30_

Page 1

A inclusão do vidro na produção dos tapetes começou no ano de 1961, quando um acidente mudou completamente a confecção dos tapetes de Corpus Christi.

Na época já tentávamos tingir pó de serra, cheguei a fazer um anjo com açúcar de confeiteiro nas rosas. Mas, em 1961, estava ajoelhada ornamentando a rua, quando derrubaram uma garrafa marrom ao lado do quadro. Na hora percebi o quanto o vidro brilhava. Alguém acabou pisando e então tivemos a ideia de picar aquele vidro. Passamos por uma peneira e colocamos sob o cálice que estava sendo ornamentado, deu um efeito muito bonito1.

Naquele ano essa inovação chegou a ser publicada na revista “O Cruzeiro” da época. Ainda naquele ano, Helena Bottura vai a São Paulo, em busca de uma maneira de tingir o vidro. . “Tentamos óleo, verniz e até álcool, nada fazia fixar a cor. Até que descobrimos que na forma de areia, bem moído, ele podia ser tingido” - Helena recorda. (Portal K3, 2013) Entre as décadas de 1960 e 1970, os visitantes chegaram a ultrapassar a população do próprio município, chegando em 1977 á 70 mil visitantes. A festa atrai desde caravanas de diversos Estados, até legiões estrangeiras. Em 1962 o Pe. Nelson Antônio Romão escreve sobre a dimensão que a festa atingiu:

Depoimento de Helena Bottura, artista plástica e uma das mais antigas colaboradoras do Corpus Christi de Matão. (PORTAL K3, 2013) 1

46


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.