Revista usina da cultura Novembro 2014

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Revista Usina da cultura - ANO 2 - Edição especial - Novembro 2014 - Distribuição Online Gratuita

Usina da cultura

Edição especial online


A Usina da cultura é uma empresa preocupada com as questões que envolvem o meio ambiente e com a responsabilidade ambiental através de práticas sustentáveis. Cada um de nós tem sua parcela na conservação do equilíbrio da natureza e acreditamos que a soma de pequenas ações podem contribuir com a preservação de nosso planeta, como reciclar, reaproveitar, apagar as luzes, fechar a torneira, e um vasto etc… Por isso, a cada edição, há diversos artigos, com dicas e sugestões, incentivando o consumo consciente dos recursos naturais, seja com iniciativas individuais ou coletivas, que amenizam nosso impacto sobre o meio em que vivemos. Para que possamos refletir sobre nossas ações e ajudar o PLANETA a ser cada vez mais SUSTENTÁVEL, reunimos as principais reportagens sobre o tema, já publicadas na Usina, e preparamos esta edição especial. Você encontrará ainda um artigo inédito sobre Turismo Sustentável!

O futuro se faz agora. Preserve o meio-ambiente!


Sumário

Edição especial online Turismo sustentável P.06

Recicle seu lixo! P.08

Biodigestores P.22

Energia eólica P.10

Lixo eletrônico P.24

Planeta água P.12

Aquífero Guarani P.26

Aquecedor solar P.14

Poluição sonora P.28

Compostagem caseira P.16

Agricultura orgânica P.30

Pegada ecológica P.18

Minimalismo

Agrotóxicos P.20

Água

Reduza o consumo

P.32

Tenologias de purificação

P.34


A palavra sustentável tem origem no latim “sustentare” , que significa sustentar, apoiar, conservar. O conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma mentalidade, atitude ou estratégia que é ecologicamente correta, e viável no âmbito econômico, socialmente justa e com uma diversificação cultural.



TURISMO SUSTENTÁVEL Uma forma inteligente de atender aos turistas e regiões receptoras, protegendo e ampliando as oportunidades para o futuro.

O que é turismo sustentável? Segundo a OMT, o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos naturais, garantindo o crescimento econômico da atividade, ou seja, capaz de satisfazer as necessidades das presentes e futuras gerações. Portanto, o desenvolvimento turístico deve pautar por “economizar os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na medida do possível a produção de dejetos. Deve ser privilegiado e encorajado pelas autoridades públicas nacionais, regionais e locais”. (Artigo 3 Código de Ética - OMT).

O Turismo Sustentável deve, acima de tudo, buscar a compatibilização entre os anseios dos turistas e os das regiões receptoras, garantindo não somente a proteção do meio ambiente, mas também estimulando o desenvolvimento da atividade em consonância com a sociedade local envolvida. Desenvolver o turismo de forma sustentável implica em ações que sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas, isto é, que atendam as necessidades econômicas, sociais e ecológicas da sociedade, conforme destacado pela OMT, em seu artigo 3 do Código Mundial de Ética do Turismo: “A infra-estrutura deve ser concebida e as atividades turísticas programadas de forma que seja protegido o patrimônio natural constituído pelos ecossistemas e pela biodiversidade, e que sejam preservadas as espécies ameaçadas da fauna e da flora selvagens. Os agentes do desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem permitir que sejam impostas limitações ou obstáculos às suas atividades, quando elas forem exercidas em zonas particularmente sensíveis: regiões desérticas, polares ou de elevadas montanhas, zonas costeiras,

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florestas tropicais ou zonas úmidas, propícias à criação de parques naturais ou reservas protegidas”.

Importância do turismo sustentável nos dias atuais. O turismo sustentável surge como alternativa ao turismo de massa, pois tem a preocupação com a quantidade de pessoas que irão visitar as regiões receptoras. Neste sentido, o planejamento e a gestão do turismo devem estar atentos às questões ambientais, culturais e sociais, buscando minimizar os impactos da atividade e, fazendo com que os moradores locais estejam inseridos economicamente e socialmente.

Como o empreendedor turístico pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do turismo? Através do Planejamento de sua atividade o empreendedor deve buscar soluções que contribua para a sustentabilidade de sua atividade e da sociedade, gerando, desta forma, benefícios não somente para seus clientes, mas também para o local no qual está inserido. Para tanto, o empreendedor deverá buscar alternativas que minimizem seu impacto, como reúso de água, economia de energia e água, dentre outros. Fatores primordiais a serem observados no planejamento do turismo: - não adoção do turismo de massa; - desenvolver estruturas compatíveis com o meio ambiente em que se quer instalar; - demonstrar ao seu cliente o perfil de turismo que se pretende desenvolver.


Quais as modalidades podem colaborar com o desenvolvimento sustentável do turismo? O turismo de natureza, turismo rural e ecoturismo são consideradas modalidades de turismo que são mais sustentáveis, pois se desenvolvem em harmonia com o local. Contudo, o turismo de forma sustentável deve ser desenvolvido por todos, pois o não atendimento a essa nova realidade fará com que muitos destinos e empreendimentos estejam condenados economicamente, tendo em vista que perderão sua atratividade, em virtude dos impactos negativos causados pelo seu empreendimento. Este fato já é observado em vários lugares, justamente por não haver políticas públicas e comprometimento das empresas com efetiva sustentabilidade do turismo. Fonte: http://www.sustentavelturismo.com/2011/04/o-que-e-turismo-sustentavel.html

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Recicle seu lixo O Planeta agradece!

