maio 2016
MODOS DE VER, MODOS DE DAR A VER AS RELAÇÕES RACIAIS oficina de fotografia
laboratório de estudos e aprontos multimídia: relações étnicoraciais na cultura digital
OFICINA DE FOTOGRAFIA COM O POVO DA LEC/UFRRJ MAIO DE 2016
oficina de Fotografia MODOS DE VER, MODOS DE DAR A VER AS RELAÇÕES RACIAIS participantes ESTUDANTES DA LEC licenciatura em educação do campo UFRRJ/IE local/data UFRRJ/IM – dias 04 e 11/05/2016 produção ALYNE BESSA ROBERTA SANDIN Coordenação VALTER FILÉ
realização LABORATÓRIO DE ESTUDOS E APRONTOS MULTIMÍDIA
relações étnicoraciais na cultura digital UFRRJ/IM/DES
acesse o nosso site: http://estudoseaprontosmultimidia.info entre em contato: aprontosmultimidia@gmail.com
Ouvi e contei essa história várias vezes. O personagem principal é o diretor de uma escola pública de uma cidade do Vale do Paraíba, região que fica no caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro. Negro, viveu várias vezes a mesma situação: alguém chega na escola para falar com o diretor e, sem conhecelo, dirigese até o local onde informam que ele estaria. Sempre acontece dele estar com o secretário da escola, que é branco. Invariavelmente as pessoas se dirigem, sem titubear, ao secretário certas de estarem falando com o diretor da escola. Muitos nem ao menos percebem quem está ao lado, ou seja, aquele que é o diretor. Depois tentam esconder o desapontamento quando o secretário desfaz o “equivoco”. Essas e outras situações são comuns. Identificase a condição de uma pessoa (ou a sua falta de condição), a partir da imagem da cor da pele, sem que seja necessário qualquer outra informação. A pergunta é: Como se aprende isso? Como se elege determinados personagens como possíveis para determinados espaçostempos e como se cria a impossibilidade e a invisibilidade de outros? De que maneiras se fabricam essas imagens que passam a nos orientar? Falar de imagem, visão e conhecimento implica falarmos de uma espécie de antevisão, ou seja, uma visão que vai em busca de confirmação daquilo que já sabemos/queremos ver para repetirmos o já sabido? (Valter Filé)
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Será que não estamos presos a determinados pontosdevista? Presos a condições criados para nos colocar num determinado lugar de conforto e acalmar possíveis curiosidades da nossa visão? Lugar de conforto que pode desestimular certos “movimentos”, certos deslocamentos, certas posições que nos ajudariam ver as coisas também de outras maneiras?
como ver além do que já sabemos e podemos ver? como darmos a ver imagens que ampliem o já sabido, o já visto, o já pensado? que éticas, que estéticas governam o nosso olhar?
OS MOVIMENTOS DA OFICINA
questões epistemológicas que podem ser
Aqui estão alguns movimentos produzidos pensadas a partir das metáforas da fotografia: a pela oficina de fotografia “Modos de ver, modos escolha do ponto de vista, o que mostrar e o de dar a ver as relações raciais”, realizada em maio de 2016 para o povo da Licenciatura em educação do campo – lec/ufrrj/ie. A oficina pretendeu oferecer aos participantes oportunidades destes ampliarem os seus conhecimentos sobre as técnicas fotográficas básicas e os usos possíveis da fotografia no mundo digital. Pretendeu, ainda, ser um espaço de discussão sobre as nossas práticas pedagógicas, sobre a produção de conhecimentos e as relações étnicoraciais, sempre tendo como pano de fundo a implicação das imagens no governo do nosso olhar, na produção das nossas formas de ver. Tentouse trabalhar a articulação entre: a) o fazer mais técnico da fotografia – o ato fotográfico e a consideração das possibilidades de composição de imagens: os planos, os ângulos, o enquadramento, a luz, etc; e, b) as
que esconder, o problema da representação, entre outros. A ideia geral foi oferecermos elementos para que os participantes pudessem estabelecer conexões entre o ato fotográfico e as práticas pedagógicas, a produção de conhecimentos, as pesquisas acadêmicas. Esperamos ter criado condições para pensarmos sobre as pedagogias hegemônicas do olhar – oferecidas pelas mídias, pelos textos, pelo mundo – e as suas potencialidades de formação do nosso olhar e as limitações das nossas possibilidades de ver, principalmente quando estamos tratando das formas como nós negros somos vistos e como nos vemos na sociedade brasileira. Tomara que tenhamos podido sugerir outras possibilidades de ver e de dar a ver, denunciando as didática do olhar que nos eliminam como sujeitos das cenas cotidianas.
OLHARES
participaram da oficina Claudomira L. M. de Jesus Leopoldino Fabricia do Nascimento Silva de Oliveira Fernanda de Jesus da Silva Geraldo Magela Pires do Nascimento Gizele Vidal Bilheo Hartênia Oliveira da Silva Janaina de Mattos Faria Karina da Silva Machado Kelly Silva de Souza Márcia Cristina da Silva Vieira Marcus Gabriel Inacio de Freitas Mariléia Silva de Paula Monique Leite de Almeida
Nilton Cezar de Carvalho Ribeiro Odete Dolores Soares Oliveira Raí de Carvalho Barreto Rosilene Torquato de Oliveira Samuel de Jesus Solange Brito Salgado Tainara Loren Moura Avelino da Silva Vanessa Alves Pires Tainara Campbell Bertolin Tatiane Guimarães Pedral de Sales Vitor Oliveira da Silva Yolanda Maria Campbell Alamino
saiba mais sobre a oficina no nosso site http://wp.me/P6TKK54W
AtĂŠ breve!
oficina de fotografia MODOS DE VER, MODOS DE DAR A VER AS RELAÇÕES RACIAIS realzação LABORATÓRIO DE ESTUDOS E APRONTOS MULTIMÍDIA RELAÇÕES ÉTNICORACIAIS NA CULTURA DIGITAL http://estudoseaprontosmultimidia.info contato: aprontosmultimidia@gmail.com parceria Curso de Licenciatura de Educação do Campo/IE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Instituto Multidisciplinar Departamento de Educação e Sociedade Nova Iguaçu, Rio de Janeiro maio, 2016
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