Paisagismo II
Diagnรณstico Urbano da preexistencia
Introdução A cidade, local de desenvolvimento das relações humanas por excelência, reflete, através dos tempos, importante testemunho das práticas sociais, políticas, econômicas e culturais à qual, constantemente, são atribuidos novos usos e signi ficados ao espaço urbano. “Tal como uma obra arquitetônica, a cidade é uma construção no espaço, mas uma construção em grande escala, algo apenas perceptível no decurso de longos perí odos de tempo.” (LYNCH, 1996,p.11) A cidade do Recife tem seu processo de urbanização, prioritariamente, no século XVII devido a presença holandesa. Seu traçado urbano, inicialmente barroco, marcado pela presença dos pátios, praças e seus imponentes sobrados, trazem peculiaridade e singularidade à sua paisagem. Com o crescimento populacional e o crescimento dos preceitos sanitaristas e modernistas, que passam a ver a cidade como um corpo doente que precisava ser tratado, o Estado passa a intervir no espaço urbano, entre os finais do século XIX e início do século XX, e adota as novas ideias propaladas principalmente pelo Congresso Internacional de Arquitetura Moderna-CIAM. Com as novas intervenções no espaço urbano,atrelado ao seu crescimento, a cidade e sua paisagem urbana é fortemente modificada, consolidando algumas áreas e iniciando o processo de urbanização de outras. A compreensão da sua formação urbana e o desenho de sua paisagem se tornam cruciais para a compreensão do local e de como intervir no mesmo. A paisagem urbana é fruto das intervenções temporais parametrizadas pelo espaço. A sua apreensão é a respos ta que cada indivíduo estabelece ao se relacionar nas diversas escalas urbanas, baseado no repertório adquiri do através da história vivenciada pela memória e pelo tempo presente da apropriação diária. (MARCHI, 2008,p.107) O polígono de estudo apresentado neste trabalho está localizado no entorno imediato da igreja de São Gonçalo, Mercado da Boa Vista e igreja de Santa Cruz, elementos mais marcantes do bairro da Boa Vista. Marcada pelo eixo principal a rua de Santa Cruz - São Gonçalo, a área engloba ruas significativas para o entorno, como a rua da Glória onde são preservadas a maior parte do estilo arquitetônico so séc XVII e XVIII. O local hora estudado teve sua formação em meados século XVII, e está localizado no centro histórico da capital pernambucana.
01
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO LUGAR No século XVII, com a invasão holandesa, dá-se início ao processo de ocupação da cidade do Recife, sendo o porto o seu centro. Previamente, já se encontrava ali uma população de pescadores, originando o núcleo primário do que viria a ser o bairro do Recife. Quanto aos bairros de Santo Antônio e São José, ergueram-se sobre um território de mangue, onde na época havia apenas algumas poucas residências, próximas aos armazéns que rodeavam o convento Santo Antônio. A migração dos habitantes para estas ilhas foi intensificada a partir da dificuldade de se fortificar a cidade de Olinda contra os invasores. Com a movimentação gerada a partir do porto, a cidade do Recife floresce e a ocupação holandesa se expande pelo traçado português, abraçando as construções pré-existentes e ocupando terrenos vazios. Devido ao excesso populacional, propõe-se a expansão à margem do rio, através da ampliação da península do Recife e na ilha de Antônio Vaz como futuro centro do império holandês, posteriormente denominada Maurícia. A primeira ponte surgiu com o crescimento urbano e conectou a área do porto com Maurícia, gerando uma urbanização, e medidas que intencionam agilizar a ocupação do território, a exemplo do aterro dos terrenos inundáveis. No entanto, a qualidade das habitações ao redor do porto era superior, e a ilha de Antônio Vaz atraiu a população mais pobre, resultando na estratificação social do espaço, com a moradia, centro comercial e poder político separados em diferentes zonas. No século XX, o Recife recebe um grande número de imigrantes, pequenos produtores locais, que com o processo da industrialização, perderam espaço em seus próprios países. Esse fator gera um aumento populacional, que não correspondeu à um aumento da oferta de bens e serviços públicos. A maior concentração localizava-se as margens do rio Capibaribe, e a cidade cresceu de forma rápida e despreparada, com um número cada vez maior de avenidas e viadutos, enquanto transformava grande parte das áreas verdes em espaço construído. Em meados do Séc. XIX houve a expansão do bairro da Boa Vista. No início era um bairro predominantimente residencial, mas com o movimento moderno, ocrreu a expulsão de sua população, principalmente da camada de baixa renda, pois viviam em locais que eram ditos insalubres. Assim foi dada margem para a entrada de outros usos e padrões tipológicos, passando de uma área residencial mais horizontal, para uma área de comércio e serviço verticalizada. Embora boa parte da sua população de baixa renda tenha saído do bairro, atualmente ela continua bem diversivicada.