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oje, ecologia e meio ambiente se converteram em palavras habituais na linguagem de muitos seres no planeta. Poderíamos dizer que em muito pouco tempo desenvolvemos uma consciência global de que é nossa responsabilidade cuidar da Natureza, dos recursos que temos como o ar, a água, os bosques, a terra, as espécies animais e consequentemente a saúde e qualidade de vida do próprio ser humano. Diante deste compromisso de conhecimento e consciência, muitos países estão tomando iniciativas a procura de soluções viáveis, próximas, simples e efetivas, afim de preservar a riqueza dos recursos que possuímos. Assim temos exemplos de reciclagem do lixo, de descontaminação das águas, das leis de preservação ambiental, entre outros. O processo de reciclagem, além de preservar o meio ambiente, também gera riquezas. Os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Sua reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Atualmente, muitas indústrias reciclam estes materiais como forma de reduzir os custos de produção. Também podemos destacar que o benefício da reciclagem é fonte de geração de emprego nas grandes e pequenas cidades. Como forma de contribuir com ações concretas para a preservação do meio ambiente, podemos iniciar desde nosso lar, a reciclagem do lixo que produzimos. Para isto é necessário separar o lixo seco, o não reciclável e o orgânico. O lixo seco deverá estar limpo, sem resíduos de alimentos. O lixo orgânico também pode ser utilizado para fazer composto para adubar nossas plantas, trazendo assim benefícios para nossa horta e para o meio ambiente.

VEJA COMO FAZER A COMPOSTAGEM NA PÁGINA 16

LIXO SECO Vidro, alumínio, papel e plástico lavados para que não contenham restos de alimentos

LIXO NÃO RECICLÁVEL Todo resíduo que não encaixa nem como orgânico, nem como reciclável Ex. Pano, restos de varredura, etc

LIXO ORGÂNICO Restos de alimentos. Podem ser utilizados para fazer composto para as plantas de casa. Veja abaixo : Os resíduos orgânicos que podem ser levados à sua composteira são os seguintes:

- cascas e restos de hortaliças e frutas, - erva-mate, - borra de café, - restos de pão, - cascas de ovo esmagadas, - saquinhos de chá, - corte de grama, - galhos picados, - flores murchas, - folhagens. 9


Energia Eólica Entenda como funciona, quais são suas vantagens, evolução e perspectiva para o futuro.

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nergia Eólica é uma energia obtida do vento, gerada pelo efeito das correntes de ar e utilizada em beneficio das atividades humanas, principalmente para a produção de energia elétrica por meio de aero-geradores. Em 2011 a energia eólica gerou ao redor de 3% do consumo elétrico mundial. É um recurso abundante, renovável e limpo que ajuda a diminuir a emissão de gases do efeito estufa, pois substitui as termoelétricas a base de combustíveis fósseis. A energia do vento relaciona-se com o movimento das massas de ar que se deslocam desde áreas de alta pressão atmosférica a áreas de baixa pressão. Os ventos são gerados por causa do aquecimento não uniforme da superfície terrestre pela radiação solar, pois entre 1% e 2% da energia que provêm do sol, converte-se em vento. Os continentes absorvem uma quantidade menor de luz solar, por isso o ar que se encontra na superfície da terra se expande, se faz menos leve e se eleva. O ar mais frio e mais pesado que vem dos mares e oceanos ou grandes lagos, se movimenta e ocupa o lugar deixado pelo ar quente, produzindo os ventos. Para o aproveitamento da energia eólica se faz necessário um estudo minucioso sobre a variação dos ventos no local. Hoje em dia se utiliza particularmente para movimentar aero-geradores. Nestes, a energia eólica movimenta uma hélice e por médio de

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um sistema mecânico se faz girar o rotor de um gerador que produz energia elétrica. A concentração num mesmo local destes geradores, chama-se Parques Eólicos. Segundo a agência Reuters, em 13/02/2013, o Brasil liderou a expansão de energia eólica na América Latina em 2012. O Conselho Mundial de Energia Eólica diz que a capacidade instalada no Brasil cresceu de

O Brasil está atualmente em primeiro lugar entre os países latino-americanos que investem na energia eólica. 1.077 MW a 2.508 MW em 2012, enquanto que em toda a América Latina o total para o período passou de 2.280 MW a 3.505MW. Nesse contexto, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) diz que em 2012 se investiram aproximadamente 7 bilhões de reais no setor, enquanto há uma previsão de que em 2020 chegue a um investimento de 50 bilhões de reais.

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Produz um benefício econômico aos municípios pelo uso do solo e a criação de novos postos de trabalho. São instalações que podem movimentar-se e sua remoção deixa a zona totalmente recuperada.

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Não produz emissões na atmosfera nem gera resíduos, somente os da fabricação dos equipamentos e o óleo das engrenagens.

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Sua instalação é compatível com outros usos do solo. É uma fonte de energia segura e renovável.

Sua construção é rápida.

VANTAGENS DA ENERGIA EÓLICA:

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Planeta água Hoje é preocupação de muitos países a possível falta de água potável no planeta. Será que a água que consumimos é potável?

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elizmente, existe muita água no planeta. Quando fotografada do espaço, verificamos que ¾ da superfície terrestre está coberta por ela. Se tal fato fosse levado em conta, poderíamos chamar nosso planeta de Água, ao invés de Terra. Existe água suficiente para cobri-lo totalmente, mantendo uma profundidade média de 2.5 quilômetros. Não obstante, apesar de existir em tão grande quantidade no globo terrestre, pouco se pode dizer sobre sua potabilidade. Chama-se água potável aquela que podemos consumir ou beber sem que exista perigo para nossa saúde. A água potável não deve conter substâncias ou micro-organismos que possam provocar doenças e prejudicar à saúde das pessoas. Por isso, antes de que a água chegue em

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nossas casas, é necessário que seja tratada em depuradoras. Esta água chega a nossos lares através de redes de distribuição, limpa e potável. A água, disponível na natureza, em condições normais de temperatura e pressão, predomina em estado líquido e aparentemente é incolor, inodora e insípida e indispensável à toda e qualquer forma de vida. Essa água está disponível para toda a população, seja rural ou urbana. No ambiente rural não há o tratamento antecipado desse recurso, o que faz que se deva filtrar ou ferver a água que se consome, no entanto, nos centros urbanos quase sempre se faz necessário realizar uma verificação da qualidade e grau de contaminação, uma vez que nas proximidades das cidades os córregos e rios são extremamente poluídos.


