Revue Suisse d’Art et Littérature n°009 | Année 03 | dezembro 2019
Culture
A Síndrome de Yerushalayim LITERATURA Natalina 158 anos de Cruz e Sousa Arte
REVUE CULTIVE - ISSN 2571-564X
Cultive Intercâmbio Cultural BRASIL-suíça 2019 Escalada, Viva a República de Genebra Ativistas Culturais LançAmentos
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CULTIVE
Mostre suas obras literĂĄrias em
Genebra 2020
information sur: www.cultive-org.com cultivelitterature@gmail.com
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Cultive Revue littéraire et culturel
Nesta edição da revista Cultive, anunciamos vários eventos culturais em Genebra e no Brasil. Destacamos os trabalhos e as ações de escritores, músicos, artistas e também das academias de letras. Informamos nossos leitores sobre várias exposições e ações sociais realizadas em Genebra e no Brasil pelas associações culturais ou por pessoas independentes. O conceito desta revista é único em Genebra; é a primeira revista a ser editada na Suíça em francês e português. A população de língua latina que vive na Suíça tem uma representação importante. O objetivo principal desta edição é apresentar ao público suíço os representantes que têm um importante papel cultural na América Latina, bem como a cultura de língua portuguesa e espanhola. Pretende-se também apresentar a riqueza histórica e cultural de Genebra a estrangeiros residentes na Suíça e no Brasil, onde a revista é distribuída.
Impressum Editeur - Cultive 12 Rue deu Pré-Jérôme 1205 - Genève Téléphone: +41 79 616 37 93 Site web: www.cultive-org.com E-mail: cultivelitterature@gmail.com Redacteur en chef - Valquiria Guillemin Designer : Luciana Bodner luimperianobodner@gmail.com Rédacteur adjoint: Rita Guedes Tracdution: Marcela Pimentel Correction et relecture du français : Marc Guillemin Photographe: Marc Guillemin
Copyright © Toda reprodução parcial ou integral do conteúdo da revista Cultive é estritamente proibida. ©Toute reproduction totale ou partielle du contenu de la Revue Cultive est strictement interdite.
Se você deseja apresentar suas obras culturais e trabalhos nas páginas das próximas edições dessa revista, ficaremos felizes em publicá-las após análise e aprovação editorial.
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Somário
Árvore de Natal A síndrome de ‘Yerushalayim’ ( Jerusalem)
12 | JP Santsil O Natal na Missão 18 | Missão em Guine Bissau
Que teimosia é essa?
33 | Cchristiane C. de Murville Natais
Louvor 47 | Maria José Esmeraldo Rolim
34 | Elieder Corrêa Prece de Final do Ano A autora
21 | Histórico de 35 | Eloah W. Naschenweng Guiné-Bissau 55.|É Natal, Estrela da Paz deixai Jesus entrar no vosso coração
Reflexões sobre a vida Maria Albergaria
Em Reeexões Sobre a Vida, Mari Albergaria registra pequenos textos inspirados no cotidiano da vida. Seu olhar observador e perspicaz e seu espírito sensível captaram, dos fatos reais, ensinamentos e os transformou, em seguida, em textos. Nesse pequeno livro, as mensagens são reforçadas pelos ensinamentos bíblicos, que Mari utiliza como guia espiritual. São mensagens repletas de otimismo e de sabedoria centradas em Deus com o objetivo de levar, ao seu leitor, o acalanto e a coragem para superar as diiculdades e as tristezas.
Neusa M B Coelho Cristo Nasceu para nós: hoje brilha sua 24 | Pe Jérônimo Trovador Minha Canção 26 | Adir Pacheco Avani Peixe 28 | Avani Peixe Solitude
30 | Claude Bloc 31 |Claudia Canto O menino magricela O passáro Chamado esperança 32 | Dioni Fernandes Virtuoso 4
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44 | Valquiria Imperiano
36 | Heralda Victor Renascert
37 | AHenrique Ferresi O caminho do amor
Natal Natal é Natal Luz 48 | Maria Inês Botelho Uma Nova Esperança 50 | Marivania Albergartia O que é o natal ?
51 | Maria José Negrão Sapos assanhados
38 | Isis Dias Vieira Feliz Natal Árvore de Natal 40 | Jania Souza O espírito deNatal Natal noite Feliz 42 | Jacira Barros O Natal do menino
43 | Luiz Carlos Amorim O menino Jesus 45 | Lúcia Sousa
52 | Maria Tereza Penna Natal Amo todas as rosas 53 | Niriam Goes Recomeço Natal de Outrora, Natal de agora 56 | Norma Brito Construção de um poema 59 | Osia Carvalho Natal Hoje Natal todo dia 60 | Pio Barbosa Newto
Precisamos Amar 64 | Oneida d Domenico Certeza das Águas Folhas Amassadas
Feliz Natal Noite de Natal
101 | Félix Sampaio 102 | Maria Nazaré Cavalcanti
77 | Weidina de Oliveira É Natal
65 | Rita Queiroz Bordando palavras 78 | Tiago Silva Natal momento oportuno para reflexão 75 | JUVENTUDE 67 | Rita GUedes E LITERATURA A árvore de Natal na casa de Cristo 68 | Suzely Serqueira
107 | Cultive Intercâmbio Cultural Brasil-Suíça MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE 109 | Florianópolis 144 | Curitiba 159 | Maringá 162 | Mandaguari 166 | Fortaleza 185 | Bitupitá 191 | Reccife
Quero voar 80 | Léo Pessoa 70 | Moisés Ricardo Mpova
82 | Talita Rodrigue
83 | Pedro Henrique ZemKe Torre Natal nascimento da 84 | Maria Eduarda Schuster luz em nós Salvia 85 | Cynara Ivone da Silva 71 | Vanessa Gomes de Moraes 08 |A força do Amor 09 |Maria Mãe 16 | Por que ler mensagens de Natal? 47 | Que teimosia é essa? 72 |A árvore de ouro 74 |Tradição da Luz
213 | CUTLIVE a Escola e o Saber-FECCAN ANOS DE NASCIMENTO 216 | .Projeto Caminho
Feliz
219 | AColheita do amor 220 | .Instituto Casa da Val 222 | .Desterrense 223 | Unijore Palácio Cruz e Sousa 91 | Cleusa Odete Pereira
75 | Valdene Duarte 76 | Na paz, um novo renascer 82 |.Meu canto Vera de Barcellos
ATIVISTAS CULTURAIS
87 | CRUZ E SOUSA 158
Valquiria Imperiano Educação sentimental
209 | Genebra : O festiaval Escalade
ARTE NÃO TEM IDADE
224 | Bienal de Permanbuco 226 | .Centro Cultural do
Ceará 228 | .Prêmio Mandacaru 96 | Pierre August Renoir 98 | Breno Gieseke 100| Avani Peixe
230 | Lançamentos Revue Cultive - Genève
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Genebra - Escalada
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A FORÇA DO AMOR E
stamos na véspera do próximo ano. O ano de 2019 está terminando. Foram dias recheados de eventos fortes, de dissabores, de discórdias e de notícias que entristeceram populações e indivíduos. Muitas pessoas, seja individualmente ou associadas, estão lutando para vencer dificuldades, para levar esperança aos necessitados, estão trabalhando por uma conscientização universal, procurando levar o homem a desejar o bem estar e a proteger os animais, e a natureza. A cada raiar do sol um novo membro agrega -se a esse batalhão dos combatentes da miséria, dos fazedores do bem.
provoca as guerras, o tráfico de seres humanos, da droga e a exploração dos seres humanos parece impossível, mas os cultivadores da paz galgam, sem alarde, seu espaço; jogam as sementes da caridade, do amor e da compaixão entre os homens e essas sementes estão proliferando, multiplicando-se ao nosso redor. Não há divulgação desse bem fazejo porque ele trabalha com a simples arma da caridade. Se procurarmos olhar a nossa volta, veremos os plantadores de consciência trabalhando tranquilamente ao nosso redor, às vezes com ações tão simples que nem nos damos conta. Os beneficiados alcançados com as ações da bondade são muitos e essas ações, capazes de modificar o mundo, são a força do amor.
Uma nova consciência forma-se no individuo. A consciênica do querer o melhor para nós mesmos, Precisamos acreditar no bem, na progressão da para os nossos filhos e para o próximo. caridade e por em ação a bondade. Devemos pintar o mundo com cores harmoniosas e repeitosas, O tempo está passando muito rápido. Parece que acreditar em nós e no bem que há dentro de cada acordamos e já o dia seguinte bate à porta. Apesar um de nós porque cada um de nós é uma partícula da quantidade de problemas a serem solucionados, de Deus. Espargindo o bem teremos um ano novo sinto que o batalhão da consciência cria mais força e cada vez melhor. mais aderentes. Lutar contra o sistema que defende e promove o caos, a poluição, a desgraça, a fome, a Feliz Ano Novo! mesquinhez, a falta de compaixão, a ganância que Valquiria Imperiano 8
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MARIA Por: Valquiria Imperiano
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stamos nos aproximando de uma data especial.
MÃE E Maria nos deu seu filho. Ela estava vestida com a carne, a mesma carne que nós, essa carne frágil e sensível, e perene. Vestida com essa carne, Ela veio designada a gerar um filho especial vestido com a mesma fragilidade corporal do homem. E para dar à luz a um ser tão puro era preciso que a mãe também o fosse. Só um espírito de extrema grandeza poderia gerar outro espírito de grandeza divina e graças a Maria nós pudemos receber o Salvador.
A data que nos lembra, o dia do aniversário de Jesus. Fala-se de calendários, discute-se a verdadeira data, mas não importa se o 25 de dezembro é o verdadeiro dia, o importante é que esse período é lembrado no mundo inteiro como o dia em que Ele Seu nascimento veio com a dor, a dor do parto nasceu, o dia em que Maria deu à luz. que quase todas as mulheres conhecem e todos na humanidade sabem o que é sentir dor. Como um Revue Cultive - Genève
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ser humano comum, Maria sentiu a dor de colocar sobre a terra seu filho e 33 anos depois ela sentiu todas as dores do mundo: a dor da perda do filho, a dor de ouvir infâmias contra ele, a dor de vê-lo traído, a dor de vê-lo perseguido, a dor de vê-lo acusado e sozinho, a dor de sentir seu sofrimento carnal, a dor de vê-lo torturado, humilhado, escorraçado, injuriado, abandonado, mal compreendido e a dor de vê-lo morrer. E ela sentiu todo esse sofrimento com a garra, a coragem, a confiança e a compreensão de que seu filho era especial, e perdoou os homens, que o perseguiram porque ela tinha consciência de que seu filho sabia o que estava fazendo. Como não respeitar e glorificar um ser que gerou e deu seu filho para a humanidade? Como não lhe agradecer essa doação? Nós que somos mães sabemos o que é sofrer por um filho, e sofremos com suas pequenas e grandes dores, e não somos capazes de perdoar quem faz sofrer nossos filhos, mas ela, Maria, sofreu as pequenas, as grandes e as gigantes dores, dores que nós não podemos experimentar sem que a revolta corroa nossos corações e germine a ira e o ódio. Ela sentiu o sofrimento e compreendeu o sofrimento. E ela perdoou os carrascos, e os inimigos do seu filho, e perdoou os que fizeram seu filho sofrer. Por isso não há mulher mais especial do que ela sobre a terra. Não há mulher mais corajosa. Não existiu, nem existe outra mulher com maior capacidade de compreender melhor as dores humanas e de perdoar. Esse espírito superior que chamamos de santa - santo é a palavra humana que melhor pode designar alguém que viveu sobre a terra com capacidades tão extremas de bondade, de compreensão e de amor - é a nossa ligação com Jesus e com Deus. Como sentiu o sofrimento humano, Maria é capaz de nos compreender e de nos ajudar. Então é para Maria que devemos nos dirigir nos nossos momentos de sofrimento e dor, porque Ela é íntima com todos os tipos de angústias e desespero. Maria conheceu a fragilidade dos seres humanos e apesar de sermos o carrasco do seu Filho, Ela nos perdoou por ser, também, nossa mãe e toda mãe perdoa, entende a infantilidade dos filhos e os protege. Vamos então recorrer à Maria como recorremos a nossa mãe terrestre quando crianças. Nós somos espíritos infantis ainda pequenos, inseguros, carentes e simples. Nossa mãe terrestre está 10
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ao nosso lado para nos ajudar nas coisas pequenas da terra, mas nossa mãe Maria está ao nosso lado para nos apoiar nos sofrimentos maiores, para nos ajudar a compreender o verdadeiro sentido da vida, para nos mostrar que o arrependimento traz a paz, para nos dar o colo e para nos proteger com a sua energia, e força divina. Não sejamos acanhados, Mãe Maria estende-nos seus braços, oferece-nos sua ajuda. Vamos então recorrer ao seu amor com orações e com fé. Ela será sempre a intermediária entre nós, homens, e a Divindade. Que Mãe Maria guie-nos na escuridão da ignorância e nos proteja sempre com suas bênçãos, e que aprendamos com os ensinamentos do seu Filho a sermos piedosos e bons. Mantenhamos, pois, os laços maternais dirigindo-nos à Mãe Maria com apenas nove versos simples e nossos corações ficarão mais leves. Ave Maria Cheia de Graça O Senhor é convosco Bendita sois vós entre as mulheres Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus Santa Maria mãe de Deus Rogai por nós os pecadores Agora e na hora de nossa morte Amém.
Publique seu livro Editora Cultive ISBN Suíço Registro na Biblioteca Nacional Suíça diagramação tradução distribuição divulgação Romance poesia história infantil arte Revue Cultive - Genève
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JP Santsil explica que:
JP SANTSIL É natural de Salvador/BA, vivoendo no Oriente Médio, em Israel. Cidadão de Israel, ele constituiu uma família com três f ilhos. Aprendeu a ler sozinho aos quatro anos de idade, sempre perguntando aos adultos a sua volta o que estava escrito nas letras grandes dos anúncios de outdoors, jornais e revistas. E, a partir daí, tornou-se um comedor de palavras e livros. Na adolescência frequentava todas as bibliotecas públicas da cidade, e era apelidado pelos seus amigos e pessoas como ‘João Maluco’, pois sempre estava sozinho em um canto, numa calçada ou em degraus de escada lendo um livro, meditando, sorrindo e conversando consigo mesmo, enquanto as crianças brincavam e jogavam futebol. 12
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«Sou de origem humilde, das favelas de Salvador (Nordeste de Amaralina), e agradeço à literatura por me salvar da desgraça cármica que selava o meu destino, pois presenciei mais de vinte e cinco colegas de infância serem mortos na violência de gangues e tráfico de drogas. Por isso, que ainda desde de jovem, entreguei-me às causas sociais sendo um ativista e líder comunitário, atuando com projetos culturais, sociais e ecológicos nas favelas de Salvador «. Como lia muito, adquiriu o dom de escrever bem, daí, trabalhou como captador de recursos, e, assessoria e planejamento tendo ganhado muitos projetos importantes em editais como Ponto de Cultura e Potinho de Cultura do Ministério da Cultura e editais da UNESCO. No ramo da literatura, sempre escreveu textos e poemas. Esse ano de 2019, lançou seu primeiro livro romance de ficção histórica: O FILHO DAQUELA QUE MAIS BRILHA – A incrível saga do Quilombo dos Palmares no Novo Mundo.
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ivendo há muitos em Israel JP nos presenteia
com um texto em que relata fatos interessantes que
A SÍNDROME DE ‘YERUSHALAYIM’ (JERUSALEM) A síndrome Realmente, há uma atmosfera misteriosa que circunda a cidade antiga de Jerusalém e os inúmeros visitantes que lá chegam todos os dias. Não importa se são ateus, agnósticos, simpatizantes ou religiosos judeus, cristãos ou muçulmanos. Essa atmosfera criada, principalmente, pela sua arquitetura antiga de grandes prédios, torres e muros de tijolos de pedras naturais calcárias (limestones), de rara beleza e tonalidades acinzentadas, misturadas à um bege cor de mel, sendo polida pelo vento e de levigadoras envelhecidas com seu charme milenar, e ao mesmo tempo que atemporal, confere um equilíbrio e harmonia unida aos seus becos e vielas de calçadas, também, de pedras, repletas de uma “mística feira” com frutas, iguarias, temperos locais, e comércios de artefatos religiosos, antiquários e turísticos. Além de pequenos restaurantes e padarias com comidas típicas e tradicionais do oriente médio, e do mediterrâneo asiático, tudo isso unido às muitas cores, etnias, cheiros de incensos, músicas, sons e gritos entusiásticos dos pequenos comerciantes que lá habitam. Para quem chega nessa mística cidade pela primeira vez, depois (é claro!) de tamanha ansiedade que acompanha o entusiasmo do viajante, ao saber que adquiriu ou ganhou o seu bilhete de embarque para Jerusalém. A emoção transborda em lágrimas involuntárias pelos olhos ao deslumbrar à primeira vista suas muralhas e portões seculares. Se a pessoa for extremamente religiosa ou mesmo não sendo tão religiosa, ou simplesmente por ter uma obsessão cultural em desacordo com a importância de Jerusalém, ou sendo aquele indivíduo que apenas faz parte de um pequeno grupo religioso com crenças espirituais idiossincráticas, mesmo que sendo uma pessoa mentalmente equilibrada, pode tornar-se “psicótica” depois que chega a Cidade de Davi. Esse fenômeno é popularmente conhecido como ‘Síndrome de Jerusalém’. Esta dita “síndrome”, que para alguns é uma experiência religiosa e para os céticos se enquadra no
campo das psicoses, tem base em delírios, “dejavus” e até visões que afetam tanto turistas como os seus próprios moradores. Essa síndrome provocada pelo ambiente místico/religioso, histórico e espiritual da cidade bíblica mais sagrada da Terra Santa é compartilhada tanto por judeus, como por cristãos e seus simpatizantes, e apresenta padrões distintos de comportamento como: ansiedade, agitação, nervosismo e tensão (mais outras reações não-especificadas); declaração do desejo de separar-se do grupo ou da família e andar sozinho pelos muitos ambientes da cidade; necessidade de estar limpo e puro (obsessão por banhos e duchas, compulsão por aparar as unhas das mãos e pés); preparação de uma longa vestimenta que chega aos tornozelos, no estilo de uma toga, invariavelmente branca (frequentemente empregando roupa de cama do hotel); necessidade de gritar salmos ou versículos da Bíblia, ou cantar hinos religiosos em altos brados; fazer procissão ou marcha para um dos lugares sagrados; proferir um "sermão" num lugar sagrado (o sermão é geralmente muito confuso e baseado no argumento de que a humanidade adote um modo de vida mais íntegro, moral e simples). Em casos mais graves, referente àqueles indivíduos que já haviam sido diagnosticados como tendo uma doença psicótica antes de chegarem a Jerusalém, que foram morar ou visitar a cidade por conta de suas ideias religiosas delirantes, em que acreditam que suas vidas e vinda a Cidade Sagrada tem uma causa messiânica. Podemos encontrar pelas vielas, ruas e praças homens ou mulheres que sendo cristãos, se dizem ser Jesus Cristo, Maria de Nazaré ou João Batista. E, sendo judeus dizem ser Moisés, Rei Davi, Rei Salomão ou José (um dos doze patriarcas do povo hebreu, que foi o governador do Egito). Em ambos os casos, discursam versículos bíblicos, ou se auto justificam como sendo esses personagens, vestidos à maneira antiga. Devido a grande frequência desse transtorno dissociativo histérico entre os muitos turistas que visitam JeruRevue Cultive - Genève
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salém, os guias turísticos e a guarda municipal da cidade passam por treinamentos específicos para reconhecer, tratar e nos casos mais sérios, encaminhar “os síndromes” para postos de saúdes psiquiátricos instalados na cidade só para remediar esse mal. Há muitos casos que ao ser constatado certa gravidade, os profissionais psiquiátricos recomendam ou solicitam que o paciente volte imediatamente para seu local de origem. História Há mais ou menos 3.000 anos atrás, de acordo com a tradição bíblica, proclamada como capital do Reino de Israel pelo Rei Davi, Jerusalém (a maior cidade em Israel e lar de aproximadamente um milhão de habitantes) vem enfrentando inúmeros problemas para ser oficialmente reconhecida pela comunidade mundial, para ser a capital do Estado moderno de Israel, apesar de a Jerusalém moderna crescer para muito além dos limites da cidade antiga, ocupando lugares históricos e construindo casas em terras antes confiscadas pelos palestinos, asseguradas nas resoluções da ONU. Mesmo assim, o Estado de Israel desde a ‘Guerra dos Seis Dias’ que cominou na ocupação da parte oriental de Jerusalém, afirmando soberania sobre toda a cidade, e que mesmo com as fortes críticas das comunidades internacionais, condenadas pelas resoluções 252, 446, 452 e 465 das Nações Unidas, vem atualmente estabelecendo novas conquistas com a ‘Lei de Jerusalém’ (aprovada pelo Knesset israelense em 30 de julho de 1980, que estabelece Jerusalém como a Capital do Estado de Israel), como a mudança da embaixada norte-americana (USA) de Tel Aviv para Jerusalém, indo contra o ‘Estatuto de Jerusalém’ que reivindica o ‘Plano de Partilha da Palestina’, aprovado pelas Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, que estabelece a cidade antiga (que é dividida em quatro bairros — armênio, cristão, judeu e muçulmano — desde o início do século XIX) como um território internacional. 14
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Todo conflito palestino-israelense, que vem causando inúmeras mortes e atentados dos dois lados, é centralmente ligado aos seus espaços religiosos sagrados, em especial a Cúpula da Rocha (Mesquita Al-Aqsa), onde se crê que ficava a parte mais importante do Templo Sagrado dos judeus, o Santo dos santos. Os líderes árabes afirmam que os judeus não têm nenhum laço histórico com Jerusalém e os judeus afirmam que a Palestina é uma alegoria árabe, pois não existe povo, língua, etnia ou nação palestina, e sim, árabe. Sendo que a palavra Palestina deriva da antiga Filisteia, antigos inimigos do Reino de Israel, os filisteus. Já que a soberania do Estado Islâmico sobre Jerusalém vem do ano de 638 d.C. (e posteriormente, com a derrota dos cruzados em 1187 por Saladino, em 1250 pelos mamelucos árabes, e, em 1517 pelo domínio Turco Otomano) com a queda do Império Bizantino, em que antes, em um pequeno intervalo de tempo, se deu com a ‘Revolta Judaica contra Heráclio’, em que os judeus conquistaram Jerusalém em julho de 614, mas com a reconquista bizantina em 629, o império cristão para humilhar os judeus, e se vingar da morte de muitos cristãos durantes as guerras judaicas sionistas, batizou a terra com o nome de seus antigos inimigos, chamando a terra de Israel de ‘Palestina Prima’ ou ‘Palestina I’, fazendo referência aos filisteus e a Filisteia. Etmologia do nome Yrushalayim Enquanto a etimologia da cidade bíblica que deu origem ao nome ‘Yerushalayim’ seja incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico ‘yerusha’ (legado) e ‘Shalom’ (paz), ou seja, “legado da paz”. Outros salientam que ‘Shalom’ é um cognato do nome hebraico ‘Shlomo’, ou seja, o Rei Salomão, o construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente “completo” ou “em harmonia”), um nome recente de Jerusalém isto aparece no livro de Gênesis. Outros citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a personificação do crepúsculo. De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló, seu sobrinho. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam
abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a ‘cidade de Shalem’ ou ‘fundada por Shalem’ Shalem significa ‘completo’ ou ‘sem defeito’. Por isso, ‘Yerushalayim’ significa a ‘cidade perfeita’, ou ‘a cidade daquele que é perfeito’. O final ‘im’ indica o plural na gramática hebraica e ‘ayim’ a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero ‘sagrada’ e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é al-Quds ‘A Sagrada’. Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. Sião (Tzion) inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de Davi, ficou conhecida como ‘Yir David’ (a cidade de David). Jerusalém A cidade atual de Jerusalém começou seu crescimento em meados do século XIX, e os edifícios do início do século XX da Nova Jerusalém central recordam uma pequena cidade Bauhaus europeia. A cidade moderna envolve a antiga cidade murada, elegantes avenidas levam a dezenas de bairros residenciais, áreas comerciais, museus e o complexo de governo que inclui o Knesset (Congresso), a Suprema Corte e o Museu Yad Vashem - Memorial do Holocausto. Se você vai visitar Jerusalém pela primeira vez, fique atento a ser surpreendido por essa cidade mística e lendária, e se por acaso ver pessoas que dizem ser Jesus, Davi e o Messias carregando cruzes ou pregando o fim dos tempos em praças públicas, saiba que isso é normal por lá, e que pode acontecer também com você, pois sua “síndrome”
pega as pessoas que se dizem psicologicamente sãs, de surpresa, embora alguns acreditam que não é bem uma síndrome (doença), e sim, uma “experiência mística” que a cidade presenteia a quem ela quer. Se sair a noite pelas madrugadas, cuidado! Pois, verá coisas inacreditáveis. Lembre-se! Jerusalém não é qualquer cidade, muitas guerras e fatos extraordinários aconteceram sobre esse solo manchado de sangue de homens santos e puros, corruptos e hipócritas. Aqui vai uma lista com dicas de lugares para visitar: para ser visitado: Cidade de Davi Centro Davidson & Parque Arqueológico de Jerusalém Sinagoga Hurva Museu de Israel Knesset - Parlamento Shopping Mamilla Monte das Oliveiras Caminhar pelas ruas Nahalat Shiva e Ben Yehuda Portões da Cidade Velha Museu da Torre de David Muro das Lamentações Túneis do Muro das Lamentações Museu Yad Vashem - Memorial do Holocausto Museu Terras da Bíblia Zoológico Bíblico Museu Burnt House Janelas Chagall na Sinagoga do Centro Médico Hadassah em Ein Karem Igreja do Santo Sepulcro Grande Sinagoga Campus da Universidade Hebraica de Jerusalém Sinagoga Italiana Jardim Botânico de Jerusalém Museu de Arte Islâmica L. A. Mayer Mercado Machane Yehuda Mea Shearim Museu Menachem Begin Heritage Center Monte Herzl Monte Zion Ramparts Walk na Cidade Velha Museu Old Yishuv Court Suprema Corte
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LITERATURA NATALINA POR QUE LER MENSAGENS DE NATAL? Valquiria Imperiano
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m 60 páginas 30 escritores: brasileiros, angolanos, portugueses escrevem sobre o Natal, sobre a vida e sobre o amor. O clima é propício, o momento nos motiva. Condições, confissões, revelações, desabafos transformados em palavras e palavras transformadas em poesia e prosa. As imagens se confundem com as palavras e ilustram os textos, enfeitam as mensagens, alimentam nossos olhos.
Estamos cercados de poluição, de agressividade verbal, de agressividade, de enérgeia negativa e pesada. Devemos cooperar para modificar esse clima de violência boicotando tudo o que destrói. Acreditemos que possuimos um volume imenso de eneregia positiva provocada pelo amor. Tenhamos cuidado para não deixar o mal subjugar o nosso bem pessoal, porque se deixarmos essa corrente pesada tomar conta do nosso âmago, sentiremos o peso do desânimo, da dor e da tristeza. Então vamos ler e passar mensagens boas, vamos olhar obras belas, vamos ouvir músicas com boas letras, vamos ver filmes positivos e vamos ouvir melodias que acalmam a nossa mente. Lutemos contra a influência do mal, bloqueemos essas mensagens que tentam destruir nossa energia, que envenenam nossas células causando doenças de ordem desconhecida no nosso corpo.
Mesmo que não saibamos escrever, nem pintar, nem tocar um instrumento ou cantar, ou escrever música. Usemos essas armas lendo, visitando museus, ouvindo a bela música, substituindo o nosso pensamento pelo belo e recusando tudo que nos coloque em situação de ira, de raiva, de Devemos espalhar a bondade sempre. A arte e desespero ou revolta. a literatura são as armas que nós, o fazedores de arte e literatura, usamos para divulgar a semear Por que ler mensagens de Natal? Porque essas mensangens estão repletas de energia do bem, o bem entre as pessoasque nos cercam. aquela energia do amor carregada da energia de No Natal é uma data que enviamos boas energias Jesus. Leia cada mensagam até o fim e capte o no espaço terrestre. Essa ação que deveria ser amor que vai alimentar a sua alma. É preciso ter sentimentos bons, de amor de fraternidade, de criação e de arte; envolver-nos com pessoas que transmitem o bem, com associações que semeiam o bem e incentivam o melhor no ser humano.
diaria. No Natal abrimos o nosso coração e lançamos nossos pensamentos para os receptores Que o amor pregado por Jesus entre em nossas externos, fora das paredes da nossa casa, além da células, alimente nosso corpo com saúde e preencha nossa alma com a fé necessária para crer na nossa familia. vida, crer na bondade, crer em nós mesmos e na A energia de uma boa mensagem é um medica- força enérgetica das bençãos e das boas ações.
mento que benificia nosso espírito e nosso corpo. Uma pequena palavra ou uma mensagem de amor, é uma pílula de incentivo e o homem precisa desse incentivo. 16
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O NATAL NA MISSÃO
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adre Lúcio dos Santos - Missionário em Guiné Bissau. Conto sua experiência de Natal em Guiné-Bissau, África, Setor de Tite, Região de Quínara. O tempo de Natal é festejado em toda a Guiné-Bissau. Mas isto não quer dizer que todos celebrem o Natal. A palavra Natal é conhecida pela sociedade e abre a semana de festejos, porém, observando melhor, percebe-se que a grande maioria está celebrando apenas a Passagem de Ano Novo. Isto porque são pouquíssimos os cristãos. O Natal está presente na memória do povo por causa dos colonizadores portugueses que trouxeram a tradição cristã para Guiné-Bissau há mais de quinhentos anos. Na capital, Bissau, onde a Igreja católica teve mais presença, percebe-se melhor o Natal do que no interior do país, já que os missionários adentraram para o interior somente a partir dos últimos setenta anos. A população do país é, aproximadamente, 42% da religião mulçumana e 48% da religião tradicional africana. Nas duas Missões em que vivi, Empada e Tite, a porcentagem da religião tradicional aumenta já que o número de cristãos somados, católicos e evangélicos, não chega à 3% da população. Em toda a Guiné-Bissau é menos de 10% o número de católicos, concentrados na capital. Os cristãos são respeitados por todos. O povo guineense aprendeu a convivência com o diferente por ser um país pequeno, de 1.800.000 habitantes, a maioria são jovens, compondo mais de 20 etnias. O trabalho social das igrejas cristãs também ajuda a criar este bom relacionamento da igreja com a comunidade. Jesus e sua mãe Maria também fazem parte do mundo mulçumano. As comunidades de religião tradicional africana são muito abertas à catequese cristã, sobretudo a juventude. 18
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Os festejos da semana de Natal e Primeiro dia do Ano são realizados com comida, música e muita vida comunitária. A distinção entre adultos, jovens, adolescentes e crianças é bem acentuada nos festejos, assim como na vida social em geral. Somente nos últimos anos é que tem aparecido alguma ornamentação Natalina nas ruas de Bissau. Inclusive, com a chegada dos comerciantes chineses, vê-se a venda de árvores e de ornamentações natalinas. É nas igrejas que vamos ter o ambiente naltalino: constrói-se o presépio e, na noite de Natal, faz-se a encenação do nascimento de Jesus. Bonitos corais, geralmente uníssonos, entoam harmoniosamente cânticos Natalinos. Também nas escolas católicas é festejado o Natal.
No ano 2015 dois fatos marcaram-me o Natal no interior do país. Na véspera, o barco que trazia as pessoas de Bissau, perto de trezentas, a fim de passar o Natal com seus familiares, ficou preso na lama, das 10:00 horas da manhã até às 22:00 horas, quando a maré subiu o suficiente para destrancar o barco. Dei atenção à tripulação e aos poucos passageiros que ficaram no barco por terem receio de viajar de canoa até Bissau. As canoas são de 20 metros de comprimento e levam até 70 passageiros, além da carga, em um percurso de duas horas. Tomei a iniciativa de trazer a tripulação até o centro da pequena cidade, a sete quilômetros do porto, inclusive deixando um dos tripulantes no hospital para medicar-se de malária. Levei água, pão e sardinha aos passageiros que permaneceram no barco. A tripulação não se esqueceu deste gesto e, por muitos anos não me cobraram a passagem quando
eu viajava neste barco. Na semana seguinte o movimento da população seria inverso, quando procura festejar a passagem de Ano Novo na capital. No dia de Natal, á tarde, procurei alguns grupos de meninos pastores de gado e dei-lhes alguns presentes dizendo-lhes que fazia este gesto por ser dia de Natal e por serem eles, os pastores, os primeiros a visitar Jesus em Belém.
riores aos rapazes. No ensino médio matriculam-se na proporção de quatro rapazes para uma menina. Isso explica porque os professores são quase só homens. Conscientiza-se diminuir ou igualar essa proporção. A FAMÍLIA é fundamental. Como na família de Nazaré, a participação dos parentes na família é grande. São famílias pobres e vivem o sistema de patriarcado. A poligamia é comum às famílias das diversas etnias. Ter mais de uma esposa garante o trabalho e, junto com os filhos, o futuro, sobretudo quando idosos. O casamento envolve a todos, a ponto de terem seus pares escolhidos pela família. Uma das riquezas humanas destas famílias é a acolhida. Mesmo que venham a ter apenas uma refeição por dia, convidam os que passam junto deles, com a simpática expressão, “Venha comer!”. Normalmente comem fora de casa já que a casa é reservada mais para dormir. A base da alimentação é o arroz.
Vejo Guiné-Bissau como um presépio vivo. Encontramos MARIA, mãe de Jesus, nas mulheres guineenses. Elas são extraordinárias. Até aos dois anos trazem seus filhos junto de si, às costas, levando-os aos trabalhos, às viagens, à vacinação, caminhando muitas vezes até 18 quilômetros, a pé, tendo-os junto de si onde quer que estejam. Com suas tarefas bem definidas, as mulheres providenciam a lenha e a água, o peixe por elas pescados, cozinham e lavam, e assumem parte do cultivo do arroz, e dos trabalhos nos cajuais. Trazem suas vestes limpas e semblante acolhedor. Onde há alguma possibilidade, as mulheres fazem o comércio de vender peixes, frutas, verduras e alimentos por Podemos identificar os ANJOS DE NATAL nos elas preparados. missionários e missionárias que anunciam a Boa Nova: “Nasceu-vos um Salvador! que vem tirar-vos JOSÉ, nós o vemos nos homens, os quais são res- do medo. Ele, o Menino Deus, é o fundamento da ponsáveis pela orientação da família, pelos tra- vossa tradição que valoriza os antepassados e a unibalhos mais pesados e pelos negócios. dade entre matéria e espírito. Ele venceu a morte e o Mal.” JESUS MENINO está identificado nas crianças, em grande número e muito alegres. Na família, O PRESENTE de Natal são as ofertas dos benfeias crianças dão seu importante contributo para os tores, graças àos quais, se desenvolvem trabalhos trabalhos. Soa-nos estranho ver crianças pequenas sociais na saúde e na educação. cuidando do rebanho de gado. Entretanto, para alegrar as crianças é suficiente uma bola de borracha. Jesus veio para todos os povos. Ao celebrarmos alegremente o Natal, nos países de tradição cristã, A Missão teve a boa iniciativa de criar o jardim não ignoremos tantas pessoas que, amadas por Jeinfantil e o pré-escolar em comunidades rurais. sus Menino, não sabem do seu nascimento ou do Mesmo debaixo de árvores, sem outra estrutura sentindo de sua vinda no Natal. Em uma sociedade material, além dos professores e do programa for- onde muitos vivem ainda na época pré industrial, mativo. Para estas escolas, as crianças trazem suas apesar de já se beneficiarem do telefone celular, incadeirinhas plásticas. Com o tempo é providencia- centivemos os abnegados membros de ONGs e os da a mesinha escolar. A comunidade, apoiada pela destemidos missionários e missionárias que contimissão, constroi os prédios, conforme constroem nuem a dedicar-se a estes nossos irmãos, promosuas casas. vendo-lhes uma vida com mais qualidade e com o maior dos benefícios: a consciência da presença O lanche escolar faz parte importante da esco- salvadora de Deus Menino em meio a nós. la. Logo que crescem, os adolescentes procuram outras escolas e, as que encontram apoio, vão em Feliz Natal! frente. Algumas chegam à universidade, na capital, ansiando por uma bolsa escolar no exterior. Nas escolas as meninas estão em proporção bem infeRevue Cultive - Genève
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Meninos pastores - comunidade no interior de Guiné-Bissau. (arquivo Pe. Lúcio)
Colheita do cajú
Catequese Natalina - comunidade de Tite, interior de Guiné-Bissau (arquivo Pe. Lúcio) O carisma de Padre Lúcio na Comunidade de Tite- Guiné Bissau
Meio de transporte-em Bissau Padre Lúcio Espíndola Santos. Nasceu em Palhoça/ SC- Brasil e foi ordenado padre diocesano aos 26 anos de idade. Com 56 anos foi associado ao instituto missionário PIME e enviado pela Arquidiocese de Florianópolis à Missão em Guiné-Bissau, onde ficou durante 13 anos, até 2019. Retornou à arquidiocese de Florianópolis para incentivá-la a um compromisso definitivo com a missão além-fronteiras. 20
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Dia Nacional: 24 de setembro – Dia da Independência Principais exportações: castanha de caju, camarão, amendoim, sementes de palma, madeira. Expectativa de vida: 47 anos (homens), 50 anos (mulheres) (ONU)
Escola Guineense
Regiões de Guinée-Bissau est divisée en 9 régions administives : • Bafatá • Biombo • Bissau • Bolama-Bijagos • Cacheu • Gabú • l'Oio • Tombali • Quinara Bissau, capital da Guiné-Bissau, é um setor autônomo, localizada no estuário do Rio Geba, na costa atlântica. É a maior cidade do país, com o maior porto, é também o centro administrativo e militar do país. A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico negreiro.
Catedral de Bissau
A luta pela independência
A Guiné-Bissau convive com a instabilidade política desde a sua independência e nenhum presidente eleito conseguiu completar com sucesso um mandato completo de cinco anos. A resistência ao colonialismo ganha força nos anos 1950, nas camadas urbanas, que culminou com Pesquisa de Neusa M B Coelho a criação em 1956 do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). A República de Guiné Bissau foi a primeira colônia portuguesa da África reconhecida independente, uiné-Bissau - fechada ao turismo por muitos no ano de 1974. anos, recentemente abriu-se ao visitante. Apesar de ser um dos países mais pobres do continente, é ain- O Território e a população da um remanso de paz, com povoações tranquilas, A superfície de Guiné Bissau tem uma das mais gente amistosa e praias inexploradas. importante natureza da África Ocidental. Caracteriza-se pela inter-penetração dos meios terrestres e Nome-oficial: República-da-Guiné-Bissau marinhos e presença de numerosos estuários. Um Área: 36.120-km2 enorme arquipélago e grandes extensões de manPopulação: 1.449.230-habitantes. gais servem para a reprodução e crescimento de Capital: Bissau várias espécies aquáticas. Principais-cidades: Bissau
HISTÓRICO DE GUINÉ-BISSAU G
Língua-idiomas: Português-Crioulo-línguas-afriOs povos guineenses são muito diversos e hecanas terogêneos, a população divide-se em cerca de Moeda: Franco-CFA Revue Cultive - Genève
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vinte etnias diferentes das quais a mais numerosa é constituída pelos Balantas (27% da população), que seguem uma organização social primeva estruturada em classes de idade, habitam as regiões litorais onde cultivam o arroz. As outras etnias importantes são os Fulas, criadores de gado (cerca de 22%), os Mandingas, comerciantes (12%), os Manjacos (11%) e, finalmente, os Papéis (10%), concentrados em redor da cidade de Bissau. Os Bijagós São os habitantes das ilhas e constituem povoamentos de animistas ( tipo de crença religiosa muito comum na antiguidade e que persiste até os dias de hoje), praticando ritos e cerimônias secretos, que variam de uma ilha a outra. A população rural da Guiné-Bissau pratica a agricultura para subsistência, a pecuária, a pesca e a colheita florestal. A agricultura gera mais de metade do PIB e 85% dos empregos. Há disponibilidade de terras e o acesso é gerido pelo chefe da aldeia ou pelo régul, são respeitados os costumes do povo antepassado.
expressão cultural das diferentes etnias. O Comércio A agricultura é a principal atividade na Guiné-Bissau: o arroz, o milho, o feijão, a mandioca e o algodão são cultivados para as necessidades domésticas. O caju (em castanha) representa mais de 95% das exportações do país. A luta contra a pobreza passa pelo desenvolvimento econômico e, consequentemente, pela melhoria no transporte, energia, educação, habitação etc. Referência-Pesquisa-novembro-2019 Fonte:www.colegiosaofrancisco.com.br/www. fr.wikipedia.org Fonte: https://ec.europa.eu/europeaid/countries/ guinea-bissau_en Fonte: www.guinee-bissau.net https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_de_Bissau Texto de Neusa M B Coelho- Escritora, Poetisa, Historiadora
A Religião Na Guiné-Bissau, cerca de 45% das pessoas, principalmente os Fulas e os Mandingas, são muçulmanos e concentram-se mais no interior do País. Os cristãos representam 5 a 8% e o resto da população, 47 a 50%, são adeptos das religiões tradicionais. Hoje, o Cristianismo está representado na Guiné-Bissau com igrejas e templos de várias confissões religiosas. O Islã continua a ser preponderante, baseados nos ensinamentos de Maomé. Cultura e Artes A cultura guineense é muito rica e diversificada graças a grande quantidade de etnias que coexistem entre si. Os povos da Guiné-Bissau continental compartilham muitos aspectos culturais com grupos similares dos países vizinhos tais como o Senegal e a República da Guiné, enquanto a cultura Bijagós é bem distinta. A dança está presente em qualquer cerimônia e cada etnia tem os seus gestuais particulares. Durante o desfile de Carnaval, festa anual de grande popularidade, são exibidas máscaras, dando lugar à 22
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Textos Natal na Missão Fonte:https://www.bing.com/images/search?q=guin%C3%A9-bissau&qpvt=guine+bissau&form=IGRE&first=1&cw=1129&ch=512 Fonte:https://www.bing.com/images/search?q=guin%C3%A9-bissau&qpvt=guine+bissau&form=IGRE&first=1&cw=1129&ch=512 Fonte:https://www.bing.com/images/search?q=guin%C3%A9-bis-
Antologia Cultive «O poder do Amor»
Bilingue: Português /Francês Lançamento no 34° Salão do Livro de Genebra
34°Salon International do Livro et de la presse de Genève
Cultive
www.cultive-org.com cultivelitterature@gmail.com Revue Cultive - Genève
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PE JERÔNIMO CAMPOS DA SILVA Diocese de Tianguá-Ceará.
CRISTO NASCEU PARA NÓS: HOJE BRILHA SUA LUZ! A
cada natal nos é dada a chance de contemplarmos o grande amor que Deus tem por nós. Fazer uma reflexão e um exame de consciência e analisar o seu verdadeiro sentido, percebendo o seu grande mistério. Fazer uma caminhada interior e arrumar nossa casa para a chegada do Cristo que vem. É importante saber que Deus nos mandou seu Filho por amor e este acontecimento é a experiência mais sublime deste amor que contagia e muda a vida daqueles que acreditam no “MENINO LUZ QUE CHEGOU NO NATAL”. “Eu vos anuncio uma grande alegria, nasceu para vós um Salvador que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,11). O anjo se torna o evangelista, portador da grande e esperada noticia, o mensageiro da luz. Fala pela 24
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boca dos profetas, anuncia com firmeza o sinal da promessa. “Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” (Lc 2,12). Aqui o sinal oferecido é estranho: um menino é nascido na pobreza e humilde. Porém, este menino é o Messias esperado (Mt 1,16), o Filho do Altíssimo (Lc 1, 32), “o Príncipe da paz, o Conselheiro admirável, o Deus forte” (Is 9,6). Ele traz em si a marca da realeza. A “grandeza” do menino será a sua condição de sucessor de Davi (2Sm 7; Is 11.1), rei Messias, mais que profeta. E Maria aqui será mãe do rei herdeiro legítimo do trono (Jr 23,5), com título de Rainha, segundo a tradição do Antigo Testamento. Isto é o Natal! Acontecimento histórico e mistério de amor que, há mais de dois mil anos, interpela os homens e as mulheres de cada época e lugar. É o dia santo em que brilha a grande luz de Cristo portadora da paz! Certamente, para reconhecê-la, para acolhê-la, é preciso fé, é preciso humildade. A humildade de Maria, que acreditou na palavra do Senhor e foi a primeira que, inclinada sobre a manjedoura, adorou o Fruto do seu ventre. No seu coração de mãe, pairava alegria, amor e acolhimento ao ver o menino que viria a “salvar seu povo da escravidão do pecado” (Mt 1,21), fazendo dissipar as trevas que envolvia a humanidade. Pensemos na alegria que sentiu Maria, tendo-o envolvido em faixas naquela tão humilde manjedoura, contemplando-o com amor de mãe. Imaginemos o heroico e honroso José que cuidou com alegria de Maria e de Jesus, não se importando com sua reputação, querendo apenas agradar a Deus. Quão grande foi a alegria dos humildes pastores que se juntaram aos anjos para bendizer o senhor cantando: “Gloria Deus nas alturas e paz na terra
aos homens por Ele amado!” (Lc 2,14). Assim, no silêncio daquela noite de Belém, Jesus nasceu e foi acolhido por mãos carinhosas. E agora, neste nosso Natal em que continua a ressoar o feliz anúncio do seu nascimento redentor, quem está preparado para abrir a porta do seu coração a Jesus? Homens e mulheres deste nosso tempo, Cristo vem trazer a luz também a nós, vem darnos a paz, vem nos amar! Mas quem vigia, na noite da dúvida e da incerteza, com o coração desperto e em oração? Quem espera a aurora do novo dia, mantendo acesa a chamazinha da fé? Quem tem tempo para escutar a sua palavra e deixar-se envolver pelo fascínio do seu amor? Quem, neste mundo pluralizado, abre mão dos meios tecnológicos para se deixar envolver pela Luz Santa?
to do encontro. A mãe de Moisés serve de ama-deleite e o cria para a princesa, (conf. Ex 2,9). Tudo isso, são respostas de Deus para dizer-nos que ele envia o “MENINO LUZ” para que as trevas deste mundo sejam afugentadas. Hoje, em muitas casas nem chega a ter o brilho da luz verdadeira natalina, Jesus. Faltam muitos elementos decorativos na árvore do Natal da vida. Milhares de mães não tiveram a sorte que teve Joquebede, mãe de Moises. Segundo as estatísticas do atlas de violência de 2018 para cá, 65,6 milhões de adolescentes e jovens foram assassinados entre 14 e 16 anos, e suas vidas ceifadas precocemente. Anualmente 56 milhões de crianças são abortadas no mundo pelo fascínio e retrato hiperbólico da “beleza” que deturpa a geração das mães descompromissadas e preocupadas com os padrões do “belo” do mercado ataul. Para muitas mães, abortar é a maneira mais fácil encontrada para permanecerem jovens e bonitas, esquecendo que a verdadeira beleza está no ato de ser mãe. Que o menino Jesus traga alívio a quem passa por essa provação e infunda nos responsáveis de governo a sabedoria e a coragem de procurar soluções humanas, justas e duradouras, capazes de reparar os danos feitos ao povo desfavorecido no mundo.