Av. Conde da Boa Vista
Figura 03: Imagem da avenida Conde da Boa Vista, ano 1988 | Fonte: Blog Grande Recife Mobilidade Pe
Praça Maciel Pinheiro
Figura 04: Imagem da avenida Conde da Boa Vista, ano 1988 | Fonte: Blog Grande Recife Mobilidade Pe
03
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO LUGAR Diferentemente de outros bairros, cujos prédios foram erguidos respeitando um padrão arquitetônico, a Conde da Boa Vista tinha um caráter mais suburbano, com predominância dos elementos do urbanismo moderno. Grandes idealizadores da arquitetura moderna tiveram intensa contribuição no desenvolvimento do bairro, tais como: Delfim Amorim e Acácio Gil Borsoi, uma vez que eles buscavam realizar uma arquitetura que tivesse como objetivo, o reflexo da cidade.Entretanto, com o passar dos anos e com as diversas modificações, a Boa Vista passou a ter um caráter mais comercial do que residencial. O bairro é detentor de grandes equipamentos, sejam eles públicos ou privados, são locais de grande fervor, com intensas trocas sociais. Entretanto, a Boa Vista também é marcada por uma setorização de usos específicos, como: o habitacional, estudo, comercial e lazer, isso contribui para tornar determinados pontos da região sem vida em horários específicos, como por exemplo: Rua do Aragão, polo de venda de móveis da Boa Vista. Dessa forma, é necessário que haja um mix de usos na localidade, com isso, o bairro torna-se mais inclusivo e receptivo. Bem como, a segurança também é incentivada, uma vez que quanto mais pessoas na rua, em diferentes horários, há uma maior vigilância social. A Boa Vista é uma parte da articulação da cidade, com uma morfologia e tipologias diversificadas, em trechos específicos há a presença de edificações abandonadas e de uso comercial, sejam de pequeno, médio e grande porte. Depois, possui edifícios altos e zonas especiais de preservação. É essa heterogeneidade que faz a Boa Vista ter esse caráter tão singular, mas ao mesmo tempo, ser coeso e homogêneo como um todo. O bairro hoje caracteriza-se não apenas como um eixo patrimonial da memória dacidade, mas também é palco de diversidade social e cultural. Em toda sua extensão, cabe a grande quantidade de comércios, a identidade e diversidade arquitetônicamoderna, o vai e vem dos transeuntes e as trocas de relações entre os moradores. São cerca de 260 anos desde o início do aterramento que levaria à construção da primeira parte da via, cujo formato atual foi desenhado há 70 anos. Anos de fervor, decadência e sobretudo mudanças, que culminaram em uma Boa Vista de diversas faces.
Vista geral da Boa Vista
Figura 05: Perspectiva do bairro da Boa Vista em 1940 | Fonte: Revista Continente
Prédios modernos
Figura 06: Prédios modernos localizados na Av. Conde da Boa Vista | Fonte: Revista Continente
04
A ÁREA DE INTERVENÇÃO O polígono de estudo apresenta uma média de 34 hectares, com densidade de baixa a média, onde apesar das edificações ocuparem boa parte do território elas não possuem altos gabaritos, configurando uma paisagem mais horizontal. É uma área com localização privilegiada, sendo articulada com outros bairros como Coelhos, Ilha do Leite e Santo Antônio e também caracterizada pela forte variedade de usos, porém os usos residenciais e comerciais se sobressaem. O seu eixo principal, a Rua de Santa Cruz - São Gonçalo, é caracterizado por edificações de grande valor histórico como a igreja de Santa Cruz, Igreja de São Gonçalo, o Mercado da Boa Vista e os casarios das primeiras ocupações da área. Apesar de possuir uma relevância histórica para a cidade, muitas das edificações se encontram em mal estado de conservação e sem uso, agravando a possibilidade de conservação do patrimônio. São encontradas restrições para intervir na área devido ao seu caráter histórico. Contudo, ainda são encontrados edifícios que são descontextualizados com o local. Esse eixo também é bastante vivo, devido os diversos usos que se encontram nele, gerando um grande fluxo de pedestre. Contudo, essa forte dinâmica seja apenas nos horários do comércio local. Aos sábados e domingos, o polígono possui baixa dinâmica, se caracterizando como área mais vazia. Devido a sua grande ocupação do solo, percebe-se que não existem grandes áreas de solo natural, o que a torna bastante árida. A vegetação existente é escassa e não forma um passeio contínuo sombreado, assim é desagradável, segundo Jeff Speck, circular pela região. Pela sua importância histórica, arquitetônica e paisagística, não só local, como para a cidade como um todo, o presente trabalho busca fornecer diretrizes de intervenção urbana e arquitetônica que resultem numa melhor qualidade urbana para o morador e transeunte.
Área em Estudo
Figura 02: Localização da área do diagnóstico; em contorno amarelo, a área de intervenção paisagística e preenchido amarelo, área de intervenção arquiteônica| Fonte: Google Earth 2018, adaptado
Rua de Santa Cruz
Figura 01: Principal eixo da área de estudo, onde abriga importantes elemenyos da paisagem | Fonte: Google Earth
02
Simbólicos MAPA Elementos DOS ELEMENTOS SIMBÓLICOS / PRESERVÁVEIS
MAPA DOS ELEMENTOS SIMBÓLICOS
Figura 010: | Fonte: Prefeitura do Recife, adaptado por Camila Colaço, 2018.
Devido a sua antiga ocupação, edificações remanescente das primeiras ocupações permanecem até hoje. Tais elementos são preservados, tanto a nível municipal quanto a nível estadual, pelo IPHAN. Apesar de possuírem uma legislação que mantém essas edificações de relevância, algumas delas se encontram em péssimo estado de conservação. Assim, a mémória do lugar e consequentimente a memória da cidade é esquecida, pois pouco a pouco o entorno é alterado, desgonfigurado ou destruído, deixando o passado para trás.