A água potável, ou mesmo água doce disponível na natureza, é bastante restrita como podemos ver no gráfico. Esses percentuais nos mostram que apenas 2,4% da água é doce, porém, somente 0,02% está disponível em lagos e rios que abastecem as cidades e pode ser consumida. Desse restrito percentual, uma grande parcela encontra-se poluída, diminuindo ainda mais as reservas disponíveis. De toda a água doce do planeta, 80% forma os polos e regiões geladas da Terra, 19 % é água subterrânea e 0,7% está formando parte da atmosfera. Como alerta à população mundial, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou uma nota com uma previsão de que até 2050, aproximadamente 45% da população não terá a quantidade mínima de água. Diante desta realidade cabe a nós a responsabilidade de racionalizar o uso da água, cuidando de não desperdiçá-la e contaminá -la, se quisermos que a vida continue neste maravilhoso planeta.

Como alerta à população mundial, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou uma nota com uma previsão de que até 2050, aproximadamente 45% da população não terá a quantidade mínima de água.

Distribuição da água no planeta

97%

0,009% Água doce de lagos 0,008% Água salgada de lagos

Oceanos 2,08% Pólos e geleiras

0,29% Água subterrânea

0,005% Água misturada no solo 0,00009% Rios 0,00009% Vapor d’ água na atmosfera

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É um sistema que aproveita o calor do Sol para esquentar a água. Este possui dois componentes principais: o coletor solar (placas ou painéis) e o reservatório térmico. O aquecedor solar pode aquecer a água para o banho e a cozinha, aquecer ambientes e também fluidos industriais, além de ser usado na secagem de produtos. É a aplicação da energia solar mais usada no Brasil e no mundo . O aquecedor solar tem um ou mais coletores e um ou mais reservatórios térmicos. A água sai do reservatório e passa pelos coletores. São eles que absorvem o calor do sol para esquentar a água, que uma vez aquecida volta para o reservatório. O reservatório térmico não tem chaves PA e daí ela segue para ser utilizada. Uma caixa de água abastece o reservatório com água fria para que nunca fique vazio. Essa caixa pode até ser a mesma que alimenta o restante da casa.

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Reservatório térmico

Reservatório

Coletores

Explicação do esquema acima:

- Mas... peraí, uma pergunta: Com o aquecedor solar posso tomar banho mais longo sem nenhuma preocupação?

A água fria vem do reservatório para a serpentina. Os coletores absorvem o calor do sol e assim esquentam a água que segue para o reservatório térmico. Aí a água se mantém quente até a hora do uso.

- Não é bem assim, apesar de você estar economizando energia elétrica, ainda estará consumindo água . Para que sua economia seja real, precisa ter cuidado com o seu consumo. Além disso ela é um recurso natural cada vez mais escasso. Sejamos conscientes de seu uso.

Funcionamento básico do coletor: Quando os raios do sol atravessam o vidro da tampa do coletor, eles esquentam as aletas. As aletas são feitas de alumínio ou cobre e pintadas com uma tinta especial e escura que ajuda na absorção da radiação solar. O calor passa das aletas para os tubos, ou seja a serpentina. Daí a água que está dentro da serpentina esquenta e vai direto para o reservatório. Sistema auxiliar: Para nunca faltar água quente, todo aquecedor solar tem um sistema auxiliar. Quando o tempo fica muito nublado ou chuvoso por vários dias, o sistema auxiliar elétrico ou a gás entra em ação e a pessoa pode usar água aquecida sem dificuldade.

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COMPOSTAGEM

Caseira

Basta seguir algumas dicas que a decomposição da matéria orgânica vai desencadear a produção de um composto de excelente qualidade. A decomposição é um processo biológico que necessita de água, ar e nutrientes.

Como escolher o local para a composteira ? - Local disponível perto de casa e de fácil acesso - Observar que não incomode aos vizinhos - Verificar se é sombreado ou coberto para protegê-la do excesso de água da chuva - Escolher o tipo de composteira É importante lembrar que é possível reutilizar os materiais já existentes em sua casa para criar a composteira: madeira, tijolos ou tela

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Como fazer a compostagem? - Colocar na cozinha um recipiente especialmente para os resíduos orgânicos. (Este material será colocado diariamente na composteira e poderá ser coberto com material seco, folha ou terra). Importante: Não utilizar restos de alimentos cozidos ou com sal - Deve-se observar uma proporção constante entre resíduos verdes (cascas de frutas, restos de hortaliças, borra de café...) e resíduos marrons (serragem, folhas, podas em geral, aparas de grama...), ou seja a mesma quantidade de cada uma. - Ao final de 4 meses , aproximadamente, pode-se retirar o COMPOSTO pronto. É bom peneirar esse material para o caso de existirem materiais graúdos que não foram compostados. Esses materiais poderão ser recolocados novamente na composteira pois aceleram o processo de decomposição do material mais novo. Dica: os resíduos mais difíceis de compostar como ramos e folhas secas devem ser picados e misturados com os mais fáceis de compostar como cascas de frutas, hortaliças e corte de grama.

Como controlar a compostagem? É importante seguir alguns itens para que a compostagem fique boa. - Manter a umidade: nem muita, nem pouca. É bom molhar quando estiver seco e deixar secar. - Colocar folhas secas e serragem quando estiver úmido demais. - Misturar bem: Favorece que a matéria orgânica se transforme por igual. - Manter arejado: O resíduo se compacta naturalmente impedindo a entrada de ar, por isso é necessário revirar os resíduos. - Cobrir a composteira: Protege do sol, do vento, da chuva, da umidade excessiva. Pode cobri -la com plástico, pedaço de telha ou qualquer material que disponha em casa. Dica: revirar o composto pelo menos uma vez por semana e controlar a umidade, de preferência irrigá-lo com água de chuva.

