Portfólio Vanessa Dorneles 2006

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Projetos acadêmicos, de pesquisa, de extensão e profissionais.

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Vanessa Goulart Dorneles

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Loteamento Urbano Camobi - Disciplina de Projeto de Urbanismo I

Professores Orientadores: Edilaine Montegia, Edson Bortoluzzi da Silva, Sérgio Medeiros. Acadêmicos: Bianca Munaretto, Fábio Zampieri, Felippe Freitas, Vanessa Goulart Dorneles.

Uso do Solo Pretende-se, neste trabalho, estabelecer uma relação bastante coerente entre a área física e a função a ela destinada, assim tem-se que para a região mais próxima a faixa asfaltada faz-se necessário que se tenham usos residenciais e mistos, simultaneamente, uma vez que é esta a zona em que serão efetuadas relações de prestação de serviço por parte de moradores que têm anexo a residência seus pontos de trabalho. Na grande maioria da área trabalhada o uso do solo será de caráter residencial, visto que foi esta a demanda diagnosticada nas etapas iniciais do trabalho desta disciplina. Procura-se com as possibilidades de disposição dos lotes compor uma paisagem agradável que seja funcional no oferecimento de acessibilidade e acolhedora no que diz respeito à privacidade dos lotes. Pequenas áreas de uso comercial podem ser estrategicamente dispostas entre o amplo setor residencial para que sejam supridas as necessidades imediatas da população local no que se refere a produtos de gênero alimentício, farmacêutico de bazar ou limpeza. Ocupação do Solo No geral a ocupação do solo será efetuada por edificações unifamiliares que possuirão entre um e dois pavimentos, serão de uso estritamente residencial e ocuparão a maior parte da área de solo parcelada. As unidades habitacionais; por seus portes, localização topográfica, afastamentos laterais e recuos de jardins; não interromperão visuais importantes e não deverão contribuir para o direcionamento de ventos ou bloqueio de luz solar. Em alguns setores como o de caráter misto, por exemplo, haverá a possibilidade de execução de prédios de até quatro pavimentos, aí estará concentrado o maior índice de ocupação uma vez que poderão existir edificações multifamiliares. Estas unidades de maior porte estarão localizadas em pontos mais altos da topografia, destacandose visualmente sobre as demais e caracterizando elementos de marcação e referência visual. Através da determinação de elementos comuns de composição pode ser arranjada uma associação organizada em seqüência, cadência e ritmo que confira uniformidade e particularidade a área trabalhada. A semelhança, no entanto, não deverá influir de maneira determinante a diminuir a multiplicidade de soluções que podem ser encontradas para caracterização das edificações a serem consolidadas sob cada um dos lotes conformados.

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Hierarquia Viária De acordo com o zoneamento e demarcação das áreas destinadas a cada uma das funções a se realizarem no loteamento; foram estabelecidos eixos de rua de maior gabarito que visam atender a demanda de soma de tráfego de várias vias que precisam convergir a um eixo de escoamento comum, ruas locais que deverão conferir acessibilidade a cada um dos lotes e ruas de dimensões e fluxos intermediários responsáveis pela conexão entre estas duas realidades. É muito importante considerar estudos de ligações com áreas circunvizinhas para que se perceba como e com que intensidade a região será ocupada por pedestres e veículos. As pavimentações das vias serão feitas de maneira coerente com as capacidades, necessidades e intenções de tráfego, andamento e conexão entre elementos. Assim, para vias locais, onde se pretende que o fluxo seja bastante reduzido, a pavimentação e a conformação viária atuarão conjuntamente para que não se permita velocidade excessiva. Para as vias de maior porte e passagem, a pavimentação será um artifício utilizado para proporcionar volume de escoamento. Há a intenção, baseada em constatações de pesquisa, de estabelecer ciclovias junto a algumas das vias propostas, para tal possibilidade serão levedos em consideração diversos fatores dentre os quais se pode destacar a escolha de pavimentação mais adequada, a sinalização e marcação de pista, as transições entre quarteirões e a relação com o tráfego de veículos. Área Institucional Pretende-se trabalhar a área verde como um elemento centralizador e conector de espaços, com associações a espaços de lazer, atendimento comunitário e esportes como cooper, ciclismo e caminhada proporcionando uma área que seja efetivamente ocupada e aproveitada pelos moradores como um ambiente de convivência e integração. A possibilidade de ter a rua como espaço de lazer e convívio comunitário é uma consideração que será constantemente buscada no projeto, pela conformação das vias e lotes ou pela reserva de espaços favoráveis a tal finalidade. Pretende-se criar um espaço viário, desprovido de circulação constante de automóveis, que seja propício à ocupação pública por parte de um determinado grupo de moradores que possam usufruir deste ambiente em benefício mútuo e que por ele se sintam responsáveis.

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Trata-se de um trabalho acadêmico, da disciplina de Urbanismo 1, no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria, cujo exercício era desenvolver o parcelamento do Solo, em uma área próxima a Universidade Federal de Santa Maria, e que ainda não haviam moradores. A proposta consite em adequar uma área que situa-se entre uma área de classe média alta e uma Cohab, e d e s e n v o l v e r, p a r a m é t o d o d e aprendizado, um espaço urbano diferenciado dos demais espaço encontrados na cidade. Trata-se pois, de um loteamento com traços específicos, onde todas as quadras possuiam acesso á área verde ali projetada pelos acadêmicos, com exceção das quadras de uso misto comercial e residencial, próximas à RST 287, devido ao caráter da Faixa ser exclusivamente comercial.

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Loteamento Urbano Camobi - Disciplina de Projeto de Urbanismo I

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as ciclovias e áreas de convívio comunitário. A drenagem superficial acontecerá pelo sistema convencional de valas, bocas de lobo e canalização subterrânea; no entanto, a permeabilidade será assegurada pela disposição dos recuos de jardim e pela utilização de pavimentação que permitirá parte da passagem de água. O trajeto de esgotos que possuirá maior vazão será estabelecido sob as vias que cortam longitudinalmente a área do loteamento, uma vez que são elas que concentram as maiores variações topográficas, ideais a um bom escoamento.A iluminação será concebida de maneira que sejam beneficiados simultaneamente as vias, a vegetação e o passeio público. O abastecimento de energia elétrica, por sua vez, acontecerá por via aérea.

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Infraestrutura A adequação à topografia no traçado das vias e na conformação dos espaços é um objetivo presente e atua como um dos desencadeadores da concepção projetual. Pretende-se que as vias transversais a área trabalhada tenham seus respectivos eixos estabelecidos sobre uma linha de pequena variação topográfica, isto se deve ao fato de serem estas as vias que irão conferir acessibilidade a maioria dos lotes residenciais e de que paralelo a elas estarão dispostas as ciclovias e áreas de convívio comunitário. Pretende-se que as vias transversais a área trabalhada tenham seus respectivos eixos estabelecidos sobre uma linha de pequena variação topográfica, isto se deve ao fato de serem estas as vias que irão conferir acessibilidade a maioria dos lotes residenciais e de que paralelo a elas estarão dispostas

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INTERVENÇÃO NA ÁREA CENTRAL DE SANTA MARIA - Disciplina de Projeto de Urbanismo 2

Professores Orientadores: Edson Bortoluzzi da Silva, Hugo G. Blois Filho Acadêmicos: Ana Paula Barros, Fábio Zampieri, Mara Bassi, Maristela Guareschi, Sebastian Stechina, Vanessa Goulart Dorneles.

Primeira Etapa

Levantamento do Abastecimento de Água

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O trabalho foi realizado na área central da cidades, compreendendo em torno de 25 quadras e 13 ruas. Este trabalho consitiu numa primeira etapa no levantamento Físico da àrea central da cidade, levantamento do mobiliário urbano e levantamento da infra-estrutura. Numa Segunda etapa, fez-se uma análise da vegetação, do conforto ambiental, da poluição sonora, do ar e visual da àrea central da cidade de Santa Maria. E a terceira etapa consistiu na intervençaõ em uma parte dessa área central, de forma a elaborar novas regras de ocupaão assim como um novo layout para esta área. A terceira etapa foi desenvolvida na Avenida Rio Branco, que é uma das principais avenidas do centro da cidade, pois liga o centro da cidade, calçadão, a antiga Estação Férrea, esta etapa foi realizada individualmente por cada componente do grupo.

Levantamento da Iluminação Pública

Levantamento do Esgoto Cloacal Levantamento do Esgoto Pluvial

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INTERVENÇÃO NA ÁREA CENTRAL DE SANTA MARIA - Disciplina de Projeto de Urbanismo 2 Análise da Ventilação Conforme o representado no mapa, podemos ver a direção dos ventos dominantes incidentes na região central de Santa Maria, no sentido leste-oeste. Isso leva-nos a conclusões bastante evidentes e perceptíveis aos usuários desta área, além de serem confirmadas pelo estudo anteriormente feito. Ao longo das ruas onde encontramos “paredões edificados”, quando localizadas no sentido leste-oeste, constituem-se em verdadeiros “túneis de vento”, onde podemos verificar um fluxo de ventos bem maior que em outras ruas. É o caso bastante evidente da rua Dr. Alberto Pasqualine, onde a velocidade dos ventos canalizados pelas construções é sempre bem mais elevada que nos demais lugares. Já não é o caso do Calçadão da cidade, onde as edificações com alturas diferenciadas garantem uma maior permeabilidade do espaço e melhor fluidez dos ventos. Assim sendo, mesmo situando-se no sentido leste-oeste, não apresenta grandes turbilhões de ventos, visto que a configuração existente das massas construídas não representa maiores problemas neste aspecto. Com relação a Praça Saldanha Marinho podemos fazer a mesma referência do caso anterior, acrescentando-se o fato de que representa um vazio no centro da cidade e que é circundada por edificações de médio porte. O mais importante ainda é o fato de não possuir edificações a barlavento, como podemos verificar no levantamento efetuado. Apesar de baixas, as edificações que circundam a Praça, alinhadas, com alturas semelhantes e sem recuos laterais, não deixam de constituem-se novamente em paredões que conduzem os ventos não dando a estes liberdade de escoamento, aumentando assim sua velocidade. Este fato é perceptível se sairmos do centro da praça e nos dirigirmos tanto à rua Venâncio Aires, quanto à rua Ângelo Uglione. Esta situação só é minimizada pelo fato de os ventos que por estas ruas está sendo canalizado em direção à Praça, logo encontra um espaço aberto, livre de obstáculos e bastante permeável, facilitando a sua dissipação. No trecho estudado da rua Floriano Peixoto, entre as ruas Venâncio Aires e Dr. Alberto Paqualine, os ventos que por ali circundam não possuem grandes velocidades apesar dos “paredões edificados” que constituem o espaço. Verificamos que por não situarem-se no sentido leste-oeste, os ventos incidentes tendem a continuar sua trajetória na direção da 2 quadra da rua Dr. Bozzano, ou rua Cel. Niderauer, conforme o caso. Mesmo assim, a velocidade dos ventos nesta rua é maior que no Calçadão da cidade, perdendo é claro para a rua 24 Horas. Segundo Márcio Villas Boas: “Nos ambientes ou estações quentes do território tropical brasileiro a utilização do vento pode, pelo contrário, melhorar as condições de qualidade do meio natural e/ou construído. A ventilação dos espaços habitados teria as seguintes funções: primeiro, a de melhorar as condições de conforto térmico e bem-estar dos indivíduos, acelerando as trocas térmicas e prevenindo contra a pele molhada; segundo a de remover o calor gerado nos espaços habitados ou acumulado nos materiais que os constituem, seja no interior ou no exterior das edificações (tecido urbano); e terceiro, a de remover os gases e partículas geradas nos espaços habitados”.

Análise da Poluição Visual Temos no centro da cidade, área de estudo, o maior contingente de prédios em altura, e a maior concentração de moradores e usuários, levando a ser a área com mais propagandas comerciais da cidade. Estas propagandas constituem o maior problema visual dessa área, pois não são padronizadas entre elas e são usadas de forma a entrar em conflito com as formas e estilos arquitetônicos locais. O centro de Santa Maria caracteriza-se por edificações antigas, normalmente usadas como pontos comerciais. Estes pontos comerciais se apropriam desses espaços, modificando as características próprias em função das propagandas colocadas nas fachadas. Estas propagandas quebram o visual de um centro antigo, desarmonizando o espaço, pois temos fachadas com dois estilos diferentes numa mesma edificação, como pode ser visto no calçadão e na Rua do Acampamento, onde há prédios de dois ou três pavimentos, sendo q o primeiro é utilizado com ponto comercial.

