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Introdução
Quando as pessoas ouvem falar em Dona Emma, logo associam a palavra à ave, ema, encontrada nos cerrados e campos brasileiros. Mas não é nada disso em relação ao nome deste município localizado no vale Norte do Itajaí. Dona Emma é uma homenagem prestada à esposa do diretor da Sociedade Colonizadora Hanseática, José Deeke, pelos agrimensores ao denominar com este nome o afluente do rio Krauel localizado no vale Norte do rio Itajaí. Este livro foi escrito às pressas. É resultado da iniciativa do prefeito municipal Aloísio Gesser que em julho de 1996 se apresentou no Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina com a proposta de encomendar uma pesquisa sobre história do município de Dona Emma. Num primeiro momento hesitou-se em aceitar tal proposta pois o trabalho, com início em agosto, teria que estar pronto, sob forma de livro, o mais tardar em dezembro. Hesitou-se porque o tempo seria exíguo, tendo em vista que um trabalho desta natureza implicaria em deslocamentos para aquele município para entrevistas, levantamento de dados e busca de documentos. No entanto, aceitamos o desafio porque entendemos que a universidade deve dar um retorno à sociedade mediante prestação de serviços.
Assim, nosso trabalho esteve condicionado aos limites do fator tempo. A leitura e tradução das fontes documentais em língua alemã exigiu muito tempo, razão pela qual optamos por uma história mais empírica, privilegiando principalmente a transcrição de documentos e entrevistas.
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Enquanto escrevíamos tínhamos em mente os leitores. Neste sentido, o livro destina-se, em primeiro lugar, aos moradores do
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município de Dona Emma. Destina-se também àquelas pessoas que moraram naquele município e que gostariam de "recordar" sua terra natal. Por isso, utilizamos uma linguagem direta e simples pois quando fizemos a pesquisa percebemos que a maioria da população do município é formada por pessoas sem uma formação acadêmica mais aprofundada. Nosso objetivo é que cada leitor se sinta refletido e contemplado neste livro em uma ou outra passagem. Trata-se, portanto, de um ensaio de micro-história que pretende contribuir na construção da identidade do município. Nesse sentido, o trabalho procura resgatar e preservar a memória histórica dos pioneiros e seus descendentes. Nem tudo o que foi vivido, isto é, o que constitui a trama, a tecitura do quotidiano, ficou registrado em documento. E mesmo o que foi registrado corre o risco de se perder pois a grande maioria dos documentos não se encontra em arquivos mas são papéis ou objetos dispersos em poder de particulares.
De antemão o leitor já está advertido que este livro não é a última e definitiva palavra. Ao contrário pretende ser um passo inicial, um ponto de partida para suscitar outros trabalhos mais completos e mais aprofundados com base em novas pesquisas. A pressa com que foi escrito não nos permitiu cruzar dados e conferir um volume maior de informações. Por isso, o leitor, especialmente os antigos moradores de Dona Emma, poderá encontrar afirmações que, talvez, não conferem com seu conhecimento e seu ponto de vista. Além do mais, os entrevistados nem sempre eram unânimes sobre certos aspectos, o que é normal na História e a torna dinâmica. Em outros momentos foi-nos pedido manter sigilo sobre determinadas informações, pedido este que respeitamos.
Nosso propósito inicial era colocar o texto, antes de ser impresso, à apreciação de uma comissão formada por pessoas do município. Mas o pouco tempo disponível não o permitiu. Por isso, todas críticas e sugestões são de suma importância e servirão para uma futura reedição.
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