Quando o composto está pronto?

Palha

Caracteriza-se por: -

Aspecto homogêneo Cor escura (marrom café) Cheiro agradável de terra de floresta Grãos pequeno onde não se distingue o material de origem - Não aquece após o reviramento

Folhas Erva com sementes

Cascas cítricas

Restos de jardim Composto do ano passado

Galhos

Cova

Fonte: Folheto Prefeitura de Porto Alegre

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Pegada Ecologica Um pouco de história

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ocê já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa “pegadas”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta. Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano. Já a bio-capacidade, representa a capacidade dos ecossistemas em produzir recursos úteis e absorver os resíduos gerados pelo ser humano. Sendo assim, a Pegada Ecológica contabiliza os recursos naturais biológicos renováveis (grãos e vegetais, carne, peixes, madeira e fibras, energia renovável etc.), segmentados em Agricultura, Pastagens, Florestas, Pesca, Área Construída e Energia e Absorção de Dióxido de Carbono (CO2).

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No início da década de 90, os especialistas William Rees e Mathis Wackernagel procuravam formas de medir a dimensão crescente das marcas que deixamos no planeta. No ano de 1996, os dois cientistas publicaram o livro Pegada Ecológica – reduzindo o impacto do ser humano na Terra, apresentando ao mundo um novo conceito no universo da sustentabilidade. A Pegada Ecológica foi criada para nos ajudar a perceber o quanto de recursos da Natureza utilizamos para sustentar nosso estilo de vida, o que inclui a cidade e a casa onde moramos, os móveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, aquilo que comemos, o que fazemos nas horas de lazer, os produtos que compramos e assim por diante. Para o WWF-Brasil, a Pegada Ecológica não é apenas uma nova forma de se trabalhar as questões ambientais, às quais se dedica desde 1971, ano em que a Rede WWF iniciou suas atividades no Brasil. A Pegada é também uma ferramenta de leitura e interpretação da realidade, pela qual poderemos enxergar, ao mesmo tempo, problemas conhecidos, como desigualdade e injustiça, e, ainda, a construção de novos caminhos para solucioná-los, por meio de uma distribuição mais equilibrada dos recursos naturais, que se inicia também pelas atitudes de cada indivíduo.

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Seu estilo de vida diz qual é sua pegada ecológica Água: Já pensou quanto de água consome

por dia? Hoje somos 6 bilhões de habitantes no planeta e consumimos em média 40 litros de água por pessoa. Um europeu gasta de 140 a 200 litros de água por dia, um norte-americano, de 200 a 250 litros, enquanto em algumas regiões da África há somente 15 litros de água disponíveis a cada dia para cada morador.

PONDO EM PRÁTICA ALGUNS DESTES PEQUENOS CONSELHOS VOCÊ PODE CONTRIBUIR A REDUZIR A PEGADA ECOLÓGICA 1- Reduzir, reutilizar e reciclar, nesta ordem de prioridade poupa grandes quantidades de recursos não renováveis e contaminação. 2- Poupar no consumo,

usando por exemplo, produtos de baixo consumo, transporte público e poupando água.

3- Gerar o menor número

possível de resíduos, evitando produtos de um só uso ou levando a um ponto limpo para seu tratamento, produtos perigosos ou tóxicos.

Energia Elétrica: Diariamente, você faz funcionar luzes e eletrodomésticos como chuveiros, computadores, liquidificadores etc. Também ouve música ou notícias no rádio, assiste programas de TV, lava e seca roupas em máquinas, usa elevadores, climatização de ambientes (ar condicionado ou aquecedores). Já pensou quanta energia é necessário produzir para par fazer tudo isso funcionar? Alimentação: Muitas pessoas comem mais do que o necessário. Comer em grande quantidade não garante uma boa saúde, pelo contrário. A alimentação é um item muito importante da nossa qualidade de vida, mas, além disso, uma dieta natural e equilibrada é bastante favorável à preservação dos ambientes. O consumo de alimentos orgânicos ou naturais ajuda a diminuir o uso de agrotóxicos e o equilíbrio alimentar leva uma exploração menos irracional dos recursos do planeta, reduzindo, em muitos aspectos, nossas pegadas. Não faltam alimentos no mundo e sim uma distribuição mais justa. Consumo e descarte: Sabe que quanto mais consumimos, mais lixo produzimos?

Transportes: Quanto se desloca por dia

e de que forma? A maioria dos meios de transporte que utilizamos em nosso cotidiano utilizam combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis. A fonte energética que vem do petróleo, do carvão e do gás natural, polui o ar, principalmente nos grandes centros urbanos, devido a grande quantidade de automóveis.

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aumento exacerbado da população humana, chegando a 7 bilhões em 2011, desencadeou o crescimento da demanda por alimentos. Nessa perspectiva, o setor agrícola tem sido direcionado para o desenvolvimento de sistemas que priorizam minimizar as perdas, e que ao mesmo tempo eleve a produtividade dos cultivos. O uso de biocidas engrenou no mundo com a Revolução Verde, modelo baseado no uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos na agricultura, cujos produtos originaram-se do arsenal da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, um dos programas que impulsionou o uso de biocidas na agricultura foi a criação do Sistema Nacional de Crédito Rural, em 1965, que vinculava a obtenção de crédito agrícola à obrigatoriedade da compra de agrotóxicos pelos agricultores, ou seja, fazendo com que se fortalecesse o fluxo de mercadorias desse gênero em todo o país. “[...] a palavra biocida significa ‘mata a vida’. Este termo inclui também organismos não alvos, atingidos no amplo espectro destes produtos químicos” (MORAGA & SCHNEIDER, 2003). Isto é, esses “organismos não alvos” referem-se a nós e todos os outros seres vivos. Umas das questões mais preocupantes no âmbito da saúde humana com relação ao consumo de agrotóxicos são os sintomas crônicos, estes podem ser diagnosticados até anos depois do contato, seja indireta ou diretamente. Dor de cabeça, tonturas, tosse, agitação, diarreia, são alguns sintomas que podem ser causado por intoxicação, contudo estes sintomas podem ser consequências de vários outras causas. Ou seja, a intoxicação