Análise da Umidade Como já vimos anteriormente este aspecto, em um local de clima quente e úmido como é o caso da cidade de Santa Maria, está diretamente associado à boa areação do espaço. Onde encontramos zonas fracamente ventiladas, já podemos encontrar um maior índice de

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Segunda Etapa

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umidade relativa do ar. Este fato aliado à falta de insolação adequada gera condições realmente desconfortáveis para os usuários. Neste sentido no trecho da rua Floriano Peixoto, percebemos o ponto mais crítico do centro da cidade, pois a insolação, dificultada pela altura dos edifícios e o pequeno gabarito da rua, associada à inadequada ventilação deste espaço favorecem ao acúmulo de umidade e perda de qualidade de vida deste ambiente. Análise da Vegetação x Temperatura Se faz notável a quase inexistência de vegetação de qualquer porte na área analisada. Não há árvores nos passeios, que poderiam em muito contribuir para uma melhor trafegabilidade de pedestres no que diz respeito ao conforto térmico, principalmente atuando como agente atenuador dos efeitos (calor e ofuscamento) da insolação, pois além de proporcionarem sombreamento, devido ao seu porte, também ajudam, como qualquer elemento vegetal, a manter a umidade do ar. Os canteiros contendo pequenos arbustos e forrações existem em número reduzido, implicando num grande desequilíbrio entre espaços permeáveis x impermeáveis, já que a maior parte do entorno tem pavimentação asfáltica. Pode-se apontar a Praça Saldanha Marinho e suas imediações (viaduto Behr), como único espaço que contém uma quantidade tal de vegetação que possa ser considerada nessa análise; quantidade essa que, em se tratando de situações ideais, ainda seria insuficiente, porém, constitui-se do necessário para representar a diferença entre tal espaço e algum outro completamente desprovido de elementos vegetais. A circulação se faz mais agradável, a ponto de permitir a referência ao local como um “espaço de convivência” (com a ressalva da inconveniente locação dos ambulantes), que as ruas de Santa Maria, de um modo geral e da forma como se apresentam não o são de maneira alguma (inclusive as da área em questão); acarretando no ato de “ganhar as ruas” tornar-se incômodo e enfadonho, característica essa, que tem tamanha assimilação por parte da população a ponto de ambiente urbano da cidade de Santa Maria como um todo ser tido como desestimulador de interação entre as pessoas.

Vimos que a falta de permeabilidade do espaço dificulta toda a ventilação e areação da cidade. A disposição dos prédios alinhados, sem afastamentos nem recuos, com grandes dimensões, aliado ao pequeno gabarito das ruas e a grande distância destes com a escala humana, dificulta-nos a leitura da cidade e o controle ambiental do espaço. Situações assim quase que minimizam a capacidade de conforto ambiental e qualidade de vida aos habitantes e usuários desta área. Onde existe uma maior permeabilidade do espaço, o controle ambiental é facilitado, onde podemos lançar mão de alguns elementos em controle de outros, conseguindo assim equilibrar as desvantagens e garantir maior conforto térmico. Análise da Poluição do Ar Os locais que apresentam maior concentração de poluição do ar, dentro da área analisada, estão situados em cruzamentos de vias onde o trânsito de veículos é controlado por meio de semáforos. Outro fator que também contribui no aumento da concentração de poluição no ar, consiste na topografia existente, sendo responsável pela formação de aclividadesnas vias. Análise da Poluição Sonora

Análise da Permeablidade

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Segunda Etapa

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Terceira Etapa Requalificação da Av. Rio Branco - Eixo Cultural - Esta Avenida liga o Centro da Cidade, calçadão e Praça Saldanha Marinho, à Estação Férrea de Santa Maria, nela, também, encontra-se a Catedral da Cidade. Assim a proposta visou transforma-la em um espaço de convivência das pessoas, como o era antigamente, previlegiando o pedestres e os usuários dos equipamentos urbanos situados nela, como a terminal de ônibus. Em frente a Catedral foi implantado uma faixa de pedestres elevada continua, para previligiar os eventos da Igreja, como a Romária que se inicia em frente a mesma todos os anos. Foi resolvido alguns problemas de trânsito e o terminal de ônibus, assim como sua trajetória, foram modificados para que atendesse maior número de pessoas.

Rótula com a rua Vale Machado

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Devido à situação degradante em que se encontra a Av. Rio Branco, a proposta considera uma revitalização da área. Trata-se de uma área de grande valor histórico e cultural para a cidade de Santa Maria, pois se trata da primeira avenida da cidade, esta que liga a Rua do Acampamento (onde foi o inicio da cidade) à Estação Férrea de Santa Maria. Assim propõe-se esta revitalização de forma a evidenciar o eixo cultural, que de acordo com a proposta do exercício anterior trata-se da ligação entre a Praça Saldanha Marinho à Estação Férrea, onde podem ocorrer manifestações e eventos. A proposta procura resolver problemas de trânsito, com a remodelação da rótula da Rua Vale Machado, por exemplo, dando sempre a preferência aos pedestres, para isso foram implementadas faixas de pedestres elevadas, de nível intermediário entre a calçada e a rua. Na primeira quadra da Rio Branco a faixa de pedestre foi ampliada de forma a preencher quase a totalidade da quadra em função da Catedral e da Igreja, assim possibilitando a aglomeração de pessoas em frente em casos de eventos, como por exemplo pode-se citar a Romaria, que tem inicio em frente a Catedral. Os canteiros foram propostos com altura de 20 cm apenas como marcação visual, os mobiliários estão disposto de forma confortável aos usuários do espaço, este espaço foi configurado como uma área de estar, principalmente porque a Catedral da cidade não possui praça própria. A vegetação proposta é basicamente de Ipês Amarelos, como marcação visual da via, e Tipuanas, nas partes centrais dos canteiros, estas já se encontravam na área e algumas foram transplantadas de forma a configurar um espaço mais aberto, o que o torna mais seguro também. Há também alguns jerivás, estes também já se encontravam na área. Os estacionamentos foram dispostos de forma obliqua ao passeio para proporcionar mais vagas e a facilidade de acesso, tendo alguns da forma tradicional, como em frente ao Pronto Socorro e na 2ª quadra, estes reservados para os taxistas.

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INTERVENÇÃO NA PRAÇA ZAMPIERI - Disciplina de Projeto de Paisagismo 2

Professores Orientadores: Lucienne Limberger, Nara Zamberlan Soares Acadêmicos: Bianca Munaretto, Daniela Desconzi, Luciana Locatelli, Vanessa Goulart Dorneles

O trabalho teve início com a escolha do traçado que seria seguido na conformação desse espaço, a partir de então, foram realizados os zoneamentos e aos poucos foram se definindo as áreas da praça. Optou-se pela criação de espaços bem definidos, sendo feita a integração dos mesmos no centro da praça. Próximo à escola Margarida Lopes, situa-se a quadra poliesportiva devido, principalmente, ao fácil acesso dos alunos que são os maiores freqüentadores desse espaço, pois praticam aulas de educação física no local. No lado oposto à quadra, localizam-se os sanitários, o palco e o playground. Os acessos da praça estão bem marcados devido ao prolongamento do piso do interior da mesma para os pontos onde ocorre o fluxo de entrada e saída de público. Cada um dos espaços, a seguir mencionados, foi trabalhado da seguinte forma: A quadra poliesportiva está situada num plano inferior ao restante da praça, no nível 1,50 m; seu acesso é feito através de rampas situadas nas laterais e também por escadas, é composta ainda, por arquibancadas para o público em geral que venha conferir algum dos jogos. O piso da quadra é composto por placas de concreto e ela está envolta por uma fina tela que evita a saída da bola. Os sanitários e o palco são agregados, estando aqueles semi-enterrados e este sobreposto. Optou-se por esse partido devido ao fato de não criar um volume vertical construído na praça, a qual segue uma linha bem mais horizontal. Os sanitários são acessados através de rampas laterais e o palco, por estar mais elevado possui uma escada, que também serve de banco para o público que freqüenta a praça. O local destinado ao playground foi muito bem trabalhado, valorizando os espaços de diversão, com vários brinquedos, e áreas de sombreamento. Teve-se uma preocupação especial com o fechamento desse espaço, devido ser uma área freqüentada por crianças, optou-se pelas cercas-vivas e por muros de meia altura com furos por onde as crianças pudessem brincar. O piso, na área destinada ao divertimento das crianças compõem-se por areia e saibro, já nos locais reservados para acompanhantes, o piso retoma a forma e o material do interior da praça, ou seja, cimento alisado pigmentado. Os espaços de convivência também foram trabalhados, criando-se recantos para leitura e encontros com sombreamento adequado. No centro da praça, optou-se por trabalhar com dois espelhos d'água, esse espaço serviria não só como área de

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lazer, como também um divisor de ambientes. O piso que compõem a praça, teve um tratamento especial, sendo esse de cimento alisado com um pigmento que lhe fornece cor. As juntas de dilatação situam-se entre as placas a cada 1,50m x 1,50m. O traçado radial valoriza o piso, dando movimento ao local. Buscou-se trabalhar com cores vivas, o que levou a optar pelas cores primárias amarelo, vermelho e azul. No piso onde as cores se encontram, há pedra portuguesa branca com 20cm de largura, fazendo a conexão entre uma cor e outra. A calçada que contorna a praça, e também serve de local para caminhada dos usuários do local, é constituída por placas de concreto, cujas dimensões são 0,50x 0,50m, moldadas no canteiro de obra e após as secagem assentadas. O colorido da praça está, basicamente, no jogo de cores do piso, o que fez que a escolha da vegetação existente na praça fosse, quase integralmente, em tons de verde, visando não causar fortes contrastes com a intensa coloração do piso. O mobiliário utilizado no projeto compõem-se, basicamente, do uso do concreto aparente, valorizando as formas naturais e brutas, como é possível observar nos bancos, lixeiras e bebedouros. Ainda com relação aos materiais utilizados na confecção dos equipamentos o ferro também está presente como no bicicletário, no anteparo luminoso, entre outros.

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Este projeto se desenvolveu numa praça situada no bairro Camobi, esta praça serve de espaço de convivio e encontros da comunidade local e também como área de lazer e diversão às crianças da escola situada ao lado da mesma. A cargo do exercício destinado para este semestre o traçado escolhido a ser desenvolvido foi o traçado radial. Características da Obra: 1.1. OBRA: Praça Zampieri 1.2. LOCAL: Bairro Camobi- Santa Maria/RS. 1.3. PROJETO: Trata-se de uma praça destinada a ocupação da comunidade do bairro Camobi e provável uso da quadra poliesportiva para os estudantes da Escola Margarida Lopes , localizado num terreno de 8162.99m². 1.4. ÁREA CONSTRUÍDA: Sanitário: 97.21m² Pracinha: 1304.03m² Quadra: 1197.62m² TOTAL: 9564.23m².

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REURBANIZAÇÃO - Cohab Fernando Ferrari - Disciplina de Projeto de Arquitetura 9, Projeto de Urbanismo 3 e Projeto de Paisagismo 3.

O objetivo deste projeto do sistema viário foi proporcionar aos moradores segurança e conforto. Para isso se optou por uma malha viária com ausência de ruas sem saída, o que mantem estes locais movimentados. Optou-se também por faixas elevadas que mantém o pedestre sempre na altura do passeio e força os veículos automotores a uma redução na sua velocidade. As ruas fora traçadas adequando-se a um eixo, o que manteve o seu gabarito constante, só alterando-o no caso de necessidades especiais.

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Este projeto se desenvolveu numa área não regularizada situada nas área instituicional e área verde da Cohab Fernando Ferrari, no bairro Camobi em Santa Maria. Nesta área vive em torno de 140 famílias de forma subumana, e sem condições de conforto alguma. O exercício compreendia, a retiradas das pessoas que moravam na área de risco, às margens de um arroio, e melhorar de uma forma geral as condições de vida, assim como fazer a regularização dos lotes dessa área de forma a assentar todas as famílias que ali residem. Nas margens do arroio, foi criado um espaço de lazer que se comunicava com os espaços destinados a obtenção de renda, como a coperativa, a horta comunitária e a creche para as crianças. Foi elaborado vários projetos de residências levando em consideração o conforto térmico, a orientação solar, as características e a demanda das famílias, e propondo um sistema construtivo modular. Professores Orientadores: Hugo Gomes Blois Filho, Siomara Müller, Edson Luiz Bortoluzzi da Silva, Luiz Fernando da Silva Mello, Francisco Queruz e Lucienne Limberger. Acadêmicos: Ana Paula Barros, Fábio Zampieri, Felippe Freitas, Luciane Andres, Vanessa Goulart Dorneles.

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REURBANIZAÇÃO - Cohab Fernando Ferrari - Disciplina de Projeto de Arquitetura 9, Projeto de Urbanismo 3 e Projeto de Paisagismo 3.