A noite do Natal de hoje não se diferencia daquela que viveu José há dois mil e dezenove anos, procurando uma hospedagem, afim de que sua esposa pudesse dar à luz ao Menino Deus, com tranquilidade e paz. Mas não encontraram. Todos fecharam as portas e o refúgio daquele humilde casal foi uma gruta próxima aos animais e, na companhia dos mesmos, Jesus nasceu em Belém (Mt 2,5). O mundo de hoje também fecha as portas para Jesus. Deixando-o de lado e aderindo às banalidades dessa vida. Que a luz de Cristo, que vem para iluminar cada ser humano, possa finalmente brilhar e sirva de Poder, status, grandeza, riqueza, na sociedade de consolação especialmente para os que vivem nas hoje têm voz e vez, sufocando o sentido do nasci- trevas da miséria, da injustiça e de tantos outros mento da vida, querendo matar os inocentes, como males. Que seja uma vinda de paz, de amor e de fizera o malvado Herodes, perseguindo Jesus (Mt alegria para todos, deixado pela sua mensagem de 2,13). Essa realidade doentia e crueldade impie- paz. Sim! É para todos a sua mensagem de paz; é dosa de Herodes apresenta um modelo definitivo para todos nós que Jeus vem oferecer-se como a esde violência contra vítimas inocentes e ambição de perança certa da salvação. poder (Cof. Mt 2,16). Quantas vítimas também são perseguidas, hoje, ao nascer? Como Maria, José e os pastores, com os Magos e a multidão inumerável de humildes adoradores do Essa crueldade sempre existiu na sociedade desde Menino recém-nascido que, ao longo dos séculos a antiguidade. O não acolhimento do Verbo feito acolheram o mistério do Natal, também nós, ircarne, (“Veio para o que era seu, mas os seus não o mãos e irmãs deixemos a luz deste dia se propagar receberam.” Jo 1,11), a ausência de Deus no cora- em todo lugar e entre nossos corações; ilumine e ção do ser humano sempre o faz refém da realidade aqueça as nossas casas, traga serenidade e esperancruel que a sociedade impõe. ça às nossas cidades, dê paz ao mundo. O Senhor, que fez resplandecer em Cristo a sua face miseriTudo isso nos faz lembrar que a perseguição a Jesus cordiosa, nos sacie a ânsia de felicidade e nos torne pode-se comparar com a sorte de Moisés salvo das verdadeiros mensageiros da sua bondade. Que águas (Ex 2,1-9), perseguido para ser morto (2,15). tenhamos todos um santo e abençoado Natal. São A mãe confia no Nilo mais do que nos homens, e estes os meus mais sinceros votos a todos. o rio tutelar dos egípcios se faz cumplice seu para salvar o menino, conduzindo-o até o remanso exaFELIZ NATAL! Revue Cultive - Genève
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O Poeta da Ilha
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TROVADOR No rumo de uma sombra o trovador chorou. Era um choro triste e lento na forma profunda de um lamento.
A página da mocidade findou. Uma boca de mulher, um leito, a vida impura. Ante a sepultura um canto abandonado. E o moço... Ah! Aquele moço que era eu em doce lira a musicar uma canção. Quantos versos em sintonia!... Agora em oração, o céu em cortesia abre-se ao trovador num sorriso de ironia.
MINHA CANÇÃO (Adir Pacheco)
Quero uma canção
que me fale de amor. De um amor pleno, verdadeiro, e me receba por inteiro. Quero uma canção que me fale de uma vida. Bela, sonhada, iluminada, sem recalques ou feridas. Quero uma canção que me traga uma visão. Afrodisíaca, transcendente pura e ardente. Quero uma canção que me fale ao coração. De sorrisos, alegrias e esperanças e das maravilhas da criação.
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figurinhas que, na mesma proporção se esvaeciam. A Estância era cercada de pinheiros seculares e uma vegetação densa e eram rosas e flores matizadas nas mais puras e distintas cores atraindo com frequência a visita mais esperada à paisagem de uma revoada que vinha nesta época do ano, de um país distante fazendo um coro deslumbrante com as mais variáveis notas musicais nas quais se caracterizam o sublime e divino canto para anunciar a Boa Nova.
AVANI PEIXE UM NATAL FELIZ O
Vovô quando queria conversar com o netinho sentava-o numa cadeira e o colocava frente a frente, segurando-lhe as pequenas e finas mãos confortando-o para quaisquer inseguranças e eventuais medos. Não que o Vovô despertasse algum sentimento que lhe coubesse tal questionamento, ainda que a presença austera e de inteligência acima do normal lhe impunha, ainda que inconscientemente, uma aparência um tanto quanto séria. Com maestria, a conversa crescia e tomava uma proporção inusitada enredando-se a um universo no qual ele dominava com muita propriedade. Era um verdadeiro Contador de Histórias nas quais delineavam fatos com requintes e detalhes, que foram únicos na utilização das mais diversas figuras de linguagem quando queria parecer mais real e dar mais emoção as cenas que ele produzia com tanto carinho à atenção do netinho adorado que sem pestanejar o ouvia e o admirava tanto. Numa dessas ocasiões, solicita o Vovô que o neto o siga e o leva a varanda da casa simples que fora por toda a vida o seu aconchegante lar. Tinham dali uma visão privilegiada, dado a compreensão da Natureza com montanhas azuis e de brancas neves que à distância pareciam se mover e formarem 28
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Fazia muito frio! Caia a neve e à noite se via próxima. O vento soprava fazendo movimentos e ruídos sibilantes que, não para surpresa, causava um certo medo. A lenha na lareira queimava trepidante e nos seus últimos instantes, intensificava o aroma de eucalipto no ar, enchendo de perfume agradável a casa inteira. Na ampla sala, (meio esquecido), um piano antigo, uma partitura ao lado disposta pelo músico apaixonado e desta vez, menos solitário. - Meu querido neto! – Sente aqui! (Certo de que poderia ensinar-lhe a tocar piano, ensaiava as primeiras notas e acordes de uma canção conhecida). – Sente aqui, Vovô! Permita-me um só instante. – E a pequena criança debruça-se nas teclas do enorme piano e, com muita propriedade, e leveza, e encanto tocou a mais bela melodia de toda a história da música reconhecida: FELIZ NATAL! Canção elevada a expressão máxima do sentimento humano. Sem conter a emoção e a surpresa o Vovô chora mansamente. Os vizinhos despertados ao som da melodia ricamente executada, comovidos seguem em direção ao concerto, conduzidos pela explosão de luzes naturais que desciam dos Céus. Uma grande festa! Todos se abraçaram. O AMOR transbordou e tomou forma absoluta e real.
DOS SONHOS FRAGMENTADOS Avani Peixe
D
entre os “Souvenirs” que a Mamãe guardava na penteadeira do quarto (diga-se de passagem), havia uma Caixinha de Música. Nela, em destaque,
uma Bailarina de porcelana de saia e blusa de tule branco, matizadas de rosas na cor rosa e de rosas vermelhas que, à perfeição dos bordados nelas trabalhados, pareciam verdadeiras e podia-se imaginá-las exalando o aroma agradável que haviam nos jardins mais floridos da realeza. Levava a Bailarina na cabeça uma tiara de pedras preciosas nas mais brilhantes cores, não havendo de ofuscar a beleza pálida da figura longilínea da notável Princesa. Ao toque da caixa de música, após as cordas dadas, ouvia-se: Vozes da Primavera de Strauss que, trazida à realidade, enredava as emoções mais distintas presentes, os momentos mais adoráveis e intensos.
humana e adentrava as emoções confusas. Caixa de música encantadora. E os sonhos seguiam espiritualizando e materializando a personagem de uma Bailarina nas mais diversas formas de expressões compreendidas e, ou não compreendidas nos espetáculos cada vez mais frequentes.
Em cena, Romantismo, Equilíbrio, Persistência e Amor à Arte em evidência. Havia uma singularidade em todas as apresentações: A Bailarina flutuava sem tocar os pés no chão ao som da melodia intuitiva, que ensejava e muito dizia do que se propunha a fazer, numa cena que crescia à medida que bailava e o espaço diminuia à medida que ela, Ressaltava o Concerto Musical constante ao am- a bailarina, crescia. biente, pontilhando de notas as paredes e formando nelas figuras lendárias, à medida que eram dis- Foram tantos anos de sonhos (tão repetidos) nos sipadas, que enchiam de bordados as cortinas, os quais realizava desejos ou despertava de uma realitapetes e as almofadas brancas e rendadas. dade não querida por não poder concretizá-los um dia. Compondo as molduras vazadas, presas às paredes (bem lembradas), as telas ora com pássaros voando, Um dia a personagem dessa inusitada Saga, como ora cachoeiras de águas cristalinas, ora montanhas se não bastasse, em sonhos, transformou-se em azuladas e verdes matas; ora, com bailarinas que de pássaro, bateu asas e voou céus, e terras, e mares tantas em sintonia compartilhadas, pareciam um em voos vazantes e delirantes sem hora para seguir bailar flamingo com muita luz e ascensão. e sem hora para voltar, subiu aos céus e abraçou as estrelas, desceu aos mares de esplendorosa beleza e A primeira impressão aos que ali chegavam (na- tocou as praias de mornas areias e as montanhas, e quele quarto), era de que havia uma energia que, cercou-as contemplando a Natureza, podendo ver, a mim muito em especial, conduzia às meditações finalmente, o mundo de forma real. No auge de silenciosas, levando a adormecer e adentrar nos uma paixão intensa e verdadeira, surge-lhe a imasonos mais profundos e em sonhos, talvez, antes gem gloriosa de duas torres de uma Igreja. vividos e ou imaginados, buscando neles uma alternativa para viver e seguir sonhando. Tudo bem Ao tocar de um sino, que dobra as existências produzido. A leveza e a simplicidade dos artifícios, reais em ocasiões especiais, uma visão, um cenário que denunciavam a personalidade romântica e fantástico de luzes brilhantes declarando ao munapaixonante da decoradora do ambiente, dado aos do toda a beleza do Natal, festa muito esperada e anseios que a vida artística inspira e consagra, fa- prometida. E os sonhos prosseguem e dão-lhe mais zia-me mergulhar, de corpo e alma no mais incrível forças para voar, faz círculos na praça, ao redor da mundo do inconsciente realizador e admirável. casa, que ainda está no mesmo lugar, volta tendo como ponto de partida o Patamar da Igreja secuDiante da possibilidade artística na qual se vê com- lar. Em movimentos espontâneos e verdadeiros os partilhar, via-me em um palco para um espetácu- sonhos batem asas e se põem a voar sob o efeito da lo que iniciava em tempo e hora com os aplausos canção dos ventos produzindo efeitos milagrosos insistentes e infindáveis, a calorosa manifestação, a e envolventes, nos quais o mundo encanta e a arte inquietação antes nunca vista, a apresentação sur- desperta para uma vez mais adormecer e sonhar. preendente da Bailarina. Assim, o centro do inusitado palco mantinha-se às escuras com uma luz incidente sobre a figura única na hora do grandioso momento da frenética e incomensurável apresentação. A Bailarina flutuava... “mise en scène”, arrebatada, parecia não findar, punha força à mente Revue Cultive - Genève
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CLAUDE BLOC sombras. Ao meu redor, naquela hora, só havia silêncio. E minha tranquila solidão. Ninguém mais. Nenhuma palavra boba ou qualquer riso fácil para perturbar a verdade da minha alma.
SOLITUDINE L
embro-me de que eu amava a solidão, poder ficar sozinha, ler, ouvir, música, sonhar sobretudo aos sábados e domingos. Bastava deitar-me no parapeito do alpendre e mil fantasias vinham das leituras e das músicas, que perambulavam pelos sonhos românticos de minha adolescência. Cenas inteiras. Vozes, falas, risos e aquela inexplicável sensação de poder voar por sobre todo sentimento. Eu era sozinha, ou melhor, me via assim. E aquela menina sonhadora, nesses momentos, tecia mil histórias regidas pela leitura daquelas páginas, perdida naquele espaço iluminado do alpendre. Ninguém parecia se importar com aquele meu abandono voluntário. Eu desaparecia, me metamorfoseava em pássaro ou borboleta... Pensava e filosofava. Todos lá dentro sorriam. Quem se lembraria de mim? E esse pensamento me atravessava. E já de olhos fechados calava a lágrima teimosa e voava com ela até secá-la. Saía pelo espaço. Havia um certo desencontro entre o sonho e a realidade, uma impossibilidade de compartilhar com os outros as coisas da minha solidão. A tarde, então, parecia estar perdida. Ou eu me perdia no meu próprio labirinto. O sol alcançava o alto do Caboclo e, como a chama de uma vela, criava ao seu redor, um círculo de claridade de um vermelho intenso. E, aos poucos, sua luz ia se perdendo nas
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Nessas horas eu abraçava, então, o silêncio, agradecida por ele entender-me tão bem. Por compreender a solidão de um coração sensível como o da menina que eu era. A luz do sol também ia se escondendo por baixo de meus sonhos. Descobri, já naquele tempo, que há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros. Que ela tem vida em mim. Isso me fazia tentar escrever uma história com outros personagens. Aconchegar-me a eles e dizer para mim mesma: Pare. Leia tudo de novo. E (re) pense, reflita, invista em você! Reescreva-se. E nessa busca de todos os meus pedaços, espantava o silêncio na noite que chegava. Abria os braços para abrigar o vento e alcançar as estrelas.
Antologia Cultive «O poder do Amor» Bilingue: Português /Francês Lançamento no 34° Salão do Livro de Genebra
CLAUDIA CANTO O MENINO MAGRICELA E O MENINO DE MÃOS DADAS
O Menino não pensou duas vezes, voltou ajudou o tiozinho a levantar e o levou de volta para a sua casa de papelão. Depois pegou um barbante amarrou no seu carrinho de plástico e saiu puxando pelas ruas do centro. Puxava o carrinho com tanta emoção, que não viu na sua frente, o Menino de Mãos Dadas. Daí para tropeçar em cima dele, foi apenas mais um passo.
A mãe assustada puxou o Menino de Mãos Dadas para junto do seu corpo e xingou muito o Menino ra uma vez um Menino Magricela, que não mo- Magricela, ameaçando chamar a polícia. rava no castelo como a Cinderela e não era branquinho como a Branca de Neve, mas era muito, A mãe em nenhum momento percebeu que o Memuito feliz, como só as crianças são capazes de ser! nino Magricela, era também uma criança. Acalentou o seu filho e indignada e empurrou o Menino. Como todos os dias, ele levantou do papelão onde dormia, pegou sua capa de Super Menino de Rua, Então o Menino Magricela, pegou a sua capa de não escovou os dentes, não tomou café, não rece- Super Menino de Rua e se defendeu da forma que beu o bom dia da mãe, e não foi à escola. mais conhecia: CORRENDO. E de longe gritava: bunda mole, bunda mole, mole, mole… Saiu diretamente para brincar no seu quintal, o centro de SP. O Menino de Mãos Dadas, sem entender o significado daquelas palavras perguntou: mãe a minha Centenas de pessoas passavam por ele e nem por bunda é mole? um momento enxergavam uma criança, apesar de ter cara de criança. E a mãe respondeu: não liga para ele, é ladrão, moleque de rua, drogado. Naquele dia ele saiu esbaforido pelas ruas, querendo brincar e rir de tudo e de todos. Depois o puxou pelas mãos, e entraram no MC Donalds, pediu dois Mcs lanches felizes. Saciados Sua primeira vítima foi o tiozinho que dormia na esqueceram o assunto! caixa de papelão na esquina da R. 24 de Maio, com a Av. Ipiranga, em frente à calçada de um banco. Enquanto isto o Menino Magricela, continuava correndo, aprontando e rindo de tudo e de nada. Aproximou-se lentamente da caixa do tiozinho, estufou os pulmões e deu o grito mais alto que conse- De repente parou, olhou para os lados, tirou a sua guiu. O tiozinho levou um susto tão grande, que capa de Super Menino de Rua, pegou do escondea sua casa improvisada desmoronou em segundos. rijo sua lata de cola, saciou a fome… Depois continuou correndo puxando o seu carrinho de plástico Extremamente irritado, saiu correndo atrás do Me- amarrado no barbante. nino, disposto a lhe dar umas palmadas. Mas como o tiozinho estava bêbado, logo caiu tropeçando nas próprias pernas.
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DIONI FERNANDES VIRTUOSO
O PÁSSARO CHAMADO ESPERANÇA E
le nasceu em um ninho improvisado, venceu obstáculos, bateu asas, viajou no facho de luz de uma estrela e indicou caminhos... Cresceu transbordante de lindos cânticos, inundando os ouvidos dos corações que permitiram ouvir. Em diferentes terras semeou o bem que floresceu Amor à disposição de quem quisesse colher e multiplicar mudas... Sejamos como Ele, incansável semeador do bem! Cantemos, pois, a sua melodia de esperança nos ouvidos dos necessitados de amor!
Registro Nº:T4055673
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CHRISTIANE COUVE DE MURVILLE
ÁRVORE DE NATAL F
oram me buscar no quartinho dos fundos e me acomodaram na sala de visitas, em local de destaque. Enfeitaram-me com luzinhas, bolas e fitas coloridas. Botinhas de Natal e pacotes diversos espalhavam-se ao meu redor. Eu estava feliz. Voltava a desempenhar a função de oferecer luz, alegria e esperança sem esperar nada em troca, acolhendo todas as pessoas igualmente sem emitir qualquer julgamento. Era momento de confraternização, de troca de presentes, de perdoar e de deixar de lado desentendimentos. Depois da festa, me desmontaram e retornei ao quartinho dos fundos. Permaneceria ali um ano adormecida e esquecida. Porém eu podia ficar bem tranquila. Minhas irmãs continuavam doando seus frutos sem esperar recompensa, acolhiam os pássaros em dia de tempestade e ofereciam sombra aos que procuravam um pouco de frescor e de tranquilidade em meio à correria do dia a dia. Eram exemplo de força e integridade. Desempenhavam o papel delas mesmo em ambientes hostis e em dias conturbados. Proporcionavam luz, alegria, esperança e vitalidade a todos os seres. O espírito natalino continuaria vivo. E para sintonizá-lo, bastava aproximar-se de uma árvore, sentir o universo pulsando em seu interior e fazer como ela; oferecer o melhor de si para a vida seguir florescendo para todos.
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ELIEDER CORREA NATAIS L
embrando meus Natais, lembranças mil advém. O Natal de minha infância era a data magna do ano. Era quando eu ganhava um brinquedo especial, escolhido por mim. Dias antes, eu era levada à loja, ali escolhia; na noite do dia vinte e quatro ia dormir mais cedo para no dia seguinte encontrar o presente deixado pelo Papai Noel. Quantas lindas histórias ouvi sobre o menino Jesus desde antes do nascimento até a morte. Havia as que ao ouvir, chorava. Com isto fui aprendendo valores éticos, a praticar as virtudes e a construir-me cidadã cumpridora de meus deveres. Que festa! Quanto alegria! Acreditei em Papai Noel por longos anos. Por este tempo - tempo de minha infância - a Árvore de Natal era um pinheiro com muitos enfeites e, sobre os ramos, pequenos chumaços de algodão. Minha irmã encarregada de montar a Árvore me dizia: “ É neve... No Brasil não tem. Em lugares bem longe daqui, tem muita neve no Natal, as árvores ficam cheias de neve”. Ela era minha contadora de histórias. Eu não me cansava de ouvir a mesma, ano após ano. Era a história de um filme assistido por ela... já se passaram tantos anos! não me lembro o nome do filme. Em uma ocasião dessas, de tanto eu perguntar sobre neve, ela pegou uma revista para me mostrar, fiquei horas olhando as figuras. Depois cresci.
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Minha irmã casou-se. Quem passou a montar as árvores natalinas fui eu. Na primeira vez, tive uma luz. A árvore não seria pinheiro verde; seria ramo seco. No ramo seco, ainda coloquei os algodões. Todos aprovaram a nova Árvore. Sem os algodões, exagerei nas luzes e enfeites... ficou mesmo, lindíssima! No ano seguinte, outra vez não coloquei a “neve”. Quando mamãe veio fiscalizar, questionou a falta da “neve” expliquei-lhe: “Mamãe estamos no verão... nada de neve”. Não contestou. Eu nunca mais coloquei algodão em minhas árvores de Natal. Também casei-me, tive filhos, continuei a comemorar o Natal; meus filhos, não sei até quando acreditaram em Papai Noel. Os tempos eram outros, tínhamos mais vizinhos, outros costumes, outras crenças. Porém as festas natalinas continuavam em nossa família. Muitas vezes, reuniamo-nos na casa de minha irmã numa festa maravilhosa, alegre. Mas, a Terra gira, os costumes mudam, surgiram os shopping centers, aumentaram as lojas, as propagandas com letreiros luminosos, papai Noel em cada esquina, o avanço da tecnologia; surgimento da internet, computadores e celulares... Vim de um tempo em que fotografar não era tão comum, ter máquina fotográfica era luxo, só se fotografava pessoas, não se fazia self; coisa tão comum em nossos dias. Por isso, só posso mostrar a árvore natalina destes nossos dias.
ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
PRECE DE FINAL DE ANO D
esejo a vocês, Que o não seja a palavra da liberdade e da opção; Que o sim venha possuído da força do coração Que a aquiescência seja a fonte da razão, da emoção e da paixão; Que o tempo seja o sinônimo de poder realizar e que o infinito, na sua pluralidade, possa criar e recriar faces amadas; Que as certezas encantem a alma inocente, que indiferente, de repente, na sua esplêndida loucura venha abraçar a lua; Que o canto não seja um pranto e que o som brando seja o adejo que prenuncie depois do amor um terno beijo; Que a vaidade exista sim - mas que venha despida do egoísmo e da soberba; Que as sombras sirvam apenas como ponto de parada não de chegada e que a luz seja o lume que norteia as curvas do caminho; Que a mocidade não se perca nas horas contadas e recontadas e que o coração se revista e resista na eterna esperança, em abundância; Que os sonhos sejam a aurora que mora faustíssima e faça do ser e do ter real significado. Que o sorriso e o franco riso carreguem de ternura
a ventura que fulgura e propicia a alegria pura. Que o amor indômito, em festa, manifeste os sentimentos e que os desejos sejam a harmonia que vibra, eleva e dá dignidade a alma. Que a maldade fique aquém e além e que se faça sempre o bem para alguém; Que as amizades estejam sempre presentes e que não falte nunca ombros amigos; Que as mãos se estendam em direção a outras mãos e que a inclusão esteja presente no coração de todos; Que o trabalho seja a fonte da vocação e o condão da realização; Que a viagem seja uma trilha luminosa e que os pés, ao sair do ninho, no compasso, acertem o passo, e na sua inevitabilidade emprestem a marcha, o brilho das estrelas, o sabor do vento, o calor do sol, o conforto da humanidade e o preciosismo da vitória. Enfim, que a paz seja a constante de todo instante. Feliz Natal ! Feliz Ano Novo !
A AUTORA A
alma voa e se perde num mar de vontades, sonhos e beleza. Entrega-se ao abandono pessoal, para adentrar imersa nos momentos de amor, emoção, dor e refrigério. No tempo das saudades e das caminhadas vagueiam as ausências e chegadas em um sentir bem mais forte, que jamais se imaginou. Doces centelhas colhidas na essência da inspiração, como uma dança que seduz e faz das certezas harmonia e das incertezas, sombras mudas, difusas, mas não de todo apagadas. No voo raso em que mergulham prazerosamente, as palavras cruzam com o horizonte do infinito que quietamente habita em todos nós, para depositar nas páginas vazias a esperança e o reencontro com a poética, porque sonhar é preciso… Revue Cultive - Genève
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HERALDA VÍCTOR ESTRELA DA PAZ É
Natal!... Misteriosamente os gestos vão mudando Anjos, sinos ornamentando praças e vidraças Num encantamento tudo amorizando. É Natal... Aqui, ali, uma voz entoa uma cantiga Num coro que enternece e toca o coração da gente De repente, todos querem se fazer presente Dar um abraço, lembrar uma pessoa amiga É um estado de graça, por menos que se diga. Ah! Então que a voz da humanidade seja um hino Para embalar e acalentar o choro de um menino Que nasce e renasce a cada ano no amor. Descortinem-se as janelas ao repicar dos sinos! Ascendam-se as velas dos altares. Preparem a casa, a árvore, a mesa Mas por favor homens tenham fé! Preparem o coração. Olhem para o céu Dobrem os joelhos. Façam uma oração. Cruzem suas mãos. Louvem o Salvador! Cantem uma canção. Vejam que esplendor! Existe uma esperança. Sigam aquela luz, Numa manjedoura, sob a estrela da paz Para acordar os homens, uma criança chora E nos braços de Nossa Senhora Com a missão de salvar a humanidade, Nasce um menino, chamado Jesus! Heralda Víctor [IN “Nos degraus do silêncio”-P. 34]
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HENRIQUE FERRESI
RENASCER V
ocês que gritam desamor Eu morri Vozes que não dizem. nada Eu morri Vozes que são flechas em almas que são alvos Nós morremos Será que a falta do amor é um presente? Será que é preciso perder algo para conhecer sua importância? Perdemos aquele amor que nossos avós falavam no Natal? Ganhamos o maior presente de todos: A falta que ele faz! Deste chão que ardeu, renascerá, um dia, o amo. Renascerão as ideias e as pessoas Renascerão flores onde o chão ardeu e as cinzas do ar alimentarão a nova vida. Estejamos atentos para renascer também Atentos para lembrar como é o amor. Estejamos de olhos bem abertos para quando o amor, esse novo jeito de amar puro e sincero, renascer a nossa volta. A essa altura, estaremos firmes na missão de cultivar e regar esse amor. Henrique Ferresi Revue Cultive - Genève
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ISIS DIAS VIEIRA Fase de Depuração O caminho que conduz à harmonia no relacionamento exige que cada um limpe seu espaço interior, para dar lugar ao que aspira a sua alma (psique) e o seu espírito. Para tanto, é necessário aceitação de tudo o que acontece, como sendo um ensinamento individual, com objetivo evolutivo para o espírito, pois só ele evolui – o que permite avançar com consciência e ter uma visão justa da situação, dos fatos e dos seus sentimentos, mudando o foco da o mês de dezembro, o mundo inteiro, prin- consciência, que está virada para o outro, vira-se cipalmente o mundo ocidental, se mobiliza para para você. comemorar o Natal: amigos, festas, viagens, presentes, férias, idas e vindas, muita alegria e múlti- Quando a sua consciência está voltada para o outro, plas expectativas, tudo convergindo para os encon- é o mecanismo do mental inferior (racional) que tros. Nessa vibração, todos são motivados, e não está em ação. Por isso, você se apoia em julgamenimporta como, por um só objetivo: o encontro de tos e críticas. Quando o foco da sua consciência se família. Por detrás de todas as motivações, de to- volta para você, é o mecanismo do mental supedas as aspirações, há uma família, na qual todos se rior que entra em ação, e você se apoia no amor, na inspiram: a família de Cristo na Terra: Maria, José, clareza e na sinceridade. Essa consciência se desJesus e seus irmãos – símbolo da família universal, perta quando aceitamos que as nossas insatisfações nos quais nos reconhecemos e nos identificamos, não são causadas pelo outro, mas por nós mesmos; espiritualmente- filhos de Deus. E, na Terra, somos pois, muitas vezes, elas são geradas pelas nossas todos filhos de um homem e de uma mulher. fantasias de ego.
O CAMINHO DO AMOR N
O caminho do relacionamento humano, entre homem e mulher, para formar uma família símbolo da família universal, começa com um pacto de amor. Entretanto, antes de alcançar sua plenitude na imperfeição, esse pacto exige que cada um alcance a plena consciência de si mesmo. Caso contrário, tudo o que acontece gera conflitos, recheados de cobranças, mágoas, insatisfações; mas, a vida é sábia e sempre aponta para duas possibilidades, ou seja, a relação, ainda, pode evoluir tanto pela dor quanto pelo amor. Por isso, trata-se de um caminho que tem duas fases: a depuração e a mudança de foco. A segunda depende da primeira, e não importa em que nível o casal esteja, pois, quanto mais difícil é a fase de depuração, mais evoluído é o espírito que habita o humano e mais ele se aproxima de Deus. 38
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Esse confronto consigo mesmo deve levar à compreensão de que a sua felicidade só depende de você. O outro é apenas um companheiro de viagem, que pode lhe dar a mão nas travessias mais difíceis, mesmo estando sempre de braços dados com você, mesmo sendo ambos muito diferentes um do outro. Fazer as pazes consigo mesmo, abolindo toda e qualquer contradição, todo e qualquer conflito consigo mesmo, com a sua própria consciência. As contradições e os conflitos são gerados pelos julgamentos, que você faz a si mesmo e os projeta no outro. Para cultivar a paz consigo mesmo, você precisa parar de projetar no outro as suas raivas, seus
ódios, suas amarguras, seus conflitos, sua agressividade, suas carências, suas limitações, seus padrões de comportamentos culturais. No Brasil, ainda há culturas regionais machistas e, muitas vezes, sem o perceber, temos tais comportamentos, inconscientemente.
vida como vive uma criança, ele se referia à mente limpa (de julgamentos, que geram sentimentos negativos) e coração puro (pleno de amor), que todos tínhamos quando crianças e perdemos para nos adaptarmos ao mundo humano. Essas características estão adormecidas no nosso inconsciente e podemos resgatá-las nos nossos relacionamentos, Evitar preocupações supérfluas, que também ge- principalmente na família. Mente limpa gera sentiram discussões inúteis, julgamentos, revoltas, pa- mentos puros, que por sua vez, se manifestam atralavras ásperas que ferem o outro; banir de seu pen- vés de palavras e ações destituídas de julgamentos samento toda noção de culpa, defeitos, achismos e intenções do ego. dirigidos a você e/ou ao outro; evitar pensar pelo outro. Pense por si mesmo e pense bem! Para limpar o pensamento, é preciso, antes de tudo, elevar a consciência, mantendo o foco em Lembre-se que: um nível superior – o nível espiritual. Em momentos de desespero, de medo, de conflitos, não olhe Projetamos nos outros, o tempo todo, o que temos para o outro, comprometa-se consigo mesmo, se dentro de nós. responsabilizando pelo que sente, pensa, fala ou faz. Nenhuma prece, nenhum mantra, nenhuma A paz se aprende, se cultiva, se vive no cotidiano, oração, nenhum pensamento positivo, realiza mie se conquista, não fazendo guerra com o outro. lagres, se não é concebido pelo amor, principalOnde há amor, não há julgamentos nem achismos. mente a si mesmo. Se você se aceita nas suas imA paz, como o amor, é uma vibração que vem de perfeições, você não se julga, nem julgará o outro, dentro, não de fora. Quando você estiver em paz e é capaz de se amar e amar o outro, mesmo assim. consigo mesmo, poderá projetá-la no outro, nas Um pensamento simples gera palavras simples, que pessoas ao seu redor e no mundo inteiro. Quan- denunciam um amor puro. do você não estiver em paz, lembre-se que é com você mesmo e com ninguém mais. Então, dê um Neste mundo, há duas forças de oposição, que getempo para você reencontrar a paz. Essa história ram duas correntes vibratórias: de “não engolir” o que o outro disse ou não disse, fez ou deixou de fazer é o exercício do poder sobre Uma corrente material, de poder e dominação, e o outro, é dominação, é opressão, determinados uma corrente espiritual, de aspiração profunda, de pelas suas insatisfações interiores e pelos seus pa- amor, de paz e de sabedoria. drões culturais, geralmente, inconscientes. Pensando em você e na vida que quer ter, mesmo Cultive sempre a paz e a alegria; pois, são carac- que já o tenha feito antes, faça agora, de novo, a terísticas da infância perdida, que podem ser res- sua escolha sincera e trabalhe para alcançar o que gatadas; e isso só depende de você! almeja, mantendo o foco da consciência em você. Ter uma vida plena e feliz na imperfeição ou uma II. Fase de Mudança de Foco vida de sofrimentos de todo tipo, depende da escolha que você fizer, agora, neste exato momento O pensamento é a força que nos põe em harmonia, de sua vida. ou desarmonia, com todo o universo, com todos os reinos, com todos os mundos, com todos os seres. Esta Mensagem de Natal se baseia no ensinamenE tudo começa com a depuração, que libera o ca- to de Cristo, que chegou até nós, através de Jesus, minho, para que você resgate a sintonia com seus que nasceu neste mundo, há mais de dois mil anos. sentimentos de amor puro, e para a paz, principal- É por causa desse ensinamento, cuja síntese é o mente, consigo mesmo. Amor, que sempre comemoramos seu nascimento com alegria. Tudo o que é puro se manifesta de maneira clara, sincera, transparente, porque vem do coração. Feliz Natal! Quando Cristo disse que o adulto deve viver sua Revue Cultive - Genève
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JANIA SOUZA
FELIZ NATAL H
á entre os homens e dentro deles uma enorme necessidade de preencher o vazio. Essa falta de significado angustiante, que abala a estrutura humana. O indivíduo é gerado e aporta em um planeta, que aos seus primeiros passos o acolhe com hostilidade. Não há curso para a formação de pais. Não há curso para se praticar o amor e a tolerância. Não há faculdade de amizade e, muito menos, doutorado em casamento. Os valores importantes são tratados como babaquices e quem pratica, é cafona. Encontra-se fora de sintonia. Principalmente se engrossar as fileiras do grupo mais rebelde, aquele que busca afirmar a própria identidade e nega qualquer verdade posta, os classificados de adolescentes. Dizem que estão sempre em crise. São chatos e patinhos feios na sociedade. Consideram-se incompreendidos, mas suas atitudes fazem parte do contexto dos que lutam e buscam encontrar seu próprio espaço em uma colmeia díspares. Em um futuro, quase breve, serão tão conservadores quanto foram seus velhos pais e tornar-se-ão obsoletos para seus filhos e netos. O ciclo de cada geração sempre dinâmico e característico e em transformação está em acompanhamento ao próprio tempo com suas evoluções em todos os campos da vida e necessidades humanas. Revolução responsável pelas mudanças que conduzem ao bem estar e, também, à destruição. Nessa corrida desenfreada por evolução através da apropriação e compartilhamento de saberes e vivências torna-se necessário discernir que, além de carne, o ser humano também é espírito e esse espírito precisa de alimento para poder encontrar e entender sua própria razão de existir, de ter significado, de ser especial e fazer parte de um cenário social e antropológico, que requerem sua atuação e participação construtiva e transformadora, para que seu bem estar e felicidade, bem
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Natal/RN, escritora brasileira, poeta, declamadora, artista plástica, economista. Publica literatura infantil; infanto-juvenil, poemas, crônicas, contos.obras: Rua Descalça, Magnólia, a besourinha perfumada; Fórum Íntimo; Entre Quatro Paredes; O dia em que o boi falou; O Menino e o Cavalo; Nossa Morada; Lápis & Boca, Sentimentos; Voo nas Entrelinhas da Liberdade e Em horas vagas, 2017; Pingos de Momento e O Jovem Lenhador e o Violão, como, os dos demais viajantes nesse planeta possam ser atingidos com dignidade e respeito. Essa busca frequente encontra ressonância nos ensinamentos de um homem, não escritor, mas especialista em parábolas, encantador de multidões, que poderia ter passado totalmente incógnito pela Terra. Porém seus seguidores apropriaram-se da missão de divulgar suas palavras e levaram-na aos confins desse enorme solo atravessando o tempo até os dias atuais em uma mensagem sempre nova e atual. Que esse Natal seja de encontro e reencontro do sentido do existir, do partilhar na caridade solidária, do desapego ao material e valorização do espírito interior e coletivo, centrado no sossego, que leva a mansidão de coração e a paz universal. Faça sua vida ter sentido fora da guerra competitiva e do estresse da corrida diária pela sobrevivência. Ame-se mais e ame mais a tudo e todos. Encontre a beleza de Deus onde você está e agora. O nosso tempo aqui é muito curto. Vale a pena aproveitar o máximo e plantar fortes raízes de frondosas árvores para alimento. Feliz Natal! O Menino habita seu ser.
ÁRVORE DE NATAL
No peito Das lembranças
Jania Souza
Memórias De risos e abraços Emoções incontidas Retratos precisos De tempos adormecidos
A
lgodão doce É Árvore De Natal Carregada No coração Desde os primeiros Passos na infância Sem enfeites Ou velas Brilha Mais que estrelas
Costura de retalhos Marcados no corpo A cada pegada Árvore de Natal Cheiro de infância Afeto, carinho Tristeza e alegria Nos braços do Menino
Antologia Cultive 2020 Lançamento no Salão do Livro de Genebra www.cultive-org.com cultivelitterature@gmail.com Revue Cultive - Genève
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O ESPÍRITO DO NATAL A
guirlanda à porta pendurada, Luzes em cascatas cintilantes, Em cada lugar a festa celebrada. Diáfano, em vestes esvoaçantes, Aos quatro cantos o anjo anuncia: Todos unidos vamos celebrar A nova era de paz e alegria. Aleluia, nasceu o menino Deus. Ricos ou pobres, sem distinção, Toda a humanidade veio salvar, A todos em sacrifício a Redenção.
JACIRA BARROS
autora
Maria Jacira Serrano do Rego Barros, nasceu em Recife. Bacharel em Administração, diplomada pela FOCCA – Faculdade de Olinda. Apreciadora das Artes e, em especial da Literatura, passou a frequentar desde 2009 Oficinas literárias. É membro da União Brasileira de Escritores – PE, e da Academia de Letras do Brasil – PE. Participa do Grupo Literário Dom Graciliano, tendo contos divulgados em diversas antologias, incluindo as publicações do grupo ao qual pertence. Em maio de 2019, na caravana da Cultive participou do Salão do Livro de Genebra. Durante o evento apresentou o livro de sua autoria a novela, A noite que não tem fim. Na mesma ocasião proferiu palestra sobre A construção do Conto, um gênero textual dinâmico.
Sob a Árvore de Natal iluminada, O laço vermelho enfeita o presente Alegrando os adultos e a garotada, Demonstra o carinho que se sente. Ao redor da árvore símbolo da vida, Nesse momento, devemos meditar Na grande parte da população excluída, Em extrema pobreza jazem a definhar.
NATAL, NOITE FELIZ N
ova era de paz se deseja começar, Alegria a nos envolver e incentivar, Todas as criaturas procuram celebrar. Anunciando aos quatro cantos o evento, Luminosa surge a estrela no firmamento. Na manjedoura o menino a repousar. O frescor da noite, a brisa a espraiar. Infinito o momento a se rememorar. Tempo de compartilhar a ocasião, E unidos viver a grande celebração. Façamos como o Jesus recém-nascido, E contritos comemoremos o ocorrido. Logo os sinos vão alegres repicar, Informam é momento de se alegrar. Zelemos, que a paz se possa perpetuar.
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LUIZ CARLOS AMORIM –
O NATAL DO MENINO L
i, há algum tempo, uma nota na página de cronista daqui da Ilha dizendo que, nos dias atuais, o símbolo do Natal já não é mais o Menino que nasce todo ano para trazer ao mundo paz, fé e esperança. Agora o símbolo é Papai Noel, este senhor que tomou conta do Natal, por conta da conotação comercial que estamos dando à data mais importante da cristandade. Ele tem razão. O Natal transformou-se em uma festa comercial, quando compramos mais, enfeitamos tudo com muita luz, damos presentes e recebemos presentes. Mas o real significado da data vai sendo esquecido. Quando falamos em Natal, lembramos logo de Papai Noel. Mas não deveríamos lembrar do Filho de Deus, que nasceu para dar uma nova oportunidade ao ser humano? Comemoramos, festamos muito, bebemos muito, comemos muito – quem pode, é claro, porque há quem não tenha o mínimo para comemorar o nascimento do Menino Filho de Deus, a não ser com
Escritor, editor e revisor – Fundador e Presidente do Grupo Literário A ILHA, com 40 anos de trajetória, Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http:// www.prosapoesiaecia.xpg.com.br – http://lcamorim.blogspot.com.br uma oração – só não festejamos o real motivo da festa. Estamos nos distanciando do Menino e de seu Pai, estamos transformando o Natal em uma festa cada vez mais igual às outras. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos aproximar mais das forças que regem nossos destinos, não interessa o nome que lhe demos? Precisamos pensar nisso. Quando a noite do dia 24 chegar e abraçarmos nossos amigos, nossa família, nossas pessoas queridas, vamos lembrar do nascimento que é a razão da comemoração. Vamos erguer um pensamento em homenagem ao Menino que espera achar um cantinho em nossos corações para nascer mais uma vez. O Menino que significa renovação da vida, significa recomeçar com nova fé e mais esperança. Precisamos resgatar o verdadeiro Natal. E isso só é possível se resgatarmos a fé e deixarmos o Menino que está para chegar entrar no coração de cada um de nós. Aí, sim, far-se-á o Natal. Porque Natal não é só Papai Noel. Revue Cultive - Genève
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LÚCIA SOUSA
Delegué Cultive em Pernambuco Filosofando sobre o amor na Literatura – União Brasileira de Escritores –UBE, 2019 Referência Pernambucana aos Melhores Profissionais do Estado de PE – Associação Alimentando Vidas, 2019. Embaixadora Cultural e Medalha Mandacaru – Editora Enseada das Letras, 2018 Prêmio Porto de Lenha de Literatura. Editora Porto de Lenha, 2017 Participação na Festa Literária Internacional do Ipojuca, FLIPO, 2017
José, guiado pelo Anjo do Senhor. Com sua esposa Maria que estava grávida, foram para a cidade de Belém, na região da Judéia, para realizar o recenseamento. De origens simples e humildes não se incomodaram em ficar acomodados em um estábulo porque não conseguiram hospedagem, aonde o menino veio a nascer, em clima de festa, com os pastores da região e dos reis que vieram do Oriente, conduzidos pelas estrelas para celebrar seu nasci“ o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós mento. E a noite cintilava para a Realeza que recevimos a sua glória...” (Jo 1,14) bia ofertas de: ouro, mirra e incenso.
O MENINO JESUS E
Com graves suspeitas contra aquele, que temiam ser o aparecimento de um novo líder na região e que viria para governar, Herodes ficou inquieto, ao tomar conhecimento através dos Reis que vinham do Oriente para adora-Lo. Mas, o que provinha não seria para derrotar a supremacia Romana. “O meu reino não é deste mundo.”(Jo 18:36)
A Bíblia, o livro sagrado dos cristãos está divido em duas partes: O Antigo Testamento é uma coleção de quarenta e seis livros, que relata a criação do mundo e a história de Israel, as tradições judaicas, as leis, a vida dos profetas e o anúncio da vinda dAquele que seria o enviado de Deus, o seu Filho Jesus Cristo. No Novo Testamento encontramos a narração que se detém em particular a vida de Jesus. O Salvador procederia com outra finalidade, cuContém vinte e sete livros, de acordo com temas e mprir uma missão muito maior. De libertar Israel estilos diferentes: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, do pecado, da ignorância e para divulgar a palavra Cartas e Apocalipse. de Deus, com mensagens de paz, amor e respeito entre os homens, contra a escravidão, a opressão Por fim, com um lampejo para a data que se aproxie injustiça, um reino não regido por governantes, ma, gostaria que nascesse no coração de cada um mas pelo próprio Deus. Porque viviam dominados de nós: Jesus Cristo, o Senhor como centro, via e sob grande humilhação, obrigados a pagar altas mestre da nossa vida e do verdadeiro significado taxas aos seus dominadores. do Natal: Ele. Longe da fúria e maldade do terrível domínio do Feliz Natal. Império Romano, Ele estava protegido, por seu pai, Revue Cultive - Genève
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QUE TEIMOSIA É ESSA? Valquiria Imperiano
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ue teimosia é essa Que sai da passagem do tempo Que surgem com os seios de menina Na transformação do corpo? Que teimosia é essa Que enfrenta as afirmações dos velhos Que explode numa guerra sem pólvora ? Um nada, sai do nada Um pingo de chuva vira motivo de disputa Transforma-se numa tempestade imprevista Inundando as faces ofendidas Que teimosia é essa Que mesmo um simples rato Espantado na cozinha Vira motivo de conflito? Que teimosia é essa Que faz da mãe o inimigo Que leva os mais gentis filhos A virarem um feroz caudilho? Que teimosia é essa Que passamos mães, pais e avós Na adolescência dos tempos idos? A teimosia por nós esquecida E hoje nos acende o desespero E nos faz autoritários Exigentes do respeito Ah! A teimosia valente! Por todos nós vivida Que nos adolescentes é vida E por nós foi esquecida.