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crônica é difícil de diagnosticar, pois os sintomas iniciais se mascaram em outras possíveis doenças. Ao contrário das agudas, quando a pessoa já apresenta sintomas mais graves como dificuldade respiratória, hemorragia, câncer, convulsões, coma e morte. Este último pode ser, também, consequência de forte depressão, por parte dos trabalhadores rurais, fato que já é foco de muitas pesquisas científicas. Hoje, com todas as fontes de informação que estão a nossa disposição, é impossível não estar ciente desses dados básicos sobre o assunto que são a ponta do iceberg! As pessoas não estão em busca de alimentos realmente saudáveis, pois uma alface ou uma maçã há muito tempo deixou de ser visto assim, pelo menos para quem sabe como esse alimento foi produzido. Ao invés de buscar seu direito por uma melhor qualidade de vida, para a presente e futuras gerações, a população exige que o alimento seja lustroso, grande, sem bicho, que não tenha absolutamente nem um “machucadinho” e principalmente, que o custo seja baixo. O problema não são os agrotóxicos, mas sim a nossa visão de mundo, de sistemas inter-relacionados que regem a vida na Terra. “Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará”. Cacique Seattle. Texto: Thuani Farias

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BioDIGESTORES B

iodigestor é um tanque protegido do contato com o ar atmosférico, onde a matéria orgânica contida nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias (que se desenvolvem em ambientes sem oxigênio). Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (Biogás), uma parte sólida que decanta no fundo do tanque (Biofertilizante), e uma parte líquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado). O Biofertilizante apresenta alta qualidade para uso como fertilizante agrícola. O Biogás é um gás inflamável produzido por microorganismos, quando matérias orgânicas são fermentadas dentro de determinados limites de temperatura, teor de umidade e acidez, em um ambiente impermeável ao ar. O metano, principal componente do biogás, não tem cheiro, cor ou sabor, mas os outros gases presentes conferem-­lhe um ligeiro odor de alho ou de ovo podre. O biogás por ser extremamente inflamável, oferece condições para: • • • • • • • •

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Uso em fogão doméstico; Uso em lampião; Uso como combustível para motores de combustão interna; Uso em geladeiras; Uso em chocadeiras; Uso em secadores de grãos ou secadores diversos; Uso na geração de energia elétrica; Aquecimento e balanço calorífico.

A redução das necessidades de lenha poupa as matas. A produção de biogás representa um importante meio de estímulo a agricultura, promovendo a devolução de produtos vegetais ao solo e aumentando o volume e a qualidade de adubo orgânico. Os excrementos fermentados aumentam o rendimento agrícola. O biogás, substituindo o gás de petróleo no meio rural, elimina também os custos do transporte de bujão de gás dos estoques do litoral ao interior. O uso do biogás na cozinha é higiênico, não desprende fumaça e não deixa resíduos nas panelas. O desenvolvimento de um programa de biogás também representa um recurso eficiente para tratar os excrementos e melhorar a higiene e o padrão sanitário do meio rural. O lançamento de dejetos humanos e animais num digestor de biogás soluciona os problemas de dar fins aos ovos dos esquistossomos e de bactérias, bacilos desintéricos e paratíficos e de outros parasitas. A tecnologia de biodigestores já tem pelo menos duas décadas no Brasil. Iniciou­-se com modelos provenientes da China e Índia. No entanto, o Brasil teve algumas dificuldades na sua implementação, fazendo com que esta tecnologia caísse no descrédito no meio rural. Nestas duas décadas houveram avanços tecnológicos significativos que possibilitaram a solução de várias dificuldades. Assim, o modelo de biodigestor adotado para o Biossistema Integrado agrega avanços, além de levar em conta a simplicidade de manejo e baixo custo de construção.

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Os objetivos dos biodigestores podem variar de localidade para localidade, podem ser empregados na obtenção de combustível de alta qualidade para as áreas rurais, sendo, ao mesmo tempo, preservado o valor do efluente como adubo; podem visar atender ao duplo objetivo de produção de energia e de tratamento de dejetos, principalmente de animais em fazendas, o que possibilita o manuseio de um material sem odores. O Brasil dispõem de condições climáticas favoráveis (localidade de clima tropical onde a temperatura é praticamente constante, com média acima de 20°C, os digestores dispensam sistemas adicionais para aquecimento) para explorar a imensa energia derivada dos dejetos animais e restos de cultura e liberar o gás de bujão e o combustível líquido (querosene, gasolina, óleo diesel) para o homem urbano aliviando com isso o país de uma significativa parcela de importação de derivados do petróleo. Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/biodigestores.html

Partes de um Biodigestor

1- Um ponto ou câmara de

entrada da matéria orgânica. 2-Uma câmara onde se produz a biodigestão com uma saída para o biogás. (3) 4-Uma câmara que recolhe a matèria orgânica já digerida, e é apta para usar como fertilizante.