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Perspectiva Geral

Setor 3

Setor 2

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Visuais locais

É indiscutível a importância das árvores no espaço urbano e, do ponto de vista ornamental, elas podem ser elementos riquíssimos na composição de parques, praças e arborização de ruas. Partindo deste raciocínio o projeto paisagístico do loteamento Gaia levou em consideração, desde o início, o uso que se pretendia dar aos espaços - se público ou particular - e as atividades que nele queremos exercer e estimular; seja simplesmente passeios em bosques e áreas gramadas, em contato com a natureza; seja a prática de esportes, em contato com o verde, ou ainda a combinação de ambos. Também são propostas áreas de lazer e convívio, como playground e quiosques com churrasqueiras, bem como espaços com pergolados e bancos dispostos ao longo do Parque da Terra. A partir destes elementos e da dimensão da área a ser projetada, definimos os diferentes espaços, como: bosques, áreas livres, áreas gramadas, a pleno sol e a situação intermediária a meia sombra, onde as árvores estão isoladas, esparsas e podem ser apreciadas em sua conformação natural. Nos bosques as árvores foram plantadas mais próximas, no intuito do crescimento das mesmas irem se sobrepondo. Quanto à seleção das espécies vegetais, foi adotado o princípio ecológico da "diversidade biológica", ou seja, selecionar o maior número possível de espécies vegetais diferentes, de preferência nativas, que satisfizessem aos objetivos desejados. Como critérios para a disposição das espécies ao longo do loteamento foi adotado o princípio de hierarquização utilizando as árvores como elemento estruturador e hierarquizador de espaços, responsável por qualidades estéticovisuais e de bem estar. Assim, foram implantadas espécies de portes e características diferentes marcando os espaços. De modo geral, para criar o ambiente desejado, com um paisagismo bastante informal, foram selecionadas espécies que sejam pioneiras, secundárias e clímax; tal como ocorre na natureza; ou seja, pioneiras por serem mais agressivas e de rápido crescimento inicial, que darão abrigo às secundárias e clímax, mais exigentes em condições naturais. Para tratar as margens do curso d'água foram selecionadas espécies adequadas para a recomposição de áreas degradadas, bem como a utilização de maciços com espécies aquáticas ou simplesmente apreciadoras de solos úmidos. Para melhor caracterizar os espaços o Parque da Terra foi dividido em três setores com características e proposta diferentes. O setor 1 representa o recanto das águas, o setor 2 mostra a praça do trabalhador onde encontramos o recanto dos artesãos e, por fim, o setor 3 mostra a praça da família, configurando assim ambientes com forte identidade e intensa ocupação pela comunidade.

Setor 1

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação

Prof. Orientador: Dr. Arq. Caryl Eduardo Jovanovich Lopes

Introdução O Centro de Convívio Integrado para Terceira Idades, tema escolhido, vem ao encontro das necessidades da realidade brasileira: o constante aumento da população idosa. Esta, por sua vez, exige da sociedade um novo posicionamento quanto aos cuidados que se deve ter com a pessoa e também com o atendimento às necessidades dos idosos. O Centro busca, através de um extenso programa, a participação dessa população idosa, no desenvolvimento de práticas de lazer, participação comunitária, além de conviver e colaborar com outros idosos, ensinando e aprendendo com os demais participantes. Além disso, garante a estes adultos maiores assistência médica, odontológica, psicológica e outros.

Justificativa A opção por desenvolver um centro para idosos, justifica-se por entender que somente a implantação de um espaço diferenciado dos já existentes no município de Santa Maria, que assegure aos idosos uma opção diferenciada de “institucionalização” pode criar um novo conceito sobre “asilos”, baseado na independência, dignidade, convivência e interação com a sociedade. Além do que, estes espaços devem que ser qualificados e adaptados ergonomicamente para atender ao público específico. Como espaço, a qualidade está diretamente relacionada à compreensão das necessidades programáticas, características dos usuários. Deste modo, mais que uma edificação, o projeto a ser proposto trará contribuições sociais no momento em que chama atenção para a questão da velhice no sentido de quebrar preconceitos, criando uma nova visão para as casas de repouso para a terceira idade. Uma idade delicada sim, porém produtiva. Outra justificativa refere-se ao sítio escolhido. A cidade de Santa Maria tem uma posição estratégica, pois é o centro de diversas cidades satélites e pólo regional de atração. Atrai população no âmbito cultural, de prestação de serviços e de ensino. A cidade de Santa Maria possui diversos grupos de terceira idade, mas não possui um centro integrado para estas pessoas, onde possam realizar várias atividades diferentes. O lugar escolhido se encontra numa área próxima ao centro com fácil acesso ao Hospital das Clínicas, ao Hospital de Caridade, à Rodoviária e à Universidade.

Objetivo O objetivo principal deste trabalho é desenvolver um projeto de arquitetura que valorize e destaque a importância da

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necessidade de qualificar a inserção do idoso no conjunto da sociedade, de modo a trazer a público um modo de viver livre de preconceitos e mitificações. Para tanto, propõe-se uma edificação específica e adequada para os idosos. Um espaço que propicie qualidade de vida, convivência, dignidade e conforto para seus usuários. A proposição de projetos específicos pode contribuir no combate aos preconceitos e redefinir os valores dos idosos considerados inválidos e excluídos do processo social.

Público Alvo O Centro de Convívio Integrado é voltado para o público das classes média e alta de Santa Maria e região. No objetivo de prestar atendimento de saúde de caráter principalmente preventivo à população da terceira idade, o Centro atenderá seus membros associados e seus clientes ocasionais. O centro será direcionado para pessoas com mais de 70 anos, tanto do sexo masculino quanto do feminino, classificadas como independentes ou parcialmente dependendes. O centro atenderá pessoas que necessitem de algum tipo de assistência, seja de moradia, seja de ajuda especializada na área de saúde como geriatras, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, ou mesmo pessoas que passem o dia sozinhas pois as famílias trabalham o dia todo e não tem como dar a devida atenção. É importante salientar que não se destinará a pessoas que estejam com doenças em fase terminal ou portadores de doenças mentais. Os clientes do Centro poderão optar entre vários planos de ingresso: individual, familiar ou ainda empresarial. Serão oferecidos programas diferenciados para preveção à saude, terapias ocupacionais, entre outros eventos de lazer. Pretende-se atingir os usuárias ocasionais no programa de day-spa.

A Proposta A proposta formal desta edificação foi definida a partir de três eixos estabelecidos conforme as características do terreno. Assim tem-se um eixo principal que divide o terreno no sentido norte/ sul, um segundo eixo paralelo a via de acesso e, ainda, um terceiro eixo que marca o acesso a edificação. Procurou-se estabelecer funções diferenciadas aos dois eixos principais, o primeiro eixo caracteriza-se por uma função mais privativa, pois se trata do eixo onde se localizam os dormitórios e o setor assistencial, que mesmo atendendo o público externo, por questões funcionais é conveniente que se localize o mais perto possível do setor residencial. O segundo eixo abriga o setor esportivo, estético e cultural, todos estes abertos ao público externo também. O terceiro eixo dá acesso ao átrio da edificação que é o espaço onde convergem as pessoas dos demais setores.

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A proposta para o Projeto Final de Graduação consiste em um espaço privado destinado aos idosos. Esse espaço, além da função internação temporária, diária ou permanente, contemplará atividades de recreação, atividades físicas, atividades culturais e de aprendizagem, atividades de apoio à prevenção, manutenção e recuperação da saúde, que também serão abertos à comunidade, integrado-a ao centro. Haverá uma população residente, que pode variar entre 40 a 80 idosos, pois os quartos podem conter camas de casais e/ou duas camas de solteiro no caso de dois irmãos que queiram morar juntos, estes dormitórios são independentes, 8 apartamentos são destinados a internação temporaria, ou seja, para pessoas que desejam passar um fim de semana, 15 dias, ou até 2 mesmes, no caso da família precisar viajar e no caso de um pós operatório. Os idosos permanentes terão obrigações dentro do centro como organização de eventos ou espaços, responsabilidades pela realização de atividades sejam de grupos ou individuais, entre outras. O centro também atenderá a populaçãoem geral, que poderá usar o centro diariamente ou periodicamente, podendo passar o dia e realizar diversos tipos de atividades. Este programa permite ao idoso uma estruturação de seu tempo ocioso, durante a manhã e à tarde, retornando ao convívio familiar à noite. Haverá transporte tercerizado encarregado de buscar e levar o idoso ao seu domicílio, caso haja necessidade. Serão proporcionados os desenvolvimentos de atividades sociais, culturais, artesanais, espirituais, musicais, atividades de jardinagem, atividades de Vida Prática, exercícios físicos, as s i m co m o, as s i s t ê n c i a m édi c a, odontológica, psicológica, terapêutica, fisioterapêutica, acompanhamento de nutricionistas e tratamento de beleza.

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação

Projetos Acadêmicos

Zoneamento B Para determinar e organizar melhor as atividades propostas para o centro de Convívio Integrado para Terceira Idade, optou-se por dividir o programa de necessidades em 10 setores, quais sejam: B Núcleo de Convivência: é o espaço de convergência do público, onde se tem acesso aos demais setores. Compreende a recepção, área de covivência, restaurante, salão de festas, circulações verticais, setor comercial e demais elmentos de infra estrutura como telefones públicos, caixas 24 horas, caixa de correios. B Setor Residencial: trata-se de um espaço mais privativo, sendo que no primeiro pavimento os dormitórios são destinados à internação temporária, ou seja, àquelas pessoas que desejam passar pouco tempo, por motivos de viagem da família ou mesmo um pós-operatório, e os demais pavimentos são destinados à internação fixa, ou seja para os moradores do local. Compreende dormitórios, espaços para jogos, sala para televisão, espaços de estar, copas coletivas, cyber, depósitos para lixo, rouparias e posto assistencial. B Setor Esportivo: é o setor para prática de atividades esportivas, aconselhável para manter a qualidade de vida entre as pessoas idosas. Compreende, sala de ginástica, sala de dança de salão, musculação, sauna, piscina térmica, área para instrutores, avaliação física, ainda conta-se com espaço externos para caminhadas, e o pátio de sol, onde pode ser feito tai chi chuan e alongamentos ao ar livre. Este setor é aberto ao público da comunidade local e regional. B Setor Assistencial: trata-se do setor destinado ao cuidados médicos, compreendendo consultório médico, nutiricionista, psicólogo, gabinete odontológico, fisioterapia, estar para funcionários, sala de procedimentos para realizar curativos, sala de triagem para avaliação dos pacientes. Este setor é aberto ao público da comunidade local e regional.Setor de Serviços: compreende espaços importantes à realização das atividades dos demais setores da edificação, como cozinha industrial, despensas, depósito de lixo, lavanderia coletiva, estar de funcionários, sanitários e vestiários para funcionários, zeladoria e sala para vigilântes. B Setor Estético: compreende salão de beleza, Box de depilação e Box de hidromassagem, é o espaço destinado aos cuidados estéticos. Este setor é aberto ao público da comunidade local e regional.

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Procurou-se, também, diferenciar estes eixos pela utilização de materiais diferentes, caracterizando-os, portanto ao eixo privativo recebeu revestimento externo em tijolo a vista, o segundo eixo é branco para neutralizar o primeiro eixo e os elementos circulares que compõem a forma final e unem os eixos são na cor verde. A escolha destas cores foi feita através de uma análise da influência psicodinâmica das cores no cotidiano das pessoas, e assim, conclui-se que a cor verde é a única cor que não possui nenhuma característica negativa ao convívio das pessoas. Como o verde é uma cor fria, foi escolhido então cores quentes para compor os ambientes externos, ou seja, ao se propor o paisagismo teve-se o cuidado de estabelecer plantas com floração de tons amarelada, alaranjada, vermelha e branca. Ainda sobre as cores, é importante citar a importância da utilização de cores vivas e principalmente as cores primárias, pois muitos dos idosos têm problemas de visão e as cores fortes ajudam na distinção dos objetos e dos espaços. Esta edificação procura atender preferencialmente ao público interno, mas beneficia também um público provindo da cidade como forma de aproveitar melhor sua infraestrutura, de diferenciar este projeto dos demais estabelecimentos asilares da cidade de Santa Maria, pois a idéia é que trazendo pessoas diferentes todos os dias para o interior da edificação, os moradores não se sentirão isolados do mundo ou mesmo abandonados, como acontece na maioria das instituições asilares. Incentiva-se ainda que os moradores tomem partido na organização das atividades, para que eles tenham uma função, mesmo que pequena neste Centro destinado a eles. Assim este Centro procura atender a população idosa de Santa Maria e inclusive da região, promovendo encontros, palestras, festas entre outros, além de contar com profissionais especializado em atender o público geriátrico, no setor cultural, que conta com ateliês de trabalho, no setor esportivo, com academia completa, e no setor assistencial, com consultórios e fisioterapia direcionados para este público.

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação Segundo Pavimento

Primeiro Pavimento

Terceiro Pavimento

Setor Esportivo Setor Cultural Setor Residencial Setor de Serviços Infra estrutura Núcleo de Convivência Setor Comercial Setor Administrativo Setor Assistencial

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B Setor Comercial: é o espaço destinado para pequenas compras que por ventura os idosos precisem de forma mais imediata, este setor compreende, farmácia, loja de cosméticos, loja de produtos dietéticos, estas próximas ao setor esportivo, loja de vestuário, ortopedia, revistaria, agência de turismo para organizar viagens entre grupos de terceira idade, e loja para produtos artesanais produzidos pelos idosos no centro. B Setor Cultural: Compreende ateliês de trabalho onde os adultos maiores possam realizar atividades de terapia ocupacional, como pintura, cerâmica, costura, também possui salas de aula, para aprendizado de línguas e outras, sala de informática e área de exposição para os trabalhos produzidos no mesmo. Ainda compreende biblioteca com espaços de leituras e auditório onde podem ser realizadas palestras, teatros, aulas de música e ainda funciona como um pequeno cinema. Este setor é aberto ao público da comunidade local e regional.Setor Administrativo: este setor é responsável pelo bom funcionamento dos demais setores, e compreende secretaria, tesouraria, relações públicas, direção, coordenação, copa, e sala de reuniões.Setor de Infra Estrutura: compreende os equipamentos necessários para o Centro, côo reservatórios, depósito de jardinagem, central de gás, caldeira, ar condicionado, etc.