IEP Preservado
MAPA ELEMENTOS SIMBÓLICOS / Figura 07| DOS Fonte: Acervo dos PRESERVÁVEIS autores, 2018
Igreja da Santa Cruz
Mercado da Boa Vista
LEGENDA: Setor de Preservação Rigorosa - SPR Imóvel Especial de Preservação (IEP)
Igreja de São Gonçalo
Figura 08| Fonte: Acervo dos autores, 2018
Igreja da Santa Cruz
Monumentos Tombados
Mercado da Boa Vista
LEGENDA:
Estado de conservação Satisfatório (Bom) Estado de conservação Insatisfatório (Precisa melhorar poucas coisas - Descaracterizado) Estado de conservação Igreja de Santa Cruz Crítico (Abondonado - Plantas crescendo
Figura 09| Fonte: Acervo dos nas fachadas/calhas,etc.) autores, 2018
Estado de conservação Ruína (Desmoronado - Sem coberta, etc.)
Setor de Preservação Rigorosa - SPR
Igreja de São Gonçalo
Imóvel Especial de Preservação (IEP) Monumentos Tombados Estado de conservação Satisfatório (Bom)
Igreja de São Gonçalo
Estado de conservação Insatisfatório (Precisa melhorar poucas coisas - Descaracterizado) Estado de conservação Crítico (Abondonado - Plantas crescendo nas fachadas/calhas,etc.) Estado de conservação Ruína (Desmoronado - Sem coberta, etc.)
ESCALA: 1/3000
05
N
Com contornos atuais A urbanização
A configuração atual
Devido ao seu processo de drenagem e aterro progressivo de diversas áreas de alagados, O território vai ganhando sua configuração atual, principalmente com a retificação do canal do Tacaruna, em torno da qual se construirá a atual Avenida Agamenon Magalhães. No limite Sul do território, na Ilha do Leite, avança o processo de loteamento e ocupação das terras ganhas ao
A urbanização da porção continental do Recife se inicia no bairro da Boa Vista, iniciando da rua da Aurora e adentrando o território, com pequenos arruados e uma incipiente ocupação do polígono de estudo. Atual Avenida Cruz Cabugá já parece bem consolidada, ligando a Boa Vista à Olinda. No limite sul, o Hospital Pedro II inicia a aglomeração de equipamentos hospitalares nos limites das regiões hoje conhecidas como Coelhos e Ilha do Leite, então Ilha do Barão Suassuna. Percebe-se evidências das bases e premissas para a modernização da cidade transcorridas nos últimos 150
Canalização do último trecho do complexo hidráulico do canal de Tacaruna. A área se encontra com sua configuração atual e o eixo Santa Cruz - São Gonçalo é intensificado com a inauguração do mercado da Boa Vista, se tornando um novo marco para região. Consolidação completa da área, caracterizada, além dos equipamentos religiosos.
N
Novos pontos industriais A delimitação da Área Central restringe-se ao núcleo histórico da Boa Vista. Conjuntos lineares de casebres, ocupados provavalmente pelos mocambos que abrigavam a mão-de-obra que servia aos novos estabeblecimentos instruiais instalados no bairro de Santo Amaro. Tratam-se de importantes indícios da memória operária e da habitação popular que marcam a história e o imaginário do bairro.
1945
1906 1855
0 50 150
300
600m
2015
1971 1965
1932
1980
Uma Recife Moderna Com o traçado das linhas de bondes e estradas de ferro foram definidos caminhos habituais daquele momento e permanecem, até hoje, como importantes vias: as Ruas de São Gonçalo, e de Santa cruz, Há um maior adensamento no Bairro da Boa Vista, com a expansão da ocupação urbana em direção a Ilha do Leite e a presença do Parque Público 13 de Maio. As áreas vazias ao norte do território corresponde, em grande parte, áreas alagadas. No início do século XX, o local se mostrava mais consolidado, com poucas áreas não habitadas, construções erguidas no alinhamento da rua, com a presença dos sobrados e casas pequenas de porta e janela.
LINHA DO TEMPO: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO
Figura XX: Evolução da ocupação e das características da área em estudo| Fonte: Plano Centro Cidadão 2018, adaptado
Perfil heterogêneo no Em constante transformação Uma costante evolução A pavimentação das vias e a criação de novos quarteirões deu ao bairro uma nova configuração, um pouco mais moderna, com o loteamento de chácaras que limitara até então sua expansão. Ainda assim, a evasão habitacional crescia cada vez mais, não só por causa do transporte automotivo, como também pela expansão para a periferia da cidade que se
N
Com a área já consolidade, percebe-se que um eixo principal foi criado na rua de Santa Cruz e de São Gonçalo. Essas ruas possuem como destaque suas respectivas igrejas, morcos da paisagem da área. O eixo criado tem sua importância devido ao grande fluxo de pedestre gerado na região.
MAPA DE SOMBRAS
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 8 HORAS
Figura 36: Mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
A partir do levantamento das sombras do polígono, é possível notar que a área é pouco sombreada durante o ano, devido ao gabarito baixo predominante na área, com casas térreas e uma escassez de verticalização. Porém essa mesma escassez torna-se possível a circulação livre dos ventos, tornando a área mais ventilada e potencialmente agradável. É possível observar que a menor presença de sombras é das 10h às 14h nos solstícios de inverno e verão, que coincidem com os horários de maior fluxo na área, devido ao comércio e serviço presentes que movimentam a parte do dia e da tarde.