Para saber mais escaneie o código abaixo ou acesse: http://www.sitiosolar.com/ biodigestion%20en%20 granjas.htm#sthash. Y2999qLt.dpuf

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LIXO ELETRÔNICO O que é ? Podemos definir como lixo eletrônico ou e-lixo tudo o que é proveniente de equipamentos eletro-eletrônicos, incluindo celulares, computadores, impressoras etc. Milhares de aparelhos são descartados diariamente e, com a rapidez da tecnologia, cada vez mais o consumidor quer substituir seus aparelhos por outros mais modernos, mesmo que os “antigos” ainda estejam funcionando. O lixo eletrônico causa um grave problema para o meio ambiente, pois consome uma enorme quantidade de recursos naturais em sua produção. Um único laptop, por exemplo, exige 50 mil litros d’água em seu processo de fabricação. Além disso, se considerarmos que a vida útil desses equipamentos é muito curta - a de um computador gira em torno de três anos, e a de um celular, cerca de dois anos podemos ter dimensão da quantidade de lixo que o descarte de eletrônicos significa. A parte mais grave é o conteúdo do e-lixo, que inclui metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, além de outros elementos tóxicos. Por este motivo, esses resíduos precisam de tratamento adequado para não causar danos à saúde e ao meio ambiente.

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O problema que ele causa no mundo Somente os brasileiros descartam cerca de 500 mil toneladas de sucata eletrônica todo ano. De acordo com o Greenpeace, os eletrônicos rejeitados em todo o mundo somam mais de 50 milhões de toneladas de lixo anuais. No Brasil, cerca de um milhão de computadores são jogados no lixo anualmente. Além disso, de 10% a 20% de celulares entram em inatividade no mesmo período. Estes materiais já representam 5% dos detritos produzidos pela população mundial. A estimativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é de que, até 2030, o Brasil produzirá 680 mil toneladas/ano de resíduos eletrônicos, e cada brasileiro será responsável pela geração de 3,4 quilos de lixo digital. Outro dado preocupante é que, até 2020, o volume de resíduos procedentes de computadores crescerá 400% em países como a Índia e a África do Sul.

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Se você quer ser ambientalmente responsável no que se refere ao seu lixo eletrônico, siga as orientações abaixo:

1. Exercite o consumo consciente. Antes de comprar um aparelho, verifique se: A. você realmente precisa dele; B. o aparelho possui sistema de economia de energia (se não tiver, não compre) C. a empresa produtora oferece sistema de recolhimento e reciclagem, quando você quiser se desfazer do equipamento (como são poucas as empresas que oferecem esse serviço, não dá para descartar todas as outras. Mas dê preferência aos produtos de empresas mais responsáveis).

2. Preserve recursos naturais. Durante o uso, siga as recomendações do fabricante para redução do uso de energia e para aumentar a durabilidade do aparelho e/ou das baterias. Não deixe os aparelhos ligados sem necessidade.

3. Amplie a vida útil de seu equipamento. Não se desfaça do aparelho por “modismos”. Troque apenas quando realmente for impossível continuar com o que você já tem. 4. Responsabilize-se pelo destino de seu lixo eletrônico. Para descartar o equipamento usado, entre em contato com instituições que possam reutilizá-lo. Se não houver como reutilizar seus equipamentos, garanta que a sucata eletrônica será reciclada adequadamente, doando seus resíduos preferencialmente para cooperativas de catadores capacitadas. Fonte: http://www.institutogea.org.br/ecoeletro/index. php/2011/03/15/o-que-e-o-lixo-eletronico.html

Jogue fora do modo correto! Em São Francisco de Paula, Recolhimento de lixo eletrônico Você pode levar diariamente na Prefeitura Municipal, onde há uma caixa de coleta. Av. Júlio de Castilhos 444. Centro/ Mais informações: 3244-3214 25


Aquífero Guarani A

quífero é um grande reservatório de águas subterrâneas localizado a centenas de metros de profundidade. Pesquisas indicam que o território brasileiro abriga 27 aquíferos, sendo que o maior em extensão e em volume de água é o Aquífero Guarani. Com cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o Aquífero Guarani está presente em quatro países sul-americanos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Aproximadamente 70% desse reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A estrutura geológica da região que abrange o Aquífero Guarani é responsável pelo armazenamento de água no subsolo. Essa área é formada por rochas sedimentares, muita areia e pouca argila, características que facilitam a absorção das águas das chuvas, que, após absorvidas, ficam confinadas em rochas impermeáveis a centenas de metros de profundidade. A quantidade exata de água armazenada nesse aquífero ainda é uma questão a ser esclarecida. No entanto, estimativas apontam para uma média de aproximadamente 40 trilhões de metros cúbicos. Esse potencial é explorado através da perfuração de mais de mil poços com profundidades de 100 a 300 metros, fornecendo água para milhares de pessoas no país. Apesar da importância do Aquífero Guarani, as atividades humanas, sobretudo as industriais e agrícolas, têm provocado a contaminação da água. Os maiores vilões desse processo são o agrotóxico utilizado na agricultura e o vinhoto (resíduo da destilação fracionada da cana-de-açúcar), que atingem o reservatório. Com intuito de utilizar a água do aquífero de forma sustentável e planejada, está sendo desenvolvido o Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani. Esse projeto, elaborado em conjunto pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, visa ao uso racional da água e sua preservação. http://www.brasilescola.com/brasil/aquifero-guarani.htm

Nas margens do aquífero, a erosão expõe pedaços de arenito. São os chamados afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação pode acontecer. 26

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Aquífero Guarani

Maior reserva subterrânea de água da América do Sul e uma das maiores do mundo, o Aquífero Guarani se estende por Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina. 27


Já ouviu falar de

Poluição sonora? A

poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal de audição. Embora ela não se acumule no meio ambiente, como outros tipos de poluição, causa vários danos ao corpo e à qualidade de vida das pessoas. O ruído é o que mais colabora para a existência da poluição sonora. Ele é provocado pelo som excessivo das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte, áreas de recreação, etc. Estes ruídos provocam efeitos negativos para o sistema auditivo das pessoas, além de provocar alterações comportamentais e orgânicas.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som deve ficar em até 50 db (decibéis – unidade de medida do som) para não causar prejuízos ao ser humano. A partir de 50 db os efeitos negativos começam. Alguns problemas podem ocorrer a curto prazo, outros levam anos para serem notados. Efeitos negativos da poluição sonora na saúde dos seres humanos: · Insônia (dificuldade de dormir) · Estresse · Depressão · Perda de audição · Agressividade · Perda de atenção e concentração · Perda de memória