Setor Estético

Projetos Acadêmicos

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação Perspectivas Gerais Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Maquete Volumétrica

Projetos Acadêmicos

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação Estudos Ergonômicos

Restaurante

Rampa

Restaurante

Sala de Televisão

Dormitório

Área Comercial

Cyber

Área de Exposição

Posto Assistencial

Terraço

Área de Convivência

Corredor - Iluminação no piso para evitar acidentes, diferenciando parede de pisos.

Passarela

Projetos Acadêmicos

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Recepção

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CENTRO DE CONVÍVIO INTEGRADO PARA TERCEIRA IDADE Trabalho Final de Graduação Áreas Externas - Paisagismo Recreacional

Praça das P almeiras

Rua Célio Schirmer

Praça das P almeiras

Play Ground

Quadra P oliesportiva

Destinado às crianças que muitas vezes têm que acompanhar os pais às visitas a seus avós, e às crianças da vizinhança.

Foi implantada em um espaço atualmente utilizada pelos moradores das redondezas, e portanto aber ta ao público.

Horta

Praça de Jogos

Espaço de descanço e contemplação.

Área de Alongamento

Lago

A horta deve ser elevada para melhor acessiblidade dos idosos e portadores de necessidades especiais.

Espaço para jogos ao ar livre, como carteado, e jogos de tabuleiro.

Projetos Acadêmicos

Situada próxima ao setor esportivo no intuito de realizar exercícios ao ar livre.

Este lago possui peixes, como carpa , para que os idosos possam se divertir .

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Acesso P rincipal

Inicio da P ista de Caminhada

Pista de Caminhada

Ponte no L ago

Espaço de Contemplação

Foyer do Auditório

Recanto das Chur rasqueiras

Espaço criado para as famílias se reunirem aos fins de semana com os idosos.

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Levantamento da Olaria de Val de Buia Introdução Em um dos núcleos de imigrantes italianos da região da Quarta Colônia, num pequeno vale entre algumas coxilhas tem-se a presença de uma construção linear, ampla e aberta. Caracterizada pelas grandes dimensões de coberturas com telhas de barro, sustentada por espessos pilares de alvenaria de tijolo maciço e estabelecida em diferentes níveis que fazem a divisão interna dos ambientes com piso de “chão batido” está consolidada a antiga Olaria da família de Vincenzo Guerra, que como outros imigrantes que vieram para a região era nascido em Buia de Fríulli na Itália. Oleiro de profissão e devoto de Nossa Senhora de Pompéia já havia trabalhado com outros friulanos na Áustria e Alemanha, além de sua terra natal. Logo após ter adquirido seu lote construiu sua primeira casa, ainda existente, com material fabricado ao ar livre, logo em seguida edificou a Olaria na qual seriam realizados trabalhos duros e ininterruptos para atender a demanda de toda a região da Quarta Colônia na construção de casas, colégios e Igrejas com a produção de telhas e tijolos em larga escala. Decidiu a partir daí construir também um novo sobrado para a família que é hoje residência dos irmãos guerra.

Histórico Tem-se a informação que o início da fabricação de tijolos e telhas data por volta do ano de 1885, isto determina que, de acordo com a interrupção da mesma, o tempo de vida produtiva útil da fábrica gira em torno de noventa anos contínuos. Estima-se que a quantidade da produção, de acordo com os recursos tecnológicos disponíveis, tenha sido bastante grande devido à extensa área de demanda comercial coberta pela fábrica e às inúmeras construções efetivadas em uma época de estabelecimento territorial dos imigrantes italianos na região. A fabrica podia produzir uma média de vinte e dois a vinte e quatro mil tijolos maciços somados com oito a dez mil telhas de barro, no período de um mês. Os registros do volume produtivo da Olaria formam uma atração à parte; foram especialmente confeccionados pelos trabalhadores da fábrica que, ao conseguirem um número expressivo de exemplares produzidos em um ú nico dia, fabricavam uma unidade de telha especial, diferente das demais, beneficiada com adornos decorativos quase sempre contendo uma mensagem escrita com data e número atingido de exemplares produzidos.

Projetos de Pesquisa

Alguns aspectos devem ser mencionados para que a valorização e conservação deste bem sejam um ato tão cuidadoso e responsável quanto à construção da própria edificação, é apropriado então fazer uma análise dos bons procedimentos utilizados na adequação do ambiente construído ao meio em que se insere e às funções a serem nele realizadas. Podem então ser citados alguns apontamentos. O eficiente condicionamento climático que parte da boa escolha do terreno para instalação da edificação, perto de reserva de argila para o feitio do barro, de água potável para o abastecimento interno e da madeira abundante a ser queimada nos fornos. O aproveitamento de recursos naturais acontece ainda na coleta de água da chuva para umedecer o barro e esfriar o vapor do alambique e na canalização de um córrego e conformação de um pequeno lago. Fazem-se também presentes as preocupações relativas ao conforto ambiental que podem ser constatadas no uso da telha de barro, na efetivação da ventilação cruzada, na abetura das visuais internas, na saída do ar quente pelos desencontros entre os planos da cobertura e no isolamento do calor dos fornos pelo uso de paredes bastante espessas. Tem-se ainda: a espessura considerável dos pilares e o uso do tijolo maciço em que a sobreposição quase não utiliza argamassa e a sustentação do carregamento é conferida somente pela resistência das peças de barro. A ausência de paredes que possibilita uma livre e eficiente circulação do ar. A relação entre o formato em planta e a estrutura de madeira do telhado. A diferença de níveis do piso que distingue os ambientes em relação a cada uma das etapas da linha de produção. As variações de altura das cumeeiras. A conformação de retângulos em planta baixa que garantem a percepção externa das diferenças de volume entre os diferentes compartimentos.

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O trabalho elaborado pelo grupo de alunos trata de um levantamento físico, histórico e fotográfico de um complexo construtivo formado pela Olaria da família Guerra na Quarta Colônia de imigração italiana. Faz-se, a partir dos dados recolhidos, uma análise crítica da conformação da edificação de acordo com a seqüência das etapas do processo produtivo e à relação dos compartimentos internos com cada uma delas. Fator que determina a caracterização direta e a disposição e relação interna entre os ambientes. Descreve-se: “Em um dos núcleos de imigrantes italianos da região da Quarta Colônia, num pequeno vale entre algumas coxilhas tem-se a presença de uma c o n s t r u ç ã o l i n e a r, a m p l a e a b e r t a. Caracterizada pelas grandes dimensões de coberturas com telhas de barro, sustentada por espessos pilares de alvenaria de tijolo maciço e estabelecida em diferentes níveis que fazem a divisão interna dos ambientes”. O piso de “chão batido” caracteriza a antiga Olaria fundada por Vincenzo Guerra, imigrante nascido na Itália, oleiro de profissão e devoto de Nossa Senhora de Pompéia. Adquiriu seu lote na Quarta Colônia e construiu sua primeira casa, ainda existente, com material fabricado ao ar livre, em seguida edificou a Olaria na qual seriam realizados trabalhos duros e ininterruptos para atender demanda de toda a região. Decidiu a partir daí edificar a Igreja em homenagem a Santa de devoção e também um novo sobrado para a família que é hoje residência dos irmãos guerra.

Valorização da Obra

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Levantamento da Olaria de Val de Buia Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

O conhecimento dos apontamentos do trabalho, tem-se presente a urgência na necessidade da adoção de medidas preventivas e de tratamento que permitam a consolidação e readequação física do patrimônio construtivo em questão visando preservar o valor arquitetônico do bem; percebido nas suas características formais, no seu aspecto compositivo, na conexão com a história, no engajamento comunitário e na referência a identidade de uma cultura local. Professores Participantes: Adriano da Silva Falcão, Andrey Rosenthal Schlee, Caryl Eduardo Jovanovich Lopes. Acadêmicos Participantes: Bianca de Cássia Munaretto, Daniela Desconzi, Fábio Lúcio Lopes Zampieri, Felippe Unfer de Freitas, Flávia Siqueira Fiorin, Luciana Locatelli, Vanessa Goulart Dorneles.

Projetos de Pesquisa

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Processo Produtivo Módulo de Produção

Projetos de Pesquisa

Secagem

Cancha de Bocha Amassador Modelagem

Cozimento

Depósito de Lenha Alambique

Planta Baixa

Espelho D'água

Escala 1/250 0 1 2

3 4

5

10

Amassador

Escala 1/500 0 1 2

3 4

5

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Modelagem

Escala 1/500 0 1 2

3 4

5

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Cozimento

Escala 1/500 0 1 2

3 4

5

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Secagem

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No que diz respeito à confecção das peças de barro, tijolos e telhas, cabe salientar que diversos princípios foram observados, dentre eles: um constante estudo de uma modulação para o elemento fabricado e de possíveis alterações na criação de sub módulos e variações modulares, a constituição das peças individuais funcionando como base formadora dos grandes elementos construtivos, o uso de um elemento adornado como marco de quantidade de produção, a telha feita com lâmina de barro moldada em elemento de madeira em forma de cone secionado, os elementos feitos em formatos iguais que ao somarem-se conformam desenhos diferentes como cornijas e grandes pilares curvos, a utilização das formas individuais das peças e o uso associado das mesmas, o perfeito encaixe e homogeneidade entre os elementos já que a argamassa quando utilizada não corrige distorções, e por fim a observação de aspectos como seqüência, ritmo, transpasse e alternância para dar sustentação às peças. A criação do módulo unitário visando a formação do objeto como um todo constitui um cuidadoso ato de análise morfológica e experimentação prática visto que deve ser levada em consideração a confecção das fôrmas, a associação perfeita dos módulos, os encaixes e transposições, a uniformidade das peças, a garantia de sustentação estrutural e o não comprometimento do volume final como um todo.

A seqüência das etapas do processo produtivo determina, molda e caracteriza diretamente a disposição e relação interna entre os ambientes, sendo assim será feita uma referência contínua ás diversas fases da produção e à relação dos compartimentos internos com cada uma delas. Amassador Em uma das extremidades do encadeamento linear de volumes construtivos encontra-se um espaço denominado “amassador” no qual o barro era socado por uma espécie de máquina com rodas de madeira maciça tracionada por animais que a conduziam em círculo desenhando uma espiral de fora para dentro e depois de dentro para fora alternando o sentido da rotação e alcançando a superfície total da zona trabalhada. O espaço foi executado em formato de planta octogonal, desprovido de paredes, com oito espessos pilares de tijolos maciços marcando os vértices da construção e dois quadrados de treliças de madeira interseccionados, sobrepostos e rotacionados um sobre o outro com um ponto em comum (o cruzamento das diagonais) dando sustentação à cobertura de oito águas de telhas de barro. Modelagem Na continuação percebe-se um grande espaço destinado à modelação dos elementos fabricados, é nele que telhas e tijolos ganham forma e volume. O barro amassado é disposto sobre as fôrmas de madeira tomando suas proporções no caso do tijolo ou então uma lâmina de barro é moldada sobre um elemento de madeira para adquirir as dimensões que são características no caso da telha, neste último a habilidade do trabalhador é que garante a homogeneidade entre os exemplares. Cozimento Mais ao centro encontram-se os fornos para o cozimento das peças. Seis pilares marcam o contorno do espaço interno, retangular, que é um dos únicos delimitado por paredes, as quais são por sua vez bastante grossas e estáveis. O telhado tem dois sentidos de caimento de água dispostos na mesma direção dos logo a ele adjacentes com o diferencial de possuir uma altura maior configurando uma espécie de lanternim responsável pela saída de fumaça decorrente da queima e do ar aquecido proveniente da elevação da temperatura. Secagem A adjacência dos ambientes segue o encadeamento do fluxo da produção, sendo assim se tem a seguir, lateralmente, a presença de um volume de proporções diferentes do anterior, mas também, como o maior, caracterizado pelo telhado com duas águas e palas linhas retas de disposição dos pilares, três neste caso. Este volume é estendido ao longo do eixo longitudinal ocupando perimetralmente quase toda a lateral da Olaria.

Escala 1/500 0 1 2

3 4

5

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Levantamento Físico da Estação Férrea de Santa Maria

daqueles que a realizaram, propor utilidades para a mesma, são atividades constituintes de um trabalho que exige não só conhecimento técnico, mas também uma preocupação com o resgate da cultura de um povo, bem como preservação da sua memória. O levantamento físicoarquitetônico do complexo ferroviário da Estação Férrea de Santa Maria é um trabalho que, nascido a partir dos estudos realizados na disciplina de Projeto Arquitetônico VI do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM, revela uma atenção com relação à história e à cultura regional. A trajetória do Município de Santa Maria, principalmente durante a primeira metade do século passado, foi marcada pelo coopertivismo dos trabalhadores ferroviários e desenvolvimento urbano, ambos intrinsiacmente relacionados, sendo a Estação Férrea parte essencial nesse processo de desenvolvimento. A fim de realizar esse resgate histórico agregado ao aprendizado da técnica da construção arquitetônica, foi de fundamental importância o levantamento planialtimétrico in loco com o posterior desenho das plantas baixas, corte, vistas e fachadas. A consecução dessa meta foi possível graças à utilização de métodos fotográficos (digitaise impressos), desenho de observação, relatório de patologias e, ainda, métodos gráficos em linguagem vetorial CAD. A elaboração desse trabalho resultou numa gama de documentos gráficos, escritos e arquitetônicos completos e atuais, os quais denunciam os frágeis cuidados dispensados a essa preciosa fonte histórica que é arquitetura da Estação Férrea. Um trabalho dessa categoria, além d oportunizar o crescimento e aperfeiçoamento técnico dos acadÊmicos autores, torna-se um referencial para a possível atribuição de um novo uso a esse espaço urbano, ao msemo tempo que demonstra consciência histórica e respeito com a arte e cultura do século passado.