Solstício de inverno Azimute
Horários
8h 10h 11h 16h
60° 42° 318° 300°
Altura solar 67° 47° 47° 25°
Altura solar corrigida 26° 58° 58° 26°
13.8
1.5
28.8
W
16.4
11.9
3.4
24.9
21.3
8.3
6.10
0
20.1
1
4.1
1 22.1 2 22.1 18
16
15
14
13
12
11
10
E
23.2
9
9.2
8
17
21.1 .12
7
22
6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 8 HORAS
Figura 37: carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 10 HORAS
Figura 38: Mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
Tabela XX: tabela do solstício de inverno | Fonte: Natália Moraes
13.8
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20.1
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23.2
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8 7
21.1 .12
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CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 10 HORAS
Figura XX: obtenção da altura solar corrigida | Fonte: Natália Moraes
Figura 39: Carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
21
Leituras Urbanas
ESTUDO TIPOLÓGICO
MAPA DE TIPOLOGIA
As tipologias preponderantes do recorte são os sobrados e casas porta e janela, característicos de uma maior densidade a partir de sua implantação que ocupa quase totalmente o lote, tendendo ao recuo nulo frontal e nas laterais, e proporcionando uma maior horizontalidade devido aos seus gabaritos reduzidos. O uso comercial é responsável pelas modificações dess as tipologias, que necessitam de maiores aberturas e permeabilidade física, por vezes causando a descaracterização da paisagem, pois as edificações se adéquam aos usos e não os usos às edificações. Algumas tipologias, quando associadas à gabaritos elevados entram em dissonância com o conjunto, ao exemplo dos edifícios podium e edifícios pilotis, provocando uma descontinuidade tipológica.
Tipologias Modificadas
Figura 11| Fonte: Acervo pessoal, 2017.
1
2
3
Tipologias existentes
Figura 12| Fonte: Acervo pessoal, 2017.
1. CASA COM PORTA E JANELA 2. CASA COM PORTA E JANELA MODIFICADA 3. SOBRADO 4. CASA REMEMBRADA TÉRREA
4
5
6
Figura 13| Fonte: Andressa Zerbinatti, 2018.
5. CASA SOLTA NO LOTE 10
12 11
6. CASA GEMINADA 7. EDIFÍCIO CAIXÃO 8. EDIFÍCIO PILOTIS
7
8
9
9. EDIFÍCIO PODIUM 10. EDIFÍCIO COM TÉRREO RECUADO 11. GALPÃO 12. EDIFÍCIO RELIGIOSO
10
11
12
ESCALA: 1/3000
06
N
GABARITO Devido a predominâcia das tipologias sobrado, casa porta e janela e suas modificações, o gabarito da área de estudo é marcado pela horizontalidade, entre térreo e 3 pavimentos, respeitando a altura das igrejas e a escala do pedestre. A morfologia estreita e comprida dos lotes, aliada a legislação vigente dificulta o surgimento de elementos mais verticais, que, no entanto, aparecem pontualmente através das tipologias edifício caixão e edifício podium, se destacando no entorno por quebrar a horizontalidade do conjunto preexistente. A configuração atual da área possibilita maior dinâmica de usos e fluxos, já que edificações menores, além de maior interação com a rua, possibilitam usos específicos advindos da necessidade dos moradores.
MAPA DE Gabaritos
Figura 15: | Fonte: Andressa Zerbinatti, 2018.
LEGENDA TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 a 4 PAVIMENTOS 5 a 10 PAVIMENTOS 11 a 20 PAVIMENTOS MAIS DE 20 PAVIMENTOS
Vista geral do área em estudo
Figura 14| Fonte: Felipe Carvalho, 2018.
07
Legislação
MAPA DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
As legislações vigentes no bairro da Boa Vista são: o Plano Diretor (2008) e a Lei da ZEPH Boa Vista (2014). Essas legislações dividem o território em duas grandes manchas: a de renovação e a de preservação. Contudo, na área de estudo, a legislação que a rege é da preservação. Ela preservou a tipologia característica do bairro (sobrado, casa porta e janela e suas modificações), mantendo o contexto em que as edificações estavam inseridas. Se tornaram áreas multifuncionais e complementado a suas interfaces mais convidativas e interessantes, é instigante caminhar pela região. Existem os IEP’s, que apesar de preservar a edificação, não preserva o entorno. Contudo, os existentes estão em um contexto condizente a sua arquitetura. A ZEPH – SPR, ou seja, setor de preservação rigorosa do patrimônio histórico e cultural. De acordo com a lei nº 18.046/2014, a qual possui um plano específico para o bairro da Boa Vista, não são propostos parâmetros urbanísticos para esse setor de preservação. Contudo os projetos de intervenções nessas áreas são analisados e aprovados pelos órgãos competentes (DPPC e IPHAN) seguindo as diretrizes estabelecidas:
Figura 16: | Fonte: Prefeitura do Recife, adaptado por Camila Colaço, 2018.
Legenda ZEPH - SPR ZEPH - SPA IEP’s
I - Reconhecer a diversidade da área promovendo o seu equilíbrio morfológico e ambiental, consolidando-a como transição entre os Setores de Preservação Rigorosa (SPR) e as demais zonas da cidade; II - Promover o uso e a ocupação ordenada das quadras, compatibilizando as suas características físicas, sociais e culturais; III - Reconhecer e preservar os elementos significativos do patrimônio construído; IV - Definir parâmetros urbanísticos específicos, por face de quadra, de forma a atender às diretrizes preconizadas para a Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural. Devido à algumas interveções, podem ser encontradas diversas cicatrizes no território, pois exemplares históricos foram demolidos para dar lugar a grandes equipamentos, fazendo com que a paisagem desses sítios fossem alteradas e uma parte da memória da cidade fosse apagada. Nº