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MARIA JOSÉ ESMERALDO ROLIM
LOUVOR A
luz do dia é levemente dourada, O sol de verão, faz luzir o meu coração... É Natal, é tempo do nascimento de Deus, Também chamado aqui, de Deus menino... Nosso querido Jesus... Os troncos secos do agreste Nordestino, Fazem as árvores tremer com o calorão... Trepida o sol em pleno verão.... Escaldante, cozinha seu povo na procissão. Pedindo clemência a Jesus, e mais chuva no verão.
Esperando a invernada, que custa a cada verão! Tudo se alumia quando as nuvens ficam cheias e em maior profusão, Aparece a esperança,de que vem logo a fartura,Deus... bem de montão, Muita chuva e boa safra, acontecem neste verão. É Natal tempo de luz, esperança de gratidão, Ver a chuva molhando tudo, para deixar a servidão, Tudo se alumia na esperança, de não ter tanta agoniação... Ver o inverno enfim chegar, com muita plantação, E prato do pobre ficar cheio, Um presente de Deus em profusão.
Chega dezembro, últimas novenas, Nos momentos de apreensão,fazem promessas... O nordestino, neste momento de precisão, É lá que todos vivemos e aprendemos, Rezar com precisão...pedindo para Deus menino... Para salvar mais este ano e não sair em arribação, Precisa da chuva como presente, Olhar para a precisão, trazendo um pouco de Para não ter ir embora, nunca mais do não, do seu chuva, querido sertão... Alento para gente de montão, Este é o louvor ao Deus menino, Promessas bem conhecida, De todos que vivem Natal no nosso sertão. Ao nosso querido Jesus... A prece de servidão se repete, a cada oração, Revue Cultive - Genève
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MARIA INÊS BOTELHO
NATAL É:
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omposição do verbo Amar, - ritmar melodia que leva esperança e sonhos ao coração, - tradução de Fé alicerçada na família de Jesus, Maria e José. Natal soma: - mãos que se dão e doam afeto, alimento, paz, vida plena. Natal divide: - esperança de um mundo mais cristão, sereno, produtivo, verdadeiro. Natal apresenta: - sonhos acalentados colocados ao redor da manjedoura para se desenvolverem no novo ano que está para nascer. uanta alegria reina nos corações... Natal traduz: Quanta magia contagia o ar, as ruas, as praças, os - vida que nasce e resplandece ao luar, cercada de passos de todos que acreditam no Rei Menino, visi- simplicidade e da presença do Altíssimo. tado em sua manjedoura por Reis do Oriente, pas- Natal se faz: tores e animais. - com realidade viva extraída da comunidade que valoriza o irmão, o próximo, que é o retrato da Natal! semelhança de Deus. Natal é: Momento de refletir sobre quem somos e o que es- - você, somos nós que defendemos a crença cristã tamos a executar para o bem do próximo, ponto e acreditamos no renascer anual de Jesus Cristo, alto em relações cristãs. feito Homem para nos salvar.
NATAL!
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Que o encanto que a Família Sagrada traduz, neste Feliz Natal! nascimento do Salvador, seja o propiciar do olhar para o Alto e agradecer pelo bem coletivo a todos trazido. Que seja razão para o ampliar a compreensão do entendimento de que a “Estrela de Belém” indica que a existência da prática do amor, da solidariedade, da soma de mãos para o trabalho não traz divisão de contextos mas, sim, o alcançar do sublime degrau onde a vitória da Fé se localiza. Natal, vida do Menino Rei que salva vidas e propõe paz a todos os povos. 48
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NATAL LUZ! Maria Inês Botelho
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omemorá-lo com muita luz, alegria e felicidade é encontrar Jesus na manjedoura repleto de mensagens de paz, de proposições de humildade e união entre os povos. Trazer o sentido real deste Natal é apoiar e abraçar o que está descalço e o que tem comida à mesa, pois a presença do Menino Deus é a mesma dentro de cada um que o acolhe. Aconselhar-se no viver em sintonia com o amor é abraçar este Natal com a esperança de que o mundo ouvirá o seu clamor: não às bombas e sim à congregação dos homens. Colocar o Natal por entre os elos da fraternidade universal é definir-se por ser feliz ao tomar o irmão pelas mãos, buscando crescer em sentimento pelo próximo. Assim, ser Natal de amor e realização de sonhos é trazer no coração e nas ações o dar-se ao envolver o Jesus Menino em seus braços. É realizar o encontro da Terra com o Espaço Divino deixando as estrelas luzirem e se encontrarem na manjedoura do Bem Maior: a vida plena. Ser Natal é ter vida integrada e dignificada no encalço dos passos de Jesus, Maria e José.
Para você e todos que irão vivenciá-lo desejo um Feliz Natal com as bênçãos do Menino Deus. Maria Inês Botelho
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UMA NOVA ESPERANÇA C
hegou o Natal Com a harmônia também Trazendo a luz do menino Jesus Os dias passam E as paixões também Deixando as lembranças E a saudade também É tempo de alegria De realizações que vem Não desanime Pois as conquistas logo vem A cada ano que passa As canções da vida é modificada O Natal é a espera Para um Novo Ano de primavera. 50
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MARIA JOSÉ NEGRÃO
Escritora e artista natural da Bahia.
O QUE É O NATAL?
Segundo as Escrituras, Ele era o próprio Deus, que no princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus e Ele também era homem porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,1,14). Isso nos diz que a humildade foi assumida pela Majestade, a fraqueza pela Força, e a mortalidade pela Imortalidade.
É algo extraordinário em sabermos que o único mediador para recuperar o ser humano da morte nteressante é quando falamos em Natal, vem eterna seria o próprio Deus em forma humana. Por logo à nossa mente, presentes, árvore do pinheiro, conseguinte, foi através de uma natureza perfeita louvores, presépios, confraternizações com os ami- e integral de verdadeiro homem que nasceu o vergos e familiares. Porém, o fundamento do dia de dadeiro Deus. Tendo em Si a perfeição suprema e a Natal na verdade, é o nascimento de uma nova vida humanidade com excelência. Um Ser foi, é e será que, simbolicamente e historicamente, foi direcio- por nós. nada para o nosso Salvador. Justo é festejarmos o seu nascimento que representa o nosso renascer O NATAL não é tão somente o NATAL: é a data em conjunto com várias pessoas (o nosso próxi- do nascimento de Jesus, o Cristo. Independente de mo), independentemente de elas serem de nossa essa data de 25 de dezembro ser exatamente a de Sua chega entre nós, é o dia de unirmos os nossos família de sangue. ideais, confraternizarmos os nossos perdões. Além disso, devemos sempre, saudar os (as) amigos(as) Certas vezes, fico a pensar: -Ora, se Jesus Cristo foi crucificado na Páscoa e e os familiares com palavras de amor, abraços e até alguns povos comemoravam e comemoram tal mesmo presentes. Este é o momento de estarmos evento no mês de março ou abril, então, segundo irmanados no Amor Divino, em comunhão de alea história, quando tudo isso aconteceu, Jesus esta- gria e gratidão. va com 33 anos e seis meses. Fazendo as contas em escala decrescente do Sacrifício até seis meses Acredite, o Natal existe em cada um de nós, quer antes, podemos deduzir que Ele não nasceu em estejamos em lares menos abastados ou naqueles de mais condições. Contudo, se não estivermos dezembro e, sim, em outubro. com os coração repleto dos princípios Cristãos não Segundo a história, Ele possuía um temperamento estaremos completos. forte, era dedicado, tinha coração grandioso. Por tudo isso, creio em Deus Pai todo Poderoso Não sendo petulante, tenho cá minhas dúvidas: que o sentido do Natal é esse: a comunhão do amor será que o nascimento d’Ele não foi em 25 de ou- entre os seres formados pelo Supremo com a máxitubro? Tem muita a ver com as suas manifestações ma perfeição vibracional emanada do Seu grandioe decisões sobre os seus propósitos quando viveu so coração. entre nós em natureza humana. Essa é a minha reflexão para este Natal. Que cada Assim sendo, por suposições minhas, acredito que um celebre em Paz e muito Amor. somos do mesmo decanato.
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MARIA TEREZA PENNA SAPOS ASSANHADOS E
sse sentimento faz meus joelhos tremerem. Ele se manifesta involuntariamente ao teste de reflexo. Não quero ficar segurando joelhos na frente de doutores. Não quero que zombem de mim por não controlar é artista plástica residente em Belo Horizonte os meus joelhos. Minhas pernas aceitam que meus joelhos as co- Brasil. Ecologista incansável, cria suas obras usando produtos que retira do meio ambiente com a mandem. Mas meu cérebro pune quando reajo aos impul- intenção de chamar a atenção sobre os problemas ambientais locais. sos. Eu sinto vergonha quando minhas pernas pulam Ela foi uma das monitoras do evento “Um dia de como sapos assanhados. Felicidade” em Camurupim e do FECCAN em Não posso admitir que membros saiam por ai Alagoa Nova. Em Lagoa e realizou atelier de arte soltos e livres. nos dois eventos com a participação de crianças, São partes do Meu Corpo. Admitir que, não controlo tudo que me pertence, jovens e adultos tendo como tema A paz e a preservação da natureza. Poeta e autora do livro Cem é acreditar na liberdade. Culpas. Ela realiza um grande trabalho cultural Na liberdade do existir, incentivando a escrita e a arte em Belo Horizonte. Na liberdade do Ser. Acreditar é Ser Livre. Crer é ter Certeza. E Certeza te faz responsável., Responsável pela Vida, Responsável pelo Prazer de sentir Prazer. Sentir a Vida acontecendo Na mais Pura das Verdades E Verdades são muitas E te fazem escolher Como escolher entre as Verdades? Como excluir Sentimentos? Eu não desisto do prazer de estar Contigo. Eu não desisto de Você!...
VIII Antologia Cultive
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TERRA BRASIL Lançamento Salão do Livro do Genebra 2020
NIRIAM GOES 87 ANOS VIVENDO POESIA RESPIRANDO ARTE
NATAL F
“ oi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Por ser José um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente. Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: ‘José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados’.
tornou às suas cidades de origem para cumprir a ordem do rei. Maria e José também viajaram, de muito longe, e chegaram cansados a Belém, que já estava lotada de pessoas. Não havia nenhum quarto disponível para o casal pernoitar... nem uma barraca sequer para abrigá-los para passar a noite.
Depois de muito procurar por abrigo, Maria e José encontraram apenas uma estrebaria, onde, entre Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o animais e com o feno do local, improvisaram um Senhor dissera pelo profeta: ‘A virgem ficará grávi- leito para seu descanso. da e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel, que significa Deus conosco.’ Tudo era muito pobre, sujo e sem conforto. Ao acordar, José fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua esposa. Mas não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus.”
Maria estava grávida, e deu à luz um menino, que foi colocado na manjedoura... e eis que um clarão iluminou toda a região, chamando a atenção de todos, anunciando o nascimento do Salvador do Mundo: Jesus.
Mateus 1:18-25 Imediatamente, Deus mandou anjos para rodear, Há exatos 2019 anos, aconteceu na Judeia, onde rei- proteger e abençoar o menino recém-nascido. nava Herodes, uma convocação de recenseamento. E, nas montanhas, os zagais, que tentavam descanAssim, todo o povo que vivia em outros locais reRevue Cultive - Genève
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AMO TODAS AS ROSAS
sar seus corpos, perceberam algo diferente. No céu apareceu uma enorme estrela, que guiou os três reis, que segundo opiniões, não eram reis, e não eram três... como se conta em algumas versões. Só foram citados os três magos que foram visitar o Menino Jesus, levando como presentes ouro, in- Nirian Góes censo e mirra.
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O Rei dos Reis nasceu pobrezinho se comparado ois todas me alegram e dão prazer! aos que nascem hoje, nos berços bem preparados E com o pincel da imagianção, com todo o conforto e amor que uma criança pre- Crio rosas cisa. Mil rosas cheias de amores! E em um bouquet de beleza inimiginável, Louvado seja o Menino Jesus, que nasceu para nos Posso sentir o perfume da natureza trazer a salvação eterna! Que me eternece Do corpo até a alma Desejo um feliz Natal a todos os homens e Alma minha? mulheres de boa vontade. Ou serão alma de rosas?
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NEUSA MARIA BERNADO COELHO É NATAL, DEIXAI TEMPO DE JESUS ENTRAR NO NATAL VOSSO CORAÇÃO O C
Natal é feito de histórias Que encantam adultos e crianças Celebra-se a vitória hegou o tempo de Natal, as ruas e as casas De Jesus Salvador coloridas, brilhantes de luz, pisca-pisca e pinhei- Em grande estilo e ardor rinhos, anunciam a chegada do menino Jesus. Na Renovam-se a fé e a esperança tradição cristã, humildemente, Ele nasceu em uma manjedoura, em meio aos panos, capim e animais. Deixai entrar no coração Guiados pela estrela de Belém, pastores o visitaram Jesus, o parceiro de toda hora e os 3 Reis Magos trouxeram presentes. Na alegria e na solidão As profecias já previam que o Messias iria nascer na cidade de Belém da Judeia, a mesma cidade de Davi, nas montanhas de Israel, vizinha à Jerusalém. No entanto, a família era de Nazaré, uma cidade da Galileia, por isso, ficou muito mais conhecido como “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Pertencente à Tribo de Judá, após o nascimento, juntamente com seus pais, teve que cumprir certos cerimoniais que a lei previa para os Judeus. E, quando se passaram os oito dias para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, por um anjo, antes de ser concebido. (Lucas 2:21) Recebeu o nome Yeshua, ou Jesus em Hebraico, e foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mateus 28:19). A solenidade cristã celebra o nascimento de Jesus Cristo no dia 25 de dezembro, pela Igreja Católica Apostólica Romana e, no dia 7 de Janeiro, pela Igreja Ortodoxa. A data foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.C. Esse dia coincidia com as festividades romanas dedicadas ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano era um período de alegria e troca de presentes e continua até hoje para comemorar o Natal.
Siga-o pela vida afora No futuro, e principalmente, agora Como um anjo guardião! Quero ter Jesus comigo O amor semear Anunciar que o Natal é vida Ao rico e ao mendigo E às vidas sofridas A fé estou a cultivar Nos meus singelos versos Poesias hei declamar! Para no sorriso brilhar A harmonia do Universo Oh! Jesus, ouvi vós, meu clamor De Paz e Amor! Oh! Papai Noel! Ho Ho Ho, haverás de cantar Em alto e bom som desejar A todos: Feliz Natal! Amém! Em uníssono cantemos a melodia Criança feliz... Todos em sinfonia Ano Novo..., também! Revue Cultive - Genève
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NORMA BEZERRA DE BRITO Norma é cronista, contista e ensaísta com algumas incursões na poesia. Ela começou acarreira literária fazendo oficinas literárias no Recife com o escritor Raimundo Carrero e, em Brasília, com o escritor e dramaturgo Marco Antunes. Com trabalhos publicados em várias antologias, ela escreve , também para a revista «A Província», do Crato. Tornou-se membro da Academia Cruzeirense de Letras/ACL e da Academia de Letras e Música do Brasil/ ALMUB. Reuniu seus contos e crônicas e publicou um livro intitulado: A Vida não é Ensaio. Norma gosta de viajar aquém e além- mar e faz das vivências e da observação seus instrumentos de trabalho. Ela participou em 2019 do Salão do livro de Genebra onde lançou o seu livro «A vida não é ensaio». Ela participou também da exposição Imagem Poética no consulado Geral do Brasil e da Caravana Internacional Cultive que esteve em Berlim na Alemanha, Lisboa e Odivelas em Portugal.
QUEM É NORMA BEZERRA DE BRITO? N
Norma Brito é uma mulher de caráter alegre, forte, decidida, conciliadora e ativa; tudo somado ao seu telento literário e ao seu envolvimento com a cultura. Essas e outras características de personalidade qualificam-na para pertecer à grupos de ativistas culturais.
Baseado-se na sua pernsolidade e atividades, a preorma Brito é uma escritora natural do Crato/ sidente da Cultive, Valquiria Guillemin, que seleCE que mudou-se para Recife/PE com a familia e ciona a dedo os membros da Cutlive, convidou-a onde morou por trinta anos. Quando as águas pas- para fazer parte da Cultive representando a Assaram Norma foi morar em Brasília/DF onde re- sociação em Brasilia. Norma Brito disse sim ao convite e agora a Cultive conta com uma Delegué side atualmente. na capital do Brasil. Formada em Letras, ela tem cursos de Especialização em Língua Inglesa e Mestrado em Linguística Norma já está em plena atividade e começa o ano Aplicada pela Universidade Federal de Pernambu- de 2020 coordenando o evento Cultive «Semeando co/UFPE. Ela é professora de Inglês, aposentada a união literária» na capital do Brasil. pela Universidade Regional do Cariri/URCA do Seja Bem-vinda Norma! Crato/CE.
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RECOMEÇO
huva esparsa e fina. Olho através da vidraça.
NATAL DE OUTRORA, NATAL DE AGORA
A vista turva. Nada sinto. A água parece lavar Norma Brito minha alma. As gotas que se agarram ao pó da vidraça não caem. Algumas deslizam preguiçosamente. éspera de Natal. Rebuliço na casa. Filhos crescidos. Moravam distante, raras as vezes que se Acompanho a lentidão dos pingos. Volto à infância: viam. Motivo suficiente para estar eufórica e feliz. vejo barquinhos de papel levados pela enxurrada.
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Mesmo assim, impossível evitar a nostalgia. LemMeu ser quase inerte. Meu corpo – esse invólucro brava-se de um Natal diferente quando era criancarcomido pelo tempo cheio de sonhos. Alguns ça, em sua pequena cidade. Como num filme, via concretizados, outros arrastados por caminhos não nitidamente os preparativos para a festa. Uma vez pressentidos. ela presenciou assustada, a empregada embebedar o peru para facilitar a tarefa de sacrificá-lo e Tento levantar, não consigo. O soro desliza; tamno dia seguinte ser transformado num delicioso bém em gotas. Lentamente. prato: o tradicional Peru de Natal recheado com farofa de miúdos temperados. Cheiro forte vindo Esse vazio dentro de mim. Já molhei o rosto em da cozinha. Carnes, salpicão, rabanadas e bolo de prantos, o corpo em suor. Mergulhei em águas refrutas cristalizadas. Nada sofisticado, porém muito voltas e saí machucada. Agarrei-me à rocha e me especial. Aquele momento mágico quando toda a fortaleci. Banhei-me em rios de esperança e torfamília se reunia para desejar paz, brindar, degusnei-me pura, livre de todo o mal. tar as delícias natalinas e trocar presentes. Sinto sede. Preciso de água. Por um momento volto ao útero e mergulho no líquido da vida. Por quanto tempo fiquei nessa letargia? Beba um pouco d’água! Sorvi-a num só gole. Ouço vozes. Um homem de jaleco branco aproxima-se. Papéis à mão. Os exames estão perfeitos. Pode voltar para casa!
Não se recordava de nenhuma Àrvore de Natal. Não, se tivesse, ela não se esqueceria. Somente depois de casada ela comprou uma pequena árvore e todo ano a enfeitava com a ajuda dos filhos. Do presépio ela lembrava: a manjedoura com o Menino Jesus, as vaquinhas e os três Reis Magos. A história recontada, envolta de mistérios e beleza. Pura emoção.
O que mais fascinava a menina era o Papai Noel. Imaginava o bom homem sobrevoando os telhaSó então percebi pessoas ao redor. Rostos amados. dos, no trenó puxado pelas renas. E as cartas? JaFlores vermelhas num jarro. Uma alegria incontida mais se esquecia de escrevê-las. inundou minha alma. Meus olhos marejaram. - Mãe, porque é Missa do Galo? Tem um galo na Olho novamente a vidraça. A chuva havia cessamissa? Não filha, é que o galo canta anunciando o do. As gotas juntaram-se ao oceano, que se via ao novo dia. E na missa celebra-se a vinda do Menino longe. Jesus. É renovação de vida. Verinha fingia entender a explicação. - Corre filha, vem provar o vestido, falta ajustar na cintura. Não se mexa senão você se espeta com os alfinetes. Revue Cultive - Genève
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A garota sentia-se uma princesa com o vestidocor- de rosa, de babados e rendas. Você tem que me ajudar a enfiar a agulha. E, assim, a menina aprendeu a chulear, pregar botões, fazer casas de botões e barra. Tudo à mão.
com um macacão vermelho e gorro da mesma cor. Mas elas não precisam conhecê-lo. Muito menos de neve, trenó e renas. Nada disso saciaria sua fome, daria emprego para os pais ou um lugar para chamar de seu. Vermelho, elas já conhecem, o do sangue derramado por parentes e amigos, em briNatal. Presentes embaixo das camas. O velhinho já gas de gangues, nos estupros e abortos. Precisam de estava ficando esquecido e nem sempre trazia o que verde esperança. De dignidade; disso sim, elas prelhes pediam. Mas ficavam felizes mesmo assim. Ce- cisam. E nossa sociedade, de uma maior consciêndinho, a garotada corria para verem os embrulhos cia das desigualdades sócio-econômicas gritantes, coloridos. Eram boneca, panelinhas de alumínio, da pobreza extrema de nossos vizinhos da favela ao móveis de madeira com penteador, carrinhos. lado, nossos irmãos em Cristo. Recordações... Hoje não se chuleia mais à mão. Existe uma máquina – overloque - que além de chulear, ainda corta as pontas dos tecidos. O Natal transmudou-se. Banalizado com propagandas de produtos, lojas cheias, pessoas com sacolas de presentes. O comércio explorando as pessoas. Os enfeites das árvores bem mais modernos bolas rebordadas, inquebráveis. E até Papai Noel indo e vindo numa cadeira de balanço, se requebrando, tocando um instrumento ou dizendo Ho, Ho, Ho se lhes apertam um botão, ou plugam o fio. Brinquedos eletrônicos, adolescentes preferindo um modelo de celular mais sofisticado. Quase todo mundo compra em dez ou mais prestações. O sentido do Natal também é outro. Missa do Galo? A maioria nem sabe o que é. Alguns nunca assistiram a nenhuma. Os amigos para sempre se separaram, cada um seguiu seu destino. Não se enviam mais cartões de natal. Agora, são mensagens eletrônicas, impessoais. A Ceia em família parece ser a tradição que restou. Mas... E o espírito natalino? Nos semáforos, as menininhas se aproximam com uma flor, os rapazes com folhetos ou frutas. Rapidamente fechamos os vidros, travamos as portas. Dentro do carro, sacolinhas cheias de bombons e brinquedos para aplacar nossas consciências.
Revista Artplus impressa, bilíngue francês /português Participe da edição 2020 cultivelitterature@gmail.com
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Editora Cultive ISBN Suíço Registro na biblioteca nacional _Suíça diagramação - tradução - distribuição As crianças, felizes por um momento, correm a divulgação mostrar os presentes para as mães, sentadas nas calçadas com bebês nos braços, quase sempre aluRomance - poesia- história infantil - arte gados. Que importa? A menina de outrora agora compreende que muitas crianças jamais verão o bondoso velhinho de cabelos e barba brancos, vestido 58
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ÓSIA CARVALHO
CONSTRUÇÃO DE UM POEMA N
as minhas horas vazias, deixo meus olhos cerrados Para enxergar com clareza o presente e o passado. Nunca me faltam palavras um novelo a desfiar Encontro uma, mais uma, vão como águas pra o mar. A construção de um poema exige arte e mestria Um rendilhado perene com tristeza ou alegria. Percorrendo o universo, estrelas, céu e o mar Poeta sempre se abriga no pôr do sol, ou luar. O poema toma forma nas horas mais imprecisas, Uma trova, rima solta, um desafio na vida, Um grito que vem da alma sem divisa nem fronteira Nosso coração confesso, é quente, uma fogueira. Morada do sentimento, indispensável é o amor Sem amor tudo é vazio, seu viver não tem valor. Faça da vida um jardim, tire da flor o espinho. Segure na mão do outro q ue surgir no seu caminho! Nas suas recordações, esqueça todo rancor... Sei, perdoar é difícil! Quem perdoa esquece a dor. Nossa morada é o céu, assim nos mostra a história Vida, estrada a percorrer, sem luta não há vitória.
MARIA ÓSIA LEITE DE CARVALHO nasceu em Jucás, Ceará – Brasil. Reside em Fortaleza, Ceará - Brasil. Professora aposentada, advogada. Escritora, bandolinista, musicista, integrante do Coral da OAB – Ceará. Compôs o Hino Oficial do Município de Iguatu e a melodia do Hino ao Advogado. Fundou a Casa da Amizade do Rotary Clube de Iguatu. Títulos: Cidadã Iguatuense e Advogado Padrão OAB – Ceará. Membro da Academia de Letras dos Municípios do Ceará e da Academia de Letras Juvenal Galeno.
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PIO BARBOSA NETO NATAL HOJE D
as cavernas aos arranha-céus, homens e mulheres nunca escaparam do encontro com datas especiais.
Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados, para chorar e fazer chorar, para enterrar os nossos mortos —Por isso temos braços longos para os adeuses, mãos para colher o que foi dado, dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer. Uma estrela a se apagar na treva. Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar, falarbaixo, pisar leve, ver anoite dormir em silêncio. Não há muito que dizer: Uma canção sobre um berço, um verso, talvez de amor, umaprece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça e por ela os nossos corações se deixem graves e simples. Pois para isso fomos feitos: para a esperança no milagre, para participação da poesia, para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos… Hoje a noite é jovem; da morte, apenas nascemos, imensamente. (Vinicius de Moraes- Poema de Natal)
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Os sinais exteriores de agitação nas ruas, dos apelos sedutores de vitrinas, refletem um quadro que nem sempre traduzem os sentimentos vivos de uma realidade mesclada na solidão de atitudes desertas, nos acenos de um mundo injusto a verter sua vacuidade profunda, mergulhada numa roupagem de contrastes, distantes das luzes que acenam nos grandes corredores das avenidas adornadas parecendo ser a vida, um conto de fadas, enquanto, sabemos que a cara da cidade sufoca nestes tempos a aparente miséria com slogans festivos e com comemorações que iludem os olhos sem iludir o coração. Por certo, neste período de festas natalinas, podemos vislumbrar ao nosso redor, inúmeros indigentes sem teto, moradia, renegados, às esquinas de um quarteirão qualquer de uma grande metrópole, dividindo calçadas com outros seres desiguais que por ali passam indiferentes aos clamores de tantos outros que esperam um gesto nosso que possa traduzir uma mudança visível no existir divisível de suas existências fragmentadas pelo ócio do tempo, pela escassez de tudo, pela fome, vício, pelo viver sem nome, lançado a um precipício de densas ruínas. Uma noite de Natal é ser luz até o final do ano que nos acompanhou, e buscar aproveitar e agradecer. É renascer em nós aquilo que acreditamos, confiamos, amamos e procuramos. É você saber o que está a sua volta, e aqueles que estão também saber o quanto são importantes.
Muito mais que qualquer significado, essa data nos propõe reencontros e afirmações do que somos e do que sentimos pelo mundo, pelos outros, por nós mesmos.
No seio da sociedade, muitos acusam claramente àqueles, que de forma devotada, dedicam-se aos excluídos. Seria oportuno que estes ditos religiosos, que sustentam a ideia de que estamos praticando um mero assistencialismo barato, pudessem Percebendo a obscura face da cidade, nas madru- ir aos hospitais, cadeias, onde inúmeros homens gadas, certa ocasião pude notar na solidão de uma e mulheres estão cativos a um leito ou a uma cela calçada deserta, frente às luzes da cidade a cobrir fria, e buscassem extrair argumentos que justifiespigões eretos, magazines, um menor de rua to- casse uma postura preconceituosa e indiferente cando aquelas vitrines, onde podíamos ver o desejo diante daqueles que estão à margem da vida e das daquele infante fitando olhos em alguns brinque- pessoas, alijadas do simples direito de viver e serem dos que estavam bem ali diante de sua realidade, iguais. profundamente cerceada pelo ócio de uma esperança que parecia mutilada diante da realidade Pessoalmente o que posso entender como um agir muda do que via. anticristão está na contradição visível do que se fala e daquilo que se diz crer. O que Deus espera de nós Talvez que nestes tempos, esta cena fale mais do não será nunca a nossa caricatura religiosa, pois asque as grandes manifestações natalinas que no ín- sim agiam os fariseus a quem o Cristo chamou de timo são uma forma clara de aquecimento da eco- “sepulcros caiados” – bonitos por fora, podres por nomia, das promoções que sustentam a impressão dentro. de que somos um país próspero, civilizado, capaz de mostrar ao mundo, nossas cores e luzes, em ruas Uma frase de um hindu me surpreende quando bem adornadas, quando dentro delas, nas caladas afirma: “Porque vocês cristãos teimam ver Deus de da noite, dormem indigentes, travestis, drogados, olhos fechados? Vejam-no na forma de mendigos, prostitutas, menores infratores, gangs, vultos sem pobres e necessitados”. nome e endereço, ilhados em um viver sepulcral como se fossem zumbis, “mortos-vivos”, sem que “Então é Natal, e o que você fez?” ninguém ou nada lhes alcance, além do preconceito que os cerca e os acompanha mercê também de (*) Pio Barbosa Neto -professor, escritor, poeta, nossas escolhas, quando lhes negamos o direito de roteirista serem comuns, iguais a nós. (Texto Complementar – A questão do natal - PBN) (Fonte: obviousmag.org) Revue Cultive - Genève
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NATAL TODO DIA A
o longo dos séculos, os homens sempre buscaram interpretar rituais. Das cavernas aos arranha-céus, homens e mulheres nunca escaparam do encontro com datas especiais. Os sinais exteriores de agitação nas ruas, dos apelos sedutores das vitrinas refletem um quadro que nem sempre traduz os sentimentos vivos de uma realidade mesclada na solidão de atitudes desertas, nos acenos de um mundo injusto a verter sua vacuidade profunda. Mergulhada numa roupagem de contrastes, distantes das luzes que acenam nos grandes corredores das avenidas adornadas, “Um clima de sonho se espalha no ar, pessoasse olham parecendo ser a vida um conto de fadas, enquanto com brilho no olhar, a gente já sente chegando o Nasabemos que a cara da cidade sufoca, nestes temtal. É tempo de amor, todo mundo é igual. Os velhos pos, a aparente miséria com slogans festivos e com amigos irão se abraçar, osdesconhecidos irão se falar comemorações, que iludem os olhos sem iludir o equem for criança vai olhar pro céu, fazendo pedido coração. pro velho Noel. Se a gente é capaz de espalhar alegria, se a gente é capaz de toda essa magia, eutenho Em minha cidade, Fortaleza, tive a oportunidade certeza que a gente podia fazer com que fosse Natal de assistir no ano passado a edição do Ceará Natodo dia. Se a gente é capaz de espalhar alegria, se a tal de Luz - um espetáculo que reúne por semana gente é capaz de toda essa magia, eu tenho certeza cerca de 20 mil pessoas em média, que assistiram que a gente podia fazer com que fosse natal todo dia. verdadeiros espetáculos musicais - nas Praças do Um jeito mais manso de ser e falar mais calma, mais Ferreira e Portugal. tempo pra gente se dar. Me diz por que só no natal é assim que bom se ele nunca tivesse mais fimque o naO Coral da Luz canta todos os dias das sacadas tal comece no seu coraçãoque seja pra todos, sem ter do Hotel Excelsior - sempre com a presença de distinção. Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for crianças, que se destacam com suas vozes mágio melhor presente é sempre o amor. cas, emocionando a todos aqueles que assistem este momento de pura estesia e encanto. (Roupa Nova - Natal Todo Dia) Repetindo o sucesso do ano passado, quando o Ceará Natal de Luz contribuiu para a revitalização cultural de um importante espaço de nossa cidade, a Praça Portugal, foi mais uma vez palco do resgate das manifestações populares natalinas, caracterizadas principalmente pela religiosidade, cânticos e entretenimento. Entre as atrações artístico-culturais, o público pode assistir, a espetácu62
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los de orquestra, tenores, corais, num encontro que reúne a magia do natal a contagiar toda a cidade.
bem adornadas, quando dentro delas, nas caladas da noite, dormem indigentes, travestis, drogados, prostitutas, menores infratores, gangs, vultos sem nome e endereço, ilhados em um viver sepulcral como se fossem zumbis, “mortos-vivos”, sem que ninguém ou nada lhes alcance, além do preconceito que os cerca e os acompanha mercê também de nossas escolhas, quando lhes negamos o direito de serem comuns, iguais a nós.
Universal, abrangente, calorosa ¬ assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade e a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, No seio da sociedade muitos há que acusam de maPapai Noel vestido com roupa de lã e botas, cas- neira clara àqueles que de forma devotada, deditanhas, trenós, renas. cam-se aos excluídos. Até os anti-natalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de Belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade. Por certo, neste período de festas natalinas, podemos vislumbrar ao nosso redor, inúmeros indigentes sem teto, moradia, renegados, às esquinas de um quarteirão qualquer de uma grande metrópole, dividindo calçadas com outros seres desiguais que por ali passam indiferentes aos clamores de tantos outros que esperam um gesto nosso que possa traduzir uma mudança visível no existir divisível de suas existências fragmentadas pelo ócio do tempo, pela escassez de tudo, pela fome, vício, pelo viver sem nome, lançado a um precipício de densas ruínas. Percebendo a obscura face da cidade, nas madrugadas, certa ocasião pude notar na solidão de uma calçada deserta, frente às luzes da cidade a cobrir espigões eretos, magazines, um menor de rua tocando aquelas vitrines, onde podíamos ver o desejo daquele infante fitando olhos em alguns brinquedos que estavam bem ali diante de sua realidade, profundamente cerceada pelo ócio de uma esperança que parecia mutilada diante da realidade muda do que via. Talvez que nestes tempos, esta cena fale mais do que as grandes manifestações natalinas que no íntimo são uma forma clara de aquecimento da economia, das promoções que sustentam a impressão de que somos um país próspero, civilizado, capaz de mostrar ao mundo, nossas cores e luzes, em ruas
Seria oportuno que estes ditos religiosos que sustentam a ideia de que estamos praticando um mero assistencialismo barato, pudessem ir aos hospitais, cadeias, onde inúmeros homens e mulheres estão cativos a um leito ou a uma cela fria, e buscassem extrair argumentos que justificasse uma postura preconceituosa e indiferente diante daqueles que estão à margem da vida e das pessoas, alijadas do simples direito de vivere serem iguais. Pessoalmente o que posso entender como um agir anticristão está na contradição visível do que se fala e daquilo que se diz crer. O que Deus espera de nós não será nunca a nossa caricatura religiosa, pois assim agiam os fariseus a quem o Cristo chamou de “sepulcros caiados” – bonitos por for, podres por dentro. Uma frase de um hindu me surpreende quando afirma: “Porque vocês cristãos teimam ver Deus de olhos fechados? Vejam-no na forma de mendigos, pobres e necessitados”. Que a realidade do natal se revele não nas celebrações soberbas, recheadas de ostentação, mas que o exemplo do Cristo esteja em nós a fim de que obedeçamos ao seu chamado, pois para isto existimos, para seguir os seus passos. Em seus passos, o que faria Jesus?
Pio Barbosa- Professor, escritor, poeta, roteirista. (Textos Complementares - O Natal hoje e sempre – PBN/ A questão do natal – PBN/)
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ONIEDA DI DOMENICO PRECISAMOS AMAR F
ica sempre perto de mim, pois você me faz bem, me faz viva, me faz feliz, me faz ser eu, em nós! Não sejamos vulgares, pois existem muitos lugares, onde os mares se encontram e se abraçam, se beijam e se encantam um pelo outro, se misturam, viam um só, se sentem, no frio, no quente, no oriente, no ventre, sempre, e, por fim, saímos contentes, pois ardentes nos amamos
Revista Artplus impressa, bilíngue francês /português Participe da próxima edição 2020 cultivelitterature@gmail.com
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RITA QUEIROZ Natural de Salvador, Bahia, Brasil. Professora universitária, filóloga (pesquisadora do manuscrito), poeta. Autora dos livros Confissões de Afrodite, O Canto da borboleta, Canibalismos (Penalux, 2019, 2018, 2017), Ciranda, cirandinha: vamos brincar com poesia? (Infantil) e Colheitas (Darda, 2019, 2018). Organizadora de coletâneas. Colunista na Revista Cultural Evidenciarte. Integrante de diversas antologias, no Brasil e no exterior, e dos coletivos “Confraria Poética Feminina”, “Mulherio das Letras” e “Coletivo de autoras de literatura infantil e infanto-juvenil da Bahia-CALIIB”.
CERTEZA DAS ÁGUAS P
into certezas de azul No jogo de lágrimas que rolam no tabuleiro Embaralhadas nas asas dos anjos querubins Em voos com sabor de chuva. Das pedras que margeiam a estrada Brotam cálidas orquídeas silenciosas A desfolharem sonhos adormecidos sob a lua cheia Jorrando confetes e serpentinas de um coração naufragado. E dos rios que deságuam em mim Florescem primaveras de rubis Estrelas que deslizam versos de volúpia Esculpindo na pele sementes de nostalgia. Apago meus manuscritos inacabados Reescrevendo as linhas de um horizonte plácido Com tintas que sopram os rastros Das cicatrizes garimpadas na alma.
FOLHAS AMASSADAS O
poema não cabe em mim Não tenho carta de alforria Nem tampouco palavras que me definam Esgarçadas em sutis alquimias. O corpo não me pertence Sangra mar a dentro, Girando a ampulheta de resquícios Infindos e inertes e imprecisos. A lua não me envaidece Queima meus olhos de mar, Abrindo o tempo dos lilases. O silêncio me habita No fenecer das horas E encontros partidos. Rita Queiroz
Na confluência do sol, a brisa se insere na retina Tecendo correntezas em lânguidas marolas Ao som do piscar dos olhos De uma surreal poesia albertina! Revue Cultive - Genève
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RITA GUEDES BORDANDO PALAVRAS B
ordei em pensamentos Letrinhas pontilhadas a mão. Um universo de estrelas traduzindo emoção. Tercendo cada letrinha, Criei minha constelação. Palavras e sentimentos as uni com muito esmero. No livro da vida transcrevi rasgos d'alma verdadeiro!
Esta arte milenar altaneira, fonte de luz inspiradora,
É atividade sobranceira, Para poetas e escritores, É fonte de luz , grande esteio. Bordar palavras confesso, requer muita maestria. Nos bastidores da vida Expressar sentimentos requer notável sabedoria. Não bordo palavras sozinha. Qual colchas de retalhos Unidos com harmonia, Bordo em associações, academias. A arte do encontro pela palavra, Irmanadas São elos de esperanças, fonte de saber, Da humanidade o grande esteio. As terço com abundância, escrevo, leio. A arte da Palavra entrelaçada ao sabor do vento,ou desfolhadas, É conhecimento, é cultura compartilhada. É bálsamo para vida e para a alma! Livra-nos da ignorância malfadada. Velhos trapos inuteis, rasgados, Transformados em trajes úteis de gala, Bordados com amor em pontos cheios Unindo letrinhas, palavras alinhadas, São sonhos corriqueiros realizados De uma humilde artesãs da vida, Palmilhando bordando palavras Ao longo da minha estrada!
NATAL MOMENTO OPORTUNO PARA REFLEXÃO D
urante o período natalino, há uma preocupação com as ornamentações coloridas em casas, ruas e em apartamentos, compras de presentes, iluminações que se destacam no mundo todo, um deslumbre para os olhos. Confraternizações são realizadas antes mesmo da data oficial, 25 de Dezembro. Em retrospectiva, analizando os fatos concluímos que pouco mudou, no concernente ao amor cristão. Embora as pessoas pensem mais no próximo nessa época, muitas desconhecem o verdadeiro significado do Natal. Há aquela preocupação de comprar presentes, de mesas fartas, de enfeitar as casas,viajar, mas será que todos: estão com o pensamento e ações voltadas para o significado maior que é o nascimento do menino Jesus? Que Natal é tempo de fé, contemplação, caridade, fraternidade, espiritualidade e oblação? A festa da cristandade deve ser vivenciada com amor e humildade. Tantos natais já passaram e pouco fizemos no sentido de conseguirmos um mundo mais igualitário. Fortaleçamo-nos, pois com a chegada do Natal, lembrando sempre que as boas ações devem ser praticadas no dia a dia. Procedamos de forma que nos Natais seguintes possamos estar com a consciência tranquila, saciada pelo cumprimento do dever cristão. Que o Menino Jesus permaneça em cada coração e que nunca seus seguIdores esqueçam do Seu exemplo de amor, humildade e perdão. Natal é tempo de reflexão. Revue Cultive - Genève
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SUZELY SERQUEIRA tinha ido para junto de sua mãe para despertá-la e se aquecer, pois ali fazia muito frio! Por fim a obscuridade causou-lhe uma espécie de angústia! A noite caía já há algum tempo. Ele mais uma vez se aproximou de sua mãe e apalpando o rosto dela admirou-se muito, pois ela não se mexia e estava tão fria como as paredes daquele lugar.
A ÁRVORE DE NATAL NA CASA DE CRISTO Havia num porão um garotinho de seis anos de
idade. Esse garotinho despertou certa manhã no porão úmido e frio onde morava com sua mãe. Sentado num canto em cima de um baú, pensou... bem que eu gostaria de comer alguma coisa. Diversas vezes durante a manhã tinha se aproximado do canto onde num colchão de palha, velho e chato jazia a mãe enferma. Havia vindo de outra cidade e caíra doente.
O que podia pensar uma criança de apenas seis anos? Está muito frio aqui dizia ele com as mãozinhas geladas repousadas sobre o ombro da mãe já morta! Seus dedinhos estavam gelados e ele soprava para esquentá-los. Em sua cabecinha pensou: se eu buscar algo quente, mamãe acordará! Em sua inocência pegou seu gorrinho e saiu do portão, ao sair porta fora disse: que cidade grande! Tenho medo, mas também estou com fome, se eu tivesse alguma coisa para comer e levar para mamãe não precisaria ir tão longe dela. Pôs-se a caminho e logo avistou algo que se admirou: -Nossa! Que desordem, que algazarra ali ! E ao chegar mais perto - Quanta gente! Exclamou. Havia cavalos e carruagens, mas nada o fazia deixar de tremer, pois o frio era intenso! - Ah! Como eu gostaria de comer qualquer coisa e de me aquecer também, dizia isso esfregando as mãozinhas e soprando os dedinhos gelados que doíam muito! Um agente policial passou ao lado da criança e se volta fingindo não vê-lo. O menino continuou andando e viu uma grande vidraça e atrás dessa vidraça um quarto iluminado por uma árvore que subia até o teto. Ficou perplexo. -É uma árvore de natal! Um pinheiro coberto por muitas luzes!
Era véspera de natal e todos que viviam por perto, Além da árvore havia muitos objetos pequenos, procuravam sua festa. No corredor, ele havia enfrutas douradas e em torno muitos bonecos e cavacontrado alguma coisa para beber, mas nem a melinhos. Observou que no quarto havia crianças que nor migalha de nada para comer, mais de dez vezes corriam e brincavam todas bem vestidas e muito 68
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limpas, elas estavam bem felizes, brincavam, comiam e bebiam alguma coisa ouvindo a linda música que alegrava a todos. O pequeno menino olha surpreso e logo sorri, enquanto os dedos de seus pobres pezinhos doiam e os das mãos tornavam-se tão roxo que não podem dobrar, nem mesmo se mover! De repente, o menininho lembrou-se que seus dedinhos doíam tanto e se pôs a chorar. Mesmo com os olhinhos encharcados ele avista, através da vidraça, outro quarto que tinha outra árvore de natal e havia mesas, e sobre elas haviam bolos de toda espécie, e sentadas, quatro formosas damas que distribuía bolos a todos, que se apresentavam. Em sua cabecinha inocente achou que, se se apresentasse também ganharia algum bolo e com esse pensamento se alegrou e se lembrou de sua mãezinha doente, ela iria gostar muito de comer um pedaço daquele bolo. Então nas pontas dos pés o menino se aproximou, abriu a porta e entrou, mas imediatamente ouviu gritos e gestos que o repeliram, uma senhora se aproximou rapidamente e colocou uma moeda escondida em suas mãozinhas congeladas e abrindo, ela mesma, a porta da rua empurrou-o para fora! O medo nos olhos daquela criança era tão grande que a moeda se perdeu, e sem saber para onde, correu para muito longe soprando os dedinhos tentando esquentá-los. Chorando muito sem saber para onde ir e sem ter o que comer, por se sentir tão só e abandonado, uma angústia dominou-o, pois era tão pequenino e não sabia nada da vida. Caminhado atravessou o portão de uma cocheira, entrou num pátio e sentou-se atrás de um monte de lenha. - Aqui não me acharão, está muito escuro! Pensou ele.
muito surpresa viu uma maravilhosa árvore de Natal! E agora não era um pinheiro, nunca tinha visto nenhuma árvore semelhante àquela. Onde aquele pequenino se encontrava naquele momento? Que lugar era aquele? Tudo brilhava, tudo resplandecia e por toda a parte, meninos e meninas, só que eram iluminados e não estavam correndo, mas sim voando! Todos vieram em sua direção e o cercaram com brincadeiras e abraços levando-o com eles em seu vôo e ele mesmo voou e entusiasmado perguntou: - Que árvore é essa? E os meninos respondem, é a árvore de natal de Cristo! Todos os anos, neste dia, há na casa de Cristo uma árvore de natal para os meninos que não tiveram uma árvore na terra. Nesse momento soube que todas aquelas crianças haviam sido como ele abandonados a própria sorte, alguns haviam morrido gelados nos cestos enquanto dormiam, outros morreram junto as amas, mas todos haviam morrido pela fome e pelo frio e todos estavam ali. Ali, todos eram como anjos, todos juntos à mesa de Cristo! E Cristo no meio das crianças estendeu as mãos para abençoá-las e também as pobres mães que choravam. Cada uma delas reconheceu o seu filhinho, que correram chorando para abraça-las. Com suas pequenas mãozinhas enxugavam-lhes as lágrimas recomendando-lhes que não chorassem mais. E assim se passou a maravilhosa noite de natal. Pela manhã os porteiros descobriram o cadaver de uma criança congelada junto a um monte de lenha. Procurou-se a mãe e a encontraram morta um pouco mais adiante, mas os dois se encontraram no céu e tiveram sua festa de Natal junto de nosso Deus!