Analisar uma construção arquitetônica que marcou um período histórico, repassar o caminho daqueles que a realizaram, propor utilidades para a mesma, são atividades constituintes de um trabalho que exige não só conhecimento técnico, mas também uma preocupação com o resgate da cultura de um povo, bem como preservação da sua memória. O levantamento físico-arquitetônico do complexo ferroviário da Estação Férrea de Santa Maria é um trabalho que revela uma atenção com relação à história e à cultural regional. A trajetória do Município de Santa Maria, principalmente durante a primeira metade do século passado, foi marcada pelo cooperativismo dos trabalhadores ferroviários e desenvolvimento urbano, ambos intrinsecamente relacionados, sendo a Estação Férrea parte essencial nesse processo de desenvolvimento. A fim de realizar esse resgate histórico agregado ao aprendizado da técnica da construção arquitetônica, foi de fundamental importância o levantamento planialtimétrtico in loco com o posterior desenho das plantas baixas, corte, vistas e fachadas. O complexo ferroviário está localizado ao final da Avenida Rio Branco, na cidade de Santa Maria. Este Complexo é composto pela edificação da Estação Ferroviária Santa Maria, a “Gare”, pelas Plataformas de embarque e desembarque, pelo “Largo da Estação” e ainda pelo “Muro de Arrimo” localizado junto ao largo. Foi realizado pelos autores do projeto, acadêmicos do 6º Semestre de 2001 do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria, levantamento “in loco” e elaboração de documentos gráficos e de redação, sob a orientação da Professora Siomara Muller e Professor do Caryl Lopes. As atividades tiveram início no mês de agosto de 2001 e foram concluídas ao final do mês de fevereiro de 2002. As duas etapas de trabalho ocorreram simultaneamente, já que estas são atividades interdependentes, tendo como locais de trabalho o Complexo da Estação Férrea de Santa Maria e o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria. Para o efetivo desenvolvimento das tarefas os acadêmicos se dividiram em equipes de trabalho segundo as etapas a serem realizadas:

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Analisar uma construção arquitetônica que marcou um período histórico, repassar o caminho

Prof. Orientador: Caryl Lopes e Siomara Muller Acadêmicos: Alexsandra Dotto - Bianca Munaretto - Daniela Desconzi - Fábio Zampiere - Felippe Unfe - Flavia Fiorin - Janaína Fernandes - Letícia Souza - Luiz Eduardo Stein- Luciana Locatelli - Luciane Andres - Mara Bassi - Maria Aline- Maristela Guareschi - Marta Perini Vanessa Dorneles

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Trabalho da Disciplina de Paisagismo II

Fachada voltada para o “Largo da Estação”

Planta Baixa da Estação Férrea

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· Levantamento in loco, compreendido pelo Levantamento fotográfico, Levantamento planialtimétrico, Levantamento gráfico, Levantamento e registro das patologias e Levantamento elementos arquitetônico (esquadrias), · Representação Gráfica, o qual utilizando-se do método gráfico desenho em CAD, desenvolveu, a partir de dados registrados no Levantamento In loco, as plantas baixas, corte, fachadas e vistas do Complexo Ferroviário Santa Maria compreendido pelo prédio da Estação Férrea de Santa Maria, Plataformas, “Largo da Estação” e “Muro de Arrimo”. · Redação, fase em que foram elaborados Memoriais Justificativo, Descritivo e Detalhamento de Esquadrias. Com a conclusão dos levantamentos e demais etapas de graficação e redação, reunimos documento que registra em sua totalidade a situação física do Complexo Ferroviário Santa Maria compreendido pelo prédio da Estação Férrea de Santa Maria, Plataformas, “Largo da Estação” e “Muro de Arrimo”. Registramos então nossa contribuição nesse trabalho com a finalidade de recuperar a imagem deste importante referencial para a cidade de Santa Maria. Um trabalho dessa categoria, além de oportunizar o crescimento e aperfeiçoamento técnico dos acadêmicos autores, torna-se um referencial para a possível atribuição de um novo uso a esse espaço urbano, ao mesmo tempo que demonstra consciência histórica e respeito com a arte e cultura do século passado.

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Evolução Urbana de Santa Maria - RS

Professor Orientador: Luiz Fernando da Silva Mello Acadêmicos: Alberto Brilhante, Cibele Sangoi, Felippe Freitas, João Paulo Shwerz, Vanessa Goulart Dorneles.

Justificativa Conhecer o processo de evolução urbana é um dos aspectos fundamentais, não só para o planejamento urbano por identificar variáveis e tendências de uso e ocupação do solo, como também, para o auto-conhecimento da sociedade que naquele espaço se desenvolve. A urbanização de Santa Maria mereceu estudos qualificados como os de Romeu Beltrão - Cronologia Histórica de Santa Maria. e do Extinto Município de São Martinho, e de João Belém - História do município de Santa Maria, além de outras publicações esparsas sobre história, economia e geografia. Porém, o que se constata é a falta de atualização e sistematização das informações além de análises correlacionais entre espaço, tempo e sociedade. Diante desta carência, este projeto justifica-se por buscar organizar, atualizar e correlacionar as informações referentes a evolução urbana da cidade de Santa Maria. Objetivos Este trabalho propõe traçar um paralelo entre o fato histórico e a influência desde no processo de evolução urbana na cidade de Santa Maria-Rs, Brasil, desde o primeiro processo de ocupação territorial definido como sendo o acampamento militar, passando pelo impulso da ferrovia, até os dias de hoje. Como proposta metodológica estabeleceram-se períodos de análises a partir de dados cartográficos e representações gráficas urbanas disponíveis junto a Universidade, prefeitura, bibliotecas, entre outros. Fez-se, também, uma atualização cadastral do último período, anexando as vias dos loteamentos irregulares, para que não houvesse distorções na interpretação. Realizou-se levantamentos histórico, iconográfico e cartográfico referentes aos períodos, que relacionados entre si vêm originar a conformação urbana associada as características topográficas.Os resultados obtidos dão subsidio a que possa entender a interferência do fato histórico na conformação do espaço público, uma vez que entende-se que são elementos dissociáveis, a exemplo disso cita-se a questão ferroviária, militar e educacional que estimularam o desenvolvimento do setor terciário na cidade. Métodos Fez-se um levantamento cartográfico da Cidade de Santa Maria e de sua evolução, junto à Prefeitura Municipal de Santa Maria; fez-se uma atualização do mapa atual com a inclusão das ruas dos loteamentos irregulares; uma separação dos períodos de estudo de acordo com a disponibilidade das representações gráficas e cartográficas adquiridas; fez-se um levantamento histórico da Cidade de Santa Maria em cada intervalo de tempo determinado, nas bibliotecas da cidade; fez-se um levantamento iconográfico, com a recuperação de

Projetos de Pesquisa

fotos antigas da cidade, assim como revelação de novas fotos do estado atual; identificou-se as correlações entre as informações de espaço, contexto e imagens; foi elaborado um relatório intermediário com os dados fundamentais; houve, então, uma complementação da pesquisa, a correção ortográfica e; finalmente, elaborou-se um relatório final os dados estão correlacionados de acordo com o período. Resultados Os resultados obtidos dão subsidio a que possa entender a interferência do fato histórico na conformação do espaço público, uma vez que entende-se que são elementos dissociáveis, a exemplo disso cita-se a questão ferroviária, militar e educacional que estimularam o desenvolvimento do setor terciário na cidade. Conclusões Este trabalho concluiu a existência forte da correlação entre os fatos históricos mais significativos com a conformação do espaço urbano, exemplificando isso cita-se a questão ferroviária, militar e educacional que estimularam o desenvolvimento do setor terciário na cidade como atividade predominante e com todas as repercussões espaciais que demandaram essas atividades econômicas.

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Este trabalho propõe traçar um paralelo entre o fato histórico e a influência desde no processo de evolução urbana na cidade de Santa Maria-Rs, Brasil, desde o primeiro processo de ocupação territorial definido como sendo o acampamento militar, passando pelo impulso da ferrovia, até os dias de hoje. Como proposta metodológica estabeleceram-se períodos de análises a partir de dados cartográficos e representações gráficas urbanas disponíveis junto a Universidade, prefeitura, bibliotecas, entre outros. Fez-se, também, uma atualização cadastral do último período, anexando as vias dos loteamentos irregulares, para que não houvesse distorções na interpretação. Re a l i z o u - s e l e v a n t a m e n t o s h i s t ó r i c o, iconográfico e cartográfico referentes aos períodos, que relacionados entre si vêm originar a conformação urbana associada as características topográficas.Os resultados obtidos dão subsidio a que possa entender a interferência do fato histórico na conformação do espaço público, uma vez que entende-se que são elementos dissociáveis, a exemplo disso cita-se a questão ferroviária, militar e educacional que estimularam o desenvolvimento do setor terciário na cidade.

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Desenho Universal aplicado ao Paisagismo

Professora Orientadora: Vera Helena Moro Bins Ely. Coorientadoras: Juliana Castro e Vanessa Dorneles Acadêmicos envolvidos: Mirelle Papaleo Koelzer e Osnildo Adão Wan-dall Junior.

O espaço público livre possui grande importância no contexto das cidades. Sua função, além de proporcionar lazer e prestar serviços, é garantir a plena inclusão de todos os tipos de usuários e sua socialização. A existência de barreiras físicas, informativas e atitudinais, muitas vezes restringe o uso desses espaços, ocasionando situações de constrangimento às pessoas com restrições e dificultando ou até mesmo impedindo a participação das mesmas em diversas atividades. Conseqüentemente, tem-se a perda do conceito de integração e convívio entre as pessoas. Ao arquiteto cabe a elaboração de espaços acessíveis a todos, independente do tipo físico, idade ou restrições do usuário. Esses espaços devem seguir o conceito de Desenho Universal, definido como uma filosofia de projeto que considera a diversidade humana na criação dos mais variados ambientes e objetos. Em um espaço público livre, o Paisagismo pode ser utilizado como ferramenta projetual, trabalhando com formas, cores, texturas, sons e odores, proporcionando assim uma relação espaço/usuário muito mais profícua. CONCEITOS IMPORTANTES: “O Desenho Universal é um modo de concepção de ambientes, espaços e produtos visando sua utilização pelo mais amplo espectro de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiências temporárias ou permanentes.” (Bins Ely, Dischinger, 2001) O Paisagismo visa compor a paisagem, edificada ou não, cujo projeto como intervenção paisagística tem como objetivo principal atender às necessidades do homem, incluindo seus interesses, características culturais e perceptivas, e sua relação com a sociedade humana.

T a b e l a s

d o

U s u á r i o

Para melhor compreender as limitações e restrições do usuário, essas foram sistematizadas em forma de tabelas, classificadas conforme os componentes de acessibilidade (informação/orientação, deslocamento, uso e comunicação), definidos por BINS ELY e DISCHINGER (2004). Foram elaboradas dezesseis tabelas, classificadas conforme os tipos de restrição (físico-motora, sensorial e psico-cognitiva). A criação dessas tabelas permitem a compreensão das restrições e limitações apresentadas por diferentes usuários e a busca por respectivas soluções projetuais a partir de itens como Informação e Orientação, Identificação da restrição e das atividades, Identificação das Necessidades especiais dos diversos usuários, coleta das normas na NBR9050, e Sugestões de projeto. O cabeçalho de cada tabela indica o tipo de restrição abordada. A primeira coluna contém as limitações conforme os quatro componentes de acessibilidade já descritos (informação/orientação, deslocamento, uso e comunicação). Na segunda coluna (restrição/atividade) são descritas atividades em que se apresentam dificuldades ou impedimentos. Na terceira coluna, descrevem-se as necessidades em termos espaciais para adequação do ambiente, seguida das exigências da ABNT NBR 9050/2004. Finalmente, na última coluna, são dadas sugestões de projeto que visam a total integração do usuário e a universalização do ambiente.

As limitações do usuário devem ser levadas em consideração na elaboração de um espaço. Para tanto, é preciso identificá-las e buscar soluções projetuais que as amenizem ( ver tabela do usuário). Os materiais devem ser escolhidos de forma a ressaltar as informações do ambiente, facilitando seu acesso, e possibilitando a compreensão do espaço por parte do usuário. Pode se explorar o uso dos materiais através da diferenciação de cores, formas e texturas (tabela de materiais). A escolha da vegetação é outro fator muito importante por possibilitar uma maior integração entre ambiente e usuário. O uso de vegetação que apresente diferentes formas, texturas, odores e que atraiam o som da fauna explora a utilização dos demais sentidos (tato, olfato, audição) potencializando as capacidades do usuário (tabela de vegetação).