Nome da ZEPH
SPR
SPA Parâmetros Urbanísticos
8
Boa Vista
Requisitos Especiais
A. U.
Coef TSN Util. Afst
Análise Especial
Parâmetros urbanísticos da ZEPH
Tabela 1| Fonte: Prefeitura do Recife
Gabarito
Requisitos Especiais
U
ESCALA: 1/3000
08
N
Comparação dos Aspectos
Tipologias x Gabaritos x Legislação 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Figura 17: Comparação das tipologias, gabaritos e legislação| Fonte: Felipe Carvalho adaptado, 2018
TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 a 4 PAVIMENTOS 5 a 10 PAVIMENTOS 11 a 20 PAVIMENTOS MAIS DE 20 PAVIMENTOS
ZEPH - SPR ZEPH - SPA IEP’s
Percebe-se que a tipologia relfete diretamente no gabarito. No recorte destacado, a grande presença de casas porta e janela e sobrados influenciam no gabarito, sendo predominantemente mais baixo. Com a legislação vigente do local, essa morfologia é preservada, mantendo a ambiência e a paisagem histórica. Assim, ntervenções devem levar essas considarações no seu projeto, para não serem dissonântes do entorno e quebrar a sua ambiência.
09
GABARITOS DO LUGAR
SKYLINES DA ÁREA EM ANÁLISE
Figura 18| Fonte: Thais Ferreira e Carolina Ayala, 2018.
Rua Visconde de Goiana, margem direita.
Rua Visconde de Goiana, margem direita.
Igreja de São Gonçalo
Rua da Santa Cruz, margem direita.
0
5
10
10
GABARITOS DO LUGAR
SKYLINES DA ÁREA EM ANÁLISE
Figura 19| Fonte: Thais Ferreira e Carolina Ayala, 2018.
Rua Visconde de Goiana, margem esquerda.
Rua São Gonçalo, margem direita.
Rua de São Gonçalo, margem esquerda.
Rua da Glória, margem esquerda.
0
5
10
11
Usos A área delimitada para o diagnóstico possui uma predominância de habitações formais, representada pela Rua da Gloria, sendo esse um uso que gera dinâmica de pessoas e fluxos durante todo o dia, principalmente quando equilibrado com outros usos. Pode-se perceber também a presença do comércio e uso misto, além do uso religioso, sendo os marcos da área a Igreja de São Gonçalo, a Igreja de Santa Cruz, o Convento Nossa Senhora da Glória e o Mercado da Boa Vista. Os diferentes usos presentes atraem um público diversificado e proporciona um grande fluxo.
MAPA DE USOS
Figura 22: | Fonte: Camila Colaço, 2018.
Assim, para uma intervenções futuras, deve-se priorizar essas áreas onde os usos geram maior fluxo de pessoas, com uma melhor arborização – áreas sombreadas; mobiliário como bancos para descanso; condições boas de caminhabilidade e acessibilidade – calçadas em bom estado de con-
Rua com predominância de comércio, na área em estudo
Figura 20| Fonte: Google Earth, 2018
Rua com predominância de residencial
Legenda
Figura 21| Fonte: Google Earth, 2018
ESCALA: 1/3000
12
N
Atividades Informais O comércio informal é influenciado pelo comércio formal, que se aloca de acordo com os fluxos existentes na área, porém, na área de estudo, devido à pequena extensão das calçadas disputa espaço com os pedestres. Esses usos tamém não possuem mobiliário adequado, sendo muitas vezes de péssimo estado.
MAPA DE ATIVIDADES INFORMAIS
Figura 24: | Fonte: Camila Colaço, 2018.
Assim, para uma intervenções futuras, deve-se priorizar essas áreas onde os usos geram maior fluxo de pessoas, com uma melhor arborização – áreas sombreadas; mobiliário como bancos para descanso; condições boas de caminhabilidade e acessibilidade – calçadas em bom estado de conservação e tamanho proporcional ao fluxo e rampas para cadeirantes .
Atividades Informais na rua de Santa Cruz
Figura 23| Fonte: Google Earth, 2018
Legenda Uso informal móvel Uso informal fixo
ESCALA: 1/3000
13
N
CHEIOS E VAZIOS DO SÍTIO A partir da leitura do mapa de cheios e vazios, é possível perceber a morfologia dos lotes, estreitos e compridos, onde predominam edificações de gabarito reduzido, com implantação de recuo nulo frontal e lateral, e quintais de fundo. Como consequência desse tipo de implantação, a permeabilidade das quadras é baixa, com vazios intralotes inacessíveis e alta densidade construtiva. As grandes dimensões das quadras e a baixa permeabilidade tornam os percursos demasiadamente longos e cansativos, enquanto que algumas edificações âncoras possuem pátios centrais, como o Convento Nossa Senhora da Glória e o Mercado da Boa Vista, que atrai um grande fluxo de pessoas, contribuindo para vivacidade da área e disponibilizando um ponto de encontro. Devido a sua grande ocupação do solo, percebe-se que não existem grandes áreas de solo natural, o que a torna bastante árida. A vegetação existente é escassa e não forma um passeio contínuo sombreado, assim é desagradável, segundo Jeff Speck, circular pela região.
MAPA DE CHEIOS E VAZIOS DAS QUADRAS
Figura 26: | Fonte: Andressa Zerbinatti, 2018.
Ocupação da área em estudo
Figura 25| Fonte: Google Earth, 2018
Legenda Vazio Cheio
ESCALA: 1/3000
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N
CHEIOS E VAZIOS DAS FACHADAS
SKYLINES DA ÁREA EM ANÁLISE
Figura 27| Fonte: Thais Ferreira e Carolina Ayala, 2018.