O menino encolheu-se encostado na cerca de tanto medo. Então bruscamente sentiu um grande Que a humildade, a generosidade e o puro de amor bem-estar. Às mãozinhas e os pezinhos tinham pa- Cristo faça parte de das nossas vidas! Feliz Natal!!! rado de doer e sentia muito calor como se estivesse 34°Salão Internacional do ao pé de uma lareira! Subitamente se mexeu um pouco mais, e estava tão quentinho que ia dormir Livro e nesse lugar, de repente ouviu a voz de sua mãezinda Imprensa de Genebra ha cantando uma canção de ninar! - Mamãe, vou dormir aqui. Ah! Como é bom estar em seus braços Do 28 outubro ao 02 de quentinhos, mamãe! E sua mãe disse docemente: novembro 2020 Venha comigo meu menino, vamos ver a árvore de natal! Ele não a via, mas sentiu alguém inclinado sobre ele e o abraçou no escuro. Ele estendeu seus informações : pequenos bracinhos e logo tudo clareou. A criança
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MOISES RICARDO MPOVA QUERO VOAR C
ansei Cansei de imaginar e não poder voar Hoje eu dou asas à minha imaginação Deixar-lhe-ei voar Na fonte da inspiração não quero parar Sou um recém Porém, quero ir mais além Quero voar Nas províncias de Angola Conhecer o mundo Mesmo sem indicação Quero apenas ir
Deixar a minha imaginação fluir Quero voar com a CULTIVE Mostrar ao mundo a minha cultura Em cada voo Incentivar a leitura Quero voar com o Lev’Arte Em qualquer parte do mundo Onde a leitura faz parte E o amor se reparte
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VANESSA GOMES DE MORAES sim todos os dias, mas nesta época, a intensidade da Luz, do Amor, da Caridade e da Fé se acentuam. Jesus Cristo não é propriedade exclusiva de uma tendência religiosa ou ideológica. Ele é uma Verdade pertencente a todos que O reconhecem como “Mensageiro da Verdade Eterna”, segundo as palavras de Josefa Rosalía Luque Alvarez, ou, seu pseudônimo, Hilarião de Monte Nebo, no precioso livro “Harpas Eternas”, volume I. O Verbo feito Carne, a Luz Divina, o Messias Rei de Israel, a Verdade, o Amor Misericordioso. Ele veio ensinar o perdão e a paz. A cura dos males físicos e espirituais. A humildade e a simplicidade como escada para elevação. As ruas se iluminam. As casas se enfeitam. Os sorrisos e confraternizações preenchem o mês derradeiro. Amigos que não se viam de longas datas surpreendem; familiares longínquos aparecem; até os mais carrancudos derretem-se em lágrimas ao cantar músicas natalinas ou assistir comerciais na televisão.
NATAL NASCIMENTO DA LUZ EM NÓS D
ezembro chegou. Para a Igreja Católica, estamos no período do Advento. Refere-se às quatro semanas que antecedem o Natal. É a alegre espera e celebração do nascimento de Jesus em Belém. O Homem mais conhecido entre todas as civilizações, pois mudou o calendário e a história mundial. Antes de Cristo e Depois de Cristo. Na realidade, esse acontecimento deve ser atualizado no coração da humanidade, todos os anos. Devemos agir as-
O Templo a ser habitado é o nosso Coração. A Luz a ser acessa é a da nossa consciência. A verdade, a paz, o perdão, a misericórdia, o amor, devem partir do nosso interior, e espalhar pelo mundo, como fez o Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele trouxe o ensinamento máximo da bondade. Como devemos agir para nos aproximarmos Dele, Deus Criador e Universal. Que os presentes sejam a nossa presença na vida de cada um dos que amamos. Que os cartões de Natal sejam a nossa sagrada e verdadeira palavra. Que a abundância dos alimentos, na mesa, possa se multiplicar e saciar a fome dos que mendigam pão material e extrassensorial. Que a fraternidade ultrapasse todas as barreiras. Que o perdão seja sincero. A paz, duradoura. A gratidão, eterna. E o amor, que esse seja a Luz Crística unindo nossos corações ao Menino-Deus, que está prestes a aniversariar. Revue Cultive - Genève
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VALQUIRIA IMPERIANO ram o buraco entre as colunas da ponte tentando protegerem-se do vento cortante. Encostaram-se na coluna e, deitados sobre os cartão, os quatro colados, abraçaram-se, aqueceram-se. Dormiram trocando energia. Não havia árvore de natal, nem bolas espelhadas, nem peru, nem pão. Não havia cantiga de natal, havia o ronco dos estômagos vazios. Não havia presentes, havia brinquedos etéreos que se apagaram à luz do sol ao acordarem, mas inguém no meio da rua, olhando as luzes pisnão se decepcionaram com a realidade, não conhecando que cobriam a árvores gigante, moderna, deciam a lenda do velhinho de barba branca, tão senhada e montada por designers à beira da praia, bonzinho, sentado nas lojas abraçando as crianças cores que mudavam sob o comandado eletrônico ricas. Nada, não tinham nada, nem o mínimo, nem de um painel de controle feito por um engenheidignidade. Precisavam mendigar e esperar a pena ro elétrico. Quando a cor mudava para o amarelo de um passante ou que não os olhassem com desparecia de ouro. A gigante árvore foi erigida sobre prezo. uma estrutura de metal que pesava 2 toneladas, tudo soldado nos mínimos detalhes. Trinta e cinco Levantaram-se e deram-se as mãos. - Vamos pra metros quadrados de base, da altura de um prédio praça. Hoje é véspera de Natal! Vamos, quero lhes de 2 andares. Parece uma tenda de índio iluminamostrar uma coisa muito linda! da! pensou. Poderia até servir de casa!
A ÁRVORE DE OURO N
Caminharam 40 minutos, as crianças reclamando da fome em silêncio. Chegaram à árvore. Sentaram-se para olhar. As crianças ficaram boquiabertas com tanta beleza. Um guarda aproximou-se, mandou-os circular. Afastaram-se, procuraram Ninguém abraçou-se tentando aquecer-se com seu uma esquina. Havia um shopping. Entraram, ou próprio calor. Procurou um banco, sentou-se enmelhor chegaram até à porta, foram barrados. Uma colhido, mas não aguentou muito tempo o vento música tocava ao fundo. «Noite Feliz, hoje é Naestava cada vez mais gelado, cortava a pele, saiu em tal!...» passos largos, quase correndo, esfregando as mãos. O sol se punha, nas ruas as pessoas escasseavam. Afastaram-se de novo, sentaram-se numa mureta O frio empurrava as pessoas para as suas casas. Alesperando alguém que lhes desse uma moeda. guém também caminhou para sua casa, a mulher e dois filhos esperavam-no. Caminhou durante 40 Fizeram uma boa colheita. Correram para a padaminutos até chegar em casa. A mulher levantou a ria, compraram pão, margarina e 6 ovos. Comeram cabeça, as crianças agarraram-se às suas pernas. o pão com margarina. Guardaram os ovos para o Pai o que você trouxe pra gente? jantar. Voltaram pra casa, dormiram de barriga cheia, tiveram melhores sonhos. Os ovos haviam Ninguém calou-se, as mãos vazias, os bolsos vavirado galinha, que punham ovos de ouro. Pudezios. Nada. As crianças choramingavam. Tô com ram entrar no shopping, sentar no colo de papai frio! Tô com fome! Calma, vamos nos aquecer com noel. Ganharam carrinhos e bonecas, e brincaram, o calor dos corações. Puxaram os cartões, protegebrincaram, e até desejaram ser médico quando Maior que a minha casa e bem mais segura! - pensou ninguém, olhando extasiado a gingantesca árvore de ouro.
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crescessem. Tudo sonho!
acendeu-se, linda, enorme, até música saia de dentro da árvore. Aproximaram-se da árvore queO sol bateu forte, acordo-os dos sonhos, recome- riam tocá-la. O guarda gritou: çaram a mendicância. Era NATAL. Ficaram até à - Ei vocês! Não toquem na árvore para não esnoite na rua, não conseguiram nem um centavo. O tragar! Querem quebrá-la? Se quebrarem não popovo estava em casa recebendo papai noel, jantan- dem pagar, nem com suas vidas! do os restos do jantar de natal. Vasculharam algumas lixeiras, pouco encontraram, mas degustaram Retiraram as mãos mais que depressa, tiveram um pedaço de panetone, e uma carcaça de peru que medo de pagar com a vida. escapara dos cachorros. Tiveram o almoço de Natal. Um cachorro esparava o resto. Sempre temos - Muito caro? Ousou perguntar o pai! algo pra dar e alguém pra receber - pensou Nin- O guarda baixou a voz. guém colocando o osso no chão que foi abocanha- - Sim, muito dinheiro para montar essa árvore, do pelo cachorro magrelo. você nem imagina! Quanto! Parece que custou três milhões de reais. O sol apagou-se, as luzes acenderam-se, a árvore Ninguém deu um pulo. As crianças não entenderam. - O que foi pai? - Meninos não toque nessa árvore, ela é de ouro! - Ela é de ouro, pai? Então vamos pegar. - Não fala besteira, menino, ouro é modo de dizer. Quer dizer que custou muito dinheiro, tanto dinheiro que daria para construir mais de cem casas pra gente como nós e ainda sobraria dinheiro. Os meninos ficaram silenciosos, pensando numa casa construída com o dinheiro da árvore de natal. Passaram-se os dias. Em janeiro vieram ver a árvore, só encontraram o espaço vazio. A árvore fora desmontada. O guarda estava lá. - Desmontaram a árvore seu guarda, por quê? Uma coisa tão cara deveria ficar pra toda a vida! - Pois é, vá entender! Botam um dinheirão para construir uma árvore que dura só dois meses! Ninguém que estava preocupada com a barriga, cortou a conversa e soprou na orelha do marido. -Que importa uma árvore tão inútil? Melhor irmos pra porta de uma loja, hoje tem gente na rua. Viraram as costas e saíram. -Vamos ganhar o pão nosso!
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VALQUIRIA IMPERIANO A TRADIÇÃO DA LUZ,
o Natal dos judeus?
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hanukka é considerado um dos feriados judaicos menos importantes, já que não está relatado na Torá – escrituras religiosas do judaísmo. Mas, por conta de sua proximidade com o Natal do cristianismo, a festa ganhou maior significado nos últimos tempos. A troca de presentes, por exemplo, comum no feriado que celebra o nascimento de Jesus, acabou fazendo parte da Festa das Luzes. Para muitos pais judeus, que vivem em países cristãos, trazer importância ao Chanukka, tornando-o um evento especial, é uma forma de fazer com que os filhos não se sintam excluídos de toda a festividade que ocorre durante o Natal. Todos os anos, após o pôr do sol do 24º dia do mês judaico de Kislev começam as comemorações do Chanukka, feriado religioso conhecido no Brasil como «a Festa das Luzes». Chanukka em Berlim Em Berlim todos os anos é montada a maior Chanukka da Alemanha. O Chanukka tem dez metros de altura e é colocada em frente ao Portão de Brandemburgo, durante todo o período de Chanukka. Candelabros semelhantes também são erguidos em frente à Casa Branca, em Washington, na Praça Vermelha, em Moscou e na Avenida Paulista, em São Paulo História O hábito de acender as oito velas e o simbolismo, que envolve tanto a luz quanto a liberdade religiosa, é baseado em uma história acontecida provavelmente no ano 165 a.C, descrita em livros como o Talmud. «O rei assírio Antiochus IV, um tirano que impôs
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a cultura helenística e, proibiu os "judeus de serem judeus". Com um pequeno exército, os rebeldes, conhecidos como macabeus, reconquistaram o Templo Sagrado de Jerusalém e conseguiram restaurar a cultura judaica. Foi durante a reconquista que, para os judeus, ocorreu o "milagre da luz". Para purificar o templo após a retomada, seria preciso acender ali a Menorá (candelabro de sete braços) com azeite puro. Entretanto, os macabeus encontraram somente uma pequena ânfora com o óleo, em quantidade suficiente para durar apenas um dia. Entretanto, segundo a lenda, a chama permaneceu milagrosamente acesa por oito dias, tempo necessário para que os macabeus conseguissem produzir um novo azeite.» Costumes Para lembrar o feito, são servidas, nas sinagogas e nos encontros em casa, comidas fritas em óleo. O menu típico inclui sonhos (sufganiyot) e panquecas de batata ralada (latkes). Costume menos difundido, mas ainda assim presente, é preparar pratos baseados em laticínios, como bolinhos de queijo. Alguns judeus incluem ainda croquetes, quibe de abóbora e torta de queijo gruyère.
"Festas judaicas como a de Chanukka têm um valor histórico. Mas o mais curioso é que mesmo que a história tenha acontecido há mais de dois mil anos, as tradições se mantêm e passam de geração para geração. Se os costumes fizessem parte só dos estudos bíblicos, o conhecimento ficaria na mão de poucas pessoas. Com tantos encontros familiares e eventos, todos se envolvem", lembrando também a filosofia dos rabinos: de que a luz dessa época do ano deve se espalhar.
Referência: https://www.dw.com/pt-br/ tradição-judaica-dafesta-das-luzes-coincide-com-o-natal-em-2014/a-18136870
VALDENE DUARTE EDUCAÇÃO SENTIMENTAL P
or ventos contrários tracei em minha alma, o canto do mar envolvido em dores, e quis educar como Ortega y Gasset, mostrar que é a Cultura que sempre está a serviço da vida e do bem amar! E dei aos meus leitores a minha poesia universal! Colhi da grande Mistral o verso chileno. Não tenho pudor de confessar e fiz deste poema minha paixão. Irrefletida e cega! Não tenho pudor de confessar que fui somente tua a cada dia. Minha alma adolescente era tua e teu inocente corpo era meu!!!
Antologia Cultive «O poder do Amor» Bilingue: Português /Francês Lançamento no 34° Salão do Livro de Genebra
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VERA DE BARCELLOS QUERIDA FILHA DA LUZ DE DEUS. M
uito nos alegram quando os filhos de Deus solicitam mensagens de todos nós que estamos neste plano dos mais diferentes neste grande Universo de Deus. As diferentes moradas também se encontram neste plano azul, terra de recolhimento e escola de crescimento espiritual. Nem sempre o correr da vida se manifesta com alegria e facilidade. A vida de todos os terráquios necessitam cautela, conhecimento, dinamismo e esforço. Para que possam acatar as Leis Universais que se encontram a disposição de todo o aprendiz, terão que galgar as escadaria do recolhimento interior através dos estudos e esforço continuado. É uma dedicação constante e um esforço para burilar todas as incidência negativa que há no momento neste vasto terrítório humano e em muitos corações. Para você desejamos um caminhar dentro da Lei Divinal, se esforçando cada vez mais para escutar as nossas solicitações e direcionamento. Procure escutar a voz de seu coração, lá estamos. Um mesmo sol para aquecer este plano constantemnete, é comparado as bençãos luminosas do nosso Pai Eterno a seus filhos prediletos. Todos estão no patamar de seu próprio conhecimento e esforço, uns mais e outros menos, mas todos um dia alcançarão as diretrizes do amor e caminharão unidos em prol da grande Fraternidade do Amor e da Paz. A amorização é um sentimento nobre iluminado dentro da Lei das grandes escolas de conhecimento antiga. 76
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O estudo é necessário á todo discípulo que deseja melhorar seus passos na caminhada reencarnatória. Todos nós, você neste plano terreno e nós no nosso, estamos no lugar certo, na cidade certa, no país certo e principalmente na família certa, para corrigirmos as nossas arestas. O aprendizado sempre será eterno pois somos eternos como filhos do mesmo Pai. Nossos mensageiros no planeta terra já iniciaram as apostilas de estudo transcedental há milhares de anos atrás. A Luz do conhecimento é para todos. Esta caminhada é destinada aos fortes de espírito que desejam melhorar sua postura frente as adversidades do caminho e estreitar seus laços de amor, discenimento e sabedoria entre os irmão que sempre foram irmão. Nossa fraternidade do Amor está distribuida em cada canto deste maravilhoso plano azul, caminho de aprendizado e escola de espiação e descobertas. Minha filha, muito te foi dado, muito te foi explicado. Tenha sua mente aberta ás eventualidades da vida, sempre buscando discenir o melhor caminho. A prece e a meditação serão o apoio para discernires sempre o melhor caminho a ser tomado. O estudo das Leis Universais será o primeiro passo para obteres o conhecimento milenar dos grandes filósofos e homens sábios, que impulsionaram o desenvolvimento do Homem nas esferas mais altas do Universo. Desta forma você poderá fazer suas escolhas e iniciar seus conhecimentos transcendentais e praticá-los quando você tiver um tempo. Escolha o seu tempo para estudos. Este tempo deverá acontecer semanalmente em horário especial e acessível ao seu aprendizado. O pequeno passo já é um começo no palmilhar da caminhada. O caminho é eterno, como é eterno o seu espírito e eterno sempre será o nosso aprendizado. Escolha um caminho realmente que transbordará de alegrias sabendo que o seu coração será fortificado com a esperança, a fé e a fraternidade. A dedicação aos seus familiares e o companheirismo abnegado com os colegas culturais já demonstram a beleza de seu coração iluminado. Seu coração e sua alma já estão preparados para o próximo salto, aprender sempre. Tenhamos olhos para ver e ouvidos para escutar a Voz que clama no deserto. Silêncio, meditação e a prece, para crescermos sempre na Luz Divinal com a bençãos do nosso Deus. Paz profunda. Um ser que caminha juntamente na luz com seus aprendizes. On Shanti.
WEIDINA DE OLIVEIRA RODRIGUES SOARES
FELIZ NATAL N
atal é renascimento, é alegria e é puro sentimento. Quanta beleza nas luzes e no brilho do olhar das pessoas. Os abraços ficam mais apertados e as pessoas comemoram a amizade, celebram a vida de uma forma mais delicada, mais amorosa. Tão bom seria se o Natal fosse todo dia! Celebramos o nascimento de Jesus Cristo. E assim, reacendemos a Luz no mundo, a claridade aos olhos dos seres e a esperança de lindos dias. As cores vivas do Natal encantam e embalam sentimentos. Guardamos, assim, uma coleção de bons momentos. O período Natalino deixa lembranças emocionantes na nossa memória afetiva. Tenho, sim, belos momentos! E você, leitor, que lembranças revela o seu coração?
NOITE DE NATAL E Nasci na cidade de Fortaleza, Ceará. Tenho duas graduações. Sou Pedagoga, pela Universidade Federal do Ceará e Psicóloga, pela Universidade Estácio de Sá. Tenho especialização na área de Informática Educativa e também, em Coordenação Pedagógica. Atuei como professora de educação infantil e também, instrutora de informática educativa no ensino fundamental. Sou Gestalt Terapeuta de crianças e adolescentes. A leitura faz parte do meu dia a dia. Sempre gostei do contato com o universo infantil e estou iniciando meus passos como autora de livros infantis. Com as crianças a gente aprende bem mais do que ensina.
ra noite de Natal Todos reunidos Sorrisos, abraços, carinhos As pessoas confraternizando a vida, o momento, o dia e a noite estrelada Uma linda árvore Natalina repleta de enfeites e belas embalagens, caixas, laços gigantes e coloridos Crianças correndo pela sala, gargalhadas ecoavam pelos corredores E de forma singela, um presépio abrilhantava a mesa da ceia Todos de mãos dadas para inciarem a oração, o transbordar da Fé É o nascimento de Jesus! É Luz! Dia 25 de dezembro: Ele nasceu! Que a Luz Dele perdure todos os dias no olhar, nas atitudes e na vida de cada ser! Revue Cultive - Genève
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TIAGO SILVA
É NATAL U
ma estrela brilha lá no céu, É noite e dela desceu seu véu, Todas as pessoas cantam, não há o mau É Natal! Nesta data tão feliz, Vamos desejar tudo de bom, Ajudar os necessitados, Ser tudo aquilo que agente quis.
34°Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra Do 28 outubro ao 02 de novembro 2020 Um evento que você não vai esquecer!
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CRIANÇAS E JOVENS FAZEM LITERATURA
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LÉO PESSÔA moração ao dia crianças, em 2019; Instituto Brasil Estados Unidos - IBEU/CE (apresentação musical em comemoração aos 74 e 75 anos da escola); Engenhoca parque; Recitais da Escola de Música Angelita Ribeiro, Colégios Farias Brito, Ari de Sá Cavalcante e Santa Cecília; Missa das Crianças do Colégio Santo Inácio; Palácio da Abolição, na posse dos Secretários de Governo, em 2019. Léo Pessôa foi o 1º colocado por seu desempenho escolar no 5º ano do ensino fundamental (2017), recebendo medalha e troféu por mérito acadêmico no Colégio Farias; foi o primeiro colocado no Show de Talentos do Colégio Farias Brito, em 2018; primeiro lugar na Feira de Tecnologia e Cultura do Colégio Ari de Sá, em 2019; participou do show eonardo Pessôa de Miranda (Léo Pessôa), nas- comemorativo de 10 anos de carreira do cantor e ceu em Fortaleza, no dia 23 de novembro de 2006, compositor Marcos Lessa. filho de Marcelo Miranda Barros e Tatyanne Roberta Pessôa de Miranda. Cursa o 7º ano do ensi- Além de música, Léo adora desenhar e escrever. Em no fundamental no Colégio Ari de Sá Cavalcante. outubro de 2019 participou da Coletânea InfantoPor volta dos quatro anos começou seus estudos Juvenil do Centro Cultura do Ceará – Semeando de “Musicalização Infantil” na Escola Angelita Ri- o caminho, com as seguintes produções artísticas: beiro. Aos seis anos de idade iniciou os estudos de desenho “Pegada Ecológica”; poesia “Mulheres são piano e violão na mesma escola com os professores joias raras”; música instrumental “Ventos do OuLeonardo Torres e Rafael Torres (atualmente estu- tono” (piano) e a canção “Arte e Vontade” (voz e da violão com a professora Brenna Freire); aos 8 violão). anos começou a ter aulas de bandolim, com o bandolinista Jorge Cardoso e aos 9 anos iniciou os estudos de canto, tendo aulas atualmente com o cantor Thiago Nigga.
L
Iniciou suas apresentações musicais em 2013, e já se apresentou nos seguintes locais: Teatro José de Alencar; Centro Cultural Dragão do Mar; Teatro do Shopping RioMar Fortaleza; Praça Verde do Shopping RioMar Fortaleza; Rádio Universitária FM 107.9, no Programa Brasileirinho; TV Ceará, no Programa Ontem Hoje e Sempre; TV Assembleia, no Programa Identidade Cultural; Rádio Dom Bosco FM 96.1, no Programa Rádio Criança, tocando, cantando e apresentando mensalmente o programa desde 2017); Rádio BandNews FM 101.7, no Programa “Edição de Sábado”, em come80
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MULHERES SÃO JOIAS RARAS Seus toques femininos são fenomenais Suas maneiras de ser, são sem igual Com a força da tranquilidade, Transformam tudo em raridade Com a beleza em todo o canto Elas espalham seu encanto, Que traz imensa harmonia E muita alegria. Com a coragem em sua alma Espalham a calma São muito estudiosas E grandiosamente talentosas.
NATAL, LUZ E FELICIDADE
As mulheres são joias raras Ninguém deve discordar Não podem ser agredidas, Nem maltratadas E devemos respeitá-las
O
Natal é uma época de luz e felicidade, pois verdadeiros milagres acontecem e as boas emoções que brotam em nossos corações alimentam a alma de todos que nos rodeiam. A fonte dessa luz é Jesus Cristo. Nessa data, celebramos o nascimento dele e relembramos toda a sua trajetória de amor, doação, dedicação ao próximo e a prática contínua de boas ações. O Natal tem a magia de unir as pessoas, de fazer com que elas lembrem a importância da gentileza, do afeto, do amor, do carinho e do perdão. Por tudo isso, o Natal é uma data super especial, porque renascem sentimentos e gestos positivos que andam tão esquecidos neste mundo caótico em que vivemos, mas que precisam ser lembrados e vivenciados para que o amor volte a florescer continuamente.
Revista Artplus impressa, bilíngue francês /português Participe da edição 2020 cultivelitterature@gmail.com
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TALITA RODRIGUES Cursando o Ensino Médio - E. E. Nilo Mauricio Trindade Figueiredo. Concluindo o primeiro ano do segundo grau. Italiano- Nível Básico; Por ser filha de surdo interessou-se em prender Libras; possui nível 1 em primeiros socorros; nível 1 em pioneiria e rastreamento. Faz escotismo desde 2015, no qual aprendeu alguns dos cursos acima. Pratica dança, desenho, poemas e prosa; mecanica aérea (Nível 1); meteorologia (Nível 2); ornitologia (Nível 1); Liderança Cristã - Nível 1,2,3 e 4
SURPRESA DE NATAL* É
meia-noite O sino toca Os anjos cantam Enfeites encantam Você queria me encontrar Bem aqui Te trouxe um presente O melhor que posso dar É somente teu Ninguém mais terá O sol poente A lua crescente Você não está presente O sino toca Você não está Perdeu o melhor Que eu poderia te dar
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PEDRO HENRIQUE ZEMKE TORRES 1° Lugar no IIConcurso Cultive Infantil de Literatura do Cacique. Quando recebeu o coral das mãos do amigo, ela pensou estar segurando um pedaço do arco-íris; cuidadosamente colocou-o ao sol para secar e o transformou em pó, porém o vento levou e tudo que aquele pó tocava ficava verde.
PARAISO MULTICOR H
á muito tempo, além do descobrimento, quando ninguém de fora ainda conhecia essa terra, antes mesmo dos europeus inventarem as grandes navegações, por ali a beleza era desconhecida. A vegetação era cinza e os animais que existiam eram escuros e branco, como por exemplo: antas, lobos, trinca-ferro, andorinhas, sapo cururu, seriema, o tamanduá-bandeira, a capivara e o fofo guaxinim.
Não se sabe bem onde era sua localização, se no Norte, Sul ou Nordeste, quem sabe Centro-oeste, ou Sudeste? Só sabemos que existia uma tribo primitiva vivendo naquele mato acinzentado. A filha do Cacique, um dia olhou para o céu e viu um belo arco-íris. Como não existiam aquelas cores na terra, inventaram nomes para elas: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. O desejo dela era trazer essas cores para sua terra, para dar mais alegria aos animais e a sua floresta, então contou esse desejo ao seu companheiro de aventuras. Um dia de muito calor, seu amigo, o filho do curandeiro resolveu mergulhar no mar e quando estava bem no fundo, seus olhos ficaram vidrados com tanta beleza, tamanho e cores dos corais. Antes de voltar à superfície para respirar, conseguiu pegar um coral verde para entregar a sua amiga, a filha
Vendo aquela mata verde que antes era cinza, teve uma fantástica ideia, se tem essa cor, deve ter várias outras; pediu ao amigo para mergulhar novamente trazer outros corais. Assim ele fez e trouxe amarelo, vermelho, preto, azul e laranja. Tendo em mãos outras cores, transformaram em pó, foram desenhar na areia formas de animais e jogaram o pó do coral por cima, no mesmo instante o animal ganhou vida e saiu voando, era das cores verde e amarela e chamaram-no de Ararajuba. Assim criaram também o canarinho, o tucano, a saíra 7 cores, papagaio campeiro, lobo-guará, sapo-boi-azul, onça pintada, o soldadinho-do-araripe e tantos outros animais. Criaram um pequeno bichinho que chamaram de abelha que poliniza as flores e renova o nosso pedaço de terra. Os animais sem cores ficam harmoniosos com os coloridos, tudo parecia um sonho com tanta luz e cor. Depois de tudo bonito, as grandes navegações chegaram e outros povos distantes, e colocaram o nome desse paraíso multicolorido de Brasil, por causa de uma árvore vermelha. Chegaram para explorar essas belezas e quase destruíram as florestas e os nossos belos animais, como: a ararinha azul, peito-vermelho-grande, maçarico-esquimó, gritador-do-nordeste, etc. Da tribo que coloriu toda essa terra, não temos mais notícias, mas se olharmos com carinho, podemos ver através das cores do nosso meio ambiente, a magia da filha do Cacique e a coragem do filho do Curandeiro, preservando e colorindo a fauna e a flora brasileira. Revue Cultive - Genève
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MARIA EDUARDA SCHUSTER SALVIA 2º Lugar no Concurso Cultive de Literatura Infantil. Estudante da EBM Maria Tomázia Coelho. Aluna da professora: Ednéia Patrícia Dias.
O BOTO COR-DE-ROSA B
oto cor-de-rosa, animal mágico, Famosa lenda e superstição. Seu nado encanta o rio E sua magia, meu coração. Seus primos do mar Devem invejar sua cor Nadando nas águas doces. Rio Amazonas. Que frescor! Na luz do luar Seu brilho expande Na beira do rio, uma mulher Por sinal, muito elegante. Aos poucos se transformando O Boto, na sua frente Um homem todo de branco Ela apaixona-se de repente Ao amanhecer, ele some De volta ao rio, a nadar Nosso querido boto rosa Sempre a nos emocionar.
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Autora:
CYNARA IVONE DA SILVA
3º Lugar no Concurso Cultive de Literatura Infantil. Estudante da Escola de Educação Básica Prof. Olívia Bastos. Professora: Marcia Reis Bittencourt Tijucas (Grande Florianópolis/SC)
A CIDADE DOS ANIMAIS VERDE E AMARELO A floresta Amazônica É uma extensa vegetação Habitada por animais Ameaçados de extinção. A Arara Vermelha E sua cor chamativa O vermelho deslumbrante De uma ave nativa. A Arara Azul Destacando-se na beleza Um azul vivo e intenso Uma ave da realeza. O Lobo Guará Também em extinção O único da espécie Que vive na solidão.
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VERA DE BARC ELLOS CRUZ E SOUSA 158 ANOS DE NASCIMENTO Aniversário de nascimento 24 novembro de 1861
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MEU CANTO
Hoje meu canto descortina na madrugada
Ciclos nostálgicos de um outono Que mansinho chega desenrolar suas matrizes d‘almas Na nova estação na terra da antiga Desterro Gostaria de descortinar num manto primaveril Os gorjeios dos pássaros em revoadas E sentir em minha própria pele Todos os sentimentos que tiveste outrora Hoje, comemoramos teus cento e cinqüenta anos, E reluzes em brilhos poéticos saudosamente Nos ângulos profundos da evolução eterna Fizeste a ti poeta nos teus delírios saudosos Quando a alma sofrida em desalinho Discorrendo de profundas feridas angustiosas Pela tua pele negra Do teu povo escravo alforriado Teus passos em estradas fantasmas Perambulando por matizes cada vez mais acinzentados... Tua raiz, teu grito buscando a pátria e a tua liberdade. Hoje poeta quero cantar Um hino de libertação pelo teu grito de vitórias Que retumbou tambores, Parou guerras literárias e rompeu fronteiras,
Seguiste rios e ergueste bandeiras E delineaste a milhões de almas O império literário do teu verbo Sensibilizaste a muitos, poucos te compreenderam E alguns te desprezaram. Tua coragem nas mãos erguidas abolicionantes Tuas palavras nas letras históricas e políticas Teus gritos poéticos de liberdade Foram traduzidos por dezenas de línguas Tuas linhas poéticas circulavam diretrizes concordativas. Tocaram corações, Simbolizando contornos sensíveis as almas que Cantam o eterno musical da Libertação Universal Possas hoje em repouso eterno Olhar os horizontes profundos dos teus feitos, Poeta Negro, Pérola iluminada, Farol para outros poetas Caminhos para tantos discípulos literários Em direção as obras dos imortais da Liberdade Nacional. Teu manto de luz toca todos aqueles Que seguem resolutos os compêndios eternos Da Luminosidade dos pequenos grãos de areia Caminho em direção ao Solo Eterno, sim, ao Solo Eterno
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hos. Em 1871 matriculou-se no colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou francês, latim, matemática e ciências naturais. Em Santa Catarina trabalhou como escritor no jornal abolicionista “Tribuna Popular”, além de ter sido diretor. Em 1877, Cruz e Sousa dedicou-se ao magistério e começou a publicar seus versos em jornais da província. Durante vários anos redigiu para o jornal Tribuna Popular empenhado na campanha abolicionista, com o amigo Virgílio Várzea. Passa a sofrer perseguições por ser negro. Foi proibido de assumir o cargo de promotor público em Laguna - SC. Em 1885 publicou «Tropos e Fantasias», em parceria com Virgílio Várzea, em que já se reconhecem algumas características marcantes do Simbolismo. Nesse mesmo ano assumiu a direção do jornal «O Moleque», cujo título se deve à sua rebeldia contra o preconceito de cor, de que sempre foi alvo.
CRUZ E SOUZA Cruz e Souza foi um poeta simbolista brasilei-
Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro. Ele foi colaborador do jornal «Folha Popular» e das revistas “Ilustrada” e “Novidades” e trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil.
ro. Ele foi o precursor do movimento simbolista No Rio casou-se com Gavita Gonçalves em 1893, e no Brasil com a publicação de suas obras “Missal” com ela teve quatro filho que morreram prematu(prosa) e “Broquéis” (poesia) em 1893. ramente de tuberculose. Após o ocorrido, sua esposa começou a apresentar problemas mentais. É patrono da Academia Catarinense de Letras, representando a cadeira número 15. Ao lado de Alphonsus de Guimaraens, ele é um dos mais impor- Esse momento trágico de sua vida está refletido em tantes poetas do movimento no país. algumas de suas obras, inspiradas nos temas da solidão, dor e sofrimento. João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, na cidade catarinense de Nossa Senhora A tuberculose matou o “Dante Negro” (apelido do Desterro (atual Florianópolis). que recebeu em referência ao escritor humanista italiano Dante Alighieri). Aos 36 anos faleceu na Ele era filho de escravos alforriados, nasceu livre. cidade mineira de Curral Novo em Minas Gerais, Foi criado como filho adotivo do Marechal de para onde mudara com o intuito de melhorar sua Campo, Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda saúde, no dia 19 de março de 1898. Fagundes de Sousa. Por ter nascido no dia de São João da Cruz, recebeu o nome do santo, e o sobre- Em 1905, seu grande amigo e admirador, Nestor nome da família que o criou e deu-lhe educação. Vítor, prestou-lhe uma homenagem, zelando pela Foi assim que ele estudou no Liceu Provincial de imagem de Cruz e Souza, incentivando a publicaSanta Catarina. ção, em Paris, da maior obra do poeta: “Últimos Sonetos”. A crítica francesa o considerou um dos Aos sete anos, Cruz e Souza escreveu seus primei- mais importantes simbolistas da poesia ocidental. ros versos. Em 1869 entrou para uma escola pública. Nessa época já declamava em salões e teatrin- Em comemorações ao centenário de nascimento 88
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Cruz e Souza, em 1961, foi publicada um volume com mais de oitocentas páginas intitulado «Cruz e Sousa, Obra Completa» As três fases da obra de Cruz e Sousa Na primeira fase de sua obra, Cruz e Sousa canta o estigma de sua raça e se deixa seduzir por tudo que sugere brancura, como na estrofe abaixo: Antífona Ó Formas alvas, brancas, Formas Claras de luares, de neves, de neblinas! Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... A segunda fase da trajetória, o poeta manifesta-se com a publicação de «Faróis», em 1900. Nela, o poeta transmite maior profundidade da vida, experimenta toda sorte de tragédia, sofrendo com a loucura da esposa. Música da Morte A música da morte, a nebulosa, estranha, imensa, música sombria, passa a tremer pela minh’alma e fria gela, fica a tremer, maravilhosa... A terceira fase de Cruz e Souza é marcada com sua obra “Últimos Sonetos”. Nela, o poeta mostra uma resignação, a sublimação da dor e das misérias humanas. Piedade O coração de todo ser humano Foi concebido para ter piedade, Para olhar e sentir com caridade, Ficar mais doce o eterno desengano.
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DESCOBRINDO Visita ao Palácio Cruz e Souza
O PALÁCIO CRUZ E SOUSA EM FLORIA NÓ POLIS
por Cleusa Odete Pereira
,
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presidente da Cultive D´Art et Solidarité, de Genebra /Suiça, Valquiria Guillemim, e a Delegué Cutlive , Coordenadora de Eventos da Instituição em Santa Catarina, Eloah Westphalen Naschenweng, e seis integrantes do Grupo de Poetas Livres: Heralda Victor- Presidente, Cleusa Odete Pereira, Iratan Martins Curvello, Maristela Giassi, Stela Máris Alves, contando com Eloah, também pertencente ao Grupo visitaram o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC. Fomos recebidos pela educadora do MHSC, Márcia Lisbôa Carlsson, que estava substituindo a mediadora Veronice Nogueira. Sala com a Timeline do Palácio: Márcia demonstrou, através do painel, a história da criação do prédio, que era um casarão colonial em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania da Ilha de Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da Silva Paes. Ele faz as plantas e solicitou a Portugal ordem para construir junto à praça da Vila de Desterro, um prédio de três seções e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo". Durante mais de um século, o casarão passou por diversas modificações, até que na mudança republicana, uma grande reforma, no governo de Hercílio Luz (1894–1898), foi realizada, adquirindo as características arquitetônicas preservadas até o presente. O acervo arqueológico, presente em vitrines nessa mesma sala, peças e fragmentos (porcelana, ossos, vidro, talher, louças de uso cotidiano dos séculos XVIII a XX) provenientes das escavações realizadas nos jardins do Palácio, entre 2002 e 2003. Hall-de entrada é pela Praça XV de Novembro: a recepção atual do museu saiu deste espaço para poder serem realizados os trabalhos de restauração do teto (com símbolos maçônicos e mitológicos) com a utilização de andaimes. O Palácio foi tombado em 1984 e possui um estilo eclético (barroco e neoclássico). Em seguida fomos Revue Cultive - Genève
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guiados até o andar superior, subindo pela escadaria de mármore de Carrara (Itália).
camos as pantufas para podermos andar pelo assoalho de marchetaria (desenhos no assoalho com
Já no patamar da metade da escadaria, pudemos ver uma grande claraboia feita para ajudar na iluminação, pois a luz elétrica só chegou no século 20.
madeiras variadas e cores diferentes) que variam em cada ambiente do Palácio (assim como a decoração dos tetos e das paredes que também são diferentes em cada ambiente). No teto, ao redor da claraboia, observamos uma rica decoração onde estão colocados em esferas azuis, com os nomes dos 44 municípios de Santa Catarina existentes na década de 1940. Sala do governador Há pintura datando de 1886, que retrata a Vista de Desterro com poucas casas e sem as pontes, feita pelo pintor Joseph Brüggmann. Também nessa sala há uma mesa de reuniões, a mesa do governador e objetos como tinteiro, telefone da década de 1920, retrato do governador Hercílio Luz e a primeira bandeira de Santa Catarina.
Continuamos subindo e, na sala de espera, colo92
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Sala Militar Este era o local onde ficava um militar para receber as pessoas que iam até o Palácio conversar com o governador. Há uma mesa com o primeiro Diário Oficial exposto, um relógio tipo carrilhão, um uni-
Sala do Poeta Cruz e Sousa Márcia explicou que desde 2008, os restos mortais do poeta voltaram para sua terra natal e o espaço escolhido para colocar a urna foi o Palácio Cruz e Sousa (1861 – 1898), local que já leva seu nome (homenagem feita ao poeta simbolista catarinense em 1979, quando o prédio ainda era a sede política e administrativa do estado). Nessa sala, há infor-
mações sobre a vida/obra do poeta, além do seu retrato pintado por Zumblick, artista catarinense de Tubarão, e um vídeo com seus poemas. O poeta Iratan Martins Curvello, emocionado, declamou seu poema em honra do patrono do Palácio.
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forme da guarda militar da época, e uma planta da cidade do ano de 1845 (ano em que Dom Pedro II visitou Desterro e se hospedou na então Casa de Governo). Sala da Lâmpada A primeira lâmpada acesa numa residência em Florianópolis está numa vitrine nessa sala. Gustavo Richard era o governador e é ele quem trouxe a iluminação elétrica para a cidade. Há uma pintura do retrato dele na parede, além de alguns móveis e o lustre inglês onde a lâmpada foi colocada na época. Sala de Jantar A pintura do teto retrata flores e frutas, há uma mesa posta enorme que era utilizada para almoços e jantares oficiais (toalha branca, com pratos, talheres, copos para diferentes bebidas). Numa parede está o retrato de D. Joaquina, mãe do Hercílio Luz, e na outra parede uma tela da Primeira Missa no Brasil, de Sebastião Fernandes, aluno de Victor Meirelles. Esta sala possui um vitral em estilo art-nouveau que se abre para a sala de espera e para as escadarias. Sala de Música Nesta sala destaca-se um móvel que é uma caixa de música que funciona com discos de metal de grandes dimensões. Asmúsicas estão gravadas para todos terem acesso, ficamos escutando a melodia que está num pendrive atrás da caixa.
Esta é uma sala mais feminina, onde as mulheres conversavam e tomavam chá. O teto é todo decorado com elementos musicais tais que partituras, harpas e anjos. 94
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Salão Nobre É a sala mais suntuosa do Palácio, onde reuniões importantes e decisivas eram realizadas. A decoração do teto é em alto e baixo relevo, contendo os símbolos da bandeira de Santa Catarina, além de espelhos. Na marchetaria do chão o mesmo desenho do teto e nas paredes estão algumas datas significativas para o Brasil: Abolição da escravidão (1888), Independência (1822) e Proclamação da República (1889). O episódio da Novembrada, está relembrada na placa que homenageava Floriano Peixoto (exposta nesta sala) e que foi arrancada pelos estudantes revoltados, em 1979. Em seguida, ela nos guiou até a sacada de frente para a Praça XV, de onde o então Presidente da República, João Batista Figueiredo
foi vaiado por muitos e aplaudido por alguns, por ter feito um gesto que o público entendeu por ser obsceno, dando início ao episódio que veio contribuir para a abertura política no Brasil, já que o país vivia sob regime ditatorial desde o ano de 1964.
Cleusa Odete Pereira
Este salão também foi local para velar os corpos de alguns governadores, além de ser também uma sala masculina, nela os homens conversavam e fumavam. Ainda nessa sala, uma sacada dá para os jardins e dela vemos um mural de 650 metros quadrados de Cruz e Sousa, trabalho realizado pelo artista Rodrigo Rizo, um dos pioneiros da arte urbana em Florianópolis. O retratoé pintado em preto e branco, como forma de representar visualmente características marcantes na obra do poeta. Túnel Um corredor estreito, com piso em mármore, que foi descoberto em uma das reformas do Palácio, e que contém as vigas de madeiras de sustentação do palácio originais do século XVIII. Há muita especulação de que haveria um túnel fazendo a ligação com a Catedral e, de lá, com um dos morros e, caso houvesse um ataque de piratas, seria rota de fuga. Uma visita prazerosa que deixou a Presidente da Cultive entusiasmada com a história não só do Palácio bem como da sua capital, Florianópolis.
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ARTE NÃO TEM IDADE Gabrielle Renoir à la Rose
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ierre -Auguste Renoir nascido em Limoges, Haute-Vienne, França, em 1841, Pierre-Auguste Renoir eras filho de Léonard Renoir, um alfaiate de origem modesta. Em 1844, a família se mudou para Paris, em busca de melhores oportunidades. Apesar de apresentar um talento nato para o desenho, Pierre mostrou um grande talento para o canto, que foi encorajado por seu professor, Charles Gounod, que era o diretor do coral da Igreja de St. Roch na época. Porém, devido à condição financeira da família, Pierre teve que parar com as aulas de música e deixou a escola aos 13 anos para se tornar aprendiz em uma fábrica de porcelanas. Ele ficou na fábrica até os 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert pintando temas religiosos vendidos a missionários e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiu juntar algumas economias.] Apesar de mostrar aptidão para o trabalho, Pierre costumava se cansar do que fazia na fábrica e buscava refúgio nas galerias do Louvre. O dono da fábrica reconheceu que seu aprendiz tinha talento e passou o recado para a família Renoir. Assim, Pierre começou a ter aulas preparatórias para ingressar na École des Beaux-Arts. Quando a fábrica de porcelana adotou o processo de produção mecanizada, Pierre foi obrigado a procurar outro emprego. Antes de ingressar na escola de artes, ele 96
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Absorver arte é impregnar-se de beleza, de delicadeza, de criatividade, de paz. Absorver arte é viajar no momento aprisionado pelo pintor na imagem pictórica. Em todas as idades e em qualquer tempo a arte pode aflorar Juventude. VImperiano fazia pequenos trabalhos de pintura para conseguir algum dinheiro. Em 1862, Pierre começou a estudar arte sob a supervisão de Charles Gleyre, em Paris. Ele conheceu Alfred Sisley, Frédéric Bazille e Claude Monet. Durante o ano de 1860, Pierre não tinha dinheiro nem para comprar tinta. Em 1863 Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre em Fontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864, com ela Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém após a exposição, Renoir destruiu-a. Em 1865 Renoir e seus amigos tornaram-se próximos de Monet. Seu primeiro sucesso veio no Salão de Paris de 1868, com o quadro Lise with a Parasol (1867), que retratava Lise Tréhot e seu amante na época. Apesar de ter começado a exibir seus quadros no Salão de Paris, em 1864, Guerra Franco-Prussiana retardou o sucesso das suas obras . Em 1874, uma amizade de dez anos com Jules Le Cœur e sua família acabou e Renoir perdeu não apenas o suporte ganhado pelo apoio deles, como também o generoso pagamento que recebia por
cuidar da propriedade da família em Fontainebleau e a floresta ao redor. A perda de sua fonte de inspiração para seus quadros forçou a tomar uma mudança de objetivos. Período Impressionista Retrato de Madame Henriot, 1876 Entre 1870 e 1883, Renoir entra em seu período impressionista. Pinta várias paisagens mas suas obras são mais caracterizadas ao retratar a vida social urbana. Período seco Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Foi à Argélia, à Itália. Na Itália conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. ver de perto as obras de Rafael foi o que o impressionou Período Iridescente Chamado pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em 1890 pintou «Duas meninas colhendo flores» e «No prado». Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes econômicas do pintor).