Projetos de Pesquisa

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Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Na presente pesquisa, pretende-se aplicar os conhecimentos de Desenho Universal e do Paisagismo para a elaboração de um espaço público livre e a posterior disponibilização de diretrizes de projeto e metodologias de pesquisa aos estudantes e profissionais interessados na criação de projetos paisagísticos acessíveis. Através do estreitamento dos temas Acessibilidade, Desenho Universal e Paisagismo foram criadas e ilustradas tabelas que classificam as limitações dos diferentes usuários, suas necessidades em termos espaciais e as respectivas soluções projetuais. Em seguida, foi realizado um reconhecimento expedito das espécies vegetais mais cultivadas na cidade de Florianópolis, relacionando-as com a percepção dos usuários, bem como um levantamento de materiais construtivos. O objetivo principal da pesquisa é desenvolver um projeto de “jardim universal”, acessível a maior parte possível da população, embasados na pesquisa teórica dos princípios de desenho universal aplicados no paisagismo. Após a escolha do local e a elaboração de um projeto paisagístico, será efetuada uma busca de recursos para a execução da obra. A pesquisa será finalizada com um estudo de avaliação pós-ocupacional do local.

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Desenho Universal aplicado ao Paisagismo

Desnível com possibilidade de acesso por rampa e escada, permitindo opção de escolha do usuário.

Passeio de um parque com utilização de diferentes texturas, cores e desenhos de piso

T a b e l a s

d e

V e g e t a ç ã o

O paisagismo permite explorar o uso dos sentidos, trabalhando com espécies vegetais de diferentes cores, formas, texturas e odores. Pode-se analisar, como exemplo, o caso de um usuário de baixa visão que, devido a sua restrição visual, tem dificuldade de se situar no espaço a partir das informações presentes. A escolha adequada de uma vegetação que se destaque por tamanho, forma, textura e odor pode então facilitar a sua orientação. Para esse estudo foi de grande importância a identificação de espécies vegetais que possuíssem atributos sensoriais. Elaborou-se fichas de levantamento de dados da vegetação, em que as espécies foram divididas em cinco categorias (árvore, arbusto, trepadeira, herbácea e forração), de acordo com sua aplicação arquitetônica. Além das características gerais, foram identificados os atributos formais, que dizem respeito à plasticidade e à composição da planta; os atributos funcionais, que determinam as funções que a planta desempenha ou propicia; e os atributos temporais de cada categoria, que se referem aos ciclos naturais de crescimento e longevidade do vegetal. As espécies foram previamente escolhidas, já que deveriam se adequar ao clima da região de Florianópolis e terem disponibilidade no mercado. Ao final do trabalho foram catalogadas mais de cento e cinqüenta espécies, posteriormente compiladas em forma de cd-room, sendo este um importante instrumento de pesquisa para arquitetos e paisagistas interessados na elaboração de projetos paisagísticos.

T a b e l a s

d e

M a t e r i a i s

As fichas de levantamento de dados de materiais construtivos são importante instrumento de pesquisa para arquitetos e paisagistas na escolha de materiais de revestimento de pisos, paredes e de composição paisagística. A escolha dos materiais é parte do processo projetual, sendo assim de suma importância o conhecimento das suas características para que sejam escolhidos materiais que mais se adaptem aos interesses do projeto. Num projeto paisagístico, como por exemplo o de um espaço público livre, outras características dos materiais também são importantes, como seu custo e também o custo da mão-obraobra especializada ou não. A ficha de levantamento de dados de materiais contém o nome popular de cada material, bem como uma ou mais fotos ilustrativas, que podem revelar as diversas cores e formas de cada material. Além disso, todas as fichas contêm dois espaços específicos para informações adicionais de como e onde usar e de como e onde evitar cada material. As características dos materiais foram divididas em características formais e características funcionais. A execução destes materiais também é descrita nas fichas. Os custos de compra e implantação dos materiais não foram abordados em função da dificuldade de estabelecer preços determinados, pois os mesmos variam conforme a região onde os materiais são encontrados.

Configuração de mobiliário de formas diferenciadas, permitem convivência.

Convergência de caminhos com acesso a uma área de estar. Uso da água como referencial.

Projetos de Pesquisa

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Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Croquis de soluções projetuais para “jardins Universais”:

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Revitalização da Igreja Santa Catarina, em Santa Maria O conhecimento do Estilo e das características construtivas das obras arquitetônicas existentes no município de Santa Maria, além de servir como importante fonte de informação para os diferentes níveis de educação básica, atua também na formação cívica e cultural da comunidade, Nesse sentido, as igrejas regionais são um grande atrativo não apenas para as pessoas comuns, mas também para os estudantes e pesquisadores interessados nas obras arquitetônicas produzidas no passado. Para a realização deste trabalho foram coletadas informações junto à comunidade do bairro Itararé, onde a Igreja está localizada, bem como junto às pessoas que conhecem fatos históricos relacionados com a construção. A paróquia de Santa Catarina, localizada na Rua Visconde de Ferreira Pinto, 489, Bairro Itararé, foi fundada em 1939, anexando a antiga Paróquia de São Martinho. A capela Santa Catarina construída nessa data, nos primeiros anos foi atendida pelos padres palotinos Posteriormente, teve a participação dos italianos da congregação de São Caetano, seguidos dos padres diocesanos. A igreja tem um papel fundamental na paisagem da região e na vida dos moradores, sendo que se encontra em uma bifurcação de ruas, dominando a paisagem do bairro Itararé. A fachada frontal possui uma torre central com 50metros de altura em formato de pirâmide escalonada e truncada, com campanário no alto. Há uma porta central e sobre ela um frontão triangular com frisos, e ainda, sobre este, uma janela com vidros coloridos. Uma escadaria dá acesso a entrada que possui duas colunas lisas a apoiar o frotão triangula. Linhas retas dominam a fachada, mas são contrapostas com as curvas na parte superior das janelas e da parte elevada do vão central. A construção enquadra-se no moderno pelos métdos construtivos, formato, ausência de decorativismo e uso de materiais, principalmente concreto armado. A igreja atualmente passou por uma nova reforma, pois passava por problemas de infiltrações, sua pintura estava comprometida, assim como o forro e algumas paredes que continham rachaduras.

Fotos Anteriores a Reforma

Fachada Frontal

Vista Interna da Igreja

A construção da sede atual começou com a procura de local adequado. N o t e r r e n o e s c o l h i d o, localizado num ponto considerado mais favorável, havia um armazém de secos e molhados, de propriedade de Antônio Otacílio Londero. Assim, em 1954, começou a construção da Igreja, que foi inaugurada em 1958 com a primeira Eucaristia das crianças da Escola Santa Catarina. Existem controvérsias com relação à escolha do nome. Entretanto, o padre atual e alguns paroquianos acreditam que a opção recaiu sobre a Santa Catarina em razão da devoção do pároco da época, pela Santa. A planta da Igreja foi elaborada pelo desenhista Dario Berto, e aprovada com algumas modificações sugeridas pelo Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis.

Nave Lateral

Professor Orientador: Edson Bortoluzzi. da Silva Acadêmicos: Juliana Pereira, Leonardo Bonatto, Vanessa Dorneles

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

A reforma e revitalização da Igreja Santa Catarinha é fruto da parceria enre a comunidade cristã do Bairro Itararé e Universidade Federal de Santa Maria. Trata-se de um projeto de extensão universitária desenvolvido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo que orientou a Comissão de Reforma da Igreja nas fases de diagnóstico dos problemas do prédio, elaboração dos diversos projetos arquitetônicos e do mobiliário e, também, no acompanhamento da obra, assim como , fez um levantamento histórico e cultural da edficação. A reforma foi dividida em 5 etapas, sendo as três primeiras já executadas. A Primeira etapa coresponde à cosolidação das estruturas do telhado, sanando assim os problemas de infiltração que há muitos anos vinham danificando as pinturas artísticas; A Segunda estapa versa sobre a minimização dos problemas de conforto ambiental, com a execução do forro; A Terceira etapa é a qu aborda o espaço sagrado, buscando resgatar a sacralidade dos espaço onde se desenvolvem a missa e os demais sacramentos; A Quarta etapa trata da melhoria da acessibilidadec constituindo-se na construção de rampas que permitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais a todos os espaços da Igraja e à Casa Paroquial. Finalmente, a Quinta etapa, compreende a construção de salas de catequese.

Bairro Itararé

Projetos de Extensão

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Revitalização da Igreja Santa Catarina, em Santa Maria Fotos após a Reforma

Presbitério

Vista Externa Telhado

Forro - Nave Principal

Presbitério

Coro restaurado

Cristo Evangelizador

Caixa de Som

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Foto Externa

Para a execução deste projeto, contou-se com o auxilio das Irmãs Carmelitas, que restauraram as Imagens; do Artista plástico Sandro Bandeira, que executou os painéis de vidro jateado; e do Arquiteto Emílio Fernando Ferrari, que restaurou os afrescos dos 12 Apóstolos. A reforma e revitalização da Igreja Santa Catarina é fruto da parceria entre a comunidade cristã do Bairro Itararé e Universidade Federal de Santa Maria. Um projeto de extensão universitária desenvolvido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo orientou a Comissão de Reforma da Igreja nas fases de diagnóstico dos problemas do prédio, elaboração dos diversos projetos arquitetônicos e do mobiliário e, também no acompanhamento da obra. A reforma foi dividida em 5 etapas, sendo as três primeiras já executadas. A 1ª etapa corresponde à consolidação das estruturas. Constitui-se na troca do telhado e de partes das tesouras de madeira que estavam danificadas pelo cupim e umidade, também na construção, resgatando o projeto original, das platibandas nas paredes das naves laterais. Com isso foram sanados os problemas de infiltração que há muitos anos vinham danificando as pinturas artísticas. A 2ª etapa versa sobre minimização dos problemas de conforto ambiental. Nessa etapa, o forro de chapas de Duratex foi constituído por outro executado em gesso acartonado, cujo desenho tem níveis permite, de um lado, a absorção do som pelo sub-telhado (sótão) diminuindo a reverberação sonora, o conhecido “eco”; e de outro, a indução da ventilação natural que se dá, no verão através da retirada do ar aquecido no interior da igreja, e no inverso através do seu confinamento no sub-telhado. A correção acústica e o sistema de ventilação natural são complementados pela instalação de rede elétrica e pontos para futuras ventiladores, bem como, de um sistema de sonorização. Ainda nessa 2ª etapa foram corrigidos os níveis de iluminação. A natural, através da pintura dos vidros, foi reduzida para propiciar um ambiente mais adequado à concentração e a reflexão, fundamentais em espaço sagrado; já a artificial foi concebida para propiciar o uso do espaço durante a noite, bem como, para enfatizar o mobiliário e os ritos cerimoniais e sacramentais da Liturgia Católica. A 3ª etapa é a que aborda o espaço sagrado. Busca justamente resgatar a sacralidade dos espaços onde se desenvolvem a missa e os demais sacramentos. O Átrio, junto à entrada, é o lugar da purificação, onde trocamos os pensamentos e ações profanas do cotidiano pela transcendência da busca do sagrado, do divino.

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Revitalização da Igreja Santa Catarina, em Santa Maria

Altar

Pia Batismal

Ambão

Santíssimo Sacramento

Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria

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Estante de Comentários

Para isso, à direita recolocou-se a antiga Pia Batismal, agora como Pia de água Benta, e à esquerda construí-se a Capela da Reconciliação. No mezanino, o coro foi reintegrado à igreja através da retirada de uma parede e a sua função restaurada. As naves laterais, receberam iluminação e tiveram os quadros da Vila sacra restaurados. A da direita dedicada ao Sagrado Coração de Jesus e ao Sagrado Coração de Maria e a da esquerda dedicada ao Santíssimo Sacramento. Essa recebeu um novo Sacrário e a função de abrigar as missas diárias. O Sacrário, construído a partir de duas metades de uma esfera que representa o globo terrestre, simboliza a humanidade que abre seus corações para acolher o Cristo Sacramental. E finalmente, a nave principal, o lugar da assembléia, foi agraciada com a restauração dos afrescos dos 12 Apóstolos, o lixamento e aplicação de sinteco no parque e a substituição dos bancos que estavam danificados pelos cupins. Pela nave principal, tem-se acesso ao presbitério que está guarnecido lateralmente pela Imagem da Padroeira da Paróquia, Santa Catarina, e pelo Batistério (formado pelo conjunto da Pia Batismal com água corrente e Sírio Pascal). O mesmo é coroado pelo painel que representa o Cristo Evangelizador marcando a ênfase que a igreja Católica Apostólica Romana dará a nova Evangelização nesse 3º Milênio da era cristã. O presbitério ou santuário é o lugar, o espaço, principal do templo, por isso situa-se no abside do edifício, dominando a perspectiva desde o Átrio. Esse espaço foi configurado em três níveis (degraus) simbolizando as três pessoas da Santíssima Trindade e possui três elementos fundamentais: O altar Eucarístico, onde se dá o momento culminante da missa com a celebração do Mistério Eucarístico; O Ambão, ou Altar da Palavra, de onde são proclamadas as palavras do Livro Sagrado; e; A Cátedra ou Sédia, a cadeira do celebrante, que durante a missa é representante do cristo. Complementam acessoriamente o Presbitério: A Credencia, mesa auxiliar que recebe os objetos utilizados na celebração Eucarística; A Estante para o Missal; A Estante do comentarista, que se localiza simetricamente ao Ambão, mas em degrau inferior a esse e possui volumetria que lhe confere menor importância. A 4ª etapa trata da melhoria da acessibilidade, com a construção de rampas. Finalmente, a 5ª etapa, ainda em fase de definições compreende a construção de salas de catequese.