Sobre os cheios e vazios com compõem a fachada das edificações da área do diagnóstico, observa-se a presença de edificações estreitas, de gabarito predominantemente baixo, com um grande ritmo de cheios e vazios, em sua maioria com aberturas significativas, em outras ocasiões, já alteradas da composição de origem, como pode ser visto na Rua de Santa Cruz. As novas edificações ainda mantêm os mesmos ritmos dos cheios e vazios. Entretanto, a altura não é tão proporcional ao lote/ base. Nas páginas seguintes, observa-se o estudo dos cheios e vazios do local, com diagnóstico dos ritmos, que em sua maioria, possuem gabarito e aberturas proporcionais ao lote. Para Andrade Jr. (2006), é importante fazer um estudo de vários pontos do desenho urbano (antes de propor uma nova construção), entre eles, o ritmo de aberturas das edificações, em sua dissertação, nos mostra que para analisar o ritmo é preciso prestar atenção nas superfícies que configuram a aparência do objeto arquitetônico, como a fenestração (aberturas), estrutura (quando for aparente), elementos de decoração salientes ou escavados na fachada, mudança de materiais ou de cores de acabamento, entre outros. A partir dessa metodologia, foi feito o ritmo de abertura das fachadas nas ruas que compõem o polígono do diagnóstico, por meio de traços maiores na cor preta, demarcando as edificações e traços menores em vermelho, delimitando as fenestrações. Dessa maneira, observou-se a predominância das aberturas verticais sobre as horizontais, estabelecendo um ritmo marcante na área. Também chamou a atenção, que alguns ritmos na construção do térreo, se repetem no primeiro pavimento. Ademais, quanto a estrutura, as predominâncias são de edificações em que a estrutura não é aparente.
Rua da Glória, margem direita. Ritmos das aberturas do térreo.
Igreja de São Gonçalo
Ritmos das aberturas do térreo. Ritmos das aberturas do térreo.
Rua da Glória, esquerda. Ritmos das aberturas do 1º pvto.
Rua São Gonçalo, margem direita
Ritmos das aberturas do térreo.
Rua São Gonçalo, margem esquerda.
Ritmos das aberturas do térreo.
LEGENDA CHEIO VAZIO
Ritmos das aberturas do 1º pvto.
0
5
10
15
CHEIOS E VAZIOS DAS FACHADAS
SKYLINES DA ÁREA EM ANÁLISE
Figura 28| Fonte: Thais Ferreira e Carolina Ayala, 2018.
Rua Visconde de Goiana, margem esquerda.
Ritmos das aberturas do térreo.
Ritmos das aberturas do 1º pvto.
Rua Visconde de Goiana, margem direita.
Ritmos das aberturas do térreo.
Ritmos das aberturas do 1º pvto.
LEGENDA CHEIO VAZIO 0
5
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CHEIOS E VAZIOS DAS FACHADAS
SKYLINES DA ÁREA EM ANÁLISE
Figura 29| Fonte: Thais Ferreira e Carolina Ayala, 2018.
Rua da Santa Cruz, margem direita.
Ritmos das aberturas do térreo.
Ritmos das aberturas do 1º pvto.
Rua da Santa Cruz, margem esquerda.
Ritmos das aberturas do térreo.
Ritmos das aberturas do 1º pvto.
LEGENDA CHEIO VAZIO 0
5
10
17
MAPA DE PERMANÊNCIA O estudo de permanência de pedestres e veículos na área de estudo que foi efetuado numa sexta feira de manhã durante o período das 10:55 até as 11:25 revela que nesse intervalo de tempo muitas pessoas ficam aglomeradas ou param por um curto período de tempo na rua mais movimentada que é a Rua de Santa Cruz. Os pedestres em sua maior parte ficam em torno do Mercado da Boa Vista, pois muitos deles vão a direção do mercado para resolver algo necessário. Já os veículos, como carros e motos ficam estacionados em sua maior parte em volta da igreja e nas laterias da rua Santa Cruz, já que é uma via que permite o estacionamento de carros e motos em seu meio fio. Com esse estudo foi possível perceber que a rua de Santa Cruz é uma rua bastante importante tanto para os pedestres que habitam o local mas também um local onde se possui uma grande concentração de carros estacionados, e ocupam uma grande parte da rua.
MAPA DE PERMÂNENCIAS
Figura 30| Fonte: UNICAP, 2018.
Estacionamentos
Figura 31: Estacionamento próximo a elementos históricos| Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Legenda Carros Motos Pedestres
Escala 1:2000
18
MAPA DE TRAÇADOS MAPA DE TRAÇADOS
isc
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Ru
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Cr
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Figura 34: | Fonte: UNICAP, 2018.
ian
Ru
A partir do levantamento dos traçados das pessoas feito no local das 10:55 às 11:25 foi possível notar calçadas que detêm uma quantidade superior de pedestres passando do que outras, como é o caso das calçadas da rua da Santa Cruz, que por possuir uma concentração maior de comércio e compreender o mercado da Boa vista, atrai maior fluxo do que as demais calçadas do polígono analisado. Também é notório uma grande quantidade de travessias feitas no prolongamento das ruas, mostrando a necessidade de calçadas em locais importantes e de passagem de muitas pessoas, como é ocorre na frente do mercado da Boa Vista. Com a contagem do fluxo de pessoas, foi observado que uma quantidade considerável de pessoas percorrem essa área durante o dia, em um dia de semana, sendo levantadas em 30 minutos, 614 pessoas.