Pierre -Auguste Renoir Jeunes filles au piano
A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias. Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar. ” Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas. Este novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como «período seco», onde não houve mais espaço para pintura ao ar livre. Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: «As grandes banhistas» que só ficou pronta em 1887.
referência FEIST, Peter H. Taschen, ed. Auguste Renoir. 1990.
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BRENO GIESEKE
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studante da Escola Estadual Nilo Maurício Figueiredo-Lagoa Santa MG-Brasil Projeto sob cordenação de Nicia Hoelzle Nascido e crescido em Lagoa Santa MG Brasil,sempre teve uma admiração pelas artes e literatura,onde com apenas dez anos de idade começou a escrever suas próprias histórias e ilustrá-las. Com o passar dos anos, estudo e prática se agregaram e desenvolveu suas técnicas de desenho, abrangendo os mais diversos estilos e hoje trabalha como designer de joias e designer gráfico com trabalhos que já foram para Abu Dhabi, Dubai e Paris. Através de sua escola, passou a participar do projeto da antologia, Asa da Palavra como ilustrador.
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Avani Peixe,
artista e escritora nascida em Pernambuco, vivendo em Macéio. A Arte de pintar vem da convivência com a minha mãe que era uma Artesã nata e admiradora das Artes Plásticas.
Primavera
Sol Nascente
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FÉLIX SAMPAIO N
asceu, na cidade de Nova Andradina MatoGrosso do Sul, veio para Itiruçu -Bahia onde passou sua infância e adolescência em. Aos 17 anos passou a participar de eventos. Ainda residindo no interior suas pinturas eram figurativas com a técnica óleo sobre Eucatex, foi também a fase de muitos desenhos sempre voltados para a mulher e sua sensualidade. Em seguida veio a fase da pintura a óleo sobre tela, nessa fase o artista sobre influência da figura feminina, reproduziu alguns de seus desenhos na pintura cuja característica principal é a decomposição da figura humana, um estilo surreal. Autodidata, transferiu-se para Salvador na Bahia em 1986, onde se destacou em diversas áreas das artes plásticas como a pintura, escultura, desenhos. Já em Salvador, o artista participou de diversas exposições, coletivas e individuais, revelando produção artística intensa. Sua técnica passeia por várias formas de expressão em diferentes suportes. Félix não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação. Em 1991 foi convidado a participar da Mostra Violência Racial em Recepção a Nelson Mandela em sua visita a Salvador – Fundação Gregório de Matos e participou do Salão 13 na Biblioteca Central o qual foi Premiado com Medalha de Ouro em 1º Lugar. Em 1993 passou a se dedicar a escultura, trabalhando com as mais diferentes técnicas, suas esculturas tridimensionais se destacam pelas grandes dimensões, curvas e formas integrantes nas edificações urbanas.
Bahia o Monumento Cristo de Esplanada com 29 metros de altura, uma homenagem ao Centenário dos Capuchinhos colaboradores do município. Em 2004 recebeu o título de personalidade da década pela Câmara Municipal de Esplanada-Ba. Em 2005 com a técnica de mosaico, o artista, fez um painel de aproximadamente 420 m² contando a história da cidade de São Francisco do Conde interior da Bahia.
MODELAGEM EM ARGILA O uso da argila para modelar uma escultura sempre foi para mim algo que propicia uma sensação acolhedora. Mesmo sendo um material primitivo, ele me dá a liberdade de moldar, errar, consertar, alterar e desta forma eu tenho sempre a resposta que busco.
Quando dou inicio a uma obra, é na modelagem que tenho noção de equilíbrio. É na argila que dou forma à imaginação, às minhas emoções. É brinEm 1995-1996 e 1998 participou do Casa Cor Ba- cando com as texturas (lisas ou ásperas) e com hia juntamente com Arquiteta Rosana Meireles e as formas (geométricas ou fluidas) que eu acabo teve suas obras divulgadas no livro Decorator Show desenvolvendo uma percepção da noção de direHouses na II e III Edição na Argentina, Brasil, Es- ção e proporção. panha e Peru. Em 1999 foi idealizador e executor do Monumento Jesus de Nazaré com 22 metros A argila me oferece manifestações de fluidez e de altura, obra em homenagem aos 150 anos de cumplicidade da minha temperatura quando toca Emancipação do Município de Nazaré na Bahia. a argila fria surge uma mistura que gera uma enerEm 2002 foi convidado da Arquimacon (Maior gia. Essa troca me auxilia na criação e me permite Feira da América Latina de Plástico Reforçado) em manipular com total domínio, o que me dá a senSão Paulo para proferir palestra sobre o plástico sação de poder criar e de transformar tudo o que nas esculturas. E neste mesmo ano executou o Mo- for necessário. numento ao Centenário de Carlos Drummond de Andrade em Salvador na Bahia. Em 2003 foi convi- A modelagem proporciona - me a possibilidade de dado a executar o maior monumento religioso da dar forma a todas ideias criativas. Revue Cultive - Genève
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MARIA NAZARÉ CAVALCANTI A arte de pintar, desenhar e criar despertou emMaria Nazaré Cavalcanti ainda muito jovem, no Recife, cidade em que nasceu. Na infância começou a interessar-se pelas artes. Iniciou seus estudos artísticos na Escola de Arte de Tereza Carmem Diniz em Recife na década de 1970. Em mostra recentes, expôs no Palacio da Justiça em Portugal; em Mares e Estrela Guia - curadoria de Ângela Oliveira; em Barcelona, Calle de Bruc Artéria Bem; em Licchtensten Vadur Saal e Paris no Carrossel du Louvre em Outubro de 2018. Em 2019 em Barcelona,Viana. Com a curadora Baronesa Josélia Saldu, no Carrossel du Louvre, recebeu a medalha de ouro em criatividade .
SUA ARTE A
alegria, as cores e os ritimos multiculturais do Nordeste Brasileiro estão fortemente presentes nas suas obras e mostram a sua intimidade com a cultura popular do seu país. O diálogo entre a materialidade das tintas e o universo lúdico das possibilidades infinitas dos pincéis faz-se absolutamente possível sob o olhar da artista. Os temas em que trabalha são representados por traços retos e circulares preenchidos com cores vibrantes. O resultado é uma explosão de alegria geométrica que arte dá forma ao abstrato, 102
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Revista Artplus impressa, bilíngue francês /português Participe da edição 2020 cultivelitterature@gmail.com
Xadrez
Capim dourado
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Obras de NazarĂŠ Cavalcanti
Mar Vermelho
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Canga
Ponte
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CULTIVE I N T E RC Â M B IO CULTURAL BRASIL-SUIÇA
ções Culturais na Europa. Conclusão A CULTIVE empenha-se no sucesso dos seus eventos culturais colocando os autores, os artistas e suas obras em evidência na Europa e em outros continentes, transformando-os, assim, nos embaixadores da cultura brasileira nos países em que visitam.
A filosofia da Cultive é “Em se cultivando, bons frutos se produz”. É com base nessa ideologia que a Cultive proporciona o acesso à cultura e às pessoas O que é a Cultive privadas dela, agregando a esse trabalho a valorização dos profissionais que se dedicam às diversas Associação CULTIVE, Club International modalidades culturais. Dessa maneira a Cultive coD’Art Littérature e Solidarité com sede em Genebra loca os promotores culturais em evidência e auxilia foi criada para levar a cultura às pessoas, divulgar na construção moral, ética e cultural das crianças, artistas e autores na Europa; desenvolver no ho- dos jovens e dos adultos. Plantando a semente da mem à ética, e a cultura, favorecendo a aproxima- cultura, a Cultive auxilia a melhoria da sociedade ção dos carentes culturais e autores, ativistas cultu- através do desenvolvimento do amor por si e pelo rais, artistas. próximo e do respeito ao humano. por Eloah Westphalen Naschenweng
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A Associação CULTIVE – começou as suas atividades sociais realizando a Campanha da Felicidade em Camurupim na Paraíba em 2014. Em 2016, introduziu na campanha a participação de autores que realizaram oficinas de artes e de literatura. Em 2017 a Cultive criou seu estatuto e iniciou o trabalho de intercâmbio cultural entre o Brasil e a Suíça, organizando anualmente o Salão do Livro de Genebra para divulgar a cultura e a literatura Lusófona.
PROJETOS CULTURAL 2019 REPRESENTANTE E RESPONSÁVEL GERAL Valquiria Guillemin Imperiano – presidente daCULTIVE – Percebe-se que os eventos culturais abrangendo a arte, literatura, teatro e música privilegiam, principalmente, as grandes metrópoles. A Cultive como incentivadora cultural aposta no ineditismo da proposta, levando o CICBS, também, para cidades afastadas dos grandes centros urbanos e das capitais para que a população dessas cidades acesse atividades culturais diversas mesclando-os com a própria cultura regional. O contato entre alunos, escritores e artistas pode abrir-lhes o incentivo para o mundo das possibilidades reais quebrando, assim, o muro invisível que separa o público dos literatos e dos artistas.
Ações na Europa A Cultive organiza encontros culturais, caravanas literárias na Suíça e em outros países Europeus visando divulgar a literatura lusófona tanto para os imigrantes de língua portuguesa como para as pessoas de línguas estrangeiras interessadas em conhecer a cultura brasileira e dos países lusófonos. Esses intercâmbios divulgam a cultura, a literatura e os autores brasileiros e é um trabalho cultural cujos diplomatas são os autores e artistas participantes. O projetos Cultive visam contribuir para a divulgação da literatura, da arte brasileira e do trabalho Editora realizado por autores, diversas academias e AssoA Editora Cultive edita a Antologia Cultive e títu- ciações Culturais do Brasil e incentivar a troca de los de autores variados. Suas publicações têm ISBN ações culturais entre o Brasil e a Suíça estimulanSuíço e são registrados na Biblioteca Nacional Suí- do a expansão e a descoberta de novos interesses ça. A editora distribui as publicações Cultive, li- de autores, editoras, academias; dos professores, vros dos associados e dos participantes dos eventos alunos e a população de diversas regiões do BraCultive em bibliotecas públicas, escolas e associa- sil, promovendo assim, o intercambio cultural, das Revue Cultive - Genève
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artes, da literatura e da cultura em geral entre os participantes dos eventos Cultive. A Cultive acredita que por meio desses eventos, as artes plásticas, a poesia, a leitura, a música, as oficinas, os debates e as reflexões sobre temas ligados à cultura vão contribuir para uma nova maneira de pensar do cidadão levando-o a interagir com a realidade de maneira mais crítica e consciente. O conceito de Mediação Cultural é uma nova maneira de pensar e interagir com a realidade. Assim sendo, em 2019 a Cultive propõe uma série de eventos em diversas cidades do Brasil que integram o Cultive Intercâmbio Cultural Brasil / Suíça(CICBS). O CICBS visa novos estímulos (por meio da arte, da literatura, da expressão e da música), incentivando professores e alunos a serem os autores do seu tempo histórico. Ativo e participativo, o público vivenciará muitas oportunidades de construir e explorar o próprio conhecimento. Motivado e livre, alunos e professores diante de sua capacidade criativa e intelectual, poderão desvendar outras fontes de conhecimentos, vivenciando e explorando novos saberes e experiências.
Cassitas do 15/09/ 2019, Mandaguari e Maringá sob a coordenação da Delegué Cultive Maria Inês Botelho -17/18/09/2019; no Ceará, em Fortaleza – 25/09 ao 01 de outubro 2019 e Bitupitá – do 02 ao 06 de outubro 2019 coordenado pela Delegué Cultive do Estado do Ceará, Rita Guedes; Paraíba - Alagoa Nova - Paraíba – 17 ao 20 outubro 2019 será coordenado por Duvanil Nery, Laura Imperiano, Luiz Carlos Costa com o título de FECCAN -do 21 ao 24 de outubro 2019; Pernambuco, Lúcia Sousa Delegué Cultive de Recife organizadora do evento CICBS em Recife do 09 ao 13 outubro 2019 foram as cidades escolhidas para a realização do 1° CICBS (Cultive Intercâmbio Cultural Brasil-Suíça) em 2019. Palestras, conferências, oficinas, Concurso Literário Cultive Recital poético, leitura, premiações, apresentações musicais, lançamentos de livros, exposição de livros, apresentação de curta com a palestra – Cultivando a Literatura Brasileira na Suíça, lançamento e entrega das homenagens aos inscritos na Antologia A Efemeridade da Vida, cerimônia de Posse do Membro Internacional Cultive.
Premiação e destaques O público alvo dos projetos cultive são crianças, jo- Todos os participantes, colaboradores e apoiadores, vens e adultos e para animar a oficinas, palestras, professores, alunos, patrocinadores, parceiros, debates, saraus contamos autores, Academias, As- escritores e artistas que participaram do projeto sociações Culturais, Escolas, associações sociais CICBS receberam certificados e diplomas de parprofissionais liberais, músicos, artistas e editoras. ticipação CULTIVE. A CULTIVE – Associação CULTIVE, Club International D’Art Littérature e Solidarité criou o Festival Cultural Cultive em 2018, projeto que promoveu diversas atividades culturais destinadas aos professores, alunos do ensino básico e médio das escolas públicas e privadas e ao público geral oferecendo-lhes assim, a oportunidade de expandir e diversificar a vivência cultural em Alagoa Nova, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Crato.
CICBS Europa Salão do livro de Genebra, Salão de Luxembourg, Caravana Internacional Cultive, exposições de arte, encontros com escritores; auxilia e apoia propostas culturais; organiza antologias literárias (Antologia Cultive) anualmente; publica a Revue CULTIVE, Concurso Cultive de Literatura, Concurso de Literatura Infantil, a campanha filantrópica Campanha Um dia de Felicidade e o Festival Cultural Cultive, Exposição Imagem Poética e em 2019 são umas Em 2019 o 2° FESTIVAL CULTURAL CULTIVE das atividades organizadas pela Cutlive em Genena cidade de Alagoa Nova continua no circuito, bra lança Cultive Intercambio Internacional Brasil/ porém integrando o projeto CICBS (Cultive Inter- Suíça (CIBS) no Brasil, além de manter uma local câmbio Cultural Brasil-Suíça) de venda das obras lusófonas na sede da Cultive e no site www.cultive-org.com Estados e Cidades escolhidos Florianópolis - Santa Catarina - dias 12/13 de setembro 2019 sob a coordenação da Delegué Eloah Westphalen Nashenweng; Paraná: Curitiba sob a coordenação de Clarice Ignácio e apoio de Cassia 108
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FLORIANÓPOLIS
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CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL/ SUÍÇA - FLORIANÓPOLIS por Eloah Westphalen Nashenweng
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CICBS que continha uma programação vasta e variada (visitas à museus, lançamento de Antologia A Efemeridade da Vida e da Revistas Artplus, premiação, e a cerimônia de posse de novos membros aconteceu no dia 02 a 11 de setembro.
Cultive no Brasil e em Florianópolis.
No dia 05/09/2019 o Grupo de Poetas Livres(GPL) realizou sua reunião mensal. Desta vez contou com a presença da presidente da Cultive Art Littérature Solidarité de Genebra/Suíça, Valquiria Imperiano, que veio à Florianópolis para o Intercâmbio CultuO apoio de 3 entidades culturais em Florinópolis ral Brasil/ Suíça A reunião foi realizada no Sítio, foi primordial para o sucesso dos encontros. Toma- da sua associada Maria Pereira, localizado na reram posse como Membro Interncional Cultive 10 gião do Maciambu, Palhoça a cerca de 45km de membros a saber: Eloah Westphalen Naschenweng Florianópolis, nossa poderosa poeta completava 95 ( que também tomou posse como Delegué Cultive), anos na ocasião. O deslocamento foi feito através Iratan Martins Curvello, Maristela Giassi, Edenice de um micro ônibus entre risadas, alegria, poesia
da Cruz Fraga, Osmarina Maria de Souza, Neusa e cantoria. Maria Bernardo Coelho, Dioni Fernandes Virtuoso, Adir Pacheco, Henrique Ferresi, Vera Regina da Na ocasião foi ensaiado o Hino da Cultive. Eloah Silva de Barcellos, Moisés Ricardo Mpova. e Valquiria tiveram a oportunidade de divulgar bem mais os trabalhos da Cultive. A presidente O início da Cultive recebeu uma homenagem do Grupo Antes do início da programação no dia 02/09/2019 de Poetas Livres através de Certificado alusivo à houve uma entrevista na TV FLORIPA, na qual sua presença e seu excelente trabalho em prol da foram entrevistados Valquiria Imperiano, Eloah Cultura. Westphalen Naschenweng e Ricardo Moisés Mpova e no dia 03/09 de 2019 entrevista na TV A tarde terminou com um magnífico lanche prePRIME com a apresentadora Edenice Fraga entre- parado pelos filhos de Maria, com direito a bolo vistando Valquiria Imperiano e Eloah Westphalen de aniversário, velas, parabéns e declamação de Naschenweng que falaram sobre as Atividades da poesias, o GPL transformou a tarde num momento 110
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inesquecível. A presença da presidente da Cultive Art Littérature Solidarité, veio reforçar o apoio institucional entre as duas associações. PROGRAMAÇÃO FLORIANÓPOLIS INSTITUTO CARL HOEPCKE(ICH) O Instituto Carl Hoepcke fundado em 07 de junho de 2004 com o objetivo de promover a cultura em geral, bem como a preservação do patrimônio histórico material e imaterial que envolve a memória de seu patrono, Carl Franz Albert Hoepcke – o estruturador do desenvolvimento de Santa Catarina ocupa a casa pertencente a família em Florinópolis. Para entender de forma mais adequada a trajetória de Carl Hoepcke, foi necessário ampliar o campo de atuação do Instituto, pesquisando e estimulando a preservação de toda a história e o patrimonio cultural ligados à imigração alemã. O ICH mantém em sua sede, no centro cultural Ruth Hoepcke da Silva, um centro de documentação e memória com acervo composto por documentos, fotos, mapas, livros e objetos relacionados à história da empresa, da família Hoepcke, de diversas cidades e outros fundos relacionados à imigração alemã em Santa Catarina. O Centro de Documentação e Memória é aberto ao público pesquisador e pode constituir uma fonte primária para a história econômica do Estado e da imigração alemã. Também possui biblioteca com muitos exemplares em língua alemã. Todo o acervo encontra-se em processamento técnico, e está sofrendo inventário, catalogação, higienização e digitalização e só após terminado esse trabalho estará definitivamente à disposição do público.
rianópolis. Um dos pontos turísticos e comerciais mais visitados de Florianópolis une nostalgia e modernidade desde a reinauguração, em 2015. "Não há livro que conte a história de Floripa sem destinar algumas páginas ao Mercado Público. A região onde o prédio foi construído, abrigava um grande número de mascates, pescadores e comerciantes, que abasteciam os navios com seus produtos entre os séculos XVII e XIX. Mas a notícia da visita do imperador Pedro II à cidade marcou o início das transformações do mercado. Para melhorar suas condições de higiene e segurança alimentar, os comerciantes deixaram a rua e passaram a vender seus produtos dentro de um prédio a partir de 1851. A segunda ala, que hoje abriga as peixarias, surgiu quarenta anos depois. Em 2005, depois de ser tombado como patrimônico histórico municipal, um grande incêndio destruiu toda a sua ala norte. Depois do acidente, o local foi totalmente reformado e reinagurado em 2015". VISITA AO MUSEU HISTÓRICO DE SANTA CATARINA
Atual sede do Museu Histórico de Santa Catarina, o Palácio Cruz e Sousa é exemplo da arquitetura eclética do fim do século 19: uma mistura de estilos que vai do barroco ao neoclássico. Os traços atuais A criação do Instituto Carl Hoepcke foi uma ini- foram implantados depois de uma grande reforma ciativa das irmãs Annita e Silvia Hoepcke da Silva, realizada nos primeiros anos da República. É tombisnetas de Carl Hoepcke. Instituto Carl Hoepcke bado pelo patrimônio histórico estadual. Centro Cultural Ruth Hoepcke da Silva Avenida Uma sala no Palácio guarda os restos mortais do Trompowsky, 355 - Florianópolis grande poeta catarinense João da Cruz e Sousa, PASSEIO CULTURAL NO CENTRO HISTÓRI- principal nome do Simbolismo brasileiro, que nasceu na antiga Desterro em 1861. João empresta seu CO DE FLORIANÓPOLIS nome ao prédio que abrigou a sede do governo do Estado desde os tempos coloniais até 1984. ALMOÇO NO MERCADO PÚBLICO Participação de membros do Grupo de Poetas Livres e da Academia de Letras e Artes de Flo- O acervo do museu é composto por móveis e objetos de época. Os aposentos reproduzem a rotina de Revue Cultive - Genève
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quem vivia ali, com sala de música, de jantar, quar- LIDARITÉ, Sra. Valquíria Guillemin Imperiano tos e outros ambientes que fizeram parte da agitada presidiu a mesa composta pelo: pela Presidente da Acadêmia de Letras e Artes de Florianópolis história política de Santa Catarina. ADLA , Sra. Célia Ribeiro, a Presidente do Grupo de Poetas Livres-GPL, a Sra. Heralda Victor; a Sra EVENTOS OFICIAIS Eloah Westphalen Naschenweng organizadora do projeto CICBS em Florianópolis. Dia 12/09/2019- Sarau e lançamentos Centro Integrado de Cultura- CIC, na sala n° 3 - Lindolfo Bell com apoio: Academia de Letras e Programa Artes de Florianópolis/ADLA e Grupo de Poetas Livres/GPL. A abertura foi às14h com Hino Nacional e Hino da Suíça, Palestra de Valquiria Imperiano : “Genebra Cultural”; Apresentação da Revista Artplus; Revista Cultive e da Antologia “A Efemeridade da Vida” seguido de um Sarau com poetas do Grupo de Poetas Livres e da Academia de Letras e Artes de Florianópolis. Um Coffe Break foi oferecido pela Academia de Letras e Artes de Florianópolis e Grupo de Poetas Livres. Iratan Curvello, o cerimonialista da ocisião, reproduziu na inteHouve palestra da Sra. Valquíria Guillemin Impegra o programa conforme transcrito abaixo:. riano com o tema “GENEBRA CULTURAL” LanAcolhida do Cerimonialista Iratan Martins Curvel- çamento livro “A efemeridade da vida” e Revista Artplus e Revista Cultive. Sarau Literário coordelo: “Boa noite a todos, familiares e amigos convidados! nado por Heralda Victor, Presidente do Grupo de É com imensa satisfação e grande alegria que es- Poetas Livres – GPL. O Sarau Literário foi recheatamos reunidos na Sede da Academia de Letrase do de leituras e músicas. Artes de Florianópolis - ADLA, nas dependências do Centro Integrado de Cultura -CIC, para darmos DIA 13 DE SETEMBRO DE 2019 – início à 1o Sessão da Association Cultive Club Internacional d”art,Literature et Solidarité em Santa Sessão solene de posse MIC e premiação de 2° concurso literário infantil cultive Catarina. Esta sessão visa a apresentação da Association Cermonialista prof. Maura Soares, do IHGSC, da Cultive à sociedade catarinense, que será realizada ADELIT, do GPL abriu a sessão agradecendo pelo através da palestra da Sra. Valquíria Guillemin Im- espaço cedido para a realização do evento às Insperiano, lançamento da Antologia “ A efemeridade tituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina da vida” e das revistas Artplus e Cultive e realização (IHGSC) e Academia Catarinense de Letras (ACL), de Sarau a encargo do Grupo de Poetas Livres- GPL». instituições com sede na casa José Boiteux e à parA presidente da ASSOCIATION CULTIVE CLUB INTERNACIONAL d’ART, LITERATURE ET SO-
ceria com a Academia de Letras e Artes (ADLA) e 112
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«Prometo honrar o título de membro da cultive que hoje solenemente recebo, e destibar meus esforços em Houve em seguida a composição da mesa direto- prol da cultura e solidariedade; mantendo e elevanra, presidida pela senhora presidente da Cultive, do os ideais desta instituição, buscando contribuir Valquiria Imperiano, e os seguintes componentes: para seu aprimoramento e desenvolvimento.» Heralda Victor, Presidente Do Grupo De Poetas Livres, Lucas Ferreira, representando a academia Entrega da premiação Motivador Cultural à Heralda Victor e a Lucas Ferreira de letras e artes de Florianópolis (ADLA) o Grupo de Poetas Livres (GPL).
Premiação do 2° Concurso Cultive de Literatura Infantil 1° lugar – Pedro Henrique Zemke Torres, da EEBM Fazenda Ressurreição, de Águas Posse Membro Internacional Cultive Cada membro da Cultive a ser empossado foi cha- Mornas, Sc, com Paraiso Multicor. mado para receber a faixa, a medalha e o diploma 2° lugar – Maria Eduarda Schuster Sálvia, da Eebm das mãos presidente Valquiria (as faixas), de Ro- Tomázia Coelho, Do Santinho, com O Boto Cor De Rosa sângela Calza, da ADLA\SC (as medalhas) e Cleusa 3° lugar – Cynara Ivone da Silva, da EEBM Prof Odete Pereira, pelo GPL-Grupo de Poetas Livres, Olivia Bastos, de Tijucas, com a Cidade dos Animais Verdes. entregou os diplomas. Menção honrosa Maria V. De Oliveira – Da EEBM Mâncio Costa, Os membros empossados Dos Ratones, com um herói pro mundo animal 1-Eloah Westphalen Naschenweng 2-Maristela Giassi Diploma de mérito 3-Iratan Martins Curvello Ana Luiza Caveglion Cesário da Silva, da EEBM 4-Edenice Fraga Mâncio Costa com Arara 5-Neusa Maria Bernardo Coelho 6-Moisés Ricardo Mpova Prêmios destaque: 7-Vera Regina da Silva de Barcellos 1-Ana Vitória Martins Longen, da EEBM Fazenda 8-Adir Pacheco Ressurreição, com Animais Brasileiros 9-Osmarina Maria de Souza 10-Henrique Ferresi, representado por Maristela Giassi. 2-Mateus F. Jaques, ca Eebm Mâncio Costa, com Floresta dos Macacos 12-Dioni Fernandes Virtuoso 3-Júlia Cabral Machado, Da EEBM Tomázia Coelho, Após a posse, Eloah Westphalen Naschenweng, leu com Adivinhe se Puder o juramento e, em conjunto, todos responderam: 4-Higor Martins Santos, Da EEBMProf Olivia Bastos, Com A Cidade Certificados De Participação: eu prometo. 1-Mariana Longen Kühnen, EEBM Fazenda ResJuramento Todos em postura cívica, ouviram a primeira parte do Hino Nacional Brasileiro, na voz de Iratan Curvello. A presidente da Cultive Valquiria Imperiano, deu as boas vindas ao público. Em seguida 14 crianças com os estandartes que representam os valores da vida e da filosofia Cultive.
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surreição 2 – Gustavo Mariano Da Silva, Eebm Prof. Olivia Bastos 3-Carlos henrique elias, eebm prof. Olivia bastos 4-Nicolas guilherme s. Nascimento, EEBM prof. Olivia Bastos 5 – Rubia Naiane Alves Zimmermann, Eebm Prof. Olivia Bastos 6-July Natalícia Carvalho Da Silva, EEBM Mâncio Costa 7-Brenda P. Da Silva, EEBM Mâncio Costa 8-Luciely Fagundes Viana, EEBM Mâncio Costa 9-Ana Julia Deluchi, Eebm Mâncio Costa 10-Laura Demaratt De Souza, Eebm Mâncio Costa 11-Júlia Rodrigues Dos Santos, EEBM Tomázia Coelho 12-Luiza Charara Farias, EEBM Tomázia Coelho 13-João Vitor Carneiro Diniz, Eebm Tomázia Coelho 14-Gabriela Iolanda Jorge, EEBM Tomázia Coelho 15-Mariane Maglione Martins Moura, EEBMTomázia Coelho 16 Pietra Goulart Soares, EEBM Tomázia Coelho 17-Brian Kovalscki Lopes, - EEBM Tomázia Coelho 18-Vinicios Pereira Teixeira, EEBM Tomázia Coelho 19-Larissa Cadete Rego, EEBM Tomázia Coelho 20-Bernardo Bonfim Lopes, EEBM Tomázia Coelho 21-Eduardo Carvalho, EEBM Tomázia Coelho 22-Laura Charara Aires Da Silva, EEBM Tomázia Coelho
de livros. As entregas foram feitas por Stela Máris Alves e Cleusa Odete Pereira, ambas do Grupo de Poetas Livres. Homenagens entregues pela Presidente Valquiria Imperiano Certificado de Mérito pela parceria no evento Heralda Victor – G P L Célia Ribeiro De Morais – Adla, representada por Lucas Ferreira Certificado De Motivador Cultural Prof. Dr. Augusto Cézar Zeferino, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, em agradecimento pela cessão da sala representado pela Prof. Maura Soares. Maura Soares. Iratan Curvello, Heralda Victor. APOTEOSE A presidente Valquiria Imperiano, encerrou o evento entregando o Diploma de Delegué Cultive, à Eloah Westphalen Naschenweng e em agradecendimento pelo valioso trabalho coordenando o
Premiação aos Professores 1-Márcia Reis Bittencourt, EEBM Prof. Olivia Bastos, Tijucas 2-Katia Santos, Rayane Carolyne De Morais Clarindo Do Lago EEBM Mâncio Costa 3-Ednéia Patricia Dias, Maria Cláudia S. Natividade Vieira, Rayane Carolyne De Morais Clarindo CICBs um bouquet e o certificado de Motivador a Do Lago Eebm Tomázia Coelho Cultural. 4-Aloana Garcia, EEBM Fazenda Ressurreição Todos os alunos e cada escola receberam um Kit 114
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A presdiente daCultive finaliouzou o evento chamando à frente todos os representantes das institui-
ções presentes para se apre4sentarem. Sua alegria foi imensa, pois muitos vieram do interior do estado e salientou a expansão da Cultive que atravessa os continentes indo, também, até à Africa, pois um dos membros da Cultive é natural de Angola.
Ao término da sessão, alguns amigos foram jantar no Restaurante Guaciara, no Estreito, finalizando a noite da Cultive com um sarau poético musical. A presidente da Cutlive levará para Genebra a certeza de ter sido bem acolhida em Florianópolis.
ENTIDADE E AUTORIDADES PRESENTES NA CERIMÔNIA DE POSSE DOS MIC. Prof. Sergio Peters, Vice-Presidente do Centro Tecnológico da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina; Acadêmica Maria da Graça Fornari, Presidente da Microrregional da ALBSC (Academia de Letras do Brasil para Santa Catarina), da Grande Florianópolis, neste ato representando o Presidente da ALBSC, Prof. Miguel João Simão; Acadêmica Sônia Ripoll, presidente da Academia de Letras da Palhoça, SC; Acadêmico Mario Belolli, da Academia Criciumense de Letras e da COMPAR- Poesia; Acadêmico Osmar Cardoso, Diretor Estadual da ANACLA – Academia Nacional de Ciências, Letras e Artes; Acadêmica Rute Cardoso, Presidente da ALBSC, seccional de São José, SC; Acadêmico Sidney Lino, da ACLC – Academia de Canto e Letra do CENETI\ UFSC; Senhora Nelcy Coutinho Mendes, Diretora da Editora Papa-Livro, Florianópolis, SC; Acadêmico Elirio Tejada Franceschi, da ACLC, do CENETI (UFSC); Acadêmica Kátia Rebello, da Academia São José de Letras, cidade de São José, SC; Professora Marlí Magda Müller, da Escola de Educação Básica Municipal Tomázia Coelho, Bairro Santinho, Florianópolis, SC; Professora Márcia Reis Bittencourt, da Escola de Educação Básica Prof. Olivia Bastos, de Tijucas, SC; Professor Manoel Mário Reis Bittencourt, da Escola de Educação Básica Prof. Olivia Bastos, de Tijucas, SC; Professora Aloana Garcia Bilhan, da Escola Municipal Fazenda Ressurreição, de Águas Mornas, SC; Professora Elisa Piazza, da Escola de Educação Básica Municipal Tomázia Coelho, Bairro Santinho, Florianópolis, SC; Professora Ednéia Patrícia Dias, da Escola de Educação Básica Municipal Tomázia Coelho, Bairro Santinho, Florianópolis. Revue Cultive - Genève
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IRATAN MARTINS CURVELLO
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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Príncipe Poeta é natural de São Francisco do Sul-Santa Catarina- Brasil. É escritor, poeta, intérprete, artista plástico, colunista cultural do Jornal Fique Esperto e um fomentador cultural. membro internacional da Association Cultive Internacional Culturel D’art Littérature Et Solidarité com sede em Genebra-Suíça, onde passou a desempenhar a função de correspondente da Revista Cultive para o estado de Santa Catarina. É membro da Academia De Letras Do Brasil De Santa Catarina-Albsc Seccional De Florianópolis, membro do Grupo De Poetas Livres-Gpl de Florianópolis, da Federação Brasileira Das Academias De Ciências, Letras E Artes - Febacla com sede em Niterói-RJ. Atualmente está com sua segunda obra no prelo para ser lançada, onde faz uma homenagem ao poeta josefense “Alzemiro Lídio Vieira” falecido em 27 de outubro de 2013, ao qual intitulou “Nos Passos de Alzemiro” por ter o autor, se espelhado nele como um de seus mestres no campo literário. No último dia 19/11/2019 Iratam foi homenageado pela câmara municipal de São José-Santa Catarina-Brasil, com a medalha municipal de Mérito a Afrodescendente, dentro das comemorações alusivas ao Dia Da Consciência Negra, que se comemora anualmente em 20/11 e que tem como herói de resistência, o guerreiro Zumbi do quilombo dos Palmares morto nesta data em 1695. Ao usar a tribuna do legislativo josefense, solicitou à presidência da casa e aos seus pares, a implementação de políticas públicas efetivas para minimizar as desigualdades sociais, que se observam na sociedade local e que precisam ser implantadas agora, para que surtam os seus efeitos previstos, num curto espaço de tempo. Essa outorga dá-se em virtude do trabalho cultural que vem desenvolvendo no âmbito estadual e que busca trazer a baila, as questões ligadas às mazelas sociais a que estão confinados o povo negro brasileiro, resquícios ainda do período escravocrata que no Brasil perdurou ao longo de mais de 350 anos e que deixaram reflexões e consequências desastrosas, que ainda se evidenciam nos dias de hoje. Revue Cultive - Genève
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EDENICE DA CRUZ FRAGA
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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denice da Cruz Fraga é natural de Florianópolis-sc. Tenente-coronel da reserva da polícia militar, escritora, palestrante e apresentadora de tv. Possui dois livros solo publicados e participação em várias coletâneas, cd, sites e revistas. Faz parte da Academia de Letras dos Militares Estaduais de Santa Catarina, da ANACLA, FEBACLA e GRUPO DE POETAS LIVRES. Atua no meio literário como poetisa, contista e declamadora. Edenice está Membro Internacional Cultive em Florinópolis.
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OSMARINA MARIA DE SOUZA MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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smarina Maria de Souza é co-fundadora das Academias de Letras de Biguaçu, de São José, de S. Pedro de Alcântara, Desterrense de Literatura, de Canto e Letras do CENETI/UFSC da Academia Brasileira dos Contadores de Histórias. Membro da FEBACLA/Rio de Janeiro, do Inst. Histórico e Geográfico de Sta. Catarina, do Grupo Poetas Livres, Associação dos Cronistas e Poetas Catarinenses. Participação em Fóruns, Seminários e Conferências sobre Política do Idoso. Cinco livros publicados, mais quatro em parceria, participação em 54 coletâneas e 19 jornais alternativos do país, é voluntária na UFSC desde 1994. Osmarina assumiu a cadeira de Membro Internacional Cultive em setembro 2019.
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RICARDO MOISES MPOVA MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
Ricardo Moisées Membro Cultive e representante da Cultive em Angola é Delegué Cultive e estará viajando para Angola onde apresentará e representará a Associação Cultive em encontros poéticos com poetas locais. Jovens levando a cultura pelo mundo, quebrando barreiras e unindo povos. é isso que a Cultive incentiva e jovens como Ricardo abraçam a causa.
Quem é Ricardo Moises Mpova?
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oisés Ricardo Mpova, filho de Simão Paulo Mpova e de Rosa Bibiana Mpova, nasceu em Angola, na província de Luanda. Formado pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP), curso de Manutenção Industrial, voltado à equipamentos utilizados na
perfuração e produção de petróleo. Fez a sua formação sob regime de internato, lugar na qual encontrou inspiração na literatura. No ano em que ingressou no INP, Moisés começou a escrever um drama com o título "Sofrer para crescer". Durante a sua formação no INP participou das semanas científicas. E em 2010 escreveu o poema “INP” e declamou no aniversário do instituto (setembro de 2010), na qual estiveram presentes algumas Revue Cultive - Genève
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entidades do ministério dos petróleos de Angola. Ainda no INP, Moisés participou do jogral 11 de novembro alusivo a independência de Angola. Em 2011 Moisés foi eleito para liderar a Célula bíblica do Instituto Nacional de Petróleos “denominado Yevaresha Adonai”, exercendo o cargo de vice-presidente. No mesmo ano, estagiou na Prestadora Petrolífera Aker Solutions, antes de apresentar o seu trabalho de conclusão de curso. Em dezembro de 2011 Moisés conclui seus estudos no INP. Em fevereiro de 2012 foi contratado pela Multinacional Americana do ramo Petrolífero - Halliburton e em março começou a exercer a função de mecânico na área de manutenção de poços de petróleo. Em maio de 2012 fez o curso de técnicas de sobrevivência no mar e, por conseguinte, obteve a cédula marítima, documento que permite fazer trabalhos à bordo. Durante o seu percurso na Halliburton, Moisés fez muitos outros cursos como primeiros socorros, segurança marítima, espaço confinado, etc. Ao todo, foram mais de 15 cursos intensivos pela Halliburton University. Em janeiro de 2014 fez o seu último trabalho na empresa em regime off-shore (na plataforma de petróleo). Tendo trabalhado durante dois anos (2012-2014) nessa empresa, lugar que o inspirou a escrever o poema “A vida na plataforma”. Em março de 2014 Moisés parte para Brasil, dando continuidade ao sonho, formar-se em engenharia de petróleo ou engenharia mecânica pela UFSC. Em 2015 participou da organização do primeiro Sarau Levarteano, realizado na UDESC sob o lema “Casando com as Palavras” No ano de 2016 participou do Festival Internacional 6 Continentes. No mesmo ano participou do concurso de coletânea, realizado em Angola pelo Movimento Lev’Arte Angola. Participou em várias atividades no encontro de poesia, realiza124
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do pelo Grupo de Poetas da Trindade (GPT). Em 2017 Moisés participou da organização da Semana Acadêmica de Engenharia Mecânica (SAMEC), realizada pelos formandos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em setembro de 2018 publicou seu livro de poesia com título ‘’A fonte da inspiração” no CIC- Florianópolis. No mesmo ano, em dezembro foi homenageado pela Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina (ALB SC) e no dia 28 de dezembro também publicou seu livro em Angola. Em fevereiro de 2019 foi homenageado pela Fundação Arte e Cultura de Angola. Participou da Coletânea organizada pelo presidente da ALB SC, Miguel João Simão. Ainda em 2019 Moisés foi mediador do projeto biblioteca inquieta do SESC, com o tema “Somos todos África”, inspirado num dos poemas do livro “A fonte da inspiração”. Moisés é membro do Movimento Literário Lev’Arte Angola, desde 2012 e um dos fundadores do Núcleo Lev’Arte Brasil - Florianópolis. Em maio de 2018 foi empossado como membro da Academia de Letras e Artes de Florianópolis (ADLA), ocupando a cadeira nº 09 Patrono Cruz e Souza, madrinha Vera Portella. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC). No mesmo ano, em novembro foi escolhido para fazer parte do Conselho fiscal da mesma academia. Atualmente é estudante do curso de engenharia mecânica, monitor da disciplina de Aspectos de Segurança do Trabalho ministrado pelo departamento de engenharia mecânica da UFSC. Mesmo cursando engenharia, o poeta não deixou de lado a arte, aos poucos tem ligado a poesia com a engenharia. Para além disso é mentor do “Projeto Matemática com os Candengues”. Candengues é uma expressão da língua nacional de Angola, cujo significado é os mais novos. O projeto tem como objetivo ensinar matemática básica para adolescentes que pretendem fazer formação técnica, e não só, mas também para outras áreas. Todo sonho é uma matéria prima que precisa de processos para tornar-se numa peça “quase perfeita”. O foco é uma das formas que o Moisés encontrou para lapidar seus sonhos, apesar das quedas devemos nos manter firmes. Por manter sua firmeza, Moisés está aqui para dar seu contributo como escritor e poeta, integrando à CULTIVE ART LITTÉRATURE ET SOLIDARITÉ com sede em Genebra na Suíça.
Antologia Cultive «O poder do Amor» Bilingue: Português /Francês Lançamento no 34° Salão do Livro de Genebra Revue Cultive - Genève
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MARISTELA GIASSI
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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aristela fotógrafa premiada e reconhecida internacionalmente, mora em Florianóplis aonde realiza exposições. Maristela participa de várias academias culturais e está Membro Internacional Cultive.
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DIONI FERNANDES VIRTUOSO
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE Delegué Cultive em Criciúma e Região
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cadêmica Imortal, cadeira Nº 34, da Academia Criciumense de Letras- ACLe. Diretora Cultural da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil/SC- AJEBSC. Membro Internacional Cultive - Association Cultive Art Littérature Solidarité / Suíça. Membro da Academia Imbitubense de Letras e Artes- AILA. Membro Efetivo da Academia Virtual de Poetas e Escritores – AVSPE. Membro Correspondente da Academia Feminina Espírito Santense de Letras. Escritora do Grupo Com ‘Par Poesia. Formada em dois cursos superiores na área das Artes e Pós-graduada em Arte-Educação pela Universidade do Extremo Sul Catarinense/Unesc de Criciúma, cidade em que reside. Fez parte do Grupo Pesquisa/Formação da Universidade que se formou, que registrou as práticas e aprendizagens no livro "Pesquisa, Formação e Autoria", com lançamento após seis anos de caminhada. Dedicou-se ao ensino de Artes e foi autora de vários projetos divulgando a arte, entre eles, "A Influência da Cultura de Outros Povos na Arte Catarinense". Participou de várias Revistas Acadêmicas e Antologias no Brasil e Portugal. Além dos prêmios virtuais recebidos, foi laureada com o troféu “Cecília Meireles”, em Itabira/MG, em abril de 2014 e vencedora de alguns Concursos Literários, nas modalidades poesia, conto e crônica, até 2016. Em 2019, recebeu do Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos a outorga do título de “Doutora Honoris Causa em Literatura”. Além de escritora, é Artista Plástica e divide suas horas entre a escrita e a criação de obras de arte. Em 2019, recebeu da Federação Brasileira dos Acadêmicos de Ciências, Letras e Artes – FEBACLA, o diploma de Mérito Cultural e Social (Artista Plástica e Escritora). Acredita que em nossa trajetória "nada é por acaso"! Revue Cultive - Genève
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VERA DE BARCELLOS MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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era é Membro Internacional Cultive desde o mês de setembro. Vera Regina da Silva de Barcellos, é professora de Educação especial, musicoterapeuta, musicista, artista plástica e escritora. Em seu acervo literário mantém vinte e três obras literárias solo; cento e onze obras antológicas e coletâneas; quarenta e uma obras registradas na BNRJ; trinta e quatro diplomas, troféus, medalhas e comendas. Pertence a dezenove Casas Culturais entre elas: academias no Chile, Portugal, França e Suíça. É Embaixadora da Paz na Casa Acadêmica do Chile e França; Comendadora da Paz e Acadêmica patronímica na Academia dos Embaixadores da Paz na OMDDH. Sua alegria é conviver com sua linda família, filhos, nora e netos, seus trabalhos artísticos, musicais e literários e seus amigos, confrades e confreiras que comungam os mesmos ideais sociais, filantrópicos e humanitários.
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ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE Delegué Cultive em Florianópolis e região
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loah está Membro Internacional Cultive desde o mês de setembro e foi designada Delegué Cultive em Florianópolis e região. Eloah foi também a organizadora geral do evento Cultive Intercâmcbio Internacional Brasil- Suíça em Santa Catarina. A Cultive sente-se honrada em ter um pessoa tão dedicada no seu quadro de membros e dirigente. Eloah Westphalen Naschenweng, poeta e escritora, reside em Florianópolis/ Santa Catarina /Brasil .Professora, graduada e Tecnóloga em Automação de Serviços Executivos, funcionária pública estadual aposentada. Pertence, como efetiva a três Academias de Letras da Grande Florianópolis e outras instituições Literárias no Brasil, Portugal,França e Suiça. ASSUMIU RECENTEMENTE uma cadeira efetiva na Academia Desterrense de Letras. Livros Publicados : 15 e Participações em 45 Antologias. Recebeu diversas honrarias Nacionais e Internacionais.
