionada con una no ciencia q u e le d e v u e l v e sus efectos. N o sólo se trata d e decir que el arte d e b e formarnos, despertarnos, enseñarnos a sentir, a nosotros q u e no s o m o s artistas, y la filosofía enseñarnos a concebir, y la ciencia a c o n o c e r . Semejantes pedagogías sólo son posibles si c a d a una d e las disciplinas por su cuenta está en una relación esencial c o n el N o q u e la concierne. El plano d e la filosofía es prefilosófico m i e n t r a s se lo considere en sí mismo, independient e m e n t e d e los c o n c e p t o s q u e acabarán ocupándolo, pero la no filosofía se e n c u e n t r a allí d o n d e el p l a n o afronta el caos. La filosofía necesita una no filosofía que la comprenda, necesita una 1. Kant, Critique

du jugement,

párrafo 62.

219


comprensión no filosófica, como el arte necesita un no arte, y laciencia tina no ciencia. 1 N o lo necesitan c o m o principio, ni c o m o fin en el q u e estarían destinados a desaparecer al realizarse, sino a cada i n s t a n t e d e su d e v e n i r y d e su desarrollo. Ahora bien, si los tres N o se d i s t i n g u e n todavía respecto a un plano "cerebral, ya n o se d i s t i n g u e n r e s p e c t o al caos en el q u e el cerebro se sumerge. E n esta i n m e r s i ó n , diríase q u e emerge del caos la sombra del «pueblo venidero», tal y c o m o el arte lo reivindica, pero también la filosofía y la ciencia: pueblo-masa, pueblo-mundo, pueblo-cerebro, pueblo-caos. P e n s a m i e n t o n o p e n s a n t e que yace en los tres, c o m o el c o n c e p t o n o conceptual d e Klce o el silencio interior d e K a n d i n s k y . A h í es d o n d e los conceptos, las sensaciones, las f u n c i o n e s se v u e l v e n indecidibles, al mismo tiempo que la filosofía, el arte y la ciencia indiscernibles, c o m o si compartieran la m i s m a sombra, q u e se extiende a través de su naturaleza difer e n t e y les a c o m p a ñ a siempre.

1. I-'rangois Larurelle p r o p o n e de la no filosofía una comprensión en tanto q u e «real (de) I a ciencia», más allá del objeto de conocimiento: Philosophie el non-philosophie, lid. Mardaga. Pero no se pcrcibc por qué este re.d de la ciencia no es t a m b i é n no ciencia.

220


ÍNDICE

introducción. I.

7

FILOSOFÍA

1. 2. 3. 4. II.

Así pues la p r e g u n t a

¿ Q u e es u n c o n c e p t o ? El plano d e i n m a n e n c i a Los personajes c o n c e p t u a l e s Geofilosofía

filosofía, ciencia

lógica

y

5. Functores y c o n c e p t o s 6. Prospectos y c o n c e p t o s 7. Percepto, a f e c t o y c o n c e p t o Conclusión.

Del caos al c e r e b r o

.

21 39 63 86

a r t e

117 136 164 202


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