a
Fluxo Intenso em ruas com comércio
Figura 32| Fonte: Google Earth, 2018
Fluxo reduzido em ruas residenciais
Figura 33| Fonte: Google Earth, 2018
Escala 1:2000
Fluxos de pessoas das 10:55 - 11:25 614 pessoas 20 pessoas / minuto
19
Fluxos e Permânencias Na área de estudo é possível perceber que os fluxos se relacionam com os usos, sendo o maior fluxo de pedestres e veículos encontrado na Rua de São Gonçalo e Rua da Santa Cruz, onde se distribui a maior parte do comércio do polígono e circulação de transporte público (ponto de ônibus), além de sua situação como eixo conector do bairro, enquanto que a rua da Glória, considerada o eixo residencial, possui um fluxo reduzido. Vale ressaltar que ambas as localidades são influenciadas pelo horário comercial, já que os usos de comércio e serviço possuem um horário fixo de funcionamento e o uso habitacional tem os fluxos relacionados com o retorno dos moradores após seus horários de trabalho.
MAPA TRAJETO DO TRANSPOTE PÚBLICO
Figura 35: | Fonte: Felipe Carvalho, 2018.
Dessa forma, para futuras intervenções precisam dar um enfoque nessas áreas de maior fluxo, para que os pedestres sejam prioridade, melhorando a calçadas (atualmente descontínuas e estreitas) e travessias.
ESCALA: 1/3000
20
N
MAPA DE VEGETAÇÃO A partir da análise da vegetação, nota-se uma escassez de árvores na área de diagnóstico, acarretando em poucas áreas de sombra nas calçadas, proporcionando uma caminhada não confortável para os pedestres, e poucos locais de permanência sombreados e frescos. A pouca massa vegetativa que existe no local apresenta uma predominância de árvores de grande porte, que proporcionam uma relevante área de sombra, porém nem todas estão locadas nas áreas de maior fluxo, onde se é importante a presença de sombras para melhorar a caminhada das pessoas. Em contraponto, essas mesmas árvores de grande porte encontram-se em calçadas estreitas, dificultando a passagem, e diminuindo o espaço de faixa livre.
36
MAPA LOCALIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO
39 38 37
Figura 53| Fonte: camila Colaço e Vanessa Sales, 2018.
2
1
3 35 4
15
18
15 16 17
5
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6
8 44 34
43 42 24
Vegetações Existentes
Figura 52| Fonte: Google Earth, 2018
33 32 31 30 29 28
9
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10
12
14 13
11
20 21 22 23 25 41 40
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Vegetações Existentes
Figura 54| Fonte: Google Earth, 2018
Escala 1:2000
25
TABELA DE VEGETAÇÃO DA ÁREA
Tabela 2: catálogo de vegetação | Fonte: Camila Colaço e Vanessa Sales, 2018
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Noma Popular Bischofia Bischofia Bischofia Cássia-de-sião Amendoeira-da-praia Palmeira Garrafa Glicínia Glicínia Flamboyant Cássia-imperial Cássia-imperial Pau-brasil Coqueiro comum Milho Ficus Pau-rosa do Pacífico Pau-rosa do Pacífico Cássia-imperial Pau-rosa do Pacífico Resedá Branca Rosedá Rosa Ficus Mimosa Pudica Cássia-imperial Mimosa Pudica Glicínia Mimosa Pudica Palmeira Real Palmeira Real Espanta Lobos Cássia-imperial Palmeira Real Palmeira Real Cássia-imperial Pau-rosa do Pacífico Pau-brasil Ficus Ficus Ficus Ficus Ficus Mamão Ipê de Jardim Casco-de-vaca-lilás
Noma Cien�fico Bischofia javanica Bischofia javanica Bischofia javanica cassia siamea Terminalia catappa Hyophorbe lagenicaulis Wisteria sp Wisteria sp Delonix regia Cassia fistula Cassia fistula Paubrasilia echinata Cocos nucifera zea mays Ficus benjamina Thespesia populnea Thespesia populnea Cassia fistula Thespesia populnea Lagerstroemia indica Lagerstroemia indica Ficus benjamina Mimosoideae Cassia fistula Mimosoideae Wisteria sp Mimosoideae Archontophoenix cunninghamiana Archontophoenix cunninghamiana Ailanthus al�ssima Cassia fistula Archontophoenix cunninghamiana Archontophoenix cunninghamiana Cassia fistula Thespesia populnea Paubrasilia echinata Ficus benjamina Ficus benjamina Ficus benjamina Ficus benjamina Ficus benjamina Carica papaya Tecoma Bauhinia variegata
Porte medio medio medio grande grande pequeno grande grande grande medio medio grande grande pequeno grande medio medio medio medio pequeno pequeno grande pequeno medio pequeno grande pequeno grande grande grande medio grande grande medio medio grande grande grande grande grande grande pequeno medio medio
Copa (m) 5m 5m 5m 8m 8m 2m 10m 10m 12m 6m 6m 10m 6m 8m 8m 8m 6m 8m 2m 2m 8m 1m 6m 1m 10m 1m 4m 4m 12m 6m 4m 4m 6m 8m 10m 8m 8m 8m 8m 8m 1m 4m 4m
26
MAPA DE SOMBRAS
14h
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 14 HORAS Figura 40: Mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
13.8
1.5
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12
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15
16
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9.2
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21.1 .12
7
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22 18
6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 14 HORAS
Figura 42: Carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 16 HORAS
Figura 41: Mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
13.8
1.5
28.8
W
16.4
11.9
3.4
24.9
21.3 8.3
6.10
0 20.1 1
4.1
1 22.1 .12 22 18
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13
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21.1 .12
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6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE INVERNO ÀS 16 HORAS
Figura 43: Carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
22
