Universidade Presidente Antônio Carlos Comunicação Social – 4° Período de Jornalismo Disciplina: Estética e Comunicação de Massa Professor: Cristiano Otaviano Alunos: Flávia Monteiro, Ivone Gruppi, Meire Esther e Vágner Benatti
Resenha MORIN, Edgar – “Juventude”, “A cultura planetária”, in: Cultura de massas no século XX, O espirito do tempo, 1 - Neurose. Rio de Janeiro, Forense, 1967, p. 147-165.
Juventude Os capítulos “Juventude” e “A cultura planetária” tratam desses temas frente aos padrões impostos por uma cultura de massas na forma de mitos condicionadores ao consumo. Enumeraremos os principais argumentos e assertivas do texto de Edgar Morin: O autor começa traçando um paralelo entre o grupo arcaico e a modernidade atual comparando os papéis de homens jovens, adultos e velhos nessas sociedades. Antes do desenvolvimento das civilizações, a velhice detinha a autoridade e a sabedoria. Depois, agora, observa-se uma degradação daquela autoridade. No grupo arcaico, havia ritos que garantiam um rompimento com a infância quando cada indivíduo se tornava adulto. Com a civilização, atualmente, o acesso a idade adulta é abrandado pela forte ligação com o ambiente familiar que interfere na formação do indivíduo dificultando o rompimento com a figura materna. “O essencial não é mais a experiencia acumulada, mas a adesão ao movimento”. Quando antes o homem adulto se impunha, hoje sofre concorrência do homem jovem e até do rapaz nos momentos de crise, como em vários movimentos revolucionários. A figura paternal, mesmo senil, responde pelos restabelecimentos reacionários. Num movimento de degerontocratização, ou retirada dos velhos dos lugares de influência e prestigio sociais, vemos um “rejuvenescimento dos quadros” (ministros jovens, técnicos e jovens universitários ocupando aqueles lugares – pedocratização). “Não há mais sabedoria”. O impulso juvenil contrasta com a sabedoria dos velhos. A juventude, caracterizada pela “adesão ao movimento” numa sociedade de transformações rápidas como a nossa, acelera o desenrolar da história. A experiencia acumulada dos velhos constitui um anacronismo, um disparate. A “subida universal dos jovens nas hierarquias corresponde à desvalorização universal da velhice”. Na história temos, por exemplo, o romantismo, que “é um imenso movimento de fervor e de desencantamento juvenis”, e os jovens Hegel e Marx, que operaram uma revolução mental do homem discutindo um novo homem e um novo mundo. Rompia-se com o Velho Mundo, com a valorização da sabedoria e com Deus. A partir de 1950, manifesta-se o movimento da nouvelle vague, quando opera-se uma promoção massiva da juvenilidade no cinema, na costura, na musica, na literatura e nas artes em geral. A imagem das figuras paterna, autoridade ordenadora, e materna, autoridade envolvente, são enfraquecidas. “A grande família, baseada na autoridade do pai-chefe, deu lugar ao lar restrito,