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NEUSA MARIA BERNADO COELHO MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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eusa Maria Bernado Coelho é filha de Ari José Bernado (in memoriam) natural da Praia de Fora e Maria da Rosa Bernado, natural de Tubarão, ambos comerciantes no Centro de Palhoça, Santa Catarina. Primogênita numa família de sete irmãos, nasceu em 06 de março de 1958, na Praia de Fora, nesse município, onde fez o curso primário. O pai era maquinista do DNER (Departamento Estadual de Estrada e Rodagem), a mãe do lar, que além da dedicação para com os filhos, fazia quitutes como: cocadas, cartuchos de amendoim, ovos cozidos, rosquinhas, para colocar na “Venda” da família, chamada de “Casa Verde Serra”, localizada na curva, próximo à Igreja do Navio, Praia de Fora. Ali, Neusa morou até aos dez anos de idade, juntamente com pais, seis irmãos e a nona (avó materna) Joana; às vezes passeava na “Casa Grande”
da tia Lídia, de quem guarda incríveis recordações, para os sobrinhos era considerada uma segunda mãe, talvez pelo fato de ela não ter filhos. A “Casa Grande” onde passou parte da infância é uma casa histórica, construída em 1857 por escravos do coronel José Ignácio Bernadino da Silva. Nesse local viveram figuras ilustres da história de Palhoça e de São José (nessa época Palhoça pertenceu a São José até 1894). Em 1918 também serviu para abrigar a primeira Escola Feminina Municipal de Palhoça, cuja professora foi Francisca Raymunda de Farias Costa. Não havia grupo escolar no bairro onde morava, nos primeiros anos do ensino primário. O estudou inicial foi em salas improvisadas, como por exemplo num salão cedido pelos moradores ‘Tereza e João do Quino’ e na pequena igreja da localidade, demolida na década de 1970. No último ano do ensino primário já havia salas construídas pelo município, num local chamado ”Barreira”. Esse ambiente escolar foi ampliado em 1973 pelo governo estadual e leva o nome da antiga professora Francisca. Neusa lembra com carinho da primeira professora dona Maria Ramos, ou dona Maria do ‘seu Secundino’, como era conhecida, viveu até próximo de completar seu centenário aniversário, também lembra das professoras Osmarina Medeiros e Ieda Campos (in memoriam). No ano de 1969 devido a precariedade do transporte nas estradas da localidade que eram de barro, Neusa foi morar alguns meses na residência do senhor Febrônio Oliveira (na época era diretor do Colégio Governador Ivo Silveira) e da dona Leda Gerlach Oliveira, próximo à Praça Sete de Setembro, centro de Palhoça, com objetivo de estudar para fazer o exame de admissão, pois nessa época era uma etapa obrigatória para dar sequência aos estudos. Logo, no ano de 1970, para que todos os filhos pudessem se formar, os pais venderam o comércio “Casa Verde Serra” na Praia de Fora, e mudaram-se com a família para o Centro de Palhoça, onde compraram o famoso “Bar 7 de Setembro” que na época era de propriedade do senhor Waldir Wagner, vulgo “Didico”, na esquina da praça de mesmo nome. Hoje, reformado, é conhecido pelo nome “Cafeteria Dona Maria”, Revue Cultive - Genève
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Isabela Cunha nasceram as duas netas gêmeas: Elisa Cunha Coelho e Sofia Cunha Coelho, as duas possuem “veia literária”, escrevendo o primeiro livro de conto infantil aos oito anos de idade. Após completar cinquenta anos de idade e com os filhos já crescidos, Neusa retomou as atividades acadêmicas na Faculdade Municipal de Palhoça, realizando o Curso de Extensão da Maturidade, nos anos de 2014-2015. Completou sua formação superior em Artes Visuais (2016) e História (2018), pela Uniasselvi, e Pós-Graduação em Arte Educação.
nome da matriarca. Na fase adolescência até idade adulta, Neusa trabalhava com os pais nesse comércio, quando em 23 de julho de 1976 casou com Norberto Coelho, o “Betinho”, natural de Palhoça, filho de Alfredo Pedro Coelho e Leonor Knabben Coelho. Na época, Betinho trabalhava na Farmácia Tunísia no centro de Florianópolis e na Farmácia Indiana, de propriedade do “Seu Chico” na Palhoça. O ensino fundamental (antigo primeiro grau), Neusa estudou no Colégio Governador Ivo Silveira e o ensino médio no Instituto Estadual de Educação, cursando o “Científico”, em Florianópolis. Continuando os estudos formou-se em Farmácia na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em 1985. Profissionalmente, atuou como farmacêutica na empresa Farmácia Coelho Ltda, onde é sócia fundadora. Tem três filhos: Nanderson Coelho, farmacêutico, especialista em manipulação de medicamentos. Thiago Norberto Coelho, também farmacêutico e Luisa Neusa Coelho, Médica Veterinária. Do casamento de Nanderson com 136
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Atuante na área social foi vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, gestão 2000 e 2002, Membro Titular do COMDIM (Conselho dos Direitos da Mulher), gestão 2017 - 2018 e 2019 2020. Parceira na implantação do Centro Social de Educação e Cultura, da Fundação Fé e Alegria do Brasil, no bairro Laranjeiras, no município de Palhoça, cujo objetivo é a promoção de crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social, atua na comissão de fiscalização desse projeto. Na ação Social Paroquial Senhor Bom Jesus de Nazaré é membro da diretoria em várias gestões, desde 1999, cuja função atual é de tesoureira e procuradora dos idosos da Casa de Repouso Santa Maria dos Anjos, localizada no bairro Caminho Novo. Foi precursora na Implantação do projeto social Pastoral da Criança em Palhoça, atuando ativamente na coordenação desde 1999, capacitando lideranças comunitárias em ações básicas de saúde, educação, cidadania e visitas domiciliares. Atualmente, compartilha seus conhecimentos no projeto de ‘Reforço Escolar’ com crianças e adolescentes da catequese na comunidade do Caminho Novo. Em decorrência de seus méritos recebeu diversas homenagens. Em 12 de maio de 2008, na Câmara Municipal de Palhoça, foi condecorada com a Medalha Virgolina Koerig Baasch, em comemoração ao “Dia Municipal da Mulher”. O prazer de ler e escrever levou Neusa a conquistar em novembro de 2014 o troféu de segundo lugar no Concurso de Poesias On-line “Veredas da Poesia – Ano III”, com o poema: “Revivendo Palhoça” despertando-a no gosto adormecido pela literatura. Em 2015 publicou duas obras literárias: O primeiro livro com Poemas Além da Imaginação: “Sentimentos- Amigos- Família” e o segundo livro: Poemas “Palhoça e Natureza”. Nesse contexto literário recebeu o convite da então Presidente Sonia Terezinha Ripoll Lopes para concorrer a uma
das vagas na Academia de Letras de Palhoça, na qual foi eleita para ocupar a cadeira número 24 da colenda Academia. Em 2016 recebeu da ALP (Academia de Letras de Palhoça), o “Certificado Obreiro Literário”. Foi classificada em 2017 no Concurso Nacional Novos Poetas, com os poemas “A Centenária” e “Ansiedade”. Foi coautora da obra literária “Boletim Flor de Lis” e “Antologia Sinfonia” lançados em 2018 pela Academia de Letras de Palhoça. Em 24 de abril 2018, dia do município, recebeu homenagem na Câmara Municipal de Palhoça com a “Medalha Caetano Silveira de Mattos”, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao município de Palhoça, no mesmo ano foi agraciada com o Prêmio ARTECULLI (Arte, Cultura e Literatura) concedido pela ALBSC (Academia de Letras Brasil/SC). Em 2019 recebeu a Comenda Mulher Destaque, em Palmas, Governador Celso Ramos e, em Palhoça a Comenda em homenagem a Altamira Harger Jahn. Participou em coautoria da Antologia “Mulher Destaque II”, publicação da ALB/SC e Antologia Retratos na Janela da Editora Juca Palha. Como Membro Internacional da Associação Cultive Art Littérature Solidarité, com sede Genebra/Suíça, participou da VII Antologia Cultive: A Efemeridade da Vida. Autora do Livro “Tributo a Zilda Arns”, recém-lançado. Publicou em parceria com as netas gêmeas: Elisa e Sofia da Cunha Coelho o livro de literatura infantil: “A Fadinha Maricela”. É Colunista no site https://portalpalhoca.com.br/coluna/historia-emfoco-com-neusa-coelho, onde escreve História direcionada ao município de Palhoça e regiões catarinense. Na tribuna da Câmara Municipal de Palhoça proferiu discursos aos homenageados com o “Prêmio Ivo Silveira de Cultura” concedidos a Moacir Conrad- 2017; Wando Cunha-2018 e Roberto Rodrigues de Menezes- 2019.
e Ásia. Faleceu em um terremoto no Haiti em 2010, deixando no Brasil o grande legado de mais de dois milhões de crianças e gestantes acompanhadas todos os meses por uma legião de voluntários em comunidades de maior vulnerabilidade social, entre elas está a voluntária Neusa Maria Bernado Coelho. Para Neusa aquele que realiza trabalho voluntário tem a esperança renovada e a expectativa de poder transformar o mundo em dias melhores, como já dizia sua patrona na ALP, Zilda Arns: “A força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da lei de Deus: O amor, expressado na solidariedade fraterna capaz de mover montanhas”.
: Quem sou? Eu sou o olhar perdido no horizonte A imaginação ondulante Eu sou a inquietação pensante O poema e a arte Querendo fazer minha parte.
Na Academia de Letras de Palhoça é membro da Diretoria, gestão 2016-2017 / 2018-2019 / 20202021, onde exerce a função de Secretária Executiva. Ocupa a cadeira número 24, tendo como patrona Zilda Arns Neumann: médica pediatra e sanitarista, Fundadora Nacional e Internacional da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, representante titular da CNBB no Conselho Nacional da Saúde, membro do Conselho de Desenvolvimento Social. Durante a vida recebeu diversos títulos, prêmios e menções honrosas por ter difundido ações de caridade em todos estados do Brasil e 21 países da América Latina, América Central, África Revue Cultive - Genève
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HENRIQUE FERRESI
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ascido e criado em Içara, SC. Uma cidade relativamente pequena e cheia de encantos no sul do estado, em meio a magia e a simplicidade do campo. Estudante da rede municipal de ensino. Licenciado em educação musical e pós graduando em Musicoterapia. Professor de música e teatro na
prefeitura de Içara, apaixonado pela mente criativa das crianças. Regente do Coral Folclórico Polonês Orzeł Byały. Teve contato com todas linguagens da arte, principalmente com a música através do canto coral. As primeiras histórias de sua vida foram as da própria família, histórias que vieram oralmente. Uma dessas histórias da década de 20, garantiram o primeiro reconhecimento literário a nível municipal por volta dos seus 13 anos de idade. A partir daí, a escrita só ganhou espaço em sua vida. "A escrita foi, desde muito cedo, uma grande companheira, me trazendo de volta do "Mundo da Lua" (De onde felizmente, sou frequentador assíduo)."
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ADIR PACHECO
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dir Pacheco.’. nasceu em Lauro Müller, SC, em 8 de julho de 1952, filho de Walfredo Pacheco e Maria Dejalmira Pereira Pacheco. Casado com a Sra. Rosane Mara Santana Pacheco desde 1977, tendo dois filhos: Douglas Wiverson Santana Pacheco, 41 anos, Mestre em Administração de Empresas pela Unisul, Palhoça, SC. e Renan Santana Pacheco, 30 anos, graduado em Biologia pela UFSC,Florianópolis, SC. Mestrado em Biologia pela USP, São Paulo, SP. Doutorando em Biologia pela USP, São Paulo, SP. Adir Pacheco é militar da reserva do Exército, músico, poeta, contista e cronista. Como músico, apresentou-se no Teatro Leopoldo Miguez (Escola Nacional de Música, Rio de Janeiro- RJ), juntamente com a Banda Sinfônica da Polícia Militar de Santa Catarina (1977), tendo recebido menção elogiosa da então diretora da Escola Nacional de Música, Professora Maria Luiza de Matos Prioli. Apresentou-se também na renomada sala de espetáculo do Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles (1977). Participações: Participou do grande concerto sinfônico reunindo as Bandas militares de todo o comando da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, no teatro Carlos Gomes em Blumenau no ano de 1988, como Mestre de Cerimônia, espetáculo este, que tinha como objetivo levantar fundos para a reconstrução da cidade de Blumenau em função da grande enchente ocorrida naquele ano. Participou durante 03 anos do coral da catedral metropolitana de Florianópolis sob a batuta do saudoso Padre Ney Brasil. Participou do espetáculo organizado pelo GPL em 2007 “Poesia, Luz e som”, juntamente com o saudoso poeta Alzemiro Lídio Vieira e Heralda Victor, dirigido pela saudosa dama do teatro catarinense, Zeula Soares. Participa de espetáculos lítero-musicais e recitais. Revue Cultive - Genève
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Cursos: Acadêmico do Curso de Direito – Centro Universitário Estácio de Sá - S. José, SC. Acadêmico do curso de Filosofia – Universidade UniCesumar, EAD, Florianópolis, SC
Publicações: Possui trabalhos publicados; Revista literária “Ventos do Sul” (GPL) Fpolis, de Sta. Catarina; Suplemento Literário “A Ilha»; Revista Literária “Ruído Manifesto”; Revista Literária “Escritores do Brasil”
Condecorações: Livros publicados: Foi condecorado com a medalha militar de honra Motivacional: “Voando com as Águias”; Ensaio ao Mérito (A Castanheira) por relevantes serviços poético: “Infinito Contido”; Ensaio Poético: “Além prestados na Amazônia dudo Espelho”; Ensaio Poético: rante dois anos e meio 1996“Fragmentos d’Alma”; Contos & 1999. Reflexões: “Enigmas do SilênHomenageado com o título cio”; Reflexões em versos: “Verde Dr. Honoris Causa em Lisos Peregrinos”; Reflexão em teratura, pelo Centro SarmaVersos: “Conselhos da Noite”; thiano de Altos Estudos FiReflexões em Versos: “Sinfonia losóficos e Históricos – março Inacabada”; Universos d’Alma: 2019 - Rio de Janeiro- RJ. “Mosaicos do Tempo; Afro reComenda da paz Nelson flexão- Contos & Poemas: “AfriMandela no grau de Cocanidade” mendador pelo CONINTER ARTES – Conselho InternaLivros no prelo: cional de Artes, 31 de maio Coletânea de Contos: Ritos & 2019 – IHGB- Rio de Janeiro Conflitos – RJ Ensaio a quatro mãos: “Raízes d’África” Premiações: Contos & Reflexões: “Vozes da Madrugada” Medalha de Honra ao Mérito “Projeto Poesia, Luz Contos & Reflexões: “…Sua Excelência, o Boêmio” e Som” GPL, 2003; Mérito Social e Cultural 2018– Contos & Reflexões: “Exórdio da Utopia” (FEBACLA) ; Prêmio Caneta de Ouro 2018 – (FE- Romance “Laços do Destino” BACLA); Medalha ARTECULLIi - Homenagem, Romance: “O Egípcio” “Declamador 2018”; Comenda Sarau Casa das Ensaio literário “Metamorfose Poética”; Artes – 2018; Medalha Mérito Acadêmico 2019– Ensaio a quatro mãos “Flor de Ébano” (FEBACLA); Diploma Acadêmico Qualidade de Ensaio auto biográfico “Retratos In-Versos” Ouro 2019 – (FEBACLA); Medalha e Diploma Talento Literário 2019. Editora Becalete, São Paulo, SP. Participações em antologias: Participou de quatro Antologias Literárias: Associações, Membro: II Antologia do Grupo de Poetas Livres” – 2.000; Membro do “Grupo de Poetas Livres” (GPL) de Fpolis – SC; Florianópolis; Membro fundador da “Academia II Antologia da Associação dos Poetas Vivos e Catarinense de Letras e Artes” (ACLA); Membro Afins – 2.000; Natal – RN; da Academia de Letras e Artes de Florianópolis III Antologia do Grupo de Poetas Livres(GPL)(ADLA); Membro da Associação Literária de Flo- 2003 Fpolis– SC. rianópolis (ALIFLOR); Membro da Federação Bra- 8ª Antologia do Grupo de Poetas Livres (GPL) – sileira das Academias de Ciências Letras e Artes ano 2015- Fpolis; SC. – (FEBACLA); Membro da Academia Nacional de Antologia Cultive – Efemeridade da Vida - 2019 Ciências Letras e Artes, (ANACLA); Membro da Coletânea – Brumas – FEBACLA Academia Desterrense de Literatura (ADELIT) – Antologia – Talento Poético- Editora Becalete Fpolis, SC; Membro Internacional da Cultive – Association International D’Arte, Littérature Et Solidarité. – Genebra, Suiça. 142
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CURITIBA CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL - SUIÇA nista internacional Coreano. Houve o lançamento da antologia Cultive «A Efemeidade da Vida» e a Revista Artplus seguido de um sarau poético. O evento teve o apoio e colaboração de Cassia Cassi-
tas, de Ney Perracini Azevedo, Claudete, secretária do Centro de Letras Paraná, Andrea (cemonial) a quem a Cultive agradeceu com um Certificado de Mérito.
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o dia 15 de setembro de 2019, às 16h, houve a solenidade de apresentação da Cultive, aos membros do Centro de Letras do Paraná, presidido por Ney Perracini Azevedo e aos convidados deste. A Presidente da Cultive ministrou uma palestra, falando sobre a Academia Cultive, suas múltiplas finalidades e realização de eventos pelo Brasil e Europa e uma palestra sobre Genebra Cultural. Na sequência, foram empossados os novos membros da Association Cultive: Clarice Ignácio Camargo, na função de Delegué Cultive em Curitiba; Maria Inês Botelho Delegué Cultive no Paraná; Isis Dias Vieira Membro Interncional Cultive- representando BRasilia; Christiane de Murville Membro Internacional Cultive representando São Paulo. Foram executadas duas apresentações musicais, sendo uma com um violi144
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Membros de academias locais compareceram, Maria Tereza Freire representando AJEB. Os convidados de Curitiba Dr. Telmo Gambarra e Leda Gambarra também vieram prestigiar o evento.
Christiane de Murville, Elieder Corrêa, Suzely Siqueira aplicaram técnicas de escritura e criação de textos com os alunos. Clarice Ignácio a coordenadora. Professoras.
Dia 16 de setembro, atividades desenvolvidas na Casa da Leitura, Secretaria de Governo Municipal de Curitiba, Administração Regional do Boqueirão, sob o comando de Ricardo Dias, administrador e Francisco Wilson Martins, responsável pela Casada Leitura, com a participação de alunos da Escola Municipal Nivaldo Braga. Apresentação Musical executada por Eli Silva (piano) e sua esposa Daniela Silva (soprano) que cantou a maravilhosa e emocionante: Lendas Indígenas. . As atividades diretamente com os alunos foram realizadas pelos membros Elieder Correa, Suzeli Serqueira e Christiane de Murville. Leitura de ção Municipal de Curitiba. contos e poemas, interação e produção de texto. Eli Silva, da Fundação Cultural de Curitiba, Meire AGRADECIMENTOS: Soares, funcionária da Administração da Regional do Boqueirão, Daniela Sacramento, cantora lírica. Nilce Cardoso, assessora da Secretaria de EducaClarice Ignacio Camargo Delegué Cultive em Curitiba.
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ISIS DIAS
Delegué Cultive em Brasilia
Isis Dias Vieira
é Psicóloga pela USP, estudou Música, Teologia e Filosofia. Prof. da Univ. Federal do Esp. Santo e pesquisadora no Inst. Nacional de Pesquisa sobre os Transportes e sua Segurança, Paris/Fr, onde fez estudos doutorais em Dependência Química e especializou-se em Psicologia Transpessoal. Participa de varias Academia de Letras no Brasil. Com publicações em várias línguas. Recebeu Prêmios Nacionais e Internacionais. Livros: “A Oração do Pai-Nosso – o Mantra...” (port/francês), “A Saga de um Sábio” – prêmio Romance Biográfico.
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CHRISTIANE DE MURVILLE Delegué Cultive em São Paulo
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raduada, mestre e doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo, com especialização em psico-drama e orientação profissional, Christiane Isabelle Couve de Murville também é bacharel em Ciência da Computação pela USP. Publicou a trilogia “A Caverna Cristalina” e “A vida como ela é”, no Brasil e na França, e “Até quando? O vai e vem”, além de livros e artigos acadêmicos. Dedicou a sua carreira ao atendimento psicológico individual e grupal de crianças, jovens e adultos, oferecendo oficinas de teatro espontâneo em contextos variados. Tem experiência artística em escultura, desenho, pintura e cerâmica e faz as ilustrações de seus livros. www.cmurville.com.br
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MARIA INÊS BOTELHO Delegué Cultive no Paraná
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nsino Superior : Universidade Estadual de Maringá (PR-BR): 1982 a 1983; Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (PRBR): 1977 a 1997; Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari – FAFIMAN (PR-BR); Chefe do Departamento de Educação; Membro do Conselho de Administração, Diretora e Vice - Diretora da Escola Estadual “José Luiz Gori”- Mandaguari (PR-BR) 1989 a 1990; Supervisora de Ensino na Escola Estadual “José Luiz Gori” e na Escola Estadual Sagrada Família-Mandaguari; Chefe do Departamento de Educação, Cultura, Esporte e Lazer do Município de Mandaguari (PR-BR): 8ª Inspetoria Regional de Ensino – Sede: Mandaguari (PRBR): Membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil/AJEB – Coordenadoria Paraná/BR: 2019. Delegada da Associação Cultive de Literatura, Arte e Solidariedade – sede: Genebra/Suiça – 2019. Presidente do Conselho Estadual da Comunidade Portuguesa do Paraná – CECPP/ Gestão 2017 a 2019. Secretária – CECPP/BR - Conselho Fiscal do Conselho; Membro do Conselho Escolar do Centro Municipal de Educação Infantil Mickey – Mandaguari (PR-BR): 2012 a 2015. Presidente do Elos Clube de Mandaguari (PR-BR): Gestões 1994 a 2001, 2012 a 2013 e 2019 a 2020. Revisora de Boletim e membro da Comissão de Geminação pelo Elos Clube de Mandaguari – 2008. Secretária da União dos Profissionais do Jornalismo, Artes e Literatura – Unijore: 2017-2019 e 2019-2022. 2ª Secretária da Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná sede: Apucarana (PR/BR) -Natural de : Santa Cruz do Rio Pardo (SP-BR). Fi- - 2017 a 2019. Membro da Academia Internacional liação: Jovino Botelho de Souza e Alice Botelho União Cultural – sede: Rio de Janeiro (RJ-BR) – Curso de Pedagogia com habilitação em Super- 2019 . Acadêmica Correspondente da Academia de visão Escolar - Fundação Faculdade de Filosofia, Letras Juvenal Galeno de Fortaleza (CE-BR) – Ciências e Letras de Mandaguari (PR-BR): 1974 a 2019, da Academia de Letras, Artes e Ofício de 1976. Pós- Graduação /Especializações na área da Taubaté (SP-BR) 2018, do Centro de Letras do PaEducação: Educação Pré-Escolar - Universidade raná – 2018 . Membro do Movimento Nacional Estadual de Maringá (PR-BR): 1983, Metodologia Elos Literários – 2017 . Membro do Observatório do Ensino Superior - Fundação Faculdade Esta- da Língua Portuguesa – sede Lisboa/Portugal – dual de Guarapuava (PR-BR): 1980. Professora do 2017. 1ª Secretária da Associação de Apoio ao Revue Cultive - Genève
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Hospital Geral de Mandaguari - Gestão: 2014 a 2015. Diretora de Relações Externas do Movimento Internacional Lusófono – MIL Brasil / 2013 a 2018. Membro do Conselho Consultivo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari – APAE (PR-BR)/ 2000 (permanente – fui Presidente da APAE). Docente e palestrante nas áreas da Educação, Cultura, Administração Pública, de Clubes de Serviço e Cultural envolvendo seminários, simpósios, fóruns, jornadas, cursos, painéis, conferências, convenção internacional, em diversos municípios do Estado do Paraná e em outros Estados da Federação (BR) – décadas de 1980, 1990, 2000, 2010. Participante em seminários, fóruns, simpósios, jornadas de estudo, conferências diversas, convenções nacionais e internacionais, Salão do Livro de Genebra (Suiça), Festa Literária Internacional de Maringá, ExpoUnijore, Serviços Voluntários, Educacional e Cultural, artigos publicados nos jornais A Gazeta Regional e Agora – Rotary Club de Mandaguari e Rotary Club de Mandaguari-Família : 2010 a 2015, 2019. Coordenadora do projeto Dando Asas à Imaginação junto aos Centros Municipais Infantis e Escolas Municipais, em parceria com o Município de Mandaguari e o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Vera Cruz – Mandaguari (PR-BR): 2011 a 2015. Apresentadora do Programa Semanal: As Crianças e as Histórias do Universo Literário Infantil contadas na Rádio Agora FM – Projeto do Elos Clube de Mandaguari (PRBR) e da Federação Elos Internacional da Comunidade Lusíada em parceria com a Rádio Agora FM e as escolas da Rede Municipal de Ensino – séries iniciais do Ensino Fundamental (Mandaguari-PR/ BR), desde o ano de 2006. Presidente da Casa da Amizade de Senhoras de Rotarianos de Mandaguari (PR-BR): 2006 a 2007. Diretora da Escola de Saúde Pública do Estado do Paraná - Instituição da estrutura hierárquica da Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Paraná (PR-BR) - Sede: Curitiba (PR-BR): 2001 a 2002. Membro da Associação Mandaguariense de Artes – AMA: 1997 a 2000. Presidente do Conselho Municipal do FUNDEB – Mandaguari (PR). Membro do Conselho Estadual do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEF - Estado do Paraná, representando a Associação dos Municípios do Paraná - AMP (BR): 1997 a 1999. Presidente, Vice-Presidente e 1ª Secretária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari – APAE (PR-BR) nas déca152
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das de 1980 e 1990. Membro do Conselho Consultivo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari – APAE (PR-BR) – nas décadas de 2.000, 2010 e 2011. Presidente da Associação dos Professores do Magistério Paranaense - APMP/ Sede: Núcleo Regional de Mandaguari (PR-BR): 1982 a 1983. Cargos exercidos na estrutura hierárquica da Federação Elos Internacional da Comunidade Lusíada. Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada – Gestões: 2009- a 2011 e 2011 a 2013. Vice-Presidente do Elos Internacional para a América do Sul - complementação de Gestão: 2008 a 2009. Membro do Conselho Fiscal Internacional do Elos Internacional da Comunidade Lusíada: 2007 a 2008, 2015 a 2017 e 2017 a 2019. Presidente do Conselho Superior Consultivo do Elos Internacional da Comunidade Lusíada: Gestão 2014 a 2015, 2016 a 2017 ( é definitivo por ter sido Presidente Internacional). Presidente do Elos Clube de Mandaguari (PR-BR) por 8 (oito) gestões: 1994 a 2001, 2012 a 2013 e 2019. Vice- Presidente do Elos Clube de Mandaguari por várias gestões. Governadora do Distrito Elista-4 por 3 (três) Gestões: 2002 a 2008. 1ª Secretária da Governadoria do DE-4. Cargo que foi exercido com Representatividade Elista no Município de Mandaguari (PR-BR). Vice-Presidente do Conselho Municipal de Cultura – Mandaguari (PR-BR): 2005 a 2009. Presidente do Conselho Municipal do FUNDEB – Mandaguari (PR-BR). Membro do Conselho Municipal de Educação.Presidente da Comissão do Quadro Associativo do Rotary Club de Mandaguari-Família – DQA – Gestão 2017-18 e 2018-19. Presidente da Comissão ABTRF – Gestão 2017-18. Governadora Assistente – Distrito Rotário 4630/Grupo 5 – Gestão 2014 a 2015. Presidente do Rotary Club Mandaguari de Mandaguari-Família – Gestão: 2013 a 2014 - Distrito 4630. Presidente da Comissão Distrital de Alfabetização – Distrito Rotário 4630: 2006 a 2010. Responsável no Distrito 4630 pelo desenvolver projetos abrangendo a Língua Portuguesa – Gestão 2014-15. Membro do Conselho Municipal da Mulher – Mandaguari (PR-BR): 2015 a 2016 - (representação do Rotary Club de Mandaguari-Família). Membro do Comitê de Mobilização Social contra a Mortalidade Materno-Infantil-Mandaguari (PRBR): 2009 a 2013- (representação do Rotary Club de Mandaguari e do Rotary Club de Mandaguari-Família). 1ª Secretária da Associação de Apoio ao Hospital Geral de Mandaguari: 2014 a 2015– (representação do Rotary Club de Mandaguari-Fa-
mília). Responsável pelos encaminhamentos de projetos na comunidade mandaguariense e por artigos publicados no jornal A Gazeta Regional- Rotary Club de Mandaguari: décadas de 1990 e 2000. Presidente do Conselho Municipal de Educação – Mandaguari (PR-BR): 2007 a 2010 (representação do Rotary Club de Mandaguari). 1ª Secretária do Conselho Municipal de Saúde - Mandaguari (PRBR): 2005 a 2008 (representação do Rotary Club de Mandaguari). Membro do Comitê de Mobilização contra a Dengue –Mandaguari (PR-BR): 2006 a 2009 (representação do Rotary Club de Mandaguari). Membro do Comitê de Vigilância Sanitária-Mandaguari (PR-BR): 2006 a 2009 (representação do Rotary Club de Mandaguari). Responsável pelos encaminhamentos de projetos na comunidade mandaguariense e por artigos publicados no jornal A Gazeta Regional- Rotary Club de Mandaguari: décadas de 1990 e 2000. Membro do Comitê da Agência Regional de Desenvolvimento/ VIAPAR/Pefeitura Municipal de Mandaguari (PR-BR) - Regularização da Carteira Autorizatória - Pedágio (Praça de Mandaguari – Marialva (PR/BR): 2005 a 2008). Cargos exercidos na área Política Partidária em Mandaguari, na Região e no Estado do Paraná, dentre outros. Prefeita do Município de Mandaguari (PR-BR) – Gestão: 1997 a 2000. Vereadora pelo Município de Mandaguari (PR-BR) – Gestões: 1983 a 1988 e 1989 a 1992. 1ª Secretária da Câmara Municipal de Mandaguari (PR-BR): 1983 – 1984 – 1989 e 1990. Presidente e/ ou Relatora de diversas Comissões na Câmara Municipal de Mandaguari (PR-BR): período entre 1985 e 1987 e 1991 e 1992, Presidente da Associação dos Vereadores do Vale do Ivaí (PR-BR): Gestão – 1990 a 1991. Presidente do Diretório Local dos Partidos Políticos: PSDB, PPS, PRTB, PMN. Delegada Nacional pelo PSDB representando o Partido pelo Estado do Paraná: 1993 a 1996. Membro do Diretório Estadual do PSDB (PR-BR): 1990 a 1992. Membro do Diretório Estadual do PPS (PR-BR). Membro do Conselho Fiscal da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense – 1997-2000. Moção de Aplauso - homenagem recebida da Câmara Municipal de Mandaguari (PR-BR) pelos 20 anos de conquista do Prêmio “Saúde Brasil – O Retrato da Saúde na Família”, quando Prefeita Municipal de Mandaguari, na data de 20 de maio de 2019. Homenagem recebida do Rotary Club de Mandaguari-Família pela participação no “Salão do Livro de Genebra” – Suiça – 2019. Troféu Personalidade Mulher –Dia Internacional da Mulher –
Jornal O Repórter Regional e a Associação Comercial e Empresarial de Sarandi – ACIS (PR-BR). Troféu “Luiz Vaz de Camões” – outorgado pelo Elos Clube de São Vicente (SP-BR) – homenagem pelo destaque na comunidade por serviços prestados à causa Lusíada, ao Elismo, à Língua Portuguesa, às origens e à Cultura Portuguesas e Movimento Elista - 2017. Comenda Eduardo Dias Coelho, Presidente Elos Internacional da Comunidade Lusíada – 2015. Honra ao Mérito pela relevante contribuição efetivada à causa Elista e a promoção dos valores Culturais Luso-Brasileiros. Grão Colar Cruz do Anhembi pelos relevantes serviços prestados às comunidades e à defesa da língua portuguesa - Sociedade Amigos da Cidade de São Paulo e Câmara Municipal de São Paulo (SPBR): 2014,Placa pela defesa da Cultura e da língua portuguesa - Colônia Portuguesa de Guaíra (PR) – 2014, Certificado de Peregrinação – Peregrino de Jerusalém/ Prefeito e Ministro do Turismo – Jerusalém - Israel : 2014,Diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à comunidade portuguesa com caráter e civismo, perpetuando os laços cultural entre Brasil e Portugal -Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (SP-BR), com integração do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo (SP-BR): 2013,Placa do Consulado Honorário de Portugal para Londrina e Região pela magnífica Gestão na Presidência do Elos Internacional da Comunidade Lusíada: 2013, Certificado de Reconhecimento pelos Altos Serviços prestados ao Movimento Elista e pela persistente e eficaz difusão dos nobres valores elistas– Conselho Superior Consultivo do Elos Internacional da Comunidade Lusíada: 2013, Diploma de Reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao Elismo -Elos Clube de Londrina (PR-BR): 2013,Certificado de Reconhecimento pelos relevantes serviços prestados como Presidente do Rotary Club de Mandaguari- Família/Rotary Club de Mandaguari-Família: Gestão 2013-2014, Placa como homenagem pela importante contribuição dada para o desenvolvimento do Município de Mandaguari (PR-BR) –Executivo Municipal de Mandaguari: 2012,Homenagem à Presidente do Elos Internacional da Comunidade Lusíada por divulgar e enaltecer o nome do Município de Mandaguari (PR-BR), prestada pelo Município de Mandaguari –Executivo Municipal de Mandaguari: 2012,Comenda Ouro Verde – Distinção pelos relevantes trabalhos prestados ao Elismo /Elos Clube de Londrina - Câmara Municipal de Londrina (PRRevue Cultive - Genève
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BR): 2012, Troféu Odete Veiga M. dos Santos pelo destaque como Mulher Pública e frente ao desenvolvimento de ações culturais que envolvem o Elismo e a atuação em comunidade – São Vicente (SPBR): 2012,Diploma de Reconhecimento pelos relevantes trabalhos desenvolvidos em prol da comunidade luso-brasileira e da língua portuguesa Elos Internacional da Comunidade Lusíada: 2011, Placa por trabalhos desenvolvidos em prol do Elismo e da língua portuguesa - Elos Clube de Alcanena– Portugal: 2011,Placa recebida por Merecimento - Elos Clube de Olhão – Portugal: 2011, Placa recebida da Freguesia de Olhão – Prefeitura Municipal de Olhão – Portugal: 2011Placa recebida por Merecimento – Elos Clube de Faro – Portugal: 2011, Diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à comunidade portuguesa e à defesa da língua portuguesa/ Câmara Municipal de São Bernardo do Campo (SP-BR): 2010, Comenda Heber Soares Vargas pela atuação destacada em prol do Elismo - Distrito Elista-4/ Regiões Norte e Noroeste do Estado do Paraná (BR): 2010,Certificado - homenagem pela conquista da Presidência do Elos Internacional da Comunidade lusíada para o biênio 2009 a 2011/Rotary Club de Mandaguari (PR-BR): 2009, Diploma de Reconhecimento ao compromisso com o Servir, envolvimento, entusiasmo, dedicação, respeito com a comunidade em iniciativa que realçam a Imagem Pública do Rotary International– Rotary Club de Mandaguari (PR-BR): 2008, Diploma de Reconhecimento ao compromisso com o Servir, participação, doação e dedicação à causa Rotária – Rotary Club de Mandaguari(PR-BR): 2006,Troféu em Reconhecimento à importante colaboração para construção de um ideal voltado à formação intelectual e humana de gerações - Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari – FAFIMAN: 2004,Diploma de Reconhecimento por Serviços prestados à Fundação Rotária – Contribuiu para erradicar a Poliomielite no mundo – Governador Rubens Orlandino/ Distrito 4630: 2002 e 2003,Documento Honra ao Mérito pela eleição e posse no cargo de Governadora do DE-4 e pelo trabalho desenvolvido em prol Elismo - Vice Presidência Internacional para a América do Sul – Santos (SP-BR): 2002, Placa de agradecimento pela dedicação frente à Escola de Saúde Pública do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Saúde Governo do Estado do Paraná – (PR-BR): 2002, Placa em Reconhecimento pelo Desenvolvimento do Movimento Elista e à Cultura dentro da Comu154
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nidade - Elos Clube de Londrina (PR-BR): 2000,Placa Homenagem à Mulher - Prefeita Municipal de Mandaguari (PR-BR) pelo destaque em Serviços à Comunidade – Conselho Municipal da Mulher e Prefeitura Municipal de Sarandi (PR-BR): 2000,Diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados à Educação de Mandaguari (PR-BR) Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Público do Paraná (BR) - APP-Núcleo Regional de Mandaguari (PR-BR): 2000,Placa Honra ao Mérito pelos relevantes Serviços Prestados à Educação de Mandaguari (PR-BR) – Câmara Municipal de Mandaguari (PR-BR): 2000,Certificado de Referência Política – Globo Pesquisas e Publicidade: 2000, Prêmio Qualidade Maringá (PR): 2000, Reconhecimento pelos relevantes Serviços prestados à Educação - Secretaria Municipal de Educação de Mandaguari (PR-BR): 1997, 1998, 1999 e 2000,Prêmio Saúde Brasil- O Retrato da Saúde da Família/Ministério da Saúde- Governo Federal – Brasil: 1999, quando Prefeita Municipal de Mandaguari, Título de Conselheira de Honra do Conselho Estadual da Comunidade Portuguesa do Paraná pelos relevantes Serviços prestados à Comunidade (BR) Conselho da Comunidade Estadual Portuguesa do Paraná : 1999, Placa pelo Destaque como Mulher em Ação na Comunidade pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (PR), Conselho Estadual da Mulher e Gazeta do Povo e recebida no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (BR): 1998,Medalha do Mérito Municipalista pelo desenvolver de trabalhos em prol da Comunidade- Recife (PE-BR): 1997,Personalidade Expressão Nacional do Ano – Coruja 1996 - Recife (PE): 1997, Prêmio Imprensa 1996 – Reconhecimento ao Sucesso em suas atividades – Editora Panamericana, Troféu - Câmara Municipal de Curitiba - Vereador Presidente João Carlos Derosso– PR/ BR. Placa pelos relevantes Serviços prestados à Comunidade Mandaguariense (PR-BR) – Câmara Municipal de Mandaguari (PR-BR): 1992, Placa e Diploma pelos relevantes Serviços prestados ao Legislativo Mandaguariense (PR-BR) – Câmara Municipal de Mandaguari(PR-BR): 1990, Placa, Troféu e Diploma como Destaque Regional pela atuação na comunidade de Mandaguari e Região Noroeste do Paraná (BR) como Mulher - Maringá (PR-BR):1990,Troféu em homenagem às Mais Mais da Década – 1990/região de Maringá -PR/BR, Diploma pela participação em Miami-Flórida (USA) na Miami-Brazil Conference for Brazilian Municipal Officials/:1986. Representatividade do Governo
da República Federativa do Brasil, pelo Ministério da Saúde, juntamente com mais quatro municípios brasileiros, na Conferência Internacional das Américas – Quebec/ Canadá – Prêmio Saúde Brasil – O Retrato da Saúde na Família/ 1999, Elos Internacional da Comunidade Lusíada na Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial ocorrida em Brasília/DF (BR) – a convite do Palácio do Itamaraty/2010,do Elos Internacional da Comunidade Lusíada em eventos de órgãos públicos e privados em Mandaguari, na Região Norte e Noroeste do Paraná e nos Estados de: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília/Distrito Federal (BR): 2009 a 2013, Elos Clube de Mandaguari (PR) em eventos locais, Regionais e no Brasil: 1994 a 2000 e 2012 a 2013,Rotary Club de Mandaguari em eventos em Mandaguari e no Distrito 4630: de 1994 a 2009, Rotary Club de Mandaguari-Família em eventos em Mandaguari e no Distrito 4630, Artigos publicados em Revistas da Universidade Estadual de Maringá – UEM; da UNIMAN – FAFIMAN; jornais Agora, Gazeta Regional, site mandaguarionline portalagora (Mandaguari-PR), elaboração do livro Cinquentenário do Movimento Elista; elaboração de Guias Rotários para gestões do Rotary Club de Mandaguari e Rotary Club de Mandaguari- Família; elaboração de Guias para Convenções Distritais, Continentais e Internacionais do Elos Internacional da Comunidade Lusíada; Coparticipação no livro Elistas. Coletânea Movimento Nacional Elos Literários - 2018, Coletânea Literatura – Sentimentos & Razões, Coletânea Imortais II, Revista Art Plus/ Cultive – Suiça/2018, Antologia “Sobrevivência e Superação” pela editora Cultive, VII Antologia Cultive – Suiça/2019 – “A Efemeridade da Vida”, Antologia “Lira das Letras”/2019, Antologia “Palavras” – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – Coordenadoria Paraná/BR – 2019, Coletânea “Exclusivos”- Movimento Nacional Elos Literários - 2019. Colaboração e revisão da obra “ Elos Clube de Mandaguari – 20 Anos” da autora Alzira Francisca de Freitas Pirolo - 2018, sobre a obra “Sonhos de um Poeta” do autor Dercílio Santana Júnior – 2019, Concurso Literário em Língua Portuguesa/2011, revisão da obra “Considerações sobre o Hino Nacional Brasileiro” da autora Alzira Francisca de Freitas Pirolo - 2010, livros do jornalista, acadêmico e escritor Joel Cardoso (Maringá-PR/BR), Apresentação feita em um dos livros do escritor Darlan (SP-BR).Projetos e ações desenvolvidos junto à PAPCAM – Maringá (PR-BR)
com relação a agrotóxicos, representando a Federação Elos Internacional da Comunidade Lusíada – 2017, 2018, 2019, pelo Rotary Club de Mandaguari na cidade de Mandaguari (PR-BR) junto à Instituições públicas e privadas e na Região Distrital – 4630: 1994 a 2009, pelo Rotary Club de Mandaguari-Família na cidade de Mandaguari (PR-BR) junto à Instituições públicas e privadas e na Região Distrital – 4630: 2011; Rotaract Club de Mandaguari-Família na cidade de Mandaguari (PR-BR) junto à Instituições públicas e privadas e na Região Distrital – 4630: 2013 a 2014, 2017 a 2018, ob a chancela do Elos Internacional da Comunidade Lusíada e Elos Clube de Mandaguari, em projetos diversos, tendo a parceria com o Rotary Club de Mandaguari, Rotary Club de Mandaguari-Família, Rotaract Club de Mandaguari-Família, Espaço Cultural São Francisco de Assis, Escolas da Rede Municipal de Ensino, Escolas e Colégios da Rede Estadual de Ensino, Rádio Atual Guairacá, Rádio Agora FM, Jornal Agora, site Portal Agora, Jornal A Gazeta Regional, site mandaguarionline, Prefeitura Municipal de Mandaguari, Câmara Municipal de Mandaguari, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Biblioteca Cidadã Helena Frujuelli de Moura e outras Instituições da Sociedade Civil Organizada, representação do Rotary Club de Mandaguari-Família na Associação de Apoio ao Hospital Geral de Mandaguari (PR-BR) como 1ª Secretária, desde 7 de março de 2014 a 2015, buscando meios financeiros e de outras ações para manter o hospital em atividade, atendendo pacientes de Mandaguari e Região (Convênio nº 20/2014 com a Prefeitura Municipal de Mandaguari (PR-BR), conquistado em agosto de 2014 ( período de tempo legal: setembro de 2014 a março de 2015). Período de voluntariado acompanhando pacientes inseridos no projeto Catarata/ Resgate da Visão – parceria Rotary Club de Mandaguari-Família/Secretaria Municipal de Saúde de Mandaguari (PR-BR)/Rotary Club Imigrantes – Curitiba (PR-BR)/Hospital de Clínicas–UFPR/Curitiba (PR-BR): 2014, atividades assistenciais e culturais do Léo Club de Mandaguari/ clube destaque na Região Distrital – L- 6/2000, jogos locais e regionais do Mandaguari Esporte Clube/MEC – 1998, quando Prefeita Municipal de Mandaguari (PR-BR), Esporte em Mandaguari (PR-BR): Medalha da Federação Paranaense de Futebol (61 anos) quando Prefeita Municipal de Mandaguari (PR). Revue Cultive - Genève
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CLARICE IGNÁCIO Delegué Cultive em Curitiba
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rofessora aposentada, especializada em educação especial. Lecinou durantre muitos anos em Maringá, depois em Curitiba onde mora até o presente. Fez o curso de direito na UEM em Maringá, exerceu advogacia em Curitiba. É Membro Internacional Cultive, como DElegué Cultive em Curitiba ela organizou a Cultive Intercâmbio Cultural Brasil - Suíça e no Boqueirão ela coordenou o encontro dos autores Cultive com alunos da Escola Pública.