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Intervenção em unidades habitacionais de baixo índice de habitabilidade Introdução O desejo da casa própria e a necessidade humana de se ter um teto que sirva de proteção e abrigo às intempéries são evidentes e acontecem, muitas vezes, de maneira mais primitiva que se pode imaginar. Moradias continuam sempre sendo construídas mesmo que sejam em condições tão precárias. A verdade, para algumas famílias é que não se pode esperar pelo governo, a exclusão leva-se a agir por conta própria. Tentar investir constantemente nas melhorias das condições de suas habitações a partir de sua própria mão de obra, sem apoio técnico e comprando cada material que virá a ser utilizado é uma tarefa árdua, mas constante apesar de todas as dificuldades. Em meio á realidade que se faz presente nestas edificações encontram-se, se observadas com um pouco mais de atenção, riquezas de idéias e soluções que cada família dispõe para resolver problemas construtivos o que é por muitas vezes de valor estimável considerando o baixo custo monetário que se têm disponível. Contextualização Devido a instalação de equipamentos urbanos de grande importância social, como a Universidade Federal, distante da área central da cidade de Santa Maria foram verificadas perceptíveis mudanças no que se refere à conformação do crescimento urbano: a expansão urbana deixou de acontecer de maneira concêntrica e passou a se dar no sentido lesteoeste intensificando fluxos e estendendo infra-estrutura urbana. A área escolhida para realização do trabalho se faz presente justamente neste espaço de conexão entre áreas de atração num primeiro momento ocupado de maneira irregular originando uma série de problemas uma vez que local não foi preparado para tal fim. Entende-se moradia digna como sendo aquela que está localizada em área urbanizada, provida de recursos acessos e serviços públicos atrelados a programas geradores de trabalho e renda, programas de educação e saúde. Infelizmente a grande verdade é que o tipo de construção residencial de que se dispõe para populações de baixo poder aquisitivo na imensa maioria das vezes deixa muito a desejar em especial no seu aspecto qualitativo, fato que pode ser facilmente diagnosticado a partir das áreas onde estas construções são estabelecidas. Objetivos No geral, procura-se a melhoria nas condições de conforto das unidades habitacionais escolhidas para realização do trabalho no sentido de assegurar progresso nos padrões da qualidade de vida das famílias nelas residentes. Especificamente, entre outras coisas, pretende-se dotar as

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unidades habitacionais de conforto acústico e isolamento térmico pelo emprego de alguns materiais, dar boas condições de conforto lumínico com o aproveitamento da luz solar, solucionar problemas funcionais, garantir privacidade ao interior de cada unidade habitacional e proporcionar, pela presença de vegetação, uma melhoria no aspecto estético e no micro clima local. Justificativa Com base no diagnóstico obtido nas etapas iniciais, o trabalho pretende realizar uma análise crítica e conclusiva sobre a realidade local e a partir dela estabelecer objetivos a serem alcançados por intermédio de intervenções específicas nas edificações residenciais criando diretrizes de embasamento e apontando caminhos para que melhorias significativas nos padrões de conforto destas unidades habitacionais possam acontecer, respeitando sempre as intenções de proposta do trabalho, as aspirações dos moradores e as particularidades relevantes e características básicas de formação física das edificações. Definição O trabalho busca, pela avaliação dos padrões de vida de uma população de baixa renda, diagnosticar problemas e dificuldades comuns na conformação e no estabelecimento de edificações de moradias unifamiliares em uma comunidade que ocupa uma área não previamente preparada para tal fim. Origem do Projeto A região urbana escolhida para realização do trabalho é caracterizada pelo baixo investimento do poder público, pelo aspecto acentuado das desigualdades sociais, pela falta de senso de responsabilidade com o espaço coletivo, pela degradação progressiva do meio e pelos baixos índices de habitabilidade das edificações residenciais. Busca-se atuar com uma ação minimizadora aos problemas de uma realidade habitacional no intuito de oferecer melhoria na qualidade de vida dos usuários destas edificações. Aplicabilidade O que se pretende através deste estudo é que sejam estabelecidas metas para que cada família, de acordo com suas possibilidades monetárias, possa por si própria garantir melhorias em suas edificações através de um conjunto de pequenas sugestões propostas, que quando observadas em conjunto, proporcionem uma alteração coerente e significativa na qualidade e no desempenho das edificações.

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Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Neste trabalho propõe-se, com base em um diagnóstico prévio realizado em unidades habitacionais localizadas na Vila Aparício de Moraes Santa Maria RS, estabelecer uma proposta de intervenção, nas referidas residências, considerando as deficiências percebidas no que diz respeito a padrões de conforto ambiental, intenções de melhorias por parte dos moradores e peculiaridades relativas à conformação física de cada uma destas residências. A área escolhida para realização do trabalho é caracterizada pelo baixo investimento do poder público, pelo aspecto acentuado da conseqüência das desigualdades sociais, pela falta de senso de responsabilidade com o espaço comunitário, pela degradação progressiva do meio, pela ocupação desordenada e pelos baixos índices de habitabilidade das unidades residenciais. Nesta proposta metodológica utilizou-se de critérios previamente definidos para seleção das unidades habitacionais passíveis de intervenção por parte do grupo de trabalho, no geral pode ser ressaltada a avaliação física, ambiental e funcional das edificações em questão e do lote no qual estão inseridas; considerando-se particularmente aspectos de conforto, salubridade, funcionalidade, acessibilidade e ambiência. A partir deste momento e com base nestes critérios foram escolhidas seis unidades habitacionais que respondem a uma possível intervenção proposta pelo grupo considerando-se a exeqüibilidade da proposta a partir de um diagnóstico sugerido pelo grupo de trabalho. Para concretização de tal fato associou-se estimativa de custo à disponibilidade financeira do morador. Como objetivo do trabalho proposto procurou-se estabelecer alguns apontamentos para futuras inter venções físicas nas edificações tendo em vista particularmente a possibilidade de concretização da proposta a partir de um pequeno custo; tentando constantemente solucionar problemas

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Intervenção em unidades habitacionais de baixo índice de habitabilidade Três pessoas: casal, 37 e 40 anos e filho com 18 anos. Ela doméstica e ele operador de máquinas. Sala e cozinha no mesmo ambiente, piso de cimento alisado, alvenaria de tijolos rebocada, forro de madeira e cobertura de fibrocimento. Dormitórios em alvenaria de tijolos, parede rebocada e forro com madeiramento aparente. Inexistência de gabinete sanitário.

Professor Orientador: Hugo Gomes Blois Filho Acadêmicos: Bianca Munaretto, Fábio Zampieri, Felippe Freitas, Vanessa Goulart Dorneles.

Pré-intervenção Planta Baixa - sem escala

Pós-intervenção Planta Baixa - sem escala

Casa “B” Seis pessoas: mulher, 33 e cinco crianças com idades que variam entre 1 e 13 anos. Ela desempregada e as crianças freqüentando a escola. Pretensão de venda do imóvel. Estrutura mista com dois tipos de materiais delimitados pela linha da cumeeira (divisão observada na fachada), madeira e alvenaria de tijolos, fundações em sapata ou troncos de madeira que elevam o nível do piso, cobertura de fibrocimento com madeiramento aparente, aberturas de madeira. Banheiro e cozinha com piso de cimento alisado e dormitórios com piso de tabuão de madeira.

Pré-intervenção Planta Baixa - sem escala

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relativos a funcionalidade, a partir de propostas de reorganização do espaço da habitação; resolver dificuldades relativas às condições físicas do lote, no que se refere a drenagem e ao paisagismo; quanto aos aspectos sensoriais; na exploração das percepções táteis, acústicas, visuais e olfativas e; por fim à qualificação ambiental, na aplicação de pisos, divisórias, forros, coberturas e/ou esquadrias. O que se realizou através deste estudo foi estabelecer metas para que cada família, de acordo com suas possibilidades monetárias possa, por si própria, garantir melhorias em suas edificações através de um conjunto de pequenas sugestões propostas que quando observadas em conjunto proporcionarão uma alteração coerente e significativa na qualidade de vida da população local.

Pós-intervenção Planta Baixa - sem escala

Projetos de Extensão

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Intervenção em unidades habitacionais de baixo índice de habitabilidade Casa “C”

Pré-intervenção Planta Baixa - sem escala

Pós-intervenção Planta Baixa - sem escala

Casa “D” Seis pessoas: casal, 41 e 49; genro e esposa, 21 e 17 duas crianças 3 e 13. Ela doméstica e ele montador. Filhos na escola. Fundações em troncos de madeira semienterrados piso elevado do solo cerca de trinta centímetros, madeira na parede, piso e na estrutura aparente de apoio à cobertura de fibrocimento. Aberturas em tampões de madeira, janelas de correr desprovidas de vidro. Ambientes internos: cozinha e área de serviço, sala e dormitório. Tanque e sanitário externos, garagem coberta.

Pré-intervenção

Pós-intervenção

Planta Baixa - sem escala

Planta Baixa - sem escala

Projetos de Extensão

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Cinco pessoas: casal, 21 e 28, e três filhos com 3, 5 e7 anos. Ele, servente de pedreiro.Casa em ampliação, parte em alvenaria de tijolos onde estão cozinha com piso cerâmico e dormitório acarpetados, ambos cobertos por telhas de barro apoiadas em estruturas de madeira aparente. Módulo sanitário externo. Fundações de sapata corrida ou troncos de madeira semienterrados e aberturas com tampões de madeira desprovidos de vidros.

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Intervenção em unidades habitacionais de baixo índice de habitabilidade Casa “E”

Pré-intervenção Planta Baixa - sem escala

Pós-intervenção Planta Baixa - sem escala

Casa “F” Quatro pessoas: casal, 38 e 41 e dois filhos com idade e 6 e 13 anos. Ele faz trabalhos temporários. Estrutura de madeira, piso elevado apoiado em troncos de madeira semienterrados que servem como fundações. Grande preocupação paisagística, pavimentação de áreas externas, sanitário em alvenaria de tijolos, anexo á edificação. Grande pretensão de melhora. Pisos de tabuão e forro de madeira para todos os compartimentos.

Pré-intervenção Planta Baixa - sem escala

Projetos de Extensão

Pós-intervenção Planta Baixa - sem escala

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Quatro pessoas: casal, 37 e 38; dois filhos um de 18 e um de 5 meses de idade. Ela doméstica, ele oleiro.Há uma grande preocupação com o melhoramento das condições físicas da residência, a casa era primeiramente de madeira, foi reedificada por fora em alvenaria e posteriormente demolida a construção anterior. Possui cozinha e sanitários pavimentados com retalhos de cerâmica e dotados de paredes em alvenaria rebocada e dormitórios com cimento alisado no piso e paredes em alvenaria sem reboco. Todos os compartimentos, com exceção do sanitário, não possuem forro e são cobertos por telhas de fibrocimento apoiadas em estruturas de madeira.

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Projeto e Execução de um Relógio Solar Móvel

Professor Orientador: Prof. Arq. Hugo Gomes Blois Filho Professor Colaborador: Eng. Mec. Francisco J. Mariano da Rocha Acadêmicos: Bianca Munaretto,Fábio Zampieri, Felippe Freitas, Vanessa Goulart Dorneles.

Justificativa A compreensão exata da conformação da influência da luminosidade e da insolação em um determinado local, nos diferentes períodos do dia é fator determinante na constante tentativa de moldar projetos arquitetônicos e urbanos a padrões de conforto ambiental que possam garantir uma melhor qualidade de vida a futuros usuários. Tem-se a intenção de que, nos exercícios de desenvolvimento de projetos por parte dos acadêmicos do Curso de Arquitetura e Urbanismo, possa ser feito um bom uso do equipamento proposto no que diz respeito ao entendimento do comportamento da insolação e das conseqüentes variações por ela ocasionadas na luminosidade e na temperatura. A concepção do projeto do Relógio Solar Móvel visa adequações do referido equipamento as diferentes variações locacionais a que estará disposto, no comprimento de tal objetivo foram feitos vários estudos de diferentes tipos de relógios solares para que se pudesse, a partir de um consenso de todas as partes envolvidas no trabalho, chegar a uma conformação ideal passível de ser transportada e ser disposta em diferentes pontos do globo terrestre oferecendo sempre uma boa resolução na verificação das horas a partir do movimento aparente do Sol. Objetivos Considerada a necessidade de dotar o laboratório de conforto ambiental do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria com um equipamento que possibilite a averiguação imediata da influência dos raios solares em diferentes pontos da superfície terrestre e ao mesmo tempo ofereça possibilidade de mobilidade para utilização em aulas de campo foi desenvolvido o projeto do relógio solar móvel. Metodologia Qualquer Relógio Solar oferece sua leitura sobre uma determinada superfície plana através da variação da posição da sombra de um elemento sobre o plano de verificação das horas. No presente projeto foram propostos três planos distintos para que fosse possibilitada a locomoção e a adequação locacional do equipamento, são eles: um plano que serve de suporte a uma haste metálica que será, por sua vez, o elemento provocador do sombreamento de leitura; uma segunda superfície curva, adjacente a primeira, na qual será efetuada a leitura das horas e por fim um terceiro plano que deverá estar disposto horizontalmente em relação ao solo na busca pelo nivelamento do Relógio Solar. O projeto leva em consideração diversos fatores que influenciam os efeitos, a intensidade e a conformação da insolação sobre uma superfície terrestre plana. Dentre eles

Projetos de Extensão

podem ser citadas a variação do ângulo de inclinação dos raios solares sobre a superfície da terra nos diferentes períodos do ano e a diferença de intensidade e ajuste da insolação nas variações das latitudes, norte ou sul. Para solucionar tais dificuldades foi dada a possibilidade, no presente projeto da efetivação de um controle sobre estas variações através da possibilidade de ajuste manual do ângulo de inclinação entre o plano de suporte da haste e o plano nivelador em uma amplitude que vai de zero a noventa graus. Dois outros problemas também deveriam ser solucionados: a necessidade de um ponto e de um elemento de ajuste do aparelho a uma determinada orientação solar e a obrigação de nivelamento do mesmo para perfeita leitura das variações horárias. Para propiciar a solução de ambos os problemas foram propostas respectivamente as anexações ao equipamento de uma bússola e de sapatas niveladoras no plano horizontal do Relógio Solar Móvel.