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· Dores de Cabeça · Aumento da pressão arterial · Cansaço · Gastrite e úlcera · Queda de rendimento escolar e no trabalho · Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído) Recomendações importantes: Para evitar os efeitos nocivos da poluição sonora é importante: evitar locais com muito barulho; escutar música num volume de baixo para médio; não ficar sem protetor auricular em locais de trabalho com muito ruído; escutar walk man ou mp3 player num volume baixo, não gritar em locais fechados, evitar locais com aglomeração de pessoas conversando, ficar longe das caixas acústicas nos shows de rock e fechar as janelas do veículo em locais de trânsito barulhento. Curiosidade: Nível de ruído provocado (aproximadamente – em decibéis) - música baixa (40 db) - caminhão (100 db) - britadeira (110 db) - buzina de automóvel (110 db) - show musical, próximo as caixas de som (acima de 130 db) Além disso tudo, como diz um velho ditado, nossa liberdade termina onde começa a do outro. Por isso devemos tentar respeitar, entre muitas outras coisas, os ouvidos das pessoas que estão ao nosso redor! http://www.suapesquisa.com

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AquĂ­fero Guarani

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Agricultura Orgânica A

agricultura orgânica tem crescido a taxas elevadas no Brasil. Segundo dados divulgados em 2013 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o mercado de produtos orgânicos se expande de 15% a 20% ao ano, abastecido por cerca de 90 mil produtores, dos quais aproximadamente 85% são agricultores familiares.

A agricultura convencional, que se difundiu em escala planetária a partir da chamada “revolução verde”, durante as décadas de 1960 e 1970, baseia-se, grosso modo, em: monoculturas; uso intensivo de compostos químicos sintéticos para melhoramento do solo e controle de pragas; uso de maquinário no processo de produção, do preparo do solo após-colheita; uso de sementes geneticamente adaptadas ao modelo de produção, e uso de fontes exógenas de energia em relação ao espaço produtivo, causando riscos ao produtor e ao consumidor, além de danos ambientais. Já a agricultura orgânica, segundo definição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, é um sistema de produção que exclui amplamente o uso de fertilizantes e agrotóxicos e pesticidas sintéticos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal. Esta, baseia-se num modelo tradicional de produção, retomando antigas práticas agrícolas, proporcionando maior equilíbrio aos ambientes naturais, através de práticas como: melhoramento de sementes, rotação de culturas, utilização de estercos animais, adubação verde pelo uso de leguminosas, biofertilizantes, minerais naturais e reaproveitamento de materiais orgânicos, tudo isso visando me-

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lhorar a estrutura e a produtividade do solo, fornecer nutrientes para as plantas, controlar insetos, ervas daninhas e outras pragas.

Inovações tecnológicas Uma pesquisa, conduzida por Mauro José Andrade Tereso, professor associado da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), investigou as condições de trabalho e a inovação tecnológica no setor, trazendo as seguintes conclusões: Diante da ausência de ofertas tecnológicas no mercado, os agricultores orgânicos buscam soluções criativas e promovem a inovação, não apenas trazendo novos aportes tecnológicos para dentro da propriedade, mas desenvolvendo tecnologias muito específicas lá mesmo, bem como o desenvolvimento de soluções tecnológicas na forma de processos, de organização do trabalho e de comercialização de seus produtos. “Essa foi uma das conclusões mais interessantes de nossa pesquisa”, comentou Tereso. “Na agricultura convencional, o agricultor trabalha muitas vezes com um único tipo de produto, por exemplo, alface ou tomate. Já na agricultura orgânica, é comum os agricultores trabalharem com 15, 20, às vezes 60 itens diferentes. Encontramos uma propriedade com mais de 100 itens hortícolas produzidos, onde a família executava todas as tarefas no sistema de trabalho”, prosseguiu o pesquisador. “O Brasil é hoje o maior produtor de açúcar orgânico do mundo. Em meados da década de 1980, quando iniciou suas atividades, a produtividade da maior empresa do setor era infe-


rior à metade da média nacional. De lá para cá, essa empresa desenvolveu tecnologias próprias (maquinários, equipamentos, novos processos agronômicos, controle biológico de pragas etc.). Hoje, sua produtividade é 80% superior à média nacional. Isso mostra que, quando se conjugam conhecimentos tão abrangentes dos processos produtivos com recursos tecnológicos, a produtividade pode alcançar níveis surpreendentes, afirmou o pesquisador. Texto adaptado: exame abril Colaboração: Lougan Ribeiro

“...é um sistema de produção que exclui amplamente o uso de fertilizantes e agrotóxicos e pesticidas sintéticos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal. “

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Minimalismo

Uma ótima alternativa ao consumo desenfreado

E

u não me lembro do primeiro texto ou blog que li sobre o minimalismo, lembro que procurava ideias para decorar minha casa própria, quando eu tivesse uma. Queria uma casa limpa, organizada, funcional, diferente de mim. Fiquei encantada com os espaços, e como cada móvel tinha um valor real, ele era prático, adaptável à realidade do local e de uma simplicidade maravilhosa. Isto acabou se revelando bem mais do que o simples ato de decorar, planejar e montar uma casa, o minimalismo podia ser encarado como um estilo de vida. Felizmente, não precisei procurar muito pela web para encontrar inúmeros blogs e descobrir que, mesmo sem conhecer nada sobre tal assunto, eu tinha um desejo de destralhar (um verbo muito comum entre os minimalistas) muitas coisas da minha vida. Mas afinal, o que é o minimalismo? Minimalismo é um estilo de vida que defende uma ideia muito simples; livrar-se de TUDO que não for essencial, útil/bonito, e não fizer a sua vida melhor, não fizer de você um SER HUMANO melhor! Hoje, também pode ser considerado um movimento, uma resposta ao consumismo desenfreado, apesar dos alertas que a natureza nos dá, à ostentação e extravagância, e ao acúmulo de sonhos em plástico-bolha. É sério que você precisa madrugar na fila para ter um Iphone n° 32? Se ainda fosse o oitavo livro do Harry Potter… Eu seria a 1ª! Não, não falo sério! No começo, você pode começar por limpar uma gaveta, em abrir o guarda-roupa e ver a quantidade absurda de roupas que você não usa mais, em olhar a fatura do seu cartão de