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CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL - SUÍÇA
CULTIVE VI EXPOUNIJORE 2019 DE MARINGÁ CICBS PROGRAMAÇÃO QUARTA-FEIRA 18/09/2019 - Centro de Ação Cultural - CAC 14 h - Abertura - Boas vindas do Presidente da UNIJORE - Joel Cardoso ; Valquiria Imperiano -Presidente da Cultive; Secretário da Cultura - Miguel Fernandes; 14h15 - Apresentação musical; 14h30 - Lançamento da Revista Artplus e posse dos novos Membros Internacionais Cultive; 15h - Palestra do poeta Jaime Vieira - Momento Poético; 15h15- Palestra Benevides Garcia; 15h30 -Palestra com o e escritor e Professor NelsonAlexandre; 15h45 - Palestra com Telão de Han e André ( Cultura Latina); 16h - Palavra da professora e Presidente da Cultive Valquiria Imperiano com video, tema: «Divulgando a Literatura Brasileira em Genebra e na Europa»; 16h30 - Joel Cardoso , tema «Literatura nas Escolas»; 16h45 - Maria Inês Botelho : «A Importância do Intercâmbio Cultural entre Brasil e Europa» 17h 15 - Lançamento do livro «A Efemeridade da Vida»; 17h30 - Encerramento Apoio:
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ASSOCIATION CULTIVE DE GENEBRA EM MARINGÁ NA PRÉ FLIM COM A UNIJORE N
Brasil e a Suíça». Houve também o lançamento da o dia 18 de setembro de 2019 aconteceu no- Antologia – “ A Efemeridade da Vida”e da LançaCAC em Maringá o encontro de autores no Cultive mento de revista Artplus pela Sra. Valquíria ImpeIntercâmbio Cultural Brasil Suíça fazendo parte riano que também apresentou a palestra: Genebra da pré Flim. O evento coordenado pelo Presi- Cultural. dente da Unijore – Sr. Joel Cardoso e Maria Inês Botelho, com apoio e a participação do Secretário O encontro foi transmitido ao vivo pelas redes soMunicipal de Cultura Sr. Miguel Fernandes. No ciais. encontro houve apresentação musical, Momento Poético e palestras unijorianos que abrilhantaram Apoio: o encontro: Jaime Vieira, Benevides Garcia, Jhan União de Profissionais do Jornalismo, Artes e Lie esposo André que falou e apresentou um video teratura – sobre a Cultura Latina. o Presidente da Unijore Unijore Joel Cardoso falou sobre a Literatura nas Escolas Maringá – PR/BR –e a unijoriana Maria Inês Botelho debateu sobre Secretaria Municipal de Cultura de Maringá – PR/ «A importância do intercâmbio cultural entre o BR
Poeta Jaime Vieira, escritora Valquiria Imperiano, apoiadora Priscila Nunes, Jornalista Joel Cardoso, Sumiko Maebara unijoriana; Janete Ferreira unijoriana; escritora Maria Inês Botelho e o poeta Benevides Garcia
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Joel Cardoso, ativista cultural em Maringá, foi o animador da tarde cultural. Joel ,que é jornalista e escritor, está presidente da Unijore em Maringá. Joel, juntamente com outros membros da Unijore, tem levado nomes da literatura local, assim como, apoiado e colaborado com atividades culturais que acontecem em Maringá. No encontro cultural CICBS Joel transmitiu ao vivo a programação prevista. Pelo seu empenho e dedicação a Cultive prestou-lhe uma homenagem com um certificado Cultive de Excelência e gratidão
Antologia Cultive «O poder do Amor» Bilingue: Português /Francês Lançamento 34° Salão do Livro de Genebra 28 outubro 2020
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CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL - SUÍÇA MANDAGUARI PROGRAMAÇÃO QUARTA-FEIRA 19/09/2019 Horário: 14h 1. Ações Culturais: 1.1. Elos Clube de Mandaguari: 1.1.1. Coordenação 1.1.2. Contação de estória pela elista Maria Aldenora de Barros: “A Canção dos Homens”, de Tolba Phanen 1.1.3. Apresentação de poema de sua autoria pela elista Alzira Francisca de Freitas Pirolo 2.3. Secretaria Municipal de Educação de Mandaguari: 2.3.1. Centro Municipal de Educação Infantil “Maria Terezinha Zanoni Ferreira” : alunos do Infantil IV – A - música: “Vamos construir” 2.6.2. Escola Municipal “Bom Pastor” – alunos premiados no VI Concurso “Revelando Talentos” – parceria entre o Elos Clube de Mandaguari e o Espaço Cultural “São Francisco de Assis”: 2.6.2.1.Luiz Miguel Xavier Valério – 5º ano: Meu País (de autoria própria) 2.6.2.2.Luiz Guilherme Vila Nova Valério – 5º ano: Meu País (de autoria própria) 2.4. Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Mandaguari: 2.4.1. Apresentação de Esquete: alunos do projeto “Oficina de Teatro”: “Os Doces da Rainha” – autor Lewis Carrol 2.5. Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná 2.5.1. Declamação da poesia “Saudades”, de sua autoria, pela acadêmica Maria Martins 2.5.2. Apresentação do poema “Estação” pelo acadêmico Afonso de Sousa Cavalcanti, Presidente da Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná (autoria própria) 2.6. Palavra da professora e Presidente da Cultive Valquiria Imperiano 2.7 Encerramento da primeira parte do evento Cultive – Intercâmbio Cultural entre Brasil e Suiça/ Mandaguari – PR/BR Apoio: Elos Clube de Mandaguari – DE-4 Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer Empresa de Comunicação Júlio Cesar Lazarin da Silva Local: Anfiteatro “Waldemar Vasques Rodrigues”/Módulo Cultural
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CICBS CULTIVE EM MANDAGUARI
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mos construir». A Escola Municipal “Bom Pastor” conteceu no dia 19 de setembro de 2019 em- apresentou os poemas com o tema “Meu País” Mandaguari (PR-BR) no Anfiteatro “Waldemar por alunos premiados no VI Concurso “RevelanVasques Rodrigues” Módulo Cultural às 14h. A do Talentos” em parceria entre o Elos Clube de abertura do evento Cultive Intercâmbio Cultural Mandaguari e o Espaço Cultural “São Francisco de Brasil Suíça pela Delegué Cultive Maria Inês Bo- Assis”: Luiz Miguel Xavier Valério do 5º ano: Meu telho coordenadora do evento seguido da palavra País (autoria própria), Luiz Guilherme Vila Nova da Presidente da Cultive Valquíria Imperiano que falou sobre «A importância do intercâmbio entre
Valério – 5º ano: Meu País (autoria própria). o Brasil e a Suíça», em seguida apresentaram-se os representantes do Elos Clube de Mandaguari. A elista Maria Aldenora de Barros declamou uma poesia; Alzira Francisca de Freitas Pirolo fez leitura de um poema de sua autoria.
Houve uma apresentação de um esquete: feito pelos alunos do projeto “Oficina de Teatro” com o título “Os Doces da Rainha” de autoria de Lewis Carrol. Maria Martins acadêmica da Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná declamou uma poesia de sua autoria intitulada“Saudades”.
O Centro Municipal de Educação Infantil “Maria O acadêmico Afonso de Sousa Cavalcanti, PreTerezinha Zanoni Ferreira” representado pelos sidente da Academia de Letras, Artes e Ciências alunos do Infantil IV apresentaram a música: “Va- Centro-Norte do Paraná apresentou o poema de 162
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Antonio Carlos Xavier-Diretor da FAFEMAN; Helena MAria Moura Perez - Diretora de Protocolo do Elos Club de Mandaguari; Afonso dde Souza Cavalcanti - Autor do livro 50 anos da Fundação filosofia Ciências e Letras de Mandaguari e presidente da Academia de Letras e Artes Ciências e Artes do ParanáMaria Inês Botelho, escritora, ex prefeita de Mandaguari, Presidente do Elos Clube e Delegué Cultive; Ex Diretor e Professor da FAFEMAN, José Natal de Oliveira; Amira Nunes Mendonça professora aposentada. sua autoria intitulado “Estação”.
O evento continuou na Câmara Municipal de Mandaguari. Às 19h uma Sessão Solene da Câmara Municipal de Mandaguari – PR/BR com presença dos vereadores e presidida pelo presidente da Câmara, Hudson Efrain Theodoro Guimarães, foi
votada por unanimidade o projeto que outorgou o título de Mérito Comunitário à Presidente da Associação Cultive Sra. Valquíria Imperiano. Em seguida houve ações Culturais do Elos Clube de Mandaguari - apresentação musical coordenado por Sheila Maria de Oliveira Dias; lançamento do livro “Sonhos de um escritor” do jovem Dercílio Santana Júnior aluno do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual São Vicente Pallotti
que Declamou poemas do seu livro. As professoras declamaram os seguintes poemas do livro “Sonhos de um escritor”. Helen Botion – Sentimento Raro e Único; Roberta Xavier – Saudade Daquela Amizade, Vida e Natureza – Valéria Pinheiro; Adriana Móia – Mãe, Uma Beleza Admirável; Maria Fineto – Maria Guerreira; Aluno e autor da obra “Sonhos de um escritor”; Dercílio Santana Júnior - Sonhar. O “Coral de Libras” – curso de Pedagogia da Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari fez uma apresentação musical. O professor Dr. Afonso de Souza Cavalcanti fez o Lançamento do livro de sua autoria “50 Anos de Fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari”. A professora e Presidente da Cultive Valquiria Imperiano fez o lançamento da Revista Artplus e da Antologia Cultive “A Efemeridade da Vida” e apresentou o vídeo “Divulgando a Literatura Brasileira em Genebra e na Europa”. E encerRevue Cultive - Genève
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rou a noite homenageando a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari com um troféu de reconhecimento. A presidente da Cultive antes de encerrar o evento agradeceu à Câmara Municipal de Mandaguari, à Empresa de Comunicação Júlio Cesar Lazarin da Silva, ao público, aos participantes e à Amira Nunes Mendonça que a recebeu em sua casa, aos professores e à coordenadora do evento a Delegué Cultive Maria Inês Botelho. Apoiaram a CICBS em Mandaguari
34°Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra Do 28 outubro ao 02 de novembro 2020
Elos Clube de Mandaguari – DE-4 Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná Sede Apucarana (PR) Secretaria Municipal de Educação de Mandaguari Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Mandaguari Empresa de Comunicação Júlio Cesar Lazarin da Silva.
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informações : cultivelitterature@gmail.com www.cultive-org.com
FORTALEZA
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CERIOMÔNIA DE POSSE MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE FORTALEZA
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a casa Juvenal Galeno aconteceu o evento
cultural CICBS. Francinete Azevedo a cerimonialista do evento abriu o evento compondo a mesa. Após o Hino Nacional um grupo de 14 crianças entrou trazendo os estandartes Cultive e dando início a solenidade de Posse dos Membros Internacionais Cultive. Tomaram posse: Claude Bloc, Anapuena Havena, Paulo Tadeu Sampaio, Pio Barbosa , Maria José Esmeraldo Rolim e Rita Guedes que além de Membro Internacional Cultive assumiu o posto de Delegué Cultive no Ceará. O Dr Antonio Galeno recebeu homengem e tomou posse como Membro de Honra da Cultive. Todos os Membros receberam diploma de Membro Internacional Cultive, medalhão Cultive e a faixa Cultive com a qual deverão apresentar-se em todas as cerimônias culturais como representantes da Cultive.
Lançamentos Foi realizado o lançamento da Antologia A Efeme166
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ridade da Vida e da Revista Artplus. Os autores presentes leram e recitaram seus textos.
Festividadades A programação foi intercalada com apresentações musicais líricas interpretadas pelos cantores líricos Alvarus Moreno e Auzuneide Cândido. No evento, representantes de várias academias de Fortaleza estiveram presentes: Célia de Oliveira, Maria de
Fátima Lemos(ALJUG); Linda Lemos (ALJUG); Alonso Hygino (ACLA); Manoel Osdemi, Joana D’arc da Silva e Paulo Roberto Neves (ACLA); Francinete Azevedo, Núbia Brilhante, Osia Carvalho(ALMACE); Nice Arruda (AFLC);Tereza Lima Diaz; Sonia Nogueira; Ilvia Ponciano Lima;
Homenagem a Juvenal Galeno Na ocasião foi prestada uma homenagem ao centenário da Casa Juvenal Galeno. A Cultive e Rita
O quadro que retrata o patriarca é uma obra bidimensional sobre tela. A artista utilizou areia, cola, algodão e tinta para conseguir o efeito desejado. Rita trabalhou durante 3 meses para concluir a obra, o resultado é uma obra de arte que merece toda a nossa admiração pela técnica, estética e beleza criativa. Na sequência o Dr. Antonio Galeno, presidente da Casa Juvenal Galeno, Homenageou a Presidente da Cultive Valquiria Impriano e a Delegué Rita Guedes com um diploma e a medalha de Parceiro Cultural da Casa Juvenal Galeno pelos serviços culturais prestados.
Guedes presentearam o Dr. Antonio Galeno, neto do patrono da fundação Juvenal Galeno, com um maravilhoso portrait do patrono da Casa de Cultura Juvenal Galeno pintando pela própria Rita Guedes. Dr. Galeno não conseguiu disfarçar a emoção ao receber a belíssima obra com o retrato do seu avó.
APOIADORES -DA CICBS CULTIVE ACCAL - Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras - Presidente: Inácio Santos ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba Capistrano de Abreu Presidente: Paulo Roberto Neves Pereira ACSC – Academia de Ciências Sociais do Ceará Presidente: Lucili Grangeiro Cortez ALJUG - Academia de Letras Juvenal Galeno Presidente: Maria Linda Lemos Bezerra AME - Academia Maria Ester de Leitura e Escrita Presidente: Maria de Fátima Lemos Pereira Cândido COMISSÃO CEARENSE DE FOLCLORE Membro: Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira ALMECE - Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará Presidente: Nicodemos Gomes Napoleão LIEPE – Liga dos Ilustradores, Escritores e Poetas de Eusébio- Presidente: Raquel Magalhães.
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O Intercâmbio Cultural Cultive do Ceará, realizou-se em duas fases. Do 23 ao 30 de setembro em Fortaleza e do 03 ao 06 em Bitupitá. O projeto foi coordenado pela Delegué Cultive Rita Guedes
nacionais Cultive empossados na ocasião do Evento. Em fortaleza o evento começou na Escola Municipal José Ramos Torres de Melo. O comité Cultive formado por Rita Guedes e Maria José Esmeraldo abriram o evento estudantil. O evento no Colégio-
Os eventos tiveram apoio da academias ACL, ALJUG, Casa de Cultura Juvenal Galeno, ALMECE, AM, Colégio Maria Esther, apoio e participação de autores do Ceará. Fortaleza contou com a presença e participação da Delegué Cultive do Paraná Maria Torres foi coordenado pela MIC Maria José Esmeraldo Rolim e o apoio da diretora da Escola Luciana Carvalho Mota.
Inês Botelho, da escritora Norma Brito, da Membro Internacional Cultive Elieder Corrêa, do Delegué Cultive empossado em Fortaleza Pio Barbosa, Maria José Esmeraldo e Paulo Tadeu Membros Inter-
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Os professores abriram o evento tocando e cantando o HINO DA CULTIVE com arranjo do professor Lucas e da professora Eveline.
Maria Inês Botelho, de Mandaguari Delegué Cultive no Paraná -veio para o lançamento da Antologia A Efemeridade da Vida; Norma Brito, de Brasilia veio para o prestigiar o CICBS 2019. Ambas participaram da cerimônia de Posse dos Membros Internacionais Cultive.
Manhã cultural no Colégio Maria Ester
Colégio Maria Ester, colégio de Educação Infantil dirigido por Maria de Fátima Lemos, criou a primeira academia de Letras de adoslescentes da América Latina em 2004, incentivando assim a criatividade dos jovens.
Maria de Fátima Lemos recebendo o certificado mérito das mãos da Presidente da Cultive, Valquiria Imperiano.
Os alunos do Colégio fizeram apresentação musical e o grupo de Acadêmicos apresentaram poemas acompanhados por músicas regionais. Talentos literários e musicais despontam no Colégio Maria Ester motivados pelos preofessores e pela direção. Professores, diretoria e alunos melhor dos jovens colégiais.
mostraram o
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PIO BARBOSA NETO
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atural do Ceará, escritor, membro de varias academias literárias em Fortaleza; premiado e condecorado com varias homenagens: Semana do Servidor da Assembléia Legislativa em 2007, Assembleia Legislativa do Ceará; 2008 - Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembleia Legislativa do Ceará; 2016- Homenagem no Dia do Escritor Cearense. Recentemente Pio Barbosa tomou posse na Cultive Association Club International D’Art Littérature et Solidarité assumindo de imediato o cargo de Delegué Cultive no Ceará e no qual já começou a mostrar sua ativa capacidade de trabalho e dedicação organizando juntamente com Rita Guedes, também Delegué Cultive no Ceará, o evento Momento Cultural Cultive que acontecerá no dia 16 de novembro durante a reunião da AlMECE na qual ele secretario. O Momento Cultural Cultive ele e Rita Guedes representando a Associação Cultive apresentaram os trabalhos da Cultive realizados em Fortaleza e prestigiaram as personalidades culturais de Fortaleza: Dr. Juvenal Galeno, Dr. Napoleão Nicodemos e o Sr. Luis Edson Corrêa Sales.
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PAULO TADEU SAMPAIO MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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aulo Tadeu Sampaio De Oliveira, natural de Palmácia-CE, é Jornalista, Administrador, Professor Universitário. Pertence dentre outras instituições: Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture-Paris (Membre D’Honneur et Ambassadeur); Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará; Academia de Letras e Artes do Ceará; Academia Afro cearense de Letras; Academia Fortalezense de Letras; Academia de Letras Juvenal Galeno; Instituto do Ceará (amigo); Centro Cultural do Ceará; Associação Cearense de Imprensa (ex-Presidente)
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MARIA JOSE ESMERALDO ROLIM MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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asceu em Floriano – Piauí, Estado do Nordeste do Brasil. Criou com anuência da família o projeto que transformou a casa familiar no Centro Cultural Cristino Castro, onde funcionam os cursos do PRONATEC (informática, teatro, dança) e com finalidade gerar de renda para artesãs, funciona o Prodart, uma cooperativa de artesanato. O Centro, também, abriga o Museu Zezé Castro, e a biblioteca Da Costa e Silva, com um acervo de cinco mil livros. Estudou fora do país, fez mestrado e doutorado em Educação e escreve sobre suas pesquisas: a violência simbólica e o bullying. O reconhecimento de seu trabalho foi feito pela Assembleia Legislativa de Fortaleza, com votos de louvor pela pesquisa. Faz parte de Academias de Letras em Fortaleza, Ala Feminina da Casa Juvenal Galeno, Academia ACLA de Maranguape, UBE do Rio de Janeiro, Divine Academie de Paris e Academia Luso - Suíça em Genebra. Membro Internacional Cultive. Possui 23 publicações conjuntas e 3 solos. A violência e o bullying na escola, como prevenir e corrigir foi traduzido em espanhol, pois teve uma ampla aceitação dos educadores. A violência dos laços familiares aos bancos escolares, foi o livro mais destacado pela crítica, como relevante para a Educação.
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ANAPUENA HAVENA
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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napuena Havena é escritora, pesquisadora eempreendedora cearense. membro de várias academias no Ceará, membro da Academia de Artes, Ciências e Ldetras do Brasil, assumiu a cadeira de Membro Internacional Cultive, em outubro, em Fortaleza na Cerimônia de Posse dos Membros Cultive realizada na Casa Juvenal Galeno; membro da Academia Luminescence Française, membro da Academia Nacional de Ciências, Letras e Artes e membro correspondente da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, desta última, recebeu o diploma de honra ao mérito: “Benfeitora da Educação e da Cultura brasileira”; recebeu o diploma de “Mérito Cultural e Social” e comenda “Brava Gente Brasileira”. Foi também agraciada com o prêmio Melhores do Ano 2019 - troféu Monteiro Lobato, categoria pesquisadora, da associação Literarte. A autora é fundadora do Espaço Cultural Café Patriota, projeto que promove a valorização da História e Cultura brasileira. Autora dos romances históricos “Encantos do Café” e “Descobrindo a Nobreza do Amor”, e do livro infantil “O príncipe que não sabia brincar”, participou também de antologias nacionais e internacionais.
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CLAUDE BLOC
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laude Bloc é escritora e professora. Os laços com a Cultive estreitaram-se durante o 32° Salão do Livro de Genebra onde participou trazendo seus livros e particpando do lançamento de duas Antologias Cultive : Songe d’une Nuit e Coragem. Uma escritora cujos textos detalham imagens do passado vivido na fazendada família. Em seus textos as relações familiares, o contato com a terra, o zelo da sua mãe, também imigrante francesa, aparecem transmitindo uma doce nostalgia poética. Foi ela quem estruturou o evento FECC Cultive em Crato em 2018. Agendou as palestras na Universidade do Crato e no Instituto ICC : leituras, violeiros , repentistas e cordelistas. Além de toda a parte intelectual ela mostrou as riquezas da região: parques naturais de pesquisa histórica e paleontológica, sitios arqueológicos de onde foi extraído o esqueleto do dinossauro Santanaraptor Placidus queimado no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
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ANTONIO GALENO NETO MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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bisneto de Juvenal Galeno, doutor Antônio Santiago Galeno Júnior é presidente da CCJG ( Casa de Cultura Juvenal Galeno ). Ele matém com empenho o trabalho cultural iniciado pelo seu bisavó na cidade de Fortaleza e administra com dedicação a CCJG que acolhe nas suas dependências várias associações acadêmicas e culturais de Fortaleza. Dr. Antônio é também o Presidente de Honra da Academia de Letras Juvenal Galeno ALJUG criada em 2013. E em setembro organizou o centenário da CCJG com um Estande no Salão o Livro de Fortaleza onde deu espaço para autores cearenses, casa de cutlra, associações, artistas de apresentarem seus trabalhos durante o Salão. Dr. Antonio Galeno é um dos maiores ativistas Culturais de Fortaleza e por isso ele recebeu da Assembléia Legislativa de Fortaleza o Diploma de Mérito. Dr Antonio Galeno foi homenageado também pela Cultive e foi empossado como Membro de Honra da Cultive.
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RITA GUEDES
MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
minou os encontros literários e o atelier de arte durante o FEC 2018. Sua presença dirigindo uma oficina de arte em Alagoa Nova, suas mensagens transmitidas nas palestras, sua ativa participação nos debates realizados só engrandeceram o FEC e motivaram os participantes. Em Fortaleza ela organizou toda a logística necessária para que o evento Cultive «FECFOR» fosse palco de muita alegria, amizade e confraternização. Graças à dedicação de Rita Guedes, a Cultive concretizou o objetivo de divulgar as obras dos autores que acompanharam a Caravana Cultive pelo Nordeste e de reunir amantes das artes e da literatura. Ela também cooperou na arrecadação de livros para a biblioteca do Colégio Estadual Violeta da Costa em Alagoa Nova. Desde 2017 Rita é representante da Cultive em Form 2016 Rita publicou o seu primeiro romance taleza. Sua atuação foi de tal maneira engrandece«Sobre as Ondas», que relata a história de uma fa- dora para a Associação e benéfica para a sociedade mília de retirantes do Nordeste. Nesse romance, ela Cearense que a diretoria da Cultive lhe concedeu foca a luta do retirante nordestino para superar as o título de Gold Member Member8 Cultive, uma dificuldades do sertão e a descriminação social. homenagem justa que a Associação Cultive confere às pessoas que realizam ações sociais e culturais Rita Guedes também é poeta. Sua poesia é rechea- comprovadas. da de emoção e mostra sua preocupação com os sentimentos e o sofrimento humano. Ela recebeu Por ocasião do 33° Salão Internacional do Livro vários prêmios em concursos literários. de Genebra, ela prestou inestimáveis serviços à
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Seu trabalho para divulgar sua arte atravessou as fronteiras do Brasil e foi até à Europa. Suas criações estão sempre presentes em salões de livros e encontros culturais. Focada em divulgar a cultura brasileira, Rita foi uma grande incentivadora e colaboradora do projeto Festival Cultural Cultive (FEC) que aconteceu no ano de 2018 em Alagoa Nova, João Pessoa, Natal, Crato e Fortaleza. Sua atuação valiosa na logística e na curadoria, dos setores da literatura e da arte, colaborou para o grande sucesso do FEC 2018.
Cultive, contatando autores, academias de letras e artes, músicos e divulgando as atividades da associação no Brasil. Ela esteve presente no 33° Salãodo Livro de Genebra para o lançamento da «Antologia Superação e Sobrevivência» e seu romance «Sobre a Ondas». Ela também expôs na Exposição Imagem Poética no Consulado Geral do Brasil.
Rita continua sua participação ativa e dedicada na organização do projeto Cultive Intercâmbio Cultural Brasil-Suíça (CICBS), que será realiztado em outubro 2019. Como Delegada Cultural Cultive no Ceará, Rita está à frente do projeto CICBS na região do Ceará. Ela está conduzindo com muita Rita não só trabalhou nos bastidores da logística diplomacia as diretrizes e a colocando em ação a FEC, ela foi, também, uma das estrelas que ilu- logistíca do projeto em Fortaleza e Bitupitá. Revue Cultive - Genève
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BITUPITÁ
CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL- SUÍÇA PROGRAMAÇÃO CICBS DE BITUPITÁ 03/10/2019 6 h - Viagem à Camocim, almoço em camocim; 18h - Visita à Academia Camucinense de Letras, posse do Manoel Osdemi; 04/10/2019 7 h - Saída para Bitupitá 10 h - Escola Fundamental Santa Adelaide e EJA. Diretora: Maria do Socorro Mota Abertura - Hino Nacional, diretora, prefeito e apresentação do grupo Cultive ; 13 h - Oficinas - Atelier de pintura - Rita Guedes; contação de histórias - Claude Bloc e Adriana Barreto; criação de poesia e texto - Fátima Lemos e Joana Auria Lemos; Francisco Siqueira - cordel; 15 h - Palestra - “Conhecendo a Suíça, direitos humanos, luxo, limpeza, organização, finança, natureza, alpes, chocolate, queijo”; 15h30 -Dramatização ou recital, exposição de pintura, premiação do concurso cultive de literatura infantil; 16 h30- Visita à Biblioteca de Bitupitá; 17 h - Intervalo para lanche; 18 h - Sarau na Praça; Bumba Meu boi; 05/10/2019 8 h - Sarau nas dunas 06/10/2019 - Retorno à Fortaleza
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CULTIVE ASSOCIATION CLUB INTERNATIONAL ART LITTÉRATURE ET SOLIDARITE
CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL-SUIÇA, 2019 BITUPITÁ DO 04 AO 06 DE OUTUBRO
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recebida pela academia Camocinense de Letras e ob a orientação da presidente da CULTIVE prestigiaram a posse do autor Manoel Osdemi. ASSOCIATION CLUB INTERNATIONAL D’ART LITTÉRATURE ET SOLIDARITE, Valquiria Imperiano, uma caravana de 43 autores (representantes de academias literárias de Curitiba, Fortaleza e região metropolitana) partiram de Fortaleza para Bitupitá no estado do Ceará no dia 03 de outubro 2019 a fim de realizar o projeto 1° CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL BRASIL SUÍÇA, projeto este dirigido em Fortaleza por Rita Guedes, Delegué da Cultive no Estado do Ceará. A Caravana fez uma parada em Camocim onde foi Revue Cultive - Genève
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Alunos, professores, autores e ministrantes foram premiados com medalhas e certificados de participação. A Cultive doou brinquedos pedagógicos e livros para a escola e para a Biblioteca pública de Bitupitá. Durante o evento os alunos e o corpo docente da EEF homenagearam o autor Manoel Osdemi, natural na cidade de Bitupitá, a professora e escritora Helena e a presidente da Cultive Valquiria Guillemin. As crianças realizaram apresentações de dança, exposição dos trabalhos realizados nas oficinas e recital poético.
No dia 4 de outubro às 10h da manhã, na Escola de Ensino Fundamental Santa Adelaide e EJA, Valquiria Guillemin presidente da Cultive - Association Club Intrnational d’Art Littérature et Solidarité, idealizadora e promotora do evento, juntamente com a coordenadora do evento Rita Guedes, os Delegués Cultive Pio Barbosa e Maria José Esmeraldo e dos Membros Internacionais Cultive Elieder Corrêa da Silva, Paulo Tadeu abriu as atividades do 1° INTERNCÂMBIO CULTURAL BRASIL - SUìÇA. No evento aconteceu oficinas de escrita, de cordel, de contação de estórias, declamações e premiação aos vencedores do 1° Concurso Cultive de Literatura Infantil.
As oficinas na EEF e EJA Stª. Adelaide, foram ministradas por: Fátima Lemos que realizou uma oficina de escrita e contação de história com base no seu livro. Rita Guedes trabalhou a pintura dirigindo uma oficina de arte), a Professora.Adrian Barreto. (oficina de escrita e contação de história) trabalhou com o livro de Valquiria Imepriano : Sourit et Leo Lion.
À noite na praça da cidade, houve a apresentação do Bumba meu Boi, uma peça teatral folclórica de rua, típica da região Nordeste do Brasil. A peça foi realizada sob a direção de Ósia e a participação dos acadêmicos que representaram os seguintes personagens: Osia encenou a burrinha, Maria José Esmeraldo Rolim encenou a Catirina, Rita Guedes encenou a Ema, Paulo Tadeu o cavaleiro; um dos habitantes encenou o boi e Valquiria Imperiano foi coroada a rainha; o violeiro Luis; e o narrador foi Pio Barbosa. O sucesso do bumba meu boi fez renascer o folclore regional enterrado há mais de 20 O jurado Rita Guedes foi Pio Barbosa e Valquiria anos na cidade. Imperiano. Além de medalhas, Cultive premiou o ganhador do concurso de literatura infantil com a O grupo foi muito bem recebido pela população publicação do seu texto em formato livro impresso. local. Um almoço na residência do senhor Ozanan 186
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da Silva e senhora Francisaca das Chagas Teles Dionísio, tios do autor Manoel Osdemi, nnos foi oferecido pelo casal. À noite um sarau poético, acompanhado por canto e violão encerrou as atividades do dia 04 para recomeçar no dia 5 com um passeio ecológico na região de Bitupitá nos foi oferecido pelo Senhor David Alves da Silva que nos mostrou as belísimas praias das Curimås. À noite houve reapresentação do Bumba meu boi e encerramento da progrmação com uma uma peixada na brasa oferecido pelo senhor Antonio da Silva. A programação terminou no dia 6 com o retorno
Livros sendo separados para a doação à biblioteca da escola e da cidade. Paulo Tadeu e autores tralharam na triagem.
Oficina realizada por Maria José Esmeraldo Rolim sobre o Bouling. No Final o abraço da amizade.
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CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL, BRASIL-SUÍÇA, 2019.
em parceria com a Prefeitura e o Colégio Municipal, Professora Violeta Costa de Souza; foi maravilhoso. Com apresentações de teatro pelos alunos, declamação de poesias e cordéis, palestras com personalidade de academias do Recife, João Pessoa e São Paulo, canto lírico e artistas de outros Estados estiveram presentes ministrando oficinas nas artes da escritas e plásticas. Houve a inauguração da Biblioteca Municipal com doações de muitas obras literárias.
Por Elieder Corrêa
Gostei tanto de ter ido e participado, que este ano de dois mil e dezenove, quando ela postou no Grupo Cultive no whatsApp anunciando o trabalho e alquíria Imperiano, ativista cultural, radicada os locais, de pronto aceitei participar, pois sabia em Genebra a mais de vinte anos, presidente da que esta incansável criatura de nome Valquiria Association Cultive Club International D’art Litté- Imperiano, merece nosso apoio pelo trabalho que rature et Solidarité; é dona de um dinamismo im- realiza na divulgação da cultura, da leitura, da arte, do conhecimento, da amizade que fazemos no depressionante. correr do tempo e das horas.
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Por designo divino, a conheci ano passado no mês de agosto na cidade de Alagoa Nova, Estado da Paraiba; cidade com população em torno de vinte mil habitantes e privilegiada pela localização por fazer parte da famosa “Rota do Frio”. O trabalho planejado e realizado por Valquiria e os integrantes da caravana cultural em Alagoa Nova 188
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Este ano partido de Fortaleza pela manhã em direção à cidade de Camocim, Estado do Ceará, chagamos lá ao entardecer, fomos conhecer a Academia de Letra onde haveria posse de novos associados da Cultive Littérature Art Solitarité. Na entrada do prédio da Academia Camocimense de Ciências, Artes e Letras, há uma oficina de Lute-
ria com profissionais e alunos trabalhando; interes- Estivemos por quatro dias nessa cidade, durante santíssimo labor! dois dias realizou-se várias oficinas de livre escolha pelo interessado, participaram alunos e proDe Camocim, rumamos para Bitupitá onde foi rea- fessores; durante a noite aconteceu a Feira Cultural, lizado o evento literário em parceria com uma es- com apresentações musicais e vendas de produtos cola da cidade por intermédio do escritor Manoel artesanais. Tudo muito lindo e bem organizado. Osdemi, filho de Bitupitá, hoje residente em Fortaleza. De Bitupitá seguimos para Recife onde aconteceu a Bienal Internacional de Cultura e, Valquiria ImpeNa oportunidade, Osdemi, como é chamado entre riano proferiu palestra sobre a cidade de Genebra, a classe escritora, pessoa de digna personalidade, Suiça utilizando Data Show para mostrar a cidade e merecedora de muitos aplausos pela competência os centros culturais, as construções centenárias, as de seus escritos, foi homenageado pela Cultive e na praças e os jardins. oportunidade lançou a obra onde retrata em tom carinhoso fatos de pessoas com as quais conviveu Nossa viagem cultural não termina aqui; em um durante o tempo em que morou em Bitupitá. próximo momento descreverei o restante deste trabalho sério e importante para as próximas gerações.
O Bumba Meu Boi, idealizado por Osia Carvalho escritora de Fortaleza( represntando o burrico no centro da foto)), foi o sucesso da noite de fstividades em Bitupitá. Os personagens do Bumba fo-
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CULTIVE INTERCÂMBIO CULTURAL RECIFE BRASIL- SUÍÇA
Programação Dia 8/10 Terça feira- 13h visita ao Instituto Ricardo Brennand Dia 09/ 10 - Quarta feira - 10h - Fundaj 15hà 16h - Palestra - Valquiria - A Importância em Divulgar a Literatura Brasileira na Suíça e na Europa- Auditório déias 16h30 às 17h - Lançamento da Antologia Cultive A Efemeridade da Vida - O jardim da Consciência - Souri e Leo Lion - Revista Cultive- Plataforma de Lançamento Dia 10 Quinta feira - 10h30 - Instituto Histórico Geográfico de pernambuco 18h - Biblioteca Pública de Pernambuco - Posse dos Membros Internacionais - Alexandre Santos , Lúcia Sousa, Montan Cabral, Rita Guedes, Ariadne Quintella; Eugênia Maria Lucena de Melo; Homenagem: Bom Bruno Carneiro Lira, Coral Asa Branca Dia 11 - Sexta feira- 10h - Colégio São Bento- Olinda 14h Academia Pernambucana de Letras Dia 12- Sábado Academia Pernambucana de Letras Dia 12 Sábado dia 12 19h - Benção dos Membros Internacionais Cultive - Paróquia Nossas Senhora de Fátima de Boa Viagem- rua Marques de Valença 350 - Boa Viagem; Homenagem- Dom Bruno Dia 13 domingo - às 10h visita à Básilica de São Bento Apoio: Biblioteca Estadual de Pernambuco, 190
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CULTIVE INTERCÂMBIO BRASIL – SUÍÇA RECIFE
CULTURAL
por Lúcia Sousa Coordenadora do CICBS Recife
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erça-feira dia 08 de outubro às 13h00 teve início o CICBS em Recife. A presidente da Association Cultive Club International D’art Littérature et Solidarité Valquíria Guillemin Imperiano, a Déléguée Cultive: Lúcia Sousa de Recife-PE, os membros intercionais Cultive: Rita Guedes de Fortaleza-CE, Montana Cabral de Genebra-Suíça, Elieder Corrêa de Curitiba- Paraná, visitaram à Fundação Ricardo Brennand. O belíssimo Castelo de inspiração moura e medieval, guarda uma valiosa, rara e maravilhosa coleção de objetos do mundo inteiro que variam entre, quadros, esculturas, armas medievais, porcelans, cristais, objetos de decoração. O Castelo foi construido em um belíssimo parque pertencente a família Bertrand e que vale à pena ser visitado.
Na quarta-feira (09/10 às 10h30) – o grupo visitou a Fundação FUNDAJ. A Presidente Valquíria Guillemin Imperiano da Cultive e os Délégués Cultive Alexandre Santos de Recife-PE e Rita Guedes de Fortaleza-CE juntamente com os Membros Internacionais Cultive: Claude Bloc, de Crato-CE, e Elieder Corrêa de Curitiba-PR foram recebidos pela diretoria da FUNDAJ que ofereceu apoio institucional à Cultive. Após o encontro na -FUNDAJ o grupo foi guiado até o Museu do Homem instalado no mesmo complexo aonde encontra-se a Fundação. O Museu apresenta uma belíssima coleção de objetos que relata a vida, os costumes, o folclore e a história do homem nordestino. Quarta-feira (09/10 das 15h às 18h30) A comitva Cultive esteve na XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco - Centro de Convenções de PE onde Valquíria Guillemin proferiu uma palestra sobre o tema: A importância em divulgar a literatura na Suíça e na Europa. A palestra aconteceu no Revue Cultive - Genève
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Auditório Ciclo das Ideias. Em seguida às 16h00 no Palco Plataforma de Lançamento, Valquiria Imperiano conduziu o Lançamento da Antologia: Cultive A efemeridade da Vida’’ e da Revista ART-
À noite, na Biblioteca Pública do Estado de PE houve a cerimônia de posse dos Membros Internacionais e Delégueés Cultive tendo como Mestre de Cerimônia: Edson Bezerra. Os empossados foram: Alexandre Santos Delegué pelo estado de Pernambuco, Lúcia Sousa Delegué pela cidade de Recife-PE; Montana Cabral pela cidade de Genebra-Suíça, Eugênia Melo de Recife, Elieder Corrêa de Curitiba-PR, Avani Peixe de Maceió – AL.; e o homenageado da Cultive no Recife Dom Bruno Carneiro Lira tomou posse como Membro de Honra. Os membros receberam diplomas e certificados de Membros Internacionais Cultive O evento foi aberto com o canto do Hino Nacional Brasileiro e abrilhantado com apresentações artísticas. O Maestro Moisés da Paixão regeu o coral Vozes da Asa Branca, que é presidido por Jacilene de Lemos. O Coral interpretou: Hino Aleluia e músicas regio-
PLUS, revista bilingue (português/francês) editada na Suíça. No lançamento estavam presentes os: Délégués Cultive Alexandre Santos, Rita Guedes, Lúcia Sousa, com esposo Evandro Barbosa, Membros Internacionais Montana Cabral-Genebra – Suíça, acompanhada por seus familiares e amigos do Recife, Claude Bloc, Elieder Corrêa, Avani Peixe de Maceió-AL, com o filho e filha. Outros escritores que participaram da Antologia: A Efemeridade da vida: Jacira Barros, Ivanilde Moraes de Gusmão, Fernando Matos e Gilson Medeiros (1ºlugar no III Concurso Cultive de Literatura categoria Conto). Escritores convidados que prestigiaram o lançamento da Antologia: Telma Brilhante, Salete Rego Barros, Colly Holanda entre outros, com seus familiares e amigos. À noite o grupo comemorou o encontro em um Jantar de confraternização. Quinta-feira a presidente Valquíria Imperiano acompanhada de Rita Guedes visitaram o Instituto Histórico Geográfico de Pernambuco. 192
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nais nacionais. A presidente do Conservatório de Música: Leny Amorim e a professora Alina Serafim dirigiram a apresentação do Ballet Infantil Sol Maior. Todos os participantes do Coral, do Ballet
e o mestre de cerimônia receberam Certificado da
Cultive como apoio e incentivo à cultura. Estiveram presentes no evento os escritores: Heitor Brilhante, Telma Brilhante, Antônio Carlos Menezes e o artista plástico Vandrade Art, familiares e amigos para prestigiarem a ocasião de posse dos Membros da Cultive. Na sexta-feira (11/10) às 10h00 o comité visitou o Colégio São Bento e foram recepcionadas pelo Monge Beneditino Dom José Antero e o Abade do Mosteiro Dom Luiz. O grupo foi guiado e conheceram os espaços do Mosteiro com acesso ao Colégio São Bento. No Colégio foram recebidos pela coordenadora da Instituição, professora Claudia. que apresentou o auditório e a biblioteca. A próxima visita do grupo foi à Academia Pernambucana de Letras – APL. Foi-lhes apresentado o Museu da Academia Pernambucana de Letras, um antigo casarão da época colonial. O grupo visitou as salas de reuniões, de música, uma sala com as obras dos acadêmicos com referências às cadeiras anitgos e atuais ocupantes. A mobília exposta, são orinigais da época, foram doações de simpatizantes da Instituição e não pertenceram ao seu antigo proprietário, o Barão que importava bacalhau de Portugal. O BarãoT adquiriu o título por sua notoriedade comercial, ele construiu a propriedade. Morou com sua família,
da casa, onde viveu recolhido e não mais contraiu matrimônio. Sua filha e genro, o médico Av. Dr. Malaquias, passaram a residir no imóvel. No sábado (12/10) 19h00 - O grupo compareceu à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Boa Viagem, para assistir a Missa Celebrada e receber a Benção. A missa foi celebrada pelo também
membro e Homenageado da Cultive: Dom Bruno Carneiro Lira. Participaram da Liturgia : 1ª Leitura: Lúcia Sousa - Délégué Internacional Cultive; 2ª Leitura: Valquíria Imperiano – Presidente da Cultive, Valquíria Imperiano, Lúcia Sousa, Rita Guedes, Elieder Corrêa e Montana Cabral que foram apresentadas pelo celebrante à assembleia. A Délégué da Cultive, Rita Guedes, pediu permissão para cantar a Ave Maria dos Andores e foi um monento mágico. No domingo (13/10) 10h00 o grupo assistiu à Mis-
sa na Basílica de São Bento em Olinda-PE com Canto Gregoriano. A presidente da Cultive Valquiria Imperiano entregue o Troféu ao escritor e poeta Ivan Cadima, 1º esposa e filhos, que vieram a falecer ainda jovens lugar no III Concurso Cultive de Literatura- cateacometidos por doenças. Após o falecimento da es- goria Poesia. posa, o Barão construiu a Torre Molofote no jardim Revue Cultive - Genève
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ALEXANDRE SANTOS
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lexandre Santos é um premiado escritor brasileiro que, ao lado de marcante atuação na articulação cultural e produção de eventos, se notabiliza por vasta obra literária, marcada essencialmente pela temática do poder. Entre os principais livros de Alexandre Santos, além dos festejados ensaios 'A inevitável primavera' e 'Teoria do Valor' e do poemário 'G’Dausbbah', se destacam os romances 'O moinho', 'Maldição e fé', 'O livro dos livros', 'Árchias' e 'Baltimore'. Membro de entidades importantes como a Academia de Letras e Artes do Nordeste, Academia Pernambucana de Engenharia, Associação Brasileira de Engenheiros Escritores e União Brasileira dos Escritores, Alexandre Santos é editor-geral do informativo ‘A Voz do Escritor’ e membro do Conselho Consultivo da Revista Nova Águia (Lisboa, Portugal) e dos conselhos editoriais da Revista Archiépelago (Cidade do México, México) e das Edições Moinho (Brasil). Como produtor cultural, Alexandre Santos, que coordena a Câmara Brasileira de Desenvolvimento Cultural, é responsável pela realização da Festa Literária Internacional do Ipojuca (FLIPO) - um empreendimento cultural que toma por base a plataforma histórica e turística do município de Ipojuca, no litoral Sul do Estado de Pernambuco, para mobilizar escritores, amantes da literatura e, também, de outras artes e, com eles, a mídia, em torno de temas culturais de interesse nacional e internacional de modo a fortalecer a arte literária e projetar a região, através de uma grande festa na vila de Porto de Galinhas. Concebida e realizada na perspectiva da transversalidade das artes, a FLIPO congrega muitos eventos importantes, inclusive o Congresso Mundial de Engenheiros Escritores, o Encontro Pernambucano de Escritores, a jornada musical FestFLIPO, a feira cultural Alameda dos Livros, a plataforma de lançamentos Vitrine Cultural, o Espaço Outros Olhares, o Salão do Cordel, o sarau Tribuna das Artes, o Espaço do Faz de Contas e o Festival Internacional de Curtas. Revue Cultive - Genève
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DOM BRUNO L. CARNEIRO MEMBRO INTERNACIONAL CULTIVE
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om Bruno Carneiro Lira é sacerdote católico, monge beneditino, professor universitário, escritor, membro da Academia Olindense de Letras e Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Boa Viagem, em Recife-PE. Nasceu em Sobral (CE) e hoje é conhecido pelas suas obras em torno dos temas da Liturgia, Espiritualidade, Linguística e Educação. Graduado em Filosofia e Teologia pela Escola Teológica do Mosteiro de São Bento de Olinda - PE; é licenciado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é Mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Atua, também, como Supervisor Pedagógico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do SESC de Santo Amaro em Recife (PE). É professor universitário de disciplinas nas áreas da Linguagem, Métodos
de Pesquisa, Comunicação Empresarial, Processos Decisórios e Elaboração, Análise de Projetos, do IESO (Instituto de Ensino Superior de Olinda) e FACCOR (Faculdade de Ciências Contábeis do Recife). Leciona, ainda, a disciplina de Liturgia. Publica pelas Editoras Vozes, Paulus, Paulinas e Liceu. Foi homenageado pel Cultive com a medalha de honra e mérito e tornou-se Membro de Honra da Cultive em outubro.
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MONTANA CABRAL
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ontana Cabral nasceu na Paraíba - Brasil e imigrou para a Suíça há 18 anos. Ela dedicou toda a sua vida a sua família. Hoje ela se dedica a escrever e cada texto ela guarda-o com carinho. Seu textos descrevem suas impressões sobre tudo que a toca e que a impressiona. Ela particpou da Antologia Superação e sobrevivência organizada por Cultive com o texto Reflexões.