Fotos da colocação da bússola

Detalhe da Parte Superior

Relógio Montado

Foto do Protótipo

Demonstração da marcação de horas

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Este trabalho propõe o desenvolvimento de um Relógio Solar Móvel, possibilitando dessa forma sua adequação a leitura das horas em diferentes pontos do globo terrestre, oferecendo sempre uma boa resolução na verificação das horas a partir do movimento aparente do sol. Trata-se de um protótipo executado em madeira, composto de três planos distintos, dois deles articulados entre si, possibilitando desta forma a adequação locacional através do ajuste dos ângulos expressos lateralmente ao equipamento. O terceiro plano (adjacente ao plano vertical), é onde se dará a leitura das horas, através de uma haste sombreadora adicionada ao mesmo. Para fins de nivelamento fez-se necessário a instalação de um nível e sapatas niveladoras associadas ao plano horizontal. O equipamento conta, ainda, com uma bússola para a perfeita orientação.

Demonstração da marcação de horas

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Centro-dia para Adultos Maiores - Abrigo Espírita Oscar José Pithan

Autores: Anallu Rosa Barbosa, Carline Pereira Ferreira, Cássio Lorensini, Thaís Faccin de Brum, Vanessa Goulart Dorneles, Vívian Maurer. Orientador: Hugo Gomes Blois Filho.

Introdução Envelhecer não significa necessariamente redução de capacidade física e intelectual. Envelhecer pode significar enriquecimento espiritual e uma vida aprazível, a partir do momento em que o adulto maior possa usufruir de atividades físicas e recreativas essenciais para sua permanência ativa no meio social. A implantação do Centro Dia tem por meta estimular a socialização do idoso, evitando seu exilamento e proporcionando que sua permanência na família seja harmoniosa e proveitosa, já que o relacionamento com o mundo se caracteriza pelas dificuldades adaptativas.

Objetivos a) Gerais: Elaboração do projeto arquitetônico do Centro Dia Abrigo Espírita Oscar José Pithan; b) Específicos: · Possibilitar que o espaço proposto funcione como elemento integrador entre os indivíduos da terceira idade; · Projetar espaços para o atendimento das necessidades relativas ao lazer e à recreação; · Projetar espaços para o atendimento das necessidades relativas à assistência social; · Projetar espaços para o atendimento das necessidades relativas à cultura; · Projetar espaços adequados para que as famílias que não disponham de recursos financeiros possam abrigar os idosos em segurança. · Projetar espaços para atendimento multidisciplinar especializado na área da saúde a idosos semi-dependentes; · Projetar espaços que estimular o trabalho voluntário e as relações multigeracionais na comunidade.

para o desenvolvimento das atividades da vida diária, que convivem com a família, e, no entanto, não tem quem os cuide no domicílio. Com todo tipo de auxilio, o Centro Dia atenderá cerca de 30 pessoas, acima de 60 anos, selecionadas de acordo com o grau de necessidade financeira e psicológica. Além disso, a instituição como citado não tendo fins lucrativos, atende os necessitados gratuitamente, proporcionando suporte psicológico, médico, recreacional e assistencial aos usuários.

Conclusão Com este trabalho constatou-se a importância da população idosa, pela sua experiência e sabedoria, apesar de suas limitações e necessidades. Atualmente, no Brasil, há um grande crescimento dessa população e observa-se a falta de espaços específicos destinados a mesma, onde possa haver uma integração maior entre gerações e principalmente um espaço que não possua barreiras arquitetônicas a sua livre movimentação. Concluí-se que o espaço deve ser dotado de condições tais que valorizem o adulto maior, possibilitando o seu desenvolvimento biopsicosocial.

Zoneamento

Justificativa O abrigo Espírita “Oscar José Pithan”, fundado em 28 de agosto de 1949, nesta cidade de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, onde tem seu foro jurídico e sua sede definitiva na rua Silvio Romero, nº 413, esquina com a rua Dr. Oscar José Pithan, bairro Chácara das Flores. Sendo uma sociedade civil, de caráter religioso, educacional, cultural e filantrópico, de orientação espírita, sem finalidade lucrativa, p e s s o a j u r í d i c a d e d i r e i t o p r i v a d o, q u e s e r v e desinteressadamente à comunidade, sem qualquer discriminação. A proposta do Centro Dia para Idosos do Abrigo Espírita Oscar José Pithan visa atender durante o dia, num período de 8 a 10 horas, idosos semi-dependentes que possuam limitações

Projetos de Extensão

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Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Este trabalho objetiva o desenvolvimento de um projeto de arquitetura para atender adultos maiores, tendo como solicitação a comunidade que administra o Abrigo Espírita Oscar José Pithan, instituição asilar, localizada na cidade de Santa Maria- RS, Brasil. Adotou-se como proposta a filosofia de um Centro-dia, ou seja, um estabelecimento que presta atendimento por um periodo de até 10horasdia com capacidade de trinta pessoas, destinado a idosos semidependentes que possuam limitações para desenvolvimento das atividades da vida diária, que convivem com a família e, no entanto não tem quem os cuide no domicilio. A proposta metodologica partiu de um contato prévio com a comunidade local e assistida no Abrigo Espírita Oscar José Pithan, através de entrevistas com os abrigados e corpo administrativo; posteriormente fez-se estudos de caso no Brasil e no mundo, conceituando o tema - o espaço deve ser dotado de tais condições que proporcionem permanência harmoniosa do idoso no meio social, através de terapia ocupacional que compreende atividades de artesanato, pintura, atividades físicas, recreacionais, sociais e culturais; através desses levantamentos elaborou-se o programa de necessidades, um zoneamento de usos, o pré-dimensionamento e o Ante-projeto, levando em consideração a legislação vigente.

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Proposta Cromática para Praça Saldanha Marinho Justificativa Este projeto será elaborado em função da solicitação do Departamento do Patrimônio histórico da Secretaria de Cultura da Cidade de Santa Maria de uma nova proposta de cores para a Praça Saldanha Marinho. Trata-se do projeto em uma área pública que terá suas cores modificadas de forma harmoniosa e coerente com seu aspecto atual, levando em consideração a influência das cores na caracterização deste espaço público. Justifica-se, também, pela possibilidade de se exercitar, em situação de real demanda, aspectos relativos à percepção e a simbologia das cores e texturas.

Objetivo Geral - Propor uma nova solução de cores para os elementos construtivos da Praça Saldanha Marinho na Cidade de Santa Maria. Objetivos Específicos - Estudo da influência das cores em áreas públicas; - Proposta de cores para o mobiliário urbano, tais como os bancos, os postes, as floreiras, os telefones, as lixeiras,etc; - Proposta de cores para o chafariz, o espaço cívico e os sanitários. - O projeto visa, também, a valorização da imagem da Praça Saldanha Marinho e a sua importância histórica e cultural. - Envolver o corpo discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo no desenvolvimento de uma proposta de um espaço público.

N

Professor orientador: Luiz Fernando da Silva Mello Acadêmica: Vanessa Goulart Dorneles Planta Baixa da Praça Saldanha Marinho

Projetos de Extensão

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Este trabalho visa transformar visualmente a Praça Saldanha Marinho com uma nova proposta cromática. Este estudo iniciou a partir de uma solicitação da Diretoria de Patrimônio da Secretária de Cultura da Cidade de Santa Maria ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria. A Praça Saldanha Marinho, antiga Praça do Mercado esta situada no centro da cidade de Santa Maria, tendo grande importância histórico-cultural para a cidade. Trata-se da primeira praça fundada em Santa Maria, que sofreu diversas modificações com o tempo. Para o desenvolvimento deste trabalho , elaborou-se um levantamento histórico e fotográfico da área, para que se pudesse criar um arquivo documentando as modificações sofridas no espaço durante o passar dos anos. Além disso, foi realizado, também, um levantamento físico e fotográfico da situação atual, de forma a documentar e justificar a intervenção realizada, de forma que não conflitasse com os anseios dos usuários. Esta Praça, atualmente possui quatro funções principais: de circulação: pois se encontra em uma área central e liga três ruas de grande fluxo de pedestres e automóveis, com o calçadão da cidade; de descanso: pois possui espaços de observação e contemplação, com canteiros e bancos; de espaço cívico onde ocorrem diversos eventos e de comércio: pois com o passar do tempo alguns artesanatos passaram a expor seus trabalhos na praça. Para finalizar, fez-se uma análise da influência psicodinâmica das cores nos indivíduos, para que as cores e/ou texturas escolhidas fossem as mais harmoniosas de acordo com as funções e com o caráter deste espaço público.

Foto Superior da Praça Saldanha Marinho

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Proposta Cromática para Praça Saldanha Marinho

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

As cores escolhidas para serem aplicadas nos mobiliários da Praça Saldanha Marinho, foram, predominantemente, o laranja e o terracota. Para a escolha destas cores foram analisadas a influência das cores nos ambientes. Assim as cores mais indicadas seriam o verde e o laranja, como a cor verde está sempre presente nos elementos vegetais, plantas e árvores, optou-se pelo laranja e suas tonalidadse para expressar vida e harmonia na Praça, que atualmente está sem expressão. Outras cores foram usadas também, para não distoar das cores anteriores, como o grafite nos elementos metálicos e a cor concreto no chafariz, os bancos foram pintados na cor pistache, para imitar o tom de madeira, já que anteriormente estava pintado na cor marrom escuro.

Espaço Cívico

Chafariz Mureta circular externa

Mureta circular interna

Mureta circular interna

Estátua

Fonte

Coreto

Poste

Mureta circular externa

Detalhe da mureta circular externa

Mobiliárioda Praça

Projetos de Extensão

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Loja e Café “Boneca da Ilha” - Um percurso perceptivo Percurso perceptivo

Fachada Principal

Visual - Acesso Principal

Estudo lumínico - bonecas brancas

Visual - Expositor de Destaque

Estudo lumínico - bonecas amarelas

Planta Baixa Visual - Processo de fabricação

Estudo lumínico - bonecas azuis Visual - Expositores e Prateleiras

Corte esquemático com iluminação no teto

Estudo lumínico - bonecas vermelhas Visual - Café Bonecas da Ilha

Portfólio Arquiteta e Urbanista Vanessa Goulart Dorneles

Este trabalho foi desenvolvido para a disciplina de Percepção Ambiental do curso de Pós Graduação em Iluminação e Interiores. O objetivo do trabalho era realizar um estudo a respeito da percepção do usuário em ambientes internos, a partir do uso de diferentes tipos de iluminação. O grupo de estudo optou por trabalhar com um ambiente comercial, e ter como usuário um eventual cliente de souvenires típicos da Ilha de Santa Catarina. O projeto se constitui em uma loja de venda de bonecas cerâmicas, onde o cliente pode vislumbrar os mais diferentes tipos de bonecas, participar do processo de fabricação e desfrutar de um espaço-café aconchegante. O percurso perceptivo do usuário tem início no acesso principal, onde é recebido por bonecas cerâmicas em escala humana. No primeiro ambiente interno é enfatizado o produto, a partir de uma iluminação dirigida para um exemplar, de valor expressivo. Ao continuar andando, o usuário terá a sua direita prateleiras e expositores com bonecas, a medida que o usuário chega ao fim do percurso, as bonecas expostas tem preço menos expressivo, no intuito de convidar o cliente a comprar ao menos uma pequena lembrança. Ao lado esquerdo do percurso, o cliente tem contato com o processo de fabricação. Após o espaço de pagamento, o cliente acessa um café, com iluminação especial por velas em arandelas. Para o desenvolvimento dos expositores e prateleiras com bonecas, foi elaborado um estudo de iluminação dirigida com exemplares reais. O sistema de iluminação utilizado no estudo foi a fibra ótica, pois permite a utilização de diferentes cores de iluminação. A u t o r e s : Vanessa Dorneles, Vanessa Casarin, Vera Lucia Brigel, Anna Carolina Meira, Carolina Gutierrez, Anelise Folle. Iluminação com luz amarela

Projetos Profissionais

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