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crédito e ver aqueles R$ 120,00 gastos em band-aid coloridos da Barbie, em analisar a real importância de ter 50 potes de cosméticos, 100 pares de calçados e o motivo que faz você insistir em relações vazias. O principal objetivo do minimalismo é focar naquilo que de fato importa. Não precisamos adoecer seriamente, perder alguém que amamos ou ver o trabalho de uma vida toda desmoronar em frente aos nossos olhos para que isso aconteça. Só precisamos abrir os olhos e ver. O mais incrível do minimalismo é que quando você se pergunta se precisa de tantas coisas, tantos compromissos inadiáveis, estar conectado o tempo todo, estar fazendo isso ou aquilo, a resposta pode ser libertadora, assustadora e por que não, divertida? Comece hoje mesmo! Comece agora! Defina suas prioridades- o que é de fato essencial, o que nem por um instante sequer você consegue viver sem. Pode ser passar mais tempo com a família, encontrar os amigos, cuidar da saúde... Limpe sua caixa de e-mails e se não for pedir demais, limpe o quarto também, os pais agradecem!

Minimalismo é um estilo de vida que defende uma ideia muito simples; livrar-se de TUDO que não for essencial, útil, bonito, e não fizer a sua vida melhor, não fizer de você um SER HUMANO melhor!

Ande devagar- pra que tanta pressa? Veja as coisas pelo que elas são- Se uma coisa não é útil, não é bonita, se só atrapalha, se não é usada, essa coisa é tralha e pode ir fora - mas não necessariamente para o lixo. Pode vender ou doar a alguém que precise. Para mim a beleza do minimalismo é ter tempo! Uma dica: Comece. Texto: Tânia Quadros da Silva

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Água

A importância da água para a vida é inegável. Não há ser vivo sobre a face da Terra que possa prescindir de sua existência e sobreviver. Mas, assim como sua presença cria condições para a vida, a qualidade da água também pode representar um sério risco à saúde. Diante das necessidades, técnicos de todo o mundo desenvolveram métodos para suprir a indústria com água dentro dos parâmetros necessários.

S

e em outras épocas bastava procurar uma fonte ou um rio próximo para se abastecer, atualmente o consumo seguro da água depende da qualidade do tratamento pelo qual ela passa. Com o crescimento das cidades, o suprimento de água passou a depender da retirada do precioso líquido de mananciais. Porém, se chegam às residências, comércio e indústria em condições de consumo, é devolvida ao meio ambiente praticamente sem tratamento. Em virtude disso, as enfermidades e mortes provocadas pela ingestão de água de qualidade inadequada são absurdamente grandes. Segundo a ONU - Organizações das Nações Unidas, a cada dia morrem 25 mil pessoas no mundo, na maioria crianças, em consequência de doenças causadas pela água contaminada. No Brasil, essa situação é responsável por 65% das internações hospitalares e 40% das mortes infantis. A implantação de novos sistemas de tratamento e abastecimento e o correto tratamento de esgotos sanitários, bem como a expansão da rede existente torna-se uma necessidade para o fornecimento de água dentro de padrões internacionais de potabilidade. Mas não é apenas para o consumo humano que a água precisa ser tratada para ser aproveitada. Não é porque a água tem especifica-

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ções para o consumo humano que estará apta à elaboração de medicamentos, alimentos, cosméticos e ou matérias-primas químicas e farmacêuticas. Toda a instalação de água para processo relacionada com os produtos para a saúde necessita de adequação da água potável.

Tecnologias para purificação da água

Diante das necessidades que se apresentaram, técnicos de todo o mundo desenvolveram métodos para suprir a indústria com água dentro dos parâmetros necessários. Entre essas técnicas, destacam-se:

Dessalinização: processo que elimina os sais dissolvidos na água. O objetivo da dessalinização é produzir água com pouco conteúdo salino para empregá-la em diversas atividades industriais, tais como produção de vapor em caldeiras, semi-condutores, indústria farmacêutica, alimentícia, etc. Desmineralização: apresenta duas variantes a troca iônica e a osmose reversa.

Troca iônica: este processo baseia-se no emprego de resinas sintéticas de troca iônica. As resinas sequestram os sais dissolvidos


na água por meio de uma reação química, acumulando-se dentro de si mesma. Por este motivo, periodicamente, as resinas precisam ser regeneradas com ácido e soda cáustica (reação química reversa) para remover os sais incorporados, permitindo o emprego das resinas em um novo ciclo de produção, e assim sucessivamente por anos.

Osmose reversa: nesse processo empre-

gam-se membranas sintéticas porosas com tamanho de poros tão pequenos que filtram os sais dissolvidos na água. Para que a água passe pelas membranas, é necessário pressurizar a água com pressões maiores de 10 kgf/ cm2. Os fabricantes de membrana se esforçam com sucesso para desenvolver novos produtos/membranas que filtrem mais sais com pressões menores, ou seja, mais eficientes.

Destilação: baseia-se na produção de vapor por aquecimento da água condensada praticamente isenta dos mesmos.

Extraído de: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/tecnologia_para_tratamento_de_agua.html

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Escaneie o código acima com alguma aplicação de leitor de código QR, e desfrute lendo a revista em seu dispositivo móvel!


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