Em outubro Montana esteve Recife para participar do Cultive Intercâmbio Cultural Brasil - Suíça. Fez parte da solenidade de posse dos Membros Internacionais Cultive na Biblioteca Pública de Recife e lançamento da Antologia A Efemeridade da Vida na qual participa e que foi lançada na Bienal de Pernambuco Cultive. Montana está Membro Internacional Cultive representando Genebra.
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ELIEDER CORRÊA
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lieder, poetisa e escritora, pèertence a varias academias em Curitiba, Apresentou suas publicações na Europa, dedica-se a divulgar a cultura no Brasil e no exterior. Representa o Brasil em eventos internacionais. No Brasil participou de inúmeras an tologias, salões de livros e eventos literários. Tornou-se Membrto Internacional Cultive. Sua participação nos eventos e anotlogias Cultive a remonta a 2018. Esse ano de 2019 Elieder esteve presente no CICBS de Fortaleza, Bitupitá, Recife e Alagoa Nova, aplicando oficinas e motivando as crianças.
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EUGÊNIA
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ugênia Maria Lucena De Melo nascida no dia 29 de janeiro de 1952, na cidade de Sanharó, Agreste de Pernambuco, filha de Edilson Honório de Melo e Maria José Lucena de Melo, quarta dos oito filhos do casal. Toda sua infância e adolescência vivida em sua terra natal. Sua educação do jardim de infância até o ensino fundamental, foi realizada em escolas particulares e públicas em Sanharó. Na década de setenta veio para a capital, onde concluiu o magistério no Colégio IEP Instituto de Educação de Pernambuco. Solteira mãe Biológica de Maria Janaína e Miguel, mãe do coração de Keytillee sua Pituquinha e avó de 4 netos Maria Fernanda, Sofia, Diogo e Mateus amores de sua vida. Instituto de Educação de Pernambuco – IEP – Magistério, Faculdade de Formação de Professores de Belo Jardim – FABEJA, Licenciatura Plena - Letras. ESURPE – Escola de Ensino Superior de Pernambuco – Especialização em Secretariado Executivo com Ênfase em Sistemas de Informação. Secretária Executiva pelo período de 49 anos no exercício da profissão. Diretora Financeira do Sindicato das Secretárias(os) do Estado de Pernambuco – SINSEPE – 4º mandato. Exerceu a função de Secretária Executiva na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco – BPE, por 20 anos sem interrupção. Atuou como Secretaria Executiva da Sociedade
dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco – SABEPE, por 15 anos. Presidente da Sociedade dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco – SABEPE. – Reeleita para o Biêni 2019/2021. Ocupou cargos de confiança na Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, secretaria de origem., nos setores de Repografia e Financeiro. Servidora Pública há 35 anos da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. Cedida a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado de Pernambuco- ocupando várias funções em destaque.Responsável pelo IRH. Coordenadora do Arquivo do PROCON-PE. Coordenou o cartório do Posto do PROCON/PE – No Expresso Cidadão do Cordeiro. Coordenadora da Conciliação da Gerência Jurídica do PROCON/PE-SEDE. OBRAS – Anjos que iluminaram minha vida – publicado em 2015. Secretariando com excelência na gestão Municipal. Registrada na União Brasileira de Escritores – UBE. Participou da Antologia Carrero com 70 – Autora da Orelha da Antologia. Participou da 11ª edição da Obra “Mulheres que mudaram a história de Pernambuco. Membro da Cultive Association Internacional D´ARTE, LITTÉRATURE ET SOLIDARITE – SUISSE Cultive Intercâmbio Cultural - Brasil Suiça – CICBS RECIFE. MEDALHAS E TROFÉUS DIPLOMAS Medalha do Mérito comemorativa ao Sesquicentenário da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco – 2002.Troféu Secretária do Ano – Pela Sociedade dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco – SABEPE – no exercício da função em 2010. Como Secretária Executiva da Gerência de Atenção ao Servidor em exercício da função na Secretaria de Educação – Homenageada com o Diploma de Melhores do Ano - Pela Federação Pernambucana de Judô - por 4 anos. Medalha de Honra da Academia de Taicondor de PE. Medalha de membro da Cultive Intercâmbio Cultural - Brasil Suiça – CICBS – RECIFE/PE. Revue Cultive - Genève
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LÚCIA SOUSA
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úcia Sousa - Pernambucana, graduada em
Psicologia. Especialista em História das Artes e das Religiões pela UFRPE. I Secretária da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB/ PE. Tesoureira Geral da União Brasileira de Escritores-UBE/PE. Coorganizadora da Antologia Carrero com 70. Produtora Cultural do Governo do Estado de PE – FUNDAPE. Palestra No Programa Filosofando Sobre o Amor na Literatura- UBE - 2019. Déléguée, Membre Internacional Cultive e Journaliste Correspondent da Editora Cultive-Genebra-Suíça. Organizadora do Projeto Cultural da Cultive Litérrature et Solidarité em Recife - 2019. Participações em várias Antologias, nacionais e internacionais. Publica na Revista ArtPlus da Cultive, impressa e online. Prêmio Destaque Nordeste 2019. Prêmio Mulher Evidência – 2019 - Lei 1204/2015, único Prêmio reconhecido por Lei no Estado de Pernambuco. Organizadora do Evento para o acadêmico Raimundo Carrero, na Academia Pernambucana de Letras - 2019. Mérito Cultural e Medalha Mandacaru – 2018. Participação da Flipo – Festa Literária Internacional do Ipojuca - PE -2017. Presidente do Grupo de Profissionais Associados Ltda-GPA.
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AVANI PEIXE
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vani Peixe Lemos – Nasceu na cidade de Poção, Pernambuco – Brasil, filha de Vicente Euflausino de Lemos, comerciante e assíduo leitor, e da Enfermeira também Artesã, Ivaneide Peixe Lemos. Do pai, herdou o gosto pela leitura; da mãe, o cultivo pelas Artes em geral. Fez seus primeiros estudos em Escola Pública. Ainda na infância, já escrevia suas primeiras poesias e contos que viriam a ser mais presentes na juventude, dando-lhes como subtítulo o de Sonhos Fragmentados. Da Formação Pedagógica, o conhecimento da Filosofia que lhe deu a oportunidade de conhecer novos horizontes na formação e na construção do pensamento. Ela é também Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Olinda e Professora de Língua Espanhola atuante. Membro Internacional Cultive. Publicação na VII Antologia Cultive e na Revista ArtePlus Genève. Dedicando-se à pintura e a composição de contos e poesias. Hoje reside em Maceió com esposo e filhos.
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GENEBRA O FESTIVAL ESCALADE
GENEBRA : O FESTIVAL ESCALADE Escalada é o ato de escalar muralhas defensivas
História
mas é o nome dado a um fato histórico acontecido Durante anos, o duque de Savoy cobiçou a riqueza em Genebra em 1602. da cidade-estado autônoma, independente, republicana e protestante. Quando Charles-Emmanuel Na noite de 11 a 12 de dezembro de 1602 os católi- chegou ao trono da Casa da Savoy em 1580, ele quecos da região de Savoy na França tentaram conquistar a protestante Genebra, num ataque surpresa feito pelas tropas enviadas por Charles Emmanuel I ,duque de Savoy. O ataque terminou em derrota para os savoiards e é comemorada todos os anos em dezembro com uma grande festa na cidade. Celebrações e outras atividades comemorativas são geralmente realizadas em 12 de dezembro ou no fim de semana mais próximo.
ria fazer de Genebra sua capital no norte dos Alpes e esmagar o protestantismo. O papa Clemente VIII encorajou-o e em 1602, nomeou o bispo católico Revue Cultive - Genève
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tratados como prisioneiros de guerra. Conta-se também uma lenda em Genebra: Catherine Cheynel ("Mère Royaume"), originária de Lyon e esposa de Pierre Royaume, mãe de 14 filhos, pegou um grande caldeirão de sopa quente e derramou sobre os agressores. A família Royaume morava logo acima do portão da cidade, La Monnaie. O pesado caldeirão de sopa fervendo caiu na cabeça dos atacantes Saviards, matando-os. A comoção que isso causou também ajudou a despertar o povo da cidade para defender a cidade. Após a derrota (uma campanha de retaliação de Genebra contra Savoy, conhecida como contra-escalada, que não cumpriu seus objetivos), o duque de Savoy aceitou uma paz duradoura, selada pelo Tratado de St. Julien de 12 de julho de 1603. A história de L'Escalade é contada em uma canção chamada "Cé que l'ainô", escrita em um dialeto franco-provençal por volta de 1603 por um autor desconhecido. A música se tornou o hino "naciode Genebra, François de Sales, um eficiente prega- nal" de Genebra; enquanto a versão completa inclui dor que conseguiu catolizar o Chablais ( canton do 68 estrofes, apenas quatro delas são cantadas. Vaud) ao sul do lago de Genebra. Ele também foi comemorado em verso por Samuel Entre o 11 e 12 de dezembro de 1602 - na noite Chappuzeau em seu "Geneva Delivered", cujo mais escura do ano - as forças do duque de Savoy, manuscrito foi apresentado em Genebra após sua sob o comando do “Senhor de Albigny”, e as for- morte em 1701. ças do cunhado de Charles Emmanuel, Filipe III de Espanha, lançou um ataque à cidade-estado Desde 1978, é comemorada em Genebra. Um desde Genebra. Tropas caminharam à noite ao longo file feito pela companhia 1602. da rio Arve e se reuniram em Plainpalais, nos arredores dos muros de Genebra às 2 da manhã. O A celebração da escalada plano inicial era enviar um grupo de soldados para abrir o portão da cidade e deixar entrar as tropas. A Companhia de 1602 comemora todos os anos, Os cidadãos de Genebra derrotaram os invasores, por três dias o aniversário da Batalha da Escalada. impedindo-os de atravessar o muro com a ajuda A companhia 1602 recria cenas da vida cotidiana de canhões e lutando nas ruas contra os poucos de Genebra do início do século XVII. que conseguiram escalar os muros da cidade. Um alarme soou, os sinos da igreja soaram e os Gene- A companhia com mais de 2.200 membros, é a brinos foram alertados. O guarda noturno Isaac maior associação histórica do país. Em suas fileiras Mercier conseguiu cortar a corda que segurava a estão cidadãos de todas as idades, origens e denograde, frustrando assim o plano de abertura do minações. Uma procissão com pessoas desfilam, portão principal da cidade. A população lutou ao vestidos com os costumes de época, a pé ou a calado da milícia de sua cidade e os 2.000 mercenários valo. do duque foram derrotados. Os genebrinos perderam 18 homens na luta; os Savoyards sofreram O desfile se forma no parque do Bastion, passa pela 54 mortes e as tropas tiveram que se retirar. Treze Vielle Vile (Genebra velha ) e termina na praça da invasores foram capturados, incluindo vários ho- igreja de Saint Pierre, onde uma grande fogueira mens bem-nascidos. Todos foram enforcados no é acesa. Uma pessoa que representa o leitor oficial dia seguinte como bandidos, pois não podiam ser “hêraut” lê a história da escalada escrita em um 210
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A marmita de chocolate faz parte dos festejos da Escalada em Genebra pergaminho. Também faz parte do costume comemorar o fato histórico em repartições públicas, nas prefeituras, escolas, no meio das famílias com uma festa à fantasia e a quebra de uma panela de chocolate recheada com legumes de marzipan em homenagem a Mére Royaume(Mãe Royaume). Segundo o costume o mais velho e mais jovem do grupo seguram uma espada e gritam a frase da vitória: «Ainsi périrent les ennemis de la République» (assim vencemos os inimigos da República!) e quebram a marmita repleta de guluseimas e de bon-
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ATIVISTAS CULTURAIS
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CULTIVE A ESCOLA E O SABER
da professora Lucrécia Dias do Colégio Violeta da Costa ; medalha de prata para Evandro Adelino da Costa, aluno da professora Lucrécia Dias.
FECCAN
A ASSOCIATION CULTIVE- CLUB INTERNA-
TIONAL D’ART LITTÉRATURE ET SOLIDARITÉ com sede em Genebra representada pelo comité composto por sua presidente Valquiria Guillemin Imperiano (escritora, pintora) e a Membro Internacional Cultive Elieder Corrêa (escritora e poeta), juntamente com a participação dos convidados: a escritora Jania Sousa, o músico Bruno Sérgio Sousa da Silva realizaram em Alagoa Nova do dia 21 ao 24 de outubro o 2° FECCAN (2° FESTIVAL CULTRAL CULTIVE de ALAGOA NOVA) um trabalho de qualidade e grande valor. Duvanil Neri, Laura Imepriano e Luis Carlos Costa estiveram à frente da organização da FECCAN que fez parte do projeto Cultive Intercâmbio Cultral Brasil Suíça em Alagoa Nova.
As atividades práticas foram iniciadas no dia 22/10 pela escritora e poeta Elieder Corrêa, vinda de Curitiba, que aplicou oficina de literatura para as turmas do 9°, 8° e 7°anos.
A abertura da FECCAN foi feita durante a abertura oficial da Semana da Leitura de Alagoa Nova, no período da manhã do dia 21 de outubro de 2019 no Moraesão, com a presença do Comité Cultive, dos professores do município, da secretária da Educação Duvanil Nery, do prefeito José de Aquino e representantes de vários órgãos municipais. À tarde a Cultive iniciou à programação da FECCAN no Colégio Violeta Costa. Uma bancada formada com professores, a secretária da Educação Duvanil Nery e a presidente da Cultive Valquiria Imperiano analisaram os textos inscritos no II Concurso Cultive de Literatura Infantil, cujo tema foi A Fauna Brasileira para alunos de 5° ano da Zona Urbana e Rural. Nessa categoria foi decernida medalha de ouro para Yasmin Vitor Souza da Silv,a aluna da professora Isabel Martins do Colégio Manoel Martins; medalha de prata para Pedro Júlio Pereira da Silva aluno, da professora Francinilda Galdino da Silva; medalha de bronze para Lisangela Aciole da Costa Vasconcelus, aluna da professora Valéria de Assis Silva, cujo o tema foi: Os Biomas Brasileiros. Aos alunos do 8° ano do Colégio Violeta Costa e Manoel Martins, A Cultive decerniu medalha de ouro para André José dos Santos, aluno
Jania Sousa escritora de literatura infantil e adulto, aplicou uma oficina de contação de estória para turmas do 5° e 6° anos.
As oficinas de Jania Sousa tiveram animação musiRevue Cultive - Genève
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Pública e para o Colégio Violeta Costa. CULTIVE ESPORTE O FCCAN teve no dia 23, como em 2018, uma competição esportiva. Foi realizada uma competição esportiva em volta da lagoa da cidade- A competição teve três categorias (corrida de 100m, de 200m e de 400m feminino e masculino) e teve a participação de alunos e professores.
cal de Bruno Sergio Sousa da Silva (violão e canto). Valquiria Imperiano conduziu um atelier de arte ética, com o tema Respeito e o Meio Ambiente para alunos convidados das escolas municipais locais. Valquiria Imperiano também realizou uma conferência com a apresentação de um vídeo para alunos do 7° e 6° anos com o tema: Genebra Cultural. Inserida na programação FECCAN a contação de histórias realizadas pelas professoras locais Lisangela, Valéria e Ângela Cabral. O grupo teatral local que encenou a peça um e noventa e nove. A Cultive premiou os vencedores da competição com medalhas de ouro, prata e bronze, 50 reais em dinheiro para o vencedor dos 400m, um par de tênis para cada vencedores e distribuição de brinquedos e brindes para os participantes. Mochilas foram doadas pela Alpargatas. Estiveram presentes o diretor do Colégio Violeta Costa, Luis Carlos Costa, a secretaria de Educação de Alagoa Nova Duvanil Nery, além de professores.
CULTIVE A BIBLIOTECA DE ALAGOA NOVA A FECCAN estendeu-se também à Biblioteca Municipal de Alagoa Nova. O grupo de autores da Cultive, Jania Sousa, Elieder Corrêa, Valquiria Imperiano e o músico Bruno Sérgio Sousa da Silva realizaram um sarau poético com a presença e a participação de jovens Alagoanos e da diretora da biblioteca Rita. A Cultive também fez doação de livros para a Biblioteca 214
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CULTIVE A CRECHE O Comité Cultive também esteve na Creche Clodomiro Leal, o Comité Cultive foi verificar as instalações do balanço de ferro doado pela Cultive no ano de 2018 e distribuir brinquedos para as crianças. Jania Sousa e Bruno Sérgio Sousa fizeram uma animação e dramatizaram a história Sourit e Leoleão da escritora Valquria Imperiano CULTIVE A FECCAN O projeto Festival Cultural Cultive de Alagoa Nova (FECCAN) é um projeto que a Cultive realiza anualmente e conta com a participação de autores benévolos, doações e apoio municipal. Esse ano foi a segunda edição, (a primeira edição aconteceu em 2018 do dia 20 ao 25 de agosto e teve a participação de 15 autores, uma cantora lírica e um pianista, grupo de teatro, cordelista, imortais da Academia Paraibana de Letras, grupo de dança local, bailarina, etc). Alagoa Nova é uma cidade cheia de talentos e de jovens ávidos de cultura que merecem atenção e investimento, por isso a Cultive pretende continuar a realizar a FECCAN em Alagoa Nova levando novos autores e programações sempre mais variadas e ricas para as escolas, jovens e interessados em plantar a Cultura. É Cultivando que os grãos germinam, as flores desabrocham perfumadas e belas e a colheita é abundante. Assim o homem cresce de corpo e alma.»
34°Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra Do 28 outubro ao 02 de novembro 2020 informações : cultivelitterature@gmail.com www.cultive-org.com
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-Catequese para crianças e adolescentes; -Encontro das famílias cadastradas, onde recebem sopa, alimentos, roupas, brinquedos, acompanhamento do peso e vacina das crianças, orientações e palestras. -Parceria com Agentes de Saúde, CRAS, estagiários da UNISUL, Rotary Club, entre outros. - Manutenção e execução de um calendário festivo para o Dia das Crianças, das Mães, dos Pais, Páscoa, Natal, etc.
por: Neusa Maria Bernado Coelho
PROJETO CAMINHO PALHOÇA
NOVO
Para melhor atendimento à comunidade, estabeleceu-se parceria com o Rotary Club que está providenciando a reforma e ampliação das instalações e estrutura física da casa. Estamos instalados em uma área institucional há vinte anos e, em face dos relevantes serviços prestados, em 2019, foi renovado o Contrato de Concessão, por mais 20, pela Prefeitura Municipal de Palhoça.
A
ação Social Sr. Bom Jesus de Nazaré e a Pastoral da Criança desempenham importante papel social na comunidade do Caminho Novo/Palhoça. A sede está localizada à Rua Germano Sprícigo, no Conjunto Habitacional Padre Réus. A entidade mantém desde o início de suas atividades, no ano de 1999, uma equipe de voluntários que atende e orienta a comunidade em ações de cidadania, educação, saúde e nutrição, em parceria com a Pastoral da Criança. (Organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fundado em 1983, pela médica sanitarista e pediatra, Dra. Zilda Arns Neumann.) Além da visita domiciliar, desenvolve-se outras várias atividades durante a semana, descritas abaixo: -Grupo de mães com trabalhos manuais e pintura em telas; -Grupo de pintura em tecidos e artesanatos para adolescentes; -Reforço escolar para crianças e adolescentes da comunidade, com professores voluntários; -Pastoral Mirim com ensaio do coral de crianças e adolescentes que se apresentam nas manifestações religiosas e em eventos da comunidade; 216
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Projeto Cultivando Solidariedade, Saber e Arte Incentivando a Leitura Interpretando Textos Expressão Artística
Às quartas-feiras, das 15:00h às 17:30h, realiza-se o Reforço escolar na comunidade do Caminho Novo-Palhoça/SC, com professores voluntários.
Neusa Maria Bernado Coelho, trabalh como benévola nas oficinas do projeto Caminho Novo.
O projeto do Reforço Escolar abrange algumas crianças do Ensino Fundamental de Escolas Públicas da comunidade. Inicia-se com lanche, seguido de aulas planejadas e administradas em grupos de crianças, através de exercícios de Português e Matemática. A interpretação de textos é realizada junto ao reforço da leitura em livros doados por colaboradores. O conteúdo dos textos expressa-se nos desenhos elaborados pelos alunos. Essa etapa é de fundamental importância para o bom desenvolvimento social-cognitivo e afetivo no convívio coletivo e para melhor compreender o mundo que as cerca. Desenvolve-se a criatividade e o senso crítico, além disso, a arte contribui para controlar emoções e a personalidade em formação.
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“O bem que se faz retorna em dobro de realização e felicidade para quem o faz”. Zilda Arns Neumann (1934-2010)
Desenhos realizados pelas crianças da comunidade de Caminho Novo em Palhoça, Santa Catariana.
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«A COLHEITA DO AMOR POÉTICO» Coordenado e idealizado pela Delegué Cultive de Criciúma e região, Dioni Fernandes Virtuoso
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sementinha foi lançada! No dia 20/11, a Del-
gué Cultive de Criciúma e região, Dioni Fernandes
Criança gosta de aprender, principalmente quando é feito de maneira lúdica. As cultivadoras da Cultive plantam a semente da poesia e as flores serão perfumadas de amor
Virtuoso apresentou em uma escola da cidade o projeto da Cultive «A Colheita do Amor Poético». Para o próximo ano outras atividades serão desenvolvidas dentro desse projeto. Também teremos a participação de outras escolas e outros projetos sempre buscando o desenvolvimento do fazer li-
Bravo nossa Delegué Dioni! Pela iniciativa de realizar esse evento.
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INSTITUTO CASA DA VAL
da realidade. Traduz livremente o seu jeito de ser e conviver, muitas vezes desconsiderados, através da escrita, pintura, desenho, música, corpo, escultura, entre outras atividades, enquanto vai se reinventando a cada encontro.
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TUDO POR NADA
Filosofia Clínica e Saúde Mental
á quatro anos, no histórico bairro do Engenho de Dentro no Rio de Janeiro, foi criado na residência da Filosofa Clínica Valéria Sayão um espaço de acolhimento terapêutico com a proposta de oferecer à pessoas com sofrimento psíquico uma alternativa de terapia baseada na escuta qualificada, na compreensão da sua singularidade e não obrigatoriedade do uso de medicação.
Tantos sentimentos vazios Falsa joia também brilha ao sol Sou capaz de viver à margem de tudo isto Mas da vida eu não desisto Sou uma nuvem solitária no azul celestial Vivo uma luta ancestral De muitos contrastes e de pouca exatidão Mas meu coração vive um pouco de amargura Os métodos terapêuticos empregados no Instituto Ele também sofre um pouco Casa da Val são o da Filosofia Clínica que tem como E sente, pois é louco um dos focos, enquanto terapêutica existencial, E vive a razão da própria vida. “promover a qualidade das interseções entre cada pessoa em sua singularidade e as demais singulari- Do livro Calor do Sábado de Luciano Soares Côrtes dades com quem se relaciona” - Paulo Grandisolli, – produzido no laboratório artístico do ICV membro do Recanto da Filosofia Clínica/São Paulo, e o desenvolvido pela renomada psiquiatra brasileira Dra. Nise da Silveira, baseado no afeto, na Método de inserção convivência e na expressão espontânea. Trata-se de uma nova maneira de pensar e de se colocar diante A equipe do Instituto Casa da Val entende que a da pessoa que busca ajuda, levando em considera- pessoa com sofrimento psíquico, em qualquer lução a sua busca por liberdade e poder de decisão gar do mundo em que viva, inevitavelmente traz sobre o que ela quer e o que acha melhor para si. consigo uma maneira diferente de lidar com pro-
blemas existenciais e de saúde, o que coloca as soO partilhante, como é chamado o frequentador ciedades de acolhimento diante da necessidade de do Instituto Casa da Val, compartilha sua versão responder às diversas necessidades existenciais, so220
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ciais, culturais e materiais. Nesse sentido, em um contexto transformador, o Instituto Casa da Val vem compartilhando experiências com diversas Instituições no Brasil e no exterior como forma de geração de conhecimento para o exercício da pesquisa e da clínica terapêutica. São alguns deles o Istituto Per Le Materie e Le Forme Inconsapevoli em Gênova, a Accademia de Belle Arti di Verona, o DSM di Trieste, o Laboratorio Artisti Outsider di Verona, a Galeria de Arte Artame em Paris, a Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro, os Institutos de Filosofia Clínica no Brasil entre outras Instituições ligadas a promoção de eventos culturais como o recente Salão Carioca do Livro. Trata-se de uma aposta e um desafio para a difusão de ideias e o amadurecimento de perguntas e respostas que venham garantir melhores condições de recepção e de atendimento baseados nas relações de reciprocidade, horizontalidade e recursos econômicos. Tais fatores são considerados para incentivar a inserção da pessoa com sofrimento psíquico na sociedade e em políticas sociais e culturais que contrastem com o estigma, a discriminação e o preconceito ainda dominantes de que o indivíduo que sofre de transtorno mental é um “pernicioso”, “incompreensível”, “incurável”, “improdutivo” e “irresponsável”.
da Silveira é uma Instituição centenária, palco de inúmeras ações para desconstrução das práticas manicomiais. Desde 2010, cerca de 280 pessoas foram desinstitucionalizadas, retornando para suas famílias ou Serviços Residenciais Terapêuticos. Ate 2020, pretendemos superar definitivamente o modelo pautado no hospital psiquiátrico, por meio de ações voltadas para arte, cultura, lazer, formação acadêmica, preservação e memória do acervo histórico”. Para concluir
A equipe do Instituto Casa da Val pratica a escuta qualificada, a compreensão e o respeito da singularidade, e a construção compartilhada de projetos de vidas. Entende que práticas como essas podem “Manicômio Nunca Mais!” ser, para médicos e terapeutas de diversas Instituições, um grande passo cuja direção talvez seja uma Esse é o lema usado desde 18 de maio de 1987 por compreensão da saúde e bem-estar como estados grupos e Instituições favoráveis à políticas anti- que fluem diretamente da singularidade e das cirmanicomiais que contribuam para a reforma psi- cunstâncias pessoais. quiátrica brasileira. Um bom exemplo a ser citado é o do Instituto Municipal Nise da Silveira sob a * O Instituto Casa da Val é uma Instituição sem fins lucrativos direção da Dra. Erika Pontes Silva. Incentivadora que se mantém através de apoio financeiro e doações. e parceira do Instituto Casa da Val, a Dra. Erika CASA DA VAL Silva é incansável em seu projeto de desinstitucio- INSTITUTO Valéria Sayão nalização e acrescenta: “O Instituto Municipal Nise Email: casadaval66@yahoo.com Facebook:https://www.facebook.com/institutocasadaval66/?ref=bookmarks
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DESTERRENSE: POSSE DE NOVOS MEMBROS
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LIT. Desejamos aos membros que ora adentram, o dia de 20/11/2019 no salão nobre do Tribu- sucesso na nobre missão que assumem a partir nal de Contas do Estado de Santa Catarina-Bra- deste momento. sil, efetivou-se a cerimônia de posse de novos membros da ACADÊMIA DESTERRENSE DE LETRAS-ADELIT, onde entre os empossados estavam alguns membros da nossa ASSOCIATION CULTIVE INTERNACIONAL CULTUREL D’ART LITTÉRATURE ET SOLIDARITÉ. O evento revestido de pompa, foi prestigiado por diversas casas literárias e a CULTIVE se fez representada pelo seu correspondente para o Estado de Santa Catarina, o acadêmico internacional Iratan Martins Curvello. O cerimonial foi conduzido pelo Corenel. Roberto Rodrigues de Menezes que é uma referência. O presidente daquele sodalício o professor Nereu do Vale Pereira, abriu a cerimônia, referindo-se aos novos acadêmicos, dizendo do incomensurável valor cultural que representavam aquele distinto grupo de notáveis escritores, formado por Adir Pacheco, Edenice da Cruz Fraga, Eloah Westphalen Naschenweng, Maria Odete Olsen,Pinheiro Neto,Janice de Bittencourt Pavan, Augusto César informações : Zeferino,Maria Luiza VargasRamos, que agora se cultivelitterature@gmail.com associam ao demais membros daquela academia, e tem como responsabilidade ,a guarda da língua www.cultive-org.com portuguesa e a produção textual, buscando agregar valores a Academia Desterrense de Letras-ADE-
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UNIJORE COM MARIA INÊS BOTELHO MARINGÁ A
em Maringá. Unijore (União dos Profissionais de Artes, Jornalismo e Literatura) aconteceu no último dia No sábado (9) à tarde, às 14h30, também do Au06 de novembro de 2019. Os visitantes puderam ditório Capitu, Joel Cardoso fez mediação entre concorrer, entre outras atrações ao sorteio de duas autores convidados. diárias no Hotel Deville Express de Guaíra. Projeções de fatos literários, entrevistas com personalidades que visitaram os estandes foram transmitidas ao vivo pela rede social e marcaram o evento O estande da Unijore na Festa Literária de Maringá teve atividades diárias intensas. Diálogos com autores, coquetéis e lançamento de livros. Entre outros escritores, a escritora e Delegué da Cultive no Paraná Maria Inês Botelho, lançou o livro A Efemeridade da Vida. Maria Inês apresentou seus textos contidos na Antologia. O lançamento da Efemeridade da Vida foi às 19h na VI Flim situado a lado do Estádio Willie Davis Revue Cultive - Genève
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XII BIENAL DE PERNAMBUCO
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nião Brasileira de Escritores esteve na na XII Bienal de Pernambuco com um estade onde os escritores filiados tiveram a oportunidade de apresntar e vender suas obras. Com uma programação variada, a UBE apresentou seus escritores nas plataformas de lançamento e na sala onde aconteceram varias conferências. O presidente da UBE, Renato Siqueira, não mediu esforços para que os membros da UBE pudessem apresentar suas obras
trate de um livro de história. Alexandre costuma dizer que Baltimore é um livro polémico e que o leitor ama ou odeia. Alexandre fez o pré- lançamento da obra no Salão do livro e da Imprensa de Genebra no mês de maio em Genebra no Estande da Cultive quando apresentou, também, outra obra intitulada O moinho.
Alexandre também esteve no dia 13 na Bienal do livro de Pernambnuco dando uma conferência sobre o tema: «A palavra como instrumento de controle Alxandre Santos lançou o 1° tomo do ro- social». mance Baltimore no dia 12 de outubro na bienal de Pernambuco em Recife. Lançamentos na XII Bienal de Pernambuco
O romance entrelaça realidade e ficção, que trata do Brasil contemporâneo. A obra faz um paralelo entre os fatos que ocorreram no País nos últimos anos e a ficção. O lançamento aconteceu no Estande da UBE. O romance é dividio em em seis tomos, cada um com um assunto pontual, que podem ser lidos sepradamante e fora da ordem. O primeiro termina com o um acidente de avião no qual um governador, que se preparava para se candidatar a presidente da república do Brasil perde a vida. Os nomes são fictícios, os fatos podem ser ligados aos fatos históricos atuais, embora não se 224
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Ainda na Bienal de Pernambuco A Valquiria autora e presidente da Cultive
Imperiano também esteve na Bienal de Pernambuco para realizar uma palestra sobre a Cultura de Genebra e fazer o lançamento da Antologia Cultive A Efemeridade da Vida, da revista impressa bilingue Artplus e de suas próprias obras O jardim da Consciência e Sourit e Leolion .
amizade, autoconfiança e coragem dirigida para crianças de 0 a 10 anos. Durante o lançamento da Antologia «A Efemeridade da Vida». Estiveram presentes os autores pernambucanos: Alexandre Santos, Ivanilde Moraes de Gusmão, Lúcia Sousa, Jacira Barros, Dom Bruno Carneiro Lira, Ivan Cadima, Fernando Matos, Gilson Medeiros; os autores cearenses: Rita Guedes, Claude Bloc; de Maceio veio a escritora Avani Peixe e de Genebra veio Montana Cabral. Os autores da Antologia foram apresentados ao público e realizaram leitura das suas obras.
Numa sala cheia os ouvintes os interessados ouviram a palestra sobre as atividades culturais de Genebra, educação e o incentivo à leitura. A palestra sobre a cidade de Calvin foi ilustrada com um video. Na plataforma de lançamanto Valquiria apresentou sua mais nova obra: O jardim da Consciência um livro que reúne contos metafísicos e poemas. Os contos relatam passagens de fatos reais que a autora transformou em contos. Dentro de cada história ela coloca em valor situações das quais os leitores poderão se identificar e serão levados a uma reflexão filosófica sobre a vida, a morte, as casualidades, a fé, o medo e a coragem. Ela também apresentou seu livro infantil Sourit e LeoLion, uma história de Revue Cultive - Genève
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CENTRO CULTURAL DO CEARÁ
por Vanssa Gomes
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m 20 dezembro de 2014, na histórica Casa de Juvenal Galeno, foi fundado o Centro Cultural do Ceará – CCC. Idealizado por Francisco de Assis Clementino Ferreira, uma plêiade de intelectuais, sob a presidência do médico e escritor Dr. Ernani Rocha Machado, toma posse e traz mais um feixe de esperança, pelo bem da humanidade.
Khalil Gibran, filósofo e poeta libanês disse: “Um pouco de conhecimento que age vale mais do que o conhecimento que é ocioso”. O CCC convida seus membros a agir e prosperar, iluminando a mente das crianças, influenciando a educação dos jovens, regando os sonhos dos adultos, preenchendo de luz a lembrança dos idosos. Música, literatura, escultura, pintura, poesia, dança, retórica, cinema, conhecimento transcendental. Tudo isso ao nosso alcance, com a possibilidade de expandir para o mundo!
Instituição cultural civil, sem fins econômicos, tem por finalidade a união e o engrandecimento de seus Com membros titulares, honorários, beneméritos, associados em prol da cultura em geral. correspondentes nacionais e internacionais, ala infanto-juvenil, publicações de coletâneas, o CCC 226
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vem se destacando como baluarte no estado do Ceará.
Revisora: Rejane Costa Barros Chefe de publicação: Socorro Cavalcanti
Vice-presidente Ernani Rocha Machado e o idealizador, Francisco Clementino Ferreira.
Momento ultive Fortaleza 1data: 23 de novembro de 2019 às 10 h
Reunião da ALMECE Local: Casa Juvenal Galeno Rua Genaral Sampaio 1228 Genaral Sampaio 1228 - Fortaleza união da ALMECE Local: Casa Juvenal Galeno Programa: 1. VÍDIO - REVISTA CULTIVE on line 2. ASSALCE - Associação Dos Servidores Da Assembleia Legislativa Do Estado Do Ceará E Sua Parceria Com A Cultive 3. Entrega de medalhas aos classificados em terceiro lugar na Antologia Cultive «A EFEMERIDADE DA VIDA» PREMIADOS: Dr. Russen Moreira Conrado Maria Osia Leite De Carvalho 4. ENTREGA DE MENÇÃO: Presidente da ASSALCE - Sr. Luiz Edson Corrêa Sales
Orador oficial: Neuzemar Gomes de Moraes.
5. CERTIFICADOS: Dr. Antonio Galeno; Presidente DA ALMECE - Dr. Nicodemos G. Napoleão. 7. Distribuição da Revista Artplus.
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PRÊMIO MANDACARÚ
Prêmio MANDACARÚ
uma homenagem de incentivo decernido pela Enseadas das Letra à destaques culturais. O troféu e o diploma foram entregues, por Cassio Cavalcante jornalista e diretor da Enseada das Letras, à Valquiria Imperiano presidente da Cultive durante o evento Cultive Intercâmbio Cultural Brasil-Suíça no dia 10 de outubro 2019 na Biblioteca Estadual de Pernambuco em Recife.
Cassio Cavalcante passou às mãos de Valquiria Imperiano o Troféu Mandacarú 2019 e convidou a escritora Lúcia Sousa para entregar o Certificado Mandacarú
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com a publicação da edição 151 do SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, a revista do Grupo Literário A ILHA. A Feira do Livro é um evento tradicional em Florianópolis, que acontece no centro histórico da capital catarinense, todos os anos. E o Grupo Literário A ILHA participa sempre do evento, com o lançamento de livros, com a exibição do Varal da Poesia, com os lançamentos de novas edições das revistas SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA e ESCRITORES DO BRASIL. Então a Feira do Livro de Florianópolis tem tudo a ver com o Grupo Literário A ILHA, pois caminham juntos. E neste ano de 2019, o Grupo A ILHA estará lançando a segunda edição do livro HISTÓRIAS DE NATAL, deste que vos escreve e a apresentando aos leitores a edição 6 da revista ESCRITORES DO BRASIL e a edição 151 do SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA. A feira do livro é mais uma oportunidade de aproximação dos autores com seus leitores, pois os membros do Grupo Literário A ILHA comparecem e interagem com o público que todo ano passa para conferir os títulos de novoslivros e as revistas que publicamos.
A FEIRA DO LIVRO E O GRUPO LITERÁRIO A ILHA EM SC P
or Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e rvisor – Fundador e Presidente do Grupo Literário A ILHA, com 40 anos de trajetória, Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://www. prosapoesiaecia.xpg.com.br – http://lcamorim. blogspot.com.br O ano literário de Santa Catarina encerra-se com a Feira do Livro de Florianópolis, em dezembro, e 230
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O Grupo Literário A ILHA e a sua revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA completam quarenta anos em 2020, tanto o grupo como a publicação os mais perenes do sul do Brasil, talvez do país. São quarenta anos de cultura e literatura, quarenta anos de divulgação da literatura lusófona para todo o mundo. Muitas atividades fazem parte da programação da Feira do Livro de Florianópolis, além dos lançamentos e ofertas de livros. Há contação de histórias, palestras, recitais de poesia, música, dança, teatro. O Grupo Literário A ILHA, além de exibir o seu Varal da Poesia, com poemas de seus escritores/ poetas estampados em cartazes, oferece também o seu Recital de Poemas. É quando acontece a perfeita integração autor-leitor, daí a importância das feiras do livro tanto para escritores como para leitores. O Centro Histórico de Florianópolis comemora o Natal, a cultura e a literatura em mais um final de ano. Vamos dar livro de presente?
CHRISTIANNE COUVE DE MURVILLE t
odos estão convidados para
o lançamento do novo livro de Christiane Couve de Murville ATÉ QUANDO? A PRISÃO (Chiado Books), que acontecerá junto com o relançamento do ATÉ QUANDO? O VAI E VEM, parte 1, e uma exposição de todas as suas ilustrações, e livros da série ATÉ QUANDO? Ela estará também expondo a trilogia A CAVERNA CRISTALINA e A VIDA COMO ELA É. O evento acontecerá domingo 8 de dezembro, das 14h às 17:39h, no Café Quitandarte, Rua Joaquim Antunes, 391, próximo ao Metrô Fradique em Pinheiros, São Paulo, SP. As ilustrações ficarão expostas por um mês no local e os livros também estarão à disposição no Quitandarte para consulta e venda durante este período. Christiane também estará apresentando na ocasião a Revue Artplus, revista cultural editada na Suíça. Aproveitem para oferecer livros aos amigos e familiares neste Natal e incentivem a cultura e a literatura nacional. Mais informações e resenhas e no https://www.cmurville. com.br/ e segue o convite do lançamento. Agradeço àqueles que puderem compartilhá-lo com seus contatos. Beijos, gratidão, ótima semana e até lá! Christianne Couve de Murville é doutora em Psicologia Clínica pela USP, bacharel em Ciência da Computação. Publicou a trilogia “A Caverna Cristalina”, o “A vida como ela é”, no Brasil e na França, e o “Até quando? O vai e vem”.
www.chiadobooks.com www.cavernacristalina.com.br www.livrariacultura.com.br
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VII ANTOLOGIA CULTIVE A EFEMERIDADE DA VIDA
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Antologia reúne crônicas, poesias e contos sobre o tema A Efemeirade da Vida e marcou a realização do evento da Associação Cultive no Brasil « Cultive Intercâmbio Cultural Brasil-Suíça . O livro foi lançado em 10 estados Brasileiros inclusive na Bienal do livro de Pernambuco. Adir Alexandre Santos Ariadne Quintella Aurea de Mello Baldiaaer Avani Peixe Claude Bloc Clau Stucki Dom Bruno Carneiro Edenice da Cruz Fraga Eloah W. Naschenweng Fátima Lemos Fernando Matos Giorgio de Felice Gilson Medeiros 232
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Helena Lutescia Luna Coelho Ilvia Ponciano Lima Iratan Martins Curvello Isis Dias da Silva Ivanilde Morais de Gusmão Ivan Cadima Jacira Barros Jania Souza Janete Veiga Joana Auria Lemos Joana Darc da Silva Lúcia Sousa Luciana Imperiano Bodner Maerdenia Maria de Souza Magalhães Maria Linda Lemos Bezerra Maria José Esmeraldo Rolim Maria José Negrão Marcos Filho Maria Iracema Maia Marjorie Coelho Guimarães Maria Inês Botelho Maura Soares Maria Osia de Carvalho Maria Tereza Penna Montana Cabral Neusa Maria Bernado Nice Arruda Osmarina Maria dr Souza Oneida Maria Di Domenico Paulo Bretas Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira Pio Barbosa Rita Guedes Rosangela Calza Russen Moreira Conrado Sandra Lodetti Sonia Nogueira Sueli Ribeiro Perez Sanches Valquiria Imperiano Vera Regina de Barcellos
Organisação : Valquiria Imperiano Capa e designer : Luciana Imperiano Língua: português
IVANILDE MORAIS DE GUSMÃO auteur de «Da animalidade ao ser social - A fantástica caminhada do Homem»
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vanilde Morais de Gusmão é professora, advogada, escritora, estudiosa de Karl Marx e da Literatura. Membro de várias Academias. Publicou ensaios: Sobre o Programa de Gotha, Karl Marx (2005); Dignidade na Morte (2009); Um Caminho para Marx (2011); Para Compreender o Método Dialético (2013). Poesias: No Redemoinho da Vida (2015) (port./francês); Entre o Silêncio e a Solidão (2016) (port./inglês); No Cotidiano da Vida a Poesia vai Construindo o Humano(2016)(port./francês); Nas Veredas da Vida com Ternura vai Resgatando o Humano(2017)(port./inglês); 2018: DA ANIMALIDADE AO SER SOCIAL: a Fantástica Caminhada do Homem; DA ESPECULAÇÃO A RAZÃO: Um Olhar Poético na Ideologia Alemã – Coleção.
Suas obras encontram-se nas livrarias de Pernambuco na livraria Cutlive em Genebra. Ela tem participação em coletâneas organizadas por diversas editoras e associações academicas. E está sempre presente em eventos literários no Brasiél e no exterior. Ivanilde trabalha ativamente pela divulgação da literatura brasileira e é membro de várias academias e associações literárias no Brasil e no exterior. Sua presença é sempre solicitada pelos organizadores dos eventos importantes, visto que sua obra traduz pensamentos de igualdade social e de resgate dos valores humanos, o que a fez merecer diversos prêmios em âmbito nacional e internacional.
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34°Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra Do 28 outubro ao 02 de novembro 2020 informações : cultivelitterature@gmail.com 234
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LANÇMENTO DE VIBRAÇÕES DA ALMA
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ione Fernandes Cardoso lançou o livro Vibrações da Alma no último dia 28 de setembro durante o festival 6 continentes.
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Sónia Jardim A
presentação dos livros “As Mulheres da Ilha de Santa Luzia – Cabo Verde Misterioso” e “Os Ais da Alma” por Dr. Eugénio Ramos (professor do Ensino Superior, Diretor Geral do Património do Estado, Secretário de Estado da Defesa Nacional, Administrador da Fidelidade, Vice-Presidente da Direção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, entre outras funções e, atualmente, Consultor da Comissão Executiva da Fidelidade e Presidente Não-Executivo do Conselho de Administração da Garantia – Companhia de Seguros de Cabo Verde). Dia 13 de Dezembro, Dia de Santa Luzia...nBiblioteca Camões, 18h30
IZABEL HESNE MARUM
Cotinha, a Galinha Dengosa
A Arte Nascente EDITORA, a autora Sónia Jardim e a Biblioteca Camões têm o prazer de convidar para a sessão de apresentação das obras
auteur: Izabel Hesne Marum ilustration/ilustarção: Luciana Bodner agé/idade: de 0 à 12 ans pages/páginas: 44 isbn: 9782970124566 português
Santa Luzia Cabo Verde misterioso e
As Mulheres da Ilha de
O Ai d Alm
As obras serão apresentadas pelo Dr. Eugénio Ramos, Consultor da Comissão Executiva da Fidelidade, Ex-Vice-Presidente da Direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
13 de Dezembro 18h30 Biblioteca Camões
Largo Calhariz, 17. Baixa-Chiado, Lisboa
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O boi de mamão verde
auteur/autora: Izabel Hesne Marum isbn : 978-85-903201-4-2 Folclore animalier/folclore, animal agé/idade: de 6 à 12 ans português
Cultive deseja um Feliz Natal a todos Muita Saúde para continuar criando e motivando aqueles que precisam de cultura.
Um 2020 cheio de paz e confiança em Deus.
muita
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PUBLIQUE NA REVISTA CULTIVE Divulgue sua atividade artística e literária nas 4 edições da Revista Cultive. O Membro Escritor da Revista Cultive pode publicar suas atividades nas seções: Lançamentos de livros, ( 1 página: textos + fotos) Eventos ( 1 página: texto + fotos) Literatura( textos literários até 4 páginas + fotos) O Membro Artista da Revista Cultive pode publicar suas atividades nas seções: Evento de Arte - 1página: textos + fotos Exposição - (até páginas: texto+ fotos) Textos: Biografia, crítica de arte - (textos + fotos) O membro recebe o link e o pdf por e-mail gratuitamente. Entre em contato e peça a ficha de insrição.
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