MAPA DE SOMBRAS Devido a predominância de gabaritos reduzidos, as sombras da área de diagnóstico são curtas, e só são capazes de sombrear as calçadas adjacentes de acordo com a posição do sol em relação ao horário. Nas raras exceções em que as edificações possuem recuos, as sombras não alcançam os espaços públicos viários. A rua da Santa Cruz, que possui o maior fluxo de pedestres é melhor sombreada no inverno às 16h e no verão às 8h, apresentando também um sombreamento parcial, que cobre apenas uma das calçadas nos períodos de inverno às 8h e de verão às 16h. Comparativamente, as sombras do inverno são maiores que as do verão, apesar das duas épocas demonstrarem uma deficiência de percursos sombreados, principalmente devido à ausência de arborização. Solstício de inverno Azimute
Horários
8h 10h 11h 16h
113° 120° 238° 247°
Altura solar 30,5° 57,5° 57° 30°
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 8 HORAS
Figura 44: mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
13.8
1.5
28.8
W
16.4
11.9
3.4
24.9
21.3
8.3
6.10
0
20.1
1
4.1
1 22.1 2 22.1 18
16
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14
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23.2
10
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9.2
8
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22
6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 8 HORAS
Figura 46: carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO VERÃO ÀS 10 HORAS
Figura 45: mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
Altura solar corrigida 33° 61° 61° 33°
Tabela XX: tabela do solstício de verão | Fonte: Natália Moraes
28.8
W
16.4
11.9
3.4
24.9
21.3 8.3
6.10 0
20.1
1
4.1
1 22.1 .12 22 18
16
15
14
13
12
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23.2
9
9.2
8 7
21.1 .12
22
6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 10 HORAS Figura XX: obtenção da altura solar corrigida | Fonte: Natália Moraes
Figura 47: carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
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MAPA DE SOMBRAS MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 14 HORAS
Figura 48: mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
28.8
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4.1
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1 22.1 2 22.1 18
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23.2
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9
9.2
8
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21.1 .12
7
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6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 14 HORAS
Figura 50: carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
MAPA DE SOMBRAS NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 16 HORAS
Figura 49: mapa de sombras | Fonte: Natália Moraes, 2018
28.8
W
16.4
11.9
3.4
24.9
21.3 8.3
6.10 0
20.1
1
4.1
1 22.1 .12 22 18
16
15
14
13
12
17
11
10
E
23.2
9
9.2
8 7
21.1 .12
22
6
S
CARTA SOLAR NO SOLSTÍCIO DE VERÃO ÀS 16 HORAS
Figura 51: carta solar latitude 8° sul | Fonte: Natália Moraes, 2018
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Diretrizes
Diretrizes Paisagísticas As intervenções paisagísticas dizem respeito a modificação do espaço público, para melhorá-lo em diversos aspectos. Assim com o estudo do entorno, pode-se direcionar a intervenção para aspectos de maior relevância da área. - Melhorar a arborização: devido a descontinuidade de vegetação, é gerado percursos extensos sem sombra, fazendo com que o passeio pela região seja desagradável e desinteressante; - Adequar a vegetação às calçadas: Especificar uma vegetação condizente com a largura da calçada, para que seu tronco não seja tão largo a ponto de obstruir o passeio; a vegetação deve também criar uma sombra nas calçadas para tornar a era mais caminhável; - Implantar novos mobiliários: o déficit de mobiliário urbano deve ser corrigido fazendo com que eles sejam acrescentados de forma regular e condizentes com os usos e fluxos da área, ou seja, áreas com maior fluxo de pessoas e com uso comercial, a exemplo a rua de Santa Cruz, deve possuir um mobiliário como bancos para descanso para as pessoas que circulam nessa rua; - Adequar o mobiliário das atividades informais: projetos de fiteiros e quiosques podem ser desenvolvidos para melhorar o estado desses mobiliários existentes. Além disso, deve-se implantá-los corretamente, sem tirar da área original deles, mas também sem obstruir as calçadas; - Criar travessias para os pedestres: apesar de possuir um grande fluxo de pedestres na região, eles não possuem uma travessia adequada, se submetendo a travessias perigosas. Assim, deve-se implantar faixas de pedestres nos locais onde há maior numero de travessias (mapa de traçado), deixando assim, o pedestre mais resguardado.
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Diretrizes Arquitetônicas As diretrizes arquitetônicas são desenvolvidas para intervenções em relação as edificações existentes, seja para alterações em edificações preservadas, seja para novos projetos em lotes vazios. - Respeitar e complementar os usos existentes: Devido a diversidade de usos, uma nova edificação deve propor um usos que complemente o entorno estudado principalmente de caráter misto, pois a edificação se manteria ativa e viva durante o dia interiro; - Manter as características tipológicas da área: Quanto ao gabarito e a tipologia, a intervenção deve ser contextualizada ao contexto preexistente, sem haver cópias ou pastiches. Assim, as características da intervenção não quebrariam a ambiência da área; - Respeitar os cheios e vazios da área, tanto ao ritmo, quanto a implantação: Para não quebrar a lógica das edificações existentes, o projeto para a nova edificação deve segui, como analisado, essa lógica, pois são essas características, entre outras, que tornam o entorno estudado um conjunto preservado.
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